FACULDADE ALFREDO NASSER - FAN. sabrina@unifan.edu.br

Documentos relacionados
PERFIL DE HÁBITOS DE VIDA DOS ALUNOS DA FACULDADE ALFREDO NASSER

EFEITO DA PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA REGULAR NO RISCO CARDIOVASCULAR EM IDOSOS HIPERTENSOS E/OU DIABÉTICOS: UMA ANÁLISE A PARTIR DO PERFIL LIPÍDICO.

Prevenção Cardio vascular. Dra Patricia Rueda Cardiologista e Arritmologista

Consulta de Enfermagem para Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica. Ms. Enf. Sandra R. S. Ferreira

PALAVRAS-CHAVE Hipertensão. Diabetes mellitus. Obesidade abdominal.

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA CARDIOVASCULAR NO PÓS- OPERATÓRIO DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO

MULHERES NO CLIMATÉRIO: FATORES RELACIONADOS AO SOBREPESO/OBESIDADE

EDUCAÇÃO EM SAÚDE AOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE SOBRE DIABETES TIPO I E A PRÉ-DIABETES COM ÊNFASE NA JUVENTUDE

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES CADASTRADOS NO SISTEMA HIPERDIA DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA, RS

Este capítulo tem como objetivo, tecer algumas considerações. Epidemiologia, Atividade Física e Saúde INTRODUÇÃO

EDUCAÇÃO EM SAÚDE: CONSCIENTIZAÇÃO DOS ADOLECENTES SOBRE AS DOENÇAS CARDIOVASCULARES E OS MEIOS DE PREVENÇÃO

AGENTE DE FÉ E DO CORAÇÃO PASTORAL NACIONAL DA SAÚDE 04 de outubro de Dislipidemias

Utilização da Aveia x Índice Glicêmico

AVALIAÇÃO DA DISLIPIDEMIA EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2

2. Nesse sistema, ocorre uma relação de protocooperação entre algas e bactérias.

COMPLICAÇÕES DECORRENTES DA DIABETES: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO. Diabetes & você

INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO E ORIENTAÇÃO ALIMENTAR EM NÍVEIS DE TRIGLICERIDEMIA DE ADOLESCENTES OBESOS

Colesterol O que é Isso? Trabalhamos pela vida

OS 5 PASSOS QUE MELHORAM ATÉ 80% OS RESULTADOS NO CONTROLE DO DIABETES. Mônica Amaral Lenzi Farmacêutica Educadora em Diabetes

E L R O R B ETSE SO L O R C FALAS O VAM

O que é O que é. colesterol?

PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS PREVENIR É PRECISO MANUAL DE ORIENTAÇÕES AOS SERVIDORES VIGIAS DA PREFEITURA DE MONTES CLAROS

APOSTILA AULA 2 ENTENDENDO OS SINTOMAS DO DIABETES

GABINETE DE SAÚDE E CONDIÇÃO FÍSICA

UNIDADE II UNIDADE III

Pesquisa sobre o Nível de Percepção da População Brasileira sobre os Fatores de Risco das Doenças Cardiovasculares

Palavras - chave: Síndrome Metabólica; Fatores de riscos; Terapia Nutricional; Obesidade abdominal. 1 INTRODUÇÃO

PERFIL MEDICAMENTOSO DE SERVIDORES HIPERTENSOS DA UEPG

TÍTULO: ELABORAÇÃO DE ÁLBUM SERIADO PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: NUTRIÇÃO

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO DO IDOSO COM DIABETES MELLITUS TIPO 2

Projecto Curricular de Escola Ano Lectivo 2008/2009 ANEXO III 2008/2009

BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO E DIETA HIPOCALÓRICA EM DIABÉTICOS

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras

CONSUMO DE ÁLCOOL E TABACO ENTRE ESTUDANTES DE ODONTOLOGIA E FISIOTERAPIA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

Orientadora, Docente do Curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS.

PERFIL DOS PRINCIPAIS CÂNCERES EM IDOSOS NO BRASIL

Guia de leitura. 2. Saúde Ativa. Expediente. IV Estudo Saúde Ativa Ramos de Atividade Econômica

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SEED UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ UEM PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PDE

RELAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS SÉRICOS DE PCR AS E COLESTEROL-HDL EM TRABALHADORES DE EMPRESAS PRIVADAS

ANÁLISE DA EFICÁCIA DO PROGRAMA HIPERDIA EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: DA TEORIA A PRÁTICA

PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES PÓS-TRANSPLANTE RENAL 1

Tópicos da Aula. Classificação CHO. Processo de Digestão 24/09/2012. Locais de estoque de CHO. Nível de concentração de glicose no sangue

Nathallia Maria Cotta e Oliveira 1, Larissa Marques Bittencourt 1, Vânia Mayumi Nakajima 2

Yerba mate extrato EXTRATO DE MATE PADRONIZADO CAFEÍNA POLIFENÓIS TEOBROMINA

PROGRAMA DE PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA (PROCOR)

ESTADO D O AMAZONAS CÂMARA MUNICIPAL DE MAN AUS GABINETE VEREADOR JUNIOR RIBEIRO

OS EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES PÓS- CIRURGIA CARDÍACA

DISTÚRBIOS DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL: IDENTIDADE DO CORPO

Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª. Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia.

29º Seminário de Extensão Universitária da Região Sul

"ANÁLISE DO CUSTO COM MEDICAMENTOS E DO RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES MORBIDAMENTE OBESOS ANTES E APÓS A REALIZAÇÃO DA CIRURGIA BARIÁTRICA"

06/05/2014. Prof. Me. Alexandre Correia Rocha Prof. Me Alexandre Rocha

PAUL.SSII.renatocosta.net/MOD

PROC. Nº 0838/06 PLL Nº 029/06 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

RISCO PRESUMIDO PARA DOENÇAS CORONARIANAS EM SERVIDORES ESTADUAIS

FUNDAMENTOS DA ESTEATOSE HEPÁTICA

azul NOVEMBRO azul Saúde também é coisa de homem. Doenças Cardiovasculares (DCV)

CONDIÇÕES CRÔNICAS DE SAÚDE EM IDOSOS SERVIDORES DE UMA UNIVERSIDADE DE NATAL/RN

TRIAGEM DE OSTEOPOROSE E OSTEOPENIA EM PACIENTES DO SEXO FEMININO, ACIMA DE 45 ANOS E QUE JÁ ENTRARAM NA MENOPAUSA

Carne suína e dietas saudáveis para o coração. Semíramis Martins Álvares Domene Prof a. Titular Fac. Nutrição PUC-Campinas

ISSN ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções)

PROMOVENDO A REEDUCAÇÃO ALIMENTAR EM ESCOLAS NOS MUNICÍPIOS DE UBÁ E TOCANTINS-MG RESUMO

Profa. Alessandra Barone

Saúde Naval MANUAL DE SAÚDE

RESUMO. PALAVRAS-CHAVE: dislipidemia, idoso, exames laboratoriais ABSTRACT

ANÁLISE DE ASPECTOS NUTRICIONAIS EM IDOSOS ADMITIDOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Considerada como elemento essencial para a funcionalidade

Biologia. Sistema circulatório

TÍTULO: DADOS EPIDEMIOLÓGICOS OBRE CÂNCER DE MAMA E COLO UTERINO ENTRE MULHERES DE BAIXA RENDA DA CIDADE DE LINS SP

A situação do câncer no Brasil 1

FITOTERÁPICO ANOREXÍGENO: CHÁ VERDE (CAMELLIA SINENSIS) SILVA, D.F; TORRES, A

LEVANTAMENTO DOS FATORES DE RISCO PARA OSTEOPOROSE E QUEDAS EM VISITANTES DO ESTANDE DA LIGA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA DO XVI ECAM

Alterações dos tecidos ósseo e articular na terceira idade. Fluxo do conteúdo. Fluxo do conteúdo. OSTEOPOROSE Caracterização

INTRODUÇÃO OBJETIVO APLICABILIDADE. Crianças e adolescentes. População excluída: Nenhuma. DIRETRIZ

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1

PALAVRAS-CHAVE CRUTAC. Diabetes mellitus. Exames Laboratoriais. Extensão.

Palavras-chave Colesterol, LDL, LDL direto, LDL indireto, fórmula de Friedewald

O Consumo de Tabaco no Brasil. Equipe LENAD: Ronaldo Laranjeira Clarice Sandi Madruga Ilana Pinsky Ana Cecília Marques Sandro Mitsuhiro

Estudo sobre o Uso de Drogas entre estudantes do Ensino Médio e EJA na Escola Estadual Silveira Martins/Bagé-RS

SOBREPESO/OBESIDADE EM ADULTOS JOVENS ESCOLARES: um estudo de caso controle

Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si

A SAÚDE DO OBESO Equipe CETOM

A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NO PERÍODO DO CLIMATÉRIO 1

Treinamento de Força e Diabetes. Ms. Sandro de Souza

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA SEGUNDO A PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DA REDE PÚBLICA INCLUSOS NO PROJOVEM ADOLESCENTE

das Doenças Cérebro Cardiovasculares

Ficha de Controle das Alterações dos Pés de Pacientes Diabéticos. Texto Explicativo:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Em pleno novo milênio nossa sociedade aparece com uma

Conheça o lado bom e o lado ruim desse assunto. Colesterol

Lembrete: Antes de começar a copiar cada unidade, coloque o cabeçalho da escola e a data!

Ateroembolismo renal

Doenças Cardiovasculares

Saúde e Desporto. Manuel Teixeira Veríssimo Hospitais da Universidade de Coimbra. Relação do Desporto com a Saúde

Neste início de século observamos no mundo uma economia

Fonoaudiologia Oncológica Introdução

Transcrição:

INFLUÊNCIA DE EXERCÍCIO FÍSICO E HÁBITOS DE VIDA NOS ÍNDICES METABÓLICOS DOS ALUNOS DA FACULDADE ALFREDO NASSER: DISLIPIDEMIAS, ÍNDICE GLICÊMICO E SISTEMA CARDIO-PULMONAR Jessika Rayane Silva Paz, Savio Bertone Lopes Barros, Laura Raniere Borges dos Anjos Ferreira, Fabiana da Silveira Bianchi Perez, Sabrina Fonseca Ingenito Moreira Dantas. FACULDADE ALFREDO NASSER - FAN sabrina@unifan.edu.br RESUMO: Este projeto visa estudar confrontar o perfil de hábitos de vida e a prática de atividade física com o resultado do perfil bioquímico e avaliação do sistema cardio-vascular dos alunos da Faculdade Alfredo Nasser. O principal objetivo deste projeto é fazer um levantamento epidemiológico para traçar informações que justifiquem o aumento de doenças cardiovasculares nos últimos anos no Brasil e no mundo e assim avaliar novas estratégias eficazes de prevenção das doenças cardíacas. Será aplicado aos alunos de graduação um questionário que avaliará as prevalências de sedentarismo, práticas de atividade física e hábitos de vida dessa população. Este levantamento irá apontar quais são os hábitos de vida que estão associados ao estresse, hiperinsulinemia, hipercolesterolemia e problemas cardiovasculares. Como todos estes fatores biológicos são passíveis de reversão, estratégias eficientes para a prevenção da síndrome metabólica são necessárias para queda da mortalidade. PALAVRAS-CHAVE: Habitos de vida. Atividade Física. Dislipidemia. Índice Glicêmico. Sistema Cardio-pulmonar. 1. INTRODUÇÃO As doenças cardiovasculares ocasionam altos índices de morbidade e mortalidade em todo o mundo. No Brasil, são responsáveis por aproximadamente 300 mil óbitos/ano e a previsão é de que, a partir de 2015, 20 milhões de pessoas morrerão anualmente em decorrência desse fenômeno degenerativo que inicia-se precocemente, compromete simultaneamente diversas artérias do organismo, apresenta um desenvolvimento sistêmico,

lento, progressivo e cuja evolução está inter-relacionada com fatores raciais e, principalmente, alimentares (RAPOSO, 2010). Estudos epidemiológicos em populações no seu ambiente natural, acompanhadas por vários anos, têm identificado determinadas características e hábitos pessoais fortemente relacionados à probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares. Esses fatores receberam a designação genérica de fatores de risco, que podem ou não serem passíveis de modificação (BOTREL et al., 2000; FISBERG et al., 2001). São considerados fatores não modificáveis a idade, sexo, raça e hereditariedade (ALVES; MARQUES, 2009), enquanto que entre os fatores passíveis de modificação estão inclusos o tabagismo (INCA, 2009), falta de atividade física (FERNANDES, et al., 2008), diabetes (SARTORELLI et al., 2006), dislipidemia (ALVES e MARQUES, 2009), dieta (PERDIGÃO, 2008), hipertensão (BRASIL, 2004), síndrome dos ovários policísticos (PARDINI; KATER, 2006) e sobrepeso/obesidade (BRASIL, 2004). Entre esses fatores de risco, a dislipidemia ganha destaque tendo em vista que a grande quantidade de lipídeos, principalmente o colesterol, pode ocasionar acúmulos e formação da placa de ateroma no ambiente vascular expressando, então, anatomicamente a arteriosclerose através da diminuição/oclusão da luz vascular (GOTTLIEB et al., 2005; SILVA et al., 2011). A arteriosclerose é uma doença inflamatória crônica caracterizada como um depósito patogênico de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias, de grande ou médio calibre, provocando, assim, seu endurecimento e, consequentemente, um déficit sanguíneo aos tecidos irrigados por elas ou situações ainda mais graves quando localizados em artérias cerebrais ou coronarianas (GENEST, 2003). Os lipídeos essenciais são parcialmente insolúveis no meio aquoso, então para serem transportados na circulação sanguínea se associam as apoproteínas (apo), que também apresentam função de ligação com receptores celulares e ativação de determinadas enzimas, e configuram as lipoproteínas (NELSON e COX, 2006). Apesar de essencial, estudos de Framinghan (HO et al., 1993) mostram uma correlação direta entre os níveis sanguíneos de colesterol e as lesões ateroscleróticas, ou seja, as altas concentrações sanguíneas de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e as baixas concentrações de lipoproteínas de alta densidade (HDL) constituem fatores primordiais para o desenvolvimento da doença aterosclerótica.

Estudos comprovam que uma redução de, aproximadamente, 30% na morbidade e na mortalidade desencadeadas pela arteriosclerose são decorrentes da diminuição do colesterol ligado à LDL (LDL-c) pelas vastatinas e, portanto, todas as atenções têm sido voltadas para a possibilidade de elevar os valores do colesterol ligado à HDL (HDL-c) que é a fração considerada protetora ou de anti-risco (SANTOS et al., 1999). Levando-se em consideração todos estes fatores somado a constatação de uma rotina dinâmica de vida entre estudantes universitários, o principal objetivo deste projeto de pesquisa é analisar o perfil lipêmico, o índice glicêmico e a função cardio-pumonar desse grupo em específico, possibilitando, assim, avaliar a influência dos exercícios físicos e hábitos de vida destes estudantes da cidade de Aparecida de Goiânia a desenvolverem arteriosclerose. 2 METODOLOGIA Para a coleta de informações será desenvolvido um questionário para ser preenchido pelo próprio aluno, pré-codificado, com perguntas fechadas, divididas em cinco blocos. O primeiro para coleta de dados sociodemográficos e os demais relacionados ao estilo de vida, com ênfase nos riscos cardiovasculares como sedentarismo, uso de bebidas alcoólicas, tabagismo e hábitos alimentares. Sempre que existentes e adequados para a população em estudo, serão utilizados instrumentos pré-testados para compor o questionário como o estudado por NOBRE et al. (2006). Serão selecionados alunos que fazem parte do grupo de risco (sedentários, fumantes e com maus hábitos alimentares para preencher um termo de consentimento de participação do projeto, em seguida os alunos serão submetidos à coleta de sangue, para avaliação do perfil lipídico e índice glicêmico, aferição da pressão arterial e cálculo do IMC para avaliação cardio-pumonar. As amostras de soro dos alunos serão analisadas juntamente com soros controles conforme a instrução de uso presente nos kits de colesterol enzimático líquido, colesterol HDL, triglicérides enzimático líquido e glicemia de jejum. Os valores do perfil lipêmico obtidos de cada aluno serão confrontados com os dados preenchidos no questionário, com os valores da pressão arterial e do IMC para em seguida ser feita a análise estatística dos dados. Os resultados serão analisados com teste de tendência linear para proporções dos riscos cardiovasculares, via modelos lineares generalizados, link

identidade e família binomial (McGULLAGH e NELDER, 1989). O teste Qui-quadrado para tabelas será utilizado para se testar as diferenças de prevalência dos fatores de risco entre os tipos de hábitos de vida. Utilizará a análise de correspondência múltipla para a análise de perfil de resposta das variáveis de consumo alimentar e tipificação dos indivíduos em perfis de consumo. A consolidação dos perfis será feita por meio da análise de agrupamentos. Para os testes e modelos estatísticos utilizar o software Stata 8.0 e para análise de correspondência e agrupamentos o SPAD 3.5. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os fatores biológicos, que conferem risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, estão diretamente relacionados com os hábitos de vida do ser humano. Resultados do levantamento norte-americano YRBSS de 2001 demonstraram que a maioria dos comportamentos de risco associados ao desenvolvimento da aterosclerose se iniciam com a aquisição de maus hábitos de vida e sedentarismo. Estes comportamentos propiciam o surgimento de hiperinsulinemia, hipercolesterolemia e comprometimento do sistema cardiovascular. Todos os fatores biológicos de risco são passíveis de reversão. As práticas de educação em saúde que objetivem implementar hábitos de vida saudáveis e a quantidade de atividade física são programas de prevenção primordiais para mudança deste sério problema de Saúde Pública. REFERÊNCIAS ALVES, A.; MARQUES, IR. Fatores relacionados ao risco de doença arterial coronariana entre estudantes de enfermagem. Rev. Bras. Enfermagem. [online]. 2009. vol. 62, n.6, p. 883-888. BRASIL, SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO. IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arq. Bras. Cardiol. 2004. 82 (4): 14. BOTREL, TEA; COSTA, RD; COSTA, MD; COSTA, AM. Doenças cardiovasculares: causas e prevenção. Revista Brasileira Clínica Terapia. 2000. 26(3):87-90. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. YOUTH RISK BEHAVIORSURVEILLANCE SYSTEM. 1999 YRBSS INFORMATION AND RESULTS. AVALIABLE FROM: HTTP://WWW.CDC.GOV/NCCDPHP/ DASH/YRBS. [CITED 10 JUN 2000].

FERNANDES, CE; PINHO, JSL; GEBARA, OCE. I Diretriz Brasileira sobre Prevenção de Doenças Cardiovasculares em Mulheres Climatéricas e a Influência da Terapia de Reposição Hormonal da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da Associação Brasileira de Climatério. Arq Bras Cardiol 2008; 9I (I supl I): 1-23. FISBERG, R.M; HORSCHUTZ, R.S; MASAMI, J.M; SICCA, L.P; TUCUNDUVA, S.P; LATORRE, M.R.D.O. Perfil Lipídico de Estudantes de Nutrição e a sua Associação com Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares. Arquivo Brasileiro Cardiologia, São Paulo, v. 76 pág. 137-142, 2001. GENEST, J. Lipoprotein disorders and cardiovascular risk. J. Inherit. Metab. Dis., n. 26, p. 267-287, 2003. GOTTLIEB, MGV; BONARDI, G; MORIGUCHI, EH; Fisiopatologia e aspectos inflamatórios da aterosclerose. Scientia Medica, Porto Alegre: PUCRS, v. 15, n. 3, jul./set. 2005. HO, KK; PINSKY, JL; KANNEL, WB; LEVY, D. The epidemiology of heart failure: the Framingham study. J Am Coll Cardiol 1993;22:6-13A. INCA, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Advertências Sanitárias nos produtos de tabaco-2009. Rio de Janeiro. 2008. MCGULLAGH P, NELDER JA. Generalized Linear Models. New York: Chapman and Hall; 1989. NELSON, D. L; COX, M. Lehninger: Princípios de Bioquímica. 4. ed. São Paulo: Sarvier, 2006. NOBRE, M. R. C. et al. Prevalências de sobrepeso, obesidade e hábitos de vida associados ao risco cardiovascular em alunos do ensino fundamental. Revista da Associação Médica Brasileira 52 (2006). PARDINI, DRCP, KATER, CE; C. E. Síndrome dos Ovários Policísticos, Síndrome Metabólica, Risco Cardiovascular e o Papel dos Agentes Sensibilizadores da Insulina. Arq Bras Endocrinol Metab. 2006; 50. PERDIGÃO, C. Risco cardiometabólico. Um conceito que une várias especialidades. Rev. Fatores de Risco 2008; nº 8: 48-49. RAPOSO, Helena Fonseca. Efeito dos ácidos graxos n-3 e n-6 na expressão de genes do metabolismo de lipídeos e risco de aterosclerose. Rev. Nutr. [online]. 2010, vol.23, n.5, pp. 871-879. ISSN 1415-5273.

SANTOS, JE; GUIMARAES, AC; DIAMENT, J. Consenso Brasileiro Sobre Dislipidemias Detecção, Avaliação e Tratamento. Arq Bras Endocrinol Metab [online]. 1999, vol.43, n.4, pp. 287-305. SARTORELLI, DS; CARDOSO, MA.; Associação entre carboidratos da dieta habitual e diabetes mellitus tipo 2: evidências epidemiologicas. Arq. Bras. Endocrinol Metab vol 50, nº 3, São Paulo, Junho de 2006. SILVA, DC; CERCHIARO, G; HONÓRIO, KM. Relações patofisiológicas entre estresse oxidativo e arteriosclerose. Química Nova, vol, 34, nº2, São Paulo. 2011.