EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM ADOLESCENTES NUMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO NORDESTE BRASILEIRO

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Transcrição:

EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM ADOLESCENTES NUMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO NORDESTE BRASILEIRO Cristiana Barbosa da Silva Gomes 1 ; Isaldes Stefano Vieira Ferreira 2 ; Rosângela Vidal de Negreiros 3 Discente da Universidade Federal de Campina Grande. Email: redentor.cristiana@gmail.com 1 ; Fisioterapeuta do NASF da Prefeitura Municipal de Guarabira. E-mail: isaldes@hotmail.com. 2 ;Universidade Federal de Campina Grande. Email: rosangelavn@ufcg.edu.br. 3 RESUMO INTRODUÇÃO Nos estudos realizados por pesquisadores em saúde pública na atualidade, entende-se por educação em saúde quaisquer combinações de experiências de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar ações voluntárias que conduzam à saúde. A educação em saúde surgiu do interesse de acadêmicos do Curso de Enfermagem da UFCG, campus CCBS, visando melhor entendimento e conhecimento sistemático de temáticas para a saúde pública na atualidade: planejamento familiar, gravidez precoce e doenças sexualmente transmissíveis (DST). No segundo semestre de 2013, os alunos participavam do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) e Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (PRÓ-Saúde), que tem como objetivo, inserir acadêmicos da área da saúde na Estratégia de Saúde da Família (ESF), sendo possível devido uma parceria entre a universidade, a comunidade e o serviço de saúde, a partir da extensão e da pesquisa, visando à formação profissional na atenção básica e a promoção da saúde. Os alunos demonstram interesse em desenvolver atividades de intervenção na realidade. Inicialmente apresentaram informações sobre planejamento familiar, no dia destinado a consulta

ginecológica, com temas relativos à sexualidade na adolescência para em seguida desenvolverem uma proposta de intervenção na realidade da população local, direcionando atenção para ação educativa em saúde envolvendo grupos de jovens com faixa etária entre 13 a 21 anos, orientando-os no sentido de prepará-los para uma vida sexual saudável com segurança, chamando atenção para os riscos e transtornos de uma gravidez não planejada, estando ligada ao planejamento familiar. Buscando a interface entre ensino, pesquisa e extensão, levando ao favorecimento da comunidade, com a melhoria da qualidade de vida das pessoas, o trabalho na ESF contribui para o desenvolvimento do PRO/PET saúde, principalmente por ser projeto inovador, além das parcerias mantidas entre a Secretaria de Saúde do Município. Acreditando que esta interface propicia o encaminhamento de políticas mais objetivas para os problemas enfrentados pela população. Em contrapartida, os alunos vão sendo introduzidos na realidade de uma comunidade e o resultado desse trabalho servira de base para outras ações acadêmicas. Dessa forma, estamos iniciando um processo de intervenção na realidade local através das contribuições do PRO/PET sob o ponto de vista preventivo e de promoção à saúde. OBJETIVO Relatar a experiência do Grupo PRÓ/PET- Saúde com um grupo de adolescentes entre 13 e 21 anos numa ESF do município de Campina Grande/PB. METODOLOGIA Trata-se de um Relato de Experiência de carácter descritivo, desenvolvido a partir da experiência de discentes do Curso de Enfermagem, em atividades educativas com um grupo de adolescentes na faixa etária entre 13 e 21 anos, cadastrados na ESF José Aurino Barros Filho, do município de Campina Grande, Paraíba. Durante o desenvolvimento das atividades, a metodologia utilizada foi a problematizadora (FREIRE, 1993), levando em consideração a realidade vivenciada por jovens. Inicialmente

convidarmos os adolescentes para reflexões acerca da sexualidade, planejamento familiar, gravidez precoce e prevenção das DST. Abordando assim, educação em saúde, promoção da saúde e a prevenção, as atividades foram desenvolvidas em três etapas: Na primeira etapa, denominada ORGANIZACIONAL, além do estudo teórico e conceitual envolvendo todos os membros da equipe, buscou-se o desenvolvimento de uma metodologia dialógica para o trabalho de Educação em Saúde, organizando um acervo de materiais didático-pedagógicos para serem utilizados durante todo o projeto. Neste momento buscamos reunir material didático necessário para exposição do tema sobre sexualidade, planejamento familiar, prevenção da gravidez precoce, DST, além da organização do material preventivo a ser distribuído nos encontros realizados. Na segunda etapa, denominada APLICATIVA, onde agendamos as datas para realização de palestras, oficinas e demais eventos. Nas palestras educativas disponibilizamos material preventivo e banner. Utilizando uma didática vinculada à educação comunitária ou popular, que facilite a aquisição de conhecimentos sobre métodos preventivos por parte do publico atendido. Na terceira etapa a SISTEMÁTICA, registramos toda a experiência vivenciada no projeto, tomando como base os relatórios dos alunos bolsistas e colaboradores, os registros dos encontros de formação, os registros das reuniões de estudo e avaliação, dentre outros escritos produzidos durante as atividades desenvolvidas. Reconhecemos assim, que a melhor maneira de encontrar alternativas para a consolidação dessa importante parceria é, em primeiro lugar, conhecer a realidade de cada parte e detectar objetivos comuns, que tenham como prioridade a busca pela melhoria das condições de vida e saúde de toda comunidade, que também tem a sua voz, e por isso, não pode ser encarada como mera receptora das ações, buscamos assim, a aquisição de conhecimentos na comunidade. Foram realizadas cinco rodas de conversas, em cada encontro foi abordada uma temática escolhida pelo grupo. Discutimos as duvidas de cada participante, apresentamos banner dos assuntos trabalhados e encenação de peças teatrais pelos alunos do projeto, em parcerias com a

equipe multiprofissional da ESF. ANALISE E DISCUSSÃO A proposta estabelecida para desenvolver as atividades educativas com o grupo de adolescentes aconteceu pela necessidade da própria comunidade, devido à demanda de pré-natal realizados em adolescentes cadastrados na ESF, de acordo com levantamento realizado pelos alunos do PRO/PET saúde. No intuito de organizar as atividades de educação em saúde, foi feito o convite aos adolescentes, através das visitas domiciliares pelos alunos do PRÓ/PET Saúde. No dia agendado, o grupo de adolescentes foi recebido pelos profissionais de Enfermagem, Clínica Médica, Dentista, Serviço Social e os Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Com isso, quinzenalmente, passou a ter encontro dos adolescentes na ESF pela equipe multiprofissional e participante do PRÓ/PET saúde, onde acontece a realização de atividades educativas. Nesse sentido, trabalhar questões que envolvem a sexualidade na adolescência, envolve sentimentos e valores sociais; ligados direto ou indiretamente a questões psicológicas vinculadas a individualidade emocional; o que problematiza ainda mais o desenvolvimento de práticas educativas. É importante salientar que, para que haja o interesse dos adolescentes em formular debates e expor dúvidas é necessário que seja feita a averiguação dos questionamentos do próprio grupo, trazendo a sua realidade, um esclarecimento positivo de possíveis questionamentos, no que concerne a educação sexual desses indivíduos, é necessário que os profissionais estabeleçam elos que facilitem a interação do grupo. De acordo com Jeolás e Ferrari (2003), a mudança de comportamento frente ao tema é um processo prolongado e depende também de outros determinantes como a família, escola e até mesmo a mídia, nesse sentido, a formação de oficinas, rodas de conversas, grupos de convivência entre outros; deve ser visto como o ponto inicial de um processo que deve ser complementado pela

família, escola e pelas políticas sociais voltadas para os jovens em nosso país. Cabe aos profissionais de saúde, estarem preparados para identificar e abordar esses adolescentes de forma dinâmica, que estabeleça vínculo com o referido grupo; na perspectiva de trazer conhecimento científico através dessas práticas educativas, garantido a esses indivíduos, maiores cuidados sobre sua saúde, bem como sensibilizá-los quanto à prevenção de agravos relacionados ao desconhecimento ou conhecimento ineficiente sobre as práticas de cuidado da saúde sexual desses indivíduos. CONCLUSÕES Com isso, é importante ressaltar que o trabalho do PRÓ/PET Saúde da UFCG, junto à equipe multiprofissional da ESF referida, teve um papel fundamental enquanto parceira da comunidade, uma vez que através de práticas educativas desenvolvidas dentro da temática abordada, frente às necessidades do público adolescente, propiciou o acolhimento dessa parcela da comunidade; através da otimização do tempo de atendimento aos mesmos. O grupo do PRÓ/PET construiu vínculo positivo com os adolescentes, propiciando assim a formação de um canal de ligação entre o grupo, comunidade e profissionais da ESF, no intuito de trazer conhecimento com parâmetros educativos no que diz respeito a prevenção de agravos à saúde do adolescente no sentido de priorização da saúde sexual e reprodutiva, mantendo assim, o respeito aos preceitos que envolvem o público alvo, levando conhecimento científico dento da necessidade demostrada pelo o perfil de atendimento dos pré-natais realizados na ESF. Com tudo, as medidas educativas de prevenção de DST, gravidez indesejada, planejamento familiar entre outros fatores, proporcionam ao grupo PRÓ/PET aprendizado dentro da formação acadêmica e ainda possibilitou esclarecimento de dúvidas, dentro do patamar científico, formou canal de comunicação positiva, propiciou aconselhamentos dentro da perspectiva de promoção e prevenção, mediante práticas de educação em saúde, voltadas ao público adolescente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS JEOLAS, L. S.; FERRARI, R. A. P. Oficinas de prevenção em um serviço de saúde para adolescentes: espaço de reflexão e de conhecimento compartilhado. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 8, n. 2, p. 611-620, 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s141381232003000200021&lng=en&nrm =iso. Acesso em: 04 de agosto de 2015. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 21.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993.