ATA DA SEXTA REUNIÃO DO COMITÊ TEMÁTICO COMÉRCIO EXTERIOR E INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL Aos doze do mês de junho de dois mil e um, reuniram-se no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, situado na Esplanada dos Ministérios Bloco J sala 700, em Brasília, os integrantes do Comitê Temático Comércio Exterior e Integração Internacional do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, conforme lista de presença em anexo. A reunião foi aberta pelos Coordenador do Governo do referido Comitê Temático, com a aprovação da ata da quinta reunião e assinatura do Coordenador do Governo. O Coordenador da Iniciativa Privada estava ausente. Em seguida, o Coordenador do Governo deu início à reunião, com algumas observações iniciais, em particular, deu conhecimento ao Comitê acerca de reunião de discussão acerca da proposta de criação de figura jurídica de cooperativa de exportação, que contou com a participação de especialistas na questão de cooperativas da parte da Secretaria da Receita Federal e do Banco do Brasil. Na oportunidade, a representante da SRF argumentou que a ampliação do conceito de cooperativas poderia contribuir para o processo de evasão fiscal, tendo em vista, em resumo, que esse tipo de associação não aufere lucro, sim sobras, resultando na não arrecadação tributária sobre o lucro. Comentou-se, na mesma ocasião, acerca da possibilidade dessa nova figura ter como base jurídica tributária a estabelecida para as cooperativas de consumo, sobre as quais incidiria tributação normal, não implicando em perda de arrecadação portanto. O Coordenador do Governo adiantou ainda que o PROGEX Nacional, programa de apoio à competitividade exportadora das ME e EPP (foco: superação de barreiras técnicas), tem como uma das atividades de seu plano de trabalho o treinamento e capacitação das instituições de pesquisa que irão atuar no âmbito do Programa, e que no processo de regulamentação do Fundo Verde Amarelo estão sendo feitas gestões para direcionar recursos para essas atividades do PROGEX. O sub-tema 1 - PARTICIPAÇÃO DA MPE NOS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO ECONÕMICA: MERCOSUL, ALCA E OMC A reunião visou aprofundar a discussão sobre o tratamento dispensado às micro e pequenas empresas nos acordos internacionais atualmente existentes e, em particular, naqueles em que o Brasil participa; assim como a possibilidade de se introduzir texto específico relativo a essas empresas nos Acordos em negociação. (1) Compras Governamentais e ME e EPP: A representante do MRE, Srª Mª Clara Duclos Carísio, apresentou o levantamento, feito junto às representações do Brasil no México, Canadá, Estados Unidos e Europa (Bruxelas), sobre o tema micro e pequena empresas em alguns Acordos Internacionais, como o Nafta e a União Européia: a) Acordo NAFTA (ver anexo IA: Informações Washington): A Embaixada de Washington informou que o Acordo apresenta um artigo que aborda a questão das ME e EPP no contexto de Compras Governamentais; no entanto, informou ainda que o Comitê responsável pela proposição e elaboração de medidas com relação ao assunto não se reúne há mais de três anos e, portanto, nada apresentou de concreto em termos de proposta de tratamento diferenciado para as ME e EPP no mercado de compras governamentais. Acredita-se que o governo americano não tenha real interesse sobre o tema e muito pouca informação disponha sobre o impacto da abertura desse tipo de mercado, no âmbito do Nafta, para as ME e EPP. De acordo com o levantamento obtido no México (ver anexo
IB: Informações México), contudo, foi possível identificar um impacto positivo possibilitado pela abertura de mercado gerada pelo NAFTA, para as micro e pequenas empresas do segmento têxtil sobretudo. Tal resultou da atração de investimento para a região, bem como pelo incremento de demanda provocado pelo NAFTA. Caberia ressaltar que esse quadro positivo não tem nenhuma relação evidente com respeito à questão de compras governamentais. Na realidade, o governo mexicano argumenta que problemas enfrentados pelas empresas desse segmento, particularmente entre as ME e EPP, no que diz respeito à insuficiência de fornecedores de matérias-primas, à obsolescência tecnológica do parque industrial e à dificuldade de acesso a financiamentos adequados foram, de alguma maneira, minimizados pelo processo de abertura do mercado, em geral. Nesse sentido, é que o governo mexicano pretende oferecer maiores oportunidades para as ME e EPP para participarem desse processo de abertura comercial via desenvolvimento de cooperativas de compras, e via exportação indireta, vale dizer micro e pequenas empresas como fornecedoras de grandes empresas exportadoras, além do incremento dos instrumentos de financiamento para exportação, sem referências a respeito de medida na área de compras governamentais. Sobre as informações de Otawa/Canadá, destaca-se o trabalho do governo em relação aos instrumentos de crédito, (Site: www.ede-see.ca-prodserv-smallbus/index-e.htm) b) Mercado UE (ver anexo IC: Informações Bruxelas). Nesse caso, as informações trazidas são as de que existe uma diretiva de simplificação e uniformização de procedimentos de licitação para todas as empresas que atuam no âmbito da EU, o que facilitará igualmente as empresas de pequeno porte. Num primeiro momento, a diretiva estabelece a prioridade de divulgação massiva das informações sobre como vender para a Europa. A diretiva, contudo, não faz qualquer referência a um tratamento diferenciado a ser dispensado às ME e EPP. Ficou claro para o grupo, portanto, a dificuldade de abordar a questão das ME e EPP nos Acordos Internacionais no contexto da discussão de Compras Governamentais, com os dados que vêm sendo apresentados ao grupo. O representante do SEBRAE/Nacional, Sr. Getúlio Vaz, considerou, contudo, que a discussão em abstrato das ME e EPP nos Acordos Internacionais é inócua. É importante que se dê um viés prático às discussões das ME e EPP nos Acordos Internacionais. A representante do BB, Srª Mônica Theophilo Oliveira, considerou que uma alternativa é fazer um mapeamento dos setores com concentração de ME e EPP com potencial de exportação o que vende; vende e/ou já vendeu para o exterior, que dificuldades enfrenta e/ou enfrentou para exportar, etc, de forma que se possa pensar numa estratégia de abordagem setorial nas negociações internacionais. (2) Experiência sobre os processos de integração regional:(mercosul) Foi comentado, pelo representante do SEBRAE, que o estudo da CEPAL/Santiago, que pretende mapear os nichos de mercado com concentração de ME e EPP, tem um foco setorial, podendo-se caracterizar como passo importante para começar a construir um banco de dados capaz de gerar informações sobre a competitividade das ME e EPP de determinados setores no comércio internacional. De acordo com o representante do SEBRAE o estudo está em fase de contratação, sendo elaborado, pata tanto, um Termo de Referência. A maior dificuldade encontrada para formatar o Termo de Referência, contudo, é a carência de informações sobre as ME e EPP exportadoras. Foi mencionado pelo representante do SEBRAE a recente apresentação, por parte da FGV, de modelo capaz de simular resultados de negociação, ganhos e perdas, na ALCA e UE, para alguns setores da economia bem como para agregados setoriais. O grupo, contudo, entende que é fundamental dispor de um banco de dados que cubra informações sobre as ME e EPP exportadoras com foco setorial com o objetivo de tratar o tema das ME e EPP no contexto dos acordos internacionais, de forma mais prática. (Proposta I). Dessa forma,
o Comitê sugere seja levada proposta desse sub-tema para Reunião Plenária do Fórum no sentido de estabelecer uma parceria entre o MDIC e a FUNCEX Termo de Referência-, entidade que vem se dedicando, há muitos anos, aos estudos na área de exportação no País, para fazer um mapeamento sobre a competitividade setorial, com concentração de ME e EPP, no sentido de avaliar as possíveis fragilidades e oportunidades do setor no processo da abertura comercial. O sub-tema 2 - CULTURA EXPORTADORA: SENSIBILIZAÇÃO, MOBILIZAÇÃO E ESTÍMULO À PERMANÊNCIA NO MERCADO A reunião se iniciou com a continuação da discussão do tema da cultura exportadora, com destaque para os instrumentos existentes, como a Rede de Agentes (multiplicadores), que podem vir a contribuir para a disseminação dessa cultura. O Programa Rede de Agentes é uma das ações da área temática Cultura Exportadora, uma entre as 15 áreas temáticas relacionadas com o comércio exterior, contempladas no Programa Especial de Exportação PEE. O representante da SECEX, Sr. Fábio Castejon Resende, adiantou que o Ministério do Trabalho e Emprego aprovou na íntegra o volume de recursos, R$1,5 milhão, para o Programa Rede de Agentes, o que torna possível ao Programa integrar um número maior de novas instituições à Rede de Agentes. (1) Rede de Agentes/Treinamento dos Agentes: Nesse sentido, o representante da SECEX informou que no mês de agosto terá início o Programa de Treinamento dos Agentes de Comércio Exterior: o curso de nivelamento para incorporação de novos agentes e o curso de aperfeiçoamento dos agentes já integrados à Rede de Agentes, além do treinamento para empresários: 1) Para a incorporação de novos agentes, iniciou-se a fase de inscrição para o cadastramento das instituições que irão indicar representantes para fazer parte do Programa Rede de Agentes (ver anexo II: Critérios para ingressar no projeto Rede de Agentes). A idéia é trazer o maior número de instituições parceiras para integrar a Rede de Agentes. Com esse propósito, a Secretaria Técnica do Fórum ficou de encaminhar para as entidades de representação habilitadas no Fórum um comunicado sobre a inscrição na Rede de Agentes. O representante da CONAMPI, Sr. Ercílio Santinoni, disponibilizou para o mesmo fim uma lista de entidades de representação de ME e EPP no sistema CONAMPI/CONEMPEC/MONAMPE (ver anexo III: Lista de entidades de representação disponibilizada pela CONAMPI). 2) Para dar início ao treinamento de especialização dos agentes, o representante da SECEX informou que está sendo promovida articulação com a Universidade de Santa Catarina Laboratório de Ensino à Distância para estabelecer a estrutura do curso, aulas presenciais, em que se pretende utilizar as Universidades das principais cidades do País, e as não presenciais, bem com o elenco de disciplinas a serem ministradas no curso (ver anexo IV: Minuta de Projeto: Especialização em Comércio Exterior: Ênfase em Empresa de Pequeno Porte em fase de negociação). O representante da SECEX adiantou que a Rede de Agentes vem contribuindo para adequar o conteúdo do curso às necessidades dos agentes de comércio exterior. O representante do IPT, Sr. Vicente N. G. Mazarella, aproveitou a oportunidade para dar a seguinte sugestão à grade de cursos: a) No Bloco 6 Estudos de Caso,da Minuta do Projeto, ver anexo IV, acrescentar os 118 casos do Programa PROGEX/IPT São Paulo; e, b) citar o Programa PROGEX/IPT como um instrumento disponível e experiência/expertise acumulada no desenvolvimento do produto para exportação e desenvolvimento de produtos em função de mercados específicos. Está sendo estudado também, segundo o representante da SECEX, recursos com o objetivo de complementar o desembolso dos treinandos que pretendem fazer o curso de especialização. 3) Para o treinamento dos empresários, além do curso Aprendendo a Exportar, disponibilizado na página da Rede de Agentes, está se buscando articulação
com as entidades de representação das ME e EPP para desenvolvimento de treinamentos específicos, voltados para o comércio exterior, aos empresários desse segmento. Com esse propósito, a Secretaria Técnica do Fórum ficou de encaminhar para as entidades de representação habilitadas no Fórum um comunicado sobre a inscrição na Rede de Agentes. 4) Existem, ainda, outros treinamentos em negociação: 4.1) um treinamento especializado para os agentes conhecerem a ferramenta do Brasil Trade Net/MRE, e poderem utilizá-la. Por essa ferramenta é possível fazer prospecção de negócios e estudos de mercado. 4.2) cursos de tecnólogo em comércio exterior, projeto sendo desenvolvido por parceria MEC/CAMEX/SECEX, a serem ministrados nas Escolas Técnicas Federais, no sentido de estimular a cultura exportadora, principalmente em locais onde o mercado não esteja oferendo tais cursos. (2) Rede de Agentes/Integração de outros parceiros: O representante da SECEX Sr. Fábio Castejon Rezende, considerou que o Projeto Rede de Agentes, com a notícia que teve sobre os recursos a serem desembolsados pelo MTE, ainda este ano, para o Programa Rede de Agentes, pode iniciar a incorporação de massa crítica via inclusão de novos agentes de comércio exterior, provenientes de outras instituições, (Proposta II) acolhendo, portanto, a proposta do Comitê de viabilizar a incorporação de pessoas capacitadas, integrantes de outras instituições, também voltadas ao estímulo das exportações brasileiras, desde que assegurados critérios e pré-requisitos de capacitação técnica aceitos pela SECEX/DEPOC.(3) Programa PROGEX: Os representantes do IPT, Sr. Vicente N. G. Mazarella e da Srª Mari Katayama, relataram acerca do Programa PROGEX, e informaram que já foi elaborado um documento à FINEP solicitando recursos para a capacitação dos institutos tecnológicos no âmbito do Programa PROGEX. A Diretoria da FINEP entende que é importante regulamentar o Fundo Verde Amarelo para azeitar os recursos necessários para viabilizar as metas do Programa que é a de treinar 30 centros/institutos tecnológicos, sendo que 4 centros/institutos serão treinados ainda esse ano (2001), de modo a apoiar 4.500 empresas até julho de 2004. Os representantes do IPT defenderam a necessidade de se mapear a demanda das empresas com potencial exportador e que apresentam e/ou apresentaram problemas para exportar até como uma forma de subsidiar o trabalho dos centros/institutos tecnológicos. (Proposta III) A FUNCEX tem disponível um mapeamento das empresas de pequeno porte que descontinuaram o processo de exportação e, que, segundo o Coordenador do Governo, poderia ser aproveitado tendo-se em vista que essa descontinuidade do processo exportador é sinal de problemas de gestão, tecnológicos, etc..., que poderiam ser visualizados, por setor e por Estado da Federação, para a definição dos centros tecnológicos a serem treinados de acordo com a demanda potencial por parte dos exportadores de pequeno porte. A Rede de Agentes pode também apoiar o trabalho do PROGEX por meio dos agentes de comércio exterior que podem sinalizar as empresas que desejam exportar e que podem se beneficiar desse programa, entre outras formas. (4) Comércio Eletrônico: Foi feita a apresentação sobre o Programa Rede de Agentes pelo representante da SECEX (ver anexo V Apresentação). De acordo com o apresentador, o Programa pretende oferecer capacitação para turmas de formadores de multiplicadores em comércio exterior (3), oferecer novas turmas de agentes de comércio exterior (15) e treinamentos específicos para empresários de pequeno porte (37) até o final desse ano. Ficou agendada nova apresentação, que em seqüência ao que ficou estabelecido em reuniões passadas, ficará a cargo da APEX, sobre o Programa de Comércio Eletrônico da APEX. A Secretaria Técnica ficou responsável por entrar em contato com representante da APEX no Comitê para agendar a apresentação, e em alternativa, tentar verificar a disponibilidade do SEBRAE/Nacional ou do Banco do Brasil fazerem a apresentação de seus produtos, respectivamente, Bolsa de Negócios e
Sala Virtual de Negócios Internacionais. Na mesma oportunidade ficou acertado que se fará uma tentativa de sincronizar a agenda de eventos das entidades de representação do segmento de micro e pequenas empresas com os eventos do ENCOMEX como forma de propiciar uma maior troca de informações entre os empresários e o governo bem como dar maior visibilidade aos instrumentos do governo, como por exemplo, na área de comércio eletrônico. O sub-tema 5 LEGISLAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR: TRIBUTAÇÃO, CRÉDITO/FINANCIAMENTO, PROCEDIMENTOS ADUANEIROS E DESBUROCRATIZAÇÃO A discussão se iniciou com o aprofundamento da discussão sobre instrumentos financeiros e tributários voltados prioritariamente para as PMEs exportadoras. (1) Sobre o acesso das ME e EPP ao mercado internacional de forma indireta: A discussão foi adiada para a próxima reunião porque o representante do BACEN, Sr. Arnaldo Costa, não pôde comparecer. (2) Sobre o acesso das ME e EPP de forma direta: (FGPC) A representante do BNDES, Srª Mª Helena de Oliveira, (Proposta IV) apresentou a Minuta de modificação do art. 2º do Decreto 3.113/99 (ver anexo VI- Minuta de Modificação do art. 2º do Decreto nº 3.113/99). A referida minuta de Decreto modifica a regulamentação do Fundo de Garantia para Promoção de Competitividade -FGPC, estabelecendo, em seu art. 2º, novos limites, bem como competência, ao MDIC, para atualização desses valores. O Coordenador do Governo ficou de encaminhar para a Secretaria Técnica solicitação para apreciação da referida Minuta pela área jurídica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a fim de que esse decida acerca do encaminhamento da proposta, inclusive, por tratar-se de medida relacionada à política de comércio exterior, a respeito de sua prévia apreciação por parte da CAMEX. A representante do BNDES informou ainda que os novos valores - limites constantes da referida Minuta de modificação utiliza o critério Mercosul (com a cotação do dólar apreciada em R$ 2,25). Essa modificação permite que esse instrumento seja disponibilizado dentro dos mesmos critérios utilizados para definição das empresas de micro, pequenas e médios negócios nas linhas de crédito oferecidas pelo BNDES, que são os critérios Mercosul. Além disso, a representante do BNDES informou que um conjunto de alterações no Lei do FGPC, a ser divulgada no segundo semestre, buscará incentivar as micro e pequenas empresas a fazerem uso desse instrumento, como: 1) as médias empresas que buscarem linhas de crédito para exportação podem utilizar o FGPC sem precisar comprovar experiência prévia no comércio exterior; 2) a comissão de 0,15% sobre o valor do crédito, para usar o fundo de garantia só será cobrado a partir do momento da liberação do crédito; 3) a comprovação de garantias fidejussórias só será exigida a partir de operações com limite de R$ 500.000,00; e, 4) o índice de cobertura das linhas de financiamento voltado para capital de giro para exportação (pré - embarque e pré - embarque especial) deverão ser ampliados para até 80% para as micro e pequenas empresas que utilizarem a linha pré - embarque, e médias empresas que atuarem nas regiões incentivadas do BNDES, e para as médias empresas que atuarem nas demais regiões a cobertura passará a ser de até 70%, e, no caso, do pré - embarque especial, o limite de cobertura deverá ser de até 80% para as ME e EPP e de até 70% para as médias empresas. O sub-tema 3 - PROMOÇÃO COMERCIAL: SHOWROOM, COMÉRCIO ELETRÔNICO, EXPLORAÇÃO DE MERCADOS E PROGRAMAS SETORIAIS INTEGRADOS - A reunião se iniciou com a continuação da discussão sobre a forma de apoio institucional à formação de consórcios, bem como acerca da necessidade de criação de legislação específica, respaldando esse tipo de associação. (1)
Consórcio/Legislação: Levando em consideração a dificuldade de se trabalhar com a proposta das cooperativas de exportação, já comentadas no início da reunião, o Coordenador do Governo entende ser fundamental o estudo de todas as alternativas possíveis de modo a se cobrir a lacuna da personalidade jurídica dos consórcios de exportação, com os prós e contras de cada uma delas, inclusive a alternativa da cooperativa de exportação com base na regulamentação vigente para as cooperativas de consumo em relação às quais haveria tributação normal. Ressaltou que não se está buscando forma de possibilitar qualquer tipo de benefício, isenção fiscal para os consórcios. Comentou ainda acerca da importância de se estudar o modelo italiano, e a figura jurídica lá concebida, que gerou o desenvolvimento empresarial, atualmente, de mais de 300 consórcios e 7.000 associados, muitos deles de grande êxito no comércio exterior. Nesse sentido, o representante do Banco do Brasil, Fernando Jackson C. de Alencar, informou ter sido encomendado estudo pela instituição para análise de outras formas de sociedade existentes. O grupo considerou o estudo importante, uma vez que pode ajudar na avaliação técnica da forma jurídica mais adequada para os consórcios de exportação. O representante do Banco do Brasil vai apresentar na próxima reunião para o grupo o resultado do referido estudo. Foi reforçado pelo representante do SEBRAE, Sr. José Mauro de Morais, ainda, a possibilidade de se trabalhar com alternativa a figura da sociedade de interesse econômico PL nº 3.735/93, a despeito dos problemas que apresenta, como por exemplo, a forma de tributação. O representante do BB ficou responsável de trazer esse estudo na próxima reunião do Comitê (7ª). A idéia é trazer alguém da assessoria do Deputado Carlos Hauly, autor do referido Projeto de Lei, para apoiar na discussão da próxima reunião do Comitê sobre o tema. O representante do SEBRAE ficou responsável por entrar em contato como o Deputado e/ou sua assessoria para ver a disponibilidade dele participar da próxima reunião, contribuindo assim para enriquecer o debate sobre as vantagens e desvantagens (fragilidades) da sociedade de interesse econômico. No sentido de coordenar esses trabalhos, o Coordenador do Governo pretende consolidar em um relatório as vantagens e desvantagens de cada alternativa de figura jurídica para cobrir a lacuna da personalidade jurídica dos consórcios de exportação, bem como explorar, o sucesso da experiência italiana dos consórcios de exportação. (Proposta V). A proposta do Comitê é apresentar esse trabalho para o Fórum sinalizando a alternativa que o Comitê entende como mais adequada para a situação dos consórcios de exportação no País. Os trabalhos foram concluídos com a definição da próxima reunião do comitê, a se realizar no dia vinte seis de julho de dois mil e um, no MDIC. Ficou também acertado que as reuniões do Comitê serão realizadas em toda a primeira quinta-feira do mês, salvo se for feriado, quando a reunião será automaticamente antecipada para a quarta-feira, ou outras quando houver algum problema de força maior que obrigue o remanejamento da reunião. A reunião manterá a discussão por sub-temas. Encerrados os trabalhos, eu, Aloísio Tupinambá, representante do MDIC, assino a presente ata. ALOÍSIO TUPINAMBÁ Coordenador de Governo