VII Congresso Nacional do Milho A perspectiva da produção do leite na economia futura do milho em Portugal OR

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Transcrição:

OR 08-02-2010 01 Produzimos leite de alta qualidade, trabalhando em conjunto com os nossos clientes, fornecedores e colaboradores competentes e dedicados, fazendo da Eco-Eficiência o nosso desenvolvimento sustentável. OR 08-02-2010 02 1

EFECTIVO ANIMAL ESTABULADO Em lactação: 1.000 Em crescimento: 1.000 Total: 2.000 São efectuadas 3 ordenhas por dia. Actualmente a média de produção é de 30.000 Litros / dia. Quota leiteira atribuída: 11.500.000 Kg / ano. OR 08-02-2010 03 TANQUES DE RECIRCULAÇÃO DE ÁGUAS OR 08-02-2010 04 2

RECURSOS HUMANOS 34 Trabalhadores (6 dos quais licenciados em produção animal) ÁREA AGRÍCOLA 428ha no Total 394ha de cultivo 186ha de cultivo de milho 11.820 toneladas de silagem de milho produzida em 2009 5.000 toneladas de silagem de azevem produzida em 2009 OR 08-02-2010 05 MILESTONES 1987 Inicio de funcionamento da Empresa. 1998-2000 Expansão das instalações. 2006 Aquisição da Empresa pelos actuais Sócios. 2007 Reestruturação da Empresa. 2008 2009 Definição da estratégia para o futuro, baseada no contexto da União Europeia. 2010 Implementação da estratégia Crescimento Orgânico, apesar da turbulência do sector, para 1100 vacas em lactação. OR 08-02-2010 06 3

PRESSUPOSTOS Pressupostos a serem considerados na implementação da estratégia: As descidas contínuas e previsíveis do preço do leite na União Europeia originarão um crescimento de um pequeno número de explorações com um baixo custo de produção, que sobreviverão ao ambiente competitivo, e levarão ao desaparecimento de um grande número de explorações que não conseguirão competir. O Vale da Lama escolheu fazer parte das primeiras, crescer 10% em 2 anos. OR 08-02-2010 07 UNA - PRODUÇÃO LEITE PORTUGAL EVOLUÇÃO NÚMERO PRODUTORES 18.000 16.027 16.000 14.031 14.000 11.794 12.000 10.083 10.000 10.000 8.000 6.800 6.000 4.000 4.233 3.948 3.200 2.000 0 TOTAL'04 AÇORES'04 TOTAL'05 AÇORES'05 TOTAL'10 AÇORES'10 OR 08-02-2010 08 4

PORTUGAL QUOTA LEITEIRA 1.935.000 Ton./ano (Média p/ exp.177.520 kg) (Esp. 6.115.000 Ton.ano 221.390 Kg.) PRODUTORES: 9.990 ( 2008/09) (contra 30.848 em 1999/00) OR 08-02-2010 09 DISTRIBUIÇÃO DOS ANIMAIS 35% 4% Total de Vacas Leiteiras: 319.000 13% % de Leite produzido 3% 27% 11% 9% OR 08-02-2010 10 5

PORTUGAL PRODUZ MAIS LEITE COM MENOS PRODUTORES - 2008/09 Menos 10,5% de produtores (1.237) = 9.990 Mais 0,76% de leite = 1.844 milhões ton. Produzem 18% do leite total >25 vacas; 3433; 34% <25 vacas; 6557; 66% Produzem 82% do leite total OR 08-02-2010 11 CONCENTRAÇÃO DOS PRODUTORES 08/09 3.433 > 160.000 82% LEITE ton. 2.403 < 20.000 ton 4.154 1% LEITE < 160.000 ton 17% LEITE A concentração é inevitável, mas mesmo assim só 1.096 estão a produzir mais de 400.000 ton/ano, representando 11% dos produtores e 50% do leite produzido. OR 08-02-2010 12 6

QUOTA < 20.000 Kg < 80.000 Kg < 160.000 Kg > 400.000 Kg TOTAL ABANDONO DE PRODUTORES N.º 897 231 100 9 1.237 A Produção continua a crescer, ao mesmo nível de anos anteriores: cerca de 1%. O Norte é a maior bacia leiteira. O Centro com mais um ano a perder produção. O Oeste e Vale do Tejo com ligeiro incremento. O Alentejo com significativo incremento no seguimento de anos anteriores. Os Açores continuam a crescer e são a 2ª bacia leiteira. Só 9 produtores acima das 50 vacas abandonaram!! O SEGMENTO PROFISSIONAL ESTÁ A CRESCER!! OR 08-02-2010 13 Como crescer e ser competitivo num ambiente como o actual? a) Necessidade de implementar um sistema de gestão que nos permita conhecer o custo de produção de 1 litro de leite de alta qualidade. Bactérias: < 50.000 Células somáticas: < 250.000 b) A alimentação das vacas leiteiras terá forçosamente de basear-se em critérios económicos e de rentabilidade. A alimentação representa entre 50% a 70% do custo final do leite. c) A superficie agrícola da exploração será cada vez mais utilizada para a produção de silagens com elevados níveis proteicos e energéticos. OR 08-02-2010 14 7

d) A subcontratação dos trabalhos agrícolas, tanto quanto possível, para beneficiar da especialização e economias de escala. e) A produção de cereais para biocombustíveis e outros factores de mercado, originando um encarecimento crescente, terão que ser tidos em devida conta. Representam uma ameaça. f) Os custos de logística e transporte deverão ser tidos em conta, dado o seu impacto directo no preço final. g) Em suma, as explorações de produção de leite deverão localizar-se onde todos os pressupostos obrigatórios convirjam. OR 08-02-2010 15 PORQUÊ? A importância do milho na alimentação das vacas tem a ver com a necessidade: 1. Criar forragens para suprir a pobreza das culturas de inverno e falta de área para as explorações leiteiras. O clima mediterrânico condiciona a disponibilidade de pastagens com verões quentes e invernos amenos e pouco chuvosos. 2. O grande número de animais estabulados aumenta a necessidade de produzir forragens para o próprio consumo, com alto teor energético, por forma a reduzir ao máximo possível a compra de concentrados e ainda assim sermos competitivos. OR 08-02-2010 16 8

3. O objectivo principal é obter milho em maior quantidade, isto é, com maior quantidade de amido possível. 4. No Vale da Lama, a média de produção por hectare é de 67 toneladas. OR 08-02-2010 17 SILO 1 SILO 2 PARAMETRO VALORES PARAMETRO VALORES PH MEDIDO 3,50 Unidades PH PH MEDIDO 3,70 Unidades PH MATÉRIA SECA 33,10 % MATÉRIA SECA 41,00 % PROTEÍNA BRUTA 7,10 % PROTEÍNA BRUTA 6,30 % FIBRA B. 25,20 % FIBRA B. 30,00 % FIBRA ÁCIDA 28,80 % FIBRA ÁCIDA 34,10 % FIBRA NEUTRA 47,00 % FIBRA NEUTRA 54,80 % CENIZAS 3,90 % CENIZAS 3,60 % ALMIDON 38,30 % ALMIDON 34,40 % PDIE 6,57 % PDIE 6,39 % PDIN 4,37 % PDIN 3,87 % UFL. 0,89 UFL. 0,84 EQUIVALENTE GRANOS 54,80 % EQUIVALENTE GRANOS 49,10 % OR 08-02-2010 18 9

Em termos energéticos 4 Kg de silagem de milho equivalem a 1Kg de farinha de milho. O custo da silagem de milho no Vale da Lama em 2009 foi de 30 / tonelada. O preço actual de 1 tonelada de farinha de milho é de 167. Nesta perspectiva há uma economia de 28% na utilização de silagem de milho comparativamente à farinha de milho, o que faz toda a diferença. OR 08-02-2010 19 O GANHO DE EFICIÊNCIA E COMPETITIVIDADE DO SECTOR DE PRODUÇÃO DE LEITE NO VALE DA LAMA PASSA PELO MILHO, SILAGEM E GRÃO, E CONSEQUENTE AUMENTO DA ÁREA DE PRODUÇÃO DE SILAGEM DE MILHO. OR 08-02-2010 20 10

OR 08-02-2010 21 11