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7. o SINTELPES tem legitimidade para representar somente a seus filiados e da mesma forma suas disposições somente a estes se impõe; 8. a legislação constitucional e infraconstitucional claramente determina que as cláusulas das normas coletivas são aplicáveis somente no âmbito das entidades signatárias. 9. o SINDUSCON/ACRE, ao qual a empresa Recorrente é filiada, em momento algum celebrou convenção com o SINTELPES, de forma que é impossível juridicamente que se tenha a Recorrente como obrigada a cumprir determinações contidas em convenção celebrada por entidade à qual não pertence; 10. tal fato agrava quando se tem como condição de participação em processo licitatório tal exigência, ferindo normas e princípios inerentes ao procedimento licitatório; 11. deve a Administração respeitar o Chamado PRINCÍPIO DO PCEDIMENTO FORMAL, segundo o qual impõe-se a vinculação da licitação às prescrições legais que a regem a todos os seus termos e atos. 12. ilegal e abusiva a decisão da Comissão Permanente de Licitação que, em total, desrespeito ao Princípio da Igualdade de tratamento entre licitantes, retira a Recorrente do processo, com base em exigência sem qualquer amparo constitucional ou legal. 13. por consideração de direito e de moral, o ata administrativo não terá que obedecer somente a lei jurídica, mas também a lei ética da própria instituição, porque nem tudo que é legal é honesto; Conclui sua peça recursal, pedindo o provimento do recurso, determinando a modificação da decisão com a classificação da proposta apresentada pela Recorrente. Não conhecendo o pedido que seja decretada a revogação do procedimento licitatório, por descumprimento do procedimento formal estabelecido na lei 8.666/93. II - DAS CONTRA-RAZÕES Chamada a manifestar-se na defesa de seus interesses, nos termos do 3º, Artigo 109 da Lei nº 8.666/93, não houve pronunciamento por parte da licitantes interessadas. III - DOS FATOS CEN R. José de Alencar n.º 2613 Baixa da União, térreo, sala 05 78.916-623 Porto Velho - 2/8

No dia 27 de fevereiro de 2008, a Recorrida, após análise da proposta comercial, desclassificou a recorrente, conforme registro em Ata: ELEACRE Engenharia Ltda, compôs a Planilha de Composições CUSTO HORÁRIO E BDI, com salários para as categorias eletricista de alta tensão, auxiliar de eletricista e motorista de veículos leve, abaixo do mínimo garantido em convenção do SINTELPES, vigente desde janeiro de 2008, que garante para os cargos de eletricista o piso salarial de R$ 801,88, auxiliar R$ 508,31 e para motorista de veículos leves R$ 700,94, e ainda, deixou de incluir na sua composição de custos o adicional de periculosidade. Registra-se que salário e o adicional de periculosidade, foram objetos de questionamentos, respondidos através da Nota de Esclarecimento nº 002, expedida em 01/02/008 e Nota de Esclarecimentos nº 004, expedida 11/02/08 onde, após ser indagada, a Administração afirmou Sim, as licitantes que não considerarem na composição de custos salários vigentes, bem como os devidos adicionais, serão desclassificadas. ; (grifo e negrito nosso) O edital, publicado no Diário Oficial da União DOU em 16 de janeiro de 2008, trazia dentre outras, as seguintes condições: 1.4 Os esclarecimentos de dúvidas decorrentes da interpretação do edital e de outros assuntos necessários à apresentação dos documentos de habilitação e proposta, serão encaminhadas/ disponibilizadas em forma de Nota de Esclarecimentos ou Adendo Modificador, através do site www.ceron.com.br, ficando as empresas que adquiriram o Edital obrigadas a acessar o referido site para tomas conhecimento dos mesmos 9.12 Após a análise das propostas, serão desclassificadas, as propostas que: 9.12.3 Não atenderem às exigências contidas nesta Tomada de Preços, ou imponham condições não previstas no caderno editalício; No dia 01 de fevereiro de 2008, a CEN divulgou a Nota de Esclarecimentos nº 002/08, onde fez constar o seguinte esclarecimento, aos licitantes: Tornamos do conhecimento de todos os interessados no Processo Licitatório, o teor do pedido de esclarecimento, formulado pelo Sr. Raimundo da Silveira, da empresa Eletrotec, bem como a resposta da CPL, nos termos a seguir aduzidos: Solicito informações quanto as tabelas fornecidas pela Ceron, onde o item adicional de periculosidade (30%) não foi incluído, como proceder no preenchimento das mesmas. Raimundo da Silveira Eletrotec RESPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO. CEN R. José de Alencar n.º 2613 Baixa da União, térreo, sala 05 78.916-623 Porto Velho - 3/8

A Planilha divulgada pela Administração é exemplificativa, devendo as Licitantes apresentarem suas planilhas onde estejam contempladas todas as obrigações trabalhistas e previdenciárias asseguradas em Leis e por convenção coletiva de trabalho, bem como, todas as despesas e encargos decorrentes da contratação. O item periculosidade poderá ser incluso direto no item salário nominal ou ainda, em campo especifico. Esclarecemos que já está em vigor, desde de 1º de janeiro de 2008, a nova Convenção do SINTELPES, onde fora concedido reajuste de 8% (oito por cento) para as categorias abrangidas pela aquela entidade, que deverão ser considerado no composição de custos da licitante. (grifo e negrito nosso) Ainda sobre assunto, no dia 11 de fevereiro de 2008, a CEN através da Nota de Esclarecimento nº 004/08, novamente esclareceu: 3. Sim, as licitantes que não considerarem na composição de custos salários vigentes, bem como os devidos adicionais, serão desclassificadas. É importante ressaltar que no decorrer da publicação do certame, não houve, qualquer manifestação contrária ao procedimento licitatório, sendo, portanto, aceito pela Recorrente e demais licitantes, as condições estipuladas no Edital, que no ensinamento doutrinário e jurisprudência dominantes é a Lei interna entre as partes, que a Recorrente e demais licitantes sancionaram ao formalizarem suas propostas. Portanto, a decisão de desclassificação da Recorrente, fundou-se me regra previa e amplamente divulgada. Trata-se de restrita obediência ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório e as demais regras aplicáveis ao assunto. IV DO MÉRITO Antes da análise de mérito é oportuno destacar que a Recorrente fora desclassificada por dois motivos: primeiro, por compor seus custos com salários abaixo do garantido para as categorias e, segundo, por não incluir o adicional de periculosidade na composição da mão-de-obra. No recurso da Recorrente, ora em análise, não houve qualquer manifestação quanto a não inclusão do adicional de periculosidade na composição de mão-de-obra, sendo o entendimento, conforme ensina a legislação, doutrina e jurisprudência, que a Recorrente reconhece esta omissão. Cabe também destacar que a decisão da Comissão Permanente de Licitação não teve qualquer pretensão de macular o nome da Recorrente ou de seus sócios, não fora feito nenhuma menção que pudesse ser considerada ofensiva e não hão dúvidas que na CEN, continuam a merecer a idoneidade técnica e operacional. CEN R. José de Alencar n.º 2613 Baixa da União, térreo, sala 05 78.916-623 Porto Velho - 4/8

Com relação aos salários é certo que a base territorial da Recorrente é o Estado do ACRE, no entanto, está claro em todo o certame, que os serviços serão executados em Rondônia, sendo assim, a Recorrente dever submeterse às regras do estado de Rondônia e do município de Porto Velho. Exemplo disso são os tributos estaduais e municipais, que de certo a Recorrente considerou os de Rondônia e não do ACRE. A Recorrente, ao tentar explicar os salários utilizados na composição de custos da sua empresa, comete um equivoco, pois em nenhum momento a CPL questionou a necessidade da empresa ser filiada ou não a qualquer associação ou sindicato de classe. Veja, não resta qualquer dúvida quanto a empresa ser filiada ou não ao Sindicato da Indústria da Construção Civil - SINDUSCON, aliás isso nem foi objeto de julgamento no certame. O que tem que ser observado é que o SINDUSCON é sindicato patronal, não legisla sobre salário de trabalhador, em especial dos serviços de engenharia elétrica. No estado de Rondônia o Tribunal Regional do Trabalho, através de sentença prolatada no processo 2ªVT/PVH/ 1223.2005.002.14.00-3, reconheceu como legitimo representante dos trabalhadores nos serviços de iluminação, sinalização, leitura de energia, religação de energia, O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de Rondônia SINDUR. Em 06 de novembro de 2007, o SINDUR, através da correspondência PRES/399/2007-SINDUR, informou informamos que fica prevalecendo, para efeito de Contratação de Prestação de Serviços, a atual convenção Coletiva do SINTELPES, até a próxima Convenção a ser firmada com nossa entidade. Oficialmente, até a presente data, não se conhece nenhum outro representante da categoria desses profissionais em Rondônia. Esclareça-se novamente que estamos falando de representante da categoria de trabalhadores. Não estamos falando de filiação a este ou aquele sindicato. É oportuno esclarecer que, apesar da Recorrente se apegar ao argumento de ser filiada ao SINDUSCON/ACRE, não apresentou a convenção coletiva da Categoria ou qualquer outro documento, a fim de a Recorrida pudesse comprovar, que em sua proposta, a Recorrente tenha respeitado o piso garantido ou ainda, comprovar se a Convenção SINDUSCON contempla todas as categorias profissionais necessárias a execução dos serviços. Qual é o piso salarial garantido pelo SINDUSCON/ACRE? quais as categorias abrangidas pelo SINDUSCORN, já que trata-se de sindicato da construção civil? De concreto temos que a Recorrente é conhecedora da Convenção do Sindicato dos Trabalhadores nas empresas de Terceirização em Geral, e CEN R. José de Alencar n.º 2613 Baixa da União, térreo, sala 05 78.916-623 Porto Velho - 5/8

Prestação de Serviços do Estado de Rondônia SINTELPES/, prova disso que na sua composição de custos, utilizou-se da Convenção 2007, para o item salário, ao informar o valor de R$ 801,88 para o cargo de eletricista, R$ 470,66 para Auxiliar de Eletricista e, R$ 649,00 para motorista veículo leves, esquecendo apenas de considerar o reajuste ocorrido em janeiro de 2008. Veja que o SINTELPES, é sindicato do trabalhador, a vontade de ser filiado ou não é ao sindicato é do trabalhador. Assim como a garantia do piso salarial, é garantida na Constituição Federal. A Administração não pode deixar de considerar essa garantia no julgamento de propostas. A Recorrente acerta ao afirmar que não existe disposição legal que a obrigue a filiar-se ao SINTELPES ou a qualquer outra entidade e, conforme já afirmamos essa alegação não foi objeto de julgamento, não consta de nosso edital qualquer exigência a respeito da filiação a entidade de classes, ou seja, a desclassificação da licitante não se deu pelo fato de estar ou não filiada a entidade a ou b. A exigência é cumprir o piso salarial mínimo da categoria, independente de ser filiado ou não a qualquer sindicato. Em consulta recente a Zênite Consultoria, uma das consultorias mais conceituadas no Brasil, no tema licitações e contratos, obtivemos a seguinte orientação: Em suma, não se mostra correto o entendimento de que na licitação menor preço, não cabe desclassificação de proposta por desatendimento ao piso salarial estipulado em Convenção Coletiva de Trabalho da categoria envolvida na execução do objeto. Referido procedimento afrontaria sobremaneira os princípios da legalidade e igualdade encartados no art. 3º, da Lei nº 8.666/93. Também não estaria atendido o contido nos arts. 43, IV e art. 44, 3º, da Lei nº 8.666/93. Nos moldes do art. 3º ora citado, bem como do art. 45, 1º, I, da Lei nº 8.666/93, vê-se que o tipo menor preço não se volta ao alcance do menor preço a qualquer custo. Além do preço, os princípios administrativos e os requisitos do edital devem ser atendidos. Da mesma forma a Consultoria NDJ, não tão menos conceituada, orientou: O fato de a licitação ser do tipo menor preço não afasta o dever de a Administração aferir se as propostas apresentadas estão de acordo com as exigências contidas do ato convocatório da licitação (art. 48, inc. I, da LLC), bem como se compatíveis com os preços de insumos e salários de mercado praticados (art. 48, inc. II, c/c o art. 44, 3º, ambos da LLC). Note-se, inclusive, que a existência de um salário mínimo normativo para a respectiva categoria faz com que os licitantes participantes do certame sejam obrigados a observá- lo, quando da formulação de suas propostas, sob pena de desclassificação, cabendo à Administração, por sua vez, aferir sua compatibilidade, tendo em vista o piso da categoria correlata, desclassificando a empresa que apresentar, no item salário, valores aquém daquele determinado como piso da categoria, quando CEN R. José de Alencar n.º 2613 Baixa da União, térreo, sala 05 78.916-623 Porto Velho - 6/8

este existir, à luz dos ditames dos arts. 44, 3º, e 48, inc. II, da Lei nº 8.666/93. Portanto, não existe a obrigatoriedade de filiação, mas há a obrigatoriedade de cumprir o previsto em convenção coletiva do Trabalhador. A Recorrida preza por cumprir a convenção do SINTELPES. A Recorrente, apesar de alegar cumprir a convenção do SINDUSCON/ACRE, não apresentou qualquer comprovação que esteja cumprido a mesma. Nem tão pouco, comprovou poder utilizar-se da mesma em base territorial diferente da base de sua origem. Ao tentar prestar serviços na base territorial de Rondônia, a Recorrente fica obrigada a aceitar as regras existentes. Essa foi a regra para todas as licitantes, que, com exceção da Recorrente, todas apresentaram suas planilhas com salários respeitando o piso contemplado na Convenção do SINTELPES/, mesmo não sendo filiada a tal sindicato. A Administração Pública, não estabelece, apenas cumprir as regras constitucionais e trabalhistas sob pena de responder solidariamente, com a futura contratada. Mais uma vez comente um equivoco a Recorrente, pugnando pela revogação do certame. Primeiro, por que tal atitude já demonstra conhecimento do falha cometida por parte da Recorrente, segundo, que a figura da revogação só têm lugar quando, em razão de fato superveniente à instauração do certame, a contratação do objeto licitado se torne inoportuna e inconveniente ao interesse público, o que não é o caso. Resta demonstrado, que a decisão de desclassificar a Recorrente, não fundou-se em ato contrário aos princípios norteadores dos procedimentos licitatórios, muito menos em ato abusivo como quis fazer provar a Recorrente, pelo contrário, a Recorrida fundou-se na observância dos referidos princípios em especial o princípio da legalidade, da vinculação ao instrumento convocatório e da isonomia, aliados ao princípio da imparcialidade, para prolatar a decisão constante da Ata de Julgamento da Proposta Comercial, datada de 27 de fevereiro de 2008, não havendo reparos a serem feitos. V - DA DECISÃO Considerando o exposto, a legislação aplicável, e, por apresentar no documento as condições mínimas para ser admitido como recurso administrativo, a Comissão decide: Conhecer o Recurso interposto pela Licitante Eleacre Engenharia Ltda, para no mérito negar-lhe provimento total, mantendo a decisão exarada CEN R. José de Alencar n.º 2613 Baixa da União, térreo, sala 05 78.916-623 Porto Velho - 7/8

na ata de julgamento da Proposta Comercial fls. 734 dos autos, que desclassificou a Recorrente para o certame. Encaminhar os autos, com as informações pertinentes à autoridade superior na pessoa do Senhor Diretor Presidente, para que sofra o duplo grau de julgamento, com o seu De Acordo, ou querendo, formular opinião própria; Dê-se ciência da decisão à Recorrente e demais interessadas. Porto Velho, 26 de março de 2008. Moisés Nonato de Souza Presidente da CPL CEN R. José de Alencar n.º 2613 Baixa da União, térreo, sala 05 78.916-623 Porto Velho - 8/8