Grupo J&F, controladora da Eldorado Brasil em Três Lagoas, estima faturamento de R$ 170 bilhões Grupo com faturamento acima de R$ 170 bilhões, que possui um quadro de mais de 140 mil funcionários espalhados pelo mundo escolheu Três Lagoas para investir R$ 8 bilhões em indústria de celulose, que dará à Eldorado Brasil o título de maior complexo industrial para a produção de celulose no mundo, além de mais de R$ 700 milhões na região da Grande Dourados. Em 15 de junho do ano passado, durante o lançamento da pedra fundamental do Projeto Vanguarda 2.0, Joesley disse com exclusividade ao Perfil News que tinha plano de investimentos em outra região de MS, que consolidou-se alguns depois de alguns meses (Foto: Patricia Miranda) Enquanto a maioria do empresariado brasileiro fechou o ano no vermelho, a holding de investimentos, J&F, comandada pelo goiano de fala mansa, Joesley Mendonça Batista só tem a comemorar. De acordo com o balanço anual, o fechamento apresentou um faturamento estimado em R$ 170 bilhões, valor que representa um aumento de R$ 50 bilhões, se comparando com 2014, segundo apontou em recente publicação na revista Exame.
O Grupo J&F agrega oito empresas, além do carro chefe o frigorífico JBS, empresa que é a maior processadora de proteína animal do mundo, controla também a Vigor, Flora, Eldorado Brasil, Banco Original, Canal Rural, Oklahoma, Floresta Agropecuária e a Alpargatas, a última aquisição do grupo, negociada em dezembro do ano passado, que demonstra a diversificação de seus negócios. De acordo com o balanço anual, o fechamento apresentou um faturamento estimado em R$ 170 bilhões, valor que representa um aumento de R$ 50 bilhões, se comparando com 2014" PROJETO VANGUARDA 2.0. Sobre a batuta de Joesley, está a presidência da J&F, que controla mais de 50 marcas, com 140 unidades dispersas em vários continentes e uma folha de 140 mil funcionários, espalhados pelo mundo. Se fizermos uma conta simples para entender o impacto destas ações, chegamos ao surpreendente número de 420 mil pessoas, considerando que cada funcionário forma uma família padrão com marido, mulher e um filho. Um dos maiores investimentos da holding está concentrada no Mato Grosso do Sul, mais precisamente em Três Lagoas. Para esse ano, a meta é a construção da segunda linha de produção da Eldorado Brasil, uma das maiores produtoras de celulose branqueada de fibra curta do mundo. A previsão de investimentos na construção da unidade é de R$ 8 bilhões. O cronograma do empreendimento prevê início das operações fabris em 2018.
O Projeto Vanguarda 2.0 prevê investimentos na ordem de R$ 8 bilhões, na construção de mais outra fábrica de celulose devendo dobrar a produção (Foto: Ricardo Ojeda) PLANOS DE INVESTIMENTOS Em junho do ano passado, quando esteve em Três Lagoas para participar do lançamento da pedra fundamental da nova fábrica, denominada Projeto Vanguarda 2.0, Joesley confidenciou ao diretor do Perfil News que o JBS tinha planos de mais investimentos no Estado, porém em outra região, não chegando a detalhar quais eram. Você saberá ainda este ano, disse um tímido, mas observador empresário. Planta do frigorífico Pedra Bonita, em Itaporã, que será absorvido pelo JBS. Serão investidos R$ 620 milhões, gerando cerca de 600 empregos diretos, com previsão de abater 36 mil perus por dia (Foto: Antonio Carlos Ferrari)
Decorridos alguns meses, saiu a notícia dos investimentos do grupo na região da Grande Dourados, mais precisamente nos municípios de Dourados e Itaporã. Ao todo serão investidos R$ 700 milhões, divididos entre os dois municípios, da seguinte forma; Em Dourados, onde a JBS já possui uma unidade da Seara, marca que que pertence ao grupo, ficará com R$ 80 milhões dos recursos, enquanto Itaporã vai receber um aporte de R$ 620 milhões. O empreendimento vai funcionar na estrutura onde funcionava o antigo frigorífico Pedra Bonita. O quadro de colaboradores do Grupo J&F conta com aproximadamente 140 mil funcionários espalhados pelo mundo. Na foto os colaboradores da Eldorado Brasil, em Três Lagoas (Foto: Ricardo Ojeda) GERAÇÃO DE EMPREGOS Naquela região, a meta do Grupo é abater 36 mil perus por dia, matéria prima que será fornecida por meio das incubadoras que serão instaladas na região. Para atender a demanda, a expectativa de geração de empregos é de 600 mil vagas diretas. A produção terá como destino principal o consumo interno, com 50% da fatia, enquanto o restante será exportado para países da América Central, América do Sul, África do Sul, Ásia e Oriente Médios. A meta para iniciar o abate das aves está prevista para janeiro de 2018.
O empresário Joesley Mendonça Batista, presidente da holding de investimentos, J&F quando participava da inauguração do terminal portuário da Eldorado Brasil em Santos: (Foto: Ricardo Ojeda) REVISTA EXAME Em recente matéria do jornalista Lucas Amorim, publicada na revista Exame, o texto diz que Joesley Batista, tem sempre um grande negócio para anunciar. Em 2013, o grupo comprou a fabricante de alimentos Seara. Em 2014, comprou as subsidiárias da americana Tyson no Brasil e no México, e anunciou que dobraria a capacidade da fabricante de celulose Eldorado. Em 2015, no negócio mais inusitado de sua história, comprou a fabricante de calçados Alpargatas. Nessa toada, o grupo investiu 10 bilhões de dólares em aquisições e triplicou de tamanho desde 2011. De acordo com a reportagem da revista Exame, a J&F começa o ano com dinheiro em caixa e endividamento estimado em duas vezes a geração de caixa anual ante quatro vezes em 2014. Seu principal negócio, a JBS, que tem 80% da receita proveniente do exterior, vai continuar se beneficiando do dólar valorizado. Sobre a batuta de Joesley, está a presidência da J&F, que controla mais
de 50 marcas, com 140 unidades dispersas em vários continentes e uma folha de 140 mil funcionários, espalhados pelo mundo. Se fizermos uma conta simples para entender o impacto destas ações, chegamos ao surpreendente número de 420 mil pessoas, considerando que cada funcionário forma uma família padrão com marido, mulher e um filho" NEGOCIAÇÕES COM A FIBRIA Analistas ouvidos pela Revista Exame estimam que o faturamento da companhia que cresceu cerca de 37% no ano passado deverá subir mais de 30% em 2016 e passará dos 200 bilhões de reais. Joesley já afirmou em mais de uma oportunidade que 2016 será um ano de muitas aquisições. As negociações para assumir o controle da fabricante de celulose Fibria continuam na mesa, mas as próximas compras devem ser pautadas pela lógica empregada na compra da Alpargatas. Negócios com potencial de expansão global e com o mínimo de interferência do governo. Joesley com o pai, José Batista Sobrinho, o Zé Mineiro. Ele em 1953 com um açougue em Anápolis deu o start para um dos maiores grupos de alimentos do mundo (Foto: Ricardo Ojeda)
INÍCIO A origem do JBS foi através do patriarca, José Batista Sobrinho, o Zé Mineiro e remonta no ano de 1953, e na cidade Goiânia de Anápolis, onde possuía um açougue, onde tudo começou para se tornar um conglomerado de empresas que tem ramificações em várias partes do mundo com faturamento comparável aos maiores empreendimentos situando no globo terrestre.