Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Pesquisa Sísmica 3D, Não Exclusiva Bacia Sedimentar Marítima de Pernambuco-Paraíba. Sumário



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Transcrição:

Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Bacia Sedimentar Marítima de Pernambuco-Paraíba Pág. i /ii Sumário II.3 - Área de Influência da... 1 1- Introdução... 1 2- O impacto da emissão sonora sobre o meio biótico... 2 3- Interferência com a de Pesca Artesanal... 5 4- Área de restrição à navegação e à realização de outras atividades... 6 5- Rotas das embarcações utilizadas durante a atividade... 7 6- Definição da Área de Influência da... 7 7- Referências Bibliográficas... 8 Índice de Figuras Figura 1 - Gráfico de Decaimento Sonoro na Horizontal, considerando uma profundidade de 200 m e distância lateral de 50 m.... 4 Figura 2 - Gráfico de Decaimento Sonoro na Vertical, considerando uma profundidade de 200 m e uma varredura lateral de 500 m.... 5

Pág. ii / ii Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Bacia Sedimentar Marítima de Pernambuco-Paraíba Página em Branco

Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Pág. 1 / 9 II.3 - Área de Influência da 1- Introdução A plataforma continental dos estados de Pernambuco e Paraíba adjacente aos Blocos BM-PEPB-783/837/839 é caracterizada como de extremamente alta importância biológica. É considerada uma região importante para conservação de peixes teleósteos demersais e pequenos pelágicos. Além de ser uma das áreas de alimentação, corredor migratório e reprodução secundária de Eretmochelys imbricata (MMA, 2007). Nesta área também há ocorrência de Chelonia mydas, Caretta caretta, Lepidochelys olivacea e Dermochelys coriacea. Dados da Rede de Encalhe de Mamíferos Aquáticos do Nordeste (REMANA) apontam para o aumento da ocorrência de mortalidade de cachalotes (Physeter macrocephalus) (ANP, 2008) Na parte mais costeira da região existe uma área de restrição permanente do Peixe-boi marinho entre Pernambuco e Alagoas em profundidades inferiores a 12 metros. É importante destacar que a pesquisa sísmica e a área de manobra encontram-se fora desta área de restrição. No presente item, Área de Influência da (AI), foi definida a abrangência geográfica dos impactos diretos e indiretos que a atividade de pesquisa sísmica poderá acarretar aos meios físico, biótico e socioeconômico. Foram considerados os seguintes critérios para definição da Área de Influência da atividade: O impacto da emissão sonora sobre o meio biótico; A interferência com a atividade de pesca artesanal; A área onde há restrição à navegação e à realização de outras atividades; As rotas das embarcações utilizadas durante a atividade até as bases de apoio, incluindo os próprios portos ou terminais.

Pág. 2 / 9 Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) 2- O impacto da emissão sonora sobre o meio biótico De acordo com a NRC (2003) mais de 90% do comércio global utiliza o transporte marinho e esta atividade gera a maior parte da emissão sonora entre 5 à algumas centenas de Hertz. As demais atividades antrópicas representam uma pequena parcela da emissão de energia sonora no meio marinho, mas pode ter efeitos locais importantes. Entre estas atividades está a Pesquisa Sísmica Marinha (NRC, 2003). Diversos pesquisadores defendem a premissa que os mamíferos marinhos evitam ruídos intensos. Vários estudos foram conduzidos em área de levantamento sísmico marinho, Rankin (1999) e Noris et al. (2000) não encontraram associação entre o sinal sonoro da sísmica e as taxas de avistamento de cetáceos, mas a analise utilizada não permitiu detectar mudanças em menos de 100km de distância da fonte. Já outros estudos observaram comportamento de evitação dos mamíferos marinhos à uma distância entre centenas de metros a poucos quilômetros da fonte sonora (Goold, 1996). Para pulsos curtos como os emitidos pelas fontes sonoras utilizadas na atividade sísmica (cerca de 0,01 segundo a cada 10 segundos), 50% de evitação ocorreu a 170dB re 1 µpa (Malme et al., 1983, 1984; Tyack, 1998). Em outro trabalho, Gausland (2000) ao analisar os efeitos de fontes sísmicas marítimas com intensidade em torno de 250 db, concluiu que a partir de 1000m da fonte sonora efeitos mínimos seriam verificados sobre a biota marinha, sendo, portanto, esta considerada uma distância segura. Na Ficha de Caracterização da (FCA), que solicitou o enquadramento da atividade de aquisição de dados sísmicos 3D, não-exclusivos, na bacia sedimentar marítima de Pernambuco-Paraíba, foram apresentadas as modelagens de decaimento sonoro relativo ao arranjo que será utilizado nesta pesquisa. As Figuras 1 e 2 reapresentam os gráficos de decaimento sonoro na horizontal e vertical para a profundidade de 200 metros, situação extrema de aquisição de dados. Na Figura 1 é possível notar que a uma distância inferior a 30

Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Pág. 3 / 9 metros da fonte a intensidade sonora é menor que 160 db re 1 µpa, no que diz respeito a propagação horizontal da onda sonora. A Figura 2 demonstra o quão direcional é a energia gerada pela fonte sonora, onde esta energia é gerada com interesse prioritário de propagação concentrada verticalmente e para baixo, tendo valores inferiores a 160 db re 1 µpa dentro de uma faixa lateral inferior a 30 metros na superfície e 180 metros a 200 m de profundidade, valores considerados a partir do centro de propagação. Estes níveis de ruído encontram-se abaixo do nível de intensidade sonora de 160dB re 1 µpa considerado pela literatura internacional e pela legislação da agência americana National Marine Fisheries Service NMFS (Serviço Nacional de Pesca Marinha) (NTL, 2004) como limite de área com impacto não agudo para mamíferos marinhos e pequenos efeitos de mudança comportamental em algumas espécies. Utilizando como referência os estudos citados, adotou-se conservativamente, devido às incertezas acerca dos impactos sobre a biota, o raio de 10.000 metros em torno da área do levantamento, equivalente a área de manobra do navio sísmico, acrescido das rotas utilizada pelas embarcações entre o Porto de Suape e a área de operação.

Pág. 4 / 9 Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Figura 1 - Gráfico de Decaimento Sonoro na Horizontal, considerando uma profundidade de 200 m e distância lateral de 50 m.

Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Pág. 5 / 9 Figura 2 - Gráfico de Decaimento Sonoro na Vertical, considerando uma profundidade de 200 m e uma varredura lateral de 500 m. 3- Interferência com a de Pesca Artesanal A partir da análise de dados primários, coletados através de entrevistas realizadas nas colônias de pesca e pontos de desembarque de pescado, comparadas aos documentos com dados secundários, publicados pelo CEPENE/ICMBio e SEAP, foi caracterizada a atuação da frota do estado de Pernambuco, apresentada detalhadamente nos itens II.4.3 Meio Socioeconômico e II.4.5 Análise Integrada e Síntese da Qualidade Ambiental. O conhecimento da atuação da frota possibilitou avaliar a interferência da pesquisa sísmica sobre a atividade pesqueira. A seguir é apresentada uma síntese desta caracterização da dinâmica das pescarias na região.

Pág. 6 / 9 Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Considerando a totalidade dos municípios costeiros do estado de Pernambuco, além do município de Pitimbu/PB, os dados oficiais mais recentes indicam uma frota de 4.102 embarcações, dos quais, conforme pode ser observado na Tabela 2, há uma predominância (57,7%) de embarcações não motorizadas (canoas e jangadas) e pesca desembarcada (22,7%), estando o restante da frota distribuído entre embarcações de pequeno, médio e grande porte, o que caracteriza a frota pesqueira pernambucana como sendo eminentemente artesanal. De forma geral, as embarcações são de pequeno porte, entre 8 e 12 m de comprimento, com menos de 20 TBA (tonelagem bruta de arqueação), casco de madeira, propulsão à vela, remo e motor. Existe uma predominância de embarcações com propulsão à vela (canoas e jangadas) no litoral norte, enquanto que os barcos motorizados concentram-se mais no litoral sul (SEAP, 2006). No capítulo II.4.3, são descritas as principais características de cada comunidade, sua arte e local de pesca. Estas informações foram cruciais na definição da área de influência da atividade. 4- Área de restrição à navegação e à realização de outras atividades A área requerida para a pesquisa sísmica marinha consiste em um polígono de 5442 quilômetros quadrados, abrangendo os blocos marítimos BM-PEPB-783, 837 e 839. Uma área de 10 quilômetros no entorno da área de pesquisa, compreendendo a área de manobra do navio sísmico (devido sobretudo ao comprimento dos cabos sísmicos, com 6 quilômetros) é necessária para a navegação e realização dos retornos ao final de cada linha sísmica. A área de pesquisa sísmica propriamente dita, associada à área de manobra no seu entorno são apresentadas no mapa do Anexo Coleção de Mapas, contendo as coordenadas geográficas da área total, ou seja dos vértices da área de manobra, covencionando-se chamar esta área total de Área da, conforme o Termo de Referência CGPEG/DILIQ/IBAMA n o 019/09, o qual orienta a elaboração do presente EAS/RIAS. Salienta-se que dentro deste polígono haverá

Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Pág. 7 / 9 restrição temporária a navegação e a realização de outras atividades, tais como a pesca e o turismo submarino, durante o período de operação. Esta restrição não será da totalidade da área de atividade por todo o período em que ocorrer a pesquisa sísmica, mas em sub-áreas móveis, delimitadas durante o progresso da aquisição de dados sísmicos. 5- Rotas das embarcações utilizadas durante a atividade Durante as operações haverá necessidade de deslocamento das embarcações de apoio e assistente entre a área de atividade e o terminal portuário de Suape, sendo estimada a entrada no porto a cada 2 semanas, aproximadamente, ou sempre que houver necessidade. 6- Definição da Área de Influência da No planejamento inicial da atividade foi previsto como área de influência da atividade todos os municípios costeiros do estado de Pernambuco e o município de Pitimbu na Paraíba. Ao proceder uma nova análise da área in loco ficou decidido que não há necessidade de incluir como área de influência os municípios de Itapissuma, Igarassu (no litoral norte pernambucano) e Rio Formoso e Barreiros ( no litoral sul de Pernambuco). A exclusão destes municípios se justifica pelo fato destes não possuírem embarcações utilizadores da Área de da Pesquisa Sísmica. A partir da avaliação das variáveis socioambientais e das necessidades logísticas de operação, foram delimitadas as áreas de influência direta e indireta da atividade, que abrange: Toda área onde será realizada a pesquisa sísmica marinha; 10.000 metros no entorno da área de pesquisa (compreendendo a área de manobra); O trajeto do Complexo Industrial Portuário de SUAPE até a área da pesquisa e;

Pág. 8 / 9 Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Os 10 municípios da costa do Estado de Pernambuco que utilizam a área de operação da pesquisa (Itamaracá, Abreu e Lima, Paulista, Olinda, Recife, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Sirinhaém, Tamandaré e São José da Coroa Grande) e o município de Pitimbu no Estado da Paraíba. No Anexo Coleção de Mapas é apresentado o mapa com a Área de Influência da. 7- Referências Bibliográficas GAUSLAND, I. 2000. Impact of Seismic Surveys on Marine Life, SPE International Conference on Health, Safety and the Environment in Oil and Gas Exploration and Production, Stavanger, Norway, 26-28 June 2000, Society of Petroleum Engineers. GOOLD, J.C. 1996. Acoustic assessment of populations of common dolphin Delphinus delphis in conjunction with seismic surveying. Journal of the Marine Biology Association, United Kingdom 76:811-820. MALME, C.I., P.R. MILES, C.W. CLARK, P. TYACK AND J.E. BIRD. 1983. Investigations on the potential effects of underwater noise from petroleum industry activities on migrating gray whale behavior. Report No. 5366 submitted to the Minerals Management Service, U.S. Department of the Interior, NTIS PB86-174174, Government Printing Press, Washington, DC. MALME, C.I., P.R. MILES, C.W. CLARK, P. TYACK AND J.E. BIRD. 1984. Investigations on the potential effects of underwater noise from petroleum industry activities on migrating gray whale behavior. Phase II: January 1984 migration. Report No. 5586 submitted to the Minerals Management Service, U.S. Department of the Interior, NTIS PB86-218377. Government Printing Press, Washington, DC. NATIONAL RESEARCH COUNCIL (NRC). 2003b. Ocean Noise and Marine Mammals. The National Academies Press, Washington, DC.

Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Pág. 9 / 9 NORRIS, J.C., W.E. EVANS AND S. RANKIN. 2000. An acoustic survey of cetaceans in the northern Gulf of Mexico. Pp. 173-216 in Cetaceans, sea turtles and seabirds in the northern Gulf of Mexico: distribution, abundance and habitat associations, R.W. Davis, W.E. Evans and B. Würsig, Eds. Final report, Technical report. USGS/BRD/CR-1999-0005/OCS Study MMS 2000-003. U.S. Department of the Interior, Minerals Management Service, Washington, DC, 346 pp. NTL, 2004. Notice to Lessees and Operators of Federal Oil, Gas, and Sulphur Leases in the Outer Continental Shelf,Gulf of Mexico, OCS Region. US Dept Of the Interior Minerals Mamagement Service. (http://www.gomr.mms.gov/homepg/regulate/regs/ntls/ntl04-g01.html) RANKIN, S. 1999. The potential effects of sounds from seismic exploration on the distribution of cetaceans in the northern Gulf of Mexico. Report by the Department of Oceanography. Texas A&M University, College Station, 65 pp. TYACK, P. 1998. Acoustic communication under the sea. Pp. 163-220 in Animal Acoustic Communication: Recent Technical Advances, S.L. Hoop, M.J. Owren, and C.S. Evans, Eds. Springer-Verlag, Heidelberg, Germany.