Negócios. sem. idade



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Transcrição:

Negócios sem idade Esperança média de vida, longevidade, índice de envelhecimento são três indicadores que provam que cada vez se vive durante mais anos e que há cada vez mais idosos em Portugal. Prestar serviços a quem necessita de ajuda no dia-a-dia é a tarefa das empresas que apostaram na faixa sénior da população. ANA FILIPA MAGALHÃES/WEBTEXTO

H Quando a avó Hl materna de Ana Garcia Pinto ficou doente, aos 89 anos, a família deparou-se com a inexistência de qualquer tipo de apoio a nível pessoal ou de equipamentos para aquela que tinha sido uma mulher activa durante toda a vida. "Era sempre a minha avó que tomava conta de nós. Nunca precisou que tomássemos conta dela", explica Ana Garcia Pinto, fundadora de A Loja do Avô, em Portugal. Foi aí que encontrou uma oportunidade de negócio. Decorria 2004, o envelhecimento da população já era um facto conhecido, mas a verdade é que Ana Garcia Pinto percebeu que, estranhamente, não havia uma resposta em Portugal para estes casos. Depois de fazer um estudo de mercado e conhecera marca em Espanha, a empreendedora decidiu trazer o "franchise" de "La Tienda dei Abuelo" para o mercado português, tendo aberto a primeira das actuais três lojas em Dezembro de 2004, em Lisboa A Pluriapoio - Apoio Domiciliário também nasceu de uma necessidade familiar. O proprietário e gerente, Gabriel Mendes, explica que a empresa foi criada em Maio de 2003, quando o pai adoeceu e a família "tomou consciência de que não existia no mercado, naquela altura, qualquer empresa ou entidade que respondesse às necessidades [dafamília] deumaformaprofissional e célere". Sem querer recorrer a um lar ou casade repouso, e partindo do princípio de que o seu pai iria continuar em casa, o objectivo de Gabriel Mendes ao criar a empresa era que Estatística, em 2010 existiaem Portugal mais de um L houvesse "um acompanhamento efectivo que lhe permitisse ter a maior qualidade de vida num momento em que a doença incapacitava [o pai]", acrescenta Gabriel Mendes. População com novas necessidades De acordo com as estimativas dapopulação do Instituto Nacional de

alerta ainda João FerreiradeAlmeida, presidente da direcção da ALI - Associação de Apoio Domiciliário de Lares e Casas de Repouso de Idosos, referindo-se aos lares ilegais existentes em Portugal. Apesarde não havéruma contabilização exacta dos lares e casas de repouso ilegais em Portugal, a sua existência é conhecida e estes podem ser escolhidos por praticarem abaixo da média do merca- preços do. João Ferreira de Almeida fez as contas. Admitindo apenas mil casas ilegais em todo o país, - "facilmente serão bem mais" - com uma mensalidade por idoso de 600 euros por mês e cinco utentes, o negócio, num ano, é de 36 mil euros em cada casa, isto é, 36 milhões de euros por ano em mil lares ilegais. O presidente da ALI lamenta aquilo aqueachamada de "dualidade de critérios da fiscalização da Segurança Social" em relação aos lares clandestinos e aos lares legalizados. De acordo com João Ferreira de Almeida, a fiscalização de casas clandestinas é menos frequente "por implicar encerramentos e alternativas para colocar os idosos, ou seja, um aumento da despesa com mais subsídios".

Ana Garcia Pinto I Um problema de saúde da avó materna incentivou-a a fazer um estl ido de mercado e a lançar uma empresa dirigida ao mercado dos consumidores idosos. Empresa A Loja do Avô Ano de criação 2004 Colaboradores 13 Sector de actividade Venda de produtos e serviços para seniores Facturação em 2011 1,2 milhões de euros Site www.alojadoavo.pt

A Loja do Avô Objectivo, qualidade Devido a um problema de saúde da avó materna, a empresária Ana Garcia Pinto constatou, em 2003, que não havia uma loja específica de geriatria e decidiu trazer para Portugal um conceito que conheceu em Espanha: La Tienda dei Abuelo. "Se não fosse a doença da minha avó, provavelmente, nunca teria percebido que este segmento estava desfalcado", diz Ana Garcia Pinto, que tinha anteriormente trabalhado no sector farmacêutico, mas não tinha experiência na área comercial. Desde 2009 que a empresa portuguesa se autonomizou, depois de a original espanhola ter fechado as portas. Sob o lema "a vida com a qualidade devida", A Loja do Avô está presente em Portugal desde 2004 e oferece produtos para facilitar a vida dos idosos. Além dos produtos vendidos nas lojas e na internet, A Loja do Avô disponibiliza também, desde 2008, um serviço de apoio domiciliário, licenciado com alvará da Segurança Social, na área da Grande Lisboa. Este serviço surgiu em resposta a uma procura verificada nas lojas, "representado actualmente 50% da facturação", Pinto. diz Ana Garcia "Da parte do público houve uma grande aceitação", afirma Joana Albuquerque, terapeuta ocupacional presente n' A Loja do Avô desde a criação da primeira loja. "Cada vez mais há mais pessoas idosas", acrescenta Joana Albuquerque. A oferta de produtos nas lojas do avô inclui telefones com teclas de grandes amplificadores dimensões, para telefones, produtos para evitar feridas na pele (que podem surgir em pessoas acamadas prolongadamente), fraldas para incontinência, ajudas para vestir ou abotoar camisas, material ortopédico, cadeiras de rodas e até um sofá que ajuda a levantar. Ana Garcia Pinto tem, actualmente, três lojas na zona da Grande Lisboa. A primeira abriu em Dezembro de 2004, na zona do Saldanha, a segunda no centro comercial Alegro, em Alfragide, três anos mais tarde, e a mais recente foi inaugurada em Dezembro de 2010, no centro Cascais Shopping. comercial

Empresa Casa de Repouso Quinta da Bemposta inicio de Actividade 2004 Número de Colaboradores 35 Sector de actividade Lares e casas de repouso Facturação em 2011 900 mil euros Site www.quintadabemposta.com

Casa de Repouso Quinta da Bemposta De estalagem a lar Odete e Américo Sousa decidiram, em 1994, transformar uma estalagem da qual eram donos e adaptá-la a uma casa de repouso. Aquele que era um negócio voltado para a restauração e hotelaria passou a ser um negócio direccionado à faixa sénior da população, em crescimento ano após ano. A ideia de criar a Casa de Repouso Quinta da Bemposta, situada em Estói, Faro, "nasceu de uma proposta feita por quem já conhecia o sector e queria explorar o nosso espaço como lar", explica Odete Sousa. A estalagem foi remodelada e adaptada para ser explorada como lar e assim ficou até 2004, quando a cessão de exploração concedida por Odete e Américo Sousa chegou ao fim dos Na altura, 10 anos acordados. havia três soluções possíveis: conceder uma nova cessão de exploração, fechar o negócio ou dar-lhe continuidade. 0 casal algarvio escolheu a mais difícil, mas compensadora. "Fechámos três meses para remodelar e há sete anos que gerimos o lar", diz Odete Sousa. A agora gerente desta casa de repouso teve, na altura, de abandonar o trabalho que tinha numa loja de roupa e decidiu dedicar-se à gestão do negócio. Apesar de considerar que este é um trabalho "cansativo e desgastante, porque tem de ser feito 24 horas por dia, sete dias por semana", Odete Sousa reconhece que "os idosos dão muita força" a quem com eles trabalha. A oferta da Casa de Repouso da Bemposta inclui médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, Quinta psicólogo e assistente social. Além destes profissionais, os idosos contam com a organização de actividades para dinamizar os seus dias. "Temos o dia da música e, no carnaval, vamos convidá-los a fazer máscaras", acrescenta Odete Sousa, salientando a importância destas actividades para a satisfação dos utentes.

Empresa VísitMinho - Turismo no Minho Rural Ano da criação 2009 Número de Colaboradores 4 Número de Cooperantes 16 Sector de actividade Turismo rural Previsão Facturação em 2011 2,5 milhões de euros em todas as unidades turísticas site http//www.visitminho.com

VisitMinho Aposta no turismo sénior A VisitMinho - Turismo Rural no Minho não tem como público-alvo exclusivo os seniores, mas percebeu que esta era uma aposta que poderia revelar-se positiva. A cooperativa VisitMinho nasceu em Setembro de 2009, quando 12 casas de turismo rural da região minhota se juntaram com o objectivo de dinamizar a região e dar voz à "marca Minho", explica Fernando Mateus, presidente da VisitMinho. O programa Turismo Sénior Activo - Golden Age estreou-se em Agosto de 2011, com o objectivo de "cortar o isolamento dos idosos" e "está a funcionar bem", diz Fernando Mateus. A casa Fundevila, em Vila Verde, onde o projecto arrancou, apresenta uma ocupação na casa dos 80% a 90%, acrescenta o presidente A diversificação da VisitMinho. da oferta é a resposta que esta cooperativa tenta dar para se diferenciar da concorrência. "0 cliente vem em busca de algo diferente, não vem só dormir", diz Fernando Mateus. A estadia numa das casas da Visitminho pode levá-lo em roteiros turísticos, gastronómicos, passeios a cavalo, passeios de barco ou até a relaxar num SPA. Condição essencial do programa Golden Age é que os clientes estejam sempre activos. "Há tarefas a cumprir: tem que se tratar da horta, e dos canteiros. Há saraus culturais, um piano para quem quiser tocar", explica Fernando Mateus. 0 presidente da VisitMinho reconhece que o objectivo de uma empresa é o lucro, mas defende que o "principal oportunidade de as pessoas é dar terem uma vida melhor. Aqui, as pessoas sentem-se úteis", conclui. Para 2012, o objectivo da VisitMinho é o de alargar a oferta a todo o Minho pretendendo e à Galiza, para isto estabelecer uma parceria com a espanhola Turgalicia.

Empresa Pluriapoio - Apoio Domiciliário Lda. Ano de criação 2003 Sector de actividade SAD - Serviço de Apoio domiciliário Site www.pluriapoio.pt

Pluriapoio Qualidade de vida em casa A Pluriapoio - Apoio Domiciliário nasceu em 2003, quando Gabriel Mendes, gerente da empresa, e a sua família se depararam com a necessidade de recorrer a serviços que permitissem dar ao seu pai a maior qualidade de vida possível dentro da sua própria casa, sem recorrer a lares ou casas de repouso. "Sendo já conhecedores e tendo já empresas nossas na área da saúde, o nosso 'know-how' poderia fazer a diferença", explica Gabriel Mendes. Com o objectivo de que os seniores, doentes e acamados possam "manter-se na sua própria residência com a melhor qualidade de vida possível", a Pluriapoio prestou apoio domiciliário em 695 casas. Gabriel Mendes sublinha a gratidão sentida pelos profissionais da área: "A resposta que damos 365 dias por ano e 24 horas por dia traduz-se numa enorme mais-valia para todos, quem recebe e quem presta", explica o gerente. Com a procura a crescerdevido ao envelhecimento da população, a oferta da Pluriapoio pretende responder a pedidos "cada vez mais diferenciados". "Oferecemos em casa todos os cuidados de saúde que possam aí ser praticados", não necessitando de institucionalização, diz Gabriel Mendes. Os serviços prestados ao domicílio pela Pluriapoio incluem enfermagem, fisioterapia, terapia da fala, terapia ocupacionaj, entre outros. Para cada pessoa que recorra à Pluriapoio, a empresa traça um plano personalizado para definir os serviços prestados em cada caso, com o objectivo de melhorar a qualidade de vida de quem a ela recorre, o que permite às famílias uma menor preocupação com o dia-a-dia de quem recorre aos serviços da Pluriapoio.

Legislação em mudança 0 Governo está a preparar a simplificação da legislação em vigor que regula a instalação e funcionamento dos lares para idosos em Portugal. A actual legislação impõe regras "demasiado exigentes", de acordo com João Ferreira de Almeida, presidente da direcção da ALI - Associação de Apoio Domiciliário de Lares e Casas de Repouso de Idosos, uma associação que presta apoio administrativo, burocrático e de licenciamento tem um lar ou casa de a quem já repouso para idosos,ou a quem pretende investir nesta área e não sabe como fazer. A reformulação da legislação "deveria contemplar várias tipologias, para permitir mensalidades diferentes e lares para públicos-alvo diferentes", explica João Ferreira de Almeida. A necessidade de criar um lar de raiz, dadas as dificuldades actuais em adaptar uma casa já existente, acarreta um peso importante: a mensalidade. Quem quer investir nesta área vê-se obrigado, devido à dureza das regras, a fazer investimentos "muito elevados", cobrando, dessa forma, mensalidades altas e, por vezes, incomportáveis por parte das famílias e idosos que necessitam destes serviços, acrescenta o presidente da ALI.