CURSO CST EM REDES DE COMPUTADORES



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Transcrição:

CURSO CST EM REDES DE COMPUTADORES EAD Projeto Pedagógico 1

1 Apresentação... 5 1.1 Sobre a Universidade Estácio de Sá: breve histórico... 5 1.2 Missão Institucional... 7 1.3 Princípios norteadores na concepção de educação... 9 1.4 Concepção de ensino e aprendizagem na modalidade EAD... 11 1.5 Metodologia de ensino e de aprendizagem na modalidade EAD... 13 1.5.1 Procedimentos metodológicos no ambiente virtual de aprendizagem... 14 1.5.2 Dinâmica de funcionamento do Campus Virtual... 18 1.6 Procedimentos metodológicos para as etapas presenciais... 21 2 O Curso Superior de Tecnologia em REDES DE COMPUTADORES em EAD na Universidade Estácio de Sá... 23 2.1 - Apresentação... 23 2.2 - Missão do Curso Superior de Tecnologia em REDES DE COMPUTADORES... 26 2.3 Objetivo geral... 26 2.4 Objetivos específicos... 26 2.5 Público-alvo... 27 2.6 Perfil do egresso... 27 2.6.1 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES GERAIS E ESPECÍFICAS... 27 2.7 Formas de ingresso... 28 2.8 Concepção do currículo no Curso Superior de Tecnologia em REDES DE COMPUTADORES 29 2.9 Estrutura curricular... 29 2.9.1 Princípio da flexibilidade na estrutura curricular... 33 2.9.2 Princípio da interdisciplinaridade na estrutura curricular... 33 2.9.3 Princípio da ação-reflexão-ação na estrutura curricular... 35 2.9.4 Princípio da contextualização na estrutura curricular... 37 2.9.5 Atividades Acadêmicas Complementares... 38 2.9.6 EVOLUÇÃO DA MATRIZ CURRICULAR... 39 2.10 UTILIZAÇÃO DE LABORATÓRIOS PELO curso... 41 2.11 Integralização do curso... 42 2.12 Estágio não obrigatório... 42 2.13 Familiarização com a metodologia em EAD (nivelamento instrumental)... 42 2.13.1 Apresentação do curso... 42 2.13.2 Ambientação à sala de aula virtual... 43 2.13.3 Ambientação no polo de apoio presencial... 45 2.14 Programa de nivelamento acadêmico... 46 2.14.1 Programa de nivelamento acadêmico no AVA... 46 3 Atendimento ao aluno... 48 3.1 Atendimento voltado para os processos de ensino e aprendizagem... 48 3.1.1 Mediação/facilitação acadêmica do tutor a distância... 49 3.1.2 Mediação/facilitação acadêmica do tutor presencial... 51 3.2 Atendimento voltado para a administração acadêmica... 52 3.2.1 Sistema de Informações Acadêmicas (SIA)... 52 3.2.2 Secretaria do polo de apoio presencial... 53 2

3.2.3 Funcionalidade de autogestão do aluno... 53 3.2.4 Funcionalidade de autogestão do tutor a distância... 54 3.2.5 Apoio psicopedagógico... 55 3.2.6 Atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais... 55 4 Sistemas de comunicação... 57 4.1 Canais de comunicação no AVA... 57 4.4.1 Comunicação assíncrona no AVA... 57 4.4.2 Comunicação síncrona no AVA... 61 4.5 Canais de comunicação externos ao AVA... 63 4.5.1 Comunicação via telefonia... 63 4.5.2 Comunicação via mensagem eletrônica... 63 4.5.3 Comunicação avançada... 64 5 Material didático... 65 5.1 Material didático online... 66 5.2 Material impresso... 67 5.3 Aulas transmitidas via web... 68 5.4 Biblioteca virtual... 69 6 Avaliação... 71 6.1 Avaliação formativa... 71 6.2 Avaliação somativa... 72 6.3 Sistema de elaboração de avaliação... 74 6.4 Avaliação institucional... 75 7 Equipe multidisciplinar... 78 7.1 Equipe responsável pela concepção/criação do curso... 78 7.1.1 Núcleo Docente Estruturante (NDE)... 79 7.1.2 Coordenador do curso... 80 7.1.3 Docente conteudista... 80 7.1.4 Docente da aula transmitida via web... 81 7.1.5 Professor convidado... 81 7.1.6 Tutor a distância... 82 7.1.9 Tutor presencial... 82 7.2 Política de atualização e capacitação do corpo docente... 83 7.3 Equipe de produção de conteúdo... 84 7.3.1 Gestor da área de produção de conteúdo Fábrica de Conhecimento... 85 7.3.2 Analista de projeto educacional... 85 7.3.3 Designer instrucional... 85 7.3.4 Web designer... 86 7.3.5 Programador... 86 7.3.6 Revisor... 86 7.4 Equipe responsável pela aula transmitida via web... 86 7.4.1 Gestor dos estúdios de tele transmissão... 87 7.4.2 Editor... 87 7.4.3 Câmera... 87 3

7.4.4 Assistente de produção... 87 7.4.5 Intérprete de LIBRAS... 88 7.5 Equipe GESTORA DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD... 88 7.5.1 Diretor de EAD- NEAD... 88 7.5.2 Gerente acadêmico... 88 7.5.3 Gerente de polos... 89 7.5.4 Gerente de avaliações... 89 7.5.5 Coordenador do polo... 89 7.5.6 Secretaria do polo... 90 7.5.7 SUPERVISOR DE LOBORATÓRIO... 90 8 Infraestrutura de apoio... 91 8.1 Infraestrutura física da sede da EAD na Universidade Estácio de Sá... 91 8.2 Infraestrutura física dos polos de apoio presencial... 92 8.3 Infraestrutura de suporte técnico do AVA... 92 8.4 Infraestrutura técnica do setor de produção de conteúdo... 93 8.5 Infraestrutura técnica dos estúdios para gravação das aulas transmitidas via web... 93 9 Plano das disciplinas... 95 ANEXO I... 143 ANEXO II... 149 ANEXO III... 150 4

1 APRESENTAÇÃO Este projeto pedagógico apresenta o histórico da Instituição, sua missão, sua concepção de educação a distância, ensino e aprendizagem, dentre outros aspectos, com ênfase à metodologia de ensino adotada no Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores. Em seguida, são apresentados o currículo, o perfil do egresso, os objetivos deste curso, os sistemas de comunicação adotados, a concepção, elaboração e entrega do material didático e as formas de avaliação. Ainda, apresenta a equipe multidisciplinar responsável por este curso e como está organizada sua operação acadêmica, especialmente no que se refere à infraestrutura e à gestão. 1.1 SOBRE A UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ: BREVE HISTÓRICO A Universidade Estácio de Sá é oriunda da então Faculdade de Direito Estácio de Sá, criada em 1970 com o nome do fundador da cidade do Rio de Janeiro. Concebeu-se à época uma faculdade de Direito com um projeto pedagógico inovador. Em pouco tempo o curso transformou-se em um paradigma do ensino do Direito no Brasil, a partir da implantação de disciplinas pouco comuns aos currículos da época, como lógica, filosofia e português, em todos os períodos. Em 1972, a Instituição se transformou em Faculdades Integradas Estácio de Sá, com a incorporação dos cursos superiores de Economia, Comunicação e Turismo. Vários projetos foram desenvolvidos durante os anos de 1970 e 1980, a criação de um hotel pousada para a prática acadêmica do curso de Turismo; a parceria com empresas de renome para a criação de centros de treinamentos; a criação de cursos de extensão para alunos; a criação de uma editora própria; e a parceria com as principais universidades francesas (Universidade de Paris e Universidade de Strasbourg). Em 1988, a Estácio de Sá conquistou o status de Universidade. O forte investimento em tecnologia e a criação do programa estratégico de qualidade foram fundamentais para o desenvolvimento institucional e a oferta de novos cursos. Nessa época também foram implantados os cursos de extensão para a comunidade, inicialmente com a oferta de 80 cursos e chegando à marca de 2.000, atendendo a mais de 150 mil pessoas por período. 5

Em 1992, a Universidade Estácio de Sá iniciou sua expansão pelo município do Rio de Janeiro com a abertura de um campus no bairro da Barra da Tijuca, no qual foram oferecidos os cursos de Direito, Relações Internacionais, Psicologia e Administração. Para atender à grande demanda de alunos, foi criado também o Campus Centro I Presidente Vargas. A partir de 1996, a Estácio ultrapassou os limites municipais com a criação das unidades nas cidades de Resende, Niterói e Nova Friburgo, no Estado do Rio de Janeiro. Ainda naquele ano, a Estácio de Sá obteve autorização para a criação do curso de Medicina, implantado no ano seguinte, focado na formação de profissionais de alto nível técnico e com sólida base ética e humanista. No ano de 1997, a instituição foi pioneira na criação do Instituto Politécnico Universitário o primeiro centro superior de formação para o trabalho do País. Inspirado em uma instituição de ensino superior instalada em Guadalajara, no México, o Instituto foi responsável pela oferta de cursos com foco no ensino de competências voltadas para nichos específicos do mercado de trabalho, conhecidos como cursos sequenciais de formação específica. Muitos destes cursos, em virtude da nova legislação, deram origem aos cursos de graduação tecnológica. A partir deste mesmo ano, a UNESA expande suas ações para outros municípios do Estado do Rio de Janeiro: Campos dos Goytacazes, Petrópolis, Cabo Frio, Macaé, Queimados, São João de Meriti, São Gonçalo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu. No que se refere à pós-graduação stricto sensu, em 2003 a Universidade contava com quatro cursos de mestrado reconhecidos, dos quais dois acadêmicos Direito e Educação e dois profissionalizantes Administração e Desenvolvimento Empresarial e Odontologia. Em 2004, foi procedida nova avaliação relativa aos anos de 2001, 2002 e 2003, tendo a Universidade encaminhado à CAPES o projeto de um novo curso de mestrado profissionalizante, parte do trabalho realizado pelo grupo de Saúde da Família do Curso de Medicina, que foi recomendado no mesmo ano. Atualmente 1 a Universidade Estácio de Sá possui, além dos programas de mestrado já citados, 3 cursos de doutorado (Direito, Educação e Odontologia). Em 2006 e início de 2007, a Estácio passou a oferecer as disciplinas online integradas ao currículo dos cursos presenciais, consolidando as experiências adquiridas anteriormente na 1 Dados de 2011. 6

oferta de cursos livres e de extensão na modalidade semipresencial para alunos e para a sociedade. Naquele momento, a então fundada Diretoria de Educação a Distância passou a ser uma referência para a instituição no que tange aos processos de ensino e aprendizagem balizados pelas novas tecnologias de informação e comunicação. Em 2007, a Universidade Estácio de Sá tornou-se uma entidade com fins lucrativos, a partir da transformação da SESES 2 em uma sociedade empresária limitada. Em 2009, a portaria 442 credenciou a Universidade Estácio de Sá (e respectivos polos de apoio presencial) para oferta de cursos superiores na modalidade a distância. Hoje, a EAD faz parte da cultura da Estácio, contribuindo na qualidade dos cursos desta instituição e situando-a no estado da arte dessa modalidade de ensino no Brasil, integrando seu corpo docente e discente à excelência acadêmica. Desde 2008 a UNESA integra a rede de ensino do Grupo Estácio composta atualmente por uma universidade, três centros universitários e 31 faculdades, contando com mais de 260 mil alunos de graduação e pós-graduação matriculados. 1.2 MISSÃO INSTITUCIONAL A Universidade Estácio de Sá tem como missão, definida em seu PDI (2002), contribuir para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural e social do país, com comprometimento ético e responsabilidade social, proporcionando o acesso de diferentes segmentos da população ao ensino de qualidade articulado aos benefícios da pesquisa, da extensão e da formação continuada, privilegiando a descentralização geográfica e o valor acessível das mensalidades, buscando ao mesmo tempo a inclusão social na construção, pelo conhecimento, de uma sociedade mais justa, mais humana e mais igual. Em atendimento à legislação vigente, ao construir seu Projeto de Auto avaliação Institucional, a Universidade reconheceu que sendo a Missão e o PDI eixos norteadores do 2 Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá Ltda. 7

Projeto em razão da abrangência dos seus indicadores seria necessário que os mesmos fossem rediscutidos com a comunidade acadêmica e os membros da sociedade civil organizada integrante de seus diferentes Colegiados e/ou Conselhos. Alicerçando seu Projeto de Auto avaliação Institucional na metodologia do empowerment 3, a Universidade destacou entre suas estratégias de trabalho: debater os valores e os princípios contidos na Missão com diferentes setores/áreas /segmentos; obter consenso, sobre a mesma, entre os principais gestores; e ampliar sua divulgação objetivando contribuir para a internalização desses valores e princípios. Após diversas reuniões e considerando as sugestões apresentadas III Seminário de Avaliação Institucional, realizado em 2005, foi divulgada para as comunidades interna e externa, a versão final da Missão Institucional, assim expressa: A Universidade Estácio de Sá tem como missão, através da formação de recursos humanos qualificados, contribuir para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural e social do País com comprometimento ético e responsabilidade social, proporcionando o acesso de diferentes segmentos da população ao ensino de qualidade articulado aos benefícios da pesquisa, da extensão e da formação continuada, privilegiando a descentralização geográfica e o valor acessível das mensalidades, buscando ao mesmo tempo a inclusão social na construção, pelo conhecimento, de uma sociedade mais justa, mais humana e mais igual. Diante de novas expectativas e mudanças do cenário sócio-político-educacional, a Estácio de Sá prosseguiu trabalhando com base na participação e na responsabilidade dos atores sociais envolvidos conforme seu PDI, cujo alicerce se faz no binômio Qualidade e Inclusão Social, reafirmando sua Missão Institucional. Entenda-se, nesse contexto, que a inclusão social deve ser o resultado de toda a política voltada para proporcionar de fato os direitos e garantias fundamentais definidos na Constituição de 1988. Com efeito, sem a ação direta de instituições que tenham esse objetivo, 3 Metodologia que possui, dentre outras características: a delegação de poder, o comprometimento dos envolvidos em contribuir para as decisões estratégicas e a busca de consenso em torno das propostas referentes aos diversos setores/áreas da comunidade acadêmica. 8

em especial as de ensino superior, cidadania poderia não passar de figura de retórica, deixando de ser consciência e prática de quem vive em estado de direito. Com essa intenção, a Universidade define duas grandes diretrizes de ação política: a) a expansão das propostas online no ensino de graduação, de pós-graduação e nas atividades de extensão; b) inclusão digital dos participantes do processo educativo. Essas duas diretrizes caminham juntas e são vistas de forma indissociável. De fato, o PDI de 2008-2012 reafirmou a Missão Institucional anteriormente expressa ao estabelecer como metas, dentre outras, a consolidação da EAD na Universidade Estácio de Sá. Em 2008, através da Portaria n.º126, a UNESA foi credenciada para a oferta de cursos de Pós-Graduação Lato Sensu a distância. Um novo credenciamento concretizado através da publicação da Portaria n.º442, de 11 de maio de 2009, ampliou a oferta para todos os cursos superiores na modalidade a distância, incluídos também os de graduação, e autorizou os polos de apoio presencial. 1.3 PRINCÍPIOS NORTEADORES NA CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO O ser humano está inserido em um contexto social, econômico, cultural, político e histórico e, quando tomado como sujeito, intervém na realidade a partir de uma percepção do contexto que o encerra. Pressupõe-se, assim, uma dimensão ativa, criadora e renovadora. Na sua interação com outros sujeitos e com a realidade, produz e dissemina conhecimento. A Universidade Estácio de Sá entende que o conhecimento é produto dessa interação social e compreende que seu papel é trabalhar o conhecimento na perspectiva da sua produção e atualização, colocando-o a serviço da sociedade. Para tal, entende ser necessário provocar um papel ativo desse sujeito da/na educação. Sob esse diapasão, há necessidade de se promover a participação dos indivíduos como sujeitos da sociedade, da cultura e da história, priorizando a autonomia, a problematização e a conscientização, materializando assim aquilo que epistemologicamente se entende por educação. De acordo com a identidade da Universidade Estácio de Sá e sua interpretação sobre os conceitos de sociedade, sujeito e educação, a concepção de Educação a Distância incorpora o rompimento dos paradigmas de tempo e espaço, as novas tecnologias de informação e comunicação e uma proposta pedagógica alicerçada na concepção do sujeito sócio-histórico 9

(cf. Vygotsky, 1984) 4. Ainda, considera a aprendizagem como fruto da interação entre indivíduos em contextos sócio-técnicos específicos (cf. Lévy, 1993) 5, e objetiva um processo no qual o aluno seja capaz de construir conhecimentos e aprender a aprender, aprender a ser, aprender a conviver e aprender a fazer (cf. Informe Delors, UNESCO, 1996). Nesse sentido, aprender a aprender é um princípio norteador que visa a uma prática pedagógica reflexiva, com ênfase em estratégias que ofereçam perspectivas de mudanças, construção de conhecimentos gerais e específicos e desenvolvimento de habilidades cognitivas aplicáveis ao projeto de vida pessoal e profissional. Aprender a aprender é saber investigar e buscar elementos que auxiliem na produção acadêmica. Aprender a ser possibilita a construção e a busca da identidade pessoal e coletiva, estimuladas pelas relações sociais através do desenvolvimento psicossocial, da moral, da ética e da construção do cidadão que pretendemos formar. Aprender a conviver propicia a construção do desenvolvimento de atitudes, opiniões, crenças, esperanças e representações necessárias à capacidade de iniciativa, de comunicação, além de permitir propostas de soluções e abertura para o desenvolvimento de valores de qualidade e de produtividade. Nessa convivência, inclui-se a capacidade de realizar trabalhos diversificados, de tomar decisões, de trabalhar em equipe e de conviver com as diferenças locais e regionais. Aprender a fazer estimula o desenvolvimento das habilidades necessárias à atividade profissional, cujas dimensões de prática científica (teóricas e técnicas) precisam ser adquiridas formalmente, ou por meio da vivência de estágio e prática profissional. Atenta para ao objetivo de contribuir para o crescimento político-econômico e social brasileiro, partindo do pressuposto de que a educação constitui mola propulsora do conhecimento, do desenvolvimento e da melhoria da qualidade de vida, a Universidade Estácio de Sá concebeu a oferta do Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores na modalidade a distância, no primeiro semestre de 2011. 4 VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984. 5 LÉVY, P. As novas tecnologias da inteligência e o futuro do pensamento na era da informática. São Paulo: Editora 34, 1993. 10

EAD 1.4 CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NA MODALIDADE Aprender e ensinar no universo educativo da EAD, constituído de atores humanos e recursos tecnológicos organizados em rede (cf. Latour, 1992) 6, nos quais é necessário aprender permanentemente em contínuas trocas de conhecimento, exige uma nova forma de educar que carece de novas estratégias para aprender e ensinar de forma cooperativa. Compreendendo a aprendizagem como um processo eminentemente social, como um processo ativo e integral do sujeito na construção do conhecimento, no qual se destaca a influência da cultura e das relações sociais, o Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores na modalidade EAD considera o aluno como sujeito de seu processo educativo. Sendo assim, busca estabelecer um fazer pedagógico comprometido com o processo de construção e reconstrução do conhecimento, unindo as dimensões social e afetiva ao relacionamento entre teoria e prática, através da contextualização dos saberes evocados neste curso. O processo de aprender em rede inclui a contribuição ativa do aluno e ocorre no âmbito de uma situação interativa, através de modalidades tecnológicas, como fóruns de discussão, compartilhamento de arquivos online e troca de mensagens (e-mails), via Central de Mensagens, nas quais o tutor a distância atua como mediador e facilitador, provocando e estimulando novos descobrimentos, propondo estratégias em uma prática pedagógica que deve levar o aluno a produzir e refletir, com autonomia, experimentando e registrando o resultado de suas observações. Paralelamente, o ensino visa associar a construção do conhecimento à crítica ao conhecimento produzido, num processo contínuo e articulado. Assim, ele é concebido como um processo de investigação do conhecimento, e não como um processo que se limita à transmissão de conteúdos; como uma prática voltada para a construção da progressiva autonomia do aluno na busca do domínio científico e profissional de um determinado campo do conhecimento. O processo de ensino busca, em última instância, o desenvolvimento das capacidades cognitivas dos alunos e a sua preparação para a vida social e profissional. Ensinar é um 6 LATOUR, B. One More Turn after the Social Turn.In: MCMULLIN, Ernan (ed.). The Social Dimensions of Science.Notre Dame: University of Notre Dame Press, 1992. 11

processo intencional e sistemático, direcionado para o desenvolvimento de competências e habilidades dos alunos. Tem um caráter bilateral, já que combina a atividade do docente com a do discente. O papel reservado ao tutor a distância, no que tange ao processo de ensino, é, sobretudo, o de orientar e não mais o de ser o único detentor do saber. Não lhe cabe somente saber as respostas para as perguntas dos alunos, mas também saber problematizar e estimular os alunos a fazerem o mesmo. A modalidade EAD, de acordo com os princípios balizadores da Universidade Estácio de Sá, valoriza o professor-tutor orientador, instigador, aquele que vai levar os alunos ao trabalho cooperativo e colaborativo. O tutor a distância 7 que potencializa o diálogo, a troca de conhecimentos, a produção coletiva dos seus discentes. Em última instância, o tutor a distância é tido como um profissional da aprendizagem, e não exclusivamente do ensino. Em ambos, ensino e aprendizagem, pretende-se que as competências profissionais em formação sejam construídas processualmente, o que implica na adoção de métodos de ensino que envolvam práticas de ação/reflexão/ação. Privilegia-se ainda a adoção de metodologias ativas, coerentes com os objetivos e os conteúdos de ensino e que considerem a experiência concreta do estudante como ponto de partida do trabalho pedagógico. Busca-se então promover ações pedagógicas que articulem os saberes e as práticas, vinculando-os aos ideais da ética, da responsabilidade, da cidadania, da solidariedade e do espírito coletivo, e direcionando-as ao atendimento das necessidades da comunidade regional e local. Para tal, valem-se tutores e alunos de um modelo de concepção de curso no qual a disponibilização deste se dá por intermédio da convergência de meios de oferta de conteúdo e informação, com ênfase à exploração do conhecimento acadêmico-profissional que integre e convirja tais meios através de um ambiente virtual de aprendizagem especialmente concebido para promover a colaboração e a cooperação como vetores dos processos de ensino e aprendizagem. Nos polos de apoio presencial os tutores presenciais apoiam os alunos de forma contínua, no que tange à organização de estudo, o domínio e a proficiência tecnológica na 7 No projeto de EAD da Universidade, tutor a distância, tutor online ou professor-tutor é a função docente no que se refere às atividades acadêmicas do curso conforme será explicitado no item 3.1.1. 12

interação e uso das ferramentas e meios disponíveis na sala de aula virtual, inclusive, nas demais atividades pedagógicas previstas no PPC de curso, estabelecendo uma capilaridade física ao atuar na formação de uma rede integradora. 1.5 METODOLOGIA DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM NA MODALIDADE EAD O desenvolvimento de uma metodologia para educação a distância que tenha como objetivo repensar o papel do professor-tutor e do aluno no processo de ensinar e aprender motivou um processo de reflexão sobre as experiências individuais de cada participante juntamente com a abordagem pedagógica, as quais conduzirão ao autodesenvolvimento, à aprendizagem colaborativa e à interação entre professor-tutor e alunos para a formação de sujeitos críticos, autônomos e cidadãos. A partir dessa reflexão, a Universidade Estácio de Sá desenvolveu um modelo híbrido, proprietário, cuja metodologia valoriza os processos de ensino e de aprendizagem, que se constituem pela convergência de meios na oferta de conteúdo e pela integração em rede através da interação entre aluno e professor-tutor. Essa metodologia toma como ponto focal o ambiente virtual de aprendizagem, já que este integra um conjunto de interfaces de conteúdos e de comunicação, encerrando um espaço de objetos técnicos e tecnológicos aliados às redes sociais ali constituídas, permitindo integrar conteúdo à comunicação entre atores durante os processos de ensino e de aprendizagem. No que se refere à convergência de meios 8 para a construção do conhecimento, concebeu-se um ambiente virtual de aprendizagem que integraliza i) aulas transmitidas via web, ii) conteúdo online; iii) material didático; iv) biblioteca virtual; v) ferramentas comunicacionais. Além do aspecto de disponibilização dos conteúdos programáticos previstos nos planos de ensino, tanto o ambiente virtual de aprendizagem quanto o polo de apoio presencial foram concebidos como um espaço de comunicabilidade constante, de modo a garantir a efetividade do aprendizado a partir dos desdobramentos estimulados na comunicação entre alunos e 8 As particularidades de cada meio de oferta/entrega de conteúdo serão detalhadas no item material didático deste projeto. 13

professores/tutores/coordenadores. Nesse sentido, busca-se desenvolver o espírito científico e a formação de sujeitos autônomos e cidadãos, tendo como propulsores desse movimento a interação, a cooperação e a colaboração entre os diversos atores, bem como a interatividade na construção e reconstrução do conhecimento. Portanto, neste item do projeto, serão pormenorizados os princípios e seus desdobramentos da metodologia adotada neste curso, especialmente com o intuito de caracterizar a educação online para além das práticas exclusivamente auto instrucionais, afastando-se também da concepção de interação (virtual ou presencial) pautada apenas na formalização de tira-dúvidas, ou pela intervenção pedagógica no ambiente virtual de aprendizagem como uma ação restrita a organizar um repositório para arquivamento de textos, esquivando-se da necessária mediação integrada às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). 1.5.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS NO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM Os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), de maneira geral, possibilitam compartilhar informações e desenvolver o pensamento crítico e a capacidade de análise, síntese e avaliação (Bloom, 1972) 9, ao estimularem o aluno a buscar e gerir a informação, assim como colaborar com os pares. Essa dinâmica faz com que o estudante seja, ao mesmo tempo, consumidor e produtor de conhecimento, em um processo de aprendizagem que o estimula a desenvolver uma conduta que favoreça o trabalho individual e coletivo. O AVA adotado pela Universidade Estácio de Sá 10 disponibiliza canais de interatividade 11 para serem utilizados efetivamente, favorecendo o processo de aprendizagem, da construção e reconstrução do conhecimento. A colaboração e a cooperação, palavras-chave nesta concepção de educação, são valorizadas no ambiente virtual por levarem ao aprofundamento do conteúdo, à reflexão, à avaliação de diversos pontos de vista, à aplicação de conceitos e à reconstrução do conhecimento. 9 BLOOM, B. S. Taxionomia dos objetivos Educacionais - domínio cognitivo. Porto Alegre: Ed Globo, 1972. 10 Atualmente a Universidade Estácio de Sá adota o AVA webaula, customizado especialmente para esta instituição. 11 Esses canais serão pormenorizados neste projeto no item Sistemas de Comunicação. 14

O trabalho cooperativo, igualmente, está presente na troca e na busca por um objetivo comum para a construção do saber. Acontece por meio do compartilhamento de informações e de conhecimentos entre os atores do processo. Na aprendizagem colaborativa, estimula-se o trabalho em conjunto a fim de que se alcance um propósito em comum. A interação é encorajada visando principalmente ao estímulo ao conhecimento compartilhado; todos podem contribuir uns com os outros, desenvolvendo suas competências e habilidades. O trabalho cooperativo, no qual todos efetivamente cooperam, colaboram e interagem, torna a aprendizagem significativa, pois com as trocas o conhecimento é construído em conjunto e, a partir daí, individualiza-se. No ambiente virtual de aprendizagem, os meios de comunicação favorecem o trabalho cooperativo. Esse trabalho pode ser feito através das comunidades virtuais, dos fóruns de discussão, de compartilhamento de arquivos online, da publicação compartilhada de resumos e rascunhos de alunos, por mensagem, entre outros mecanismos de comunicação. Além disso, o AVA integra as interfaces relacionadas à publicação de conteúdo, através de tecnologias específicas para a hospedagem de aulas online, aulas transmitidas via web, biblioteca de apoio individualizada por disciplina e biblioteca virtual utilizada pela IES, dentre outras ferramentas para armazenamento, distribuição e construção de conteúdo. Quadro 1 visão geral do conteúdo online Quanto aos aspectos gerenciais 12, o AVA adotado neste curso apresenta uma integração ao sistema de gestão acadêmico-administrativa da Universidade Estácio de Sá. Tal 12 Os aspectos referentes à gestão acadêmica serão pormenorizados no item correspondente. 15

integração permite aos alunos, professores-tutores e gestores que atuam na modalidade EAD, o mesmo acesso aos serviços disponíveis aos que atuam na modalidade presencial (matrículas, inscrições, requisições, acesso às informações institucionais, secretaria, tesouraria, requerimentos etc.). Não obstante, o AVA também possui ferramentas internas de gestão acadêmica, em especial no que se refere ao andamento, progressão e atuação do corpo discente e corpo docente durante os eventos de acesso e do uso das funcionalidades ali disponibilizadas. Destacam-se, entre outros, os relatórios gerenciais específicos que tratam do registro de participação de alunos no fórum (tanto quantitativo quanto qualitativo), a conclusão de tópicos de conteúdo, o registro de exercícios e atividades, tempo de acesso etc. Quadro 2 Interface do relatório sobre participação no fórum de discussão Para os alunos, tutores e gestores, paralelamente, o AVA é parte do Campus Virtual. Este, portanto, é o campus universitário no qual seus usuários compartilham um espaço logado 13 de ensino e aprendizagem, sistematicamente integrado ao sistema da Universidade Estácio de Sá e ao AVA. Mediada pela internet e concebida para ser uma interface simples, não-ambígua e intuitiva, a sala de aula virtual é a extensão acadêmica do Campus Virtual. Trata-se de um espaço específico para docentes e discentes em que se apresentam as disciplinas e os módulos extracurriculares deste curso. 13 O acesso ao ambiente virtual exige número de matrícula e senha individual. 16

No entorno educativo proporcionado pela sala de aula virtual, no qual há o rompimento das fronteiras de tempo e espaço, o aluno é o centro do processo de ensino-aprendizagem, que ocorre de maneira interativa. Já o tutor a distância tem papel fundamental, pois oferece ao estudante as ferramentas para construção do seu próprio processo de aprendizagem, como protagonista, em seu ritmo, de forma personalizada, com autonomia e como sujeito ativo e participativo. Tendo seu modelo pedagógico centrado no estudante, a sala de aula virtual está baseada em um projeto que prevê as práticas educativas em um contexto de mudança constante e de volatilidade das informações, que apresenta materiais didáticos multimídia e estimula o tutor a distância para que ele estabeleça estratégias diferenciadas de aprendizagem, bem como uma avaliação contínua como meio de favorecer o êxito dos estudantes, com vistas ao ensino para a competência e ao atendimento às necessidades individuais e coletivas. Quadro 3 Sala de aula virtual 17

A sala de aula virtual traz muitas possibilidades de interações online, criando um clima afetivo nos intercâmbios comunicativos entre alunos e tutores a distância, o que proporciona uma influência positiva na motivação dos estudantes e uma nova forma de conviver: em rede. 1.5.2 DINÂMICA DE FUNCIONAMENTO DO CAMPUS VIRTUAL De acordo com nosso modelo, resumidamente, o curso toma corpo, em cada um de seus componentes curriculares, a partir da publicação do conteúdo instrucional no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) para cada disciplina. Após a publicação, ocorrem a alocação de docentes nas turmas dentro do AVA, por intermédio de integração deste ao Sistema de Informações Acadêmicas da instituição (SIA). Em termos de administração acadêmica, o aluno presta vestibular 14 e, após aprovação, inicia o processo de matrícula acadêmica no SIA. Após ter sua matrícula efetivada, o acesso ao ambiente logado (Campus Virtual) se efetiva, e é nesse ambiente que o aluno pode utilizar o sistema acadêmico e acessar o AVA. Quadro 4 Interface do acesso logado ao Campus Virtual (integração AVA e SIA) No tocante à metodologia, após o acesso ao AVA (sala de aula virtual), o aluno visualiza toda a oferta de disciplinas do período acadêmico em questão (além dos módulos de 14 Salvo nos casos em que há outra forma de ingresso, tais como reabertura de matrícula, transferência, segunda graduação e/ou ENEM. 18

ambientação e de nivelamento). Trata-se do conteúdo 15, organizado em aulas e atividades, nas quais a convergência de meios é efetivada. Em relação à convergência de meios (cf. item 1.5), no que se refere à aplicação da metodologia online, foi desenvolvida uma ferramenta para organizar a entrega do material didático (livro) e das aulas/atividades transmitidas via web, de modo a garantir efetividade na entrega de conteúdo e, ao mesmo tempo, balizar a organização de estudo do corpo discente. Concebeu-se, assim, o tópico denominado Orientações de Estudo, constante de todas as aulas, no qual se apresentam as orientações sobre o conteúdo online, sobre a aula transmitida via web, sobre o material impresso e como ocorre a interação com o professortutor a distância e colegas de sua turma, em particular no fórum de discussão. Em outras palavras, o tópico Orientações de Estudo funciona como guia para que o aluno possa efetivar a convergência de meios (online, aula transmitida via web e leitura da bibliografia básica) de modo a direcionar suas ações no ambiente virtual e na disciplina como um todo. Cada estudo dirigido, em cada aula, apresenta abas específicas para cada meio de disponibilização de conteúdo, incluindo-se a biblioteca virtual e o tópico relacionado àquela aula no fórum de discussão. Quadro 5 Interface das Orientações de Estudo, tópico de introdução ao conteúdo de cada aula online No tocante à atuação docente, o tutor a distância media o diálogo entre os diversos meios que são utilizados na composição do arcabouço teórico das disciplinas, estando todos 15 As especificações sobre conteúdo serão pormenorizadas no item Material Didático. 19

esses meios sob moderação dele, em particular no que se refere aos desdobramentos do conhecimento e ao estímulo frequente para a cooperação e colaboração nos espaços de interação 16 professor tutor - aluno, aluno - professor tutor, aluno-aluno. Esse processo ocorre em cada turma, de cada disciplina, continuamente, consolidando assim o atributo online da metodologia, justamente por concentrar as principais ações acadêmicas do corpo discente no AVA ou no Campus Virtual. Nesse diapasão entre a enturmação 17, a entrega de conteúdo e a atuação docente, os princípios aprender a aprender e aprender a fazer são concretizados. A metodologia online adotada neste curso exige do aluno o desenvolvimento de habilidades particulares e, ao mesmo tempo, gerais, pois se apropria de um ambiente virtual no qual todos os usuários são estimulados a aprender a usar o ferramental e os procedimentos essenciais para seu estudo visando a construção coletiva e cooperativa do conhecimento. Paralelamente, cabe ao aluno demonstrar a efetividade de tal domínio para cumprir as etapas do processo de aprendizagem exigidas durante a disciplina/curso. Em outras palavras, o desempenho do aluno está diretamente relacionado ao desenvolvimento de habilidades inerentes à instrução/ensino mediados e ao domínio dos recursos e funcionalidades envolvidas no processo de aprendizagem, de acordo com o conteúdo programático e os objetivos de cada disciplina. Essa perspectiva demanda uma atitude responsiva e funcional no decorrer da formação do discente, e que se reflete nos objetos de aprendizagem adotados no desenho didático das aulas. O aprender a fazer, muito mais do que uma perspectiva auto instrucional focada na individualização do processo de aprendizagem, está associado ao desenho didático do conteúdo online. Enfatiza-se, portanto, a construção de atividades e ações baseadas na resolução de problemas, na capacidade de autoavaliação e de autorregularão pelo próprio desenvolvimento acadêmico. Paralelamente, o ensino a distância na Universidade Estácio de Sá entende o aluno como sujeito ativo do processo, e a metodologia adotada para este curso justamente valoriza intensamente a interação do aluno com seus colegas e tutores a distância. Nesse sentido, o princípio aprender a conviver toma forma pela mobilização de competências inerentes à 16 A interação entre corpo docente e corpo discente será pormenorizada no item Sistemas de Comunicação. 17 Enturmação é o processo de alocação dos tutores a distância nas turmas, atendendo os critérios acadêmicos e regulatórios. 20

metodologia adotada, tais como a capacidade de iniciativa, a cooperação e a aprendizagem em comunidade. Concomitantemente, a exigência de interação como espinha dorsal da metodologia permite (e enfatiza) uma melhor compreensão dos mecanismos sociais envolvidos na troca constante de opiniões, conhecimento, visão crítica e questionamentos, indiretamente associados aos eventos em que a participação do aluno frente aos colegas e tutores a distância é obrigatória (como fóruns de discussão, por exemplo). 1.6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA AS ETAPAS PRESENCIAIS Algumas metodologias de EAD preveem a atuação do polo como uma reprodução do ensino presencial, guardando sua proporcionalidade no que se refere à estrutura física e à atuação dos envolvidos. Em outras palavras, é possível conceber um polo como o espaço único, integralizador dos processos de ensino e aprendizagem, guardando ao ambiente virtual de aprendizagem um papel auxiliar com fins a servir de repositório de conteúdo e/ou de espaço para gestão acadêmico-administrativa. Para a Universidade Estácio de Sá, o polo 18 é concebido como um espaço de ensino e aprendizagem no qual os princípios e procedimentos adotados no ambiente virtual estendemse às etapas presenciais, para além das atividades obrigatórias (laboratório, avaliações etc.). A partir dessa concepção, o polo de apoio presencial apresenta-se como um local estruturado para dar apoio pedagógico a estudantes deste curso. Nele estão disponibilizados a biblioteca 19, laboratório de informática, atendimento de tutores sobre conteúdo das disciplinas, tutoria 20 permanente para orientação acadêmica e atendimento extraclasse, classes presenciais, laboratórios, avaliações, dentre outros. Portanto, o polo é considerado o ambiente físico do campus virtual, e também o elo à modalidade EAD para um público cujo histórico acadêmico 21 normalmente está vinculado ao modelo presencial. Outra característica dos polos de apoio presencial é o fato de todos estarem situados em unidades da Universidade Estácio de Sá ou em IES pertencentes ao grupo Estácio 22. Tal 18 As instalações físicas e o corpo social serão pormenorizados em item correspondente. 19 Biblioteca física, que se soma à Biblioteca Virtual Estácio, a ser pormenorizada no item Material Didático. 20 Será pormenorizado no item referente ao atendimento ao aluno. 21 Ensino Fundamental e Ensino Médio. 22 Cf. item 1.1 deste projeto. 21

peculiaridade propicia ao aluno uma percepção de ensino superior diferente das situações em que o polo de apoio presencial tem sua estrutura física desvinculada à estrutura física da IES correspondente. Nesse ínterim, o polo de apoio presencial se vale, também, para além da estrutura física mínima (conforme preconizado em termos regulatórios), de uma estrutura adjacente, a qual o aluno de curso na modalidade EAD poderá compartilhar. 22

2 O CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM REDES DE COMPUTADORES EM EAD NA UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 2.1 - APRESENTAÇÃO As primeiras redes de dados eram limitadas na troca de informações baseadas em caracteres entre sistemas de computadores conectados. Com o contínuo avanço tecnológico, novos produtos e serviços integrados como redes móveis de alta velocidade, TV digital e computação em nuvens dependem da internet e dos recursos de comunicação e compartilhamento para seu funcionamento. Tipos de comunicação, antes separadas e distintas, convergem para uma plataforma comum. Com o avanço tecnológico e a popularização das redes, principalmente a Internet, as interações sociais, comerciais, políticas e pessoais estão em constante transformação. A Internet é utilizada como ponto de partida para seus esforços novos produtos e serviços são criados e projetados para aproveitar as vantagens da capacidade da rede. À medida que desenvolvedores aumentam o limite do que é possível, as capacidades das redes que formam a Internet desempenharão um papel cada vez maior no sucesso desses novos projetos. Segundo a pesquisa TIC Empresas coordenada pelo Comitê Gestor de Internet no Brasil, 94% das empresas brasileiras utilizam computadores. O indicador mostra que a adoção dessa tecnologia está diretamente ligada ao porte da companhia, chegando a 100% nas que possuem 50 funcionários ou mais. A pesquisa revela ainda que o acesso remoto à rede da empresa também cresceu e já é realidade em 21% das organizações. O uso de redes locais com fio cresceu 6 % nos últimos três anos e está presente em 83% das empresas. Entretanto, a adoção das redes sem fio aumentou 7% em 2008, atingindo 35% desse público, o que sugere um processo de substituição das tecnologias (CGI,2010). Com a modernização tecnológica e com o surgimento destes novos serviços e produtos, fica clara a necessidade de profissionais qualificados para a atuação neste segmento. Demandas de mercado para implantação, administração e manutenção das tecnologias de redes locais e de longa distância serão uma constante na nova sociedade do conhecimento. O curso Tecnológico de Redes de Computadores foi concebido pelo Núcleo Docente Estruturante do curso e está alinhado com estas novas demandas tecnológicas das 23

organizações e do mercado de trabalho. Possui uma matriz curricular moderna que aborda: o conteúdo técnico relacionado à infraestrutura, comunicação de dados, roteamento, comutação e as novidades de administração e segurança em Redes de Computadores. A questão da sustentabilidade tem-se tornado tema relevante na área de Tecnologia da Informação, através de estudos, pesquisas e experiências que possam contribuir para uma atuação profissional consciente dos impactos da TI ao meio ambiente e de formas para evitálos ou minimizá-los. A expansão da internet e a crescente digitalização dos negócios geraram em nosso planeta crescimento significativo no número de servidores, necessidade de mais recursos de memória, vídeo e processador causando aumento substancial no consumo médio de energia elétrica e grande produção de CO 2. Um dos principais motores da inovação no mundo da tecnologia da informação atualmente é a revolução verde (TI Verde ou Computação Verde). E a questão não se encerra apenas nos custos com armazenamento, processamento e geração de CO 2. Precisamos aprender a usar melhor os computadores", diz Nicholas Carr (CARR, 2004). O autor afirma que a tendência de acessarmos cada vez mais programas e serviços pela web pode vir a dispensar a necessidade de uma máquina potente em cada mesa. Os computadores ligados à rede poderiam ser mais simples e todo o trabalho de computação aconteceria remotamente, em data centers de grandes empresas mundiais. Até o ponto em que estes modelos propostos atualmente, denominados de cloud computing ou "computação nas nuvens", consolidam organizações, o consumo tem o potencial de ser notadamente reduzido, conforme os data centers em escala na Internet, nos quais serviços são hospedados e podem fazer uso eficiente de recursos compartilhados (servidores, armazenamento, mecanismos de resfriamento e assim por diante). Todas essas constatações nos levam a perceber que não se trata apenas de tornar os computadores mais eficientes, a TI necessita ser mais eficiente e os profissionais que a desenvolvem e que nela atuam necessitam desenvolver a consciência da sustentabilidade e promovê-la diariamente em sua atuação. Empresas relevantes no cenário mundial vêm desenvolvendo ações voltadas para a TI Verde, com estudos sobre impactos na redução do consumo de energia, da produção de CO 2 e de emissões tóxicas, com utilização de fontes de energia mais eficientes. 24

Apesar desse movimento das empresas em nível mundial, a formação dos profissionais de TI no Brasil ainda não considera com a importância necessária, essas questões de grande relevância para o desenvolvimento de um ecossistema de TI sustentável e que contribua para a sustentabilidade de nosso planeta. Com foco na formação de um profissional ético, consciente dos impactos de sua atuação e comprometido com o bem estar social, o currículo do Curso de Redes de Computadores prevê a abordagem da TI Verde de forma transversal, contribuindo para o desenvolvimento da visão de sustentabilidade no perfil do egresso. O objetivo principal dessa abordagem é, inicialmente, sensibilizar os estudantes para os impactos do ecossistema de TI em nosso ambiente e, posteriormente, aprofundar o debate sobre as questões que envolvem sua ação profissional crítica na redução desses impactos e na geração de soluções para diferentes ambientes de TI, de forma que possam ter uma constante atuação com foco na sustentabilidade regional e global. Por entender que uma única disciplina não pode abarcar essa formação, a abordagem transversal da TI Verde no curso será realizada através de: textos e temas discutidos em várias disciplinas, dependendo do seu escopo; atividades estruturadas; atividades complementares, entre outras. Desta forma, além da preocupação com a formação técnico-científica, em sua concepção, o curso de Redes de Computadores também objetiva desenvolver em seus egressos: o respeito aos princípios éticos e legais da área de computação, ao meio ambiente e às condições de trabalho dos usuários de informática; bem como a consciência de seu papel social, como agente de acesso, disseminação e inovação do conhecimento na área. Este curso atende às novas exigências de formação dos estudantes e de acesso à informação qualitativa, resultantes das novas estruturas de trabalho em um entorno em constante movimento. Além disso, agrega um novo cenário de ensino e aprendizagem no qual se encontra inovação das práticas pedagógicas, redesenho da proposta metodológica e mudança no papel docente, visto que todos professores e alunos ensinam e aprendem em uma construção coletiva. Paralelamente, sua oferta na modalidade EAD vai ao encontro de uma necessidade atual de acesso ao ensino superior de qualidade, de forma flexível e abrangente, respeitando as diversidades regionais e a realidade do aluno. 25

2.2 - MISSÃO DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM REDES DE COMPUTADORES A missão do CST em Redes de Computadores pode ser assim definida: Formar cidadãos e profissionais com conhecimento de mercado global e das novas tecnologias da informação, tendo uma visão holística das organizações, preparando os acadêmicos para atuarem socialmente em base cultural diversificada com espírito empreendedor e preocupação com os meios ambiente, cultural, político e social, além de sempre estar preocupado com a ética profissional. 2.3 OBJETIVO GERAL O Curso Superior de Tecnologia em Rede de Computadores tem como objetivo geral formar profissionais para atuar tecnicamente nas organizações, atuando na conectividade e no compartilhamento de recursos e informações, em condições de aplicar seus conhecimentos de forma inovadora e sustentável elaborando soluções e explorando todos os recursos de equipamentos, sistemas operacionais e demais ferramentas necessárias. 2.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS O curso forma profissionais preparados para a o desenvolvimento, administração e implantação de projetos lógicos e físicos de redes corporativas de computadores locais e de longa distância, bem como apoiar, supervisionar, auditar, prospectar ou coordenar a utilização de infra-estrutura de tecnologia da informação no ambiente organizacional, estimulando o empreendedorismo em informática e tornando-os aptos profissionalmente em meio aos avanços tecnológicos. 26

2.5 PÚBLICO-ALVO Estudantes que concluíram o ensino médio, graduados, pós-graduados, professores e outros que tenham interesse em atuar no campo da informática, com ênfase em Rede de Computadores. 2.6 PERFIL DO EGRESSO O egresso do curso de Tecnologia em Redes de Computadores é o profissional que elabora, implanta, gerencia e mantém projetos lógicos e físicos de redes de computadores locais e de longa distância. Conectividade entre sistemas heterogêneos, diagnóstico e solução de problemas relacionados à comunicação de dados, segurança de redes, avaliação de desempenho, configuração de serviços de rede e de sistema de comunicação de dados são áreas de desempenho desse profissional. Conhecimentos de instalações elétricas, teste físico e lógico de redes, normas de instalações e utilização de instrumentos de medição e segurança são requisitos à atuação desse profissional. Este profissional vai se valer de conceitos, técnicas e teorias, para elaborar e administrar uma rede nas organizações, além de ter consciência de sua função na sociedade e os valores éticos a serem respeitados. Para tanto, deve ter espírito empreendedor e inovador que permita conceber, criar e concretizar projetos de redes. Em decorrência da formação multidisciplinar e das habilidades desenvolvidas, o egresso do curso estará apto a propor soluções e utilizará as novas tecnologias de redes existentes, visando maior qualidade, segurança e produtividade. 2.6.1 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES GERAIS E ESPECÍFICAS As competências e habilidades do profissional a ser formado no Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores são: Acompanhar novas tecnologias; Capacidade de compreensão, interpretação, argumentação; Habilidade para analisar e elaborar soluções técnicas para problemas relacionados a comunicação de dados nos diversos meios de transmissão; 27

Elaboração, implantação, gerenciamento e manutenção de projetos lógicos e físicos de redes de computadores locais e de longa distância; Instalar e configurar equipamentos de conectividade, sistemas operacionais de rede e aplicativos; Planejamento e desenvolvimento de projetos de conectividade entre sistemas heterogêneos; Diagnóstico e solução de problemas relacionados à comunicação de dados, segurança de redes, avaliação de desempenho, configuração de serviços de rede e de sistema de comunicação de dados; Gerenciar os recursos da rede, garantindo o seu funcionamento, controlando o acesso dos usuários e otimizando seus recursos; Garantir a integridade dos dados da rede, propondo políticas de segurança; Projetar, implementar e configurar soluções de segurança em redes; Propor e implementar atualizações tecnológicas dos computadores e equipamentos de conectividade e de versões de sistemas operacionais de rede e aplicativos; Desenvolver soluções de estruturas física e lógica para Intranets e redes conectadas à Internet. 2.7 FORMAS DE INGRESSO As formas de acesso a este curso seguem as determinações institucionais, e são: a) vestibular; b) transferência interna ou externa; c) alunos já formados em outros cursos superiores; d) Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Todas as informações sobre as formas de ingresso podem ser fornecidas diretamente no polo de apoio presencial ou pelo Portal da Instituição na internet ( fale conosco ), inclusive com possibilidade de ligação telefônica 23. 23 3231 0000 (Rio de Janeiro - capital), 0800 282 3231 (demais regiões). O atendimento funciona nos seguintes dias e horários: segunda a sexta-feira, de 8h às 20h; aos sábados, de 8h às 18h. 28

2.8 CONCEPÇÃO DO CURRÍCULO NO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM REDES DE COMPUTADORES O Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores obedece ao Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia e às Diretrizes Curriculares Nacionais 24 estando organizado de modo a oferecer ao aluno referenciais teórico-práticos que colaborem na aquisição de competências cognitivas, habilidades e atitudes e que promovam o seu pleno desenvolvimento como pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. Seu currículo, desenvolvido na perspectiva da educação continuada, é concebido como uma realidade dinâmica, flexível, propiciando a integração teoria e prática, o diálogo entre as diferentes ciências e saberes, e as atividades facilitadoras da construção de competências. Além disso, o referido curso é ofertado nos polos credenciados da Universidade Estácio de Sá objetivando democratizar o acesso ao ensino superior no país, contribuindo para o desenvolvimento econômico, social e cultural das localidades e regiões onde é ofertado, promovendo transformação e a inclusão social e cultura. 2.9 ESTRUTURA CURRICULAR A estrutura curricular do Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores obedece aos seguintes princípios: a) flexibilização; b) interdisciplinaridade; c) ação-reflexãoação; d) contextualização. Com base nesses quatro princípios é que a matriz curricular do curso foi organizada, com a intenção de promover a produção e construção do conhecimento de modo sistematizado, partindo da reflexão, do debate e da crítica, numa perspectiva criativa e interdisciplinar. É importante, também, destacar que em relação ao determinado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações étnico-raciais e para o Ensino da História e Cultura Afrobrasileira e Africana - (CNE/CP Resolução 1/2004), que no Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores, estas questões são tratadas no projeto pedagógico e na matriz curricular, incorporados nos conteúdos de diferentes disciplinas, tais como: 24 Resolução CNE/CP 3 de 18 de dezembro de 2002 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a organização e o funcionamento dos cursos superiores de tecnologia. 29

Análise Textual, que trata as questões socioculturais, refletidas por meio de textos; e Seminários Integrados em Redes de Computadores que desenvolvem o tema nas questões socioculturais nas empresas com o objetivo de fornecer conhecimentos acerca da formação destas sociedades e da sua integração nos processos físico, econômico, social e cultural da Nação Brasileira. A disciplina de Seminários Integrados em Redes de Computadores também trata diretamente da Educação em Direitos Humanos De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação em Direitos Humanos (Resolução nº 1, de 30 de maio de 2012) Quanto à Educação Ambiental - EA, de acordo com a Lei Federal 9795, de 27/04/1999 e o Parecer CNE/CP nº 14/2012, de 6 de junho de 2012, a mesma está representada pelos processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem essencial à qualidade de vida e sua sustentabilidade. A Educação Ambiental envolve o entendimento de uma educação cidadã, responsável, crítica, participativa, em que cada sujeito aprende com conhecimentos científicos e com o reconhecimento dos saberes tradicionais, possibilitando a tomada de decisões transformadoras, a partir do meio ambiente natural ou construído no qual as pessoas se integram. A EA avança na construção de uma cidadania responsável voltada para culturas de sustentabilidade socioambiental. Desta forma, o projeto pedagógico e a matriz curricular do curso de Redes de Computadores apresentam a educação ambiental como prática educativa integrada, contínua e permanente, representando um eixo transversal em atividades curriculares dos cursos, como tema de iniciação científica e pesquisa, entre outras. Vale destacar também o importante papel que desempenha no estudo da ética ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas por nossos estudantes. Além desta transversalidade, no curso de Redes de Computadores, a temática está contemplada diretamente na disciplina de Seminários Integrados em Redes de Computadores e na disciplina de Análise Textual, que trata questões ambientais, refletidas por meio de textos. 30

A Matriz Curricular do Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores é integralizada em 2052 horas mínimas, distribuídas em 5 (cinco) semestres mínimos para sua conclusão. O CST em Redes de Computadores na modalidade de Ensino a distância se divide em cinco períodos. A matriz curricular do Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores, foi construída com a participação do Núcleo Docente Estruturante (NDE), sob a liderança do Coordenador do Curso, estando organizada em três eixos: o básico, o complementar e o específico. O eixo básico introduz o aluno nos conhecimentos básicos da área de Tecnologia da Informação, propiciando conhecimento inerente que será utilizado no decorrer do curso. O eixo complementar perpassa por todo o curso e tem como objetos de estudo uma visão analítica e crítica das áreas de inovação, gestão e humanística. O eixo específico tem como objeto de estudo a comunicação de dados, diferentes tipos de redes e protocolos abordando sua infraestrutura, seu planejamento e sua implantação como soluções críticas para a tomada de decisão no atual cenário competitivo e dinâmico da comunicação das empresas. A título de organização, a estrutura do curso será apresentada em sua totalidade (matriz); em seguida, será desmembrada no que se refere a seus princípios. Portanto, assim está disposta a matriz curricular: 31

ESTRUTURA CURRICULAR CURSO 7013 - CST em Redes de Computadores 1º PERÍODO Carga Horária 25 Disciplina Tipo T P AE TOTAL ORGANIZAÇÃO DE COMPUTADORES MÍNIMA 36 0 44 80 REDES DE COMPUTADORES MÍNIMA 36 36 0 72 SISTEMAS OPERACIONAIS MÍNIMA 72 0 0 72 ALGORITMOS MÍNIMA 36 36 0 72 PROTOCOLOS DE REDES DE COMPUTADORES MÍNIMA 0 36 44 80 ANÁLISE TEXTUAL MÍNIMA 36 0 0 36 2º PERÍODO Carga Horária Disciplina Tipo T P AE TOTAL ELETRICIDADE MÍNIMA 36 0 0 36 REDES SEM FIO MÍNIMA 36 36 44 116 CABEAMENTO MÍNIMA 36 36 44 116 COMUNICAÇÕES ÓTICAS PARA TRANSMISSÃO DE DADOS MÍNIMA 36 0 0 36 COMUNICAÇÃO DE DADOS MÍNIMA 36 0 0 36 INFRAESTRUTURA DE REDES DE COMPUTADORES MÍNIMA 36 36 0 72 3º PERÍODO Carga Horária Disciplina Tipo T P AE TOTAL ADMINISTRAÇÃO DE REDES EM SOFTWARE LIVRE MÍNIMA 0 72 44 116 ADMINISTRAÇÃO DE REDES EM SOFTWARE PROPRIETÁRIO MÍNIMA 0 72 22 94 ARQUITETURA DE SISTEMAS DISTRIBUIDOS MÍNIMA 36 0 0 36 PROGRAMAÇÃO PARA SERVIDORES MÍNIMA 36 36 0 72 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO MÍNIMA 36 0 0 36 INOVAÇÃO TECNOLOGICA MÍNIMA 36 0 0 36 4º PERÍODO Carga Horária disciplina Tipo T P AE TOTAL ANÁLISE DE REDES MÍNIMA 36 0 22 58 ROTEAMENTO E COMUTAÇÃO MÍNIMA 36 36 44 116 PROTOCOLOS DE ROTEAMENTO MÍNIMA 36 36 0 72 REDES DE BANDA LARGA MÍNIMA 72 0 0 72 PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO MÍNIMA 72 0 0 72 SEMINÁRIOS INTEGRADOS EM REDES DE COMPUTADORES MÍNIMA 36 0 0 36 5º PERÍODO Carga Horária disciplina Tipo T P AE TOTAL BANCOS DE DADOS PARA REDES MÍNIMA 36 36 0 72 GESTÃO DA QUALIDADE EM PROJETOS MÍNIMA 36 36 44 116 SEGURANÇA DE REDES DE COMPUTADORES MÍNIMA 36 36 0 72 GESTÃO DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO MÍNIMA 36 0 0 36 25 Carga Horária codificação: T: Carga Teórica; P: Carga Prática; AE: Carga de Atividade Estruturada. 32

REDES CONVERGENTES MÍNIMA 36 36 44 116 TÓPICOS EM LIBRAS: SURDEZ E INCLUSÃO MÍNIMA 36 0 0 36 TIPO CARGA HORÁRIA RESUMIDA Horas Mínimas Horas Teóricas Horas Práticas Horas AE Total Geral MÍNIMA 2088 1080 612 396 2088 OPTATIVA 0 36 0 0 36 ATIVIDADES COMPLEMENTARES 60 0 0 0 60 TOTAL DE CARGA HORÁRIA MÍNIMA 2148 2.9.1 PRINCÍPIO DA FLEXIBILIDADE NA ESTRUTURA CURRICULAR No que tange ao princípio de flexibilização, a estrutura curricular possibilita a ampliação dos horizontes do conhecimento e o desenvolvimento de uma visão crítica mais abrangente, pois permite ao aluno ir além de seu campo específico de atuação profissional, oferecendo condições de acesso a conhecimentos, habilidades e atitudes formativas em outras áreas profissionais. A flexibilização do currículo se caracteriza tanto pela verticalidade, quanto pela horizontalidade. A flexibilização vertical prevê diferentes formas de organização do saber ao longo do período de formação. A flexibilização curricular horizontal possibilita ao aluno o aproveitamento de várias atividades acadêmicas complementares. Essas atividades são importantes para a formação do aluno e constituem o pilar de apoio para diversidade, proporcionando o cenário no qual o aluno possa, de fato, ter à disposição as variadas alternativas de percurso curricular, entretanto não são componentes curriculares obrigatórios, apesar de incentivada a sua realização pelos alunos. 2.9.2 PRINCÍPIO DA INTERDISCIPLINARIDADE NA ESTRUTURA CURRICULAR Outro princípio, o da interdisciplinaridade, propicia o diálogo entre os vários campos do conhecimento e a integração do conhecimento. Visa superar uma organização curricular 33

tradicional, que coloca as disciplinas como realidades estanques, fragmentadas, isoladas e dificulta a apropriação do conhecimento pelo aluno. A interdisciplinaridade, portanto, busca favorecer uma visão contextualizada e uma percepção sistêmica da realidade, permitindo uma compreensão mais abrangente do saber. A interdisciplinaridade tem sua origem na necessidade de corrigir os desvios causados pela fragmentação disciplinar, resultante da compartimentalização que marca a produção científica de caráter positivista. A integração entre as disciplinas do currículo cria condições para a pesquisa e para a elaboração de modelos explicativos que efetivamente consigam captar a complexidade da realidade. Propicia a reorganização e a recomposição dos diferentes âmbitos do saber por meio do estabelecimento de intercâmbios cognitivos. A interdisciplinaridade, dessa forma, permite integrar o saber, propiciando a compreensão da relevância e do significado dos problemas estudados, favorecendo, consequentemente, os processos de intervenção e busca de soluções. Expressa ainda a necessidade de reconstruir o pensamento em novas bases, recuperando dimensões como a criatividade, a imaginação e a capacidade de lidar com a incerteza. A interdisciplinaridade não significa uma justaposição de saberes, nem implica uma comunicação reduzida entre as disciplinas. Envolve a elaboração de um contexto mais geral, no qual as disciplinas em contato são modificadas, passando a depender claramente uma das outras. Promove, portanto, intercâmbios mútuos e recíprocas integrações entre as disciplinas. As propostas de ensino baseadas na interdisciplinaridade têm um grande poder estruturador, pois as definições, os contextos e os procedimentos estudados pelos alunos passam a ser organizados em torno de unidades mais globais, que agregam estruturas de conceitos e metodologias compartilhadas por várias disciplinas, capacitando os alunos para enfrentar problemas que transcendem os limites de uma disciplina concreta e para detectar, analisar e solucionar novas questões. Além disso, a interdisciplinaridade favorece a realização de transferências das aprendizagens já adquiridas em outros contextos e contribui para ampliar a motivação para aprender. 34

2.9.3 PRINCÍPIO DA AÇÃO-REFLEXÃO-AÇÃO NA ESTRUTURA CURRICULAR A ação-reflexão-ação é um princípio norteador do processo ensino-aprendizagem neste curso, que se concretiza através da realização das atividades estruturadas pelos alunos. Essas atividades se constituem como componente curricular obrigatório vinculado às disciplinas da matriz curricular. Embasadas no Art. 2º, item II da Resolução CNE/CES nº 3, de 2 de julho de 2007, as atividades estruturadas implicam a construção de conhecimento, com autonomia, a partir do trabalho discente. A concepção dessas atividades deve privilegiar a articulação entre a teoria e a prática, a reflexão crítica e o processo de autoaprendizagem. Para atender a esse propósito, o ensino deve ser centrado na aprendizagem, tendo o professor-tutor como mediador entre o conhecimento acumulado e os interesses e necessidades do aluno. O currículo deste curso foi concebido também como um conjunto integrado e articulado de situações organizadas de modo a promover aprendizagens significativas, e seus conteúdos são apenas um dos meios para o desenvolvimento de competências que ampliem a formação dos alunos e sua interação com a realidade, de forma crítica e dinâmica. No ensino por competências o conhecimento é trabalhado de forma Inter transdisciplinar, contextualizado, privilegiando a construção de conceitos e a criação do sentido, visando mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações etc.) para solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações 26. Os professores-tutores a distância das disciplinas que oferecem tais atividades devem estimular e incentivar seus alunos a refletirem, seja na ação, sobre a ação ou na reflexão sobre a ação. Esta última (a reflexão sobre a ação) é que determina a construção do saber, que pode ser considerada uma consequência das reflexões intencionais efetuadas. A realização dessas atividades deve proporcionar aos alunos a curiosidade, a discussão e o interesse pela busca de novas ideias e conceitos. As atividades estruturadas possibilitam aos alunos a observação e a reflexão sobre a aplicação dos conhecimentos estudados em diferentes contextos da realidade. Para tanto, essas atividades foram estruturadas em projetos, bem como por resolução de problemas, além de pesquisas. Privilegiam análises, sínteses, inferências, generalizações, 26 Cf. PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2001. 35

analogias, associações e transferências. As tarefas propostas constituem desafios que incitem os alunos a mobilizar seus conhecimentos, habilidades e valores. No quadro abaixo, são apresentadas as disciplinas deste curso que possuem atividades estruturadas na composição de suas respectivas cargas-horárias. Disciplinas do 1 período Total de Carga Horária créditos da disciplina ORGANIZAÇÃO DE COMPUTADORES 4 80 PROTOCOLOS DE REDES DE COMPUTADORES 4 80 Disciplinas do 2 período Total de Carga Horária créditos da disciplina REDES SEM FIO 6 116 CABEAMENTO 6 116 Disciplinas do 3 período Total de Carga Horária créditos da disciplina ADMINISTRAÇÃO DE REDES EM SOFTWARE LIVRE 6 116 ADMINISTRAÇÃO DE REDES EM SOFTWARE PROPRIETÁRIO 5 94 Disciplinas do 4 período Total de Carga Horária créditos da disciplina ANÁLISE DE REDES 3 58 ROTEAMENTO E COMUTAÇÃO 6 116 Disciplinas do 5 período Total de Carga Horária créditos da disciplina GESTÃO DA QUALIDADE EM PROJETOS 6 116 REDES CONVERGENTES 6 116 As Atividades Estruturadas atendem também ao paradigma da complexidade 27, propondo um ensino fundamentado em múltiplas visões que proporcionem aos alunos aprendizagens que desenvolvam a visão crítica, criativa e transformadora. Nesse contexto, de acordo com Behrens 28, situa-se a problematização que possibilita uma visão pluralista, tendo como ponto de partida o questionamento que vincula articulações diferenciadas, com a finalidade de produzir conhecimento. Os alunos podem simultaneamente realizar a apropriação de conceitos, quando os examinam minuciosamente; articular essas 27 Cf. MORIN, E. A religação dos saberes: o desafio do século XXI. Jornadas temáticas idealizadas e dirigidas por Edgar Morin. Tradução e notas de Flávia Nascimento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001. 28 BEHRENS, M.A. Metodologia de aprendizagem baseada em problemas. In: VEIGA, I. P. A. (Org.).Técnicas de ensino: novos tempos, novas configurações. Campinas, SP: Papirus, 2006.p.163-187. 36

aquisições à medida que as relacionam ao problema a ser resolvido e mobilizar essas aquisições na prática 29. As atividades estruturadas estão disponibilizadas na sala de aula virtual, no conteúdo online da disciplina e são discutidas e trabalhadas ao longo da disciplina, inclusive com fórum de discussão específico para esse fim na sala de aula virtual. Com as atividades estruturadas, reforça-se a percepção do aluno como sujeito ativo, reflexivo, criativo, inovador, empreendedor, que tenha autonomia nos estudos. Dessa forma, a aprendizagem se dará como resultado do aprendizado ativo, com base na própria prática do sujeito e nas sucessivas mudanças provocadas pela informação gradativamente assimilada. Desse modo, a metodologia de ação das atividades estruturadas visa trazer uma mudança no processo de aprendizagem, integrando sociedade educação trabalho, com o planejamento de atividades que surgem das situações do próprio cotidiano social do aluno e do trabalho profissional, envolvendo participação individual e em grupo, convivência com a diversidade de opiniões, oportunidade de autonomia de estudos e o acesso a diferentes modos de aprender, especialmente, de aprender a aprender. 2.9.4 PRINCÍPIO DA CONTEXTUALIZAÇÃO NA ESTRUTURA CURRICULAR O princípio da contextualização permite pensar o currículo de forma abrangente, com uma ampla rede de significações, e não apenas como um lugar de transmissão e reprodução do saber. A contextualização envolve o estabelecimento de uma relação de reciprocidade entre o aluno e o objeto de conhecimento, favorecendo uma aprendizagem significativa, uma vez que está baseada nos diferentes âmbitos e dimensões da vida pessoal, social e cultural dos alunos. Neste curso, a contextualização ocorre primordialmente nos eventos de interação e reflexão sobre o conhecimento, em especial nos fóruns de discussão, espaço privilegiado para integrar diferentes perfis socioeconômicos e diferentes perspectivas de compreensão e interpretação da realidade. Nesse sentido, a contextualização imprime forte parceria com o 29 ROEGIERS, Xavier; DE KETELE, Jean-Marie. Uma pedagogia da integração: competências e aquisições no ensino. Tradução de Carolina Huang. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. 37

espírito cooperativo adotado na interação. Também contextualiza-se o conteúdo nas diferentes atividades solicitadas ao aluno, como atividades estruturadas, leituras complementares para posterior discussão, dentre outros. 2.9.5 ATIVIDADES ACADÊMICAS COMPLEMENTARES A realização das atividades acadêmicas complementares é obrigatória para integralização do curso CST em Redes de Computadores. Sendo assim, a Universidade Estácio de Sá promove algumas atividades para auxiliar o aluno no cumprimento da carga horária relacionada, mesmo o aluno tendo a possibilidade de buscar atividades fora da instituição. Nessa perspectiva, as atividades complementares, por sua vez, referem-se ao curso como um todo e à formação geral do aluno. Elas envolvem aquelas atividades realizadas pelo aluno, vinculadas à sua formação e/ou promovidas pelo seu curso, visando à complementação curricular, bem como à atualização permanente dos alunos acerca de temas emergentes. As Atividades Acadêmicas Complementares (AAC) visam estimular o aluno a realizar desde os primeiros períodos do Curso, ações práticas relacionadas à futura profissão, possibilitando uma melhor qualificação para o mercado de trabalho. As AACs são desenvolvidas de forma presencial e a distância. A cada AAC realizada, é atribuída uma carga horária pré-definida, conforme a duração da mesma. As AACs, quando realizadas presencialmente, são programadas com antecedência e divulgadas aos alunos durante o período letivo vigente. Já as realizadas online, estão disponibilizadas para acesso e realização na sala de aula virtual dos alunos, por meio do Portal de Atividades Acadêmicas Complementares. As Atividades Acadêmicas Complementares previstas pelo Curso viabilizam a integração ensino, pesquisa e extensão e o desenvolvimento de ações de responsabilidade social, proporcionando aos alunos a vivência de situações que contribuem para o crescimento dos alunos como cidadãos e profissionais. Dessa forma, essas atividades buscam propiciar aos alunos: a) o incentivo à pesquisa e iniciação científica, através da inclusão de atividades do tipo: participação e apresentação de seminários, congressos, palestras e workshops; 38

b) a integração teoria e prática, por meio da oferta de oficinas e outras atividades práticas, realizadas sob a orientação de professores, tutores ou profissionais, em projetos realizados na Instituição ou externamente; c) a ampliação do universo cultural e artístico, mediante a realização de visitas a exposições, filmes, vídeos, festivais, etc.; d) o aperfeiçoamento acadêmico, propiciado pela realização de cursos que visam: ampliar o conhecimento geral, facilitar a atuação do aluno na profissão e/ou no mercado de trabalho, aprofundar o conhecimento referente à área de graduação do aluno; e) as experiências de monitoria; f) o contato com a realidade social, viabilizado pela participação nas atividades de extensão; g) o desenvolvimento da responsabilidade ambiental, propiciada pela presença em campanhas, visitas, etc., que têm este tema como eixo de estudo; h) a preparação para o mundo do trabalho, através de uma variedade de atividades complementares voltadas para a prática profissional (apresentação de produtos ou serviços de empresas, projetos de treinamento profissional, vivência profissional, etc.), que visam desenvolver competências como: empreendedorismo, iniciativa, liderança e habilidades para gerenciar mudanças; i) o desenvolvimento da responsabilidade e do compromisso social, por meio da participação em trabalhos voluntários, projetos comunitários e campanhas sociais, elaboradas e desenvolvidas pela Universidade Estácio de Sá ou por outras instituições sociais; j) o oferecimento de atividades concernentes às relações étnico-raciais. 2.9.6 EVOLUÇÃO DA MATRIZ CURRICULAR A matriz curricular do CST em Redes de Computadores vem sofrendo constantes atualizações desde o seu primeiro currículo, com o objetivo de adequar-se às demandas acadêmicas e de mercado. Tais mudanças referem-se a novas nomenclaturas e cargas horárias das unidades curriculares; oferecimento de novas certificações e novas unidades curriculares visando o aumento de empregabilidade dos alunos durante o curso. 39

A atualização é realizada a partir de estudos da Coordenação do Curso, do NDE e do Colegiado de Curso visando traçar os perfis profissionais necessários ao exercício das diferentes funções da área do CST em Redes de Computadores com o objetivo de adequar-se às demandas acadêmicas e de mercado. A organização curricular constitui parte do projeto pedagógico e é nela que se visualiza, de modo amplo, a estrutura de todo o curso; por consequência, explicita as concepções de mundo, ser humano, educação, conhecimento e sociedade, que dão identidade ao curso e à instituição da qual ele faz parte. Sendo assim, é um processo natural a qualquer curso que se faça revisão de seu currículo por diversos motivos, dentre os quais se destacam (entre outros): i) a natureza da área de conhecimento em questão, por sua volatilidade e constante atualização; ii) o conhecimento científico de forma geral, que evolui e rompe paradigmas, princípios e parâmetros; iii) as mudanças globais na sociedade e nas realidades regionais; iv) o aprimoramento da tecnologia em sua interface com o fazer acadêmico; v) as mudanças institucionais e as diretrizes do Projeto Pedagógico Institucional; vi) as modificações na legislação e nas Diretrizes Curriculares Nacionais. A atualização é resultado das análises dos membros do NDE, das sugestões do colegiado de curso e dos alunos e professores-tutores a distância. Através das avaliações internas CPA são analisadas as questões respondidas pelos alunos e professores-tutores a distância percebendo como o curso está tendo ou não satisfação e se está adequado às demandas acadêmicas e de mercado. O NDE e o Colegiado fazem uma análise dessa avaliação e propõem as mudanças que consideram pertinentes. Essas mudanças e adequações ocorrem sempre no final dos semestres letivos. Atendendo aos requisitos legais e normativos emanados pelo MEC o currículo do curso oferece a disciplina de Libras, de acordo com o Decreto nº5626/2005. Desenvolve também de forma transversal a temática da História e Cultura Afro Brasileira e Indígena inclusas nas disciplinas e atividades curriculares do curso de acordo com o disposto na Leinº11645 de 10/03/2008 e a Resolução CNE/CP nº 01/06/2004. 40

2.10 UTILIZAÇÃO DE LABORATÓRIOS PELO CURSO O Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores disponibiliza para os alunos laboratórios com softwares que possibilitam a realização de atividades práticas, proporcionando a esses alunos a fixação dos conteúdos das disciplinas específicas. Todavia, por se tratar de um curso a distância, os alunos podem instalar softwares livres em seus computadores pessoais, permitindo a prática dentro de suas possibilidades de estudo. O AVA provê aos alunos diversas formas (Central de Mensagens, Fóruns, Chats) de sanar suas dúvidas. De forma a atender ao Catálogo Nacional de Cursos, estão disponibilizados ao curso dois tipos de laboratórios físicos: o Laboratório de Informática contando com softwares específicos ao desenvolvimento do curso e o Laboratório Específico de Redes de Computadores que atende em um mesmo local físico as necessidades de: Arquitetura de Computadores, Infraestrutura e Redes de Computadores. A utilização destes laboratórios estão assim destinadas: Laboratório Laboratório de Informática Laboratório de Redes de Computadores, Arquitetura de Computadores e Infraestrutura Disciplina ALGORITMOS ADMINISTRAÇÃO DE REDES EM SOFTWARE LIVRE ADMINISTRAÇÃO DE REDES EM SOFTWARE PROPRIETÁRIO PROGRAMAÇÃO PARA SERVIDORES GESTÃO DA QUALIDADE EM PROJETOS GESTÃO DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO BANCOS DE DADOS PARA REDES ORGANIZAÇÃO DE COMPUTADORES SISTEMAS OPERACIONAIS REDES DE COMPUTADORES PROTOCOLOS DE REDES DE COMPUTADORES REDES DE COMPUTADORES REDES SEM FIO INFRAESTRUTURA DE REDES DE COMPUTADORES CABEAMENTO COMUNICAÇÃO DE DADOS COMUNICAÇÕES ÓTICAS PARA TRANSMISSÃO DE DADOS ELETRICIDADE ARQUITETURA DE SISTEMAS DISTRIBUIDOS ROTEAMENTO E COMUTAÇÃO REDES DE BANDA LARGA PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO PROTOCOLOS DE ROTEAMENTO ANÁLISE DE REDES REDES CONVERGENTES SEGURANÇA DE REDES DE COMPUTADORES 41

2.11 INTEGRALIZAÇÃO DO CURSO O Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores é integralizado em 2088 horas, distribuídas em 5 (cinco) semestres e, no máximo, 10 semestres letivos, acrescidos de 60 horas de Atividades Complementares. 2.12 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO Atendendo ao disposto na Lei nº 11788 de 25/09/2008, são oferecidos aos alunos regularmente matriculados neste curso oportunidades de candidatarem-se às vagas oferecidas pela Estácio Estágios e Empregos (3E), que mantém convênios com inúmeras empresas de diferentes portes e ramos de atividade. As normas para Estágio não obrigatório estão descritas no Regulamento Institucional para Estágio não Obrigatório desta Instituição. 2.13 FAMILIARIZAÇÃO COM A METODOLOGIA EM EAD (NIVELAMENTO INSTRUMENTAL) O programa de ambientação à metodologia apresenta-se como uma necessidade externa à matriz curricular deste curso, mas que é essencial para o acolhimento do aluno na modalidade EAD. Sua finalidade é a de orientar o aluno sobre o curso, sobre a navegação no ambiente, sobre as ferramentas de informação e comunicação e sobre a dinâmica de funcionamento dos processos de ensino e de aprendizagem, tanto na sala de aula virtual, do Campus Virtual e do polo de apoio presencial. Fazem parte do módulo introdutório as ações de apresentação do curso, de ambientação ao Campus Virtual e de recepção no polo de apoio presencial, por meio das aulas inaugurais. Além disso, os tutores presenciais do curso estarão disponíveis para apoiar os alunos nos esclarecimentos necessários quanto à metodologia EAD, orientando-os quanto ao uso e à aplicação dos recursos e meios envolvidos no processo de ensino e aprendizagem do modelo pedagógico do ensino a distância da Universidade Estácio de Sá. 2.13.1 APRESENTAÇÃO DO CURSO 42

A apresentação do curso é um tópico de conteúdo livre, disposto para todos os alunos no AVA. Nela constam os objetivos do curso, o perfil do egresso, a matriz curricular e outras informações pertinentes relativas ao curso. A apresentação do curso também faz parte do programa de recepção ao aluno no polo de apoio presencial, como será visto no item 2.12.3. 2.13.2 AMBIENTAÇÃO À SALA DE AULA VIRTUAL Produzido em duas versões (2D e 3D) 30, a ambientação à sala de aula virtual tem por objetivos i) apresentar a estrutura e os profissionais que atuam na produção e operação da EAD na instituição; ii) apresentar as ferramentas de comunicação que serão utilizadas ao longo do curso e iii) apresentar os eventos que compõem a frequência e os critérios de avaliação do curso; e iv) nivelar as habilidades técnicas e tecnológicas necessárias para a consecução das atividades acadêmicas. Quadro 6 Ambientação Como Estudar Online (versão 3D) A concepção desse módulo norteou-se a partir da necessidade de se prover um acolhimento inicial voltada para as tecnologias de comunicação e informação que são articuladas na sala de aula virtual, assim como prover uma familiarização à metodologia e ao modus operandi da EAD neste curso, assegurando a todos os alunos um ponto de partida comum e, ao mesmo tempo, garantindo um nivelamento no que se refere ao uso das TICs na modalidade EAD. 30 A oferta em duas versões tem por finalidade permitir o acesso ao módulo a alunos com conexão à internet de baixa ou alta velocidade, respectivamente. 43

Em termos de navegação, optou-se por uma metodologia de desenho didático que abriga um forte apelo visual aliado a uma sequência de simulações e tutoriais interativos 31, com ênfase nas linguagens visual e verbal, com alto grau de atratividade e navegabilidade, em formato de serious game 32 (versão 3D). Não obstante a ambientação à sala de aula virtual, percebeu-se a necessidade de fornecer ao aluno um ferramental básico para atividades relacionadas à apresentação de trabalhos acadêmicos e ao resultado de pesquisas, entre outros. Tal ferramenta é amplamente usada na entrega de trabalhos e na apresentação de aulas, por exemplo, assim como tem seu uso altamente difundido no meio profissional, em especial para apresentação de projetos 33. Adotou-se, nesse caso, a metodologia de simulação e tutorial, tal qual presente no módulo de ambientação. Quadro 7 Tela de conteúdo do curso livre PowerPoint Através do programa de ambientação à metodologia online, no qual constam a ambientação à modalidade/ambiente e ao software PowerPoint, entende-se que o aluno terá condições de suprir a carência natural oriunda da mudança de paradigma em termos de oferta de ensino (presencial para EAD), bem como a possibilidade de ambientar-se ao ferramental mais usual para apresentação de trabalhos acadêmicos. 31 Tomou-se o princípio guide me (guia-me) na concepção das simulações e tutoriais. 32 Serious Game é o nome que se dá a atividades voltadas para treinamento/educação, nas quais se utiliza o mesmo formato adotado nos jogos recreativos virtuais. 33 O software em questão é o PowerPoint, licenciado pela Microsoft e presente em todas as versões desse sistema operacional. 44

2.13.3 AMBIENTAÇÃO NO POLO DE APOIO PRESENCIAL O programa de recepção ao aluno tem por objetivo acolhê-lo no polo de apoio presencial e explicitar as atividades ali desenvolvidas, bem como apresentar o curso. Fazem parte deste programa as seguintes etapas: a) recepção do aluno pelo coordenador de polo e pelos tutores presenciais; b) visita guiada a todas as instalações do polo (secretaria, biblioteca, laboratório etc.); c) divulgação dos horários de tutoria e de atendimento; d) aula inaugural, cujo teor versa sobre a modalidade EAD, sobre o curso, sobre o ambiente virtual, sobre as etapas presenciais e sobre o modelo de tutoria presencial. Dois princípios regem o programa de recepção: o aprender a conviver e o aprender a aprender. O primeiro está refletido na recepção e integração dos alunos ao polo, bem como na formação de uma comunidade de aprendizagem que integre as etapas presenciais ao ambiente virtual, estabelecendo-se assim uma rede colaborativa e interpessoal. Em relação ao primeiro princípio, viabiliza-se 34 uma aula inaugural, em duas datas ou mais datas com o objetivo de integrar os alunos pertencentes ao polo, bem como familiarizar o discente ao corpo social, suas funções, horários de atendimento e a estrutura física disponibilizada aos alunos, tanto do polo quanto da IES que o sedia. O segundo princípio está refletido na explicação e na reiteração das ferramentas de ensino e de aprendizagem concebidos neste curso para a modalidade EAD, especialmente em relação ao funcionamento do AVA, bem como no permanente atendimento aos alunos para questões referentes à tecnologia. Nesse sentido, sob supervisão do coordenador de polo, haverá em cada laboratório o orientador de inclusão digital. Esse profissional estará presente nos laboratórios de informática dos polos, em dia e horário fixos, com a finalidade de promover a inclusão digital de estudantes e estimular sua autonomia em relação à interface e às funcionalidades/softwares utilizados no AVA, assim como orientar os alunos quanto ao suporte técnico da sala de aula virtual. 34 A Instituição viabiliza a Aula Inaugural que poderá contar com a participação presencial do aluno, de acordo com seu interesse e/ou disponibilidade de deslocamento. Para fomentar esta aula, o coordenador de polo envia mensagem-convite aos alunos. 45

2.14 PROGRAMA DE NIVELAMENTO ACADÊMICO As modalidades de nivelamento objetivam criar condições para que os alunos desenvolvam as habilidades e competências necessárias ao cumprimento das atividades propostas pelo curso. Com elas, pretende-se minimizar a deficiência de conhecimento apresentada pelos egressos do Ensino Médio. Desta forma, tais atividades destinam-se prioritariamente, mas não exclusivamente aos alunos do primeiro período deste curso. 2.14.1 PROGRAMA DE NIVELAMENTO ACADÊMICO NO AVA Como ação subsequente à familiarização com a metodologia EAD 35, o programa de nivelamento denominado Reforço Acadêmico tem por finalidade apresentar classes extracurriculares com ênfase às disciplinas e conhecimentos que permeiam (direta ou indiretamente) qualquer curso superior, as quais, notadamente, representam uma carência em termos de base acadêmica. Com esse programa, pretende-se oferecer ao corpo discente os conhecimentos básicos em disciplinas consideradas fundamentais aos estudos universitários. Quadro 8 Interface do Programa para a disciplina reforço acadêmico As aulas do Reforço Acadêmico são transmitidas via web 36, oferecidas de forma livre no AVA, e contam com material acadêmico complementar (exercícios de fixação, material do 35 Ação de nivelamento operacional da sala de aula virtual, conforme item 2.9) 36 A carga-horária de cada curso é de 20 horas, sendo 3 horas de transmissão via web para cada aula, somadas ao material complementar (leitura e exercícios). Todos os professores convidados para o programa possuem experiência em Ensino Médio. 46

professor etc.). Sua abordagem versa sobre os tópicos que apresentam maior dificuldade nas disciplinas Língua Portuguesa e Matemática, consideradas essenciais para qualquer formação superior 37. Quadro 9 Interface do programa para a disciplina Língua Portuguesa Dentre os benefícios do programa, vale destacar: a) o reconhecimento das limitações individuais, especialmente daqueles que concluíram há mais tempo o Ensino Médio; b) a função de ambientação para ingresso no ensino superior; c) o caráter de adesão voluntária, aberto a todos os alunos, sem qualquer ônus financeiro ou de progressão curricular (o programa fica disponível a todos, por toda a duração do curso); d) o sentimento de segurança por parte do aluno ao reconhecer o programa como uma ação institucional em prol da qualidade acadêmica. 37 Também consta o programa para a disciplina Cálculo nos cursos em que há exigência maior de base matemática. 47

3 ATENDIMENTO AO ALUNO A concepção do atendimento ao aluno prevê 4 (quatro) vertentes: a) atendimento voltado para os processos de ensino e de aprendizagem; b) atendimento voltado para a administração acadêmica; c) apoio psicopedagógico; d) atendimento para alunos com necessidades especiais. Neste momento, para fins explicativos, será descrito como o atendimento ao aluno foi concebido e quais são seus participantes diretos e indiretos. Quanto aos detalhes técnicos das tecnologias de informação e comunicação, estes serão discutidos no item Sistemas de Comunicação. 3.1 ATENDIMENTO VOLTADO PARA OS PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM O corpo docente que atua nos cursos de graduação na modalidade a distância da Universidade Estácio de Sá é especialmente capacitado, a partir de programas específicos 38, para atuar em ambientes virtuais de aprendizagem, bem como está habilitado a trabalhar em uma metodologia concebida para estimular os alunos a uma participação cooperativa e colaborativa. A particularidade da metodologia adotada pela UNESA preconiza fortemente o direcionamento do corpo docente, sob a supervisão do coordenador do curso, de forma a que todos os papéis exercidos pelo professor-tutor a distância sejam orientados para excelência. Ainda, há o objetivo primordial, em consonância com o projeto pedagógico da Instituição, de se valorizar o docente para que o padrão de qualidade do curso em questão seja respeitado, com vistas a criar uma identidade uníssona no planejamento pedagógico e na atuação docente. Concebeu-se, portanto, um modelo de tutoria (presencial e a distância) como uma etapa fundamental no acompanhamento e orientação dos alunos durante seu processo de aprendizagem, dentro de uma abordagem na qual o aprendiz é o agente do processo de 38 A Universidade Estácio de Sá criou o Programa de Incentivo à Qualificação Docente, com cursos de capacitação/aprimoramento para diversos fins. Dentre tais cursos, destacam-se os de Formação de professores para docência online e o de Formação de professores conteudistas. Para os tutores presenciais, as ações de capacitação/aprimoramento são permanentes, tanto presenciais quanto a distância. 48

construção do conhecimento. Esse trabalho deve potencializar o diálogo, a troca de saberes, a produção individual e coletiva dos discentes, bem como estimular uma interação cooperativa e colaborativa entre todos os envolvidos neste processo educativo. 3.1.1 MEDIAÇÃO/FACILITAÇÃO ACADÊMICA DO TUTOR A DISTÂNCIA O tutor a distância é um docente com formação acadêmica compatível com o plano de ensino da disciplina ao qual está vinculado e que possui domínio das técnicas indicadas para o desenvolvimento da ação docente nesta modalidade de ensino. Em termos práticos, é responsável pela condução didática da(s) disciplina(s). Nesse sentido, é o agente indispensável na rede de comunicação que vincula os alunos ao curso e à Instituição, pois possibilita a retroalimentação acadêmica e pedagógica do processo educativo, com vistas a desenvolver no corpo discente a autonomia, através do desdobramento do conteúdo e da mediação pedagógica entre o conhecimento teórico, sua aplicação prática e as particularidades desse conhecimento na formação acadêmico-profissional do aluno. Suas principais tarefas são a de mediar, facilitar, encaminhar e gerenciar o processo de aprendizagem, acompanhando as atividades do aluno no ambiente web, procurando sempre orientá-lo quanto ao desenvolvimento de estratégias de estudo autônomo, de estudo cooperativo e colaborativo e à melhoria do processo ensino-aprendizagem, sobretudo a partir dos conteúdos e experiências apresentados. Em termos de mediação, portanto, tem o tutor a distância o fórum de discussão 39 como principal interface na (re)construção do conhecimento, já que se trata de um espaço concebido para promover questionamentos e provocações entre os alunos, sempre sob a égide da cooperação e da colaboração em prol da aprendizagem. Nesse sentido, portanto, a mediação no fórum é concebida a partir de discussões e temas abordados nas aulas, com regras de participação, sob um viés de transversalidade em relação ao conteúdo das aulas. O tutor a distância, nesse diapasão, comenta, retifica, ratifica e sugere novos desdobramentos ao(s) questionamento(s) temático(s) a partir da postagem dos alunos. A participação dos alunos nos fóruns de discussão compõe parte da nota das avaliações somativas 40. 39 O Fórum de discussão, bem como outras ferramentas de interação, serão descritas no item Sistemas de Comunicação. 40 A composição da nota e outros aspectos referentes a composição da nota serão vistos no item Avaliação. 49

Vale apontar também que, no fórum de discussão de cada turma, o tutor a distância atua no sentido de valorizar o conhecimento e a experiência do discente, estabelecendo assim uma postura de mediação também voltada para o respeito às individualidades de cada aluno, bem como para desenvolver as limitações e reconhecer as particularidades regionais. Não obstante a ferramenta fórum de discussão, a mediação também ocorre em outras ferramentas: Anotações, Trabalhos a Concluir e Central de Mensagens 41. Na ferramenta Anotações, por sua vez, o tutor a distância atua a partir da observação dos registros produzidos pelos alunos relativos ao conteúdo das aulas, sejam esses registros criados por solicitação do professor-tutor a distância em uma determinada atividade, seja por uso autônomo do aluno ao usar tal ferramenta como auxiliar no processo de aprendizagem. A ferramenta permite comentários do professor-tutor a distância aos registros do aluno, bem como permite a disponibilização pública 42 de tais registros para todos os alunos da turma, estimulando, nesse caso, um emprego cooperativo da ferramenta. Finalmente, temos a ferramenta Trabalhos a concluir, uma interface do AVA com o intuito de cadastrar atividades acadêmicas 43, quando o plano de ensino assim o exigir. Sua dinâmica gira em torno da disponibilização da tarefa por parte do tutor a distância, e consequente postagem do trabalho por parte do aluno. Em termos de interação, a ferramenta disponibiliza espaço para comentários do professor-tutor a distância sobre a produção do aluno, permitindo assim um feedback interno, dentro da ferramenta, inclusive no caso de rejeição de trabalho, atribuindo-se assim um caráter de mediação individualizada à produção de conhecimento do aluno. Em termos de facilitação, o atendimento do tutor a distância ocorre preferencialmente por meio dos fóruns de discussão, central de mensagens e newsletter. Quanto ao primeiro canal, o fórum de discussão, trata-se de uma ferramenta de interação com a finalidade de promover a interlocução entre aluno-tutor a distância, aluno-aluno, objetivando a construção colaborativa do conhecimento, por meio de discussões sobre temas e conceitos abordados nas aulas e dúvidas surgidas, além de haver um tópico que busca a integração da turma (apresentação pessoal, informações pessoais etc.). 41 Sistema de comunicação assíncrona, cuja interface possibilita a troca de mensagens no formato de e-mail. 42 O aluno pode optar por disponibilizar publicamente seus registros, ou manter a individualidade, quando o acesso ao registro é exclusivo do autor (aluno) e do professor. 43 Nem todas as disciplinas deste curso possuem atividades cadastradas nesta ferramenta. 50

Quanto à Central de Mensagens, trata-se de um correio eletrônico interno, exclusivo ao AVA, com a finalidade de estabelecer comunicação direta entre aluno-tutor a distância, aluno-aluno. Em virtude de ser um canal de comunicação direto, individual, ele é tratado, em termos de comunicação, como uma ferramenta de atendimento administrativo, e não de conteúdo. A orientação dos tutores a distância é a de usar tal ferramenta como um canal facilitador para atendimento ou encaminhamento de questões relacionadas à administração acadêmica (como acerto de nota, questionamento sobre resultado da avaliação, dúvidas pontuais, situações especiais etc.). Finalmente, ainda em termos de facilitação, o tutor a distância online possui a sua disposição a ferramenta newsletter, canal de comunicação que permite envio de mensagens eletrônicas para os endereços eletrônicos pessoais dos alunos via AVA. O potencial de divulgação de informações sobre o curso, sobre a disciplina e sobre assuntos acadêmicos em geral é altamente ampliado, já que a concepção dessa ferramenta justamente é exteriorizar o canal interno (central de mensagens) de atendimento. 3.1.2 MEDIAÇÃO/FACILITAÇÃO ACADÊMICA DO TUTOR PRESENCIAL O tutor presencial atua diretamente no polo de apoio presencial junto aos estudantes. Com formação superior na área do curso, cabe ao tutor presencial auxiliar em atividades individuais ou em grupo, incentivar o hábito da pesquisa, servir de facilitador no uso das tecnologias disponíveis e participar de momentos presenciais obrigatórios. No que se refere à mediação, cabe ao tutor presencial auxiliar a fomentar o hábito da pesquisa, estimulando o corpo discente a fazer uso da biblioteca do polo e da biblioteca virtual para aprofundamento acadêmico, sob sua orientação, bem como esclarecer dúvidas em relação ao ambiente virtual de aprendizagem, as estratégias de estudo e a lidar com as especificidades da educação a distância previstas neste projeto. Também cabe ao tutor familiarizar o aluno com o material didático disponibilizado, atuando como facilitador na organização do estudo do aluno a partir da relação deste com as formas de entrega do conteúdo. Da mesma maneira ocorre com o ambiente virtual de aprendizagem, ao orientar o aluno sobre a sua navegação e uso da sala de aula virtual. 51

3.2 ATENDIMENTO VOLTADO PARA A ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA Para as ações e necessidades de cunho administrativo-acadêmico, o aluno tem a sua disposição canais de comunicação (virtuais e presenciais) para diversos fins, tais como abertura de requerimento, renovação de matrícula etc. Em virtude de o Sistema de Informações Acadêmicas (SIA) desenvolvido pela Universidade Estácio de Sá praticamente abordar todas as variáveis de ordem administrativa, os alunos são estimulados a usá-lo, evitando-se assim deslocamento desnecessário ao polo para tratar de ações relativamente simples, como consulta de nota e vista de prova, por exemplo. Como o acesso ao AVA já ocorre via Campus Virtual 44, a maioria dos alunos utiliza o sistema para tais fins. 3.2.1 SISTEMA DE INFORMAÇÕES ACADÊMICAS (SIA) O Sistema de Informações Acadêmicas (SIA) é um ambiente seguro no qual os alunos, através do seu login e senha, têm acesso ao cadastro, à consulta de notas, datas de prova, requerimentos, além de outras opções. Aos alunos é disponibilizada uma gama de serviços que os auxiliam no dia-a-dia acadêmico, mesmo estando distantes do polo de apoio presencial, uma vez que o SIA pode ser acessado de qualquer computador conectado à internet. Quadro 10 Tela do Campus Virtual, com acesso ao AVA e à Secretaria Virtual (SIA) 44 Interface geral de acesso seguro (login/senha), vinculada à home page institucional. 52

Através dele o aluno obtém diversas informações, pode fazer vários tipos de consultas acadêmicas e contato virtual com os setores da Universidade. Os tutores a distância, igualmente, têm acesso a todas as turmas em que lecionam, gerenciando-as também virtualmente. 3.2.2 SECRETARIA DO POLO DE APOIO PRESENCIAL A secretaria acadêmica do polo de apoio presencial conta com profissionais para atendimento presencial ao estudante, caso este tenha dificuldades ou dúvidas que não puderem ser resolvidas pela secretaria virtual. Dentre as macro atribuições da secretaria, além de atendimento ao aluno, estão as ações de coordenar, supervisionar e orientar a execução dos procedimentos administrativos, financeiros e acadêmicos dos alunos. Também compete à secretaria, sob supervisão do coordenador de polo, proceder à guarda, sigilo e atualização dos documentos relacionados às atividades acadêmicas do aluno, através do controle de arquivos e relatórios, durante o andamento do curso e até 5 (cinco) anos após o término. Ainda, compete à secretaria organizar documentos institucionais pertinentes aos cursos (portarias de autorização, reconhecimento, renovação de reconhecimento etc.), garantindo assim que todas as exigências legais sejam cumpridas. 3.2.3 FUNCIONALIDADE DE AUTOGESTÃO DO ALUNO Alguns aspectos relacionados diretamente à gestão acadêmico-administrativa do curso são disponibilizados no AVA para o aluno, facilitando assim a obtenção de informações sobre a progressão curricular, por exemplo. Nesse caso, o aluno pode visualizar as disciplinas já cursadas e as em andamento, bem como tempo de acesso, tempo de permanência por tópico de conteúdo etc. 53

Quadro 11 Tela histórico do AVA, disponibilizada no acesso inicial da sala de aula virtual A funcionalidade de autogestão para o aluno foi concebida para oferecer acesso a informações específicas sobre o andamento do curso, e também para evitar a necessidade de acesso a outros ambientes e/ou consultas desnecessárias à secretaria, permitindo assim uma integração entre as diversas interfaces disponibilizadas. 3.2.4 FUNCIONALIDADE DE AUTOGESTÃO DO TUTOR A DISTÂNCIA Paralelamente à autogestão do aluno, o tutor a distância conta também com algumas ferramentas desenvolvidas em parceria com o AVA para permitir melhor e maior controle sobre o desempenho dos alunos em termos quantitativos, bem como sobre o próprio desempenho do docente. Quadro 12 Interface de autogestão do tutor a distância (gauges), disponibilizada no acesso inicial ao AVA 54

A Universidade Estácio de Sá desenvolveu esse sistema de autogestão para os docentes que atuam na tutoria a distância (online), no qual constam o quantitativo de acesso esperado por docente, mensagens pendentes, trabalhos a serem corrigidos, postagens no fórum de discussão e acesso dos alunos. Uma ferramenta que possibilita ao coordenador de curso acompanhar os desempenho dos docentes ligados ao curso no atendimento dos alunos. 3.2.5 APOIO PSICOPEDAGÓGICO Quanto ao atendimento psicopedagógico, a Universidade Estácio de Sá proporciona, sob supervisão do curso de Psicologia, através do Núcleo de Apoio e Atendimento Psicopedagógico (NAAP) e do Serviço de Psicologia Aplicada (SPA), atendimento psicopedagógico, assistência psicoterápica e psicodiagnóstico. Tal atendimento ocorre por intermédio de compartilhamento com a estrutura já presente na IES que sedia o polo, sob supervisão do coordenador de polo. 3.2.6 ATENDIMENTO AOS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS Além das ações de acessibilidade presentes no AVA, em especial no conteúdo online e nas aulas transmitidas via web 45, o polo de apoio presencial deve adaptar-se às normas e princípios que garantem os direitos do aluno com necessidades educacionais especiais, integrando tal adaptação à política institucional da Universidade Estácio de Sá. Tal política busca manter a qualidade de ensino para todos os seus alunos de forma a assegurar aos alunos com necessidades educacionais especiais as condições necessárias para o seu pleno aprendizado. A materialização dessa política encontra-se no documento Política institucional para atendimento aos alunos com deficiência ou com dificuldades específicas de aprendizagem, base para a orientação de todo o corpo social que constitui o polo de apoio presencial. Este curso segue as sugestões e procedimentos recomendados no documento em questão, buscando criar um ambiente educacional que reconheça as possibilidades e as 45 As ações de acessibilidade relativas ao conteúdo online e às aulas transmitidas via web serão pormenorizadas no item material didático. 55

limitações dos alunos com necessidades educacionais especiais, garantindo, assim, a sua plena inclusão no processo educativo. 56

4 SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO O sistema de comunicação adotado neste curso tem por objetivo articular diversos canais de atendimento ao aluno para oferecer segurança, flexibilidade e agilidade nas diversas situações de comunicação inerentes à modalidade. No item anterior (item 3), foram descritas as dinâmicas de atendimento no AVA e no polo de apoio presencial, com ênfase aos aspectos didático-pedagógicos e aos aspectos acadêmico-administrativos. Abordou-se, ainda, situações específicas, como atendimento psicopedagógico e atendimento a alunos em condições especiais. Neste item, portanto, serão abordados os aspectos técnicos sobre o atendimento no AVA, bem como os canais de comunicação exteriores ao AVA e ao atendimento no polo de apoio presencial. 4.1 CANAIS DE COMUNICAÇÃO NO AVA Em termos técnicos, os canais de comunicação do AVA oferecem a possibilidade de interação entre dois ou mais atores, e tais possibilidades remetem à concepção de cada ferramenta em termos de instrumento para comunicação. 4.4.1 COMUNICAÇÃO ASSÍNCRONA NO AVA A comunicação assíncrona caracteriza-se pela não-simultaneidade, ou seja, a comunicação é emitida por uma pessoa e recebida/respondida por outra pessoa sem a necessidade de sincronia. Trata-se do tipo de comunicação mais amplamente utilizado neste curso e, ao mesmo tempo, de maior potencial acadêmico, pois permite estruturalmente a possibilidade de reflexão sobre a comunicação do outro, bem como a possibilidade de pesquisa/estudo para oferecer resposta, para interagir. a) Fórum de discussão - a estrutura do fórum é organizada a partir da criação de tópicos, que objetivam a discussão do conteúdo estudado, o esclarecimentos de dúvidas, a revisão para as provas e a integração dos alunos/tutores a distância. Ou seja, alguns 57

tópicos estão relacionados à concepção/discussão de cada disciplina, outros ligados à organização administrativa do curso/disciplina (tópicos de integração e tira-dúvidas, por exemplo). Por meio desses espaços dialógicos o tutor a distância se relaciona, se comunica e interage com a turma sob sua regência. A dinâmica do fórum inicia-se a partir da publicação do tópico e de seus dados de cadastro (como data de encerramento da discussão, por exemplo), dando-se início ao processo de postagens, as quais são encadeadas hierarquicamente por data de envio. A título de organização, a postagem do tutor a distância apresenta-se com destaque (fundo azul), e todos podem responder a todos, cabendo a possibilidade de edição da resposta somente ao autor da postagem, com exceção do tutor a distância, que pode editar qualquer postagem. Quadro 13 Interface de fórum de discussão O fórum de discussão, ainda, é uma ferramenta que permite a edição de textos em suas várias possibilidades (inserção de imagem, tabela, correção ortográfica etc.), bem como o acesso direto a outras ferramentas, como a Central de Mensagens. Além disso, a possibilita a impressão do histórico de discussões e comentários postados. b) Central de Mensagens em termos de atendimento ao aluno, trata-se da ferramenta mais utilizada, especialmente no que se refere a aspectos administrativo-acadêmicos e a comunicações individuais, particulares. A Central de Mensagens permite ao aluno 58

pesquisar usuários do AVA, facilitando assim a comunicação com outros alunos, com gestores acadêmicos, gestores do AVA, coordenadores e tutores a distância, inclusive com possibilidade de anexar arquivos nas mensagens. Para que tal possibilidade de múltiplos destinatários se efetive, a Central de Mensagens possui ferramenta de busca de usuários. Quadro 14 Interface da Central de Mensagens A Central de Mensagens é um sistema construído aos moldes de um correio eletrônico tradicional, com possibilidade de organização de mensagens em pastas, recuperação de mensagens excluídas, organização de grupos de destinatários/emissores, classificação por ícone de mensagem recebida etc. c) Newsletter Semelhante à Central de Mensagens, a ferramenta newsletter é um dispositivo de envio de mensagens que se particulariza pela possibilidade de envio por turma através do endereço eletrônico particular do aluno (sem necessidade de vínculo direto ao AVA). Tal particularidade permite ao tutor a distância manter-se no AVA e, ao mesmo tempo, comunicar-se com os alunos de uma determinada turma guardando-se sua inviolabilidade no campo destinatário, bem como a possibilidade de cópia oculta para garantir também a inviolabilidade do endereço eletrônico particular do aluno. Quadro 15 Interface da ferramenta Newsletter 59

A ferramenta Newsletter permite o envio de comunicados gerais e/ou comunicados a alunos que ainda não acessaram o AVA, já que possui um filtro específico para categorizar alunos ausentes ao AVA. Em termos técnicos, trata-se de uma comunicação um para todos, cuja resposta, propositadamente, deverá ocorrer pela ferramenta central de mensagem, mantendo-se assim o propósito de comunicar para entrar no ambiente. d) Central de Monitoramento - o tutor a distância utiliza a Central de Monitoramento, um aplicativo que permite que ele extraia, por meio de categorias pré-definidas e parametrizadas alguns filtros de informações que o auxiliam na gestão acadêmica de sua turma e no acompanhamento do processo de interação e participação dos alunos. Ou seja, por meio dessa interface o tutor a distância pode selecionar dentro de uma determinada turma quais são os alunos que não participarão do tópico X, que não realizaram um atividade Y, que não responderam aos exercícios de participação, que não acessaram a plataforma nos últimos N dias etc. Um aplicativo que o auxilia na gestão e no acompanhamento dos alunos. 60

Quadro 16 Interface da ferramenta Central de Monitoramento 4.4.2 COMUNICAÇÃO SÍNCRONA NO AVA A comunicação síncrona é o oposto da assíncrona, já que se caracteriza pela simultaneidade, ou seja, a comunicação é emitida por uma pessoa e recebida/respondida por outra imediatamente, mantendo-se assim a possibilidade de conversação on time. Trata-se do tipo de comunicação menos utilizado neste curso e, ao mesmo tempo, de menor potencial acadêmico, pois exige conexão simultânea entre os interlocutores. Vale ressaltar que a sincronia guarda um caráter de pessoalidade à comunicação, estabelecendo uma interlocução imediata, o que permite a sensação de aproximação e de conforto da interação simultânea, aos moldes do que ocorre no ensino presencial, diminuindo assim o sentimento de isolamento que pode ser um fator de desmotivação para o aluno na modalidade EAD. Eventualmente, tal ferramenta pode ser usada em atividades acadêmicas nas quais se exige interlocução imediata, como nas vésperas de avaliação, por exemplo. a) Chat no AVA No AVA, o chat funciona a partir de agendamento prévio ou por atendimento individual. No primeiro caso, a funcionalidade agendamento customiza o acesso ao chat a partir de filtros, como disciplina e turma. No segundo caso, não há necessidade de agendamento prévio, cabendo ao tutor a distância abrir a ferramenta para atendimento particular, mediante demanda, para alunos que se 61

encontram online no ambiente, em simultaneidade ao tutor a distância. Para o aluno há um destaque no ícone da funcionalidade presente na sala de aula virtual, indicando a presença do tutor da turma. Quadro 17 Interface da ferramenta chat no ambiente do tutor a distância (online) O mesmo ocorre para os alunos que querem conversar com colegas via chat, já que há a possibilidade de verificar quem está online. Quadro 18 Interface da ferramenta chat ( colegas online ) no ambiente do aluno 62

4.5 CANAIS DE COMUNICAÇÃO EXTERNOS AO AVA O atendimento externo ao AVA para o aluno da modalidade a distância na Universidade Estácio de Sá conta com diversos canais de comunicação, como a central geral de atendimento telefônico, uma linha 0800 para atendimento a alunos de todo o Brasil e atendimento via mensagem eletrônica, através do portal da Instituição. No polo de apoio presencial, o atendimento é feito pela secretaria do polo. 4.5.1 COMUNICAÇÃO VIA TELEFONIA Através do portal Estácio na internet 46, bem como em todas as comunicações externas realizadas pela instituição (outdoor, publicidade, cartazes etc.), o aluno tem acesso às linhas telefônicas disponíveis para atendimento 47. Uma delas trata de chamadas locais oriundas da cidade sede da Universidade Estácio de Sá, e a outra trata de chamadas das demais localidades. O atendimento via telefonia está disponível de segunda a sexta-feira, de 08h às 20h; e aos sábados, de 8h às 18h. A Central de Atendimento Telefônico é treinada especialmente para atender as particularidades de alunos, especialmente no que se refere a processos administrativoacadêmicos e dúvidas gerais sobre a modalidade e a progressão acadêmica. Além de treinamento 48, foi criado um protocolo de script com padrão de categorização para os operadores da central de atendimento 4.5.2 COMUNICAÇÃO VIA MENSAGEM ELETRÔNICA Além do telefone, o aluno também possui a sua disposição o atendimento via mensagem eletrônica, disponível na página da internet. Aos moldes do telefone, a emissão de mensagem para atendimento segue script de categorização para produção do comunicado, no qual há um protocolo de filtragem para maior clareza do chamado, a partir das seguintes 46 As informações existem também na Sala Virtual, via ícone Fale Conosco. 47 Central de atendimento 3231-0000 (Rio de Janeiro - capital), 0800 282 3231 (demais regiões). 48 Os treinamentos são permanentes, com periodicidade trimestral. 63

premissas: a) identificação do remetente; b) assunto da mensagem; c) região/polo; d) curso; e) especificação do chamado. 4.5.3 COMUNICAÇÃO AVANÇADA Como a Central de Atendimento se presta a um protocolo de primeiro nível (que enseja a resolução para a maioria dos chamados), há também um serviço interno, denominado atendimento avançado, no qual os operadores são especializados em EAD e atendem diretamente dentro da sede da Diretoria de Educação a Distância da Universidade. O objetivo do atendimento avançado é o de assistir o aluno quando os canais de atendimento originários necessitam de uma intervenção técnica especializada. Quando isso ocorre, o operador da central de atendimento transfere o chamado para o operador técnico avançado, o qual assume o atendimento ao aluno. O atendimento avançado permite a resolução de todos os chamados, desde dúvidas relacionadas à administração acadêmica, quanto dúvidas relacionadas à utilização do AVA e à dinâmica de funcionamento do curso. 64

5 MATERIAL DIDÁTICO Conforme explicitado nos itens referentes à metodologia (item 1.5 e seguintes), o material didático adotado neste curso concretiza a metodologia de convergência de meios na entrega do conteúdo, de forma a facilitar a construção do conhecimento e garantir o desenvolvimento de habilidades e competências específicas. Para tal, o material didático deste curso foi concebido de forma a integrar um conjunto de mídias compatível com a concepção de educação deste curso e da modalidade EAD. O processo de elaboração do design instrucional deste curso resultou no desenvolvimento de aulas transmitidas via web, dos tópicos de Orientações de Estudo, existentes dentro do conteúdo online das disciplinas, dos livros customizados (material didático), textos online, hipertextos, vídeos, estudos de casos, jogos, animações, projetos e outras atividades relacionadas com a realidade do estudante. Todos os materiais educacionais e atividades propostas encontram-se baseados nas metodologias e estratégias de ensino atuais e, em consonância, com as práticas encontradas no mercado de trabalho de acordo com o perfil do egresso que se deseja formar. O quadro abaixo explicita a concepção da convergência de meios adotada neste curso, através de uma visão esquemática. Quadro 19 Visão esquemática da metodologia de convergência de meios na entrega de conteúdo 65

5.1 MATERIAL DIDÁTICO ONLINE Quanto ao conteúdo online, o aluno encontra, na sala de aula virtual, o desdobramento do conteúdo de forma interativa, com o uso de diversas ferramentas pedagógicas adequadas ao meio em que são veiculadas, especialmente pela utilização de objetos de aprendizagem, arquitetados juntamente com o hipertexto, de modo a permitir novas perspectivas de arquitetura da informação na integração entre os outros meios que disponibilizam o conteúdo das disciplinas constantes na grade curricular deste curso. Todas as disciplinas deste curso possuem 10 aulas interativas, construídas em base HTML com objetos de aprendizagem em flash e outras linguagens, de modo a garantir dialogicidade e interatividade na exploração do conteúdo programático. A construção do material didático online integra a atuação do docente responsável pela produção dos textos originais (professor conteudista) junto à atuação dos demais atores do processo de elaboração das aulas: designers instrucionais, web designers, programadores, ilustradores, revisores; todos especializados na concepção técnica de produção de conteúdo online em ambientes virtuais de aprendizagem. O quadro abaixo explicita o fluxo de produção do conteúdo online. Quadro 20 Fluxo de produção do conteúdo online No fluxo de produção do material online, há diversos pontos de checagem, denominados controle de qualidade, de modo a garantir vários eventos de pré-testagem da 66