Prof. Cássio Marques da Silva 2015 TRIBUTOS Modalidades 1
MODALIDADES DE TRIBUTOS Como vimos tributo seria a receita do Estado, que pode estar ou não vinculada a uma contra-prestação. Entretanto existem modalidades distintas para a arrecadação destes recursos, a saber: Impostos; Taxas; Contribuições; Empréstimos compulsórios; IMPOSTO Segundo o CTN é um tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 2
IMPOSTO Podem ser classificados pela incidência: Sobre o comércio exterior II IE Sobre produção e circulação IPI ICMS Sobre renda e patrimônio IR IPVA CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS DIRETOS: são aqueles em que o valor econômico da obrigação tributária é suportado exclusivamente pelo contribuinte sem que o ônus seja repassado para terceiros. Os impostos diretos incidem sobre o patrimônio e a renda, e são considerados tributos de responsabilidade pessoal. Exemplo: IRPF, IRPJ, IPTU, ITR, IPVA e etc. 3
CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS INDIRETOS: são aqueles em que a carga financeira decorrente da obrigação tributária é transferida para terceiros ficando o sujeito passivo obrigado a recolher o respectivo valor, mas o ônus fica transferido para outrem. CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS Os impostos indiretos são aqueles que incidem sobre a produção e a circulação de bens e serviços e são repassados para o preço, pelo produtor, vendedor ou prestador de serviço. Exemplo: IPI e ICMS. 4
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA A CF (Constituição Federal), permite a cada ente da federação instituir os impostos de sua competência. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Impostos Federais II - Imposto sobre importação IE - Imposto sobre exportação IR - Imposto de renda e provento de qualquer natureza IPI - Imposto sobre produtos industrializados IOF - Imposto sobre operações financeiras ITR - Imposto sobre propriedade territorial rural 5
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Impostos Federais II - Imposto sobre importação IE - Imposto sobre exportação IR - Imposto de renda e provento de qualquer natureza IPI - Imposto sobre produtos industrializados IOF - Imposto sobre operações financeiras ITR - Imposto sobre propriedade territorial rural COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Impostos Estaduais ITCD - Transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens e direitos ICMS - Operações relativo à circulação de mercadoria e sobre prestação de serviços de transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação IPVA - Imposto sobre propriedade de veiculo automotores 6
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Impostos Estaduais ITCD - Transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens e direitos ICMS - Operações relativo à circulação de mercadoria e sobre prestação de serviços de transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação IPVA - Imposto sobre propriedade de veiculo automotores COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Impostos Municipais IPTU Imposto sobre propriedade predial e territorial urbano ISSQN Imposto sobre serviços de qualquer natureza ITBI Imposto sobre transmissão de bens imóveis por ato oneroso "inter vivos" 7
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Impostos Municipais IPTU Imposto sobre propriedade predial e territorial urbano ISSQN Imposto sobre serviços de qualquer natureza ITBI Imposto sobre transmissão de bens imóveis por ato oneroso "inter vivos" TAXA É a modalidade escolhida pela Constituição para permitir a cobrança, pelo Estado, de valores por ele despendidos em função de uma atividade sua. Consiste na cobrança que a administração faz em troca de algum serviço público, atentando-se que neste caso, há um destino certo para a aplicação do dinheiro. 8
TAXA Diferentemente do imposto, a taxa não possui uma base de cálculo e seu valor depende do serviço prestado. Exemplo: taxa de iluminação pública, taxa de limpeza pública, taxa de emissão de CND municipal, taxa de emissão de nota fiscal avulsa, etc. ESPÉCIES DE TAXAS As taxas podem ser divididas em duas espécies segundo seus fatos geradores, a saber: Serviço Público; Poder de Polícia; 9
ESPÉCIES DE TAXAS Serviço Público: há que se observar-se que o serviço público prestado deve ser específico e divisível. Dizem-se específicos os serviços que podem ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilização ou de necessidades públicas, e divisíveis, quando passíveis de utilização separadamente por parte de cada um dos usuários. ESPÉCIES DE TAXAS Em suma seria a prestação efetiva de serviço público específico e divisível, utilizado de forma efetiva ou de forma potencial pelo contribuinte. 10
ESPÉCIES DE TAXAS Atente-se para que de forma potencial indica que não há necessidade de o usuário ou o destinatário do serviço vir a fazer efetivo uso dele. A pura e simples colocação de um serviço público à disposição do cidadão já proporciona ao Estado o direito de arrecadar as taxas. Isso decorre do caráter tributário das taxas. Elas são impostas por força de lei. ESPÉCIES DE TAXAS Outro ponto é que a taxa tem de manter correspondência com o custo do serviço prestado - é o chamado caráter indenizatório, segundo o qual fica proibido o Estado de valer-se das taxas como forma de auferir receitas não ligadas ao serviço prestado. 11
ESPÉCIES DE TAXAS Poder de polícia: é toda atividade, preventiva ou repressiva, exercida pela Administração com o propósito de disciplinar o exercício dos direitos individuais, de molde a compatibilizá-lo com o exercício de outros direitos dessa natureza, ou até mesmo com igual direito de outras pessoas. ESPÉCIES DE TAXAS Embora essa atividade vise o bem comum, a Administração, toda vez que se vir compelida a atuar através de medidas concretas, como, por exemplo, concedendo alvarás, interditando estabelecimentos, fiscalizando certas atividades e a publicidade na paisagem urbana, poderá impor ao administrado uma taxa pelo exercício do poder de polícia. 12
CONTRIBUIÇÕES As contribuições são também modalidades de tributos e se dividem em dois tipos: Contribuição de melhoria Contribuições especiais ou sociais CONTRIBUIÇÕES Contribuição de melhoria: cobrada pelas esferas públicas, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada, e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Exemplo: asfaltamento de uma rua que valoriza o imóvel. 13
CONTRIBUIÇÕES ATENÇÃO: Quando existir desvalorização imobiliária: à luz do art. 145, par. 1, da Constituição, não deve haver tributação. Não houve o fato gerador, que é a valorização imobiliária. CONTRIBUIÇÕES Contribuições especiais: compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. As contribuições especiais possuem finalidade e destino certo, definidos na lei que institui cada contribuição. Exemplo: INSS, SENAC, SESI, CRC, OAB. 14
CONTRIBUIÇÕES Apesar de apenas a União ter competência para instituir contribuições, a Constituição Federal prevê que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistema de previdência e assistência social. Exemplo: LavrasPrev (Previdência dos funcionários públicos municipais de Lavras) EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS É uma espécie de tributo cobrado pela União, previsto sua instituição somente em casos excepcionais dividindo-se assim em dois tipos: Ordinário: no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional; Extraordinário: para atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; 15