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Transcrição:

ESTUDOS DE MERCADO Brasil Minas Gerais Belo Horizonte CM CONSULTORIA 1

SUMÁRI O I. CENÁRIO SOCIOECONÔMICO... 4 1. Contexto Demográfico...4 2. Contexto Empresarial...5 3. Domicílios Urbanos e Classe Social...6 4. Potencial de Consumo Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte...7 5. Algumas Considerações...9 II. CONTEXTO EDUCACIONAL... 10 1. Contexto da Educação Básica... 10 2. Contexto do Ensino Superior Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte... 13 2.1 Ampliação das Instituições de Ensino Superior IES...13 2.2 Quantitativo de cursos...15 2.3 Ampliação no quantitativo de vagas...16 2.4 Análise comparativa do quantitativo de candidatos...18 2.5 Análise comparativa do quantitativo de ingressantes...19 2.6 Ampliação no número de matrículas...21 2.7 Ampliação no quantitativo dos concluintes...22 2.8 Análise dos processos seletivos...24 III. ANÁLISE DO DESEMPENHO DAS MAIORES IES... 25 1.1 Ranking das 10 maiores IES privadas Brasil...25 1.2 Ranking das 10 maiores IES privadas Minas Gerais...27 1.3 Ranking das 10 maiores IES privadas Belo Horizonte...28 IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS... 29 3

I. CENÁRIO SOCIOECONÔMICO A análise dos indicadores econômicos e sociais apresentada neste estudo considerou, em especial, o estado de Minas Gerais, mais especificamente sua capital Belo Horizonte, correlacionando a às principais variáveis sociais e econômicas e tendo presente ainda os dados nacionais. Ressalta se que as informações em análise, baseiam se em informações disponíveis nos principais institutos de pesquisas socioeconômicas do país, referendados no documento. O produto interno bruto (PIB) mineiro cresceu 93% em termos reais no período de 1975 e 1996. Em igual período, o Brasil registrou o crescimento de 65%. Esse relevante desempenho verificou se, sobretudo, no setor de transformação e nos serviços industriais de utilidade pública. Na indústria extrativa mineral, a supremacia mineira perdurou até 1980, quando o país passou a explorar, entre outras, as jazidas do complexo Carajás. Entretanto, em 1999, o estado ainda respondia por 53% do valor da produção mineral brasileira do setor de metálicos. Minas Gerais é atualmente (2009) a terceira economia do Brasil. O produto interno bruto do Estado, que representa 9,6% do PIB do país, tem apresentado taxas superiores à média nacional nos últimos anos. Conta ainda com uma economia diversificada, na qual vem ganhando cada vez mais espaço o segmento de serviços, que responde por cerca de 59,98% do PIB. O setor industrial representa 32,01%, enquanto a agropecuária é responsável pelos 8,01% restantes. O Estado de Minas Gerais tem a segunda maior rede de ensino público do Brasil, com 5,3 milhões de alunos em salas de aula e investe 29,4% da arrecadação no setor de educação, o que representa R$ 4,86 bilhões, apresentando, no ensino superior mais de 289 instituições. O atendimento à saúde ocorre com os mais de 700 hospitais, gerais e especializados, distribuídos em todas as regiões do Estado e visa à regionalização com o programa de saúde preventiva, composto por 3.623 equipes de saúde que atendem aproximadamente 64,8% do território estadual. O governo tem intensificado a atuação na gestão do meio ambiente trabalhando a gestão dos recursos hídricos, a melhoria da qualidade ambiental, a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento florestal. 1. Contexto Demográfico A área de abrangência do estado de Minas Gerais perfaz 586.528 Km 2, dos quais o município de Belo Horizonte ocupa 331 km 2 (0,06% do território estadual). A população estimada de Minas Gerais em 2008 foi de 19,5 milhões, dos quais 2,5 milhões de habitantes (10,5%) são de Belo Horizonte, e se concentram em sua totalidade na área urbana, segundo dados do IPC Target 1. Neste contingente populacional, o estado de Minas Gerais tem o predomínio do sexo feminino, com 50,8% do total da população, frente a 49,2% do contingente masculino, no município de Belo Horizonte, o sexo feminino é mais representativo, a proporção de mulheres é de (52,7%), frente à população masculina, que é de (47,3%). Quanto à faixa etária, tanto em âmbito nacional, quanto estadual e municipal, o quantitativo de pessoas com idades entre 30 e 49 anos é o que prevalece. No estado de Minas Gerais, essa proporção chega a 28,5% e no município, a proporção aumenta para 30,7%. Nota se que a representatividade das faixas etárias (20 a 29 anos e 30 a 49 anos), representa 50,0% da população. 1 Informações segundo o IPC Target 2008 Brasil em foco. 4

Estes indicadores se revelam como fatores determinantes para o progresso regional do município mineiro quando associados ao índice de alfabetização que em 2008, abrangeu 88,8% da população, na capital Belo Horizonte, superior ao índice estadual que é de 82,5%, sendo ainda superior a média nacional, que é de 80,3%. Da mesma forma, outro aspecto preponderante é a densidade demográfica de Belo Horizonte que se posiciona no patamar de 7.409,3 habitantes por km 2. O crescimento demográfico atingiu 1,33% ao ano, acima da média estadual (1,13%) e da média nacional, (1,22%). A tabela a seguir, apresenta os dados populacionais do Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte: Tabela 1. População Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte, 2008. População Brasil Minas Gerais Belo Horizonte Dados (% ) Dados (% ) Dados (% ) Área (km 2 ) 8.502.017 586.528,5 6,9% 331 0,06% População 187.114.369 19.581.542 10,5% 2.452.126 12,5% Urbana 155.968.290 83,4% 16.565.669 84,6% 2.452.126 100,0% Rural 31.146.079 16,6% 3.015.873 15,4% 0,0% Gênero Homens 91.517.469 48,9% 9.640.471 49,2% 1.158.790 47,3% Mulheres 95.596.900 51,1% 9.941.071 50,8% 1.293.336 52,7% Faixa Etária 0 4 anos 15.562.575 8,3% 1.496.379 7,6% 192.639 7,9% 5 9 anos 16.714.123 8,9% 1.640.293 8,4% 174.525 7,1% 10 14 anos 17.072.264 9,1% 1.730.499 8,8% 176.859 7,2% 15 19 anos 17.217.822 9,2% 1.801.152 9,2% 207.113 8,4% 20 29 anos 34.043.070 18,2% 3.504.957 17,9% 474.441 19,3% 30 49 anos 52.081.636 27,8% 5.581.390 28,5% 752.587 30,7% Mais de 50 anos 34.422.879 18,4% 3.826.872 19,5% 473.962 19,3% Alfabetizada 150.239.196 80,3% 16.157.753 82,5% 2.177.438 88,8% Crescimento demográfico (% a.a.) 1,22 1,13 1,33 Densidade demográfica (hab/ km 2 ) 22,01 33,39 7.409,3 Fonte: IPC Target, 2008. 2. Contexto Empresarial O perfil empresarial do estado de Minas Gerais, segundo a distribuição por setores econômicos, é direcionado à prestação de serviços (39,0%), em seguida as atividades do comércio (46,8%) e as da indústria (12,9%). Na capital mineira, ocorre a concentração nas áreas de prestação de serviços e comercial, com 103.956 empresas registradas. Destas empresas, 62.704 estão inseridas no segmento de prestação de serviços e 34,6% vinculadas ao comércio. A representatividade do setor industrial e da área de agribusiness totaliza apenas 12,7% na economia do município. A representatividade destes setores econômicos, em âmbito nacional, se apresenta em igual linha de participação percentual. A tabela que segue detalha os percentuais de participação dos principais setores da economia, considerando o Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte, em 2008. No caso do município de Belo Horizonte, a prestação de serviços gerais responde por 68,5% e a indústria em geral apresenta 57,2%. Nota se que na área comercial, o varejo é mais significativo, respondendo por 83,9% do número de estabelecimentos do respectivo setor. 5

Tabela 2. Setores Econômicos Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte, 2008. Setores Brasil Minas Gerais Belo Horizonte Dados (% ) Dados (% ) Dados (% ) Indústria 692.775 11,8% 87.624 12,9% 13.602 11,4% Serviços 2.381.296 40,6% 265.277 39,0% 62.704 52,6% Agribusiness 63.464 1,1% 9.382 1,4% 1.606 1,3% Comércio 2.723.475 46,5% 318.206 46,8% 41.252 34,6% Total 5.861.010 680.489 119.164 Detalhamento dos Setores Brasil Minas Gerais Belo Horizonte Dados (% ) Dados (% ) Dados (% ) Serviços de Saúde 137.344 5,8% 16.232 6,1% 3.628 5,8% Agências Bancárias 17.842 0,7% 1.805 0,7% 379 0,6% Educação 113.682 4,8% 12.756 4,8% 2.521 4,0% Administração Pública 20.416 0,9% 2.765 1,0% 232 0,4% Atividades Financeiras 87.431 3,7% 7.821 2,9% 2.674 4,3% Correios e Telecomunicações 24.797 1,0% 2.688 1,0% 455 0,7% Transporte 233.868 9,8% 28.625 10,8% 3.404 5,4% Alojamento/Alimentação 354.284 14,9% 41.247 15,5% 6.470 10,3% Serviços em Geral 1.391.632 58,4% 151.338 57,0% 42.941 68,5% Indústria Extrativa 18.031 2,6% 4.649 5,3% 242 1,8% Construção 150.184 21,7% 16.583 18,9% 5.389 39,6% Reciclagem 6.089 0,9% 642 0,7% 94 0,7% Prod./Distr.Eletric/Gás/Água 9.793 1,4% 1.058 1,2% 100 0,7% Indústria em Geral 508.678 73,4% 64.692 73,8% 7.777 57,2% Comércio Atacadista 304.953 11,2% 34.083 10,7% 6.632 16,1% Comércio Varejista 2.418.522 88,8% 284.123 89,3% 34.620 83,9% Fonte: IPC Target, 2008. 3. Domicílios Urbanos e Classe Social Segundo o dicionário Houaiss 2, classe social é definida como grupo ou camada de pessoas numa sociedade estratificada, que se caracterizam por seu nível de vida, seus direitos ou privilégios e, em especial, pelo papel que desempenham na produção econômica. A classificação da ABEP 3 Associação Brasileira de Estudos Populacionais segundo o critério padrão de classificação econômica brasileira (CCEB 2008) delimita e subdivide essas classes sociais no padrão alfanumérico: Tabela 3. Classes por renda Brasil, 2008. Classes (CCEB2008) Renda Familiar Média Classe A1 R$ 13.680,00 Classe A2 R$ 8.930,00 Classe B1 R$ 4.408,00 Classe B2 R$ 2.470,00 Classe C1 R$ 1.444,00 Classe C2 R$ 912,00 Classe D R$ 608,00 Classe E R$ 342,00 Fonte: TARGET Brasil em Foco 2008. 2 Dicionário eletrônico Houaiss versão 1.0. 3 Critério Padrão de Classificação Econômica Brasil/2008 elaborado em Junho/07, em vigor desde Janeiro/08. 6

É importante ressaltar que a ABEP levou em consideração algumas variáveis, além do critério econômico, como o número de automóveis, aparelhos de TV em cores, rádios, número de banheiros, quantidade de empregadas domésticas, posse de máquina de lavar roupa, geladeiras e freezers, vídeo cassete ou DVD, além do nível de instrução do chefe de família. Assim, apesar da classificação, a ABEP reconhece que não existem cortes naturais na distribuição de renda, bem como uma única técnica para encontrar os cortes corretos, sendo os critérios de separação, de acordo com a conveniência do usuário. Estes critérios servem apenas para mensuração no estudo econômico de uma determinada localidade. Neste sentido, analisando o número de domicílios urbanos de Minas Gerais e sua correlação com a faixa de renda da população, observou se que dos mais de 4,8 milhões de domicílios, 24,1% são habitados por famílias/pessoas que se enquadram na faixa de renda da classe (C1). Em seguida, a classe (C2) apresenta maior representatividade. No município de Belo Horizonte, dos 736.872 domicílios, a maior representatividade é da classe social (C1) (23,8%), diferentemente da classificação estadual, a segunda classe com mais representatividade quanto à renda, é a classe (B2). A média brasileira de domicílios urbanos quanto a faixa de renda, enquadra se na classe (C1) e em seguida, a classe (C2). A tabela a seguir, apresenta detalhadamente os números de domicílios urbanos (Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte) e o enquadramento, segundo a faixa de renda da população. Tabela 4. Domicílios urbanos por classe social Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte, 2008. Faixa de Renda Brasil Minas Gerais Belo Horizonte A1 330.465 0,7% 29.308 0,6% 10.613 1,4% A2 1.771.257 3,9% 162.331 3,3% 53.715 7,3% B1 4.115.531 9,0% 401.892 8,2% 94.014 12,8% B2 8.830.984 19,4% 934.926 19,1% 167.371 22,7% C1 10.474.805 23,0% 1.178.767 24,1% 175.169 23,8% C2 10.386.036 22,8% 1.127.904 23,1% 122.707 16,7% D 8.882.620 19,5% 964.673 19,7% 104.946 14,2% E 838.830 1,8% 87.737 1,8% 8.337 1,1% Total 45.630.528 100,0% 4.887.538 736.872 Fonte: IPC Target, 2008. 4. Potencial de Consumo Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte Outro aspecto analisado no presente estudo foi o índice de potencial de consumo (IPC) de Minas Gerais e Belo Horizonte em comparação com a média nacional. Este indicador traduzse da participação percentual no potencial total de consumo da população, e, considerando que o potencial de consumo nacional é de 100%, foi possível estabelecer o índice de participação relativa de Minas Gerais e Belo Horizonte. A tabela a seguir, destaca o índice IPC e o consumo per capita do Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte no ano de 2008. Tabela 5. Índice IPC Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte, 2008. CONSUMO Brasil Minas Gerais Belo Horizonte Índice Potencial de Consumo 100 10,30 1,91 Consumo per capita urbano R$ 10.550,79 R$ 10.185,87 R$ 13.583,63 Consumo per capita rural R$ 3.083,87 R$ 3.541,01 R$ 0,00 Fonte: IPC Target, 2008. Nota se que o IPC relativo a Minas Gerais é de 10,30, ou seja, para cada R$ 100,00 7

gastos na economia brasileira, R$ 10,30 são gastos no estado mineiro. Já o consumo per capita da população urbana apurado foi de R$ 10.185,87 ao ano. Na capital mineira, estima se que para cada R$ 100,00 gastos na economia brasileira, R$ 1,91 são gastos em Belo Horizonte, sendo o consumo per capita de R$ 13.583,63, acima da média brasileira e estadual. Outra análise em destaque é a que se refere ao percentual de consumo considerando a classe social e sua relação com os domicílios e as despesas da população urbana e a faixa de renda. Observou se que a classe social (A2) é a que despende maior remuneração com matrículas e mensalidades escolares (4,7%), sendo que a modalidade de despesas (33,1%) ocupa o primeiro lugar no orçamento familiar. Em seguida, a classe (A1) é a mais representativa nesse sentido, ao despender 4,1% da remuneração com matrículas e mensalidades e 48% com despesas em geral. Ressalta se que, se por um lado, a faixa de renda predominante do município de Belo Horizonte é a classe (C1), o potencial de consumo revela que as maiores despesas concentram se na manutenção do lar, restando às matrículas e mensalidades escolares a 7ª posição. A tabela que segue detalha o consumo da população, estratificada por classe social: Tabela 6. Consumo e despesas da população urbana Belo Horizonte, 2008. Belo Horizonte Classes A1 A2 B1 B2 C1 C2 D E Alimentação no domicílio 5,5% 8,6% 13,5% 16,3% 16,7% 21,3% 23,1% 24,7% 13,6% Alimentação fora do domicílio 3,1% 4,3% 4,9% 5,2% 5,1% 5,3% 4,2% 3,9% 4,7% Bebidas 0,7% 0,9% 1,3% 1,4% 1,3% 1,7% 1,8% 1,6% 1,2% Manutenção do lar 16,4% 19,1% 23,9% 25,0% 27,9% 28,1% 28,3% 33,9% 23,4% Artigos de limpeza 0,4% 0,5% 0,7% 1,0% 1,0% 1,2% 1,4% 1,4% 0,8% Mobiliários e artigos do lar 1,3% 1,5% 1,6% 1,9% 2,1% 2,4% 2,6% 2,4% 1,8% Eletrodomésticos e equipamentos Total 1,1% 1,4% 1,8% 2,0% 1,9% 2,1% 2,6% 3,2% 1,8% Vestuário confeccionado 2,3% 3,0% 3,9% 4,2% 4,2% 4,3% 4,1% 4,2% 3,7% Calçados 0,8% 1,2% 1,6% 1,8% 1,7% 1,7% 1,6% 1,4% 1,5% Outras despesas com vestuário 0,3% 0,5% 0,4% 0,3% 0,3% 0,3% 0,5% 0,2% 0,4% Transportes urbanos 0,7% 1,8% 2,5% 2,8% 3,6% 2,8% 2,2% 2,3% 2,4% Gastos com veículo próprio 4,4% 5,2% 5,2% 3,4% 2,7% 2,3% 1,1% 0,8% 4,1% Higiene e cuidados pessoais 0,8% 1,4% 2,0% 2,1% 2,5% 2,1% 1,9% 2,1% 1,9% Gastos com medicamentos 1,5% 2,1% 2,8% 2,9% 2,6% 3,1% 4,5% 3,8% 2,6% Outras despesas com saúde 2,7% 3,8% 3,6% 3,1% 2,8% 2,2% 2,8% 1,5% 3,2% Livros e material escolar 0,5% 0,8% 0,8% 1,0% 1,0% 1,5% 1,2% 1,3% 0,9% Matrículas e mensalidades 4,1% 4,7% 2,5% 0,9% 1,6% 0,5% 0,2% 0,2% 2,5% Despesas com recreação e cultura 2,2% 2,4% 2,2% 2,0% 1,4% 1,2% 1,0% 0,7% 2,0% Despesas com viagens 3,0% 3,5% 2,3% 2,0% 1,8% 1,3% 1,3% 1,2% 2,4% Fumo 0,2% 0,3% 0,5% 0,8% 0,8% 0,8% 0,8% 0,9% 0,6% Outras despesas 48,0% 33,1% 22,0% 19,9% 17,1% 13,8% 12,9% 8,4% 24,6% Consumo urbano (em bilhões) Fonte: IPC Target, 2008. 2,29 8,53 7,37 7,14 4,66 2,06 1,17 0,06 33,30 8

5. Algumas Considerações A economia mineira tem sido impulsionada pelos setores da indústria, serviços e agropecuária e segundo os resultados econômicos do Estado, ao longo de 2008, nota se um índice de crescimento acima da média nacional, mesmo com queda no quarto trimestre de 2008. No aspecto demográfico, analisadas as principais considerações em relação ao estado mineiro, observa se que a população chega a mais de 19 milhões de habitantes, dos quais 9,2% são jovens com idades entre 15 e 19 anos, e, a renda per capita soma R$ 10.185,87. A população estimada do município de Belo Horizonte soma 2,5 milhões de habitantes, 12,5% em relação ao total estimado em âmbito estadual, sendo que 8,4% são jovens com idades entre 15 e 19 anos. Acima da média nacional, a renda per capita de Belo Horizonte, enquadra se predominantemente entre as classificações de renda (B2 e C1), que, juntamente com os demais itens em análise, apresentam forte propensão populacional à demanda por serviços educacionais. 9

II. CONTEXTO EDUCACIONAL A análise em foco revela a importância da educação superior para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil, sendo a formação profissional, via ensino superior, um instrumento de mobilidade e condicionante para minimizar as desigualdades sociais. Assim, a análise dos indicadores educacionais, subsidiada pelos censos da educação básica e superior, não é apenas informativa, mas imprescindível para a construção de tendências do cenário educacional, em especial no ensino superior. Portanto, revisitar as informações de 2007 e conhecer as de 2008, não pode ser visto apenas como um exercício de atualização de conhecimentos sobre o ensino brasileiro, mas como subsídio indispensável para a construção de um modelo de tendência educacional. 1. Contexto da Educação Básica A divulgação do Censo da Educação Básica 2008 demonstra que as matrículas do ensino básico cresceram 0,4%, frente a 2007, atingindo 53,2 milhões de alunos. É importante observar que o setor de educação profissional, apesar de representar menos de 1,5% do total de matrículas, apresentou o crescimento de 14,7%, frente a 2007. A tabela a seguir, apresenta as matrículas da educação básica no Brasil, entre os anos de 2007 e 2008 e os percentuais de crescimento. Tabela 7. Matrículas da educação básica Brasil, em 2008. Modalidades de Educação Básica Matrículas / Ano 2008 (a) 2007(b) (a/ b) Total Educação Básica 53.232.868 53.028.928 0,40% Educação Infantil 6.719.261 6.509.868 3,20% Creche 1.751.736 1.579.581 10,90% Pré escola 4.967.525 4.930.287 0,80% Ensino Fundamental 32.086.700 32.122.273 0,10% Ensino Médio 8.366.100 8.369.369 0,00% Educação Profissional 795.459 693.610 14,70% Educação Especial 319.924 348.470 8,20% Educação de Jovens e Adultos 4.945.424 4.985.338 0,80% Ensino Fundamental 3.295.240 3.367.032 2,10% Ensino Médio 1.650.184 1.618.306 2,00% Fonte: MEC/Inep/Deed. Outro aspecto a ser avaliado é o número de matrículas nas escolas públicas e privadas. Ressalta se que as escolas privadas apresentaram o crescimento de 11,2% nas matrículas em 2008, com relação a 2007, enquanto que o ensino público apresentou queda de 1,1% no número de matrículas, considerando o mesmo período. A tabela a seguir, apresenta o número de matrículas na educação básica, considerando os setores públicos e privados, no período de 2007 e 2008. 10

Tabela 8. Comparação das matrículas da educação básica setores públicos e privados Brasil, em 2007/2008. Modalidade Educação Básica Matrículas na Educação Básica Total Público Privado 2008 2007 % 2008 2007 % 2008 2007 % 53.232.868 53.028.928 0,40% 46.131.825 46.643.406 1,10% 7.101.043 6.385.522 11,20% Educação Infantil 6.719.261 6.509.868 3,20% 4.993.259 4.948.390 0,90% 1.726.002 1.561.478 10,50% Ensino Fundamental 32.086.700 32.122.273 0,10% 28.468.696 28.928.605 1,60% 3.618.004 3.193.668 13,30% Ensino Médio 8.366.100 8.369.369 0,00% 7.395.577 7.472.301 1,00% 970.523 897.068 8,20% Educação Profissional 795.459 693.610 14,70% 363.808 321.644 13,10% 431.651 371.966 16,00% Educação Especial 319.924 348.470 8,20% 114.449 124.358 8,00% 205.475 224.112 8,30% Educação de Jovens e Adultos 4.945.424 4.985.338 0,80% 4.796.036 4.848.108 1,10% 149.388 137.230 8,90% Fonte: MEC/Inep/Deed. Destaca se que na educação básica, as matrículas do ensino médio e da educação de jovens e adultos (EJA) influenciam diretamente as matrículas do ensino superior. A partir deste cenário, nota se que matrículas do ensino médio se mantiveram estáveis nos anos de 2007 e 2008, ocorrendo apenas um pequeno crescimento de 2% nas matrículas da educação de jovens e adultos. Visando a uma análise comparativa, a tabela a seguir detalha as matrículas no ensino médio brasileiro, por estado e região, tornando evidente essa estabilidade nos anos de 2007 e 2008 na maioria dos estados e regiões. Destaca se que as regiões sudeste e nordeste apresentaram maiores números de matrículas e crescimento de 0,7% e 0,4% respectivamente. As regiões centro oeste, norte e sul apresentaram quedas de 2,9%, 2,1% e 0,3% nas matrículas, respectivamente. Tabela 9. Matrículas no ensino médio Brasil, em 2007/2008. Unidade da Federação Matrículas 2008 2007 % Brasil 8.366.100 8.369.369 0,00% Norte 714.883 730.499 2,10% Rondônia 60.428 58.595 3,10% Acre 33.113 30.625 8,10% Amazonas 159.656 149.479 6,80% Roraima 17.146 16.835 1,80% Pará 337.815 368.320 8,30% Amapá 35.733 35.771 0,10% Tocantins 70.992 70.874 0,20% Nordeste 2.537.615 2.526.311 0,40% Maranhão 327.197 316.401 3,40% Piauí 185.688 181.765 2,20% Ceará 408.992 404.240 1,20% R. G. do Norte 155.414 158.115 1,70% Paraíba 154.209 155.277 0,70% Pernambuco 440.247 437.669 0,60% Alagoas 128.931 130.453 1,20% Sergipe 86.858 87.062 0,20% Bahia 650.079 655.329 0,80% Sudeste 3.375.414 3.353.266 0,70% Minas Gerais 834.368 846.225 1,40% Espírito Santo 139.984 140.780 0,60% Rio de Janeiro 656.228 642.769 2,10% 11

Unidade da Federação Matrículas 2008 2007 % São Paulo 1.744.834 1.723.492 1,20% Sul 1.143.534 1.147.062 0,30% Paraná 472.244 469.094 0,70% Santa Catarina 241.941 237.358 1,90% R. G. do Sul 429.349 440.610 2,60% Centro Oeste 594.654 612.231 2,90% Mato Grosso do Sul 91.055 94.566 3,70% Mato Grosso 148.055 146.753 0,90% Goiás 264.267 272.561 3,00% Distrito Federal 91.277 98.351 7,20% Fonte: MEC/Inep/Deed. Ressalta se que a educação de jovens e adultos EJA (ensino fundamental) é destinada à população jovem acima de 15 anos e para o EJA (ensino médio) direciona se a população jovem com idade acima dos 18 anos. Assim, o número de matrículas no EJA (principalmente no ensino médio), pode ser compreendido como fonte expressiva de matrículas para o ensino superior. Neste sentido, o quantitativo das matrículas da educação de jovens e adultos (EJA) leva em consideração os alunos que pretendem obter o diploma do ensino fundamental e os que desejam o diploma de ensino médio, apresentando queda de 0,8% em 2008, com relação ao ano anterior. Esse declínio é decorrente da baixa de 2,1% no número de matrículas do ensino fundamental, apesar do crescimento de 2,0% nas matrículas do ensino médio. O crescimento de 2,0% nas matrículas do EJA (ensino médio) demonstra o interesse da população em ampliar a qualificação estudantil, podendo a graduação tecnológica se tornar foco das IES, no oferecimento da formação profissional. Tabela 10. Matrículas na educação de jovens e adultos Brasil, 2007/2008. Unidades da Federação Ensino Médio Matrícula Educação de Jovens e Adultos Ensino Fundamental 2008 (a) 2007 (b) (a/b) 2008(c) 2007(d) (c/d) Brasil 1.650.184 1.618.306 2,00% 3.295.240 3.367.032 2,10% Norte 124.849 122.834 1,60% 405.474 435.212 6,80% Rondônia 31.844 30.471 4,50% 41.858 41.936 0,20% Acre 10.315 11.467 10,00% 19.448 22.027 11,70% Amazonas 20.168 20.375 1,00% 76.643 85.797 10,70% Roraima 7.486 8.962 16,50% 7.506 8.251 9,00% Pará 40.067 36.082 11,00% 225.429 236.513 4,70% Amapá 5.467 5.113 6,90% 17.815 18.263 2,50% Tocantins 9.502 10.364 8,30% 16.775 22.425 25,20% Nordeste 342.290 338.707 1,10% 1.427.199 1.474.281 3,20% Maranhão 26.709 21.454 24,50% 178.446 190.142 6,20% Piauí 9.811 9.085 8,00% 98.945 100.080 1,10% Ceará 52.362 71.433 26,70% 177.384 199.495 11,10% R. G. do Norte 13.352 10.534 26,80% 85.039 97.725 13,00% Paraíba 35.856 32.415 10,60% 115.130 116.056 0,80% Pernambuco 36.237 31.982 13,30% 240.925 240.760 0,10% Alagoas 12.357 8.944 38,20% 92.776 93.179 0,40% Sergipe 14.250 13.967 2,00% 51.812 56.944 9,00% Bahia 141.356 138.893 1,80% 386.742 379.900 1,80% Sudeste 828.200 795.574 4,10% 996.909 975.690 2,20% Minas Gerais 155.706 138.218 12,70% 236.227 225.154 4,90% Espírito Santo 32.192 33.392 3,60% 35.933 33.239 8,10% Rio de Janeiro 181.749 144.844 25,50% 272.061 263.759 3,10% São Paulo 458.553 479.120 4,30% 452.688 453.538 0,20% Sul 213.174 225.708 5,60% 277.684 293.457 5,40% 12

Unidades da Federação Ensino Médio Matrícula Educação de Jovens e Adultos Ensino Fundamental 2008 (a) 2007 (b) (a/b) 2008(c) 2007(d) (c/d) Paraná 77.205 84.140 8,20% 107.993 113.012 4,40% Santa Catarina 65.156 67.977 4,10% 62.097 67.147 7,50% R. G. do Sul 70.813 73.591 3,80% 107.594 113.298 5,00% Centro Oeste 141.671 135.483 4,60% 187.974 188.392 0,20% M. G. do Sul 33.635 32.269 4,20% 48.235 45.020 7,10% Espírito Santo 33.847 32.960 2,70% 57.937 58.261 0,60% Goiás 37.088 41.595 10,80% 47.466 51.453 7,70% Distrito Federal 37.101 28.659 29,50% 34.336 33.658 2,00% Fonte: MEC/Inep/Deed. 2. Contexto do Ensino Superior Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte O censo da educação superior 2007, divulgado pelo INEP apresentou dados educacionais imprescindíveis para estudos de mercado e análises de demandas, fornecendo informações quantitativas a serem trabalhadas pelo segmento do ensino superior brasileiro. Observa se que o cenário educacional vem se consolidando ao longo da última década, associado ao aumento do market share educacional, da criação de grandes redes e grupos educacionais, promovendo mudanças expressivas no setor. Ressalta se que a presente análise retrata informações anteriores a 2007, porém estima se que em 2009, o ensino de graduação apresenta um quantitativo de matrículas bem mais expressivo, pois os comunicados relevantes 4, divulgados pelas maiores redes de ensino superior, revelam que algumas já ultrapassaram a barreira psicológica de mais de 200 mil matrículas no primeiro semestre de 2009. Os gráficos que seguem apresentam os dados do censo do ensino superior 2007 e uma breve análise, em especial, em relação ao Brasil, estado de Minas Gerais e município de Belo Horizonte, objeto de estudo deste trabalho. 2.1 Ampliação das Instituições de Ensino Superior IES Atualmente, existem 319 IES no estado de Minas Gerais, representando 13,98% das 2.281 IES brasileiras. Na capital minera existem 49 IES, que representam 2,1% do total nacional e 16,36% da IES do estado. Nota se que, entre os anos 2000 e 2007, houve significativa evolução na oferta dos serviços educacionais tanto no âmbito nacional, quanto no âmbito regional, já que o estado de Minas Gerais apresentou a expansão de 136% no número de IES e o município de Belo Horizonte, 104% no período. O gráfico a seguir, apresenta a evolução do número de IES e percentuais de crescimento no período de 2000 a 2007. 4 Anhanguera Educacional, Estácio Participações, Kroton Educacional e SEB Educacional. 13

Gráfico 1. Evolução das IES Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte, 2000/2007. BRASIL 93% MINAS GERAIS 136% BELO HORIZONTE 104% Em relação ao crescimento de IES, no período de 2000 a 2007, o processo de interiorização no estado de Minas Gerais justifica se pela expansão de 88% das escolas públicas, já que o município de Belo Horizonte não apresentou registros de implantação de novas instituições. As IES privadas apresentaram o crescimento de 143% no âmbito estadual, ficando superior aos 132% de crescimento na capital mineira. A tabela a seguir, apresenta a ampliação no número de IES, (Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte), considerando a variável localização (capital e interior), bem como a categoria (pública e privada). Tabela 11. Evolução no número de IES Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte, 2000/2007. BRASIL 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2000/2007 CAPITAL 435 510 592 665 719 769 811 825 90% INTERIOR 735 881 1.045 1.194 1.294 1.396 1.459 1.456 98% PÚBLICA 176 183 195 207 224 231 248 249 41% PRIVADA 1.004 1.208 1.442 1.652 1.789 1.934 2.022 2.032 102% ESTADO DE MINAS GERAIS 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2000/2007 ESTADO 135 160 202 265 289 311 319 319 136% PÚBLICA 17 18 17 23 25 30 32 32 88% PRIVADA 118 142 185 242 264 281 287 287 143% CIDADE DE BELO HORIZONTE 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2000/2007 CAPITAL 24 28 34 40 47 49 48 49 104% PÚBLICA 5 5 5 5 5 5 5 5 0% PRIVADA 19 23 29 35 42 44 43 44 132% Destaca se ainda a ampliação das IES em Belo Horizonte. No período de 2000 a 2007, houve um crescimento de 132%, (IES privadas), passando de 19 IES em 2000 para 44 IES, em 2007. O gráfico a seguir, ilustra essa evolução do número de IES públicas e privadas em Belo Horizonte, considerando o período em análise. 14

Gráfico 2. Evolução das IES públicas e privadas Belo Horizonte, 2000/2007. PRIVADA 132% PÚBLICA 0% 2.2 Quantitativo de cursos Observa se que o censo educacional de 2007 registrou a existência de 23.488 cursos de graduação no Brasil, o que sugere um crescimento de 122%, se comparado a oferta registrada pelo censo educacional de 2000. Da mesma forma, o estado de Minas Gerais, apresentou o crescimento de quase 200%, quando comparado à quantidade de cursos registrada no censo educacional de 2000 com os dados apresentados pelo censo de 2007, passando de 974 para 2.856 cursos. No município de Belo Horizonte, foi possível mensurar um crescimento de 171% na oferta de cursos de graduação, passando de 168 cursos em 2000, para 455 cursos em 2007. O gráfico a seguir apresenta essa evolução de cursos, tanto em âmbito nacional quanto em âmbito estadual e municipal. Gráfico 3. Evolução no número de cursos Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte, 2000/2007. BRASIL 122% MINAS GERAIS 193% BELO HORIZONTE 171% 15

Ainda em relação à evolução da oferta de cursos de graduação em Belo Horizonte, no período de 2000 a 2007, as IES públicas apresentaram crescimento de 26% na oferta de cursos. No que se refere às IES privadas, houve crescimento de 245% e nota se um foco diretamente relacionado à demanda do mercado de trabalho, que busca formação mais específica, rápida e que exija menor investimento. Gráfico 4. Evolução no número de cursos, IES públicas e privadas Belo Horizonte, 2000/2007. PRIVADA 245% PÚBLICA 26% 2.3 Ampliação no quantitativo de vagas A ampliação do número de vagas no ensino superior brasileiro apresentou o crescimento de 132%, no período de 2000 a 2007. Nota se que em 2007, foram disponibilizadas 2.823.942 vagas no âmbito nacional. A forte ampliação no quantitativo de vagas também é observada em âmbito estadual, que apresentou expansão de 194% no período em análise, quando em 2000, foram ofertadas 87.404 vagas e em 2007, 256.635 vagas. Especificamente, em Belo Horizonte, observou se que a ampliação no número de vagas é ainda maior, com crescimento de 219%, oferecendo em 2007, 76.165 vagas. O gráfico a seguir, apresenta essa evolução no número de vagas no Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte, no período de 2000 a 2007. 16

Gráfico 5. Evolução do número de vagas Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte, 2000/2007. BRASIL 132% MINAS GERAIS 194% BELO HORIZONTE 219% A expansão do número de vagas, considerando o âmbito privado das IES de Belo Horizonte demonstrou que as 70.019 vagas ofertadas em 2007, contribuíram para o crescimento de 287% no período 2000 a 2007. Já o número de vagas ofertadas pelas instituições públicas no mesmo período possibilitou o crescimento de 6% apenas. O gráfico a seguir, ilustra a ampliação de vagas nas IES públicas e privadas, em Belo Horizonte, no período 2000/2007. Gráfico 6. Evolução das vagas IES públicas e privadas, Belo Horizonte, 2000/2007. PRIVADA 287% PÚBLICA 6% 17

2.4 Análise comparativa do quantitativo de candidatos No âmbito nacional, o censo educacional de 2007 aponta a existência de 5.191.760 candidatos, o que permite mensurar uma evolução de 29%, considerando os dados apresentados a partir do censo educacional de 2000. Em Minas Gerais, o crescimento de 25%, um pouco aquém da média brasileira, colaborou para que o número de candidatos saísse de 426.299 alunos em 2000, para 531.675 alunos em 2007. Especificamente em Belo Horizonte, registrou se o número de 179.717 candidatos em 2007, permitindo apontar um crescimento de apenas 5%, no período de 2000 a 2007. O gráfico a seguir, apresenta essa evolução do número de candidatos no Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte. Gráfico 7. Evolução dos candidatos, Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte, 2000 a 2007. BRASIL 29% MINAS GERAIS 25% BELO HORIZONTE 5% O gráfico a seguir, apresenta essa evolução do número de candidatos em Belo Horizonte e os percentuais de crescimento (IES publicas e privadas), no período em análise (2000 2007). Ressalta se que do total de candidatos em Belo Horizonte, 103.273 pertencem aos processos seletivos das IES privadas e 76.444 participaram da seleção nas IES públicas. Apesar da evolução de 26% nos processos seletivos das IES privadas, nota se que após 2004, ocorre paulatina redução no número de candidatos. A mesma redução ocorre nas IES públicas, que apresentaram decréscimo de 14% no crescimento, considerando o período em análise. 18

Gráfico 8. Evolução dos candidatos IES públicas e privadas, Belo Horizonte, 2000/2007. PRIVADA 26% PÚBLICA 14% 2.5 Análise comparativa do quantitativo de ingressantes A evolução na quantidade de ingressantes nas IES brasileiras apresentou no período 2000 a 2007 um crescimento de 65%. Em 2007, o censo educacional registrou o ingresso de 1.481.955 alunos no ensino superior. No âmbito estadual, o quantitativo de ingressantes quase que dobrou no período em análise, ao apresentar o crescimento de 92%, perfazendo 150.484 alunos em 2007. Apesar da forte expansão do período, percebe se que ocorre redução pontual no número de ingressantes entre 2006 e 2007, e que pode tornar se uma tendência. O mesmo ocorre na capital mineira, quando o número de ingressantes quase que dobrou no período em análise, ao apresentar o crescimento de 93%, subsidiado pela evolução da demanda dos 23.182 alunos em 2000 à 44.851 alunos em 2007. O gráfico que segue apresenta essa evolução, no período 2000/2007, considerando o Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte. 19

Gráfico 9. Evolução dos ingressantes, Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte, 2000/2007. BRASIL 65% MINAS GERAIS 92% BELO HORIZONTE 93% Ainda em relação ao quantitativo de ingressantes no ensino superior, nota se que em Belo Horizonte, no ano de 2007, houve 38.830 alunos ingressantes nas IES privadas e somente 6.021 nas IES públicas. Considerando o período em análise (2000 2007), estes números revelam o crescimento de 124% no ensino privado, muito além da evolução do crescimento de 3% dos ingressos nas IES públicas. O gráfico a seguir apresenta essa evolução em Belo Horizonte. Gráfico 10. Evolução dos ingressantes IES públicas e privadas Belo Horizonte, 2000/2007. PRIVADA 124% PÚBLICA 3% 20