DECISÃO. O Ministério Público Federal apresentou contraminuta, pugnando pela manutenção integral da medida liminar.



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Transcrição:

8 2 1 100 PODER JUDICIÁRIO RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL REYNALDO FONSECA RELATOR CONVOCADO : JUIZ FEDERAL RONALDO CASTRO DESTÊRRO E SILVA AGRAVANTE : CONSELHO FEDERAL DE EDUCACAO FISICA - CONFEF ADVOGADO : ANDREA ESTEVES KUDSI RODRIGUES AGRAVADO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL PROCURADOR : ALAN ROGERIO MANSUR SILVA DECISÃO Trata-se de agravo de instrumento interposto pelo CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA - CONFEF, em face de decisão que, em sede de ação civil pública, deferiu o pedido de tutela antecipada para determinar aos Requeridos que suspendam imediatamente, no Estado do Pará, a restrição ao campo de atuação dos profissionais graduados em cursos de Licenciatura em Educação Física, passando e emitir as correspondentes carteiras profissionais sem a inscrição Atuação em Educação Básica. Sustenta o Agravante, em síntese, que, tendo em vista as diferenças substanciais quanto à duração e à carga horária mínimas e quanto ao conteúdo curricular especificamente direcionado a diversas áreas de atuação profissional, não há direito do graduado em um curso de licenciatura para a educação básica em obter o registro perante o Conselho Profissional com a categoria de bacharel para a área não formal, e vice-versa. Ao final, requer seja atribuído efeito suspensivo ao presente agravo, a fim de determinar a manutenção da restrição imposta ao campo de atuação de profissionais graduados em cursos de licenciatura em educação física. O Ministério Público Federal apresentou contraminuta, pugnando pela manutenção integral da medida liminar. Isso posto, decido. Ao exame do pleito recursal, tenho por autorizada a censura pretendida para a decisão agravada. A questão posta nos autos cinge-se à legalidade do ato oriundo do Conselho Federal de Educação Física que, segundo o Agravado, restringiu a atuação dos graduados em cursos de licenciatura apenas à área de educação básica (escolar). Segundo o entendimento dos Tribunais Regionais Federais, não há direito do graduado em curso de licenciatura para a educação básica em obter o registro perante o conselho profissional com a categoria de bacharel para a área não formal (não-escolar, como academias, clubes, etc), tendo em vista as diferenças substanciais relativamente à duração e à carga horária mínima exigidas, bem como ao conteúdo curricular especificamente direcionado aos cursos de bacharelado e de licenciatura, na área de Educação Física.

verbis: Nesse sentido, confiram-se julgados do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, A DMINISTRATIVO. CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA. REGISTRO. LICENCIATURA PLENA. ÁREA DE ATUAÇÃO. RESTRIÇÃO. EDUCAÇÃO BÁSICA. RESOLUÇÕES DO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO Nº 1/2002 E Nº 7/2004. 1. Trata-se de apelação interposta face sentença proferida nos autos da ação ordinária ajuizada contra o CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTA e o CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, objetivando a autora que estes sejam condenados a indenizá-la pelos danos morais e materiais sofridos, além de ser o segundo réu compelido a fornecer carteira profissional que habilite a autora a exercer a licenciatura plena. 2. Como causa de pedir, sustenta a autora que, no início de 2002, ingressou em Curso de Licenciatura Plena de Educação Física oferecido pela primeira ré. Informa, ainda, que, desde o início do curso ouvia rumores de que o curso não seria reconhecido e que talvez o mesmo não fosse certificado como bacharelado. Ao longo de toda a inicial, a requerente elenca diversos comportamentos da primeira ré que considera equivocados. Afirma, ainda, que, após um ano de formada, procurou o segundo réu para a obtenção de seu registro profissional, ocasião em que foi informada que sua carteira seria expedida somente para a área de educação básica. Diante de tal panorama a autora procurou a primeira ré, a qual lhe informou que esta deveria cursar mais um ano de faculdade para obter a possibilidade de licenciatura plena. Todavia, a autora entende que faz jus à obtenção de carteira profissional que a habilite ao exercício da licenciatura plena, sem o cumprimento de mais ano de curso. 3.In casu, a autora entende ter direito à habilitação enquadrada na primeira modalidade de formação, de Licenciatura de Graduação em Educação Física, com base na Resolução CFE nº 03 de 1987. Contudo, a mesma ingressou no curso de Licenciatura em 2002, estando enquadrada na segunda modalidade de formação, a "nova" Licenciatura de Graduação em Educação Física, conforme a Resolução CNE/CP nº 01 de 2002, que veio para instituir as diretrizes da Licenciatura. Desta forma, a autora não poderá atuar em todas as áreas de Educação Física, estando sua atuação restrita ao Ensino Básico. 4. Recurso desprovido. (TRF2ª Região, AC 200851010161712, Desembargador Federal POUL ERIK DYRLUND, - OITAVA TURMA ESPECIALIZADA, 23/03/2011) ADMINISTRATIVO - LICENCIATURA PLENA - EDUCAÇÃO FÍSICA - ÁREA DE ATUAÇÃO - RESTRIÇÃO - EDUCAÇÃO BÁSICA. LEI Nº 9394/98 - RESOLUÇÃO CREF/01 Nº 042/2006 - REGISTRO DE DIPLOMA - RESOLUÇÃO DO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO Nº 03/87 - RESOLUÇÕES DO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO Nº 1/2002 E Nº 7/2004. 1- De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Educação Física, de 18/02/2004, o curso de Licenciatura em Educação Física passou a formar profissionais exclusivamente para a Educação Básica, ou seja, para atuar nas escolas de Educação Infantil e do Ensino Fundamental e Médio, bem como para desempenhar atividades de planejamento, coordenação e supervisão de atividades pedagógicas do sistema formal de ensino. 2 - O licenciado poderá também atuar em pesquisas relacionadas ao ensino e suas interfaces com outras áreas de estudo. Entretanto, os novos

licenciados não podem atuar em academias, clubes e outros espaços nãoescolares. 3 - O Bacharelado em Educação Física forma profissionais para a área não-escolar (clubes, academias, centros comunitários, hotéis, associações recreativas, empresas e outros). Seu objetivo é formar o profissional de Educação Física para atuar no planejamento, orientação e avaliação de programas de atividades físicas e saúde para grupos de crianças, jovens, adultos e idosos em condições saudáveis ou integrantes de grupos especiais (com fatores de risco, portadores de deficiência, gestantes e outros). 4 - A habilitação dos profissionais de Educação Física está segmentada de acordo com a divisão amparada em lei, de modo que os portadores de licenciatura não têm direito a registro, perante o Conselho, em todos os seguimentos abertos para os que cursaram a grade curricular completa. 5 - O Curso de Educação Física ministrado ao autor concedeu-lhe a formação em licenciatura de graduação plena, habilitando-o ao exercício de professor da educação básica. Corretamente que no seu registro profissional conste a atuação "educação básica". 6 - Precedentes: AC nº 2009.51.01.019618-4/RJ - Relator D.F. Guilherme Couto - E-DJF2R:14/12/2010; AC nº 2008.51.01.017160-2 - Relator D. F. Poul Erik Dyrlund - DJU 03/08/2009; TRF da 3ª Região - AC 0007935-90.2009.4.03.6100/SP -Relator D. F. Marcio Moraes - DE 26/10/2010. 7- Apelação desprovida. Sentença mantida. (TRF2ª Região, AC 200851010083350, Desembargador Federal FREDERICO GUEIROS, - SEXTA TURMA ESPECIALIZADA, 18/03/2011) CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA. LEI Nº 9394/98. RESOLUÇÃO CREF/01 Nº 042/2006. REGISTRO DE DIPLOMA. RESOLUÇÃO DO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO Nº 03/87. RESOLUÇÕES DO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO Nº 1/2002 E Nº 7/2004. -A habilitação dos profissionais de Educação Física está segmentada de acordo com a divisão amparada em lei, de modo que os portadores de licenciatura não têm direito a registro, perante o Conselho, em todos os seguimentos abertos para os que cursaram a grade curricular completa. -Apelação desprovida. (TRF2ª Região, AC 200951010196184, Desembargador Federal GUILHERME COUTO, - SEXTA TURMA ESPECIALIZADA, 14/12/2010) litteris: No mesmo diapasão, colaciono julgado do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, ADMINISTRATIVO - LICENCIATURA PLENA - EDUCAÇÃO FÍSICA - ÁREA DE ATUAÇÃO - RESTRIÇÃO - EDUCAÇÃO BÁSICA. LEI Nº 9394/98 - RESOLUÇÃO CREF/01 Nº 042/2006 - REGISTRO DE DIPLOMA - RESOLUÇÃO DO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO Nº 03/87 - RESOLUÇÕES DO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO Nº 1/2002 E Nº 7/2004. 1- De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Educação Física, de 18/02/2004, o curso de Licenciatura em Educação Física passou a formar profissionais exclusivamente para a Educação Básica, ou seja, para atuar nas escolas de Educação Infantil e do Ensino Fundamental e Médio, bem como para desempenhar atividades de planejamento, coordenação e supervisão de atividades pedagógicas do sistema formal de ensino. 2 - O licenciado poderá também atuar em pesquisas relacionadas ao ensino e suas interfaces com outras áreas de

estudo. Entretanto, os novos licenciados não podem atuar em academias, clubes e outros espaços não-escolares. 3 - O Bacharelado em Educação Física forma profissionais para a área não-escolar (clubes, academias, centros comunitários, hotéis, associações recreativas, empresas e outros). Seu objetivo é formar o profissional de Educação Física para atuar no planejamento, orientação e avaliação de programas de atividades físicas e saúde para grupos de crianças, jovens, adultos e idosos em condições saudáveis ou integrantes de grupos especiais (com fatores de risco, portadores de deficiência, gestantes e outros). 4 - A habilitação dos profissionais de Educação Física está segmentada de acordo com a divisão amparada em lei, de modo que os portadores de licenciatura não têm direito a registro, perante o Conselho, em todos os seguimentos abertos para os que cursaram a grade curricular completa. 5 - O Curso de Educação Física ministrado ao autor concedeu-lhe a formação em licenciatura de graduação plena, habilitando-o ao exercício de professor da educação básica. Corretamente que no seu registro profissional conste a atuação "educação básica". 6 - Precedentes: AC nº 2009.51.01.019618-4/RJ - Relator D.F. Guilherme Couto - E-DJF2R:14/12/2010; AC nº 2008.51.01.017160-2 - Relator D. F. Poul Erik Dyrlund - DJU 03/08/2009; TRF da 3ª Região - AC 0007935-90.2009.4.03.6100/SP -Relator D. F. Marcio Moraes - DE 26/10/2010. 7- Apelação desprovida. Sentença mantida. CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA - AGRAVO RETIDO - CUMPRIMENTO DE CARGA HORÁRIA MÍNIMA PARA A OBTENÇÃO DE LICENCIATURA, DE GRADUAÇÃO PLENA, NO TOTAL DE 3 ANOS, - REGISTRO PROFISSIONAL NO QUAL CONSTA EDUCAÇÃO BÁSICA - LEGALIDADE. 1. De acordo com os art. 1º e 4º da Resolução CFE nº 3/1987 do então Conselho Federal de Educação havia duas modalidades de formação dos profissionais de Educação Física, o Bacharelado, restrito às áreas não formais, como academias, clubes, hotéis, sem possibilidade de atuação em instituições de ensino e a Licenciatura plena, com possibilidade de exercício tanto na Educação Básica, como em áreas não formais, tendo ambos duração de 04 (quatro) anos e carga horária mínima de 2880 horas/aula. 2. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação diferenciou os cursos destinados à formação superior em duas áreas, a Graduação, também denominado Bacharelado, disposta no art. 44, II e a Licenciatura, prevista no art. 62 da Lei nº 9.394/1996. 3. A Resolução CNE/CP nº 1/2002, instituiu as diretrizes curriculares nacionais para a formação de professores da Educação Básica em nível superior, curso de Licenciatura, de Graduação plena, em consonância com o art. 62, da Lei nº 9.394/1996, diferindo da disciplina anteriomente disposta na Resolução CFE nº 3/1987, na medida em que a Licenciatura plena permitia o exercício dos profissionais formados em Educação Física nas áreas formal e não formal, ao passo que a Licenciatura de Graduação plena, regulamentada posteriormente na Resolução CNE/CP nº 1/2002 permite ao profissional atuar tãosomente no ensino básico, qual seja, na área formal. 4. Posteriormente, foi editada a Resolução CNE/CP nº 2/2002 a qual, regulamentando a duração e a carga horária dos cursos de Licenciatura, de Graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior determinou o período mínimo de 3 anos e a carga de 2.800 horas para sua conclusão. 5. A Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação editou a Resolução CNE/CES nº 7/2004, que tratando especificamente dos cursos de Graduação/Bacharelado em

Educação Física, nada dispôs acerca da duração do curso e quantidade de horas/aulas. 6. Diante dessa lacuna aplicava-se a Resolução CFE nº 3/1987, a qual determinava que os curso de Graduação/Bacharelado teria duração mínima de (04) anos e carga horária 2.880 horas/aula, nos moldes do art. 4º. 7. Editada a Resolução CNE/CES nº 4/2009 que disciplinou para os estudantes de Educação Física tempo mínimo de (04) quatro anos e carga horária mínima de 3.200 horas/aula, mantido o prazo mínimo de conclusão em (04) anos para o Bacharelado. 8. Atualmente há duas modalidades de cursos para profissionais de Educação Física, quais sejam, os cursos de Licenciatura, de Graduação plena para a atuação na Educação Básica e duração mínima de 3 anos e os cursos de Graduação/Bacharelado em Educação Física, para atuação em áreas não formais, com duração mínima de 4 anos. 9. Concluído o Curso de Educação Física ministrado pelas Faculdades Integradas de Itapetininga, com duração de três anos, não há ilegalidade na conduta do CREF4 de fazer constar nos registros profissionais a atuação Educação Básica, visto que a inscrição do profissional nos quadros do Conselho Regional de Educação Física deve se dar de acordo com a formação concluída. (AMS 200861000159074, JUIZ MAIRAN MAIA, TRF3 - SEXTA TURMA, 13/04/2011) De igual modo, trago à baila julgado recente da lavra do eminente Desembargador Federal desta Corte, Dr. Luciano Tolentino Amaral, que, analisando idêntica hipótese a do presente feito, também, considerou que a habilitação dos profissionais de Educação Física está segmentada, de acordo com a legislação de regência, verbis: ADMINISTRATIVO - PROCESSUAL CIVIL - AÇÃO ORDINÁRIA - ANTECIPAÇÃO DE TUTELA - INSCRIÇÃO/REGISTRO, NO CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, DE "LICENCIADO" (CAPACITADO PARA EDUCAÇÃO BÁSICA EM AMBIENTE ESCOLAR) COMO SE FOSSE "BACHAREL" (GABARITADO PARA ATIVIDADES E EM ESPAÇOS OUTROS): IMPOSSIBILIDADE, EM COGNIÇÃO SUMÁRIA (ART. 273/CPC NÃO ATENDIDO) - PRESUNÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE DAS NORMAS QUE DICOTOMIZARAM O TEMA - AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO PROVIDO. 1 -Dada a expressa legislação de regência (art. 44, II, e art. 44 da Lei nº 9.394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; e as Resoluções CNE/CP nº 01/2002 e CNE/CES nº 07/2004), que se presume constitucional e que, por tal, veda o seu afastamento em sede precária de cognição sumária, e, ainda, sopesados precedentes dos TRF2/TRF3, tem-se, dadas as patentes distinções entre as capacitações profissionais e seus conteúdos de formação, ausente a prova inequívoca (art. 273 do CPC) a viabilizar a inscrição e o registro, no Conselho Regional de Educação Física, do portador de diploma de [a] "nível superior em licenciatura" (para atuação na educação básica e pesquisas, em espaço escolar) como se [b] "bacharel" fosse, profissional gabaritado para agir além do labor/espaço educacional (academias, clubes, associações, hotéis), orientando e avaliando programas de atividades. 2 -Agravo de instrumento não provido. 3 -Peças liberadas pelo Relator, em Brasília, 12 de junho de 2012., para publicação do acórdão. (AG n. 0015161-65.2012.4.01.0000/BA, Relator Desembargador Federal Reynaldo Fonseca, 7ª Turma, e-djf1 de 22/06/2012, p. 837) Com efeito, em face das consideráveis diferenças existentes entre os cursos de bacharelado e de licenciatura, na área de Educação Física, principalmente quanto à duração e à

carga horária, bem como ao conteúdo curricular, que foram expostas alhures, tenho que deve ser reformada a decisão objurgada, a fim de se adequar à orientação jurisprudencial. Assim sendo, DOU PROVIMENTO ao presente agravo de instrumento, nos termos do art. 557, 1º-A, CPC c/c o art. 29, XXV, RI/TRF/1ª R. Int. Dil. legais. Brasília, 16 de maio de 2014. JUIZ FEDERAL RONALDO CASTRO DESTÊRRO E SILVA Relator Convocado Documento contendo 6 páginas assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL RONALDO CASTRO DESTÊRRO E SILVA (CONV.), conforme MP nº 2.200-2, de 24/08/2001, que instituiu a infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileiras - ICP-Brasil e Res. nº 397, de 18/10/2004, do Conselho da Justiça Federal. A autenticidade do documento pode ser verificada no site www.trf1.jus.br/autenticidade, informando o código verificador 10.619.423.0100.2-02.