AO RESPEITÁVEL SENHOR PRESIDENTE DA COMISSÃO DE LICITAÇÃO SO SERVIÇO DE APRENDIZAGEM DO COOPERATIVISMO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

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AO RESPEITÁVEL SENHOR PRESIDENTE DA COMISSÃO DE LICITAÇÃO SO SERVIÇO DE APRENDIZAGEM DO COOPERATIVISMO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CONCORRÊNCIA n. 002/2018 MACIEL ASSESSORES S/S LTDA EPP, pessoa jurídica de direito privado inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda sob o nº. 11.880.336/0001-02, com sede localizada na Av. Bastian nº 366, Menino Deus, Porto Alegre/RS, CEP 90.130-020, vêm respeitosamente a presença de Vossa Senhoria, com fulcro no item 11.1 a 11.8 do Edital, apresentar CONTRARRAZÕES AOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS interpostos pelas licitantes BATELEUR ASSESSORIA FINANCEIRA LTDA E, pelos fatos e considerações jurídicas que a seguir passa a expor: DOS FATOS E CONSIDERAÇÕES JURÍDICAS Trata-se de licitação, modalidade concorrência, tipo técnica e preço, tendo por objetivo a contratação de serviços de consultoria de empresa especializada para elaborar o Planejamento Estratégico em Sociedades Cooperativas do Ramo Agropecuário, conforme condições e especificações constantes do Edital e seus anexos. Na sessão pública realizada para recebimento e análise dos documentos habilitatórios das empresas interessadas em participar do certame,

essa Comissão procedeu com a habilitação da(s) licitante(s) MBS ESTRATÉGIAS E SISTEMAS LTDA, MARKESTRAT ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA E TANTUM GROUP CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. Irresignadas, as licitantes BATELEUR e o INSTITUTO PADRE LANDELL DE MOURA apresentaram recurso acerca das suas inabilitações, os quais não poderão prosperar, senão vejamos: 1. DAS RAZÕES PARA A MANUTENÇÃO DA INABILITAÇÃO DA BATELEUR ASSESORIA FINANCEIRA LTDA: A BATELEUR apresentou as suas razões recursais arguindo, resumidamente, que a sua inabilitação foi injusta pois, segundo a empresa, teria juntado a cópias das demonstrações contábeis, de acordo com a lei e em especial com o item 5.9.2 do edital. Disse que as notas explicativas são confeccionadas em processadores de texto como Microsoft Word e então juntadas ao SPED. Disse também não existir no sistema SPED a possibilidade de haver o registro de uma assinatura para cada folha ou documento integrante das demonstrações e que a mesmas estariam assinadas. Por fim, fundamentou seu pedido de reforma nos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Pois bem, não merecem prosperar as alegações da Bateleur, pois a licitante realmente não apresentou as demonstrações completas e a necessidade da sua inabilitação não se limita ao fato das notas explicativas não conterem a firma do contador e do responsável pela empresa. Inicialmente, cabe destacar que Bateleur, à exemplo de todas as empresas inabilitadas deixou de apresentar as demonstrações contábeis conforme determina os itens do edital correspondentes à qualificação

econômico-financeira, muito embora esta respeitável comissão não tenha considerado em algumas delas tal deficiência como ponto determinante para a inabilitação. Ocorreu que, conforme o item 5.9.2 do instrumento convocatório Em se tratando de empresa sujeita ao sistema Público de Escrituração digital SPED, apresentar cópias das demonstrações contábeis listadas no quadro, enviadas à Receita Federal do Brasil, acompanhadas da respectiva comprovação de entrega e dos termos de abertura e encerramento. participantes: Segue, portanto, o quadro que deveria ser observado pelas A recorrente Bateleur (habilitada) apresentou balanço patrimonial em desconformidade com a legislação exigida. O balanço patrimonial desta concorrente se mostra extremamente deficitário, eis que não apresenta, consoante manda a Resolução CFC nº 1.185/09 e o CPC, a demonstração do resultado abrangente DRA; esta é obrigatória, inclusive, segundo dispõe a na NBC TG 26 (R3), item 10, (ba).

Também não se verifica, a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) que indica quais foram as saídas e entradas de dinheiro no caixa durante o período e o resultado desse fluxo. Esta obrigatoriedade vigora desde 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007, e desta forma torna-se mais um importante relatório para a tomada de decisões gerenciais e também esta expressa na NBC TG 26 (R3), item 10, d. Diante de tantas deficiências nas demonstrações financeiras, a concorrente Bateleur deveria também ser inabilitada no certame por não atender aos itens 6.9.1 e 6.9.2 do edital, uma vez que não apresentou nas suas demonstrações contábeis não somente as notas explicativas válidas, mas também em virtude do DRA e DFC ausentes. Por fim, vale trazer a baila a motivação da sua inabilitação já trazida pelo órgão licitador, qual seja, trazer ao procedimento administrativo apenas o SPED acompanhados pelas notas explicativas, sendo que estas últimas não foram firmadas pelo responsável da empresa, tampouco pelo profissional contador que as confeccionou, desatendendo, portanto, ao item 5.9.1. A assinatura do contador não se trata de mera formalidade, pois se trata de exigência do instrumento convocatório, oriunda de imposição legal com fundamento no 2º do art. 1.184 da Lei 10.406/02; 4º do art. 177 da lei 6.404/76; alínea "a", do art. 10, da ITG 2000(R1); Desse modo, a falta das firmas não configuram mera formalidade, eis que conferem validade aos documentos. Os documentos poderiam ser carimbados e assinados fisicamente, o que não ocorreu, deixando dúvidas acerca da veracidade dos mesmos. Por fim, cabe referir que não é possível a realização de diligência para a verificação da documentação, pois não se trata apenas de confirmar a validade de documentos e sim, a juntada de parte das demonstrações contábeis, o que não é possível, de acordo com o art. 43, 3º da lei geral de Licitações.

2. DA NECESSÁRIA MANUTENÇÃO DA INABILITAÇÃO DO INSTITUTO PADRE LANDELL DE MOURA - IPLAN: O instituto foi inabilitado pelo não atendimento aos itens 5.2, 5.7, 5.9.10 e 5.9.9., além disso, restou verificado pela comissão de Licitação que o porte apresentado no cartão CNPJ registrado como DEMAIS não condiz com o faturamento apresentado em 2017 no qual a empresa enquadra-se como EPP. Ademais sua inabilitação se deu também pela não apresentação das notas explicativas e o balanço patrimonial, bem como o demonstrativo do resultado foram apresentados sem a firma do representante legal. No seu recurso o IPLAN arguiu que seus documentos concernentes à regularidade fiscal estariam dentro do prazo. Citou as datas das certidões juntadas a fim de comprovar o arguido. Quanto a qualificação técnica complementou informações não apresentadas inicialmente, com a qualificação da equipe. Disse que não há informações acerca da qualificação dos serviços prestados em virtude do contrato ainda não ter findado. Disse que os termos de cooperação técnica não foram firmados em nome do IPLAN em virtude da entidade não ter fins lucrativos e, portanto, não poder vender serviços. Requereu, por fim a análise de currículos e projetos em andamento.

Quanto a qualificação econômico-financeira, o IPLAN, requereu nova juntada do seu balanço patrimonial de forma completa, o que não fez anteriormente. Por fim, arguiu não ter juntado a certidão negativa de falência, eis que o IPLAN não se encontra em processo de falência e requereu a substituição da dita certidão pela certidão judicial civil negativa. Disse ainda que pela análise dos balancetes concluir-se-ia que os resultados serão expressivos em 2019. Inicialmente, devemos consignar que a intenção da licitante de juntar documentos neste momento do certame NÃO É POSSÍVEL. Parece que a licitante não tem conhecimento da lei geral de licitações a qual expressamente proíbe a inclusão de novos documentos ou informação que deveriam constar originalmente da proposta. Desse modo, o pedido de inserção de informações acerca da equipe técnica, quanto a qualificação de diretores em contratos e demais documentos bem como da juntada completa do balanço patrimonial, deverão ser desconsideradas, eis que contrariam a lei geral de licitações consoante art.43, 3º da Lei 8.666/93. 3o É facultada à Comissão ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de diligência destinada a esclarecer ou a complementar a instrução do processo, vedada a inclusão posterior de documento ou informação que deveria constar originariamente da proposta. No que concerne a juntada do balanço, vale registrar, que o IPLAN apresentou inicialmente seu balanço patrimonial e o Demonstrativo do Resultado (não apresentou a demonstração do resultado abrangente demonstração das mutações do patrimônio líquido, demonstração do fluxo de

caixa e os comparativos das mesmas, todas demonstrações impostas pela NBC TG 26 (R3), item 10), todos exigidos pelo item 5.9.1. Por fim, a falta de firma nas demonstrações contábeis não conferem validade às demonstrações juntadas. A apresentação das demonstrações contábeis incompletas, muito embora já sejam suficientes para a inabilitação da licitante, se somam a outras deficiências insanáveis na documentação do IPLAN, senão vejamos: Além disso, não há justificativa plausível para a falta da juntada da certidão negativa de falência. Parece que a licitante não tinha conhecimento de tal documento e não sabia como obtê-lo. Mais uma vez não pode tentar realizar a apresentação posterior do mesmo, mais uma vez fulcro no art. 43, 3º da Lei Geral de licitações. No que concerne as certidões de regularidade fiscal, mais uma vez, não merecem prosperar as alegações da Recorrente, que juntou certidões incontestavelmente vencidas no ato da entrega da documentação:

Frise-se que a Recorrente tenta, descaradamente, complementar a sua documentação para que seja considerada válida, o que é absolutamente proibido.

Para concluir, citamos as incongruências, muito bem observadas pela Comissão quanto ao porte da Recorrente que apresenta atualmente por Demais, no entanto, seu faturamento concernente ao ano de 2017 a enquadra em pequeno porte. Superadas as demonstrações incontestáveis acerca da invalidade da documentação juntada pela Recorrente devemos registrar que o IPLAN é uma OSCIP. A OSCIP é uma qualificação jurídica atribuída a diferentes tipos de entidades privadas atuando em áreas típicas do setor público com interesse social, que podem ser financiadas pelo Estado ou pela iniciativa privada sem fins lucrativos. Ou seja, as entidades típicas do terceiro setor. Como não visa lucro, é inviável que o IPLAN dispute preços com entidades com fins lucrativos, pois seu preço sempre será de custo, quebrando a isonomia do certame. Desse modo, deverá ser extirpado da presente licitação. DOS PEDIDOS Ante ao exposto, REQUER o recebimento destas contrarrazões a fim de que seja negado provimento integral aos Recursos apresentados, consoante fatos e fundamentações acima discorridas. A empresa Bateleur deve se manter inabilitada em virtude da apresentação das demonstrações contábeis incompletas, a saber, sem a DRA e a DFC, além das notas explicativas sem assinatura do contador e do responsável pela empresa.

Já o IPLAN, deverá se manter inabilitado em virtude do balanço patrimonial incompleto, das certidões de regularidade fiscal vencidas, da falta de qualificação da equipe técnica, e dos responsáveis pelas contratações em nome do instituto, da qualificação técnica não comprovada e por ser instituição sem fins lucrativos, o que impede a isonomia entre as licitantes para o certame. Frise-se que não poderá ser aceita a complementação documental ou a substituição da mesma em virtude do disposto no art43, 3º da Lei 8.666/93. Nestes termos, pede e espera deferimento. Porto Alegre, 14 de janeiro de 2019. Everaldo Selau Scandolara CRC/RS 056618/O-2 Sócio Administrador