E D U A R D O F A G N A N I P R O F E S S O R D O I N S T I T U T O D E E C O N O M I A D A U N I C A M P

Documentos relacionados
Reforma da Previdência: Fortalecimento da Arrecadação para a Seguridade Social

REFORMA DA PREVIDÊNCIA: POR QUE FAZER? EFEITOS DA DEMOGRAFIA EXIGEM AJUSTE DE REGRAS

Golpe, Projeto Liberal e Reforma da Previdência

Reforma da Previdência

Reforma da Previdência

Reunião do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social. Brasília, 17 de Fevereiro de 2016

O GASTO SOCIAL NO BRASIL É ELEVADO?

REFORMA DA PREVIDÊNCIA E SEUS BENEFÍCIOS SOCIOECONÔMICOS

PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR?

Uma visão geral do processo de reforma da previdência. Manoel Pires SPE/MF

Uma visão geral do processo de reforma da previdência. Manoel Pires SPE/MF

Envelhecimento Populacional e seus impactos sobre Previdência: A necessidade de reforma

PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR?

FRENTE PARLAMENTAR MISTA EM DEFESA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. Eduardo Fagnani

REFORMAS PARA O CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL. DYOGO HENRIQUE DE OLIVEIRA Ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão

A NOVA PREVIDÊNCIA. Rogério Marinho Secretário Especial de Previdência e Trabalho

Reforma Tributária Solidária Alternativa para preservar a seguridade social e promover a justiça fiscal

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

Previdência Social Reformar para Preservar

Reforma da Previdência: Análise da PEC Reforma da Previdência PEC 287/2016. Brasília, 21 de fevereiro de 2017

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

Previdência Social no Brasil. Fundação Getulio Vargas

SUMÁRIO. Sistema Tributário Nacional como Instrumento de Desenvolvimento. SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL: PRINCÍPIOS e ESTRUTURA.

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

Reforma da Previdência. Abril de 2017

Previdência Brasileira: cenários e perspectivas" Lindolfo Neto de Oliveira Sales Brasília, 23/03/2017

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

Brasil em 40 anos: Mudanças e semelhanças

A Previdência Social ao redor do mundo

JUROS E RISCO BRASIL

Estrutura Demográfica e Despesa com Previdência: Comparação do Brasil com o Cenário Internacional

Tabelas Anexas Capítulo 1

JUROS E RISCO BRASIL

Por que é indispensável o Novo Regime Fiscal?

Estado e Desigualdade no Brasil

JUROS E RISCO BRASIL

DIRETORIA DE ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS, INFORMAÇÕES E DESENVOLVIMENTO URBANO E RURAL DEPARTAMENTO DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES

META DA TAXA SELIC 14,5% 13,75% 14,25% 13,75% 13,5% 13,25% 12,75% 13,00% 12,75% 12,50% 12,00% 12,25% 11,75% 12,5% 11,25% 11,00% 10,50% 11,25% 11,25%

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

META DA TAXA SELIC 14,5% 14,25% 13,75% 13,75% 13,5% 13,00% 13,25% 12,75% 12,25% 11,75% 12,75% 12,25% 12,75% 12,50% 12,5% 12,00%

TRABALHADORES E A PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

Reformas nos Regimes de Previdência de Servidores Públicos Civis na OCDE e PEC 287 no Brasil

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

META DA TAXA SELIC 14,5% 13,75% 14,25% 13,75% 13,5% 13,25% 12,75% 13,00% 12,75% 12,50% 12,00% 12,25% 11,75% 12,5% 11,25% 11,00% 10,50% 11,25% 11,5%

COMPORTAMENTO DO RISCO BRASILEIRO

META DA TAXA SELIC 14,5% 14,25% 13,75% 13,75% 13,5% 13,00% 13,25% 12,75% 12,25% 11,75% 12,75% 12,25% 12,75% 12,50% 12,5% 12,00%

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

A RECONSTRUÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

Allan Gomes Moreira SEMINÁRIO SOBRE EQUILÍBRIO FISCAL CONTROLE DE DESPESAS COM ENFOQUE NOS DESAFIOS DA GESTÃO PREVIDENCIÁRIA

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

Ação Cultural Externa Relatório Anual 2014 Indicadores. 2. Número de iniciativas apoiadas por áreas geográficas

COMPORTAMENTO DO RISCO BRASILEIRO

Brasil 2015 SETOR PÚBLICO

Estatística e Probabilidades

MB ASSOCIADOS. A agenda econômica internacional do Brasil. CINDES Rio de Janeiro 10 de junho de 2011

PEC 287/ REFORMA DA PREVIDÊNCIA SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - SINDCVM

FGV/EESP 28 de setembro de Ajuste fiscal. Contribuições para o debate sobre as saídas para a crise. Felipe Salto

Estatísticas básicas de turismo. Brasil. Brasília, setembro de 2008.

Estatísticas básicas de turismo. Brasil. Brasília, novembro de 2007.

EXPORTAÇÃO BRASILEIRA DO CAPÍTULO 71 DA NCM. Por Principais Países de Destino. Janeiro - Dezembro. Bijuterias

DEBATE: TRABALHO E (IM)PREVIDÊNCIA

ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS. Aula expositiva 9ºs anos 2º bimestre

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

PIB PAÍSES DESENVOLVIDOS (4 trimestres, %)

Desafios e Tendências da. Previdência Complementar

RELATÓRIO MENSAL - NICC POLO FRANCA ABRIL Número de indústrias de calçados no Brasil por estado. 13 Faturamento na exportação de Calçados

Reforma da Previdência: Análise da PEC Reforma da Previdência Análise da PEC 287/2016. Rio de Janeiro, 20 de fevereiro de 2017

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

Dados Estatísticos sobre as Comunidades Portuguesas

Membros da IFC. Corporação Financeira Internacional. Data de afiliação

A Reforma da Previdência e a Economia Brasileira. Marcos de Barros Lisboa (INSPER) Paulo Tafner (IPEA)

RELATÓRIO MENSAL - NICC POLO FRANCA JUNHO Número de indústrias de calçados no Brasil por estado. 13 Faturamento na exportação de Calçados

EDUCAÇÃO E EMPREENDEDORISMO

Reforma da Previdência PEC 287

FUNDEB EQUIDADE. 06 de maio de 2019

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

IGF: ENTRE JUSTIÇA E EFICIÊNCIA. CHARLES WILLIAM McNAUGHTON

CARGA TRIBUTÁRIA: PERCEPÇÃO vs. REALIDADE

O contexto político e econômico e a situação orçamentária e financeira da UFG. Assembléia Universitária Goiânia, UFG, 13/05/2019 Reitoria da UFG

Cenários Conselho Temático de Economia e Finanç

Previdência Brasileira, sua. perspectiva internacional

Cenário Macroeconômico Brasileiro

PIB DO BRASIL (VARIAÇÃO ANUAL) FONTE: IBGE ELABORAÇÃO E PROJEÇÃO: BRADESCO

SEGURIDADE X PREVIDÊNCIA RESULTADOS E NOVAS REFORMAS. Floriano Martins de Sá Neto. Vice-Presidente de Política de Classe ANFIP.

A necessidade de uma Lei de Responsabilidade Educacional

working paper número136 fevereiro, 2016 ISSN x

Modicidade Tarifária: Um dos Principais Desafios do Setor para os Próximos Anos

A situação da Seguridade Social no Brasil

Distribuição Pessoal da Renda e da Riqueza da População Brasileira

Análise Sintética das Reformas Previdenciárias no Mundo

Membros da MIGA. Agência Multilateral de Garantia de Investimentos. Data de afiliação

Transcrição:

FÓRUM EM DEFESA DO SERVIÇO PÚBLICO FORTALEZA CE 28/09/2017 - AUDITÓRIO MURILO AGUIAR ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO CEARÁ. E D U A R D O F A G N A N I P R O F E S S O R D O I N S T I T U T O D E E C O N O M I A D A U N I C A M P

Eduardo Fagnani 2

VERSÃO DIGITAL www.plataformapoliticasocial.com www.dieese.org.br www.anfip.org.br Eduardo Fagnani 3

CONTEXTO GERAL 1. Golpe parlamentar: radicalização do projeto liberal 2. Austeridade e reforço do tripé macroeconômico 3. Reforma do Estado: privatização 4. Destruição do Estado Social Teto do gasto (até 2036) Ampliação da DRU Fim da Vinculação de Recursos Reforma tributária Reforma trabalhista Reforma Previdenciária

REFORMA DA PREVIDÊNCIA 1. Reformas são necessárias 2. Debate qualificado de ideias 2. Debate está interditado 4. Diagnóstico baseado em falsas premissas 6. Propostas excludentes 7. Destruição do principal mecanismo de proteção al 8. Reforma ancorada no terrorismo : Terrorismo financeiro: Déficit e seu caráter explosivo Terrorismo demográfico: Não há alternativas Terrorismo econômico: O destino da Nação depende da reforma da Previdência

DIAGNÓSTICO BASEADO EM FALSAS PREMISSAS

O BRASIL NÃO EXIGE IDADE MÍNIMA PARA APOSENTADORIA? Idade Mínima Existe desde os IAPS (década de 1930) Artigo 201 da Constituição Federal - Parágrafo 7º, Inciso I PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 7

FIGURA 3 APOSENTADORIA POR IDADE E POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO (RGPS) (1) (EM %) (2015) BRASIL 36,0% Idade 64,0% Tempo de Contribuição FONTE: DATAPREV. Notas: (1) Inclui: auxílio-acidente; reclusão; salário-maternidade, as espécies (Abono de permanência em serviço 25%; Abono de permanência em serviço 20%; Pecúlio especial de aposentadoria; Abono de servidor aposentado pela autarquia empregadora) e os Acidentários. PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 8

AS APOSENTADORIAS SÃO PRECOCES?

Idade média FIGURA 4 IDADE MÉDIA NA CONCESSÃO DE APOSENTADORIAS POR IDADE (URBANA, RURAL E TOTAL) (EM ANOS) (2015) BRASIL 80 60 63,1 58,4 60,8 40 20 0 Urbano Rural Total Tipo PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 10

PROBLEMA LOCALIZADO Tempo de contribuição (36% do total) A REFORMA FOI FEITA EM 2015 (LEI 13.183/2015) Introduziu a Fórmula 85/95 Progressiva Em 2026, passará a vigorar a fórmula 90/100. PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 11

A REFORMA DAS PENSÕES FOI FEITA EM 2015 Lei Nº 13.135/2015 PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 12

REFORMA DO REGIME PRÓPRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (SERVIDOR): A REFORMA JÁ FOI FEITA EC 20/1998 EC 41/2003 EC 47 (2005) FUNPRESP: LEI Nº 12.618, DE 30 DE ABRIL DE 2012 (Teto: R$ 5100,00). PROBLEMAS LOCALIZADOS Estoque Parlamentares Militares Estados e Municípios PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 13

PROPOSTAS EXCLUDENTES Interdição do direito a proteção à velhice

Em % FIGURA 6 GRAU DE INFORMALIDADE BRASIL 2011-2016 48 47,5 47,1 47,3 47 47,1 46,4 46 46,3 46,5 45 45,4 44,8 45,4 45,0 44 44,2 43 42 2011 2012 2013 2014 Anos Grau de informalidade - definição I Grau de informalidade - definição III Grau de informalidade - definição II Fonte: PNAD. Elaboração: IpeaDATA. Notas: Grau de informalidade definição PREVIDÊNCIA: I: (empregados REFORMAR sem carteira PARA + trabalhadores por conta própria) / (trabalhadores protegidos + empregados sem carteira + trabalhadores EXCLUIR? por conta própria). 15

Porcentagem 42,4 40,8 38,6 38,3 37,4 35,8 50,1 48,5 47,6 47,3 46,6 46,5 45,9 65,3 63,7 63,4 62,9 62,7 61,9 60,5 60,2 58,8 56,4 56,3 56,2 55,7 69,5 75,5 FIGURA 3 GRAU DE INFORMALIDADE POR UNIDADES DA FEDERAÇÃO (1) (EM PORCENTAGEM) BRASIL 2014 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 Unidades da Federação Fonte: IBGE/PNAD. Nota (1) (Empregados sem carteira + trabalhadores por conta própria) / (trabalhadores protegidos + empregados sem carteira + trabalhadores por conta própria). PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 16

3,2 3,6 2,8 13,9 12,5 13,5 15,8 17,8 23,8 26,0 31 30,7 31,4 34 39,6 45 40 DISTRIBUIÇÃO DAS APOSENTADORIAS POR IDADE SEGUNDO FAIXAS DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO (%) A carência mínima de 25 anos para aposentadoria não teria sido alcançada por: 79% dos segurados que se aposentaram por idade em 2015 (homem e mulher) 83% dos segurados (MULHER) que se aposentaram por idade em 2015 72,5% dos segurados (HOMENS) que se aposentaram por idade em 2015 35 30 25 TOTAL 20 15 HOMENS MULHERES 10 5 0 15 anos 16 a 20 anos 21 a 24 anos 25 anos 26 ou mais Fonte: Fonte: Secretaria de Previdência Social Folha de São Paulo. 20/02/2017. http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/02/1858004-exigencia-de-25-anos-de-contribuicao-pegaria- 79-de-aposentados-por-idade.shtml

ROTATIVIDADE E INFORMALIDADE: DIFICULDADE EM CONTRIBUIR

EXTINÇÃO DO DIREITO A PROTEÇÃO NA VELHICE UMA REFORMA QUE SE CONTRAPÕE À DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMENS DE 1948 PARÂMETROS MAIS DUROS QUE OS PRATICADOS EM NAÇÕES IGUALITÁRIAS PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 19

AS DESIGUALDADES BRASILEIRAS NA COMPARAÇÃO INTERNACIONAL. As desigualdades da renda e da riqueza As desigualdades do mercado de trabalho As desigualdades na expectativa de vida ao nascer As desigualdades na expectativa de sobrevida aos 65 anos As desigualdades na "expectativa de duração da aposentadoria As desigualdades na "probabilidade de não atingir 65 anos de idade As desigualdades na probabilidade de "vida sem saúde" As desigualdades na "expectativa de vida saudável" As desigualdades na saúde Aposentadoria precoce ou perda de capacidade laboral? As desigualdades na educação As desigualdades no Desenvolvimento Humano PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 20

Índice de Gini FIGURA 1 ÍNDICE DE GINI (BRASIL E PAÍSES SELECIONADOS) 2013 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 Fonte: OECDStat e Ipea Países PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 21

Países FIGURA 2 PIB PER CAPITA (PAÍSES SELECIONADOS) (EM US$ CORRENTES PPP) 2015 US$ correntes PPP Noruega Suíça Estados Unidos Irlanda Países Baixos Áustria Alemanha Dinamarca Suécia Austrália Canadá Reino Unido Finlândia OCDE França Itália Coréia do Sul Espanha Portugal Rússia Chile Uruguai México Brasil China África do Sul Equador Índia 61.471,57 60.535,16 55.836,79 54.654,40 48.458,94 47.824,19 47.268,43 46.635,24 46.420,42 45.514,18 44.310,12 41.324,56 40.600,92 39.741,14 39.677,99 35.896,46 34.549,16 34.526,50 29.214,32 24.451,37 22.316,21 21.200,59 17.276,64 15.359,33 14.238,67 13.165,15 11.388,16 6.088,65 Fonte: Banco Mundial (ICP-DATABASE). PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 22

Turquia Mexico Polônia Grécia Eslováquia BRASIL Nova Zelândia Itália Rep. Checa Irlanda Coreia do Sul Luxemburgo Austrália Japão Noruega Espanha Israel Hungria Canadá Estados Unidos Áustria Alemanha Islândia França Portugal Holanda Bélgica Reino Unido Estônia Finlândia Eslovênia Suécia Dinamarca Porcentagem % FIGURA 3 PARTICIPAÇÃO DOS SALÁRIOS NO PIB (EM %) (BRASIL E OCDE) 2009 80,0 70,0 60,0 59,5 68,3 50,0 40,0 43,6 30,0 20,0 10,0 0,0 Países Fonte: OECDStat e Contas Nacionais - IBGE PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 23

Mexico Brasil Chile Estonia República Checa Eslováquia Hungria Turquia Portugal Polônia Grécia Espanha Israel Coréia do Sul Eslovênia Japão Estados Unidos Reino Unido Canada Irlanda Nova Zelândia França Bélgica Austrália Holanda Luxemburgo Germany US$ PPP FIGURA 9 SALÁRIO MÍNIMO BRASIL E OCDE (EM US$PPP) 2015 $2.500,00 $2.000,00 $1.793,50 $1.500,00 $1.000,00 $404,08 $500,00 $0,00 Países PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 24

Reino Unido Suécia Países Baixos Áustria Alemanha Portugal Estônia Finlândia Espanha Dinamarca Eslovênia França Irlanda Bélgica Grécia Luxemburgo Polônia Hungria Rep. Tcheca Eslováquia Itália Idade FIGURA 14 IDADE DE ENTRADA NO MERCADO DE TRABALHO POR SEXO (PAÍSES SELECIONADOS) 2013 27 25 23 21 Mulheres 19 Homens 17 15 Países PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA Fonte: OCDE Pensions at a Glance (2015). EXCLUIR? 25

FIGURA 11- PROPORÇÃO DOS OCUPADOS POR FAIXA DE IDADE DE INGRESSO NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO POR SITUAÇÃO DE DOMICÍLIO E SEXO (EM %) 2001 (1), 2011 e 2014 FAIXA ETÁRIA URBANO RURAL Homem Mulher Homem Mulher 2001 2014 2001 2014 2001 2014 2001 2014 Até 14 anos 61% 45% 46% 34% 90% 78% 84% 70% 15 a 17 anos 24% 31% 26% 30% 8% 16% 10% 17% 18 e 19 anos 10% 16% 14% 20% 1% 4% 3% 6% 20 anos ou mais 5% 7% 14% 16% 1% 2% 3% 6% Fonte: IBGE/Pnad. Anos diversos. (1) Em 2001, exclusive a população da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 26

Países FIGURA 15 EXPECTATIVA DE VIDA AO NASCER (AMBOS OS SEXOS) (BRASIL E PAÍSES SELECIONADOS) 2014 Anos Espanha Itália França Coréia do Sul Suécia Noruega Chile Reino Unido Alemanha Portugal Dinamarca Estados Unidos Uruguai México Argentina China Peru Brasil Colômbia Paraguai Rússia Bolívia Índia África do Sul 74,4 82,7 Fonte: Banco Mundial (ICP-DATABASE). PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 27

Países FIGURA 17 HOMENS EXPECTATIVA DE VIDA AO NASCER (BRASIL E PAÍSES SELECIONADOS) 2014 Anos Itália Espanha Suécia Noruega França Reino Unido Chile Alemanha Dinamarca Finlândia Portugal Estados Unidos México China Uruguai Equador Argentina Peru Paraguai Brasil Colômbia Índia Bolívia Rússia África do Sul 70,7 80,2 Fonte: Banco Mundial (ICP-DATABASE). PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 28

FIGURA 19 ESTIMATIVA DA EVOLUÇÃO DA ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER ENTRE 2011 E 2060 BRASIL ANO EXPECTATIVA DE VIDA (AMBOS OS SEXOS) 2011 74,20 2015 75,40 2020 76,70 2030 78,60 2035 79,30 2040 79,80 2045 80,20 2050 80,60 2055 80,80 2056 80,90 2057 80,90 2058 81,00 2059 81,00 2060 81,00 Fonte: IBGE (Projeção da População do Brasil por sexo e idade: 2000-2060). Atualizado em 2014. PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 29

Japão Coreia Australia Suíça Israel Itália Islândia Nova Zelândia Chile Suécia Reino Unido Espanha Canadá Irlanda França Áustria México Noruega Grécia Luxemburgo Alemanha Holanda Bélgica OECD Portugal Finlândia Estados Unidos Dinamarca Brasil Eslovênia Turquia Arábia Saudita República Tcheca Argentina Polônia Eslováquia China Hungria Estonia Indonesia India Africa do Sul Russia Anos FIGURA 21 HOMENS EXPECTATIVA DE SOBREVIDA AOS 65 ANOS EM 2060/2065 (BRASIL E PAÍSES SELECIONADOS) 30 25 23,64 21,09 20 15 10 5 0 Países Fonte: United Nations, World Population Prospects 2012 Revision. Pensions at a Glance 2015. Fórum de debates sobre Políticas PREVIDÊNCIA: de Emprego, Trabalho REFORMAR e Renda PARA e de Previdência Social (2016). EXCLUIR? 30

Japão Coreia França Espanha Itália Suíça Austrália Chile Áustria Finlândia Portugal Israel Suécia Canadá Islândia Luchemburgo Bélgica Alemanha Noruega OECD Nova Zelândia Irlanda Grécia Eslovênia Holanda Reino Unido México Brasil Estados Unidos Turquia Dinamarca Argentina Polônia República Tcheca Estônia Arábia Saudita Hungria Eslováquia China Rússia Africa do Sul Indonésia Índia Anos FIGURA 21 MULHERES EXPECTATIVA DE SOBREVIDA AOS 65 ANOS EM 2060/2065 (PAÍSES SELECIONADOS) 35 30 25 28,25 24,61 20 15 10 5 0 Países Fonte: United Nations, World Population Prospects 2012 Revision. Pensions at a Glance 2015. Fórum de debates sobre Políticas de Emprego, PREVIDÊNCIA: Trabalho REFORMAR e Renda e de PARA Previdência Social (2016). EXCLUIR? 31

Países FIGURA 23 EXPECTATIVA DE DURAÇÃO DA APOSENTADORIA EM ANOS (BRASIL E PAISES SELECIONADOS) 2014 Anos França Bélgica Itália Grécia Espanha Finlância Áustria Luxemburgo Alemanha Países Baixos Austrália Canadá Reino Unido Dinamarca Suécia Eslovênia Noruega Suíça OCDE - Média Irlanda Estados Unidos Nova Zelândia Polônia República Tcheca Eslováquia Israel Japão Portugal Hungria Islândia Chile Estônia Turquia Brasil Rússia China México Coréia do Sul África do Sul Fonte: Estatísticas da OCDE (PENSIONS AT A GLANCE). 0 5 10 15 20 25 13,4 PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 21,1 32

Países FIGURA 26 EXPECTATIVA DE VIDA SAUDAVEL (AMBOS OS SEXOS) (BRASIL E PAÍSES SELECIONADOS) 2012 Anos Japão Austrália Itália Coréia do Sul Espanha Suíça Canadá França Islândia Nova Zelândia Suécia Áustria Bélgica Finlândia Alemanha Grécia Países Baixos Noruega Portugal Reino Unido Chile Dinamarca EUA Rep. Tcheca China Colômbia Croácia Uruguai Argentina Cuba México Peru Polônia Equador Hungria Venezuela Paraguai Brasil Coréia do Norte Rússia Bolívia Índia África do Sul 50 55 60 65 70 75 80 64 73 Fonte: ONU (http://data.un.org/). PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 33

FIGURA 24 ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER E PROBABILIDADE DE NÃO ATINGIR OS 65 ANOS DE IDADE. (PAÍSES SELECIONADOS) DIFERENTES PERÍODOS PAÍS ESPERANÇA AO NASCER (ANOS) PROBABILIDADE DE NÃO ATINGIR 65 ANOS (%) COORTES 2000-05 1970-75 2000-05 Mulher Homem Brasil 59,5 70,3 22,3 37,3 Rússia 69,7 65,4 23,7 55,5 Índia 50,3 63,1 32,6 40,8 China 63,2 71,5 19,7 25,8 Coréia do Sul 62,6 76,9 9,8 23,1 Uruguai 68,7 75,3 14,1 26,7 Chile 63,4 77,9 11,5 20,9 Colômbia 61,6 72,2 19,0 29,0 México 62,4 74,9 16,0 24,8 Portugal 68,0 77,2 9,8 20,2 Itália 72,1 80,0 7,8 15,4 Alemanha 71,0 78,7 9,5 17,7 Suécia 74,7 80,1 8,5 13,6 Reino Unido 72,0 78,3 10,6 16,4 Austrália 71,7 80,2 8,5 14,7 Canadá 73,2 79,9 9,3 15,0 EUA 71,5 77,3 13,3 20,9 Fonte: Pnud Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. APUD, Matijascic, Kay e Ribeiro (2007). PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 34

FIGURA 25 ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER, AOS 60 ANOS E PROBABILIDADE DE VIDA SEM SAÚDE (EM PAÍSES SELECIONADOS) 2001 PAÍS AO NASCER (ANOS) AOS 60 ANOS VIDA SEM SAÚDE PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? (% DA VIDA TOTAL) Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher Brasil 52,2 61,1 69,4 73,0 20,2 15,2 Rússia 51,5 61,9 68,5 72,7 12,6 14,4 Índia 51,5 51,3 69,7 70,2 14,1 16,9 China 62,0 64,3 72,7 74,2 11,1 11,6 Coréia do Sul 64,5 70,3 72,9 76,6 9,4 10,6 Uruguai 61,2 68,3 73,3 76,8 13,7 13,7 Chile 62,0 64,3 72,7 75,5 12,0 14,7 Colômbia 55,3 62,1 70,7 72,9 17,1 16,9 México 62,6 65,0 74,5 74,9 12,6 15,3 Portugal 64,3 69,4 73,4 76,2 11,7 13,4 Itália 69,2 72,9 75,5 78,2 9,2 11,3 Alemanha 68,3 72,2 75,0 77,7 9,1 10,9 Suécia 70,5 73,2 76,5 78,5 9,2 11,1 Reino Unido 68,4 70,9 75,0 76,9 8,8 11,3 Austrália 70,1 73,2 76,4 78,8 9,4 11,4 Canadá 68,2 71,6 75,3 77,9 11,0 12,6 EUA. 66,4 68,8 74,9 76,6 10,8 13,5 Fonte: OMS Organização Mundial de Saúde. APUD, Matijascic, Kay e Ribeiro (2007). 35

Anos de estudo FIGURA 32 ANOS DE ESTUDO (PAÍSES SELECIONADOS) 2013 14 12 12,2 10 8 7,2 6 4 2 0 Países PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 36

AS CONDIÇÕES DE VIDA NO BRASIL VISTAS A PARTIR DAS SUAS PROFUNDAS DESIGUALDADES REGIONAIS E SOCIAIS. A heterogeneidade entre Unidades da Federação e municípios brasileiros As desigualdades de Desenvolvimento Humano entre os municípios brasileiros PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 37

FIGURA 5 ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER, SEGUNDO MUNICÍPIOS BRASILEIROS 2010. Fonte: PNUD. Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil. Site: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/home/ PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 38

IDH DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS Em termos de Desenvolvimento Humano, a análise das informações do IDH dos municípios brasileiros (2010), para os 5.565 municípios brasileiros revela que: 40 municípios (0,8% do total) são classificados com IDH "Muito Alto" (patamar próximo das nações da OCDE). 1.989 (34% do total) municípios são classificados com IDH "Alto" (próximo do IDH do Brasil). 2.230 municípios (40 % do total) são classificados com IDH "Médio" (semelhante ao de Botsuana, Gabão, Indonésia, Uzbequistão, El Salvador, Bolívia e Iraque, por exemplo). 1.367 municípios (24,6% do total) são classificados com IDH "Baixo" (padrão verificado no Congo, Zâmbia, Gana, Quênia, Paquistão, Angola, Tanzânia e Nigéria, por exemplo). 29 municípios (0,5% do total) são classificados com IDH "Muito Baixo" (algo próximo do Senegal, Afeganistão, Etiópia e Gâmbia, por exemplo). http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/home/. PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 39

FIGURA 7 ÍNDICE DE EXPECTATIVA DE VIDA POR DISTRITO MUNICIPIO DE SÃO PAULO 2015 PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 40

A DESTRUIÇÃO DO PRINCIPAL MECANISMO DE PROTEÇÃO SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL

A Previdência beneficia direta e indiretamente mantém quase 100 milhões de brasileiros A Seguridade beneficia mais de 140 milhões de brasileiros A maioria dos idosos brasileiros está protegida A Previdência fomenta a agricultura familiar A Previdência combate o êxodo rural A Previdência promove a economia regional O papel redistributivo nos municípios mais pobres A Previdência reduz a desigualdade da renda A Previdência reduz a pobreza Sem a Previdência e a Assistência Social a pobreza extrema seria muito maior PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 42

IMPACTO DAS TRANSFERÊNCIAS NA CONDIÇÃO DE EXTREMA POBREZA POR IDADE (2014) 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 80 Fonte: IBGE/Pnad. Idade Extrema pobreza atual Extrema pobreza sem a previdência Extrema pobreza sem previdência e pensão Extrema pobreza sem previdência, pensão e BPC Extrema pobreza sem previdência, pensão, BPC e Bolsa Família PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 43

TERRORISMO FINANCEIRO A QUE STÃO DO DÉFICIT

PROTEÇÃO SOCIAL NA OCDE (EU-28) ESTRUTURA DA DESPESA 2012 (EM %) Outras despesas 1% Custos administrativos 3% Outros benefícios 9% Pensões 6% Invalidez 7% Aposentadoria por idade 38% Família/crianças 8% Saúde/doenças 28% Fonte: Eurostat

Paises FONTES DE RECEITA DA PROTEÇÃO SOCIAL NA OCDE (EU-15) (PARTICIPAÇÃO %) 2012 Fonte: Eurostat Em % do Total 0% 20% 40% 60% 80% 100% Dinamarca 75,6 11,5 8,0 4,8 Irlanda 63,2 25,1 8,1 3,6 Suécia 51,9 36,5 9,6 1,9 Reino Unido 51,1 28,9 12,7 7,4 Itália 47,9 35,3 14,9 2,0 Finlândia 47,4 34,6 12,5 5,5 Portugal 47,3 28,3 15,2 9,2 Europa dos 15 45,0 32,3 18,0 4,7 Luxemburgo 44,7 25,7 23,3 6,3 Espanha 43,2 42,0 12,4 2,4 Bélgica 38,0 39,9 19,8 2,3 Áustria 35,8 36,5 26,0 1,7 Grécia 35,4 32,0 20,1 12,5 França 34,9 41,5 20,3 3,3 Alemanha 33,6 34,5 30,3 1,6 Países Baixos 19,1 30,9 36,5 13,5 Governo Empregador Trabalhador Outras

Países FIGURA 3 FONTES DE RECEITA DA PROTEÇÃO SOCIAL NA OCDE (EU-15) (EM % DO PIB) 2012 FONTE: EUROSTAT % do PIB 0 10 20 30 40 Dinamarca 28,2 4,3 3,0 1,8 Suécia 16,2 11,4 3,0 Finlândia 15,5 11,3 4,1 1,8 Itália 14,5 10,7 4,5 0,6 Reino 14,5 8,2 3,6 2,1 Irlanda 14,1 5,6 1,8 Europa 13,5 9,7 5,4 1,4 Portugal 13,4 8,0 4,3 2,6 França 11,7 13,9 6,8 1,1 Bélgica 11,7 12,3 6,1 Grécia 11,3 10,2 6,4 4,0 Luxemb 11,3 6,5 5,9 1,6 Espanha 10,8 10,5 3,1 Áustria 10,6 10,8 7,7 Alemanha 10,3 10,6 9,3 Países 6,5 10,5 12,4 4,6 Governo Empregador Trabalhador Outras

O MODELO EUROPEU INSPIROU A CONSTITUIÇÃO DE 1988 O ARTIGO 194 ESTABELECE QUE A SEGURIDADE SOCIAL É INTEGRADA PELOS SETORES DA PREVIDÊNCIA, SAÚDE, ASSISTÊNCIA SOCIAL E SEGURO-DESEMPREGO. O ARTIGO 195 ESTABELECEU O ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL. Sistema Tripartite (clássico): Trabalhador, Empregador e Governo Criou novas fontes para a contribuição do governo : Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das Empresas (CSLL) Contribuição Social Para o Financiamento da Seguridade Social COFINS); Contribuição para o PIS/PASEP para financiar o Programa do Seguro Desemprego

FIGURA 6 RECEITAS, DESPESAS E RESULTADO DO ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL (EM R$MILHÕES CORRENTES) ANOS SELECIONADOS RECEITAS REALIZADAS 2005 2007 2009 2011 2013 2015 1. RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 277.045 340.281 375.887 508.095 634.239 671.637 Receita Previdenciária (1) 108.434 140.412 182.008 245.890 317.164 352.553 Arrecadação Previdenciária 108.434 140.412 182.008 245.890 307.147 350.272 Urbana 105.086 136.167 177.444 240.534 300.991 343.191 Rural 3.348 4.245 4.564 5.356 6.156 7.081 Compensações não repassadas (2) 10.017 2.281 Cofins 89.597 101.835 116.759 159.625 199.410 200.926 CSLL 26.232 33.644 43.592 57.582 62.545 59.665 PIS/Pasep 22.083 26.116 31.031 41.584 51.065 53.071 Outras contribuições (3) 30.699 38.274 2.497 3.414 4.055 5.423 2. RECEITAS DE ENTIDADES DA SEGURIDADE 11.704 12.603 14.289 16.787 15.078 20.534 Recursos Próprios do MDS 87 43 160 86 239 137 Recursos Próprios do MPS 798 962 503 672 819 1.078 Recursos Próprios do MS 947 1.888 2.542 3.220 3.858 4.257 Recursos Próprios do FAT 9.507 9.304 10.652 12.240 9.550 14.160 Recursos Próprios dos HU 102 110 50 58 103 238 Taxas, multas e juros da Fiscalização. 264 296 381 511 509 664 3. Contrapartida do Orçamento Fiscal EPU (4) 1.052 1.766 2.015 2.256 1.782 2.226 TOTAL DE RECEITAS 289.801 354.649 392.191 527.137 651.099 694.397 DESPESAS REALIZADAS 2005 2007 2009 2011 2013 2015 1. BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS (1) 145.816 182.575 225.095 281.438 357.003 436.090 Previdenciários urbanos 118.626 147.386 178.999 218.616 274.652 336.296 Previdenciários rurais 27.190 35.189 44.850 61.435 80.355 98.041 Compensação previdenciária (5) - - 1.246 1.387 1.996 1.753 2. BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS (6) 9.335 13.468 18.712 25.116 33.869 41.798 3. BOLSA FAMÍLIA E OUTRAS TRANSFERÊNCIAS 6.769 8.943 11.877 16.767 24.004 26.921 4. EPU BENEFÍCIOS DE LEGISLAÇÃO ESPECIAL 1.052 1.766 2.015 2.256 1.782 2.226 5. SAÚDE: DESPESAS DO MS (7) 34.517 45.798 58.270 72.332 85.429 102.206 6. ASSISTÊNCIA SOCIAL: DESPESAS DO MDS (7) 1.716 2.302 2.746 4.033 6.227 5.389 7. PREVIDÊNCIA SOCIAL: DESPESAS DO MPS (7) 3.404 4.792 6.265 6.767 7.401 8.197 8. OUTRAS AÇÕES DA SEGURIDADE SOCIAL 2.384 4.404 7.244 7.875 11.871 11.547 9. BENEFÍCIOS FAT 11.375 17.951 27.092 34.159 46.561 48.180 10. OUTRAS AÇÕES DO FAT 547 685 650 579 505 506 TOTAL DE DESPESAS 216.915 282.685 359.968 451.323 574.653 683.061 RESULTADO DA SEGURIDADE SOCIAL 72.886 71.965 32.223 PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA 75.814 76.446 11.337 EXCLUIR? 49

R$ FIGURA 4 SUPERAVIT DA SEGURIDADE SOCIAL (EM MILHÕES CORRENTES) 2007-2015. 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 82,8 72,0 75,8 76,4 64,3 53,9 55,6 32,2 11,3 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Anos Fonte: ANFIP in Análise da Seguridade Social 2015. PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 50

R$ % do PIB FIGURA 7 DRU CAPTURA DE RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL (EM R$ BILHÕES CORRENTES E % DO PIB) 2005-2015 70 60 50 40 30 20 10 1,5% 1,4% 1,4% 1,3% 1,2% 1,2% 1,2% 1,1% 1,1% 1,1% 1,0% 32 34 39 40 39 46 50 55 60 60 61 1,6% 1,4% 1,2% 1,0% 0,8% 0,6% 0,4% 0,2% 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Anos 0,0% PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? Fonte: Relatório Resumido de Execução Orçamentária RREO/STN 51

Em R$ MIlhões Correntes FIGURA 8 TOTAL DE DESONERACÕES DA RECEITA DA SEGURIDADE SOCIAL (EM R$ MILHÕES CORRENTES) 2007-2016 180000 160000 157647 140000 120000 100000 80000 60000 67354 80909 40000 20000 0 28315 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Anos Fonte: Receita Federal, Ministério da Fazenda. Demonstrativo dos Gastos Tributários. PLOA [projeções] e Relatório de Bases Efetivas. PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 52

DE ONDE VEM O SUPOSTO DÉFICIT? Se a Previdência é parte da Seguridade Social; e se o Orçamento da Seguridade Social é superavitário; então, de onde vem o suposto déficit? O déficit vem da não contabilização da Contribuição do governo (COFINS; CSLL; PIS-PASEP) como fontes de receita da Previdência.

TERRORISMO FINANCEIRO: DÉFICIT EXPLOSIVO EM 2060 Qual é o modelo atuarial utilizado pelo governo?

TERRORISMO DEMOGRÁFICO N ÃO HA ALTERNATIVAS?

TERRORISMO DEMOGRÁFICO Experiência internacional Não temos capacidade de pensar alternativas para enfrentar um problema que ocorrerá em 2060? Razão de dependência de idosos: o financiamento depende unicamente da contribuição do trabalhador ativo? Quarta Revolução Industrial : É razoável pensar 2060 com cenário semelhante a 1960? Ausência de modelo de desenvolvimento adequado as necessidades nacionais: 50 milhões de trabalhadores estão na informalidade A experiência dos Fundos Soberanos de Petróleo e Gás

TERRORISMO ECONÔMICO

TERRORISMO ECONÔMICO O destino da Nação depende crucialmente do êxito da reforma da Previdência Sem a reforma da Previdência: Não há crescimento Não há geração de empregos A taxa de juros vai subir O risco-brasil vai explodir Não há investimento estrangeiro A dívida pública cresce.

ALTERNATIVAS PARA O EQUILÍBRIO FINANCEIRO DA PREVIDÊNCIA NO LONGO PRAZO A S P E C T O S I N T E R N O S Á P R E V I D E N C I A A S P E C T O S R E L A C I O N A D O S A P O L Í T I C A E C O N Ô M I C A

Aspectos internos à Seguridade Social. Eduardo Fagnani 60

1. Cumprir a Constituição da República 2. Organizar a Seguridade segundo ordena a Constituição da República 3. Exigir que as receitas da Seguridade Social sejam aplicadas na Seguridade Social Eduardo Fagnani 61

4. Enfrentar a questão da DRU 5. Enfrentar a questão das renúncias tributárias que incidem sobre o Orçamento da Seguridade Social 6. Alterar a forma de contabilizar as renúncias tributárias nas contas da Previdência 7. Extinguir as desonerações patronais sobre a folha de pagamento 8. Rever as isenções previdenciárias para entidades filantrópicas 9. Agronegócios: fim das isenções e maior contribuição para o financiamento da Previdência. 10. Reforçar a fiscalização e a gestão financeira e administrativa interna do setor Eduardo Fagnani 62

Milhões correntes FIGURA 5 DÍVIDA ATIVA DÉBITOS PREVIDENCIÁRIOS (EM MILHÕES CORRENTES) 2011-2015 400.000 350.000 Estoque de Dívida Dívida Cobrada (% do total) 349.551 300.000 250.000 251.215 200.000 183.295 150.000 100.000 50.000 - FONTE: ANFIP (2106). R$ 2.525 (1,36%) R$ 3.818 (1,5%) 2011 2013 2015 Anos R$ 1.127 (0,32%) Eduardo Fagnani 63

Combate à sonegação, pela melhoria da fiscalização e da inspeção do trabalho. Eduardo Fagnani 64

R$ FIGURA 6 RGPS - ESTIMATIVA DE RECEITA SONEGADA PELA NÃO FISCALIZAÇÃO (EMPREGOS SEM CARTEIRA) (EM BILHÕES DE 2015) 2015 Empregados no Setor Privado Empregados Domésticos 41,6 46,8 5,7 Tipo de contrato de trabalho Fonte: FILGUEIRAS e KREIN (2016). Eduardo Fagnani 65

Aspectos relacionados à política macroeconômica. Eduardo Fagnani 66

A importância do crescimento econômico Ajustar para crescer ou crescer para ajustar? Potencializar as receitas pela inclusão dos trabalhadores informais Eduardo Fagnani 67

Gráfico 1: PIB real do Brasil, evolução trimestral Fonte: IBGE Sistema de Contas Trimestrais. Evolução do PIB real, média de 2004 = 100. Elaboração ANFIP e Fundação ANFIP (ANFIP 2015) Eduardo Fagnani 68

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016* Saldo de contratações de empregados com vínculo formal de emprego (em mil) 2000 a 2016 3.000 2657 1,2 2.000 1.000 658 591 958 869 1768 1549 1519 1911 1666 1325 2109 1326 1058 565 1 0,8 0 0,6-1.000-718 0,4-2.000-1425 0,2-3.000 0 Fonte: CAGED (MTE). *Saldo de contratações até setembro de 2016. Eduardo Fagnani 69

Em % Taxa de Desemprego (%) - 2002 a 2015 15 12,5 12,4 13,1 10 10,8 10,4 10,2 8,5 8,9 7,3 6,4 6,0 5,8 6,4 5 4,8 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Fonte: Pesquisa Mensal de Emprego (IBGE). Eduardo Fagnani 70

EM R$ EM % 30 RESULTADO DO RGPS, URBANO (R$ BILHÕES NOMINAIS E % DO PIB) 1,2% 1,0% 20 0,8% 10 0,5% 20,5 0,5% 0,5% 0,4% 24,5 24,3 25,3 0,6% 0,4% 0 0,0% -1,3 0,0% 1,6 0,2% 8,4 0,1% 5,1 0,2% 0,0% -13,6-13,6-12,5-0,2% -10-0,6% -0,6% -0,5% -0,4% -0,6% -20-0,8% -1,0% -30 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015-1,2% Fonte: MTPS. 71

RGPS- CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS (EMPREGADOR E TRABALHADOR) TAXA DE CRESCIMENTO REAL ANUAL (2001-2016) ELABORAÇÃO: DENISE GENTIL 12,0 % 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 1,8 3,4 4,0 6,3 9,4 10,4 8,8 9,9 6,8 10,0 8,9 6,9 4,7 2,8 0,0-2,0-4,0-6,0-8,0 Anos -6,2-3,8 PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 72

RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL TAXA DE CRESCIMENTO REAL ANUAL (2007-2016) ELABORAÇÃO: DENISE GENTIL PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 73

Recompor a capacidade financeira do Estado: maior equidade na distribuição dos custos do ajuste 1. REDUZIR JUROS Eduardo Fagnani 74

RS FIGURA 13 GASTOS FEDERAIS DIRETOS COM JUROS E PREVIDÊNCIA (R$ BILHÕES CORRENTES) (205-2015) BRASIL 600 Juros Previdência 502 500 436 400 300 200 158 145 162 165 100 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Anos Fonte: Banco Central. PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 75

45 36 43 38 43 36 41 50 57 86 163 206 198 166 171 164 195 233 232 237 214 249 R$ 502 675 FIGURA 17 VARIAÇÃO DA DÍVIDA BRUTA, DESPESAS COM JUROS E NECESSIDADES DE FINANCIAMENTO DO INSS (EM R$ BILHÕES CORRENTES) (2007-2016) BRASIL 800 700 Variação da DBGG Juros nominais Necessidade de financiamento do INSS 600 500 400 300 200 100 0 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016* * Valores até novembro/2016. Fonte: Banco Central. Anos PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 76

2. Revisar as renúncias tributárias Eduardo Fagnani 77

FIGURA 1 DESONERAÇÕES TRIBUTÁRIAS TOTAIS E SOBRE A SEGURIDADE SOCIAL (EM R$ MILHÕES CORRENTES) 2009-2015 ANO DESONERAÇÃO TOTAL* % PIB* DESONERAÇÕES DE CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS Contribuição Previdência Social Cofins CSLL PIS- Pasep TOTAL DAS DESONERAÇÕES DE RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL 2009 116.098 3,65 17.905 29.418 6.087 5.651 59.061 1,85 2010 113.861 3,60 18.183 33.883 8.333 6.955 67.354 2,02 2011 152.406 3,68 21.156 34.618 5.830 6.542 68.146 1,75 2012 182.410 4,15 24.412 41.376 6.976 8.145 80.909 1,78 2013 225.630 4,66 33.743 46.142 8.788 9.060 97.733 1,97 2014 253.902 4,92 57.012 58.510 9.301 11.639 136.462 2,60 2015 282.437 4,93 62.519 70.538 10.490 14.100 157.647 2,75 Fonte: Receita Federal (Ministério da Fazenda). Demonstrativos de gastos tributários. PLOA (projeções) e Relatório de Bases Efetivas. % PIB Eduardo Fagnani 78

3. Combater a sonegação de impostos Eduardo Fagnani 79

FIGURA 2 ESTIMATIVA DE SONEGAÇÃO FISCAL NO BRASIL 2015 TRIBUTO CARGA TRIBUTÁRIA (R$MILHÕES) % DO TOTAL % DO PIB INDICADOR DE SONEGAÇÃO ESTIMADO (% DO TRIBUTO) SONEGAÇÃO ESTIMADA (R$MILHÕES) % PIB TOTAL 1.951.452 100,00% 33,10% 23,20% 452.968 7,70% IR (1) 322.101 16,50% 5,50% 28,10% 90.621 1,50% IPI 49.266 2,50% 0,80% 33,40% 16.434 0,30% IOF 34.693 1,80% 0,60% 16,60% 5.742 0,10% II 39.015 2,00% 0,70% 24,80% 9.687 0,20% CONTR. PREVID. 371.814 19,10% 6,30% 27,80% 103.178 1,70% COFINS 201.673 10,30% 3,40% 22,10% 44.630 0,80% CSLL 61.382 3,10% 1,00% 24,90% 15.278 0,30% PIS-PASEP 53.781 2,80% 0,90% 22,10% 11.902 0,20% FGTS (2) 113.529 5,80% 1,90% 27,80% 31.504 0,50% ICMS (3) 406.978 20,90% 6,90% 27,10% 110.454 1,90% ISS (4) 54.110 2,80% 0,90% 25,00% 13.538 0,20% OUTROS (5) 243.109 12,50% 4,10% (-) (-) (-) Fonte: SINPROFAZ. Sonegação no Brasil Uma Estimativa do Desvio da Arrecadação do Exercício de 2015. Brasília. Jun. 2016. Notas: Eduardo Fagnani 80

4. Combater a elisão fiscal 5. Recuperar a Dívida Ativa da União Eduardo Fagnani 81

6. Reforma tributária que enfrente a injustiça fiscal Eduardo Fagnani 82

Jorge Rachid (secretário da Receita) na CAE/Senado: A renda mensal tributável média: Do 0,1% mais rico = R$ 135.103,00. Do 0,9% mais rico = R$ 35.165,00. Dos 50% dos contribuintes mais pobres= R$ 1.640,00 (73,3% da população economicamente ativa ).

7. A superação das inconsistências do regime macroeconômico e fiscal brasileiro Eduardo Fagnani 84

Eduardo Fagnani 85

Eduardo Fagnani 86

FIGURA 9 DISPONIBILIDADES DO GOVERNO FEDERAL NO BANCO CENTRAL (EM R$ MILHÕES CORRENTES) 2006-2015 1.000.000 900.000 800.000 700.000 600.000 500.000 400.000 300.000 200.000 100.000-2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Fonte: Banco Central. Eduardo Fagnani 87

QUESTÃO CENTRAL. QUE PAÍS QUEREMOS? QUE PAÍS TEREMOS?

MUITO OBRIGADO PREVIDÊNCIA: REFORMAR PARA EXCLUIR? 89