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DDESTAQUE. 29

Transcrição:

Entrevista com JP Sá Couto SA Com quality media press para LA VANGUARDIA & Expresso Jorge Sá Couto Administrador Quality Media Press Portugal não é conhecido pela fabricação de computadores, a vossa empresa demonstrou o contrario. Desde 1989 até agora, as ideias iniciais foram alteradas ou continuam as mesmas? R. As ideias iniciais eram diferentes até porque nós começamos como um empresa de assistência técnica. Só em 1994 é que começamos a fabricar os nossos computadores. Nós entendemos que desde 1994 a 1999 fizemos um estágio de aprendizagem como é que poderíamos fabricar os nossos computadores. Em 1994 quando começamos tínhamos um knowhow muito forte para poder ter algum sucesso. Hoje somos uma marca reconhecida em Portugal. Q. Quais os factores chave que vos levou a ter uma cota de mercado tão grande? R. Para nós tem sido essencialmente tentarmos estar sempre à frente dos outros. Sai uma nova tecnologia, nós rapidamente temos essa tecnologia. Num país como Portugal se pode ter uma parte de concepção e desenvolvimento que vai estando atento a tudo o que vai surgindo no mercado e nós fazemos as nossas configurações em primeira-mão e apresentamos as empresas em primeira linha e isso é o que define que é que vai à frente. Q. Qual a principal concorrente da empresa? R. Em Portugal a nossa principal concorrente são as empresas multinacionais, nomeadamente uma HP, Fujitsu, Siemens. Q. Como tem conseguido ultrapassar os vossos concorrentes? R. Nós temos tido algumas vantagens com integradores locais, temos maior flexibilidade em relação a essas empresas. Um dos factores de sucesso é a flexibilidade e a proximidade continua a ser um factor decisivo em Portugal. 1

Q. Fale-nos da sua marca. R. A marca saiu em 1993 e foi implementada em 1994. Na altura a nova vaga de computadores embora com conotações muito negativas devido ao que aconteceu, na altura era entendida como uma onda arrasadora da concorrência. Q. Qual o volume de negócios da empresa em 2005? R. O volume de facturação foi de cerca de 70 milhões de euros em Portugal. Q. Há duas formas de crescimento, uma é buscar outros negócios em Portugal, a outra é oferecer o mesmo negócio no estrangeiro. Qual das duas opções é a vossa eleita? R. Nós temos uma política de varias frentes. Uma passa por atacar mais o sul, isto porque somos uma empresa do norte, termos uma estrutura em Lisboa para podermos responder mais as necessidades. Fora de Portugal temos as componentes do Palop s e a ibérica. Na componente ibérica, entendemos que para ter sucesso em Espanha temos que ser espanhóis, ou seja, temos os que entender, aqui a nossa estratégia vai ser com uma parceria. Relativamente aos Palop s que por natureza está muito ligado a Portugal, temos uma afinidade muito grande que é de momento uma questão de oportunidade. Nos Palop s não estamos a vender mas temos clientes a vender e ai temos a internacionalização da nossa marca que é o que nós pretendemos. Q. Já escolheram a parceria com que vão trabalhar? R. Temos identificados alguns parceiros com os quais estamos a estudar qual o que tem mais afinidade com a nossa empresa. Q. A longo prazo qual o vosso objectivo na península ibérica? R. Em Espanha ainda temos muito trabalho a fazer. Não esperemos que dentro de 1 a 2 anos ter a cota de mercado que temos aqui, queremos fazer um trabalho sustentado e daqui a 4 ou 5 anos esperamos ser uma marca reconhecida também no mercado espanhol. 2

Q. De que tipo de negócio está a falar? R. Estamos essencialmente a falar de vender o nosso produto em cadeias de retalho para o pequeno distribuidor. Q. Qual a diferença entre o mercado espanhol e o mercado espanhol? R. Acho que é essencial conhecer o mercado porque as soluções não são as mesmas. O que se vende em Portugal pode ser o mesmo que se vende em Espanha, mas não se vende da mesma forma, a aproximação ao cliente tem de ser feito de outra forma. Há varias condicionantes que nós temos que entender muito bem e só com um parceiro local é que conseguimos ter o sucesso pretendido, cada mercado é um mercado. Em Espanha vamos apostar num acompanhamento mais personalizado do cliente, temos isso como objectivo. Nós temos muito cuidado na nossa produção e concepção e serviços de assistência. Não vejo a entrada em Espanha a não ser com uma parceria, com uma empresa que já lá esteja e que entenda o mercado já existente. Q. Também são da opinião que o governo espanhol é muito proteccionista e que é difícil entrar no mercado? R. Eu não concordo com isso, acho que em Espanha o governo, as regiões são mais inteligentes que em Portugal, defendem aquilo que devem defender e não de proteccionismo, se no próprio país à produção de equipamentos ou tecnologia tão boa como nos outros países porque não aproveita-la e criar riqueza para o país. Q. Acredita que vai ser possível tem também fabricação em Espanha? R. Se for necessário e se for uma condição para o desenvolvimento para criar postos de trabalho porque não. Q. Quantos colaboradores têm a empresa neste momento? R. Actualmente são 100 trabalhadores. Q. Quais os principais objectivos para os próximos 5 anos? 3

R. Queremos ser uma empresa ibérica. Achamos que o mercado cada vez mais é ibérico, Portugal está muito próximo de Espanha e cada vez mais é um mercado único para enfrentar a Europa e gostaríamos de ter uma ramificação com os Palop s. O nosso projecto para daqui a 5 anos é estarmos completamente internacionalizados principalmente nos países em que Portugal tem mais afinidade. Temos que dar muita atenção aos serviços, porque hoje os produtos podem-se diferenciar pelo serviço prestado de qualidade. Q. Qual o volume de facturação que gostariam de ter em 2010? R. Se o Grupo JP Sá Couto não estiver nos 500 milhões de euros é possível que já não exista e tenha sido adquirido por outra empresa. Q. A nível do Grupo qual o volume de facturação? R. O grupo foi constituído agora, por isso a nível de facturação só temos a JP Sá Couto, outros negócios estão a iniciar agora. 500 Milhões de euros seriam um bom valor. É complicado prever porque o mercado da informática por vezes dá uma volta muito grande e nós temos que nos ajustar rapidamente. Q. A JP Sá Couto tem crescido muito nos últimos anos, apesar da economia portuguesa não estar muito bem. Acreditam no plano tecnológico do governo? Tem sentido? Qual a vossa opinião? R. Tem sentido e era mais do que urgente. O problema de Portugal é que estava no século XXI, mas todos os procedimento principalmente a nível governamental estava no século XIX. O plano tecnológico a nível empresarial já começou há bastante tempo, todas as empresas que não se informatizaram, aboliram burocracias, não conseguiam criar competição. O plano tecnológico é essencialmente é para a máquina muito pesada do governo que para reduzir custos teria que optar. Um exemplo desta situação só agora é que se está a colocar a ADSL nas escolas, em Espanha já existe há muito tempo. Se estamos atrasados temos que pedalar mais rapidamente, para conseguirmos acompanhar o resto da Europa. O conjunto de intenções de fazer e esperemos que na pratica estejam a ser feitas. Esperemos que o governo seja inteligente como por exemplo o espanhol, privilegiando sectores que se desenvolvam e cresçam que dêem mais valor acrescentado ao país, de forma a conseguirmos exportar mais, temos um grande défice de exportação. Nós estamos expectantes de forma positiva, penso que vai trazer melhoria para o país. A crise existente em Portugal é mais um crise de estado ou 4

uma crise de administração publica do que crise empresarial. As empresas que já passaram por uma crise ou vingaram ou fecharam, o grande problema deste estado são o que eles vão fazer a mais à administração pública. Q. Como vê a evolução económica de Portugal? R. Em 2006 mesmo com a crise em que estamos a passar em Portugal os empresários neste momento já tem perspectivas de negócio. A economia é feita de perspectivas, podemos estar numa altura de baixa mas temos perspectivas de evolução de novos negócios que o ano passado não tínhamos. Nós estamos mesmo na curva entre o baixo e o início do alto. Os empresários neste momento sentiram uma estabilidade com um governo de maioria, é mais consistente e equilibrado e a partir daqui é que a economia consegue começar a subir. Q. Existe algo que queiram acrescentar a esta entrevista? R. Temos um longo trabalho pela frente para que possamos atingir o nosso objectivo. Em Portugal as pessoas têm que ser mais produtivas, ter menos absentismo. As grandes rupturas deram sempre origem a grandes evoluções. Não nos podemos esquecer que Portugal é a democracia mais novas da Europa, estamos em fase de aprendizagem. Há que aproveitar dos outros aquilo que fazem de bem. 5