Disciplina Engenharia e Sociedade

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Transcrição:

Universidade Federal de Juiz de Fora Faculdade de Engenharia Curso de Graduação em Engenharia Civil Disciplina Engenharia e Sociedade Material de Apoio Oitavo Período EPD097 TURMA E Engenharia Civil Primeiro Semestre 2019 Prof. José Aravena-Reyes Departamento de Construção Civil Unidade 3 Objetivos Pedagógicos Unidades Programáticas de Conteúdos Conhecer aspectos legais da profissão e suas implicações no exercício profissional. 1. Princípios em Direito 2. Direito na Engenharia (ênfase em Engenharia Civil) 1. Princípios em Direito Definições. O direito é um fenômeno social e uma estrutura normativa real. Suas fontes são os costumes (normas de conduta repetitivas), a lei (norma legislada), a jurisprudência (precedente de interpretação e uso) e a doutrina (critério científico de interpretação). Assim, dentro do marco normativo, a interpretação das leis pode ter sua origem autenticamente pelo legislador, doutrinária ou jurisprudencial, sendo que os métodos de interpretação podem ser linguísticos, lógico, teleológicos, histórico ou sistemático. O direito se divide em duas grandes categorias de ordem para o (direito) público e o (direito) privado. O primeiro regula o Estado e envolve o Direito Constitucional, Administrativo, Processual, Penal, Financeiro e Internacional Público. Já o segundo rege às pessoas físicas e jurídicas privadas e se debruça sobre o Direito Civil, Comercial, 1 de 6

Trabalhista e Internacional Privado. Tem uma perspectiva objetiva (o que efetivamente está na lei) e outra subjetiva (faculta o sujeito a fazer ou não o que o direito objetivo permite). A hierarquia normativa começa na Constituição segue para as suas emendas, leis complementares, ordinárias, delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. Sobre estes princípios o Direito deve aplicar a norma existente para proferir uma decisão e como tal essa decisão não pode ser ambígua ou infundamentada. Em direito, a personalidade é um ente físico ou coletivo sujeito a direitos e deveres. A pessoa pode ser física (sujeito individual) ou jurídica (agrupamento humano) e deve atender a deveres e direitos estabelecidos na lei, possuindo uma dimensão econômica na figura do seu património. Também relativo ao direito, seja na Engenharia ou outras áreas, o conceito de bem é também foco da norma. Algumas dessas conceituações são as de bens móveis ou imóveis, fungíveis (substituíveis) ou não fungíveis, divisíveis ou singulares, principais ou acessórios, pertenças, benfeitorias, bens públicos (no domínio do Estado) e de uso especial do Estado entre outros. Assim, sobre os bens e as coisas em geral pode existir direito, como o direito de posse direta ou indireta, comum, justa ou injusta, de boa ou má fé, velha ou nova, assim como o direito de adquirir a coisa seja de origem natural ou derivada ou perder por abandono ou ações possessórias que podem ser ou não indenizatórias. De forma similar, no direito o conceito de propriedade é caracterizado como a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem que injustamente a possua o detenha (direito de usar, gozar, dispor e reivindicar), tudo isso em relação a uma coisa ou bem específico. Sendo que especificamente em relação à propriedade (privada), ela deve atender a sua função social. Porém há certo tipo de coisa (projeto, obra de arte etc) que é produto de um agente e, portanto, tem autoria. Assim, os direitos do autor, são também parte das normativas legais. Ao autor lhe é conferido direito exclusivo de utilização, publicação, reprodução ou herança das suas obras individuais ou coletivas em diverso graus e formas. Direitos de autor podem ser morais (reivindicar autoria, assegurar integridade etc) ou patrimoniais (edição, adaptação, tradução etc). Sistema Judiciário. O poder Judiciário, que aplica as normas estabelecidas para fazer justiça ou resolver litígios com base em três princípios fundamentais: inafastabilidade do controle judiciário, o da inércia e o do devido processo legal. Seus principais entes são o Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, do Trabalho, do Sistema Eleitoral e do Sistema Militar. Cada um deles aplica as normas em tribunais de justiça, especiais civis e criminais, sejam federais ou não, para questões relativas ao trabalho, às eleições e aos assuntos das forcas armadas. Utilizam instrumentos como as sumulas (jurisprudência) e os recursos extraordinários e podem se organizar em termos de justiça federal ou estadual. Direito ao Trabalho. 2 de 6

Atualmente, e na formalidade do reconhecimento social, os engenheiros são aqueles que tiveram a formação e autorização para executar um conjunto de atividades características da profissão. Uma profissão é caracterizada pela dedicação assídua a uma atividade remunerada que requer de uma preparação específica que é acompanhada de um senso de pertencimento e de um estatuto corporativo e identitário. No Brasil, a profissão de engenheiro é regulamentada pelo Estado, uma vez que a constituição da República Federativa (BRASIL, 1988) estipula que o livre exercício de trabalho, ofício ou profissão deve atender as qualificações profissionais da lei (artigo 5º, item XIII) assim como nela se encontra definido que compete exclusivamente à União legislar sobre o sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões (artigo 22º, item XVI). Direito de Construir. A Lei garante o direito de qualquer pessoa construir, desde que possua propriedade para tal e que respeite o direito dos vizinhos e todas as normativas pertinentes (principalmente o código civil e as normativas estaduais e municipais). Da intenção de construir deve-se obter uma licencia, quer dizer, um ato administrativo constitutivo formal que possibilita àquele que solicita, o direito de construir, nos termos que for deferida tal licença, na forma de alvará relativo ao imóvel em si. Concluída a construção, a mesma deve ser vistoriada, para em seguida, a administração emitir o chamado habite-se, que corresponde ao direito de uso do imóvel. Constituição A história do Brasil, como estado, começa em 1822 com a independência e avança para a posterior declaração do Estado Novo em 1937. A primeira constituição foi proclamada em 1824, sendo que a última (a oitava) foi proclamada em 1988. Esta é a chamada Constituição da República ou constituição do 88. Esta constituição, posterior ao regime militar que governou Brasil entre 1964 e 1988, é chamada a constituição cidadã, e fruto de uma assembleia constituinte que fixou os principais aspectos da norma brasileira. República Federada, presidencialista, republicana, com valorização dos direitos fundamentais humanos e outras novas tutelas de direito (consumidor, meio ambiente etc), com municípios com entidades federativas, valorização do poder legislativo, ampliação do controle da constitucionalidade, inclusão de plebiscitos e revisões constitucionais, administrativas, da previdência, econômicas e a do próprio judiciário. Legislação trabalhista. As leis trabalhistas no Brasil nascem formalmente no governo Getulio Vargas sob o nome de CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Essa normativa esteve vigente até recentemente, momento no qual se estabeleceram novas bases para a legislação trabalhista. Em geral, os aspectos que continuam a ser vigentes nas leis trabalhistas, são a jornada de trabalho, carteira, horas extras, direitos de gestantes, férias, vale transporte e refeição, demissão por justa causa e aviso prévio. Aspectos incorporados na recente legislação (2013) tentar conciliar as mudanças nas formas de produção contemporânea e outros valores 3 de 6

sociais que influenciam as relações entre empregado e empregador. Mas em ambos os casos, a perspectiva do empregador também é parte de escopo normativo. Entre outras coisas, as principais mudanças da nova legislação são Férias: As férias poderão ser fracionadas em até três períodos, mediante negociação, contanto que um dos períodos seja de pelo menos 15 dias corridos (Antes as férias de 30 dias podem ser fracionadas em até dois períodos, sendo que um deles não pode ser inferior a 10 dias. Há possibilidade de 1/3 do período ser pago em forma de abono); Jornada diária poderá ser de 12 horas com 36 horas de descanso, respeitando o limite de 44 horas semanais (ou 48 horas, com as horas extras) e 220 horas mensais (Antes a jornada é limitada a 8 horas diárias, 44 horas semanais e 220 horas mensais, podendo haver até 2 horas extras por dia); Tempo na empresa: Não são consideradas dentro da jornada de trabalho as atividades no âmbito da empresa como descanso, estudo, alimentação, interação entre colegas, higiene pessoal e troca de uniforme (Antes a CLT considera serviço efetivo o período em que o empregado está à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens); Descanso: O intervalo dentro da jornada de trabalho poderá ser negociado, desde que tenha pelo menos 30 minutos. Além disso, se o empregador não conceder intervalo mínimo para almoço ou concedê-lo parcialmente, a indenização será de 50% do valor da hora normal de trabalho apenas sobre o tempo não concedido em vez de todo o tempo de intervalo devido (Antes o trabalhador que exerce a jornada padrão de 8 horas diárias tem direito a no mínimo uma hora e a no máximo duas horas de intervalo para repouso ou alimentação); Remuneração: O pagamento do piso ou salário mínimo não será obrigatório na remuneração por produção. Além disso, trabalhadores e empresas poderão negociar todas as formas de remuneração, que não precisam fazer parte do salário. (Antes a remuneração por produtividade não pode ser inferior à diária correspondente ao piso da categoria ou salário mínimo. Comissões, gratificações, percentagens, gorjetas e prêmios integram os salários); Plano de cargos e salários: O plano de carreira poderá ser negociado entre patrões e trabalhadores sem necessidade de homologação nem registro em contrato, podendo ser mudado constantemente (Antes o plano de cargos e salários precisa ser homologado no Ministério do Trabalho e constar do contrato de trabalho); Transporte: O tempo despendido até o local de trabalho e o retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho (Antes o tempo de deslocamento no transporte oferecido pela empresa para ir e vir do trabalho, cuja localidade é de difícil acesso ou não servida de transporte público, é contabilizado como jornada de trabalho); No trabalho intermitente (por período) o trabalhador poderá ser pago por período trabalhado, recebendo pelas horas ou diária. Ele terá direito a férias, FGTS, previdência e 13º salário proporcionais. No contrato deverá estar estabelecido o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor do salário mínimo por hora ou à remuneração dos demais empregados que exerçam a mesma função (Antes a legislação atual não contempla essa modalidade de trabalho); Trabalho remoto (home office): Tudo o que o trabalhador usar em casa será formalizado com o patrão via contrato, como equipamentos e gastos com energia e internet, e o controle do trabalho será feito por tarefa (Antes a legislação não contempla essa modalidade de trabalho); A duração do trabalho parcial pode ser de até 30 horas semanais, sem possibilidade de horas extras semanais, ou de 26 horas semanais ou 4 de 6

menos, com até 6 horas extras, pagas com acréscimo de 50%. Um terço do período de férias pode ser pago em dinheiro (Antes a CLT prevê jornada máxima de 25 horas por semana, sendo proibidas as horas extras. O trabalhador tem direito a férias proporcionais de no máximo 18 dias e não pode vender dias de férias); Convenções e acordos coletivos poderão prevalecer sobre a legislação. Assim, os sindicatos e as empresas podem negociar condições de trabalho diferentes das previstas em lei, mas não necessariamente num patamar melhor para os trabalhadores (Antes as convenções e acordos coletivos podem estabelecer condições de trabalho diferentes das previstas na legislação apenas se conferirem ao trabalhador um patamar superior ao que estiver previsto na lei); Os trabalhadores poderão escolher 3 funcionários que os representarão em empresas com no mínimo 200 funcionários na negociação com os patrões. Os representantes não precisam ser sindicalizados. Os sindicatos continuarão atuando apenas nos acordos e nas convenções coletivas (Antes a Constituição assegura a eleição de um representante dos trabalhadores nas empresas com mais de 200 empregados, mas não há regulamentação sobre isso. Esse delegado sindical tem todos os direitos de um trabalhador comum e estabilidade de dois anos.); O contrato de trabalho poderá ser extinto de comum acordo, com pagamento de metade do aviso prévio e metade da multa de 40% sobre o saldo do FGTS. O empregado poderá ainda movimentar até 80% do valor depositado pela empresa na conta do FGTS, mas não terá direito ao seguro-desemprego (Antes, quando o trabalhador pede demissão ou é demitido por justa causa, ele não tem direito à multa de 40% sobre o saldo do FGTS nem à retirada do fundo. Em relação ao aviso prévio, a empresa pode avisar o trabalhador sobre a demissão com 30 dias de antecedência ou pagar o salário referente ao mês sem que o funcionário precise trabalhar); A contribuição sindical será opcional (Antes a contribuição é obrigatória. O pagamento é feito uma vez ao ano, por meio do desconto equivalente a um dia de salário do trabalhador). Terceirização: A nova regra prevê ainda que o terceirizado deverá ter as mesmas condições de trabalho dos efetivos, como atendimento em ambulatório, alimentação, segurança, transporte, capacitação e qualidade de equipamentos; É permitido o trabalho de mulheres grávidas em ambientes considerados insalubres, desde que a empresa apresente atestado médico que garanta que não há risco ao bebê nem à mãe. Mulheres demitidas têm até 30 dias para informar a empresa sobre a gravidez (Antes as mulheres grávidas ou lactantes estão proibidas de trabalhar em lugares com condições insalubres. Não há limite de tempo para avisar a empresa sobre a gravidez); O banco de horas pode ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação se realize no mesmo mês (Antes o excesso de horas em um dia de trabalho pode ser compensado em outro dia, desde que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas. Há também um limite de 10 horas diárias); A homologação da rescisão do contrato de trabalho pode ser feita na empresa, na presença dos advogados do empregador e do funcionário que pode ter assistência do sindicato (Antes a homologação da rescisão contratual deve ser feita em sindicatos); Ações na Justiça: O trabalhador será obrigado a comparecer às audiências na Justiça do Trabalho e, caso perca a ação, arcar com as custas do processo. Para os chamados honorários de sucumbência, devidos aos advogados da parte vencedora, quem perder a causa terá de pagar entre 5% e 15% do valor da sentença (antes o trabalhador pode faltar a até três audiências judiciais. Os honorários referentes a perícias são pagos pela União. Além disso, quem entra com ação não tem nenhum custo); A multa para empregador que mantém 5 de 6

empregado não registrado é de R$ 3 mil por empregado, que cai para R$ 800 para microempresas ou empresa de pequeno porte (Antes a empresa está sujeita a multa de um salário mínimo regional, por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência). Para começar na aula... Leia a parte da Constituição Brasileira que norma o direito ao livre trabalho. Leia a lei 5.194 que institui o sistema CONFEA/CREA Recomendação para ir longe com o pensamento... Pesquise sobre a nova lei da previdência social e posicione-se criticamente perante a necessidade atual da reforma e a perda de direitos que a mesma considera necessária para o equilíbrio das contas fiscais. 6 de 6