BASES CONCEITUAIS E METODOLÓGICAS DA PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DO CFM SOBRE OS SERVIÇOS HOSPITALARES DE URGÊNCIAS / PS

Documentos relacionados
ANEXO I DA RESOLUÇÃO CFM nº 2.077/14

ANEXO DA RESOLUÇÃO CFM nº 2.079/14

Dr. Renato Françoso Filho. UPA s

I ENCONTRO NACIONAL DOS CONSELHOS DE MEDICINA Belém, 7 de março de 2013

RESOLUÇÃO CFM nº 2.077/2014

CURSO DE ENFERMAGEM CICLO DAS NECESSIDADES DO CUIDADO EM SAÚDE 1 SEMESTRE EIXO CUIDADO COM A SAÚDE DA CRIANÇA MÓDULOS

Tipologia dos Estabelecimentos de Saúde

PROFª LETICIA PEDROSO

Política Nacional de Saúde Mental

Diretor técnico: AFRÂNIO JORGE COSTA MAGALHÃES (CRM: 9692)

Diretor técnico: ADEMY CRISTYAN BARROS LANDIM DOS SANTOS (CRM: )

Por determinação deste Conselho fomos ao estabelecimento acima citado verificar suas condições de funcionamento.

Rua Dr. Henrique Nascimento, s/nº - Centro Belo Jardim. Diretor técnico: LUIZ CARLOS DE ARAUJO MESQUITA (CRM: 9392)

POLÍTICA NACIONAL DE INTERNAÇÃO DOMICILIAR

Diretor técnico: JULIO JOSE REIS DE LIMA (CRM: 6051)

Coordenação-Geral de Atenção Domiciliar/DAB/SAS/MS

CFM informa sobre os direitos dos pacientes no SUS.

Por determinação deste Conselho fomos ao estabelecimento acima citado verificar suas condições de funcionamento.

Experiência da carreira no setor privado

Diretor técnico: Filipe Eduardo Silva de Souza (CRM: )

PROTOCOLO CÓDIGO AZUL E AMARELO

PARECER COREN-SP 007/2016 CT. Tíckets nºs: ; ; ; e

NOTA TÉCNICA Nº. 024/2014

Urgência e Emergência. Prof.ª André Rodrigues PORTARIA 2048/2002 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Câmara Municipal de Volta Redonda RJ PROGRAMA Nº - 191

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DA GERÊNCIA DE LEITOS

Diretor técnico: BLENIO ALVES CUSTODIO DE SOUSA (CRM: )

GESTÃO DA CLINICA E A INSERÇÃO DAS UPA24H NA REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

PARECER CONSULTA CRM/PA PROCESSO CONSULTA PROTOCOLO N 3662/2017 PARECERISTA: CONSELHEIRO ARTHUR DA COSTA SANTOS.

Por determinação deste Conselho fomos ao estabelecimento acima citado verificar suas condições de funcionamento.

GERAL HE PARA LIGAÇÕES INTERURBANAS UTILIZAR EXCLUSIVAMENTE O LANEIRA (SAME/CONTAS MÉDICAS)

Desafios para o Investimento Hospitalar no Sistema Unimed. Fábio Leite Gastal, MD, PhD

I-Group Care Gestão Hospitalar Rua Antonio de Camardo, 41 Tatuapé São Paulo SP TEL (11) CEL (11)

ECONOMIA GERADA COM DESOSPITALIZAÇÕES GARANTINDO SEGURANÇA, SATISFAÇÃO E CREDIBILIDADE

GERAL HE PARA LIGAÇÕES INTERURBANAS UTILIZAR EXCLUSIVAMENTE O LANEIRA (SAME/CONTAS MÉDICAS)

Diretor técnico: MORGANA DOS SANTOS MACHADO (CRM: )

Diretor técnico: PEPE MIRANDA GUZMAN (CRM: )

Financiamento. Consultório na Rua PORTARIA Nº 123, DE 25 DE JANEIRO DE Sem portaria convivência e cultura. Estabelece, no âmbito Especializada/

Diretor técnico: EMANUEL ROBSON MACEDO SILVA (CRM: )

PARECER CONSULTA COMPLEMENTAR Nº 013/2011

Visão da Gestão Estadual sobre a organização da RUE apontada pela portaria Nº 1600/MS

Secretaria de Estado da Saúde SP Coordenadoria de Regiões de Saúde - CRS. Painel Santa Casa SUStentável

Por determinação deste Conselho fomos ao estabelecimento acima identificado verificar suas condições de funcionamento.

Política Nacional de Atenção às Urgências. Enfª Senir Amorim

Por determinação deste Conselho fomos ao estabelecimento acima identificado verificar suas condições de funcionamento.

Diretor técnico: não souberam informar (solicitado oficialmente em termo de fiscalização)

Prefeito participa da apresentação da nova Diretoria do hospital Ter, 07 de Março de :34

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE MATO GROSSO

POLÍTICAS MÉDICAS DO CFM / CRM s. Porto de Galinhas, 13 de setembro de 2011

PORTARIA Nº 1.663, DE 6 DE AGOSTO DE 2012

Organização das unidades de emergência e o gerenciamento de casos de risco. Miguelópolis Maio 2018

III REUNIÃO CIENTÍFICA APAMT Protocolos de Urgência e Emergência em empresas Dia 20 de Abril as 09:30h - Associação Médica do Paraná.

Saúde para São Paulo

Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível. HOSPITAL PARQUE BELÉM - Fundado em

Acolhimento com avaliação de risco nas Unidades de Urgência e Emergência referenciadas do Hospital das Clínicas da FMUSP

POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS

Objetivo. Melhorar a Eficiência Operacional Aumentar a produtividade sem aumentar o número de leitos

Diretor técnico: MILTON VALENTE RIBEIRO (CRM: )

Caracterizando a unidade. 24/03/2011 Inauguração da Unidade de Pronto Atendimento / UPA 24h Carapina.

Por determinação deste Conselho fomos ao estabelecimento acima citado verificar suas condições de funcionamento.

RESOLUÇÃO n 429 de 08 de julho de (D.O.U. nº 169, Seção I de 02 de Setembro de 2013)

T P PRÉ-REQUISITO T P PRÉ-REQUISITO

PARECER Nº 2614/ CRM-PR ASSUNTO: VAGAS EM LEITOS DE UTI PARECERISTA: CONS.ª NAZAH CHERIF MOHAMAD YOUSSEF

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO PROTOCOLO DE MANCHESTER. Ieda Marta Forte Coordenadora de Enfermagem UNIMED VALE DO SINOS

Cuidado. Crack, é possível vencer Aumento da oferta de tratamento de saúde e atenção aos usuários

175 profissionais CLT

Organização das unidades de emergência e o gerenciamento de casos de risco. Batatais Junho 2018

21 tópicos para entrar na análise e enfrentamento da. Superlotação dos Serviços Hospitalares de Urgências SHU

Além de permitir uma melhor organização da assistência; Articular os serviços; Definir fluxos e referências resolutivas, é elemento indispensável

Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um serviço de internação para

REDE DE ATENÇÃO A SAÚDE DE DIADEMA 20 Unidades Básicas de Saúde UBS: com 70 equipes de Saúde da Família com médico generalista; 20 equipes de Saúde da

ENFERMAGEM LEGISLAÇÃO EM SAÚDE

Por determinação deste Conselho fomos ao estabelecimento acima citado verificar suas condições de funcionamento.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE HOSPITAL MATERNO INFANTIL PRESIDENTE VARGAS SERVIÇO DE PEDIATRIA OPERAÇÃO INVERNO

HOSPITAL E MATERNIDADE POLICLIN Unidade Taubaté

Diretor técnico: ULIANNA BANDEIRA OLIVEIRA LINS (CRM: )

PROCEDIMENTO DE CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS ESPECIALIZADOS Nº DT 02/2016

Estrutura detalhada da CNAE-Subclasses 2.3 COMPATÍVEIS COM A ATIVIDADE MÉDICA Códigos (seções, divisões, grupos, classes e subclasses) e denominações

TERMO TÉCNICO PARA ELABORAÇÃO DE PROPOSTA

Serviços Contratados Meta Jan Fev Mar Abr Mai. Fonte: MV : Atendimento Atendimento- Internação Relatório estáticos Hospitalar Sintético/ imprimir

Por determinação deste Conselho fomos ao estabelecimento acima citado verificar suas condições de funcionamento.

Fórum de Custos PAINEL DE INDICADORES. Maria Beatriz Nunes Pires Coordenadora Técnica Central de Análises - Planisa

XXVII CONGRESSO do COSEMS/SP Regulação do Acesso

Guia do Paciente Unidades de Pronto Atendimento

Superintendência de Gestão, Planejamento e Finanças Gerência de Contratos e Convênios ANEXO II METAS DE PRODUÇÃO

Perfil epidemiológico do CTI e estrutura de atendimento

GERENCIAMENTO DE RISCO DE QUEDA

GRADE CURRICULAR DO CURSO DE ENFERMAGEM DA FAIT INGRESSANTES EM 2017

Estratégias de Fortalecimento da Atenção Básica no Estado de Mato Grosso Leda Maria de Souza Villaça Secretária Municipal de Saúde de Juína

Por determinação deste Conselho fomos ao estabelecimento acima identificado verificar suas condições de funcionamento.

PREMISSA DO ATENDIMENTO RESOLUTIVO

Por determinação deste Conselho fomos ao estabelecimento acima citado verificar suas condições de funcionamento.

Política Nacional de Atenção às Urgências

Diretor técnico: ADRIANA MACIEL DE LIMA GRANGEIRO (CRM: )

SERVIÇOS HOSPITALARES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

FIXADOS CRITÉRIOS PARA MELHORAR FLUXO DE ATENDIMENTO MÉDICO EM UTIS

Transferência Inter-hospitalar

Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) como potencial mediador para avaliar as demandas em saúde

Renovação da Licença Cédula de Identidade Profissional emitida pelo conselho de classe Alvará de localização e funcionamento

Transcrição:

BASES CONCEITUAIS E METODOLÓGICAS DA PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DO CFM SOBRE OS SERVIÇOS HOSPITALARES DE URGÊNCIAS / PS Dr. Armando De Negri Filho, MD MSc Coordenador Geral da Rede Brasileira de Cooperação em Emergências Membro Titular da Câmara Técnica de Urgências e Emergências do CFM armandodenegri@yahoo.com Belém do Pará 07.03.13

Planejamento de oferta Carga de trabalho e infraestrutura de acordo com demografia e epidemiologia da população a ser assistida NECESSIDADES DEFINEM OFERTA Definir um dever ser para as urgências hospitalares rompendo o isolamento do debate brasileiro e atualizando nosso conceitos sobre a organização das urgências

Persistencia da desproporção entre necessidades e ofertas temos 1,85 leitos no SUS para uma necessidade de 4 por mil habitantes, onde 2 seriam para a atenção de pacientes agudos e agudizados. temos 371 serviços hospitalares de urgências onde deveríamos ter mais de 750 pelo padrão espanhol.

A urgência se define pelo critério de tempo em que se deve responder a necessidade. Tempo como cronologia / duração, intensidade e oportunidade Urgência adequadamente avaliada e respondida Gravidade Complexidade # PONTO DE CORTE MAIS DE 50.000 C0NSULTAS / ANO

Pronto Socorro Hospitalar ou Serviço Hospitalar de Urgência Pré-classificação pré-hospitalar móvel Recepção Sala de reanimação pacientes graves Médico fixo 2 leitos / máx. 4 hs. Salas especiais Isolamento Saúde mental t1 = espera pela classificação Classificação de paciente agudo ou agudizado Definição da urgência por tempo de espera para atenção médica Sala de espera agudos com potencial de gravidade Boxes de atendimento Carga anual 2,5 pacientes médicos/hora t3 = espera por atendimento t2 Em qualquer momento o médico pode reclassificar Sala de espera agudos sem potencial de gravidade Consultórios Carga anual 3,5 pacientes por hora/médico Procedimentos enfermagem 12h para alta ou Internação Gerencia Médica de Fluxo / Leitos/ Altas Sala com poltronas Procedimentos de enfermagem Sala leitos de observação 1 médico por 8 leitos Interconsulta especialidades Diagnóst imagem Laboratório clínico

Internação de agudos e agudizados 1.Unidades de Internação de curta duração - acute care units: Unidade de cuidado de agudos de até 72 horas de permanência (por critério de prognóstico para alta, afetando o tempo de permanência geral, beneficiando enormemente os idosos) 2. Leitos de agudos de internação: permanência > 72 horas (tempo de permanência referência geral OCDE até 6 dias) 3. Leitos de cuidados intermediários!!!!! 4. Leitos de terapia intensiva 5. Paliativos / Terminais PAPEL DO MÉDICO GERENTE DE FLUXOS / LEITOS, CONTROLA RITMO E QUALIDADE DA ATENCAO / NOTAS DE ALTA L E I T O S D E A G U D O S

Capacitação/habilitação/certificação nos termos da Portaria 2048/2002 Limite de duração de plantões médicos 12hs. Sistematicidade de registro médico / prontuário/ reclassificação / tempos

Será fundamental um planejamento estruturado e um esforço sustentado para a implantação dessa futura resolução, pois sua complexidade corresponde a sua relevância para a saúde da população brasileira e para a dignificação do trabalho médico. Obrigado.