PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO - PPC CURSO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

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Transcrição:

PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO - PPC CURSO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA RIBEIRÃO PIRES 2011

SUMÁRIO I APRESENTAÇÃO... 4 II MANTENEDORA... 5 III IDENTIFICAÇÃO DA IES... 5 1 HISTÓRICO... 6 1.1 Breve Histórico da Mantenedora O.E.R.P... 6 1.2 Breve Histórico da MantIda- FIRP... 6 1.2.1 Inserção Regional... 7 1.2.2 Identidade Regional do Grande ABC... 7 1.2.3 A Região do Grande ABC... 8 1.3 Missão... 15 1.3.1 A visão de futuro... 16 1.3.2 Objetivos e metas... 16 2 JUSTIFICATIVA E CONCEPÇÃO DO CURSO... 17 2.1 Dados do Curso... 17 2.2 Histórico... 17 2.3 Concepção de Curso... 17 2.4 Objetivos do Curso... 18 2.5 Perfil Profissiográfico do Egresso... 19 2.5.1 Perfil do Egresso... 19 2.6 Competências e habilidades... 19 3 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR... 20 3.1 Coerência e Adequação curricular... 21 3.1.1 Coerência do Currículo com os Objetivos do Curso... 21 3.1.2 Coerência do Currículo com o Perfil do Egresso... 21 3.1.3 Coerência do Currículo em Face das Diretrizes Curriculares Nacionais... 21 3.1.4 Adequação da Metodologia de Ensino à Concepção do Curso... 21 3.1.5 Inter-relação dos Componentes Curriculares na Concepção e Execução do Currículo - Formas de Realização da Interdisciplinaridade... 22 3.1.6 Modos de Integração entre Teoria e Prática... 22 3.1.7 Dimensionamento da Carga Horária dos Componentes Curriculares... 22 3.1.8 Adequação e Atualização das Ementas e Programas dos Componentes Curriculares... 22 3.1.9 Adequação, Atualização e Relevância da Bibliografia... 22 3.2 Formação Prática na Estrutura Curricular... 23 3.2.1 Atividades Culturais Articuladas ao Ensino de Graduação... 24 3.2.2 Participação dos Discentes nas Atividades Acadêmica... 24 3.2.3 Participação dos Discentes em Programas de Práticas de Investigação... 24 3.2.4 Estágio Supervisionado... 24 3.2.5 Atividades Complementares... 24 3.2.6 Estratégias de Revisão Constante e Permanente do Currículo... 25 3.2.7 Atividades Extra-Classe... 25 3.2.8 Trabalho de Conclusão de Curso TCC... 25 3.3 Estratégias de Gestão e Acompanhamento do Curso 26 3.3.1 Organização do Atendimento Psicopedagógico... 27 3.3.2 Serviço de Monitoria... 27 3.3.3 Articulação entre Gestão Institucional Congregação e Colegiados de Cursos... 28 3.3.4 Organização do NDE e do Colegiado de Curso... 29 3.4 Sistema de Auto-Avaliação do Curso... 29 2

3.5 Medidas Corretivas a partir da Avaliação Contínua do PPC e das Avaliações Internas e externas... 30 3.6 Formas de avaliação do Ensino e da Aprendizagem... 30 3.6.1 Regime de Avaliação da Aprendizagem... 30 3.6.2 Critérios para Aprovação... 31 3.7 Coerência do Sistema de Avaliação do Processo Ensino Aprendizagem com a Concepção... 32 3.8 Forma de acesso ao curso... 32 4 MATRIZ CURRICULAR... 33 4.1 Distribuição da carga horária Proporcionalidade... 34 4.2 Ementário Dos Componentes Curriculares E Bibliografia Básica... 34 4.3 Corpo Docente... 67 4.3.1 Quadro Resumo de Titulação... 70 43.2 Plano de Carreira... 71 4.3.3 Progressão Funcional e Capacitação Docente... 72 4.3.4 Categorias... 72 4.3.5 Níveis/Qualificação... 73 4.4 Adequação de Professores as Disciplina... 73 IV Anexos... 74 Anexo I - Plano de Estágio Supervisionado... 75 Anexo II - Manual de Orientação para Atividades Complementares... 87 Anexo III Manual do TCC... 96 Anexo IV Infra -estrutura Física e Acadêmica... 108 Anexo V Regulamento do Conselho de Curso... 119 Anexo VI NDE... 122 Anexo VII Currículo do Coordenador... 128 3

4 I APRESENTAÇÃO O projeto pedagógico busca adequar-se ao novo paradigma da educação brasileira, no qual o foco se transfere dos conteúdos para o desenvolvimento de competências, na mesma medida em que a prática da situação de sala de aula se desloca do professor para o aluno e do ensinar para aprendê-lo. Nesse contexto, o desenvolvimento de competências e não o conteúdo curricular por si deve ser o elemento orientador da formulação do currículo e do projeto pedagógico do Curso Superior Bacharelado em Educação Física. É importante frisar que uma competência é uma articulação de saberes tanto conceituais quanto psicomotores, de atitudes e de valores, fundada em um conjunto de tecnologias, entendidas em um sentido amplo, como os instrumentos e técnicas que permitem a expressão da competência profissional. O projeto pedagógico do Curso Superior Bacharelado em Educação Física foi construído a partir de concepções gerais e integradas tendo em vista o perfil desejado do egresso, objetivando: desdobrar, detalhar e aprofundar essas concepções em termos de competências, habilidades, atitudes e valores. Os componentes curriculares, de forma articulada, assumem o compromisso de contribuir para o desenvolvimento de competências específicas e gerais, na construção e reconstrução de conceitos, princípios e processos educativos/ técnico. O projeto apresenta o histórico da Instituição, os aspectos conceituais e pedagógicos considerados na concepção e na condução do curso, conforme as diretrizes curriculares para o curso emanadas pelo MEC, bem como a descrição de sua matriz curricular, o programa das disciplinas, informações do corpo docente, das instalações e da infraestrutura disponíveis para sua realização. A formação de alunos com alta qualificação técnica, profissional e humana-cidadã se faz presente desde a criação do curso e representa o resultado do esforço coletivo dos dirigentes, coordenadores, professores e funcionários da FIRP.

5 II MANTENEDORA II.I Nome O.E.R.P. Organização Educacional de Ribeirão Pires II.II Endereço Rua Coronel Oliveira Lima, nº 3345 Parque Aliança II.III Cidade Ribeirão Pires II.IV Estado São Paulo II.V CEP 09404-100 II.VI Fone/Fax (11) 4822-8520 / (11) 4828-5513 II.VII Mantida Faculdades Integradas de Ribeirão Pires - FIRP. II.VII.I Dirigente Principal Diretor/Professor Paulo Henrique Ansaldi III IDENTIFICAÇÃO DA IES III.I Instituição Faculdades Integradas de Ribeirão Pires - FIRP. III.II Curso Superior Licenciatura em Educação Física III.II.I Aprovação do Curso no Conselho Superior Aprovação em 28/03/2001. Reconhecido pela Portaria n. 626 III.II.II Número de Vagas Turno Número de vagas (anuais) MATUTINO 40 NOTURNO 80 TOTAL 120 III.II.III Carga Horária / Integralização CURRÍCULO Carga horária 2.840 horas Relógio Duração 6 semestres III.III Dirigente Principal Profª Paulo Henrique Ansaldi

6 1. HISTÓRICO 1.1 Breve Histórico da Mantenedora O.E.R.P. A Organização Educacional de Ribeirão Pires - O.E.R.P. foi fundada por um grupo de professores da região, em 20 de dezembro de 1971, com a finalidade de gerir escolas de todos os níveis de ensino. A Entidade personalizou-se quando do registro de seus Estatutos no Registro de Títulos e Documentos da Comarca de Ribeirão Pires, sob o número 16, às fls. 08 do Livro A-1, em 06 de junho de 1972. Constituída na forma da lei, é uma associação sem fins lucrativos, com cadastro geral de contribuintes n.º 44.178.309/0001-41. A Entidade não remunera seus diretores e não distribui lucros, a qualquer título. Seus excedentes financeiros são aplicados na Instituição mantida. Oferece a alunos de baixa renda, dentro dos seus recursos, bolsas de estudo, inclusive as do ProUni. Cadastrada na Prefeitura Municipal de Ribeirão Pires no Cadastro Fiscal de Serviços, sob o no. 919/73 foi declarada de Utilidade Pública Municipal, pela Lei n.º 1.643, de 18 de dezembro de 1974, e foi declarada de Utilidade Pública Federal pela Portaria n.º 315, de 06 de abril de 2001, publicada no D.O.U de 09/04/2001. Até 1990, desenvolveu suas atividades no Externato Nerina Adelfa Ugliengo, à Rua João Ugliengo, n.º 12, no centro de Ribeirão Pires, como sede provisória. Hoje com sede própria, está instalada na Rua Coronel Oliveira Lima (antiga Capitão José Gallo), n.º 3.345, no Parque Aliança, em Ribeirão Pires - SP. Seu estatuto sofreu alterações em 2007 para adequar-se ao novo Código Civil. 1.2 Breve Histórico da Mantida - FIRP Em 13 de março de 1973, a Organização Educacional de Ribeirão Pires - O.E.R.P. obteve autorização para manter a Faculdade de Ciências e Letras de Ribeirão Pires (hoje, Faculdades Integradas), autorizada pelo Decreto n.º 71.897, de 13/03/1973 - com os seguintes cursos: Estudos Sociais, Letras, Matemática e Pedagogia, reconhecidos pelo Decreto n.º 78.971 de 16/12/1976. Foi criada com o propósito de formar professores e especialistas em educação para atuar no ensino de 1.º e 2.º graus, hoje fundamental e médio, na vigência da Lei n.º 5.692/71, com licenciatura nas quatro áreas acima mencionadas. Enquanto funcionou em sede provisória, não houve acréscimo de novos cursos. Com instalações limitadas, houve acréscimo apenas de novas habilitações: - ao curso de Estudos Sociais, pela via da plenificação, foram autorizadas e reconhecidas as habilitações de Geografia e de História; - o curso de Matemática, por conversão, foi transformado em curso de Ciências - licenciatura de 1.º grau e plena com habilitação em Matemática; - ao curso de Pedagogia, com habilitação em Orientação Educacional, foram autorizadas e reconhecidas às habilitações em Administração Escolar e de Supervisão Escolar para exercício nas escolas de 1.º e 2.º graus e, posteriormente, Magistério das Matérias Pedagógicas do ensino Médio. Tanto no caso de Estudos Sociais, quanto no de Pedagogia, as habilitações foram solicitadas para atender à necessidade de formação de professores para a rede de escolas de 1. o e 2. o graus, em expansão. Somente em 1991, com sede própria, solicitou o curso de Educação Física - licenciatura e bacharelado e, posteriormente, o bacharelado em Administração, com duas habilitações.

Em 1999, a antiga Faculdade de Ciências e Letras de Ribeirão Pires a Faculdade de Educação Física e a Faculdade de Administração foram unificadas sob a denominação de Faculdades Integradas de Ribeirão Pires, pela Portaria n.º 814, de 14/05/1999. A FIRP - Faculdades Integradas de Ribeirão Pires, é a única Instituição de Ensino Superior do município e vem crescendo de acordo com as necessidades locais. Em 1992, contava com aproximadamente 400 alunos - hoje, tem cerca de 1000 (mil) alunos, distribuídos em dez cursos: Administração, Educação Física, História, Letras, Matemática e Pedagogia e os Cursos Superiores de Tecnologia: Gestão Financeira, Gestão de Turismo, Logística e Gestão de Tecnologia de Informação. 1.2.1 Inserção Regional A FIRP - Faculdades Integradas de Ribeirão Pires está inserida na região do grande ABC que compõe a região metropolitana da Grande São Paulo, considerada uma das maiores do mundo. É composta por trinta e nove municípios em um território de oito mil e cinqüenta e um quilômetros quadrados. Essa região é caracterizada por intensa urbanidade e é potencializada pelas duas regiões metropolitanas vizinhas: Baixada Santista e Campinas. Juntas, representam mais de vinte e sete milhões de habitantes (IBGE, 2006). Há vários indicadores capazes de revelar a importância da região no cenário nacional, dentre eles: a) os que demonstram que na Grande São Paulo se concentra cerca de 26% dos empregos industriais e 23% dos empregos no setor de comércio e serviços existentes no país; b) os que apontam que mais de quarenta mil estabelecimentos industriais e cento e sessenta mil de comércio e serviços se localizam nessa região, representando cerca de 20% do total nacional (IBGE, 2006). 1.2.2 Identidade Regional do Grande ABC A identidade urbana da região do Grande ABC teve início no século passado, dando origem ao tecido urbano atual. Suas principais características de produção, consumo, gestão e troca se tornaram perceptíveis pela evolução de sua base produtiva que, sinteticamente, pode ser compreendida com base em quatro aspectos de sua produção local, tais como: as indústrias do início do século 20; o ciclo da indústria automobilística, nos anos 1950; a indústria petroquímica, nos anos 1970, e o processo de reconversão produtiva dos anos 1990. No início do século passado, um conjunto de fatores infra-estruturais, tais como a consolidação da São Paulo Railway; a abundância de água e energia elétrica gerada pela Represa Billings e a Usina Henry Borden; a mão-de-obra qualificada e urbana e a abundância de terras e o capital acumulado da economia cafeeira do interior do estado, deram início à implantação industrial na região como, por exemplo, as Indústrias Matarazzo S/A, de capital nacional; a Rhodia Química e a Chevrolet, de capitais internacionais. As características da produção extensiva deste modelo capitalista do início do século 20 foram essenciais para o início do processo de urbanização da região, baseado na presença das vilas operárias e dos centros comerciais locais. Esse modelo de produção, que pouco sofreu com a quebra dos preços do café na década de 1930, foi potencializado nos anos 1950 com os incentivos federais ao capital multinacional da indústria automobilística e pelo capital nacional da incipiente indústria de autopeças. Com isto, a região do Grande ABC recebeu significativa injeção de recursos, possibilitando a criação de novos empregos, a migração e geração de riquezas, constituindo significativo aporte de capital da região, com perfil de produção industrial bastante intenso. Diante de tais 7

características, a população aumentou, por meio da migração interna, expandindo suas cidades e criando novas demandas sociais. Nos anos 1970, com a estratégia produtiva do Governo Militar, a região do Grande ABC recebeu seu pólo petroquímico, que além de gerar riquezas e empregos, atraiu uma série de empreendimentos complementares pertinentes a esta cadeia produtiva. O perfil industrial do Grande ABC, nos anos 1980, caracterizou se pela diversidade produtiva de sua indústria: automobilística, metalúrgica, petroquímica e suas cadeias produtivas. Essa característica possibilitou qualificar seus trabalhadores como a elite da classe operária nacional, por fazer parte da região mais rica do Brasil. Paradoxalmente, o ABC passou a enfrentar problemas sociais intensos com a falta de habitação, saúde, educação e infra-estrutura urbana, em virtude de seu rápido e intenso crescimento urbano, fato comum em cenários de aceleração econômica. Com a criação do zoneamento industrial da região metropolitana de São Paulo, em 1978, que estabeleceu rígidas condições para a interminável expansão do parque produtivo local e, ainda, com o profundo reordenamento produtivo provocado pela abertura dos mercados e a globalização do início dos anos 1990, a região sofreu acentuado processo de migração industrial para outras regiões do estado e do país. Além desses fatores, o colapso das indústrias de capital nacional, que não obtiveram financiamento para modernização de seu parque industrial, trouxe outras conseqüências, tais como: aumento da violência, desemprego e diminuição da capacidade de investimento público. Essa alteração do perfil produtivo da região proporcionou um aumento no número de empregos nos setores de comércio e serviços, absorvendo parte dos trabalhadores que perderam seus postos de trabalho. 1.2.3 A Região do Grande ABC As Faculdades Integradas de Ribeirão Pires FIRP está localizada a sudeste da região metropolitana da Grande São Paulo, que é denominada Grande ABC. É formada pelos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Destaca-se no mapa, a cidade de Ribeirão Pires, município em que a FIRP, concentrou suas instalações, construindo um prédio numa área de 145 mil metros quadrados, para ser uma Faculdade de qualidade no Grande ABC. Embora a região do Grande ABC seja a área de influência mais relevante para as Faculdades Integradas de Ribeirão Pires FIRP, há alunos provenientes de Suzano e São Paulo, que constituem também áreas de abrangência desta influência, por causa do acesso natural e progressivo de integração metropolitana de transportes. O Grande ABC conta, hoje, com mais de 2 milhões e meio de habitantes, ampliando os últimos dados do senso de 2000: 8

9 Cidades Área em Km 2 (em 2009) População (em 2008) Santo André 174,84 676.188 São Caetano do Sul 15,36 147.388 São Bernardo do Campo 406,18 804.399 Diadema 30,65 392.738 Rio Grande da Serra 36,67 43.115 Ribeirão Pires 99,18 119.996 Mauá 62,29 414.917 Campinas 795,70 1.061.290 Osasco 64,94 715.444 Sorocaba 449,12 586.680 Ribeirão Preto 650,37 563.166 São Jose dos Campos 1.099,61 622.340 São Paulo 1.522,99 10.940.311 Estado de São Paulo 248.209,43 41.139.672 Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SEADE A Região do Grande ABC, conta com uma média de crescimento elevada comparada com a taxa das grandes cidades do Estado, inclusive superando a média de crescimento para o Estado de São Paulo. Cidades Crescimento Anual da População em (% a.a.) Santo André 0,51 São Caetano do Sul 0,62 São Bernardo do 1,72 Campo Diadema 1,22 Rio Grande da Serra 1,93 Ribeirão Pires 1,77 Mauá 1,70 Campinas 1,15 Osasco 1,17 Sorocaba 2,22 Ribeirão Preto 1,39 São Jose dos Campos 1,83 São Paulo 0,60 Estado de São Paulo 1,34 Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SEADE É neste enorme contingente de pessoas que temos uma rica demanda à procura de ensino de qualidade, e a FIRP constitui-se em um espaço privilegiado, com excelente infra-estrutura o que a identifica com uma região com grande potencial de investimento no bem estar da sua população. Podemos pelo quadro referente à infra-estrutura, quando comparado com outras grandes cidades do Estado de São Paulo, perceber que a região oferece condições diferenciadas para a sua população e para todos os que escolheram a região para viver e trabalhar, considerando ainda o grande potencial de geração de riquezas presente em toda a região do Grande ABC.

10 Cidades Abastecimento Coleta de Lixo Esgoto de Água (%) (%) Sanitário (%) Santo André 96,95% 99,83% 90,32% São Caetano do Sul 99,95% 100,00% 99,44% São Bernardo do Campo 98,03% 99,64% 87,11% Diadema 99,08% 99,59% 92,22% Rio Grande da Serra 90,45% 93,77% 59,34% Ribeirão Pires 91,67% 98,49% 81,34% Mauá 98,18% 99,63% 75,44% Campinas 97,30% 98,85% 86,45% Osasco 98,56% 98,83% 70,70% Sorocaba 99,31% 99,49% 95,94% Ribeirão Preto 98,05% 99,35% 95,77% São Jose dos Campos 96,09% 99,27% 90,21% São Paulo 99,42% 99,46% 89,01% Estado de São Paulo 97,38% 98,90% 85,72% Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SEADE - Ano: 2000 Tal assertiva fica mais evidente quando consideramos os Índices de Desenvolvimento Humano da região: (IDH Brasil 0,800) Cidades IDH- M Cidades IDH- M Santo André 0,835 Campinas 0,852 São Caetano do Sul 0,919 Osasco 0,818 São Bernardo do 0,834 Sorocaba 0,828 Campo Diadema 0,790 Ribeirão Preto 0,855 Rio Grande da Serra 0,764 São Jose dos 0,849 Campos Ribeirão Pires 0,807 São Paulo 0,841 Mauá 0,781 Estado de São 0,814 Paulo Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SEADE Quando verificamos os índices de qualidade de vida da região, utilizando outras fontes temos dados que são extremamente significativos, quando comparados com principais cidades do Estado de São Paulo. Cidades IPRS (em 2006) Renda Per Índice Capita GINI (s.m) (em 2000) em 2000 IPC (R$) em 2008 IPC (%) em 2008 Santo André Grupo 1 0,53 3,39 9.593.716.600,00 0,55073% São Caetano do Sul Grupo 1 0,50 5,48 2.854.267.000,00 0,16385% São Bernardo do Grupo 1 0,56 3,34 11.033.305.400,00 0,63337% Campo Diadema Grupo 2 0,49 1,94 4.080.983.400,00 0,23427%

Rio Grande da Serra Grupo 4 0,47 1,30 378.188.200,00 0,02171% Ribeirão Pires Grupo 1 0,52 2,39 1.346.043.400,00 0,07727% Mauá Grupo 1 0,49 1,82 4.339.322.000,00 0,24910% Campinas Grupo 2 0,58 4,05 15.815.966.400,00 0,90792% Osasco Grupo 2 0,52 2,59 8.992.726.600,00 0,51623% Sorocaba Grupo 1 0,55 2,95 7.365.524.400,00 0,42282% Ribeirão Preto Grupo 1 0,56 2,83 7.933.242.200,00 0,45541% São Jose dos Campos Grupo 1 0,58 3,11 7.893.698.800,00 0,45314% São Paulo Grupo 1 0,62 4,03 155.962.305.200,0 8,95306% 0 Estado de São Paulo - 0,59 2,92 497.832.244.000,0 28,57820 0 % Brasil - 0,52-1.742.000.000.000,00 100,00% Fonte: SEADE, PNUD, TARGET MARKETING e PESQUISA Destacamos ainda que o Grande ABC passa por profundas transformações e tem se notabilizado como um espaço privilegiado de construção e re-construção do conhecimento, elemento imprescindível para a sobrevivência no mundo em que vivemos, chamado também de sociedade do conhecimento e da informação. Merece neste singular os índices educacionais da região, que evidencia também a grande demanda carente de Ensino, explicitando o potencial de crescimento para os estabelecimentos de ensino da região, que por sua grandeza, exige pessoas altamente qualificadas em todos os setores. Cidades População de 18 a 24 anos que estão freqüentando curso superior (em 2000) Cidades 11 População de 18 a 24 anos que estão freqüentando curso superior (em 2000) Santo André 14,82% Campinas 15,74% São Caetano do Sul 24,50% Osasco 9,50% São Bernardo do 14,71% Sorocaba 11,89% Campo Diadema 4,57% Ribeirão Preto 15,39% Rio Grande da Serra 2,73% São Jose dos 12,43% Campos Ribeirão Pires 7,22% São Paulo 13,31% Mauá 4,88% Estado de São Paulo 10,35% Fonte: PNUD - Atlas do desenvolvimento humano no Brasil Podemos afirmar pelo quadro que a região do Grande ABC possui uma imensa população entre 17 a 24 anos fora do Ensino Superior, além dos bairros vizinhos pertencentes ao Município de São Paulo e de fácil acesso para a região. Estes dados ficam ainda mais claros quando analisamos o percentual da população com ensino médio completo, nos dando uma visão da demanda para o ensino superior. Cidades População de 18 a 24 anos com ensino médio completo Santo André 51,63% São Caetano do Sul 63,79%

12 São Bernardo do Campo 49,47% Diadema 35,29% Rio Grande da Serra 33,20% Ribeirão Pires 51,78% Mauá 37,68% Campinas 47,56% Osasco 41,96% Sorocaba 44,93% Ribeirão Preto 49,29% São Jose dos Campos 50,18% São Paulo 45,83% Estado de São Paulo 41,88% Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SEADE Quando analisamos as condições de renda para o investimento em Educação podemos identificar o potencial da região por meio de alguns indicadores. No que tange à movimentação econômico-financeira, o Grande ABC é um espaço privilegiado. Cidades PIB Per capita R$ (em 2006) Santo André 17.341,01 São Caetano do Sul 70.367,14 São Bernardo do Campo 25.590,16 Diadema 19.595,67 Rio Grande da Serra 6.873,56 Ribeirão Pires 10.734,22 Mauá 12.325,46 Campinas 22.299,80 Osasco 24.892,13 Sorocaba 17.580,93 Ribeirão Preto 20.139,26 São Jose dos Campos 25.419,02 São Paulo 25.674,86 Estado de São Paulo 19.547,86 Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SEADE Como observado, o valor adicionado per capita da região é bastante elevado, tendo alcançado em 2006, em Ribeirão Pires R$ 10.734,22, em São Bernardo do Campo, esse valor atingiu R$ 25.590,16, e em São Caetano do Sul, R$ 70.367,14, um dos mais altos do Estado, quando observado a média do Estado R$ 19.547,86. Com o objetivo de explorar esse elevado poder aquisitivo, grandes cadeias nacionais e internacionais de supermercados, como Wal-Mart, Extra (Grupo Pão de Açúcar) e Carrefour, instalaram-se na região nos últimos anos. A paisagem urbana, outrora eminentemente industrial, vai abrindo espaço também para grandes centros de compras, shopping centers e supermercados, que disputam com as indústrias áreas muito valorizadas, e com as melhorias no transporte (rodoanel e metrô Estação Tamanduateí, que possibilitou a conexão com a linha férrea). Outro indicador interessante para verificarmos a importância da região, quando comparada com outras regiões do Estado é a sua balança comercial.

13 Cidades Exportação FOB (US$) em 2008 Participação no Estado de SP Importação FOB (US$) em 2008 Participação no Estado de SP Santo André 772.483.930 1,19% 845.396.212 1,27% São Caetano do Sul 705.706.148 1,09% 375.847.338 0,57% São Bernardo do 4.641.130.613 7,14% 2.743.633.226 4,13% Campo Diadema 282.153.941 0,43% 623.206.912 0,94% Rio Grande da 589.593 0,00% 7.735.311 0,01% Serra Ribeirão Pires 124.629.173 0,19% 43.917.413 0,07% Mauá 421.347.664 0,65% 393.381.233 0,59% Campinas 1.237.541.918 1,90% 2.526.145.210 3,81% Osasco 212.665.521 0,33% 654.827.364 0,99% Sorocaba 1.799.976.262 2,77% 2.319.525.261 3,49% Ribeirão Preto 261.523.195 0,40% 114.401.780 0,17% São Jose dos 6.965.878.872 10,72% 4.860.587.833 7,32% Campos São Paulo 9.967.243.677 15,33% 11.174.822.164 16,83% Estado de São 65.001.018.323 100,00% 66.383.134.309 100,00% Paulo Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SEADE Outro indicador importante capaz de mensurar as condições de crescimento da região e a possibilidade da população investir em formação é rendimento médio, conforme quadro a seguir: Rendimento Médio no Total de Cidades Vínculos Empregatícios (em R$) em 2007 Santo André 1.392,04 São Caetano do Sul 1.601,32 São Bernardo do Campo 2.019,36 Diadema 1.507,34 Rio Grande da Serra 1.240,51 Ribeirão Pires 1.145,24 Mauá 1.560,83 Campinas 1.790,15 Osasco 1.533,07 Sorocaba 1.436,50 Ribeirão Preto 1.303,00 São Jose dos Campos 1.992,15 São Paulo 1.831,59 Estado de São Paulo 1.524,67 Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SEADE

Neste contexto de grandes possibilidades é que está situada a sede das Faculdades Integradas de Ribeirão Pires, na Região Metropolitana de São Paulo, onde se destaca um conjunto de municípios que forma o principal pólo da indústria automotiva do país, com grandes montadoras multinacionais de veículos (Ford, GM, Volkswagen, Scania, Mercedes-Benz, Toyota) e centenas de empresas de autopeças, nacionais e estrangeiras. Além de outras áreas que estão em vertente crescimento, como as áreas de serviço e comércio, conforme podemos verificar pelo quadro a seguir: 14 Número de Número de Número de Cidades Estabelecimento Estabelecimentos Estabelecimentos da Indústria do Comércio de Serviços Santo André 1.257 5.088 4.879 São Caetano do Sul 674 1.830 2.313 São Bernardo do 1.519 4.815 5.514 Campo Diadema 1.503 1.904 1.269 Rio Grande da Serra 22 94 67 Ribeirão Pires 237 606 494 Mauá 655 1.566 951 Campinas 1.932 11.068 10.915 Osasco 784 3.639 2.930 Sorocaba 1.263 5.026 3.907 Ribeirão Preto 1.326 7.553 6.373 São Jose dos 802 4.777 4.590 Campos São Paulo 28.032 92.048 107.160 Estado de São Paulo 92.481 325.109 298.272 Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SEADE Ano: 2007 Notamos que o perfil da região vem passando, nos últimos anos, por significativas mudanças, sem, contudo, reduzir seu peso como o mais importante pólo industrial do país e do MERCOSUL. A presença de grandes empresas nacionais e estrangeiras, associada ao elevado poder aquisitivo da região, criou inúmeras oportunidades de negócios na área de serviços, que hoje, à semelhança dos grandes centros urbanos no mundo, absorve parcela significativa da sua população ocupada. Os conhecidos problemas das grandes metrópoles conspiram contra a instalação de novas indústrias na região, e até mesmo dificultam a expansão daquelas já instaladas. Por outro lado, as novas técnicas de produção, particularmente o just in time, hoje amplamente difundido entre as principais cadeias produtivas industriais, exigem a proximidade física entre o fornecedor e o cliente e, desta forma, impedem que parcela expressiva da cadeia produtiva, ligada principalmente à indústria automobilística, afastese da região. Outro fator ainda importante de atração de investimentos é a proximidade do Porto de Santos, principal canal de exportação do país, a menos de 50 km da região. Enfim, o contexto regional é cosmopolita, de serviços, de vocação trabalhista e comunitária (em razão da renda per capita e da maioria de classe média), sensibilizada para a inclusão social das regiões pobres vizinhas, que ocupam uma zona de transição entre recursos ecológicos fundamentais (Mata Atlântica e Zonas de Mananciais, que abastecem a própria zona metropolitana) e a cidade de São Paulo, formando o maior núcleo de mata atlântica do Brasil, em torno da capital paulista.

Nessa realidade, a FIRP posiciona-se como referência para a discussão das causas regionais, envolvendo o desenvolvimento estratégico dos sete municípios da região do Grande ABC no que tange às suas necessidades de conhecimento e pesquisa. A instituição oferece, ainda, apoio irrestrito ao setor comercial, de serviços e industrial para a difusão do conhecimento focado nos aspectos regionais integrados aos anseios da sociedade e da economia globalizada; apoio à pesquisa e ao desenvolvimento sustentado por meio do incentivo às ações de busca da informação estratégica para suportar os projetos econômicos e sociais do Grande ABC; bem como abre as suas portas para debater os assuntos ligados ao meio ambiente, à saúde, ao Direito, à educação, ao emprego e outros de interesse da comunidade. 1.2.4 Missão A OERP/FIRP foi criada com o propósito de formar professores para atuar no ensino fundamental e médio com licenciatura em diferentes áreas e vem cumprindo sua missão original. A partir de 1996, assumiu a formação de profissionais para outros campos de trabalho: Administração e Educação Física. Como previsto, iniciou em 2009 os primeiros cursos superiores de tecnologia. A partir da missão que vem desempenhando, que pretende desempenhar e dos objetivos que deseja atingir, a vocação global desta IES é a de oferecer serviços educacionais tendo em vista: A formação profissional voltada para o mercado de trabalho. Essa missão inclui a oferta de cursos presenciais e a distância: - graduação - licenciatura - para formação de professores de educação básica; - graduação - bacharelado em diversas áreas; - graduação - cursos superiores de tecnologia; - cursos seqüenciais; - pós-graduação lato sensu; - cursos de extensão; - programas especiais de formação pedagógica para portadores de diploma de educação superior que queiram se dedicar à educação básica; - programas de educação continuada; - programas de iniciação científica e pesquisa investigativa integrados à formação em nível de graduação; - prestação de serviços à comunidade de acordo com as possibilidades da Instituição e de seus cursos. A IES compromete-se a desenvolver a pesquisa científica e a dedicar-se às práticas investigativas em todos os cursos que oferece, como princípio formativo capaz de estimular a resolução de problemas, o estudo independente e o conhecimento da realidade. Definida a missão e especificadas as áreas de atuação, tem que se considerar a qualidade dos serviços educacionais oferecidos. Os critérios e procedimentos editados pelo Ministério da Educação, reguladores do ensino superior, dão conta das necessidades de mudanças, sinalizando o que se espera das Instituições. A própria elaboração do PDI gerou a necessidade de passar a limpo a Instituição, colocando em evidência os padrões de qualidade esperados. É dentro desse marco, que inclui a qualidade como critério orientador do ensino para valores maiores, que a Instituição detalha a missão em objetivos e metas que possam viabilizar o Plano de Desenvolvimento Institucional para os próximos 5 anos 2009 a 2013. 15

16 1.2.5 Visão de Futuro A FIRP tem por objetivo tornar-se centro de referência consolidado na região do Grande ABC, irradiador e aglutinador de questões educativo-culturais, firmando-se como instituição capaz de contribuir para a solução de seus problemas, bem como para o desenvolvimento da cidadania. 1.2.6 Objetivos e Metas Ampliar a oferta de cursos de graduação e de educação continuada. Metas: - solicitar autorização para novos cursos de bacharelado; - solicitar novos cursos superiores de tecnologia; - introduzir projetos de educação continuada para cada curso em funcionamento. Viabilizar as propostas pedagógicas dos novos cursos e aprimorar as condições de oferta dos cursos já existentes. Metas: - investir em instalações para os cursos novos; - ampliar recursos, em especial os bibliográficos e tecnológicos para os novos cursos; - atualizar e ampliar recursos bibliográficos para os cursos já existentes; - atualizar e ampliar os recursos tecnológicos para os cursos já existentes. Aprimorar a capacidade acadêmica dos docentes, estabelecendo um sistema de desenvolvimento contínuo. Metas: - rever o Plano de Carreira Docente; - ampliar progressivamente a jornada de trabalho; - rever o plano de capacitação docente para facilitar o acesso à educação continuada. Estabelecer um sistema de desenvolvimento profissional contínuo para o pessoal técnico e administrativo. Metas: - rever o Plano de Cargos e Salários e a política de qualificação para o pessoal técnico - administrativo; - concluir a informatização dos setores de serviços. Envolver a comunidade acadêmica e administrativa nos processos de auto-avaliação da Instituição e dos seus cursos. Metas: - favorecer a implantação do SINAES; - implantar as mudanças indicadas. Estreitar as relações com a comunidade, com o sistema educacional, com as empresas. Metas: - ampliar e estabelecer parcerias e convênios para a realização de atividades culturais conjuntas, estágios e outras; - prestar serviços à comunidade de acordo com a especificidade de seus cursos. Implantar o ensino a distância.

17 2. JUSTIFICATIVA E CONCEPÇÃO DO CURSO 2.1 Dados do Curso Denominação: Curso de Educação Física Licenciatura Autorizado pelo Decreto Federal de 9 de maio de 1995 Reconhecido pela Portaria n. 626, de 28/03/2001 Regime Escolar: Seriado semestral Tempo de Integralização: mínimo 3 (quatro) anos; máximo 6 (sete) anos Turno de Funcionamento: Matutino e Noturno Total de Vagas: 120 (quarenta) 40 (matutino) 80 (noturno); Dimensão das turmas: 40 (quarenta) Coordenador (a) de Curso: Vânia Maria Cretucci - Currículo em Anexo 2.2. Histórico A princípio os profissionais de Educação Física tinham origem militar, mas atualmente existem escolas civis com preparação tão boa quanto, institutos militares. No Brasil, os profissionais da Educação Física têm no Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), o órgão principal de organização e normatização das atividades pertinentes a sua área de atuação. Os Conselhos Regionais de Educação Física (CREFs) são subdivisões do CONFEF nos estados e têm a função de fiscalizar o exercício das atividades próprias dos profissionais de Educação Física. Atualmente são treze CREFs, abrangendo todos os estados brasileiros. Uma pessoa com bacharel em Educação Física caberá a atuação em clubes, academias, centros esportivos, hospitais, empresas, planos de saúde, prefeituras, acampamentos, condomínios e qualquer espaço de realização de atividades físicas com exceção da escola de educação brasileira. A escola de educação básica é atendida por aqueles que têm o grau ou título de licenciatura em Educação Física. No entanto, esse título também habilita à atuação em ambientes não escolares, como clubes, academias, hospitais, etc. Os profissionais e estudantes de Educação Física no Brasil possuem uma série de eventos especializados na realização de cursos, entre eles, pode-se destacar o Congresso Internacional de Educação Física - FIEP, que acontece desde 1986 na cidade de Foz do Iguaçu, com a participação de mais de 55.000 pessoas de 50 países, e a apresentação de mais de 9500 trabalhos científicos. O Congresso FIEP, como é conhecido é organizado pelo Prof. Almir Adolfo Gruhn, que atualmente é o Presidente Mundial da Federação Internacional de Educação Física, e disponibiliza anualmente uma série de cursos, eventos paralelos e Congressos Científicos. 2.2 Concepção do Curso A Educação Física é uma das áreas do conhecimento humano ligada ao estudo e atividades de aperfeiçoamento, manutenção ou reabilitação da saúde do corpo e mente do ser humano, além de ser fundamental no desenvolvimento do ser como um todo. Ela trabalha, num sentido amplo, com prevenção de determinadas doenças humanas e também é fundamental na formação básica do ser humano, devido sua atuação no contexto psicossocial no conhecimento corporal (conhecimento do próprio corpo) suas possibilidades de ação são amplas. É a área de atuação do profissional formado em uma Faculdade de Educação Física. É um termo usado para designar tanto o conjunto de atividades físicas não-competitivas e esportes com fins recreativos quanto

à ciência que fundamenta a correta prática destas atividades, resultado de uma série de pesquisas e procedimentos estabelecidos. 18 2.4 Objetivos do Curso O Curso de Licenciatura Plena em Educação Física das Faculdades Integradas de Ribeirão Pires FIRP, procurou atender: aos princípios prescritos pela Lei n.º 9.394/96 às Diretrizes do Parecer CNE/CP n.º 09/2001, modificado pelo Parecer CNE/CP n.º 27/2001 e Resolução n.º 01/2002; ao Parecer CNE/CP n.º 28/2001 e Resolução n.º 02/2002; Nessa perspectiva, o curso foi concebido com o compromisso de desenvolver na formação dos professores de Educação Física, as competências necessárias a essa formação, como profissional e cidadão. São competências relacionadas: a) aos valores e aos princípios da ética democrática dignidade, justiça, respeito mútuo, participação, responsabilidade, diálogo e solidariedade; b) à compreensão do papel social da escola; c) ao domínio dos conteúdos a serem ensinados; d) ao domínio do conhecimento pedagógico; e) ao conhecimento dos processos de investigação; f) ao gerenciamento do próprio desenvolvimento profissional. Adotou-se aqui, não apenas as competências sugeridas no Parecer CNE/CP 09/2001, como o conceito de competência assumido no mesmo Parecer, ou seja, como um conjunto de conhecimentos ( os saberes), de habilidades (o saber fazer relacionado à prática do trabalho) e de atitudes e valores (o saber ser relacionado à ética e à qualidade do trabalho). Neste sentido, ter o foco em competências é ter implícito que o curso deve trazer conhecimentos e oferecer oportunidades de desenvolvimento das habilidades que geram competências, em situação de cooperação, solidariedade e participação na tomada de decisões. Além disso, o desenvolvimento de competências exige o questionamento freqüente da maneira de trabalhar e dos conhecimentos que são mobilizados para tal fim. Requer reflexão e ações sucessivas na busca de resultados positivos e se desenvolve ao longo do tempo, razão pela qual o curso se propõe a desenvolver as competências iniciais na formação do professor e, ao mesmo tempo, despertar para a necessidade da educação continuada. No desenvolvimento dessas competências iniciais, a Instituição e os professores formadores estarão comprometidos com conteúdos e práticas que propiciem ampla cultura geral e sólida formação profissional, mobilizando conhecimentos de diferentes âmbitos. Assim fundamentado, o Curso de Licenciatura em Educação Física tem como objetivos gerais a formação de um profissional que seja capaz de: a) compreender o ser humano nos diferentes aspectos e etapas do seu desenvolvimento, no contexto em que vive;

b) compreender as questões educacionais mais amplas, as questões escolares, as questões sociais, políticas, ambientais e tecnológicas do mundo contemporâneo; c) dominar os conhecimentos básicos e específicos de seu campo de atuação; d) atuar de forma ética na sua prática pedagógica e em todos os campos da educação. Mais especificamente, o Curso de Licenciatura em Educação Física objetiva desenvolver competências e habilidades na formação profissional que possibilitem: a. conhecer e dominar os conteúdos da Educação Física, que serão objetos da intervenção docente no tempo e espaço escolar, sendo capaz de participar de maneira coletiva e cooperativa na elaboração, execução e avaliação do projeto curricular e educativo da escola; b. fazer escolhas pedagógicas e didáticas, dominando os métodos de ensino da Educação Física, a partir das expectativas, interesses e as necessidades dos alunos, compreendendo a especificidade do trabalho docente e em ambientes escolares multiseriados; c. diagnosticar, planejar, prescrever, ensinar, orientar, executar e avaliar projetos e ações de programas de atividades físicas, recreativas e esportivas adequando ao espaço e tempo escolares, a partir da compreensão entre as articulações das diferentes áreas de conhecimentos e suas relações com os diferentes contextos nos quais vivem os alunos; d. compatibilizar valores, conhecimento e ação; e. conscientizar-se do caráter inicial de sua formação e predispor-se ao desenvolvimento profissional permanente. f. dominar os conhecimentos conceituais, atitudinais específicos da Educação Física, na Educação infantil, ensino fundamental, e do ensino médio/profissionalizante, bem como analisar e produzir materiais e recursos didáticos. Os objetivos do Curso de Licenciatura em Educação Física integram-se aos objetivos mais amplos da Instituição, cujos princípios éticos e políticos assim se expressam: - respeito ao indivíduo enquanto cidadão, membro da Instituição e parte da comunidade; - respeito na relação: Instituição educador educando funcionários; - respeito às diferenças individuais e às divergências; - formação da cidadania direitos, deveres, cooperação, consciência crítica, responsabilidade social; - prática da democracia sem modelos autocráticos onde tudo é imposto, nem modelos permissivos onde tudo pode; - assimilação dos valores democráticos preservação da liberdade individual e da promoção coletiva. 19 2.5 Perfil Profissiográfico do egresso O profissional Licenciado em Educação Física formado pela FIRP tem formação sólida sobre o conteúdo do desenvolvimento humano e sua atividade motora para qualidade de vida. Exerce um papel importante dentro da sociedade no que se refere à manutenção da saúde. Estando apto a atuar como: a) Professor de Educação Básica;

b) Professor de Educação do Ensino Fundamental; c) Professor de Educação do Ensino Médio. d) Coordenador de Projetos Esportivos Escolares; e) Pesquisador de questões de saúde e atividade física para atender cada vez melhor sua demanda. f) Integrar com a área da saúde para atender com qualidade o cliente com necessidades especiais. 20 2.5.1 Perfil Profissional Pretendido Pretende-se a formação de profissionais que tenham sólida formação generalista, humanística e crítico reflexiva, ao lado da formação técnica e sejam capazes de: a. quanto à formação acadêmica: - reconhecer as linhas teóricas e metodológicas referentes à Educação Física; - realizar aproximações teórico-metodológicas entre os conhecimentos específicos da área e o das demais disciplinas de formação humana; - formar educadores conscientes e preparados para uma atuação nos âmbitos regional e/ou nacional, aptos a atender as novas exigências do mercado de trabalho: com formação interdisciplinar e capazes de exercer o magistério e suprir as outras demandas sociais. b. quanto à atuação profissional: - integrar os estudos teóricos às atividades da prática profissional; - dominar instrumentos, métodos e técnicas necessários ao desenvolvimento de suas atividades; - atuar nas diversas atividades que requeiram conhecimentos técnicos e científicos da área, de forma crítica, criativa e competente; - atuar no ensino da educação formal e não formal dentro de uma proposta emancipadora e educativa; - utilizar conteúdos, materiais, equipamentos e espaços adequando-os à dinâmica do processo de aprendizagem e às características do ambiente; - identificar necessidades e possibilidades do indivíduo e da sociedade, refletir, propor ou aceitar mudanças; - desenvolver projetos acadêmicos e didático-pedagógicos. - compreender o processo de ensino-aprendizagem (na escola e nas suas relações com o contexto no qual se inserem as instituições educativas) e atuar sobre ele; 2.6 Competências e habilidades O desenvolvimento de competências e habilidades é fundamental, portanto, vai além da formação acadêmica e exige, como em outras profissões, uma formação continuada, instrumento fundamental e norteador do desenvolvimento profissional permanente. O profissional egresso tem por missão integrar os conhecimentos adquiridos na teoria na prática. Ser capaz de ampliar o repertório motor dos indivíduos sob sua orientação, oferecendo vivências motoras de variadas formas, não se restringindo apenas as modalidades esportivas culturalmente enraizadas e praticadas pela maioria da população. Ser capaz de organizar e executar um programa de atividade física que atenda as necessidades motoras, cognitivas, sociais, de saúde e de qualidade de vida de seus clientes/ alunos.

21 3 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR O elenco das disciplinas que compõem o currículo foram definidas e estruturadas segundo a proporcionalidade da Resolução n.º 03, de 16/06/1987, com 80% (oitenta por cento) da carga horária destinada à Formação Geral e 20% (vinte por cento) destinada ao Aprofundamento de Conhecimentos. Na Formação Geral as disciplinas foram distribuídas em: a. Disciplinas de Formação Humanística que abrangem o conhecimento filosófico encarregado da reflexão sobre a própria existência cotidiana do profissional da Educação Física, relacionada a eventos históricos sociais, políticos e econômicos, seja no nível da teoria, seja na práxis; o conhecimento do ser humano durante seu ciclo vital, quanto aos aspectos biológicos e psicológicos bem como a sua interação com o meio ambiente; o conhecimento da sociedade, entendido como a compreensão dos sistemas, instituições e processos, tendo em vista a contribuição da Educação Física no desenvolvimento pleno do indivíduo na sociedade, considerando-se especificamente a realidade brasileira no contexto da realidade global. b. Disciplinas de formação técnica que abrangem os conhecimentos e competências para planejar, executar, orientar e avaliar atividades da Educação Física nos campos da Educação Escolar e Não-Escolar. c. Disciplinas de Aprofundamento de Conhecimentos selecionadas para atender aos interesses dos alunos e às necessidades do mercado de trabalho, complementando, de forma teórico-prática a formação humanística e técnica. 3.1 Coerência e Adequação curricular Os componentes curriculares são oferecidos seguindo uma seqüência lógica, em cada semestre, buscando atender todas as necessidades e conceitos que envolvem o curso de Bacharelado em Educação Física. 3.1.1 Coerência do Currículo com os Objetivos do Curso O objetivo do Ensino Superior é formar um profissional cujo perfil técnico, cultural e humano englobe uma sólida formação conceitual, a capacidade de pesquisa e de desenvolvimento de aplicações na área de Educação Física, a interação constante com a comunidade científica e com uma visão humanística adequada á sociedade.a FIRP procura manter um estreito relacionamento com a comunidade, com o intuito de facilitar a inclusão profissional e social do egresso. 3.1.2 Coerência do Currículo com o Perfil do Egresso O Curso Superior de Licenciatura em Educação Física busca formar um profissional engajado na sociedade atual, em que o uso das informações atuais contribua para um excelente desenvolvimento de sua atuação profissional. se faz cada vez mais presente Nesse contexto, os componentes curriculares apresentados nos semestres que compõem a estrutura curricular do curso proporcionam ao egresso plenas condições de atuar de forma eficaz. A constante análise da estrutura curricular permite a inserção mais rápida no

mundo do trabalho, considerando o perfil do aluno da FIRP, um aluno que, na sua grande maioria, trabalha e estuda. 3.1.3 Coerência do Currículo em Face das Diretrizes Curriculares Nacionais A Estrutura curricular do curso segue à risca as Diretrizes Curriculares Resolução 02, de 18 de junho de 2007, do Ministério da Educação - Conselho Nacional de Educação. Para a garantia de tal coerência, o colegiado do curso realiza uma revisão continua do PPC à luz das Diretrizes Curriculares Nacionais e do Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnológicos, promovendo aprofundamento, discussão e debates, motivados pelo NDE Núcleo Docente Estruturante, além de uma contínua leitura do contexto regional. 3.1.4 Adequação da Metodologia de Ensino à Concepção do Curso Procurando formar um profissional e proficiente e com uma ampla visão de atuação no mercado de trabalho, são feitos diversos trabalhos laboratoriais e de estudos de casos que proporcione contato com os modelos mais atualizados. Além de uma contínua diversificação das metodologias de ensino, para gerar uma aprendizagem mais significativa e, portanto, mais eficaz. Neste singular, o NDE contribui para uma avaliação continua das metodologias de ensino, para que os alunos possam ter um aproveitamento satisfatório, considerando sempre os objetivos propostos em cada componente curricular e o perfil do egresso. 3.1.5 Inter-relação dos Componentes Curriculares na Concepção e Execução do Currículo Formas de Realização da Interdisciplinaridade A estruturação dos componentes curriculares do curso busca dar ao aluno plena condição de atingir os objetivos propostos, por meio de uma conexão dos componentes curriculares. Sendo assim, há um esforço continuo para garantir um trabalho interdisciplinar, promovendo a comunicação entre cada área do conhecimento, sem perder a característica intercambiável dos componentes. Dessa maneira, elas interagem de forma a proporcionar aos egressos, condições de compreender todas as variáveis que compõem o a área. 22 3.1.6 Modos de Integração entre Teoria e Prática Os planos de ensino constituem um todo orgânico de maneira a garantir que a estrutura curricular assegure a qualidade da prática profissional do egresso, dando a ele plena condição de atingir os objetivos propostos. Dessa forma, os componentes curriculares fornecem uma base conceitual sólida, de modo que o egresso tenha a plena compreensão dos processos práticos. Os componentes curriculares, que compõem a estrutura curricular, são constantemente atualizados para que possam preparar da melhor maneira possível o egresso para o mercado de trabalho. Em vista disso, foram inseridos projetos integradores, cuja finalidade é completar os conhecimentos teóricos oferecidos pelas disciplinas, além de promover a discussão interdisciplinar.

23 3.1.7 Dimensionamento da Carga Horária dos Componentes Curriculares O Curso Superior de Licenciatura em Educação Física da FIRP funcionará no período noturno, estruturado em oito semestres, com a duração de quatro anos, contemplando uma carga horária de 2704 horas/aula e / ou 3380 horas/relógio. 3.1.8 Adequação e Atualização das Ementas e Programas dos Componentes Curriculares A atualização das ementas ajusta-se às necessidades e exigências do mercado, observadas as PCNs e o perfil do egresso projetado para o curso. São realizadas pelos docentes com a supervisão do NDE, promovendo a atualização continua das referências bibliográficas para garantir uma plena contextualização e sintonia com os fenômenos atuais.da mesma forma são ajustados os demais itens dos programas dos componentes curriculares, na medida em que se percebe a necessidade de ajustamento de acordo as mudanças tecnológicas, no mundo do trabalho e com o contexto em que vive o egresso. 3.1.9 Adequação, Atualização e Relevância da Bibliografia De igual modo, há uma política de adequação e atualização da bibliografia do curso. As reuniões periódicas possibilitam estimular e fomentar a política de atualização dos componentes curriculares do curso. 3.2 Formação Prática na Estrutura Curricular A convicção é a de que precisamos sepultar definitivamente o modelo de ensino centrado no professor. Na era do conhecimento o professor é um facilitador do processo ensino aprendizagem. Entretanto o professor não conseguirá dar conta deste desafio se não romper com os paradigmas didáticos que nortearam e ainda norteiam o processo de ensino. Primeiramente, assumimos como desafio a necessidade de uma contínua contextualização, ou seja, o conteúdo trabalhado em sala de aula não pode estar desvinculado da vida, do cotidiano e dos interesses dos alunos. Em seguida, precisamos investir esforços para superar a tendência conteudista ou teorizaste que faz com que as nossas aulas sejam chatas, enfadonhas e desvinculadas da prática, neste singular, a articulação entre teoria e prática é uma necessidade urgente. Em terceiro lugar, precisamos romper com uma cultura fragmentada do processo ensino aprendizagem que fez com que cumpríssemos o currículo de forma estanque, compartimentada, ou seja, cada um na sua praia. A contínua integração entre os componentes curriculares possibilitará a visão holística e percepção da formação como um processo global no qual todos os componentes estão articulados em função da formação do perfil do egresso de cada semestre de cada um dos cursos. A estrutura curricular exige uma interação entre os membros envolvidos: diretores, coordenadores, professores e alunos, dando uma dimensão coletiva ao Projeto Pedagógico. Enfatiza-se a articulação teoria e prática, o predomínio da formação do discente no processo de recursos humanos, a interdisciplinaridade, a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, por meio de projetos integradores no final dos três últimos módulos. Dessas diretrizes decorrem os planos didáticos dos componentes curriculares que objetivam assegurar a formação de um profissional qualificado e consciente do significado ético, político e social de sua atuação, que tenha visão das múltiplas dimensões do