Banco Popular Portugal, SA. Relatório e Contas



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Transcrição:

Banco Popular Portugal, SA Relatório e Contas 2013

Sumário Página Índice de Quadros e Figuras... 3 Informação Geral... 4 Órgãos Sociais... 5 O Banco Popular Portugal em números... 6 Relatório de Gestão... 7 Enquadramento macro... 8 Estratégia comercial... 9 Resultados e rendibilidade... 11 Margem financeira... 11 Produto bancário... 14 Resultado operacional... 15 Resultado Líquido e Rendibilidade... 17 Ativos totais... 20 Recursos de clientes... 22 Crédito a clientes... 25 Perspectivas para 2014... 27 Gestão do risco... 28 Proposta de aplicação dos resultados... 43 Qualidade e Inovação... 43 Responsabilidade Social e Apoio à Cultura... 44 Nota final... 47 Anexo 1 - Posição acionista dos membros dos órgãos de administração e fiscalização... 48 Anexo 2 - Participações qualificadas... 48 Contas Anuais... 49 Balanço... 49 Demonstração de Resultados... 50 Demonstração do Rendimento Integral... 51 Demonstração em base individual dos movimentos nas contas de Capital Próprio... 51 Inventário de Títulos... 53 Notas às Demonstrações Financeiras... 54 Declaração do Conselho de Administração... 125 Certificação Legal de Contas Individuais... 126 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal... 128 Relatório sobre a Estrutura e as Práticas do Governo Societário... 130 Declaração sobre a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização - 2014... 157 Divulgação da Política de Remuneração dos Colaboradores - 2014... 160 2

Índice de Quadros e Figuras Página QUADRO 1 CONTA DE RESULTADOS INDIVIDUAL... 11 QUADRO 2 VARIAÇÃO ANUAL DA MARGEM FINANCEIRA... 12 QUADRO 3 EVOLUÇÃO DE CAPITAIS E TAXAS MÉDIAS ANUAIS... 12 QUADRO 3A EVOLUÇÃO DAS TAXAS MÉDIAS ANUAIS... 8 QUADRO 4 COMISSÕES LÍQUIDAS... 15 QUADRO 5 CUSTOS OPERATIVOS... 17 QUADRO 6 RENDIBILIDADE TOTAL... 19 QUADRO 7 BALANÇO INDIVIDUAL... 21 QUADRO 8 RECURSOS DE CLIENTES... 23 QUADRO 9 CARTEIRA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO... 24 QUADRO 10 CRÉDITO SOBRE CLIENTES... 25 QUADRO 11 CRÉDITO VENCIDO E EM INCUMPRIMENTO... 27 Página FIG. 1 - MARGEM COM CLIENTES... 14 FIG. 2 - MARGEM DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA... 14 FIG. 3 - COMISSÕES LÍQUIDAS... 14 FIG. 4 - EFICIÊNCIA OPERATIVA... 17 FIG. 5 - EVOLUÇÃO DOS RESULTADOS... 18 FIG. 6 - RENDIBILIDADE DO ATIVO E CAPITAIS PRÓPRIOS... 19 FIG. 7 - ATIVOS TOTAIS SOB GESTÃO... 20 FIG. 8 - RECURSOS DE CLIENTES... 22 FIG. 9 - CARTEIRA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO... 24 FIG. 10 - PATRIMÓNIO SEGUROS FINANCEIROS... 24 FIG. 11 - CRÉDITO... 26 3

Informação Geral O Banco Popular Portugal, S.A. foi constituído em 2 de julho de 1991, tem sede na Rua Ramalho Ortigão, 51, em Lisboa e encontra-se matriculado na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa com o Número de Identificação de Pessoa Colectiva (NIPC) 502.607.084. O Banco adoptou a atual denominação social em setembro de 2005 em detrimento da anterior BNC-Banco Nacional de Crédito, S.A.. O Banco Popular Portugal participa no Fundo de Garantia de Depósitos e tem um capital social de 476 milhões de euros. A documentação financeira e estatística constante do relatório de gestão e das contas anuais foi elaborada com critérios analíticos da máxima objectividade, detalhe, transparência informativa e homogeneidade no tempo, a partir das situações financeiras enviadas periodicamente ao Banco de Portugal. As situações financeiras são apresentadas de acordo com as normas vigentes no ano de 2013, em particular as estabelecidas pelo Banco de Portugal no que se refere à apresentação de informações de natureza contabilística. O relatório de gestão, as contas anuais e os restantes documentos que os acompanham podem ser consultados na internet na página do Banco Popular Portugal: www.bancopopular.pt. 4

Órgãos Sociais Mesa da Assembleia Geral Augusto Fernando Correia Aguiar-Branco - Presidente João Carlos de Albuquerque de Moura Navega - Secretário Conselho de Administração Rui Manuel Morganho Semedo - Presidente Carlos Manuel Sobral Cid da Costa Álvares - Vogal Tomás Pereira Pena - Vogal José Ramón Alonso Lobo - Vogal Conselho Fiscal Rui Manuel Ferreira de Oliveira - Presidente Telmo Francisco Salvador Vieira António José Marques Centúrio Monzelo Ana Cristina Freitas Rebelo Gouveia Suplente Revisor Oficial de Contas PricewaterhouseCoopers & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda., representada por Aurélio Adriano Rangel Amado ou por José Manuel Henriques Bernardo Revisor Oficial de Contas suplente Jorge Manuel Santos Costa, Revisor Oficial de Contas. 5

O Banco Popular Portugal em números (milhões de euros, salvo indicação em contrário) 2013 Var. (% e p.p.) 2012 2011 2010 2009 Volume de Negócios Activos totais sob gestão 10 078 5,4% 9 565 10 258 10 952 9 467 Activos totais de balanço 9 222 4,0% 8 867 9 634 10 233 8 718 Recursos próprios (a) 666 2,8% 648 496 579 652 Recursos de clientes: 5 073 10,2% 4 605 4 778 4 277 4 275 de balanço 4 217 7,9% 3 907 4 154 3 558 3 526 outros recursos intermediados 856 22,6% 698 624 719 749 Crédito concedido 5 510-8,5% 6 021 6 530 7 855 6 247 Riscos contingentes 579-4,3% 605 655 444 395 Solvência Rácio de solvabilidade 11,1% 0,5 10,6% 9,4% 8,6% 9,1% Tier 1 11,1% 0,5 10,6% 9,4% 8,8% 9,5% Core Tier 1 11,4% 0,5 10,9% 9,6% 8,9% - Gestão do Risco Riscos totais 6 089-8,1% 6 625 7 185 8 298 6 641 Crédito vencido 273 17,7% 232 169 194 300 Crédito vencido há mais de 90 dias 253 21,0% 209 145 157 247 Rácio de crédito vencido (%) 4,95% 1,10 3,85% 2,59% 2,47% 4,80% Rácio de cobertura de crédito vencido 113,7% 11,6 102,0% 129,0% 123,4% 80,0% Resultados Margem financeira 121,2-18,5% 148,9 131,1 128,0 103,8 Produto bancário 171,7-11,3% 193,5 166,9 201,3 248,1 Resultado operacional 58,9-26,3% 80,0 47,1 89,6 142,3 Resultados antes de impostos -51,5-910,4% 6,4 24,4 21,7 20,9 Resultado líquido -31,7-1278,3% 2,7 13,4 15,9 17,7 Rentabilidade e Eficiência Activos líquidos médios 9 061-4,0% 9 441 10 411 9 132 8 770 Recursos próprios médios 672 24,9% 538 515 604 635 ROA (%) -0,35% -0,38 0,03% 0,13% 0,17% 0,20% ROE (%) -4,72% -5,22 0,50% 2,61% 2,63% 2,79% Eficiência operativa (Cost to income) (%) 65,7% 7,02 58,7% 71,8% 55,5% 42,7% (sem amortizações) (%) 62,8% 7,84 54,9% 66,9% 51,6% 39,6% Dados por Acção Número final de acções (milhões) 476 0,0% 476 451 376 376 Número médio de acções (milhões) 476 5,5% 451 376 376 376 Valor contabilístico da acção ( ) 1,399 2,8% 1,361 1,101 1,540 1,733 Resultado por acção ( ) -0,067-1278,3% 0,006 0,030 0,042 0,047 Outros Dados Número de empregados 1 300-0,7% 1 309 1 329 1 343 1 283 Número de agências 174-2,8% 179 213 232 232 Empregados por agência 7,5 2,2% 7,3 6,2 5,8 5,5 Número de caixas automáticas (ATM) 308 1,0% 305 348 338 337 (a) Depois da aplicação dos resultados de cada exercício 6

Relatório de Gestão A 31 de dezembro de 2013, o Banco Popular Portugal, S.A. apresentava capitais próprios no montante de 665.888 mil euros, detinha uma rede de 174 agências e um quadro de pessoal de 1.300 colaboradores. Contava com mais de 400 mil clientes e geria, aproximadamente, 10,1 mil milhões de euros de ativos totais, incluindo 5,1 mil milhões de euros de recursos de clientes. No final do exercício de 2013, o ativo líquido do Banco Popular ascendia a 9,2 mil milhões de euros, tendo neste ano obtido um resultado líquido negativo de 31,7 milhões de euros. O Banco opera em Portugal oferecendo uma vasta gama de produtos, desde Depósitos, Crédito de Retalho, Crédito Corporate, Seguros Vida e Não-vida, Gestão de Ativos e Factoring. As operações do Banco encontram-se suportadas pelas seguintes entidades: - Popular Gestão de Ativos, SA detida a 100% pelo BPE, é uma Sociedade Gestora de Fundos de Investimento que administra, entre outros, os fundos de investimento comercializados pelo Banco; - Popular Factoring, SA detida a 99,8% pelo BPE, é uma instituição de crédito que oferece serviços de Factoring; - Eurovida Companhia de Seguros de Vida, SA é uma companhia de seguros de Vida e Capitalização detida em 84,1% pelo BPE e em 15,9% pelo Banco; - Popular Seguros Companhia de Seguros, SA é detida na sua totalidade pela Eurovida e concentra a sua oferta de produtos no ramo segurador Não-vida. 7

Enquadramento macro O Produto Interno Bruto registou, em 2013, uma diminuição de 1,4% em volume, no entanto, o desempenho favorável das exportações e a menor contração da procura interna foram fatores determinantes para o crescimento, em cadeia, do Produto Interno Bruto desde o 2º trimestre de 2013. No que se refere ao reequilíbrio externo e à redução do défice orçamental primário estrutural, a economia portuguesa registou alguns progressos ainda que num panorama de forte quebra da atividade económica e de aumento do desemprego. A estabilização da Taxa de Poupança Interna reflete a combinação entre a melhoria da confiança dos consumidores bem como da redução das incertezas políticas. A inflação manteve-se em níveis baixos, espelhando a diminuição dos preços dos combustíveis, bem como a dissipação do efeito do aumento da taxa do IVA do gás natural e da eletricidade. A economia portuguesa deverá iniciar uma recuperação moderada da atividade no período de 2014-2015, assente no contexto da correção dos desequilíbrios macroeconómicos acumulados ao longo dos últimos anos. A expectativa de uma progressiva recuperação da procura interna estará condicionada pela evolução real do cenário macroeconómico previsto. Assim, os principais riscos estão associados a uma menor recuperação da atividade comparativamente com o previsto, decorrente de uma evolução menos favorável do enquadramento externo, com impacto nas exportações bem como na procura interna. Na zona euro, espera-se uma recuperação gradual da procura interna e externa de forma a sustentar o crescimento da atividade. No entanto, a correção de alguns desequilíbrios em algumas economias poderá condicionar o crescimento das economias mais avançadas. 8

Estratégia comercial No ano de 2013, Portugal passava pelo terceiro processo de ajustamento dos últimos 40 anos, inserido num programa de assistência económico-financeira. Em termos sociais, a taxa de desemprego atingiu valores recorde e ao mesmo tempo denotou-se um envelhecimento acelerado da população. Por outro lado, detetou-se uma inversão positiva no que toca ao nível de instrução, tendo quase que duplicado o número de licenciados nos últimos 10 anos. Neste contexto macro depressivo, com a economia nacional a afundar-se numa prolongada recessão, os custos de acesso aos mercados financeiros internacionais tornaram-se incomportáveis, o que conduziu a uma profunda alteração do modelo de captação de clientes particulares na Banca. De um modelo que assentava essencialmente na captação de clientes via crédito habitação, passámos para um modelo em que os particulares são essencialmente fonte de financiamento do balanço dos Bancos. O Banco Popular manteve o seu posicionamento estratégico de ser um Banco de referência para as Empresas, sem descurar uma oferta universal, com uma abordagem próxima do cliente e preparado para o dia-a-dia. Subjacente ao plano de 2013 esteve também a ideia de simplificação da oferta. Para tal contribuíram fatores como a extinção de alguns produtos ou características de produtos que não eram percepcionadas como mais-valias, nem para o cliente nem para o Banco. Por outro lado, a aposta no serviço ao cliente, com uma visão do acompanhamento do seu ciclo de vida e com a melhoria da interação entre canais, para criar relação e gerar oportunidades de negócio, foram igualmente tónicas de abordagem comercial. No âmbito do negócio de particulares, verificou-se um crescimento líquido de cerca de 24 mil novos clientes, muito assente na captação de clientes via depósitos. Houve igualmente uma forte aposta, neste segmento, no que toca ao aumento da transacionalidade e vinculação. Destaca-se, ainda, a melhoria efetiva do nível de colocação crescente de produtos nos novos clientes, prova da aposta contínua em campanhas de vinculação, essencialmente por via da colocação de produtos transacionais. (cartões de débito, cartões de crédito, domiciliações, tarifas). No segmento Empresas verificou-se em 2013 um crescimento líquido de 6.000 clientes, com um significativo aumento em termos de vinculação de empresas, com especial enfoque no aumento médio de vinculação nos novos clientes. Registou-se um crescimento de 17% no volume de crédito concedido e simultaneamente uma melhoria na qualidade creditícia. 9

O financiamento às empresas, nomeadamente através do apoio à internacionalização e à disponibilização de uma oferta alargada de produtos e serviços constituíram duas grandes prioridades em 2013. Destacamos o lugar obtido pelo Banco Popular no ranking nacional das Linhas PME Crescimento e o aumento da quota de mercado na Locação Financeira com especial enfoque no Leasing Mobiliário. O Banco continuou, efetivamente, a apoiar o investimento e a internacionalização das PME, assumindo-se como um player nas Linhas PME Crescimento de 2012 e 2013, com uma quota superior à sua quota natural de crédito no sistema bancário português, registando o 4º lugar em número de operações contratadas e o 5º em termos de volume. Na globalidade das Linhas PME Investimentos/FINOVA, o Banco Popular tinha em 31 de dezembro de 2013 um total de 7.000 operações contratadas, que correspondem a 500 milhões de Euros de crédito concedido. No Leasing Mobiliário, o Banco Popular conquistou o 4º lugar no ranking das Instituições de Crédito em termos de produção do mercado, com uma quota de 8,9%, tendo contratado 95 milhões de euros, o que representou um crescimento de 54% face a 2012. Na produção global da Locação Financeira, verificou-se um crescimento de 41% e uma quota de mercado de 8,3%. No final do exercício foi celebrado de um novo acordo com o Banco Europeu do Investimento, que permitirá a disponibilização de 100 milhões de euros, para apoiar novos projetos de investimento de pequenas e médias empresas (PME), em condições mais vantajosas. A estratégia de comunicação tem acompanhado e espelhado o posicionamento estratégico do Banco, conjugando várias ações de comunicação multimeios: campanhas de publicidade institucional "É para Si e PME Power e campanhas de produto - DPs Temáticos, Ativações, Solidariedade, Imóveis, etc.. Há uma aposta clara na televisão como principal meio, por ser o veículo mais apropriado para a criação de um baseline de notoriedade e, em 2013 a rádio e a internet tiveram ainda um papel de destaque na divulgação das campanhas de solidariedade e de imóveis do Banco Popular. A presença em feiras, congressos e os patrocínios de programas, consolidaram a aposta no sector empresarial, demonstrando a disponibilidade e o know-how do Banco junto de empresários e associações. 10

Resultados e rendibilidade As contas de resultados são apresentadas, de forma sintética, no quadro 1, tendo como referência o exercício de 2013 e o anterior, de acordo com as normas estabelecidas pelo Banco de Portugal. Quadro 1. Conta de Resultados Individual (milhares de euros) Variação 2013 2012 Valor % 1 Juros e rendimentos similares 303 812 365 784-61 972-16,9 2 Juros e encargos similares 182 564 216 926-34 362-15,8 3 Margem financeira (1-2) 121 248 148 858-27 610-18,5 4 Rendimento de instrumentos de capital 49 55-6 -10,9 5 Comissões líquidas 52 083 54 281-2 198-4,0 6 Resultados de operações financeiras (líq) 9 991 4 046 5 945 146,9 7 Resultados de alienação de outros activos - 5 241-7 347 2 106 28,7 8 Outros resultados de exploração - 6 415-6 374-41 -0,6 9 Produto da actividade (3+4+5+6+7+8) 171 715 193 519-21 804-11,3 10 Custos com pessoal 56 309 55 658 651 1,2 11 Gastos gerais administrativos 51 473 50 643 830 1,6 12 Amortizações 5 023 7 234-2 211-30,6 13 Resultado operacional (9-10-11-12) 58 910 79 984-21 074-26,3 14 Provisões líquidas de reposições e anulações 8 563-6 546 15 109 230,8 15 Correcções líquidas de valor associado a crédito a clientes 89 390 63 077 26 313 41,7 16 Imparidade e outras provisões líquidas 12 481 17 095-4 614-27,0 17 Resultado antes de Impostos (13-14-15-16) - 51 524 6 358-57 882-910,4 18 Impostos - 19 804 3 666-23 470-640,2 19 Resultado Líquido do Exercício (17-18) - 31 720 2 692-34 412-1278,3 Quadro 1 Conta de Resultados Individual Margem financeira Em 2013, a margem financeira ascendeu a 121 milhões de euros, correspondendo a uma diminuição de 27,6 milhões de euros, ou seja, menos 18,5%, face ao ano anterior. Esta redução ficou a dever-se, sobretudo, ao efeito volume no crédito (-22,5 milhões de euros) por via da redução do volume médio do crédito concedido no ano e ao efeito taxa de juro (- 36,9 milhões de euros) por via da redução da taxa média de concessão. Estes efeitos negativos foram parcialmente compensados pelo efeito taxa de juro favorável dos recursos de clientes e de instituições de crédito por via da redução substancial do custo médio deste passivo, cujo valor ascendeu a 39,9 milhões de euros. Adicionalmente, de destacar o contributo negativo na margem financeira da carteira de ativos financeiros cujos níveis 11

decrescentes de rendibilidade, esperados e confirmados ao longo do ano de 2013, foram em parte compensados pela gestão eficiente de volumes patente nos volumes médios apresentados no quadro 3. Globalmente sobrepôs-se o efeito volume de atividade, principalmente pela redução do crédito em carteira, responsável por 85% da quebra ocorrida na margem financeira no ano de 2013, confirmando-se desta forma, uma gestão eficiente das taxas de juro mesmo em contexto adverso. Quadro 2 Variação anual da margem financeira De acordo com o quadro 3, o ativo médio foi, em 2013, financiado em 55% por recursos de clientes e em 34% por recursos de instituições de crédito, principalmente recursos do Grupo Banco Popular, tendo o saldo médio do crédito concedido a clientes continuado a ser a principal componente, representando cerca de 64% do total do ativo médio. Esta evolução traduz o esforço bem-sucedido de aumento do peso dos recursos de clientes no contexto da melhoria do Gap comercial uma vez que em 2012 a dependência de recursos de instituições de crédito representava cerca de 41% e em 2011 cerca de 56%. Quadro 3. Evolução de capitais e taxas médias anuais. Margens. (milhares de euros e %) 2013 2012 Saldo Dist. Proveitos Taxa Saldo Dist. Proveitos Taxa Médio (%) ou custos Média (%) Médio (%) ou custos Média (%) Crédito concedido (a) 5 783 097 63,8% 224 091 3,87 6 311 791 66,9% 284 293 4,49 Disponibilidades e Aplicações em OIC 533 742 5,9% 2 605 0,49 404 872 4,3% 1 836 0,45 Activos financeiros 2 238 928 24,7% 76 898 3,43 2 209 380 23,4% 79 430 3,59 Outros activos 505 713 5,6% 218 0,04 514 964 5,5% 225 0,04 Total do Activo ( b ) 9 061 480 100% 303 812 3,35 9 441 008 100% 365 784 3,86 Recursos de clientes ( c ) 5 022 597 55,4% 139 853 2,78 4 724 463 50,0% 160 154 3,38 Recursos de Instituições de crédito 3 113 214 34,4% 20 647 0,66 3 908 927 41,4% 37 855 0,97 Contas de capital 671 724 7,4% 0 0,00 538 410 5,7% 0 0,00 Outros passivos 253 945 2,8% 22 064 8,69 269 206 2,9% 18 918 7,01 Total do Passivo e Capitais Próprios (d) 9 061 480 100% 182 564 2,01 9 441 008 100% 216 927 2,29 Margem com clientes (a - c) 1,09 1,11 Margem financeira (b - d) 1,34 1,57 Quadro 3 Evolução de Capitais e taxas médias anuais 12

Considerando a evolução das taxas de juro médias anuais das aplicações e recursos, salienta-se que o ativo médio, que atingiu 9.061 milhões de euros, registou uma rendibilidade global de 3,35%, que quando comparada com o custo médio do total dos recursos afectos ao financiamento do ativo 2,01% permitiu atingir uma margem financeira anual de 1,34%, menos 23 pontos base, face à registada no ano anterior. O objetivo de aumentar o financiamento do crédito com recursos de clientes, e assim, melhorar o Gap comercial, conduziu a um aumento dos recursos de clientes em 298 milhões de euros. Esta evolução foi acompanhada por uma redução de 60 pontos base na taxa média anual dos recursos de clientes situando-se em 2,78% em 2013, o que compara com 3,38% em 2012 (quadro 3a). A redução do saldo médio de crédito concedido é justificada por algumas vendas, tendo a taxa média anual do crédito decrescido 62 pontos base, de 4,49% para 3,87%. Por este efeito combinado, a margem com clientes, desceu 2 pontos base, para 1,09%. Quadro 3a. Evolução das taxas médias anuais. Margens Taxa média anual Taxa média anual Variação 2013 2012 2013 / 2012 (%) (%) (p.p.) Crédito concedido (a) 3,87 4,49-0,62 Disponibilidades e Aplicações em OIC 0,49 0,45 0,04 Activos financeiros 3,43 3,59-0,16 Outros ativos 0,04 0,04 0,00 Total do Ativo ( b ) 3,35 3,86-0,51 Recursos de clientes ( c ) 2,78 3,38-0,60 Recursos de Instituições de crédito 0,66 0,97-0,31 Contas de capital 0,00 0,00 0,00 Outros passivos 8,69 7,01 1,68 Total do Passivo e Capitais Próprios (d) 2,01 2,29-0,28 Margem com clientes (a - c) 1,09 1,11-0,02 Margem financeira (b - d) 1,34 1,57-0,23 Pela análise das figuras 1 e 2 verifica-se, em 2013, uma inversão face ao ano anterior, no que se refere às taxas médias do crédito e consequentemente da margem com clientes e financeira, já que a taxa média dos recursos continua a descer desde 2011. 13

6,0 Fig. 1 - Margem com Clientes Fig. 2 - Margem de Intermediação Financeira (%) (%) 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 4,18 2,62 3,06 1,99 4,49 3,74 3,42 3,38 3,87 2,78 5,0 4,0 3,0 2,0 3,67 2,49 2,90 1,50 3,86 3,43 2,17 2,29 3,35 2,01 1,0 1,56 1,07 1,11 1,09 1,0 1,18 1,40 1,26 1,57 1,34 0,0 0,32 2009 2010 2011 2012 2013 0,0 2009 2010 2011 2012 2013 Tx. média crédito Margem com clientes Tx. média recursos clientes Tx. média aplicações Margem financeira Tx. média recursos Fig. 1 - Margem com Clientes Fig. 2 - Margem de Intermediação financeira Produto bancário No ano de 2013, as comissões líquidas cobradas aos clientes pela colocação de produtos e prestação de serviços atingiram 52,1 milhões de euros, correspondendo a uma diminuição de cerca de 4%, face ao ano anterior. Mesmo inferior a 2012, o valor registado em 2013 situa-se acima dos valores médios dos últimos cinco anos (figura 3). Fig. 3 - Comissões Líquidas (milhões de euros) 53,0 45,8 48,7 54,3 52,1 2009 2010 2011 2012 2013 Fig. 3 - Comissões Líquidas 14

No quadro 4, pode ser observado com maior detalhe as principais rúbricas que contribuíram para a variação negativa das comissões em 2013, e que foram: comissões de garantias, com menos 1,2 milhões de euros (-16,6% face ao ano anterior) e comissões de gestão de ativos, principalmente os relacionados com a colocação de divida de terceiros que decresceu 1,3 milhões de euros (-50% face ao ano anterior). Quadro 4. Comissões Líquidas (milhares de euros) Variação 2013 2012 Valor % Comissões de operações de crédito 19 575 19 247 328 1,7 Comissões de garantias 6 063 7 269-1 206-16,6 Comissões de meios de cobrança e pagamento (liq.) 11 485 12 223-738 -6,0 Comissões de gestão de activos (liq.) 1 310 2 622-1 312-50,0 Comissões de venda de seguros 2 081 1 436 645 44,9 Comissões de manutenção de contas 5 183 4 836 347 7,2 Comissões de processamento 1 673 1 957-284 -14,5 Outras (liq.) 5 042 5 081-39 -0,8 Comissões pagas a promotores e angariadores 329 390-61 -15,6 Total 52 083 54 281-2 198-4,0 Quadro 4 Comissões Líquidas Relativamente às restantes componentes do produto bancário, salienta-se o aumento de 5,9 milhões de euros em resultados de operações financeiras derivado dos melhores resultados obtidos nos ativos financeiros detidos em carteira e um aumento de 2,1 milhões de euros na componente de alienação de outros ativos que corresponde, essencialmente, a menos valias relacionadas com as vendas de ativos imobiliários. O contributo destas e das restantes componentes não foi suficiente para compensar a queda de 27,6 milhões de euros na margem financeira, e fez com que o Banco Popular Portugal gerasse, em 2013, um produto bancário de 171,7 milhões de euros, menos 21,8 milhões de euros, ou -11,3% face ao exercício anterior. Resultado operacional O ano de 2013 foi, no que à política de custos diz respeito, mais um ano de consolidação das medidas implementadas nos anos anteriores. Neste exercício, os custos operativos totalizaram 112,8 milhões de euros, representando uma redução de 0,7 milhões de euros, ou -0,6% face ao exercício anterior. De acordo com o quadro 5, os custos com pessoal ascenderam a 56,3 milhões de euros, correspondendo a um acréscimo de 1,2%. Este acréscimo diz respeito a uma maior dotação 15

para o Fundo de Pensões em 1,26 milhões de euros, que caso não existisse faria com que os custos de pessoal apresentassem uma redução, face ao ano anterior, já que as demais componentes apresentaram uma evolução positiva. Os gastos gerais administrativos fixaram-se em cerca de 51,5 milhões de euros, correspondendo a um aumento de 830 mil euros (1,6%), face ao exercício anterior. Este aumento de custos ficou a dever-se sobretudo a um aumento da rúbrica de Avenças e Honorários (+2,4 milhões de euros, ou 60,8%) e da rúbrica Informática (+2 milhões de euros, ou 31,8%), sendo que a primeira está diretamente relacionada com a recuperação de crédito vencido. As duas rúbricas com pior desempenho anularam o esforço evidenciado na redução de custos das restantes rúbricas. Ao nível das dotações para amortizações do imobilizado verificou-se um comportamento bastante positivo (-2,2 milhões de euros, ou -30,6%) para os 5 milhões de euros. Foi esta componente que contribuiu de forma positiva para a redução verificada nos custos operativos. Quadro 5. Custos Operativos (milhares de euros) Variação 2013 2012 Valor % Custos com pessoal (a) 56 309 55 658 651 1,2 Remunerações 41 781 41 890-109 -0,3 Encargos sociais 11 126 11 348-222 -2,0 Fundo de pensões 2 397 1 137 1 260 110,8 Outros custos 1 005 1 283-278 -21,7 Gastos gerais administrativos (b) 51 473 50 643 830 1,6 Fornecimentos de terceiros 2 742 3 133-391 -12,5 Rendas e alugueres 4 392 4 890-498 -10,2 Comunicações 4 164 4 174-10 -0,2 Deslocações, est. e representação 1 134 867 267 30,8 Publicidade e ed. de publicações 2 700 2 703-3 -0,1 Conservação e reparação 4 170 5 362-1 192-22,2 Transportes 1 137 1 249-112 -9,0 Avenças e honorários 6 420 3 993 2 427 60,8 Judiciais, contencioso e notariado 2 473 2 391 82 3,4 Informática 8 338 6 324 2 014 31,8 Segurança e vigilância e limpeza 1 159 1 317-158 -12,0 Mão-de-obra eventual 4 575 4 656-81 -1,7 Consultores e auditores externos 1 148 1 362-214 -15,7 SIBS 1 259 1 218 41 3,4 Serviços prestados Grupo Banco Popular 3 283 3 548-265 -7,5 Outros serviços 2 379 3 456-1 077-31,2 Custos de funcionamento (c=a+b) 107 782 106 301 1 481 1,4 Amortizações do exercício (d) 5 023 7 234-2 211-30,6 Total (c+d) 112 805 113 535-730 -0,6 16

Quadro 5 Custos Operativos O rácio de eficiência operativa, que corresponde à parte do produto bancário consumida pelos custos operativos aumentou para os 65,7%. Esta percentagem resulta de uma quebra no produto bancário e numa estabilização dos custos operativos. Esta evidência está refletida na figura 4. Fig. 4 - Eficiência Operativa (milhões de euros e % escala direita) 260 75,0 240 220 248 71,8 70,0 200 180 201 194 65,7 65,0 160 140 120 100 80 60 106 112 55,5 167 120 172 58,7 114 113 60,0 55,0 50,0 40 20 0 42,7 2009 2010 2011 2012 2013 Produto bancário ( escala esquerda ) Custos operativos ( escala esquerda ) Eficiência operativa ( escala direita ) 45,0 40,0 Fig. 4 - Eficiência Operativa O peso dos custos com pessoal no produto bancário fixou-se nos 32,8%, acima dos 28,8% verificados no ano de 2012. O resultado operacional ascendeu, assim, a aproximadamente 58,9 milhões de euros, 26,3% inferior ao verificado no exercício anterior. Resultado Líquido e Rendibilidade O Banco Popular Portugal encerrou o exercício de 2013 com um Resultado Líquido negativo de 31,7 milhões de euros, menos 34 milhões face ao ano anterior. Esta redução dos resultados deveu-se a: - menor volume de crédito e redução do preço das operações ativas; - crescimento das provisões para crédito que evoluíram de 56,5 milhões, em 2012, para 98 milhões de euros no exercício de 2013, fazendo com que o Resultado Antes de Impostos tenha decrescido para os -51,5 milhões de euros. 17

Os impostos passaram de 3,7 milhões de euros para uma recuperação de 19,8 milhões de euros. A figura 5 mostra a evolução, nos últimos cinco anos, do resultado antes de impostos e do resultado líquido. Fig. 5 - Evolução dos Resultados (milhões de euros) 20,9 21,7 24,4 17,7 15,9 13,4 6,4 2,7-31,7-51,5 2009 2010 2011 2012 2013 Resultado antes de impostos Resultado líquido Fig. 5 - Evolução dos Resultados Pela análise conjunta da conta de resultados e do balanço é possível avaliar a rendibilidade da atividade financeira do Banco, comparando os proveitos e custos e respetivas margens com as aplicações e os recursos que lhes dão origem. No quadro 6, são apresentadas as contas de resultados de 2013 e 2012, com indicação das suas componentes em percentagem do ativo médio total. Em 2013, a rendibilidade de exploração foi de 0,65%, menos 20 pontos base face ao exercício anterior. Esta descida deveu-se sobretudo ao decréscimo de 24 pontos base da margem financeira. 18

Quadro 6. Rendibilidade Total (valores em milhares de euros e em % do activo líquido médio) 2013 2012 Variação valores % valores % em valor %/ p.p. Proveitos das aplicações 303 812 3,35 365 784 3,87-61 972-0,52 Custos dos recursos 182 564 2,01 216 926 2,30-34 362-0,29 Margem Financeira 121 248 1,34 148 858 1,57-27 610-0,23 Comissões líquidas 52 083 0,57 54 281 0,57-2 198 0,00 Outros resultados da actividade - 1 616-0,02-9 620-0,10 8 004 0,08 Produto da Actividade 171 715 1,90 193 519 2,05-21 804-0,15 Custos com pessoal 56 309 0,62 55 658 0,59 651 0,03 Gastos gerais administrativos 51 473 0,57 50 643 0,54 830 0,03 Amortizações 5 023 0,06 7 234 0,08-2 211-0,02 Rendibilidade de Exploração 58 910 0,65 79 984 0,85-21 074-0,20 Provisões para crédito líquidas 97 953 1,08 56 531 0,60 41 422 0,48 Imparidade e outras provisões líquidas 12 481 0,14 17 095 0,18-4 614-0,04 Rendibilidade Antes de Impostos - 51 524-0,57 6 358 0,07-57 882-0,64 Impostos - 19 804-0,22 3 666 0,04-23 470-0,26 Rendibilidade Após Impostos - 31 720-0,35 2 692 0,03-34 412-0,38 Por memória: Activo líquido médio ( milhões ) 9 061 9 441-380 -4,0 Recursos próprios médios ( milhões) 672 538 134 24,9 Rendibilidade líquida dos capitais próprios - ROE (%) -4,72 0,50-5,22-1043,3 (resultado líquido/capitais próprios médios) Rendibilidade bruta dos capitais próprios (%) -7,67 1,18-8,85-748,8 (resultado antes de impostos/capitais próprios médios) Cost to income (%) 62,77 54,93 7,84 14,3 Quadro 6 Rendibilidade Total A rendibilidade dos recursos próprios (ROE), definida como a relação entre o resultado líquido e os recursos próprios médios, fixou-se em -4,7%, que compara com os 0,5% verificados em 2012. A figura 6 evidencia a evolução dos indicadores de rendibilidade nos últimos cinco anos. Fig. 6 - Rendibilidade do Activo e Capitais Próprios (%) 2,00 5,00 1,50 2,79 2,63 2,61 4,00 3,00 1,00 2,00 0,50 0,50 1,00 0,00-0,50 0,20 0,17 0,13 0,03-0,35 0,00-1,00-2,00-1,00-1,50-4,72-3,00-4,00-5,00-2,00 2009 2010 2011 2012 2013 ROA ( escala esquerda ) ROE ( escala direita ) -6,00 Fig. 6 - Rendibilidade do Ativo e Capitais Próprios 19

Reaplicações Ativos totais Os balanços relativos a 31 de dezembro de 2013 e 2012 são apresentados resumidamente no quadro 7. No capítulo Contas Anuais, os mesmos são apresentados de acordo com o modelo definido pelo Banco de Portugal. A 31 de dezembro de 2013, o ativo líquido do Banco Popular ascendeu a 9.222 milhões de euros, mais 355 milhões de euros relativamente a 2012, representando um acréscimo de cerca de 4%. O Banco faz também a gestão de outros recursos de clientes aplicados em instrumentos de investimento e poupança e reforma, cujo montante ascendia, no final do ano de 2013, a 856 milhões de euros, os quais registaram um crescimento de 22,6%, face ao ano anterior Fig. 7 - Activos Totais sob Gestão (Valores de final de ano) (milhões de euros) 749 719 624 698 856 Activos Fora de Balanço 8.718 10.233 9.634 8.867 9.222 Activos Totais de Balanço 2009 2010 2011 2012 2013 Fig. 7 - Ativos Totais sob Gestão Desta forma, os ativos totais geridos pelo Banco atingiram, no final de 2013, a 10.078 milhões de euros, registando um aumento de 5,4%, quando comparado com o ano de 2012. 20

(milhares de euros) Ativo Quadro 7. Balanço Individual 2013 2012 Variação Valor % Caixa e disponibilidades em bancos centrais 54 114 171 349-117 235-68,4 Disponibilidades em outras instituições de crédito 174 427 54 743 119 684 218,6 Ativos financeiros detidos para negociação 73 843 56 738 17 105 30,1 Outros Ativos financ. justo valor através de resultados 24 983 32 954-7 971-24,2 Ativos financeiros disponíveis para venda 1 704 136 1 105 359 598 777 54,2 Aplicações em instituições de crédito 1 268 822 269 818 999 004 370,3 Crédito a clientes 5 510 349 6 020 530-510 181-8,5 (-) Provisões para Crédito Vencido - 260 893-185 144-75 749-40,9 Investimentos detidos até à maturidade 0 723 879-723 879-100,0 Derivados de cobertura 103 0 Ativos não correntes detidos para venda 20 747 22 579-1 832-8,1 Outros Ativos tangíveis 82 381 88 004-5 623-6,4 Ativos intangíveis 172 171 1 0,6 Investimento em filiais e associadas 0 0 0 0,0 Ativos por impostos diferidos 72 175 82 396-10 221-12,4 Ativos por impostos correntes 3 566 1 360 2 206 162,2 Outros Ativos 493 248 422 076 71 172 16,9 Total de Ativo 9 222 173 8 866 812 355 361 4,0 Passivo Recursos de bancos centrais 1 306 839 1 605 143-298 304-18,6 Passivos financeiros detidos para negociação 29 629 40 181-10 552-26,3 Recursos de outras instituições de crédito 1 919 736 1 423 759 495 977 34,8 Recursos de clientes 4 216 578 3 906 941 309 637 7,9 Responsabilidades representadas por títulos 865 255 1 011 248-145 993-14,4 Derivados de cobertura 101 883 128 563-26 680-20,8 Provisões 51 054 54 588-3 534-6,5 Passivos por impostos correntes 0 0 0 0,0 Passivos por impostos diferidos 4 060 14 191-10 131-71,4 Outros passivos 61 251 33 824 27 427 81,1 Total de Passivo 8 556 285 8 218 438 337 847 4,1 Capital Capital 476 000 476 000 0 0,0 Prémios de emissão 10 109 10 109 0 0,0 Reservas de reavaliação - 54 143-110 807 56 664 51,1 Outras reservas e resultados transitados 265 642 270 380-4 738-1,8 Resultado do exercício - 31 720 2 692-34 412-1278,3 Total de Capital 665 888 648 374 17 514 2,7 Total de Passivo + Capital 9 222 173 8 866 812 355 361 4,0 Quadro 7 Balanço Individual 21

Recursos de clientes No final de 2013, o montante global de recursos de clientes dentro e fora de balanço atingiu 5.073 milhões, mais 10,2% relativamente ao ano anterior. A figura 8 apresenta a evolução dos recursos totais de clientes nos últimos 5 anos. Fig. 8 - Recursos de Clientes (milhões de euros) 749 719 624 698 856 3.526 3.558 4.154 3.907 4.217 2009 2010 2011 2012 2013 Produtos de Desintermediação Recursos de Balanço Fig. 8 - Recursos de Clientes Os recursos de balanço, essencialmente, depósitos de clientes, atingiram um total de 4.217 milhões de euros, correspondente a um acréscimo de 7,9%, face ao ano anterior. Os depósitos à Ordem registaram um acréscimo significativo de 98,4 milhões de euros, ou 15,3% passando de 645,4 milhões de euros para 743,9 milhões de euros. 22

(milhares de euros) RECURSOS : Quadro 8. Recursos de clientes 2013 2012 Variação Valor % Depósitos 4 164 419 3 855 992 308 427 8,0 Depósitos à ordem 743 941 645 494 98 447 15,3 Depósitos a prazo 3 415 576 3 204 194 211 382 6,6 Depósitos poupança 4 902 6 304-1 402-22,2 Cheques e ordens a pagar e outros recursos 14 160 11 025 3 135 28,4 Juros a pagar 37 999 39 924-1 925-4,8 RECURSOS DE BALANÇO ( a ) 4 216 578 3 906 941 309 637 7,9 Recursos de desintermediação Fundos de investimento 269 200 173 201 95 999 55,4 Seguros de investimento e capitalização 429 634 363 852 65 782 18,1 Seguros de reforma 90 136 96 112-5 976-6,2 Gestão de carteiras 67 488 65 149 2 339 3,6 RECURSOS FORA DE BALANÇO ( b ) 856 458 698 314 158 144 22,6 RECURSOS TOTAIS ( a + b ) 5 073 036 4 605 255 467 781 10,2 Quadro 8 Recursos de Clientes Os recursos fora de balanço, que incluem as aplicações em fundos de investimento, os planos de poupança-reforma, os recursos captados através de seguros de investimento e os patrimónios geridos através da banca privada, registaram um crescimento de 22,6%, passando de 698,3 milhões de euros em 2012 para 856,4 milhões de euros no final de 2013. A evolução positiva desta componente deve-se ao crescimento dos fundos de investimento em mais de 55% e dos seguros de investimento e capitalização em mais de 18%. A evolução destes recursos é apresentada no final do quadro anterior. O Banco Popular Portugal era, a 31 de dezembro de 2013, o banco depositário de 19 fundos de investimento administrados pela Popular Gestão de Ativos, cuja carteira total ascendia, nessa data, a 269,2 milhões de euros. No quadro 9, são apresentados os patrimónios de cada um dos fundos de investimento geridos, nos últimos dois anos, e na figura 9 a evolução, nos últimos 5 anos, do montante sob gestão em fundos de investimentos, bem como das carteiras privadas sob gestão. 23

Quadro 9. Carteira dos Fundos de Investimento ( valor patrimonial ) (milhares de euros) 2013 2012 Variação Fundos Valor % Popular Valor 2 598 2 799-201 -7,2 Popular Acções 4 284 1 974 2 310 117,0 Popular Euro Obrigações 14 548 4 001 10 547 263,6 Popular Global 25 18 289 4 737 13 552 286,1 Popular Global 50 12 770 2 434 10 335 424,6 Popular Global 75 6 299 1 256 5 043 401,6 Popular Tesouraria 4 191 3 538 653 18,5 Pop. Imobiliario FEI 0 7 593-7 593-100,0 Popular Objectivo Rendimento 2015 2 418 2 431-13 -0,5 Popular Economias Emergentes - FEI F 8 259 8 248 11 0,1 Pop. Economia Emergentes II - FEI F 9 945 9 921 24 0,2 Popular Private Multiactivos I 0 958-958 -100,0 Popular Private Multiactivos II 3 398 1 346 2 051 152,3 Popular Private Multiactivos III 0 1 198-1 198-100,0 Pop. Obrig. Ind. Emp. Alem. e EUA 5 859 5 587 273 4,9 Pop. Obrig. Ind. Ouro (Londres) 3 971 3 991-20 -0,5 Popular Predifundo 13 239 14 954-1 715-11,5 ImoPopular 22 836 24 193-1 357-5,6 ImoPortugal 22 629 25 944-3 316-12,8 Imourbe 14 161 10 453 3 708 35,5 Fundurbe 0 10 735-10 735-100,0 Popular Arrendamento FIIFAH 99 506 24 909 74 597 299,5 Total 269 200 173 201 95 999 55,4 Quadro 9 Carteira de Fundos de Investimento O Banco Popular comercializa, igualmente, planos de poupança-reforma e seguros de investimento da Eurovida, na qual detém uma participação no capital. Na figura 10 é apresentada a evolução dos montantes aplicados nesses produtos, nos últimos 5 anos. Fig. 9 - Carteira de Fundos de Investimento e Carteiras Privadas sob Gestão (milhões de euros ) 500 450 Fig. 10 - Património Seguros Financeiros (milhões de euros) 500 450 400 400 430 350 350 300 300 364 250 200 150 100 50 200 212 161 129 176 93 173 269 65 67 250 200 150 100 50 289 267 110 113 258 98 96 90 0 2009 2010 2011 2012 2013 0 2009 2010 2011 2012 2013 Carteiras Privadas sob Gestão Património F. Investimento Planos Poupança Reforma Seguros de Investimento Fig. 9 - Carteira de Fundos de Investimento Fig. 10 - Património Seguros Financeiros 24

Crédito a clientes O crédito concedido a clientes totalizava, no final de 2013, cerca de 5.510 milhões de euros, representando 59,8% do total do ativo, ou 56,9% se deduzidas as provisões para crédito vencido. O crédito a empresas e administrações públicas ascendia a 3.092 milhões de euros (excluindo outros crédito titulados e crédito vencido), correspondendo a 62% do crédito concedido. No quadro seguinte pode ser observada a composição do crédito concedido a clientes nos dois últimos exercícios. (milhares de euros) Crédito concedido ( a ) Quadro 10. Crédito sobre Clientes 2013 2012 Variação Valor % Empresas e Administrações Públicas 3 092 054 3 566 488-474 434-13,3 Particulares 1 870 285 1 897 481-27 196-1,4 Habitação 1 468 891 1 470 833-1 942-0,1 Consumo 45 782 54 565-8 783-16,1 Outras finalidades 355 612 372 083-16 471-4,4 Total 4 962 339 5 463 969-501 630-9,2 Outros créditos (Titulados) ( b ) 267 000 302 700-35 700-11,8 Juros e comissões a receber ( c ) 8 188 22 077-13 889-62,9 Crédito e juros vencidos ( d ) Até 90 dias 19 757 22 651-2 894-12,8 Mais de 90 dias 253 065 209 133 43 932 21,0 Total 272 822 231 784 41 038 17,7 Crédito Total Bruto ( a + b + c + d ) 5 510 349 6 020 530-510 181-8,5 Provisões Específicas de Crédito 260 893 185 144 75 749 40,9 Crédito Total Líquido 5 249 456 5 835 386-585 930-10,0 Quadro 10 Crédito sobre Clientes A redução do crédito concedido deve-se a uma diminuição de 11,8% do crédito titulado e a uma redução de 8,5% do crédito, em geral. Ao nível do retalho, o crédito a empresas e administrações públicas teve uma redução de 474 milhões de euros, menos 13,3% face ao ano anterior, representando 56,1% do crédito total bruto. O crédito a particulares representava 33,9%, tendo registado uma quebra ligeira de 1,4% (-27,2 milhões de euros). Para esta quebra contribuiu, essencialmente, a redução em mais de 25 milhões de euros nas rúbricas de crédito ao consumo e outras finalidades. 25

Pela análise da figura 11, pode verificar-se a evolução do crédito total nos últimos cinco anos. Fig. 11 - Crédito sobre Clientes (milhões de euros) 7.855 6.530 6.247 6.021 5.510 2009 2010 2011 2012 2013 Fig. 11 - Crédito O montante do crédito e juros vencidos atingiu, no final de 2013, um montante próximo dos 273 milhões de euros, mais 17,7% face ao ano anterior. De acordo com o observado no quadro seguinte, este crédito representava 4,95% do crédito total. Considerando apenas o crédito vencido há mais de 90 dias, este indicador situa-se nos 4,59%. O total do crédito em incumprimento ascendia, no final de 2013, a 411 milhões de euros, representando 7,46% do crédito total. Quadro 11. Crédito Vencido e Crédito em Incumprimento (milhares de euros) 2013 2012 Valor Variação % / p.p. Crédito e juros vencidos 272 822 231 784 41 038 17,7 Crédito vencido há mais de 90 dias (a) 253 065 209 133 43 932 21,0 Crédito de cobrança duvidosa reclassificado como vencido (b) 158 027 136 173 21 854 16,0 Crédito em incumprimento (a+b) 411 091 345 306 65 785 19,1 Crédito vencido / crédito total (%) 4,95 3,85 1,10 Crédito vencido há mais de 90 dias / crédito total (%) 4,59 3,47 1,12 Crédito em incumprimento / crédito total (%) 7,46 5,74 1,72 Crédito em incumprimento líquido / crédito total líquido (%) 2,91 2,79 0,12 Provisões para riscos de Crédito 310 070 236 499 73 571 31,1 Rácio de Cobertura (%) 113,7 102,0 11,6 por memória: Crédito total 5 510 349 6 020 530-510 181-8,5 26

Quadro 11 Crédito Vencido e em Incumprimento No final de 2013, as provisões para riscos de crédito ascendiam a 310 milhões de euros, garantindo um rácio de cobertura de 113,7%, que compara com 102% em 2012. Perspectivas para 2014 Apesar dos últimos anos terem sido marcados por uma recessão económico-financeira, as previsões de alguns indicadores macroeconómicos para 2014 dão já sinais de inversão e começam a evidenciar alguma estabilidade. Perspectiva-se que 2014 possa vir a ser um ano de viragem em termos de crescimento do investimento em Portugal. Em termos microeconómicos, a pertença do Banco Popular Portugal a um Grupo sólido confere robustez e solvabilidade para conseguir reforçar os atuais pontos fortes, mitigando as ameaças e os pontos fracos, ao mesmo tempo que se lança o desafio de converter em negócio as oportunidades oferecidas pelo mercado. Será necessário continuar a apostar num incremento sustentado da base de clientes, tanto em empresas como em particulares e aumentar o número de produtos detidos por cliente para potenciar o aumento da rentabilidade dos mesmos. Nestes últimos anos, o Banco Popular tem vindo a reforçar a sua estratégia de proximidade ao cliente, com especial enfoque no apoio às PME. Toda a estrutura tem sido reajustada e orientada para o cumprimento deste propósito, nomeadamente através da gestão separada da área comercial relativamente à área de gestão de ativos pouco rentáveis, libertando a rede para a atividade de captação e gestão da atividade comercial. Fruto de um ajustamento do Balanço, materializado numa diminuição do gap comercial, o Banco preparou-se para um crescimento efetivo do lado do ativo. No entanto, ambicionar ser um Banco de referência para empresas, não anula o facto de o Banco Popular querer continuar a ser um Banco com uma oferta universal, estando preparado para responder às necessidades dos clientes particulares. Aliás, os particulares assumem um papel muito importante do ponto de vista de financiamento da atividade empresarial, pelo facto de constituírem uma fonte de funding estável. Por esse motivo o Banco assentará quatro grandes objetivos estratégicos: Incremento da notoriedade Aumento da base de Clientes Aumento da vinculação e rentabilidade Incremento do negócio 27

Esta estratégia assenta muito na articulação e potenciação de sinergias entre empresas e particulares: tornarmo-nos um Banco de referência para empresas ao mesmo tempo que potenciamos a captação do negócio de particulares e vice-versa, colocando as empresas como um canal importante de captação de negócio de particulares. No que respeita à comunicação, no ano de 2014 pretendemos dar continuidade à estratégia iniciada em 2012, concretizando os objetivos de incremento da notoriedade, reforço da identidade e valores da marca, reafirmação da vocação do Banco Popular como melhor banco para empresas e otimização de investimento, através da uniformização dos targets: vocacionar para empresas e impactar particulares. Gestão do risco A gestão de risco para o Banco Popular Portugal tem vindo a assumir uma acrescida importância, em alinhamento com a política corporativa do Grupo em que se encontra inserido, ocorrendo um envolvimento direto da alta direção na definição de políticas de risco destinadas a garantir a estabilidade do Banco, a viabilidade a curto, médio e longo prazo, e quando aplicável a otimização da relação risco versus rentabilidade. O Banco possui um conjunto de linhas orientadoras e políticas para cada categoria de risco que assentam, essencialmente, na identificação dos riscos, na sua avaliação qualitativa e quantitativa e posterior definição de prioridades, na determinação de planos de ação e posterior monitorização do risco desde a análise até ao nível aceite pela instituição. Pretende-se que estas linhas de orientação estejam alinhadas com os seguintes princípios de gestão do risco definidos para o Banco: Estratégia da organização influenciada pelo grau de exposição ao risco; Envolvimento de toda a organização no esforço de gestão de risco; Transparência na comunicação interna e externa dos riscos. O objetivo de desenvolver processos de gestão de risco é permitir ao Banco atingir com sucesso a sua missão, através de um controlo adequado dos riscos inerentes à sua atividade. Paralelamente, o Banco procura adaptar a sua estrutura organizativa, visando uma adequada segregação de funções, enquanto mitigadora de risco. 28

Estrutura e linhas de reporte A estrutura de gestão de risco adota a metodologia três linhas de defesa, como ilustra e explica a figura seguinte: Desta forma, as três linhas de defesa são representadas pelas seguintes estruturas internas: (i) primeira linha de defesa pelo Departamento de Gestão de Risco (DGR); (ii) segunda linha de defesa pelo Compliance e Área de Controlo Operativo e (iii) como terceira linha de defesa a atuação da Auditoria. A responsabilidade pela definição e implementação do sistema de gestão do risco é do Conselho de Administração, ainda que muitas das atividades inerentes a este processo estejam delegadas a outras áreas da organização. As linhas de reporte são estabelecidas entre as diversas unidades de negócio, incluindo a função de auditoria, com reportes mensais à Gestão do Risco em relação ao estado dos controlos para gerir os riscos e mudanças nos objetivos e riscos. O DGR reporta ao Comité Executivo a monotorização efetuada sobre os diferentes riscos. 29

Risco de Crédito e de Concentração Este risco nasce da possível perda causada pelo incumprimento das obrigações contratuais das contrapartes do Banco. No caso dos financiamentos, é consequência da não recuperação do capital, juros e comissões, nos termos da dívida, prazos e demais condições estabelecidas nos contratos. No que se refere a riscos fora de balanço, deriva do incumprimento pela contraparte das suas obrigações perante terceiros, o que implica que o Banco os assuma como próprios em função do compromisso contraído. O risco de crédito do Banco é resultante essencialmente da sua atividade de banca comercial, a sua principal área de negócio. O total de crédito ascendia a cerca 5.510 milhões de euros no final de dezembro de 2013, com uma descida intranual de cerca de 8,47%. De referir que esta descida resultou, essencialmente, de cessões de créditos efetuadas a outras entidades do Grupo Banco Popular. O crédito a clientes é o principal ativo do Banco, representando cerca de 57% do seu ativo líquido. Em 31 de dezembro de 2013, cerca de 67% da carteira dizia respeito a crédito a empresas (maioritariamente PME). Segmentação da carteira por tipo de contraparte 30

A evolução do rácio de crédito em incumprimento, conforme ilustrado abaixo, deve-se essencialmente ao atual contexto macroeconómico e não obstante o efeito conjugado do enfoque dado, em termos de gestão, na recuperação do crédito e nas vendas de crédito ao Grupo, a evolução foi negativa, tendo sido atingido os 7,5% no final de 2013. Por outro lado, face a algum acentuar da antiguidade que a carteira de crédito em situação de incumprimento já apresenta, denota-se um aumento do respectivo nível médio de provisionamento e, consequentemente do rácio de cobertura da mesma. Evolução do crédito em incumprimento Principais áreas de atuação em 2013 Ao longo do ano de 2013, a gestão de risco, no que respeita ao risco de crédito, incidiu essencialmente sobre os aspetos enunciados ao longo dos próximos parágrafos. Implementação de modelos internos de avaliação de risco Em articulação com o Grupo, foi dada continuidade ao processo de convergência dos modelos às especificidades portuguesas, que se pretende venha a culminar na apresentação de candidatura junto do Banco de Portugal (BdP) à utilização de modelos internos para cálculo de requisitos de fundos próprios para risco de crédito. A implementação na gestão dos modelos tem sido uma ferramenta fundamental de auxílio na decisão de crédito, tendo sido revistos os poderes de decisão das agências, tendo por 31

base os níveis de risco atribuídos pelos modelos. Em complemento, é ainda de referir que, o processo de decisão de crédito no âmbito do Departamento de Acompanhamento e Análise de Risco (DAAR) já considera uma diferenciação de poderes em função do nível de risco atribuído pelos modelos de rating. Por outro lado, além do auxílio na decisão de crédito, os modelos de scoring e de rating também estão a ser utilizados para o acompanhamento do risco de crédito e na elaboração de informação para a gestão sobre o perfil de risco da carteira, uma vez que, face à atualização mensal das respetivas notações de risco, é possível identificar os clientes com risco mais elevado ou com maior degradação num determinado período de tempo, permitindo um acompanhamento mais próximo e rápido de eventuais situações de alerta. Modelo de Imparidade de Crédito O Banco desenvolveu um modelo interno de imparidade de crédito, que lhe permite dar resposta à necessidade de apresentação dos relatórios de imparidade, bem como aferir mensalmente da qualidade do crédito que concede e do acompanhamento do mesmo. Este modelo é acompanhado pelo Departamento de Gestão de Risco e, após revisão dos auditores externos, é semestralmente reportado ao Banco de Portugal no âmbito do Relatório de Imparidade, onde é descrita de forma pormenorizada toda a metodologia deste modelo. Desde a sua criação, o Banco tem procedido a revisões regulares do modelo, que visam essencialmente refletir, não só alterações ao contexto macroeconómico, mas também a evolução que a sua carteira de crédito apresenta. Atendendo ao facto do modelo existente contemplar um excelente indicador da qualidade do crédito, o conceito de Probability of Default (PD) é utilizado na gestão corrente do Banco. Em rigor, pode afirmar-se que a PD incorpora dois aspectos fundamentais: a qualidade do crédito concedido e a qualidade do acompanhamento do cliente ao longo do ciclo de vida das operações. No final de 2012, aquando da última revisão de modelo de imparidade de crédito, foi introduzido o conceito de indício de incumprimento (PI). Este conceito visa essencialmente antecipar no modelo situações que poderão culminar em default (PD). Com base no histórico do Banco, é ainda apurada a probabilidade das operações em situação de indício se converterem efetivamente em default (PID). Ao longo do último triénio, tem-se constatado que o valor de crédito com indícios de imparidade tem vindo a diminuir sucessivamente o seu peso relativo (11,6% em dezembro de 2013). Contudo, o crédito em default (+ 90 dias de incumprimento e insolventes ou PER) apresenta sucessivos aumentos de peso (15,4% em dezembro de 2013). 32

Peso da carteira em Indícios e Default Ainda ao longo de 2013 e por forma a tornar mais robusto o modelo e os dados de análise de operações, além da definição e aprovação pela gestão de matrizes de haircut, para situações cuja avaliação de colaterais hipotecários já possuíssem uma antiguidade de 24 meses, o Banco procedeu a uma reavaliação dos mesmos para todo o universo de operações de crédito de clientes com risco superior a 1 Milhão de Euros, independentemente da situação do respetivo crédito. É de salientar que no decurso do último trimestre de 2013, o Banco foi objecto de um Exercício Transversal de Revisão de Imparidade da Carteira de Crédito (ETRICC), que incidiu quer na vertente individual, quer na coletiva do modelo de imparidade de crédito. Este exercício foi efetuado conjuntamente pelo Banco de Portugal e uma equipa de consultores independentes, não tendo sido identificada necessidade de alterações metodológicas relevantes, o que evidencia a robustez do modelo de imparidade implementado pelo Banco. No âmbito dos exercícios regulares de stress-test, o valor de imparidade estimada para o triénio é sujeito a análise de cenário e de sensibilidade, em função da incorporação no modelo das variáveis macroeconómicas definidas pelo Banco de Portugal. Risco de Concentração A gestão e o acompanhamento do risco de concentração são da responsabilidade do DGR, que assegura a manutenção e implementação de políticas e procedimentos apropriados para monitorizar e gerir o risco de concentração de crédito. É igualmente responsável pelo 33

acompanhamento dos poderes delegados em matéria de risco de concentração e reporte regular sobre risco de concentração ao Conselho de Administração. O Banco tem definida uma estrutura de limites com o objetivo de manter um nível de exposição alinhado com o seu perfil de risco e uma adequada diversificação da carteira de crédito. Os limites presentemente instituídos para risco de concentração de crédito são os seguintes: Limite de riscos com um Grupo/Cliente Nos termos das delegações atribuídas pelo Grupo Banco Popular (GBP) ao Banco, o limite máximo de exposição total com um Grupo/Cliente é de 10% do Tier I do GBP. O limite máximo com um Grupo/Cliente, exceptuando garantias e avales técnicos e operações garantidas com depósitos é de 5% do Tier I do GBP. Limite de riscos por montante de operação Encontra-se definido um montante máximo de uma operação de crédito. No caso de operações de financiamento de capital circulante ou sem um destino específico serão agregados todos os riscos com essas caraterísticas. Para financiamentos sindicados e de projetos, a participação do Banco não poderá ser superior a 25% do total, naqueles em que a operação seja superior ao limite definido para este tipo de financiamentos. Limite de participação na Central de Riscos de Crédito (CRC) O limite máximo de participação na CRC com um Grupo/Cliente é o seguinte: Grupo/Cliente com riscos superiores a 500 milhões - Inferior a 10% CRC. Grupo/Cliente com riscos superiores a 250 milhões - Inferior a 15% CRC. Grupo/Cliente com riscos superiores a 100 milhões - Inferior a 25% CRC. Grupo/Cliente com riscos superiores a 20 milhões - Inferior a 50% CRC. Limite de concentração de riscos por setor de atividade Os limites máximos de concentração de risco total por setor são os seguintes: Construção e atividades Imobiliárias: 25%; Indústria transformadora e extrativa: 15%; Informação e comunicações, educação e outros serviços: 5%; Restantes setores: 10% (Agricultura, silvicultura e pesca; Abastecimento de energia e água; Comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos; Hotelaria; Transporte 34

e armazenamento; Atividades financeiras e de seguros; Atividades administrativas, profissionais, sanitárias e artísticas). Limite de concentração de riscos em grandes empresas Encontra-se estabelecido um limite máximo de 30% do risco total no segmento de Grandes Empresas. Limite de Concentração de Risco por Produtos Encontram-se ainda definidos limites de acordo com a tipologia de produtos: Operações com garantia hipotecária sobre terrenos; Promoção Imobiliária; Crédito para compra de valores mobiliários. Avaliação de Garantias Hipotecárias Está definido um conjunto de limites de acordo com o Loan-to-value (LTV) das operações de crédito colateralizadas com garantias hipotecárias. Índice de Herfindahl De forma a estimar o capital interno necessário para fazer face ao risco de concentração na carteira de crédito do Banco (entidade mais significativa), o Banco recorre à metodologia publicada pelo Banco de Portugal, na sua Instrução n.º 5/2011, que assenta no cálculo do Índice de Herfindahl. Carteira de títulos A carteira de títulos (incluindo ativos financeiros disponíveis para venda, investimentos até à maturidade, carteira de negociação e outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados) ascendia no final de 2013 a cerca de 1,8 mil milhões, representando cerca de 19,6% do total do ativo líquido do Banco. No gráfico abaixo, resumimos a tipologia de ativos que compõe a carteira de títulos: 35

Carteira de Títulos Risco de mercado O risco de mercado é definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido a movimentos desfavoráveis no preço de mercado dos instrumentos da carteira de negociação, provocados por flutuações em cotações de ações, taxas de juro e taxas de câmbio. Tendo em consideração que a medição e gestão do impacto da variação das taxas de juro no balanço do Banco é realizada de forma separada, através do Risco de Taxa de Juro Estrutural do Balanço e dada a atividade do Banco e estrutura do seu balanço, o risco de mercado limita-se ao efeito da variação do preço dos títulos que compõem a sua carteira. Em 31 de dezembro de 2013, a carteira de títulos do Banco ascendia a cerca de 2.065 milhões de euros, dos quais cerca de 1.778 Milhões de euros estavam classificados como ativos financeiros detidos para negociação e outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados. O Banco utiliza o Value at Risk (VaR) como instrumento da gestão do risco da carteira de negociação, sem prejuízo de utilizar o método padrão para cálculo dos requisitos de fundos próprios. O documento Disciplina de Mercado, a publicar até final de abril de 2014, disponibilizará informação mais detalhada sobre os requisitos regulamentares de capital do Banco. Risco Cambial O risco cambial é definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido a movimentos adversos nas taxas de câmbio, provocados por alterações no preço de instrumentos que correspondam a posições abertas em moeda 36

estrangeira ou pela alteração da posição competitiva da instituição devido a variações significativas das taxas de câmbio. A atividade em moeda estrangeira consiste em efetuar transações com a casa-mãe, na sequência de operações com clientes. Neste contexto, a posição cambial global é tendencialmente nula, pelo que, qualquer impacto nos resultados do Banco como resultado de variações nos preços das moedas (essencialmente Dólar Americano) é imaterial. O Banco recorre igualmente a metodologia VaR como instrumento de gestão da sua posição em moeda estrangeira, utilizando o método padrão para cálculo dos requisitos de fundos próprios. Risco operacional O Banco Popular Portugal, interpreta o Risco Operacional tal como o define o acordo de Basileia II ou seja, o risco de perdas resultantes da aplicação inadequada ou negligente de procedimentos internos, de comportamentos das pessoas e de inadequado funcionamento de sistemas ou de causas externas. O processo de gestão assenta numa análise por área funcional inventariando os riscos inerentes às funções e tarefas específicas de cada órgão da estrutura. Envolvendo toda a organização, o modelo de gestão é assegurado pelas seguintes estruturas: Comité Executivo (CE) estrutura da alta direção responsável primeiro pelas orientações e políticas de gestão, estabelecimento e acompanhamento dos limites de apetite e tolerância ao risco. Departamento de Gestão de Risco (DGR) - Integra unidade dedicada exclusivamente à gestão do risco operacional. Tem a responsabilidade da dinamização e coordenação das restantes estruturas na aplicação das metodologias e utilização das ferramentas corporativas de suporte ao modelo. Responsáveis de Risco Operacional (RRO) Abrangendo a base da organização, são elementos nomeados pelas hierarquias de cada unidade orgânica aos quais compete o papel de facilitador e dinamizador do modelo de gestão do risco operacional. No processo de gestão do risco operacional, assumem ainda papel relevante as estruturas de auditoria, controlo interno e segurança do Banco. A metodologia adoptada, em alinhamento estreito com a da casa-mãe, caracteriza-se pelos seguintes componentes ou fases constituintes do ciclo de gestão do risco: 37

1. Identificação a. Descritivo de Funções e Mapas de Riscos e Controlos Sob a orientação do DGR todas as áreas funcionais do Banco elaboram estes suportes documentais baseados em modelos e questionários especialmente concebidos para este efeito. b. Recolha de eventos de risco operacional Por processos maioritariamente automáticos, todas as perdas verificadas por motivos enquadráveis na definição de risco operacional são registadas e catalogadas em base de dados específica, cumprindo padrões definidos com vista à qualidade e integridade da informação. 2. Avaliação Com o objetivo de medir a exposição da instituição ao risco operacional, com carácter periódico é efetuado pelos responsáveis de risco operacional um exercício de autoavaliação com vista à atribuição de valores potenciais de frequência e impacto aos riscos identificados em cada área funcional. Da conjugação destes valores com os da avaliação da eficiência e aplicação dos procedimentos de controlos resulta um valor de risco residual que permite à gestão identificar as áreas e processos de maior fragilidade e necessidade de intervenção. Desta avaliação, em função dos impactos médios estimados para cada um dos fatores de risco, entende-se que o Banco apresenta um perfil de Risco moderado. Riscos por impacto esperado 38

3. Monitorização a. Indicadores de risco (KRI s) Na medida em que se revele pertinente são desenvolvidos mecanismos de alerta sobre indicadores que possam permitir identificar situações de risco b. Reporte Estão implementados circuitos regulares de reporte do Risco Operacional aos diversos intervenientes na sua gestão, nomeadamente à alta direção e aos responsáveis de Risco Operacional relativamente às suas áreas funcionais com o objetivo de dar a conhecer as principais causas e origens das perdas verificadas. Mensalmente são apresentados e debatidos em Comité de Controlo Interno e Risco Operacional as situações mais relevantes permitindo o debate e a adoção das mais adequadas medidas mitigantes. O Banco Popular Portugal, calcula os requisitos de fundos próprios para cobertura de risco operacional segundo o método do indicador básico (BIA), ambicionando a adopção do método standard (TSA) estando em avaliação a respetiva candidatura junto do Banco de Portugal. O Grupo Banco Popular, perante o regulador Espanhol, utiliza desde 2009 o método Standard. Situação quantitativa No final de 2013 as perdas identificadas e enquadradas em Risco Operacional atingiram 6% da sua capacidade de absorção de perdas desta natureza, considerando esta o valor de fundos próprios para cobertura de Risco Operacional. As perdas verificadas distribuem-se da seguinte forma pelas tipologias definidas por Basileia II: Frequência da ocorrência: 39

Distribuição dos impactos (perdas liquidas): Risco e taxa de juro estrutural de balanço Este risco define-se como o risco originado pelas flutuações das taxas de juro e é estimado através da análise aos vencimentos e reapreciações das operações de ativo e passivo do balanço. O risco de taxa de juro no Banco Popular Portugal é medido utilizando a metodologia Repricing GAP. Esta metodologia consiste em medir as exposições, por prazos desfasados de vencimento e reapreciações entre os fluxos de caixa de ativo e de passivo. De um modo sucinto, este modelo agrupa aqueles ativos e passivos em intervalos temporais fixos (datas de vencimento ou de próxima revisão de taxa de juro, quando indexada), a partir dos quais calcula um impacto potencial sobre a margem financeira. Neste quadro, este modelo considera um cenário em que existe um impacto imediato nas taxas de juro, pelo que, na data de revisão das taxas de juro, quer das operações ativas, quer das operações passivas, as novas taxas passam a incorporar esse efeito. Para além do exercício regular de avaliação de risco de taxa de juro de acordo com a Instrução n.º 19/2005 do Banco de Portugal, na qual são medidos os impactos provocados por uma deslocação da curva de rendimentos em 200 pontos base (p.b.), quer na situação líquida, quer na margem, no âmbito do exercício de stress-test, o Banco efetua análises de sensibilidade aos seguintes parâmetros: Deslocamento paralelo da curva de rendimentos em 100 p.b.; Alteração da inclinação da curva de rendimentos em 100 p.b.. 40

Risco de liquidez O controlo do risco de liquidez procura assegurar que a instituição disponha de fundos líquidos para fazer face, a cada momento, às suas obrigações de pagamento. O Banco está exposto a pedidos diários de recursos monetários disponíveis de contas correntes, empréstimos e garantias, necessidades de contas margem e outras relacionadas com derivados liquidados em dinheiro. O Banco não detém recursos monetários para satisfazer todas estas necessidades, pois a sua experiência revela que a proporção de fundos que irão ser reinvestidos na maturidade pode ser prevista com um elevado nível de certeza. A Gestão define limites para a proporção mínima de fundos disponíveis para satisfazer os pedidos e para o nível mínimo de facilidades interbancárias e outros empréstimos que devem estar disponíveis para cobrir os levantamentos e níveis inesperados de procura. O processo de gestão de liquidez, como efetuado no Banco, inclui: - As necessidades de funding diárias são geridas pela monitorização dos fluxos de caixa futuros de modo a garantir que os requisitos são cumpridos. Isto inclui reposição de fundos à medida que maturam ou são emprestados a clientes; - Manutenção de uma carteira de ativos com elevada liquidez que possam ser facilmente liquidados como proteção contra qualquer interrupção imprevista de fluxos de caixa; - Monitorização de rácios de liquidez tendo em conta os requisitos externos e internos; - Gestão da concentração e perfil das maturidades da dívida, recorrendo ao GAP de liquidez. A monitorização e relato assumem a forma de mensuração de fluxos de caixa e projeções para o dia, semana e mês seguinte, uma vez que estes são períodos importantes na gestão de liquidez. O ponto de partida para estas projeções é uma análise da maturidade contratual dos passivos financeiros e da data expectável de realização dos fluxos de caixa dos ativos. A tesouraria também monitoriza o grau de compromissos de concessão de crédito não utilizados, o uso de facilidades de descoberto e o impacto de passivos contingentes como cartas de crédito e garantias. No que diz respeito à análise ao risco de liquidez, para além das obrigações a que está sujeito para com o Banco de Portugal, nos termos da instrução nº 13/2009, o Banco recorre ainda ao conceito de GAP de liquidez, ou seja, a partir do balanço do Banco, em 31 de dezembro de 2013, tendo por base os vencimentos das operações ativas e passivas, obtémse um diferencial entre os vencimentos referidos (positivo ou negativo) segundo os prazos residuais de vencimento das operações que se denominam GAP s de Liquidez. 41

Risco de Reputação O risco de reputação é definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, decorrente duma percepção negativa da imagem pública da instituição, fundamentada ou não, por parte de clientes, fornecedores, analistas financeiros, colaboradores, investidores ou pela opinião pública em geral. Potenciais impactos negativos na reputação do Banco poderão advir de falhas na gestão e controlo dos riscos explicitados anteriormente. Neste âmbito, o Banco considera que o sistema de governo interno instituído, as politicas e procedimentos em vigor são adequadas e permitem prevenir e minimizar o risco de reputação nas suas diversas vertentes. A principal fonte e mais facilmente identificável, deste tipo de risco, é o risco legal. Neste âmbito, no Banco Popular Portugal, as áreas de Compliance e de Controlo preocupam-se pelo cumprimento do normativo legal vigente, avaliando e procurando prevenir os possíveis riscos de incumprimento relevantes, desde o ponto de vista económico ou de reputação. Risco Imobiliário O risco imobiliário é definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido a eventuais contingências sobre os ativos imobiliários registados na carteira própria e inerente volatilidade do mercado imobiliário. O Banco incorre em risco imobiliário decorrente da carteira própria de ativos imobiliários cujo valor líquido, em 31 de dezembro de 2013, ascende a cerca de 242,6 milhões de euros, representando cerca de 2,6% do ativo líquido do Banco. Trata-se de ativos que vieram para a posse do Banco, no seguimento de execuções judiciais ou dações em pagamento, para liquidação de dívidas de crédito (essencialmente crédito à construção/promoção imobiliária e crédito à habitação). No momento da dação ou aquisição ou adjudicação judicial, para liquidação da divida, para as operações materialmente relevantes são sempre solicitadas avaliações independentes a empresas externas. Posteriormente, são efetuadas avaliações de acordo com a periodicidade definida pelo Banco de Portugal ou em período intercalar se houver alguma indicação de desvalorização do imóvel. No âmbito do exercício de stress-test é efetuada a análise de sensibilidade e impacto no consumo de capital provocado pela descida dos preços do mercado imobiliário. 42

Proposta de aplicação dos resultados Em conformidade com os Estatutos, o Conselho de Administração propõe que o prejuízo apurado no exercício de 2013, no valor de 31.720.295 euros seja afecto à rubrica do balanço de Outras reservas e resultados transitados. Qualidade e Inovação Excelência de Serviço - Uma Cultura de Compromisso com os Clientes Uma instituição financeira que opera num mercado competitivo no qual a oferta dos diferentes concorrentes é pouco diferenciada, a qualidade do serviço prestado é o fator que proporciona maior valor acrescentado ao cliente. Assim, o Banco Popular Portugal tem a preocupação de desenvolver um conjunto de iniciativas tendentes à implementação destas práticas no Banco. Projecto Erasmus O Banco criou um programa destinado aos colaboradores dos departamentos centrais, com o objetivo de dar a conhecer a forma como os balcões atuam junto dos clientes e mostrando o quanto é importante o apoio e o contributo dos diversos departamentos para o desenvolvimento da actividade comercial e para a melhoria da qualidade de serviço junto dos clientes. Inquéritos Conseguir que a percepção dos clientes supere as suas expectativas iniciais do Banco, oferecendo-lhes produtos e serviços adequados às suas reais necessidades, respondendo a todos os pedidos de uma forma célere e eficiente com um maior envolvimento entre colaboradores e clientes em todas as interacções, são as preocupações diárias de toda a estrutura do Banco. É neste pressuposto que o Banco continua a monitorizar de forma detalhada os resultados de qualidade assente sobre métricas como: - Inquéritos internos sobre a qualidade do atendimento dos serviços centrais; 43

- Inquéritos internos sobre a oferta comercial; - Envolvimento de colaboradores em projectos de melhoria para a nossa actividade, serviços, produtos e relação com o cliente; - Programas de cliente mistério direccionados à avaliação de momentos chave nas experiências do cliente com o Banco; - Medição dos tempos de resposta às diferentes solicitações. Este acompanhamento permite identificar continuamente os aspectos que requerem ajustamentos e respetivas ações de melhoria, sempre com o objetivo de aumentar a satisfação dos clientes com a qualidade de serviço prestada. Apoio ao Cliente A gestão de reclamações é igualmente um ponto-chave na estratégia da qualidade de serviço do Banco Popular Portugal sendo entendida por todos os colaboradores como uma oportunidade para recuperar a relação de confiança com os clientes e potenciar acções de melhoria. Incentivos ao Fazer bem O Banco com o objetivo de incentivar a prática do fazer bem, quer ao nível das agências quer ao nível dos serviços centrais, tem desenvolvido iniciativas de reconhecimento interno destes temas, tendo por base métricas relacionadas com as notas da auditoria interna, nível de reclamações de clientes, eventos de risco operacional, resultados das visitas do cliente mistério, resultados dos telefonemas mistério e indicação dos inquéritos internos sobre a qualidade de serviço. Responsabilidade Social e Apoio à Cultura Renovação da Casa de Acolhimento da Associação Obra do Padre Gregório Em maio de 2013 decorreu uma ação em conjunto com a Entreajuda, na qual compareceram 43 voluntários na Casa de acolhimento da Associação Obra do Padre Gregório para realizar uma renovação do local. A Obra Padre Gregório funciona como Lar de Infância e Juventude que acolhe 29 meninas com idades compreendidas entre os 3 e os 18 anos, vítimas de negligência, maus tratos ou violência. 44

Campanha de Doação de Livros Escolares Em agosto, o Banco lançou uma campanha de responsabilidade social com o mote Partilhe os livros escolares que já não precisa!. Esta iniciativa, realizada em conjunto com a associação ENTRAJUDA, consistiu num projeto de reutilização de manuais escolares por via de uma prática de racionalização e reaproveitamento de recursos, ao mesmo tempo que promoveu o respeito pelo ambiente e combate ao desperdício. De modo a angariar o maior número de livros escolares, desenvolveu-se a campanha de modo a envolver todos os colaboradores do Banco em prol desta nobre causa, utilizando vários meios de comunicação que temos ao nosso dispor: cartazes internos, e-mailing e banner para a intranet. Os colaboradores do Banco Popular responderam em massa a este apelo e, ao longo das quatro semanas de campanha, foram recebidos mais de 300 livros escolares provenientes de todo o país, perfazendo mais de 800kg. Os livros foram distribuídos por várias instituições de solidariedade social. Campanha Natal Solidário - Recolha de Alimentos No mês de dezembro de 2013, o Banco promoveu uma recolha de alimentos para a Cáritas nas suas agências e serviços centrais. As portas das agências do Banco Popular estiveram abertas a toda a comunidade, clientes e não clientes, que tivessem interesse em participar nesta campanha com a doação de bens. Foi disponibilizado um cabaz em cada agência do Banco Popular e nos serviços centrais, onde foram depositados milhares de bens. No total, o Banco Popular conseguiu angariar mais de 15000 bens, equivalente a 11,5 toneladas. Estes alimentos foram entregues à Cáritas Portugal que os reverteu para os mais necessitados. Campanha Natal Solidário Depósito Solidário Simultaneamente com a Recolha de Alimentos, foi criado o Depósito Solidário, que consistiu em reverter 1 por cada 1.000 de depósito a favor de várias instituições de solidariedade. Todas as instituições de solidariedade receberam donativos, ao abrigo desta campanha, sendo que quem decidiu o montante que a entregue a cada uma das instituições foram os fãs da página do Facebook do Banco Popular, através do número de votos. No total, foram angariados 61.000. Doação de 989 computadores Durante 2013, o Banco Popular, através do Departamento de Organização e Tecnologia doou ao Banco de Equipamentos da Entreajuda, 989 computadores. 45

A Entrajuda deu, assim, uma nova vida a produtos, que teriam como provável destino a destruição, recuperando-os e colocando-os ao serviço das mais variadas instituições que apoiam, auxiliando as pessoas mais necessitadas. Campanha de Solidariedade RNE Durante novembro, o departamento Rede de Negócio Especializado (RNE) realizou uma Campanha de Solidariedade que teve como finalidade ajudar famílias carenciadas dos concelhos de Lisboa e Porto. Esta campanha teve como objetivo angariar vários tipos de bens, tais como: géneros alimentares, produtos de higiene, vestuário, etc. Os bens foram entregues às associações Associação Auxilio e Amizade e Associação Criança e Vida, que têm como objetivo prestar auxílio a bebés, crianças, jovens e idosos. Ao todo foram angariados mais de 20 caixotes de material, o que permitiu apoiar mais de 160 famílias. Visita ao Jardim Zoológico com a Raríssimas No âmbito do apadrinhamento do Banco Popular à espécie Lémure no Jardim Zoológico de Lisboa, foi efetuada uma visita ao Zoo em conjunto com a associação Raríssimas. Esta visita decorreu em maio, na qual vários colaboradores do Banco Popular passaram uma tarde de convívio no Jardim Zoológico com as crianças apoiadas pela Raríssimas. Para além da visita, foram distribuídos mealheiros do Banco Popular a todas as crianças que participaram neste passeio. Aulas de Espanhol para Colaboradores Ao longo de todo o ano, o Banco proporcionou de forma gratuita aulas de Espanhol para alguns colaboradores selecionado em função do seu grau de coordenação ou da pertinência da aprendizagem da língua para a sua função. Curso de Espanhol para filhos de colaboradores Durante a primeira quinzena de julho, o Banco Popular disponibilizou aulas diárias de espanhol para os filhos dos colaboradores, com idades compreendidas entre os 8 e os 16 anos, utilizando as instalações do edifício sede. Esta ação resultou de uma parceria privilegiada que estabelecemos com a empresa Connecta e que proporcionou preços especiais para os colaboradores. Plano Nacional de Leitura Desde 2011 que o Banco Popular está associado ao Plano Nacional de Leitura (PNL) apoiando os concursos promovidos no âmbito das Semanas da Leitura, iniciativas organizadas anualmente pelo PNL e que abarcam todos os Agrupamentos e Escolas a nível 46

nacional. A parceria com o PNL é um projeto que, no essencial, pretende valorizar a criação literária e artística das crianças e jovens. Academia das Ciências Anualmente, a Academia das Ciências de Lisboa, promove os prémios Alexandre Herculano, Pedro Nunes e Padre António Vieira, que se destinam a galardoar os 3 alunos do ensino secundário que apresentam as melhores notas ao nível nacional nas seguintes disciplinas: História, Matemática e Português. O apoio do Banco Popular a este evento tem permitido reforçar a aposta no talento nacional, com uma vertente pedagógica muito importante e de incentivo à formação. O Banco patrocina, estes prémios, em 50%. Nota final O Conselho de Administração expressa o seu reconhecimento às autoridades monetárias e de supervisão, ao seu acionista, o Banco Popular Español e ao Conselho Fiscal, pela valiosa cooperação no acompanhamento da atividade do Banco Popular Portugal, SA. O Conselho manifesta, igualmente, o seu agradecimento aos clientes pela confiança depositada e o seu apreço aos colaboradores pelo empenho e profissionalismo demonstrado diariamente no exercício das suas funções, e a sua contribuição para o desenvolvimento do Banco. Lisboa, 20 de fevereiro de 2014 O Conselho de Administração 47

Anexo 1 - Posição acionista dos membros dos órgãos de administração e fiscalização (Artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais) Nada a reportar Anexo 2 - Participações qualificadas (Artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais e Artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários) Accionistas Nº Acções Participação no Capital social Direitos de voto Banco Popular Español, SA 476 000 000 100% 100% 48

Contas Anuais Balanço Balanço em base individual em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 (milhares de euros) Ativo 31-12-2013 Valo r antes 31-12-2012 01-01-2012 N o tas/ de pro visõ es, P ro visõ es, Quadro s imparidade e imparidade e Valo r lí quido anexo s amo rtizaçõ es amo rtizaçõ es R eexpresso R eexpresso 1 2 3 = 1-2 Caixa e disponibilidades em bancos centrais 17 54 114 54 114 171 349 138 221 Disponibilidades em outras instituições de crédito 18 174 427 174 427 54 743 140 324 Ativos financeiros detidos para negociação 19 73 843 73 843 56 738 34 942 Outros ativos financ. justo valor através de resultados 20 24 983 24 983 32 954 30 496 Ativos financeiros disponíveis para venda 21 1 704 136 1 704 136 1 105 359 1 503 439 Aplicações em instituições de crédito 22 1 268 822 1 268 822 269 818 148 835 Crédito a clientes 23 5 510 349 260 893 5 249 456 5 835 386 6 367 864 Investimentos detidos até à maturidade 24 - - 723 879 545 326 Derivados de cobertura 34 103 103 - - Activos não correntes detidos para venda 25 20 747 20 747 22 579 - Outros ativos tangíveis 26 178 696 96 315 82 381 88 004 93 338 Ativos intangíveis 27 20 832 20 660 172 171 817 Investimento em filiais e associadas - - - 22 579 Ativos por impostos correntes 15 3 566 3 566 1 360 - Ativos por impostos diferidos 28 72 175 72 175 82 396 121 839 Outros ativos 29 546 688 53 440 493 248 422 076 488 946 Passivo Total de Ativo 9 653 481 431 308 9 222 173 8 866 812 9 636 966 Recursos de bancos centrais 30 1 306 839 1 306 839 1 605 143 495 137 Passivos financeiros detidos para negociação 19 29 629 29 629 40 181 29 374 Recursos de outras instituições de crédito 31 1 919 736 1 919 736 1 423 759 3 648 429 Recursos de clientes 32 4 216 578 4 216 578 3 906 941 4 154 043 Responsabilidades representadas por títulos 33 865 255 865 255 1 011 248 605 816 Derivados de cobertura 34 101 883 101 883 128 563 82 554 Provisões 35 51 054 51 054 54 588 61 134 Passivos por impostos correntes - - - 2 063 Passivos por impostos diferidos 28 4 060 4 060 10 675 6 014 Outros passivos 36 61 251 61 251 33 824 49 628 Capital Total de Passivo 8 556 285 0 8 556 285 8 214 922 9 134 192 Capital 39 476 000 476 000 476 000 451 000 Prémios de emissão 39 10 109 10 109 10 109 10 109 Reservas de reavaliação 40-54 143-54 143-110 807-233 632 Outras reservas e resultados transitados 41 265 642 265 642 273 896 261 865 Resultado do exercício - 31 720-31 720 2 692 13 432 Total de capital 665 888 0 665 888 651 890 502 774 Total de Passivo + Capital 9 222 173 0 9 222 173 8 866 812 9 636 966 O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS 0 0 0 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 49

Demonstração de Resultados Demonstração de Resultados em base individual em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 (milhares de euros) N o tas/ Quadro s 31-12-2013 31-12-2012 anexo s Juros e rendimentos similares 6 303 812 365 784 Juros e encargos similares 6 182 564 216 926 Margem financeira 121 248 148 858 Rendimento de instrumentos de capital 7 49 55 Rendimentos de serviços e comissões 8 60 657 75 400 Encargos com serviços e comissões 8 8 574 21 119 Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados (líquido) 9-2 686 3 821 Resultados de ativos financeiros disponíveis para venda (líquido) 9 11 389-1 192 Resultados de reavaliação cambial (líquido) 10 1 288 1 417 Resultados de alienação de outros ativos 11-5 241-7 347 Outros resultados de exploração 12-6 415-6 374 Produto bancário 171 715 193 519 Custos com pessoal 13 56 309 55 658 Gastos gerais administrativos 14 51 473 50 643 Depreciações e amortizações 26/27 5 023 7 234 Provisões líquidas de reposições e anulações 35 8 563-6 546 Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líq. de reposições e anulações) 23 89 390 63 077 Imparidade outros ativos financ. líquida de reversões e recuperações - 611 Imparidades de outros ativos líquida de reversões e recuperações 29 12 481 16 484 Resultado antes de impostos - 51 524 6 358 Impostos - 19 804 3 666 Correntes 15-957 4 132 Diferidos 15-18 847-466 Resultado após impostos - 31 720 2 692 Do qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas 0 0 Resultado líquido do exercício - 31 720 2 692 Resultado por ação (euro) -0,07 0,01 O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS 476 000 451 000 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 50

Demonstração do Rendimento Integral Demonstração do Rendimento Integral 31-12-2013 (milhares de euros) 31-12-2012 Proforma Resultado líquido - 31 720 2 692 Outros rendimentos integrais: Itens que não reclassificam por resultados Pensões de reforma Reconhecimento dos ganhos/perdas actuariais do período - 11 002-2 196 Itens que se reclassificam por resultados Activos financeiros disponíveis para venda - 11 002-2 196 Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda 79 172 168 190 Impacto fiscal - 22 452-44 570 56 720 123 620 Resultado não reconhecido na demonstração de resultados 45 718 121 424 Rendimento integral individual 13 998 124 116 O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Demonstração em base individual dos movimentos nas contas de Capital Próprio Demonstração em base individual dos movimentos nas contas de Capital Próprio Capital Social Prémio de Emissão Reservas de Justo Valor Outras Reservas e Resultados Transitados Resultado Líquido (milhares de euros) Total do Capital Próprio Balanço em 01 de Janeiro de 2012 451 000 10 109-233 632 255 418 13 432 496 327 Efeitos da reexpressão 6 447 6 447 Balanço em 01 de Janeiro de 2012 - reexpresso 451 000 10 109-233 632 261 865 13 432 502 774 Constituição de reservas 13 432-13 432 0 Aumento do capital social 25 000 25 000 Outros movimentos -795 795 0 Resultado integral do exercício 123 620-2 196 2 692 124 116 Saldo a 31 de Dezembro de 2012 - reexpresso 476 000 10 109-110 807 273 896 2 692 651 890 Constituição de reservas 2 692-2 692 0 Outros movimentos - 56 56 0 Resultado integral do exercício 56 720-11 002-31 720 13 998 Saldo em 31 de Dezembro de 2013 476 000 10 109-54 143 265 642-31 720 665 888 O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 51

Demonstração dos Fluxos de Caixa Demonstração dos Fluxos de Caixa dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 (em milhares de euros) Notas 31-12-2013 31-12-2012 Fluxos de caixa das actividades operacionais Juros e proveitos recebidos 247 350 280 621 Juros e custos pagos - 128 229-176 442 Serviços e comissões recebidas 56 747 72 118 Serviços e comissões pagas - 8 574-21 119 Recuperações de crédito 1 337 917 Contribuições para o fundo de pensões 37-647 2 826 Pagamentos de caixa a empregados e fornecedores - 95 787-107 805 Sub-total 72 197 51 116 Variações nos activos e passivos operacionais Ativos e recursos de bancos centrais 117 729-35 976 Ativos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados - 21 024-8 268 Aplicações em instituições de crédito 140 773-133 998 Recursos de instituições de crédito 194 732-1 123 169 Crédito a clientes 358 014 343 566 Recursos de clientes 311 562-243 839 Derivados para gestão do risco - 48 846 27 114 Outros activos e passivos operacionais - 156 881-17 532 Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais, antes de impostos sobre lucros 968 256-1 140 986 Impostos sobre lucros pagos - 1 248-7 555 Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais 967 008-1 148 541 Fluxos de caixa das actividades de investimento Dividendos recebidos 49 55 Compra de ativos financeiros disponíveis para venda -2 980 422-1 499 452 Venda de ativos financeiros disponíveis para venda 2 975 761 2 122 663 Investimentos detidos até à maturidade 301 019-158 869 Activos tangíveis não correntes detidos para venda 172 561 174 360 Compra e venda de imobilizações - 189-7 244 Fluxos de caixa líquidos das actividades de investimento 468 779 631 513 Fluxos de caixa das actividades de financiamento Aumento de capital 39 0 25 000 Emissão de obrigações e outros passivos titulados 33 122 946 743 907 Reembolso de obrigações e outros passivos titulados - 300 192-354 824 Fluxos de caixa líquidos das actividades de financiamento - 177 246 414 083 Variação líquida em caixa e seus equivalentes Caixa e equivalentes no início do período 46 227 772 329 393 Efeito da alteração da taxa de câmbio em caixa e seus equivalentes 1 583 1 324 Variação líquida em caixa e seus equivalentes 1 258 541-102 945 Caixa e equivalentes no fim do período 46 1 487 896 227 772 O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 52

Inventário de Títulos Natureza e espécie Categoria de Activo Instrução nº 23/2004 Tipo de emitente País do emitente Cotado / Não cotado Mercado organizado relevante Cotação Quantidade Valor Nominal Critério Valorimétrico Valor de balanço Valias (+/-) Instrumentos de dívida De dívida pública - Residentes OT Junho 2019-4,75% Activos financeiros disponíveis para venda SPA Portugal S Portugal 36.807.940,00 3.800.000.000 38.000.000,00 Justo valor 37.801.926,30 De dívida pública - Residentes Tesouro Espanhol Activos financeiros disponíveis para venda SPA Espanha S Espanha 517.736.140,00 478.000 478.000.000,00 Justo valor 527.109.875,76 De outros emissores Dívida não subordinada A. Rodrigues Correia Lopes, Bebidas e Alimentação, S.A. - 6ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 30 1.500.000,00 Custo amortizado 1.500.000,00 AdP Águas de Portugal, SGPS, S.A. - 3ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 50 2.500.000,00 Custo amortizado 2.500.000,00 AdP Águas de Portugal, SGPS, S.A. - 4ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 50 2.500.000,00 Custo amortizado 2.500.000,00 Alliance Healthcare, S.A. (Grupado) Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 100 5.000.000,00 Custo amortizado 5.000.000,00 Altri, SGPS, S.A. (Grupado) - 5ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 100 5.000.000,00 Custo amortizado 5.000.000,00 Amorim Holding II, SGPS, S.A. (2012) - 31ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 330 16.500.000,00 Custo amortizado 16.500.000,00 Amorim Holding II, SGPS, S.A. (2012) - 32ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 270 13.500.000,00 Custo amortizado 13.500.000,00 Amorim Holding II, SGPS, S.A. (2013) - 5ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 500 25.000.000,00 Custo amortizado 25.000.000,00 Amorim Investimentos e Participações, SGPS, S.A. (2011) - 36ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 200 10.000.000,00 Custo amortizado 10.000.000,00 Amorim Investimentos e Participações, SGPS, S.A. (2013) - 29ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 800 40.000.000,00 Custo amortizado 40.000.000,00 Amorim Turismo, SGPS, S.A. - 26ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 330 16.500.000,00 Custo amortizado 16.500.000,00 Auto Sueco, LDA. (2013) - 5ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 80 4.000.000,00 Custo amortizado 4.000.000,00 Avicasal Sociedade Avícola, S.A. (Grupado) - 36ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 25 1.250.000,00 Custo amortizado 1.250.000,00 BA Vidro, S.A. - 40ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 70 3.500.000,00 Custo amortizado 3.500.000,00 Barraqueiro SGPS - 27ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 10 500.000,00 Custo amortizado 500.000,00 Barraqueiro Transportes - 27ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 25 1.250.000,00 Custo amortizado 1.250.000,00 Bébécar - SGPS, S.A. - 3ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 8 400.000,00 Custo amortizado 400.000,00 Bébécar - SGPS, S.A. - 4ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 6 300.000,00 Custo amortizado 300.000,00 Bébécar - SGPS, S.A. - 6ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 5 250.000,00 Custo amortizado 250.000,00 BI-Silque, Produtos de Comunicação Visual, S.A. - 2ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 22 1.100.000,00 Custo amortizado 1.100.000,00 Celulose Beira Industrial (CELBI), S.A. (Grupado) - 4ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 100 5.000.000,00 Custo amortizado 5.000.000,00 Chuvitex Trading, Lda - 1ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 20 1.000.000,00 Custo amortizado 1.000.000,00 Ciclo Fapril Industrias Metalúrgicas, S.A. (2013) - 2ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 10 500.000,00 Custo amortizado 500.000,00 Cinca Companhia Industrial de Cerâmica, S.A. - 3ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 15 750.000,00 Custo amortizado 750.000,00 Cinca Companhia Industrial de Cerâmica, S.A. - 5ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 25 1.250.000,00 Custo amortizado 1.250.000,00 Coficab Portugal Companhia de Fios e Cabos, Lda - 28ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 20 1.000.000,00 Custo amortizado 1.000.000,00 Efacec Capital, SGPS, S.A. - 5ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 100 5.000.000,00 Custo amortizado 5.000.000,00 Eva Transportes - 27ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 20 1.000.000,00 Custo amortizado 1.000.000,00 F Ramada Aços e Indústrias, S.A. - 12ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 100 5.000.000,00 Custo amortizado 5.000.000,00 FAF Produtos Siderúrgicos, S.A. - 3ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 11 550.000,00 Custo amortizado 550.000,00 FAF Produtos Siderúrgicos, S.A. - 4ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 19 950.000,00 Custo amortizado 950.000,00 Frulact Indústria Agro-Alimentar, S.A. - 37ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 20 1.000.000,00 Custo amortizado 1.000.000,00 Grupo Valouro, SGPS, S.A. (2013) - 1ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 40 2.000.000,00 Custo amortizado 2.000.000,00 Grupo Visabeira, SGPS, S.A. - 5ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 50 2.500.000,00 Custo amortizado 2.500.000,00 Imperial - Produtos Alimentares, S.A. - 9ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 20 1.000.000,00 Custo amortizado 1.000.000,00 Mari -Sport Calçado, LDA. - 5ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 5 250.000,00 Custo amortizado 250.000,00 Mari -Sport Calçado, LDA. - 6ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 5 250.000,00 Custo amortizado 250.000,00 Martins Ferreira Comércio de Produtos Siderúrgicos, S.A. - 3ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 10 500.000,00 Custo amortizado 500.000,00 Meglo Media Global, SGPS, S.A. Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 100 5.000.000,00 Custo amortizado 5.000.000,00 Mundo Têxtil IndústriasS Têxteis, S.A. - 54ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 31 1.550.000,00 Custo amortizado 1.550.000,00 Nabeirogest Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. - 27ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 200 10.000.000,00 Custo amortizado 10.000.000,00 Nevag, SGPS,SA Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 28 1.400.000,00 Custo amortizado 1.400.000,00 Oscacer César Rola, LDA - 144ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 45 2.250.000,00 Custo amortizado 2.250.000,00 Palbit, S.A. - 5ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 7 350.000,00 Custo amortizado 350.000,00 Palbit, S.A. - 6ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 3 150.000,00 Custo amortizado 150.000,00 Pavigrés Cerâmicas, S.A. - 3ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 100 5.000.000,00 Custo amortizado 5.000.000,00 Pecol Ssistemas de Fixação, S.A. (2013) - 2ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 20 1.000.000,00 Custo amortizado 1.000.000,00 Pecol II Componentes Industriais, Lda - 2ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 20 1.000.000,00 Custo amortizado 1.000.000,00 Probar Indústria Alimentar, S.A. - 54ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 20 1.000.000,00 Custo amortizado 1.000.000,00 Procme - Gestão Global de Projectos, S.A. - 4ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 100 5.000.000,00 Custo amortizado 5.000.000,00 Relvas II Rolhas de Champanhe, S.A. (2012) - 3ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 17 850.000,00 Custo amortizado 850.000,00 RevigrésS Indústria de Revestimentos de Grés, Lda - 39ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 70 3.500.000,00 Custo amortizado 3.500.000,00 Riberalves, SGPS, S.A. - 22ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 160 8.000.000,00 Custo amortizado 8.000.000,00 Ricon Serviços - 38ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 10 500.000,00 Custo amortizado 500.000,00 Rodoviária Alentejo - 27ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 20 1.000.000,00 Custo amortizado 1.000.000,00 Rodoviária Lisboa - 27ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 25 1.250.000,00 Custo amortizado 1.250.000,00 Savinor Sociedade Avícola do Norte, S.A. (Grupado) Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 10 500.000,00 Custo amortizado 500.000,00 Semapa Soc. de Investimento e Gestão, SGPS, S.A. - 148ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 25 1.250.000,00 Custo amortizado 1.250.000,00 Semapa Soc. de Investimento e Gestão, SGPS, S.A. - 149ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 59 2.950.000,00 Custo amortizado 2.950.000,00 Semapa Soc. de Investimento e Gestão, SGPS, S.A. - 150ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 89 4.450.000,00 Custo amortizado 4.450.000,00 Soc. de Construções Soares da Costa, S.A. - 10ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 150 7.500.000,00 Custo amortizado 7.500.000,00 Solverde Sociedade de Investimentos Turísticos da Costa Verde, Créditos S.A. - 38ª e outros valores a receber Outras Portugal N 100 5.000.000,00 Custo amortizado 5.000.000,00 Sonae Capital, SGPS, S.A. (2013) - 1ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 165 8.250.000,00 Custo amortizado 8.250.000,00 Sonae Indústria, SGPS, S.A. - 1071ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 100 5.000.000,00 Custo amortizado 5.000.000,00 Sorgal Sociedade de Óleos e Rações, S.A. (Grupado) - 35ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 35 1.750.000,00 Custo amortizado 1.750.000,00 Suigranja Sociedade Agrícola, S.A. - 55ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 20 1.000.000,00 Custo amortizado 1.000.000,00 XRS Motor - 39ª Créditos e outros valores a receber Outras Portugal N 10 500.000,00 Custo amortizado 500.000,00 Correcções de valor % de participação Imparidade Outras Capital Direitos de voto 53

BTA IM Cédulas G.B.P. 4,25 02/14 Activos fin. justo valor através de result. OIF Espanha S Espanha 24.079.920,00 240 24.000.000,00 Justo valor 24.982.550,17 219.840,00 Kaupthing 6,25% C 10 Activos financeiros detidos para negociação IC Islandia S Islandia 1,00 582 582.000,00 Justo valor 1,00 0,00 Kaupthing 6,75% C 12 Activos financeiros detidos para negociação IC Islandia S Islandia 1,00 3.595 3.595.000,00 Justo valor 2,50 0,00 Landsbanki C 24.2.11 Activos financeiros detidos para negociação IC Islandia S Islandia 1,00 310 310.000,00 Justo valor 1,00 0,00 Lehman Brothers5.125 Activos financeiros detidos para negociação IC USA S USA 0,01 66 66.000,00 Justo valor 0,66 0,00 Banco Espirito Santo -3,875 Activos financeiros disponíveis para venda IC Portugal S Portugal 6.078.240,00 120 6.000.000,00 Justo valor 6.298.000,31 81.525,02 Banco Espirito Santo 5,625 06/2014 Activos financeiros disponíveis para venda IC Portugal S Portugal 5.080.100,00 100 5.000.000,00 Justo valor 5.241.915,08 82.122,54 Banco Sabadell Activos financeiros disponíveis para venda IC Espanha S Espanha 1.745.577,00 17 1.700.000,00 Justo valor 1.800.012,45 50.768,63 Bankinter Activos financeiros disponíveis para venda IC Espanha S Espanha 59.259.200,00 1.100 55.000.000,00 Justo valor 61.030.689,73-171.743,24 Barclays BK PLC Activos financeiros disponíveis para venda IC Reino Unido S Reino Unido 19.500.660,00 18.000 18.000.000,00 Justo valor 20.183.180,51 1.534.991,08 Barclays BK PLC 4,75% Perpetual Activos financeiros disponíveis para venda IC Reino Unido S Reino Unido 205.478,40 24 240.000,00 Justo valor 214.567,19 9.999,03 BBVA Activos financeiros disponíveis para venda IC Espanha S Espanha 35.024.150,00 700 35.000.000,00 Justo valor 36.420.434,21 23.197,12 BCP-Banco Comercial Português - 3,75 Activos financeiros disponíveis para venda IC Portugal S Portugal 20.464.000,00 400 20.000.000,00 Justo valor 20.640.712,35 503.656,79 BCP-Banco Comercial Português - 5,625 Activos financeiros disponíveis para venda IC Portugal S Portugal 15.451.300,00 305 15.250.000,00 Justo valor 16.045.893,34 132.224,41 BESI -Obrig. Indexadas Ouro Activos financeiros disponíveis para venda IC Portugal N Portugal 827.664,00 860 860.000,00 Justo valor 831.534,00-25.740,51 BNP 4,875% Perpetua Activos financeiros disponíveis para venda IC França S França 33.909,75 35 35.000,00 Justo valor 33.909,75-1.090,25 BSCH Activos financeiros disponíveis para venda IC Espanha S Espanha 8.204.080,00 80 8.000.000,00 Justo valor 8.430.857,80 205.768,18 Caixa Geral de Depósitos 3,625% 07-2014 Activos financeiros disponíveis para venda IC Portugal S Portugal 5.059.450,00 100 5.000.000,00 Justo valor 5.142.019,48 60.532,73 CaixaBank Activos financeiros disponíveis para venda IC Espanha S Espanha 75.163.200,00 700 70.000.000,00 Justo valor 77.610.323,28-267.031,96 Citibank-Obrig. Indexadas Ouro CFI Activos financeiros disponíveis para venda OIF USA N USA 860 860.000,00 Justo valor 850.243,81-16.483,06 Class D Note Purchase Agreement Activos financeiros disponíveis para venda OIF Irlanda N Irlanda 1 4.630.000,00 Justo valor 2.336.559,38-2.043.440,62 EDP Finance BV Activos financeiros disponíveis para venda Outras Holanda S Holanda 38.109.960,00 36.000 36.000.000,00 Justo valor 38.643.672,33 2.418.310,06 EDP Finance BV Activos financeiros disponíveis para venda Outras Holanda S Holanda 14.185.220,00 14.000 14.000.000,00 Justo valor 14.251.672,06 260.118,37 Fondo Amort. Def Elect. Activos financeiros disponíveis para venda Outras Espanha S Espanha 285.154.800,00 2.800 280.000.000,00 Justo valor 287.433.156,17 1.899.211,61 Fondo Amort. Def Elect. Activos financeiros disponíveis para venda Outras Espanha S Espanha 306.114.000,00 3.000 300.000.000,00 Justo valor 308.595.164,39 603.211,03 Fondo Amort. Def Elect. Activos financeiros disponíveis para venda Outras Espanha S Espanha 74.132.100,00 700 70.000.000,00 Justo valor 76.426.278,08-162.363,93 Fortis Nederland Activos financeiros disponíveis para venda IC Holanda S Holanda 36.227.450,00 35.000 35.000.000,00 Justo valor 37.500.874,63 1.242.745,73 Ing Bank, BV Activos financeiros disponíveis para venda IC Holanda S Holanda 30.903.900,00 30.000 30.000.000,00 Justo valor 31.747.187,66 941.712,65 KBC-obrig. Indexadas Ouro KBC 1,4 Activos financeiros disponíveis para venda OIF Holanda N Holanda 688 688.000,00 Justo valor 673.483,20-15.272,85 KBC-obrig. Indexadas Ouro KBC 1,5 Activos financeiros disponíveis para venda OIF Holanda N Holanda 172 172.000,00 Justo valor 168.637,40-3.804,19 Lloyds TSB Bank Activos financeiros disponíveis para venda IC Reino Unido S Reino Unido 15.534.450,00 15.000 15.000.000,00 Justo valor 15.938.063,04 538.724,75 Lloyds-Obrig. Indexadas Ouro Lloyds Activos financeiros disponíveis para venda IC Reino Unido N Reino Unido 860 860.000,00 Justo valor 849.422,00-17.509,79 Man Blue Crest Activos financeiros disponíveis para venda OIF Reino Unido S Reino Unido 73,14 5 5.000,00 Justo valor 73,14-4.926,86 Muencher Hypo C 6/06 Activos financeiros disponíveis para venda IC Alemanha S Alemanha 29.793,90 30 30.000,00 Justo valor 29.793,90-206,10 Navigator Mortage Finance EUR FL.R 02-2035 Activos financeiros disponíveis para venda OIF Irlanda N Irlanda 100.105,74 18 107.280,90 Justo valor 100.193,20-4.735,10 Red Electrica FIN BV Activos financeiros disponíveis para venda Outras Espanha S Espanha 4.514.400,00 40 4.000.000,00 Justo valor 4.648.191,68 440.714,15 Royal Bk Scotl.10/49 Activos financeiros disponíveis para venda IC Reino Unido S Reino Unido 733.770,00 15 750.000,00 Justo valor 747.509,97-16.230,00 Telefonica Activos financeiros disponíveis para venda Outras Espanha S Espanha 25.501.940,00 230 23.000.000,00 Justo valor 26.464.271,50 2.501.940,00 UBI Banca, SPCA Activos financeiros disponíveis para venda IC Itália S Itália 31.167.170,00 29.000 29.000.000,00 Justo valor 31.218.019,32 2.309.272,86 Total 1.995.440.873,73 Instrumentos de Capital ACT-C-Indústria de Cortiças, SA Activos financeiros disponíveis para venda Outras Portugal N 354.153 1.770.765,00 Custo Histórico 0,00 0,00 1.770.765,00 9,88% 9,88% CorkFoc- Cortiças, SA Activos financeiros disponíveis para venda Outras Portugal N 116.066 580.330,00 Justo valor 0,00 0,00 580.330,00 6,418% 6,418% Eurovida - Comp. de Seguros de Vida, S.A. Activos não correntes detidos para venda S Portugal N Portugal 239.022 1.195.110,00 Justo valor 20.747.127,99 0,00 15,9348% 15,9348% Finangeste - Emp. Fin. Gestão e Desenv., SA Activos financeiros disponíveis para venda OIF Portugal N Portugal 100 500,00 Justo valor 1.417,55-577,65 0,00% 0,00% Prebesan-Pré Fabricados de Betão de Santarém, Lda Activos financeiros disponíveis para venda Outras Portugal N Custo Histórico 0,00 0,00 103.333,00 2% 2% Sibs - Soc. interb. de Serviços, SA Activos financeiros disponíveis para venda OIF Portugal N Portugal 25.680 128.400,00 Justo valor 326.036,55-895.100,95 0,52% 0,52% SWIFT Activos financeiros disponíveis para venda OIF Belgica N Belgica 6 750,0000 Custo Histórico 16.500,00 0,00 TAEM-Processamento Alimentar, SGPS, SA Activos financeiros disponíveis para venda Outras Portugal N 125 125,00 Custo Histórico 125,00 0,00 0,25% 0,25% Unicre - Cartão Intern. de Crédito, SA Activos financeiros disponíveis para venda OIF Portugal N Portugal 7.207 36.035,00 Justo valor 286.910,29-173.313,14 0,360% 0,360% Visa Europe Limited Activos financeiros disponíveis para venda OIF Reino Unido N Reino Unido 1 10,0000 Justo valor 10,00 0,00 0,00% 0,00% Visa Inc. Class C series I Commom Stock Activos financeiros disponíveis para venda OIF USA N USA 1.854 USD 0,1854 Justo valor 46.373,75 0,00 0,00% 0,00% Total 21.424.501,13 Outros Arrendamento Mais - FIIFAH OIF Portugal S Portugal 15.285.275,11 3.063.120 5,00 Justo valor 15.285.275,11-30.324,89 DEGI Internacional Activos financeiros detidos para negociação OIF Alemanha S Alemanha 169.715,22 7.033 1,00 Justo valor 169.715,22-83.677,71 Imopular FEI Fechado Activos financeiros detidos para negociação OIF Portugal S Portugal 2.264.357,05 269.759 10,00 Justo valor 2.264.357,05-557.236,29 KanAm Grundinvest Activos financeiros detidos para negociação OIF Alemanha S Alemanha 38.856,29 982 1,00 Justo valor 38.856,29-13.774,09 KanAm Spezial Grund Activos financeiros detidos para negociação OIF Alemanha S Alemanha 41.733,50 475 100,00 Justo valor 41.733,50-1.102,00 OPC Preff Class D Activos financeiros detidos para negociação OIF Irlanda S Irlanda 19.362,00 280 100,00 Justo valor 19.362,00-1.989,21 Popular Arrendamento - FIIFAH Activos financeiros detidos para negociação OIF Portugal S Portugal 15.496.074,86 157.220 100,00 Justo valor 15.496.074,86-80.238,66 Popular Economias Emergentes Activos financeiros detidos para negociação OIF Portugal S Portugal 1.457,40 150 10,00 Justo valor 1.457,40-42,60 Popular Economias Emergentes II Activos financeiros detidos para negociação OIF Portugal S Portugal 4.344,75 450 10,00 Justo valor 4.344,75 30,15 Popular Global 50 - Fundo de Fundos Activos financeiros detidos para negociação OIF Portugal S Portugal 39.296,56 7.974 5,00 Justo valor 39.296,56-30.488,08 Popular Global 75 - Fundo de Fundos Activos financeiros detidos para negociação OIF Portugal S Portugal 218.250,66 53.929 5,00 Justo valor 218.250,66-57.540,52 Popular obrigações indexadas a empresas Alemanha/EUA Activos financeiros detidos para negociação OIF Portugal S Portugal 29.587,95 2.525 10,00 Justo valor 29.587,95 4.586,42 Popular obrigações indexadas ao Ouro (Londres) FEI Activos financeiros detidos para negociação OIF Portugal S Portugal 131.254,88 13.418 10,00 Justo valor 131.254,88-2.920,41 Popular Predifundo Activos financeiros detidos para negociação OIF Portugal S Portugal 2.320.924,20 197.106 4,99 Justo valor 2.320.924,20 299.019,19 SEB Immoinvest Activos financeiros detidos para negociação OIF Alemanha S Alemanha 50.199,70 1.382 1,00 Justo valor 50.199,70-13.912,89 Solução Arrendamento-FIIAH Activos financeiros detidos para negociação OIF Portugal S Portugal 11.990.631,43 2.447.767 5,00 Justo valor 11.990.631,43-141.259,03 Total 48.101.321,56 54

Notas às Demonstrações Financeiras NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 de DEZEMBRO de 2013 e 2012 (Valores expressos em milhares de euros) 1. INTRODUÇÃO 1.1 Atividade O Banco, sob a designação de BNC Banco Nacional de Crédito Imobiliário, foi constituído em 2 de julho de 1991, na sequência de autorização concedida pela Portaria do Ministério das Finanças n.º 155/91, de 26 de abril. Em 12 de setembro de 2005, alterou a sua designação para Banco Popular Portugal, S.A.. O Banco está autorizado a operar de acordo com as diretrizes reguladoras da atividade bancária, vigentes em Portugal, tendo por objecto a obtenção de recursos de terceiros, sob a forma de depósitos ou outros, os quais aplica, conjuntamente com os seus recursos próprios, na concessão de crédito ou em outros ativos, prestando ainda outros serviços bancários no País e no estrangeiro. As contas do Banco são consolidadas ao nível da empresa mãe, Banco Popular Español, S.A., ( BPE ) com sede em Madrid, na Calle Velázquez nº 34, Espanha. As contas do BPE estão disponíveis na respetiva sede social e na página do BPE na internet (www.bancopopular.es). O Banco não está cotado em bolsa. 1.2 Estrutura do Banco Em corolário do processo de reestruturação iniciado em exercícios anteriores, o Banco, no decorrer do exercício de 2011, deixou de deter qualquer participação financeira em entidades subsidiárias e decidiu proceder à reclassificação das obrigações subordinadas Class D Notes, emitidas pelo Navigator Mortgage Finance Nº 1 Plc ( Navigator ), para a carteira de Ativos financeiros disponíveis para venda. Tendo por base o facto de o Banco ter considerado imaterial o investimento no Navigator e os potenciais impactos nas suas demonstrações financeiras, o Banco, em conformidade com o disposto na IAS 1 revised, decidiu não preparar demonstrações consolidadas a partir do exercício de 2011, na medida em que essa informação não é materialmente relevante para efeitos da apresentação de contas do Banco nem influencia a decisão dos leitores das mesmas. Assim, em 31 de dezembro de 2013, o Banco detinha apenas uma participação financeira na empresa associada Companhia de Seguros de Vida, S.A. (ver Nota 25). 2. Resumo das Principais Políticas Contabilísticas As principais políticas contabilísticas e critérios valorimétricos aplicados na preparação destas demonstrações financeiras são indicados abaixo. Estas políticas foram aplicadas, consistentemente, a todos os anos apresentados, excepto nos casos devidamente assinalados. 55

2.1 Bases de apresentação Demonstrações financeiras individuais As demonstrações financeiras individuais do Banco Popular Portugal foram preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) estabelecidas pelo Banco de Portugal no Aviso nº 1/2005, de 21 de fevereiro e definidas nas instruções nº 9/2005 e nº 23/2004. As NCA correspondem em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas pela União Europeia (EU) no âmbito do disposto no Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de julho, excepto quanto às seguintes matérias: Valorimetria dos créditos a clientes e outros valores a receber Na data do reconhecimento inicial são registados pelo valor nominal, sendo a componente de juros, comissões e custos externos imputáveis às respetivas operações subjacentes reconhecida segundo a regra de pró rata temporis, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês; Provisionamento de créditos a clientes e outros valores a receber As provisões para esta classe de ativos financeiros encontram-se sujeitas a um quadro mínimo de referência para constituição de provisões específicas, gerais e risco-país, nos termos definidos no Aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal; Ativos tangíveis Na data do reconhecimento inicial são registados ao custo de aquisição, mantendo-se subsequentemente ao custo histórico, salvo quando se verifiquem reavaliações legalmente autorizadas. IFRS Divulgações - Novas normas a 31 de dezembro de 2013: a) Impacto de adoção de normas e interpretações que se tornaram efetivas a 1 de janeiro de 2013: Normas IAS 1 (alteração), Apresentação de demonstrações financeiras. Esta alteração modifica a apresentação de itens contabilizados como Outros rendimentos integrais (ORI), ao exigir às Entidades que separem os itens contabilizados em ORI, em função de serem, ou não, reciclados no futuro por resultados do exercício, bem como o respetivo efeito do imposto, quando os itens sejam apresentados pelo valor bruto. A adoção desta alteração teve impacto nas Demonstrações Financeiras do Banco. IAS 12 (alteração), 'Imposto sobre o rendimento'. Esta alteração requer que uma Entidade mensure o imposto diferido relacionado com um ativo, atendendo à forma como a Entidade espere vir a realizar o valor contabilístico do ativo através do uso ou da venda. A alteração também incorpora as orientações contabilísticas da SIC 21 na IAS 12, sendo esta primeira revogada. A adoção desta alteração não teve qualquer impacto nas Demonstrações Financeiras do Banco. 56

IAS 19 (revisão), Benefícios dos empregados. Esta revisão à IAS 19 introduz alterações significativas no reconhecimento e mensuração de gastos com planos de benefícios definidos e benefícios de cessação de emprego, bem como nas divulgações para todos os benefícios dos empregados. Os desvios atuariais são reconhecidos de imediato, e apenas, em Outros rendimento integrais (o método do corredor deixa de ser permitido). O custo financeiro dos planos de benefícios definidos com fundos constituídos é calculado com base no valor líquido das responsabilidades não fundeadas. Os benefícios de cessação de emprego apenas são reconhecidos, quando cessa a obrigação do empregado prestar serviço no futuro. A adoção desta alteração teve impacto nas Demonstrações Financeiras do Banco. Melhorias às normas 2009 2011, O ciclo de melhorias anuais, afeta os seguintes normativos: IFRS 1 (segunda adoção da IFRS 1 e respetivas isenções), IAS 1 (apresentação de demonstrações financeiras adicionais quando uma alteração de política contabilística é obrigatória ou voluntária), IAS 16 (classificação de peças de reserva e equipamento de serviço quando a definição de ativo fixo tangível é cumprida), IAS 32 (classificação de impactos fiscais relacionados com transações que envolvem Capitais próprios ou Dividendos), e IAS 34 (isenção de divulgação de ativos e passivos por segmento). A adoção destas alterações não teve impactos nas Demonstrações Financeiras do Banco. IFRS 1 (alteração) Adoção pela primeira vez das IFRS. Esta alteração cria uma isenção adicional, para os casos em que uma Entidade que tenha sido sujeita a hiperinflação severa, apresenta Demonstrações Financeiras IFRS pela primeira vez. A outra alteração reporta-se à substituição de referências a uma data fixa por data de transição para IFRS, nas isenções à adoção retrospetiva. A adoção desta alteração não teve impactos nas Demonstrações Financeiras do Banco. IFRS 1 (alteração), Adoção pela primeira vez das IFRS Empréstimos do Governo. Esta alteração clarifica a forma como um adotante pela primeira vez contabiliza um empréstimo do Governo com taxas de juro inferiores às taxas de juro de mercado, na transição para IFRS. A alteração introduz uma exceção à aplicação retrospetiva das IFRS, atribuindo a mesma dispensa de aplicação que havia sido concedida aos preparadores de Demonstrações Financeiras em IFRS em 2009. A adoção desta alteração não teve impactos nas Demonstrações Financeiras do Banco. IFRS 7 (alteração) Divulgações Compensação de ativos e passivos financeiros. Esta alteração faz parte do projeto de compensação de ativos e passivos financeiros do IASB, e introduz novos requisitos de divulgação sobre o direito de uma Entidade compensar (ativos e passivos), as quantias compensadas, e os seus efeitos na exposição ao risco de crédito. A adoção desta alteração não teve impactos nas Demonstrações Financeiras do exercício. IFRS 13 (nova), Justo valor: mensuração e divulgação. A IFRS 13 tem como objetivo melhorar a consistência das demonstrações financeiras, ao apresentar uma definição precisa de justo valor e uma única fonte de mensuração de justo valor, assim como as exigências de divulgação a aplicar transversalmente a todas as IFRS. A adoção deste normativo não teve impacto nas Demonstrações Financeiras do exercício. b) Normas, alterações a normas existentes e interpretações que já foram publicadas e cuja aplicação é obrigatória para o Banco, para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014, ou em data posterior, que o Banco não adotou antecipadamente: 57

Normas IFRS 10 (nova), Demonstrações financeiras consolidadas (a aplicar na União Europeia em períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). A IFRS 10 substitui todos os procedimentos e orientações contabilísticas relativas a controlo e consolidação, incluídas na IAS 27 e na SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o controlo. O princípio fundamental de que uma entidade consolidada apresenta a empresa-mãe e as suas subsidiárias como uma única entidade, permanece inalterado. O Banco irá aplicar a IFRS 10 no período anual em que esta se tornar efetiva. IFRS 11 (nova), Acordos conjuntos (a aplicar na União Europeia em períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). A IFRS 11 foca-se nos direitos e obrigações dos acordos conjuntos em detrimento da sua forma legal. Os acordos conjuntos podem ser operações conjuntas (direitos sobre os ativos e obrigações) ou empreendimentos conjuntos (direitos sobre os ativos líquidos pela aplicação do método de equivalência patrimonial). A consolidação proporcional empreendimentos conjuntos deixa de ser permitida. O Banco irá aplicar a IFRS 11 no período anual em que esta se tornar efetiva. IFRS 12 (nova), Divulgação de interesses em outras entidades (a aplicar na União Europeia em períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta norma estabelece os requisitos de divulgação para todas as naturezas de interesses em outras entidades, como: subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades estruturadas, de forma a permitir a avaliação da natureza, riscos e efeitos financeiros associados aos interesses da Entidade. O Banco irá aplicar a IFRS 12 no período anual em que esta se tornar efetiva. Alterações à IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12, Regime de transição (a aplicar na União Europeia em períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta alteração clarifica que, quando um tratamento contabilístico diferente das orientações da IAS 27/SIC 12 resultar da adoção da IFRS 10, os comparativos apenas devem ser ajustados para o período contabilístico imediatamente precedente, sendo as diferenças apuradas reconhecidas no início do período comparativo, em Capitais próprios. A alteração introduzida na IFRS 11, referese à obrigação de testar para imparidade o investimento financeiro que resulte da descontinuação da consolidação proporcional. Os requisitos de divulgação específicos estão incluídos na IFRS 12. O Banco irá aplicar estas alterações no início do período anual em que se tornar efetivas. IAS 27 (revisão 2011), Demonstrações financeiras separadas (a aplicar na União Europeia em períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). A IAS 27 foi revista, na sequência da emissão da IFRS 10, e contém os requisitos de contabilização e divulgação para os investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, quando a Entidade prepara demonstrações financeiras separadas. O Banco irá aplicar esta revisão à norma no início do período anual em que se tornar efetiva. IAS 28 (revisão 2011), Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos (a aplicar na União Europeia em períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). A IAS 28 foi revista, na sequência da emissão da IFRS 11, e prescreve o tratamento contabilístico para investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos, definindo ainda os requisitos de aplicação do método de equivalência patrimonial. O Banco irá aplicar esta revisão à norma no início do período anual em que se tornar efetiva. IAS 32 (alteração) Compensação de ativos e passivos financeiros (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta alteração faz parte do projeto de 58

compensação de ativos e passivos do IASB, o qual visa clarificar a noção de deter atualmente o direito legal de compensação, e clarifica que alguns sistemas de regularização pelos montantes brutos (as câmaras de compensação) podem ser equivalentes à compensação por montantes líquidos. O Banco irá aplicar este normativo no início do período anual em que o mesmo se tornar efetivo. IAS 36 (alteração) Divulgação do valor recuperável para ativos não financeiros (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta alteração trata da divulgação de informação sobre o valor recuperável de ativos em imparidade, quando este tenha sido mensurado através do modelo do justo valor menos custos de vender. Não é expectável que esta alteração venha a ter impacto nas Demonstrações Financeiras do Banco. IAS 39 (alteração) Novação de derivados e continuidade da contabilidade de cobertura (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). A alteração à IAS 39 permite que uma Entidade mantenha a contabilização de cobertura, quando a contraparte de um derivado que tenha sido designado como instrumento de cobertura, seja alterada para uma câmara de compensação, ou equivalente, como consequência da aplicação de uma lei ou regulamentação. Não é expectável que esta alteração venha a ter impactos nas Demonstrações Financeiras do Banco. Alterações à IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27 - Sociedades de investimento (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). A alteração define uma Sociedade de investimento ( Investment entities ) e introduz uma exceção à aplicação da consolidação no âmbito da IFRS 10, para as entidades que qualifiquem como as Sociedades de investimento, cujos investimentos em subsidiárias devem ser mensurados ao justo valor através de resultados do exercício, por referência à IAS 39. Divulgações específicas exigidas pela IFRS 12. O Banco irá aplicar esta alteração no início do período anual em que a mesma se torne efetiva. IAS 19 (alteração), Planos de benefícios definidos Contribuições dos empregados (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso da União Europeia. A alteração à IAS 19 aplica-se a contribuições de empregados ou entidades terceiras para planos de benefícios definidos, e pretende simplificar a sua contabilização, quando as contribuições são independentes do número de anos de serviço. Não é expectável que esta alteração venha a ter impactos nas Demonstrações Financeiras do Banco. Melhorias às normas 2010-2012, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Estas alterações ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela União Europeia. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 2, IFRS 3, IFRS 8, IFRS 13, IAS 16, IAS 24 e IAS 38. O Banco irá aplicar as melhorias às normas do ciclo 2010-2012 no período em que se tornarem efetivas. Melhorias às normas 2011-2013, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Estas alterações ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela União Europeia. Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 3, IFRS 13, e IAS 40. O Banco irá aplicar as melhorias às normas do ciclo 2011-2013 no período em que se tornarem efetivas. IFRS 9 (nova), Instrumentos financeiros classificação e mensuração (data de aplicação ainda não definida). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. A IFRS 9 corresponde à primeira parte do novo normativo IFRS para instrumentos financeiros, a 59

qual prevê a existência de duas categorias de mensuração: custo amortizado e justo valor. Todos os instrumentos de capital próprio são mensurados ao justo valor. Os instrumentos financeiros são mensurados ao custo amortizado apenas quando a Entidade o detenha para receber fluxos de caixa contratuais, e os fluxos de caixa correspondam a capital/valor nominal e juros. Caso contrário, os instrumentos financeiros são mensurados ao justo valor através de resultados. O Banco irá aplicar a IFRS 9 no exercício em que esta se tornar efetiva. IFRS 9 (alteração), Instrumentos financeiros contabilidade de cobertura (data de aplicação ainda não definida). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração corresponde à terceira fase da IFRS 9, e reflete uma revisão substancial das regras de contabilidade de cobertura da IAS 39, eliminando a avaliação quantitativa da eficácia da cobertura, permitindo que um maior número de itens possa ser elegível como itens cobertos, e permitindo o diferimento de determinados impactos de instrumentos de cobertura em Outros rendimentos integrais. Esta alteração visa aproximar a contabilidade de cobertura às práticas de gestão de risco da Entidade. O Banco irá aplicar a IFRS 9 no exercício em que esta se tornar efetiva. Interpretações IFRIC 21 (nova), Taxas do governo (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. A IFRIC 21 é uma interpretação à IAS 37 e ao reconhecimento de passivos, clarificando que o acontecimento passado que resulta numa obrigação de pagamento de uma taxa ou imposto ( levy ) corresponde à atividade descrita na legislação relevante que obriga ao pagamento. O Banco irá aplicar a IFRIC 21 no exercício em que esta se tornar efetiva. 2.2 Relato por segmentos Desde 1 de janeiro de 2009 o Banco adoptou o IFRS 8 Segmentos Operacionais para efeitos de divulgação da informação financeira por segmentos operacionais (ver Nota 5). Um segmento operacional de negócio é um grupo de ativos e operações utilizados para providenciar produtos ou serviços, sujeitos a riscos e a benefícios, diferentes dos verificados noutros segmentos. O Banco determina e apresenta segmentos operacionais baseados na informação de gestão produzida internamente. 2.3 Participações financeiras em associadas Empresas associadas são aquelas em que o Banco exerce, direta ou indiretamente, uma influência significativa sobre a sua gestão e a sua política financeira mas não detém o controlo da empresa. Presume-se que o Banco exerce influência significativa quando detém o poder de exercer mais de 20% dos direitos de voto da associada. Mesmo quando os direitos de voto sejam inferiores a 20%, o Banco pode exercer influência significativa através da participação na gestão ou na composição dos Conselhos de Administração com poderes executivos. Nas demonstrações financeiras individuais do Banco, as empresas associadas são valorizadas ao custo histórico. Os dividendos de empresas associadas são reconhecidos nos resultados individuais do Banco na data em que são atribuídos ou recebidos. Em caso de evidência objectiva de imparidade, a perda por imparidade é reconhecida em resultados. 60

2.4 Operações em moeda estrangeira a) Moeda funcional e moeda de apresentação As demonstrações financeiras são apresentadas em euros, sendo esta a moeda funcional e de apresentação do Banco. b) Transações e Saldos Transações em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional com base nas taxas de câmbio indicativas à data das transações. Ganhos e perdas resultantes da conversão de transações em moeda estrangeira, resultantes da sua liquidação e da conversão de ativos e passivos monetários denominados em moedas estrangeiras à taxa de câmbio do final de cada exercício, são reconhecidos na demonstração de resultados, excepto quando façam parte de relações de cobertura de fluxos de caixa ou investimento líquido em moeda estrangeira, que são diferidas em capital. As diferenças de conversão em itens não monetários, tais como instrumentos de capital mensurados ao justo valor com variações reconhecidas em resultados, são registadas como ganhos e perdas de justo valor. Em itens não monetários como sejam instrumentos de capital, classificados como disponíveis para venda, as diferenças de conversão são registadas em capital, na reserva de justo valor. 2.5 Instrumentos financeiros derivados Os Instrumentos financeiros derivados são registados ao justo valor, na data em que o Banco negoceia os contratos e subsequentemente são remensurados ao justo valor. Os justos valores são obtidos através de preços de mercados cotados em mercado ativos, incluindo transações de mercado recentes, e modelos de avaliação, nomeadamente: modelos de fluxos de caixa descontados e modelos de valorização de opções. Os derivados são considerados como ativos quando o seu justo valor é positivo e como passivos quando o seu justo valor é negativo. Certos derivados embutidos em outros instrumentos financeiros, como seja a indexação da rendibilidade de instrumentos de dívida ao valor das ações ou índices de ações, são bifurcados e tratados como derivados, quando o seu risco e características económicas não sejam íntima e claramente relacionadas com os do contrato hospedeiro e este não for mensurado ao justo valor com variações reconhecidas em resultados. Estes derivados embutidos são mensurados ao justo valor, com as variações subsequentes reconhecidas na demonstração de resultados. O Banco possui: (i) derivados de negociação, os quais são mensurados ao justo valor, sendo as alterações no seu valor reconhecidas imediatamente em resultados e, (ii) derivados de cobertura de justo valor contabilizados em conformidade com o descrito na nota 3.1. a). 2.6 Reconhecimento de juros e rendimentos similares e juros e encargos similares Os proveitos e custos relacionados com juros são reconhecidos na demonstração de resultados para todos os instrumentos mensurados ao custo amortizado, de acordo com o princípio dos acréscimos, utilizando o método de pro rata temporis. Quando for identificada imparidade num ativo ou num conjunto de ativos financeiros, os juros recebidos desse ativo, ou conjunto de ativos, devem ser reconhecidos usando a taxa de juro utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros, aquando da mensuração da perda de imparidade. 61

2.7 Proveitos com comissões As comissões são geralmente reconhecidas de acordo com o princípio dos acréscimos, à medida em que os serviços vão sendo prestados. As comissões das linhas de crédito concedidas, em que é provável que o crédito seja originado, são diferidas (conjuntamente com quaisquer custos diretamente relacionados) e reconhecidas como um ajustamento à taxa de juro efetiva. As comissões resultantes de negociações, ou participações na negociação de uma transação por uma terceira parte tais como a compra de ações ou venda ou compra de um negócio são reconhecidas quando a transação subjacente se encontra finalizada. As comissões de gestão de carteiras e outros aconselhamentos de gestão são reconhecidas de acordo com os serviços contratados normalmente são reconhecidas numa base proporcional de acordo com o tempo decorrido. As comissões de gestão de ativos relacionados com os fundos e investimento são especializados durante o período em que o serviço é prestado. 2.8 Ativos financeiros Os ativos financeiros são reconhecidos no balanço do Banco na data de negociação ou contratação, que é a data em que o Banco se compromete a adquirir ou a alienar o ativo. No momento inicial, os ativos financeiros são reconhecidos pelo justo valor acrescido de custos de transação diretamente atribuíveis, excepto para os ativos ao justo valor através de resultados em que os custos de transação são imediatamente reconhecidos em resultados. Estes ativos são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais do Banco ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) o Banco tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, o Banco tenha transferido o controlo sobre os ativos. Os ativos e passivos financeiros são compensados e apresentados pelo valor líquido, quando e só quando, o Banco tem o direito a compensar os montantes reconhecidos e tem a intenção de liquidar pelo valor líquido. O Banco classifica os seus ativos financeiros nas seguintes categorias: ativos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados, créditos e contas a receber, investimentos detidos até à maturidade e ativos financeiros disponíveis para venda. A gestão determina a classificação dos seus investimentos no reconhecimento inicial. a) Ativos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados Esta categoria está subdividida em duas categorias: Ativos financeiros detidos para negociação e Ativos financeiros designados na opção de justo valor. Um ativo financeiro é classificado nesta categoria, se o principal objectivo associado à sua aquisição for a venda no curto prazo ou se for designado na opção de justo valor pela gestão. Os instrumentos financeiros derivados também são classificados nesta categoria, como ativos financeiros detidos para negociação, excepto quando fazem parte de uma relação de cobertura. Apenas podem ser considerados na opção de justo valor, os Ativos e Passivos financeiros que cumpram um dos seguintes requisitos: Permite a redução de inconsistências significativas na mensuração, no caso em que derivados associados fossem tratados como detidos para negociação e os instrumentos financeiros subjacentes estiverem ao custo amortizado, tal como empréstimos e adiantamentos de clientes ou bancos e títulos de dívida; 62

Alguns investimentos, tais como investimentos de capital, que são geridos e avaliados ao justo valor de acordo com a gestão do risco ou a estratégia de investimento e são reportados à gestão nessa base; e Instrumentos financeiros, como títulos de dívida detidos, contendo um ou mais derivados embutidos que modificam significativamente os fluxos de caixa, são designados pelo justo valor através de resultados. A avaliação destes ativos é efectuada diariamente ou em cada data de reporte, com base no justo valor. No caso das obrigações e outros títulos de rendimento fixo, o valor de balanço inclui o montante de juros corridos e não pagos. Os ganhos e perdas resultantes da alteração de justo valor são reconhecidos em resultados, onde se incluem os montantes de rendimentos de juros e o recebimento de dividendos para os ativos de negociação e para os passivos ao justo valor. Os rendimentos de juros de ativos financeiros ao justo valor através de resultados estão registados na margem financeira. Os ganhos e perdas resultantes de alterações no justo valor dos derivados que são geridos em conjunto com os ativos e passivos financeiros designados são incluídos na rubrica Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados. b) Créditos e contas a receber O crédito e valores a receber abrange os créditos concedidos pelo Banco a Clientes e a Instituições de Crédito, operações de locação financeira, operações de factoring, participações em empréstimos sindicados e créditos titulados (papel comercial e obrigações emitidas por Empresas) que não sejam transaccionadas num mercado ativo e para os quais não haja intenção de venda. Os empréstimos e créditos titulados transaccionados num mercado ativo são classificados como ativos financeiros disponíveis para venda. No momento inicial os créditos e valores a receber são registados ao justo valor. Em geral, o justo valor no momento inicial corresponde ao valor de transação e inclui comissões, taxas ou outros custos e proveitos associados às operações de crédito. Posteriormente, os empréstimos e contas a receber são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efetiva e sujeitos a testes de imparidade. Os juros, comissões e outros custos e proveitos associados a operações de crédito são periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. As comissões recebidas por compromissos de crédito são reconhecidas de forma diferida e linear durante a vida do compromisso. O Banco classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam, no máximo, trinta dias após o seu vencimento. Nos créditos em contencioso são consideradas vencidas todas as prestações de capital (vincendas e vencidas). Factoring O crédito a clientes inclui os adiantamentos efectuados nas operações de factoring com recurso e o valor das facturas cedidas para cobrança sem recurso, cuja intenção não é a venda no curto prazo, sendo registado na data de aceitação das facturas cedidas pelos Aderentes. 63

As facturas ou outros documentos cedidos pelos Aderentes para cobrança sem recurso bem como a parte adiantada das facturas tomadas com recurso, são registadas no ativo, na rubrica de Créditos sobre clientes. Como contrapartida, é movimentada a rubrica de Outros passivos. As tomadas de facturas com recurso em que o adiantamento de fundos por conta dos respectivos contratos ainda não se verificou, são registadas nas contas extrapatrimoniais pelo valor das facturas tomadas. A conta extrapatrimonial vai sendo regularizada à medida que o adiantamento das facturas for realizado. Os compromissos resultantes de linhas de créditos concedidas a aderentes e ainda não utilizadas são registados nas contas extrapatrimoniais. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em contas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em contas de resultados ao longo da vida das operações. Estas operações são sujeitas a testes de imparidade. c) Investimentos detidos até à maturidade Esta rubrica inclui ativos financeiros, não derivados, com pagamentos fixados, ou determináveis, e maturidades definidas, que o Banco tem intenção e capacidade de deter até à maturidade. No reconhecimento inicial estes ativos são registados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efetiva, e acrescido de todos os custos incrementais diretamente atribuíveis à transação. Subsequentemente, estes investimentos são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efetiva e sujeitos a testes de imparidade. Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, e essa diminuição pode ser objectivamente relacionada com um evento que ocorreu após o reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício. d) Ativos financeiros disponíveis para venda Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que: (i) o Banco tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) não se enquadram nas categorias acima referidas. Esta rubrica inclui: Títulos de rendimento fixo que não tenham sido classificados como carteira de negociação nem carteira de crédito ou investimentos detidos até à maturidade; Títulos de rendimento variável disponíveis para venda; e Suprimentos e prestações suplementares de capital em ativos financeiros disponíveis para venda. Os ativos classificados como disponíveis para venda são avaliados ao justo valor, excepto no caso de instrumentos de capital próprio não cotados num mercado ativo e cujo justo valor não pode ser fiavelmente mensurado ou estimado, que permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas resultantes de alterações ao justo valor de ativos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos diretamente nos capitais próprios na rubrica Reservas de reavaliação de justo valor, excepto no caso de perdas por imparidade e de ganhos e perdas cambiais de ativos 64

monetários, até que o ativo seja vendido, no momento em que o ganho ou perda anteriormente reconhecido no capital próprio é registado em resultados. Os juros corridos de obrigações e outros títulos de rendimento fixo e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto), são registados em resultados, de acordo com o método da taxa efetiva. Os rendimentos de títulos de rendimento variável (dividendos no caso de ações) são registados em resultados, na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. Em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldade financeira do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, se houver uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidades relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas. No caso de títulos para os quais tenha sido reconhecida imparidade, posteriores variações negativas de justo valor são sempre reconhecidas em resultados. As variações cambiais de ativos não monetários (instrumentos de capital próprio) classificados na carteira de disponíveis para venda são registadas em reservas de justo valor. As variações cambiais dos restantes títulos são registadas em resultados. 2.9 Imparidade de ativos financeiros a) Ativos mensurados ao custo amortizado O Banco avalia a cada data de balanço, se existe evidência objectiva de imparidade num ativo ou grupo de ativos financeiros. Um ativo ou grupo de ativos financeiros encontra-se em imparidade e as perdas de imparidade já foram incorridas, se e só se, existir evidência objectiva de imparidade em resultado de um ou mais eventos ocorridos após a mensuração inicial do ativo, e esse evento (ou eventos) tem impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo ou grupo de ativos financeiros e estes podem ser estimados com fiabilidade. Evidência objectiva que um ativo ou grupo de ativos financeiros se encontra em imparidade, inclui dados observáveis, que o Banco tenha conhecimento, sobre os seguintes eventos de perda: (i) dificuldades financeiras significativas do emitente; (ii) incumprimento do contrato, como por exemplo atraso no pagamento do capital e/ou juros; (iii) facilidades concedidas ao devedor decorrentes das suas dificuldades financeiras, que não existiriam noutras circunstâncias; (iv) probabilidade elevada de falência ou de reorganização financeira do devedor; (v) desaparecimento de mercado ativo para um ativo financeiro devido a dificuldades financeiras; (vi) informação indicativa que ocorrerá uma diminuição mensurável nos fluxos de caixa futuros estimados de um conjunto de ativos financeiros desde o seu reconhecimento inicial, embora essa diminuição não seja ainda identificável individualmente nos ativos do Banco, incluindo: alterações adversas nas condições e/ou capacidade de pagamentos do grupo; 65

as condições económicas nacionais ou locais correlacionáveis com o incumprimento de ativos de um grupo. Inicialmente, o Banco avalia se existe evidência objectiva de imparidade, para ativos financeiros que individualmente sejam significativos, e individualmente ou em grupo para ativos financeiros que não são individualmente significativos. Se o Banco determinar que não existe evidência objectiva de imparidade para um ativo financeiro analisado individualmente, seja este significativo ou não, inclui esse ativo num grupo de ativos financeiros com risco de crédito similar e analisa em grupo a existência de imparidade. Se existir evidência objectiva de que o Banco incorreu numa perda de imparidade em créditos e contas a receber, ou investimentos detidos até à maturidade, o montante das perdas é determinado através da diferença entre o valor de balanço desses ativos e o valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo perdas de imparidade futuras que ainda não tenham sido incorridas), descontados à taxa de juro efetiva original do ativo financeiro. O valor de balanço do ativo é reduzido através da utilização de uma conta de provisões e o montante da perda é reconhecido na demonstração de resultados. O Banco pode ainda determinar as perdas de imparidade, através do justo valor dos instrumentos, recorrendo a preços de mercado observáveis. Na análise da existência de imparidade em base de portfólio, o Banco estima a probabilidade de uma operação ou cliente em situação regular entrar em incumprimento durante o período emergente (período estimado entre a ocorrência da perda e a sua identificação). Em geral, o período emergente utilizado pelo Banco é de cerca de 6 meses. Para a análise de existência de imparidade em grupos de ativos, os ativos financeiros são agrupados tendo por base características de risco de crédito similares (ie, tendo por base o processo de classificação do Banco que considera o tipo de ativos, localização geográfica, tipo de garantia recebida, incumprimento e outros factores considerados relevantes). Essas características são relevantes para a estimativa dos fluxos de caixa futuros de grupos de ativos financeiros, uma vez que são indicativos da capacidade do devedor fazer face aos montantes a pagar, de acordo com os termos contratuais dos ativos a serem avaliados. Os fluxos de caixa futuros de um grupo de ativos financeiros, avaliados em conjunto para efeitos de imparidade, são estimados tendo por base os fluxos de caixa contratuais dos ativos do grupo e dados históricos relativos a perdas em ativos com características de risco de crédito similares aos que integram o grupo. Os dados históricos são ajustados tendo por base dados correntes observáveis, afim destes refletirem os efeitos das condições correntes que não afectaram o período em que os dados históricos foram recolhidos e para remover os efeitos de condições que existiam quando os dados históricos foram recolhidos, mas que não existem correntemente. Se, num período subsequente, o montante das perdas de imparidade diminuir e essa diminuição possa ser atribuída a um evento que tenha ocorrido depois de ter sido registada a imparidade (como por exemplo uma melhoria no rating de crédito do devedor), o montante previamente reconhecido é revertido através do ajustamento da conta de provisões. O montante da reversão é reconhecido diretamente na demonstração de resultados. Os créditos concedidos a clientes cujos termos tenham sido renegociados, deixam de ser considerados como vencidos e passam a ser tratados como novos créditos. Os procedimentos de reestruturação incluem: alargamento das condições de pagamento, planos de gestão aprovados, alteração e diferimento de pagamentos. As práticas e políticas de reestruturação são baseadas em 66

critérios que, do ponto de vista da gestão do Banco, indiciam que os pagamentos têm elevada probabilidade de continuar a ocorrer. b) Ativos mensurados ao justo valor O Banco avalia, a cada data de balanço, se existe evidência objectiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos está em imparidade. No caso dos investimentos em instrumentos de capital classificados como disponíveis para venda, um declínio no justo valor, abaixo do seu custo de aquisição, significativo ou prolongado é tido em consideração para determinar se os mesmos se encontram em imparidade. Se existir evidência de imparidade em ativos classificados como disponíveis para venda, as perdas acumuladas determinadas através da diferença entre o custo de aquisição e o justo valor, menos qualquer perda de imparidade nesse ativo financeiro, que tenha sido reconhecida anteriormente em resultados é transferida de capitais próprios para a demonstração de resultados. Perdas de imparidade em instrumentos de capital próprio, que tenham sido reconhecidas na demonstração de resultados, não são reversíveis. Se num período posterior, o justo valor de um instrumento de dívida classificado como disponível para venda, aumentar e esse acréscimo estiver objectivamente relacionado com um evento ocorrido depois da perda de imparidade ter sido reconhecida em resultados, a perda de imparidade é revertida através do seu registo na demonstração de resultados. 2.10 Ativos intangíveis - Software informático As licenças de software adquiridas são capitalizadas de acordo com os custos incorridos para a sua aquisição e para a sua entrada em funcionamento. Estes custos são amortizados segundo a vida útil esperada. Os custos associados ao desenvolvimento ou manutenção de software são reconhecidos como custos do exercício quando incorridos. Os custos diretamente associados à produção de produtos de software únicos e identificáveis, controlados pelo Banco e que provavelmente irão gerar benefícios económicos futuros, por mais de um ano e que excedem os custos, são reconhecidos como ativos intangíveis. Os custos de desenvolvimento de software reconhecidos como ativos são amortizados durante a sua vida útil, utilizando o método das quotas constantes. 2.11 Ativos tangíveis Os imóveis são compostos essencialmente por escritórios e balcões do Banco. Todos os ativos tangíveis são mensurados ao custo histórico menos amortizações. O custo histórico inclui despesas diretamente atribuíveis à aquisição dos ativos. Os custos subsequentes são incluídos no valor de balanço do ativo ou reconhecidos como outro ativo, apenas se for provável que associado à detenção desse ativo, o Banco tenha benefícios económicos futuros e ainda que o custo do ativo possa ser mensurado com fiabilidade. Todos os restantes custos associados a operações de manutenção e reparação são imputados à demonstração de resultados, no período em que são incorridos. 67

Os terrenos não são amortizados. A amortização dos restantes ativos tangíveis é calculada seguindo o método das quotas constantes, durante a sua vida útil estimada, de modo a reduzir o seu custo até ao seu valor residual, como segue: Anos de vida útil Edifícios de uso próprio 50 Obras em edifícios arrendados 10, ou durante o período de arrendamento se este for inferior a 10 anos Mobiliário e material 5 a 8 Equipamento informático 3 e 4 Equipamento de transporte 4 Outro equipamento 4 a 10 Os ativos tangíveis sujeitos a amortização são submetidos a testes de imparidade sempre que eventos ou alterações em certas circunstâncias indiquem que o seu valor de balanço poderá não ser recuperável. O valor de balanço de um ativo é imediatamente ajustado para o seu valor recuperável, se o seu valor de balanço for superior ao valor estimado de recuperação. O montante recuperável é o maior entre o valor de uso e o justo valor do ativo, menos os custos de venda. Os ganhos e perdas resultantes de alienações resultam da comparação do valor de realização e o valor de balanço. Estes ganhos e perdas são registados na demonstração de resultados. 2.12 Ativos tangíveis detidos para venda Os ativos (imóveis, equipamentos e outros bens) recebidos em dação em cumprimento de operações de crédito são registados na rubrica Ativos tangíveis detidos para venda pelo valor acordado no contrato de dação, o qual corresponde ao menor dos valores da dívida existente ou da avaliação do imóvel, à data da dação. A política do Banco para este tipo de ativos é de proceder à sua alienação, no prazo mais curto em que tal seja praticável. Estes imóveis são objecto de avaliações periódicas que dão lugar a perdas por imparidade sempre que o valor decorrente dessas avaliações seja inferior ao valor por que se encontram contabilizados (ver nota 29). As mais-valias potenciais nestes ativos não são reconhecidas no balanço. 2.13 Locações a) Como locatário As locações efetuadas pelo Banco são essencialmente realizadas sobre equipamentos de transporte, sendo que existem contratos classificados como locações financeiras e outros como locações operacionais. Os pagamentos efectuados nas locações operacionais são registados na demonstração de resultados. Quando uma locação operacional é cessada antes que o período de locação tenha expirado, qualquer pagamento requerido pelo locador, a título de indemnização, é reconhecido como um custo no período em que a operação seja cessada. 68

Os contratos de locação financeira são registados nas datas do seu início, na respetiva rubrica de ativos tangíveis ou intangíveis, por contrapartida da rubrica de Outros passivos, pelo mínimo entre (i) o justo valor do ativo e (ii) valor atual dos pagamentos mínimos da locação financeira. Os custos incrementais pagos na locação são adicionados ao ativo reconhecido. Os ativos tangíveis são amortizados de acordo com o definido na Nota 2.11. As rendas são constituídas (i) pelo encargo financeiro que é debitado em custos e (ii) pela amortização financeira do capital que é deduzido à rubrica Outros passivos. Os encargos financeiros são reconhecidos como custos ao longo do período de locação, a fim de produzir uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo para cada período. No entanto, se não houver certeza razoável de que o Banco obterá a posse no fim do prazo da locação, o ativo deve ser totalmente depreciado durante o prazo da locação ou da sua vida útil, o que for mais curto. b) Como locador Os ativos detidos sob locação financeira são registados como créditos concedidos, pelo valor atual dos pagamentos a efetuar na locação. A diferença entre o valor bruto a receber e o valor atual do saldo a receber é reconhecido como um proveito financeiro a receber. Os juros incluídos nas rendas debitadas aos clientes são registados em proveitos, enquanto que as amortizações de capital, também incluídas nas rendas, são deduzidas ao valor global do crédito inicialmente concedido. O reconhecimento do resultado financeiro reflete uma taxa de retorno periódica constante sobre o investimento líquido remanescente do locador. 2.14 Provisões Provisões para outros riscos e encargos As provisões para custos de reestruturação e processos legais, são reconhecidas sempre que: o Banco tenha uma obrigação legal ou construtiva resultante de acontecimentos passados; sempre que for mais provável existir uma saída de recursos (do que não existir essa saída de recursos), para liquidar uma obrigação; e o montante possa ser estimado com fiabilidade. Provisões para riscos específicos e gerais de crédito Nas demonstrações financeiras, a carteira de crédito e garantias está sujeita à constituição de provisões nos termos do Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, nomeadamente para: crédito vencido e crédito de cobrança duvidosa; riscos gerais de crédito; risco-país. Estas provisões incluem: (i) uma provisão específica para crédito e juros vencidos apresentada no ativo como dedução à rubrica Créditos a clientes, calculada mediante a aplicação de taxas que variam entre 0,5% e 100% sobre os saldos de crédito e juros vencidos, em função da classe de risco e da existência ou não de garantias (ver nota 23); (ii) uma provisão específica para créditos de cobrança duvidosa, apresentada no ativo a deduzir à rubrica Créditos a clientes, que corresponde à aplicação das taxas previstas para as classes de incumprimento, às prestações reclassificadas como vencidas de uma mesma operação de crédito, assim como a aplicação, aos créditos vincendos de um mesmo cliente em que se verifique que as 69

prestações em mora de capital e juros excedem 25% do capital em dívida acrescido dos juros vencidos, de metade das taxas de provisionamento aplicáveis aos créditos vencidos (ver nota 23); (iii) uma provisão genérica para riscos gerais de crédito, evidenciada no passivo, na rubrica provisões para riscos e encargos, correspondente a um mínimo de 1% do total do crédito não vencido pelo Banco, incluindo o representado por garantias e avales prestados, excepto para o crédito ao consumo em que a taxa de provisão ascende a um mínimo de 1,5% do referido crédito e para o crédito garantido por hipoteca sobre imóvel destinado à habitação do mutuário, em que se aplica a taxa mínima de 0,5% (ver nota 35); e (iv) uma provisão para risco-país, constituída para fazer face ao risco imputado aos ativos financeiro e elementos extra patrimoniais sobre residentes de países considerados de risco, conforme Instrução do Banco de Portugal nº 94/96 (ver nota 23 e 35). 2.15 Benefícios a empregados a) Responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência Face às responsabilidades assumidas no âmbito do Acordo Colectivo de Trabalho do Sector Bancário, o Banco constituiu um Fundo de Pensões destinado a cobrir as responsabilidades com pensões de reforma por velhice, invalidez e sobrevivência, relativamente à totalidade do pessoal, calculadas em função dos salários projetados do pessoal no ativo. O fundo de pensões é suportado através de contribuições efetuadas, com base nos montantes determinados por cálculos atuariais periódicos. Um plano de pensões de benefícios definidos é um plano de pensões que define o montante de benefícios com pensões que um empregado irá receber quando se reformar, estando normalmente dependente de um ou mais factores nomeadamente, idade, anos de serviço e compensações. O Banco determina anualmente o valor das responsabilidades com serviços passados através de cálculos atuariais pelo método Projected Unit Credit para as responsabilidades com serviços passados por velhice e método de Prémios Únicos Sucessivos para o cálculo dos benefícios de invalidez e sobrevivência. Os pressupostos atuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas à data de balanço para o crescimento dos salários e das pensões e baseiam-se em tábuas de mortalidade adaptadas à população do Banco. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de baixo risco, de prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades. Os pressupostos são mutuamente compatíveis. O valor das responsabilidades inclui, para além dos benefícios com pensões de reforma, os benefícios com cuidados médicos pós-emprego (SAMS) e com subsídio de morte na reforma. Até 31 de dezembro de 2012, o Banco reconhecia o valor acumulado líquido (após 1 de janeiro de 2004) dos ganhos e perdas atuariais resultantes de alterações nos pressupostos atuariais e financeiros e de diferenças entre os pressupostos atuariais e financeiros utilizados e os valores efetivamente verificados, na rubrica Outros ativos ou Outros passivos Desvios atuariais. Eram enquadráveis no corredor, os ganhos ou perdas atuariais acumuladas que não excediam 10% do valor das responsabilidades com serviços passados ou 10% do valor do fundo de pensões, dos dois o maior. Os valores que excediam o corredor eram amortizados em resultados pelo período de tempo médio até à idade esperada de reforma dos trabalhadores abrangidos pelo plano. Em 1 de janeiro de 2013, e conforme referido em 2.19 Alteração na Política Contabilística de Reconhecimento dos Desvios Actuariais, o BAPOP alterou a sua política contabilística de 70

reconhecimento de desvios actuariais e financeiros de planos de pensões e outros benefícios pósemprego de benefício definido, de acordo com as disposições da IAS 19 Revised. Os ganhos e perdas actuariais e financeiras passam a ser reconhecidos no período em que ocorrem directamente nos capitais próprios, na Demonstração de Rendimento Integral. Os acréscimos de responsabilidades por serviços passados decorrente da passagem de trabalhadores à situação de reforma antecipada são integralmente reconhecidos como custo nos resultados do exercício em que se verificam. Os acréscimos de responsabilidades por serviços passados decorrentes de alterações das condições dos Planos de Pensões são integralmente reconhecidos como custo no caso de benefícios adquiridos, ou amortizados durante o período que decorre até os benefícios se tornarem adquiridos. O saldo dos acréscimos de responsabilidades ainda não relevados como custo está registado na rubrica de Outros ativos. A cobertura das responsabilidades com serviços passados (benefícios pós-emprego) é assegurada por um fundo de pensões. O valor dos fundos de pensões corresponde ao justo valor dos seus ativos à data do balanço. O regime de financiamento pelo fundo de pensões está definido no Aviso n.º 4/2005, do Banco de Portugal, que determina a obrigatoriedade de financiamento integral das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades por serviços passados de pessoal no ativo. Nas demonstrações financeiras do Banco, o valor das responsabilidades com serviços passados por pensões de reforma, líquido do valor do fundo de pensões, está registado na rubrica Outros passivos. Os resultados do Banco incluem os seguintes custos relativos a pensões de reforma e sobrevivência: custo do serviço corrente; custo dos juros da totalidade das responsabilidades; rendimento esperado dos fundos de pensões; custos com acréscimo de responsabilidades por reformas antecipadas; amortização de desvios atuariais ou de alterações de pressupostos fora do corredor; custos (ou amortização) resultantes da alteração das condições do Plano de Pensões. Na data da transição, o Banco adoptou a possibilidade permitida pela IFRS 1 de não recalcular os ganhos e perdas atuariais diferidos desde o início dos planos (opção designada por reset). Deste modo, os ganhos e perdas atuariais diferidos registados nas contas do Banco em 31 de dezembro de 2003, foram integralmente anulados por contrapartida de resultados transitados na data da transição 1 de janeiro de 2004. b) Prémios de antiguidade O Banco ao aderir ao Acordo Colectivo de Trabalho para o Sector Bancário Português assume o compromisso de atribuir aos trabalhadores no ativo que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efetivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual, respetivamente, a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efetiva no ano da atribuição. O Banco determina anualmente o valor atual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos atuariais pelo método Projected Unit Credit. Os pressupostos atuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas à data de balanço para o crescimento dos salários e 71

baseiam-se em tábuas de mortalidade adaptadas à população do Banco. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de baixo risco, de prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades. Os pressupostos são mutuamente compatíveis. As responsabilidades por prémios de antiguidade são registadas na rubrica Outros passivos. Os resultados do Banco incluem os seguintes custos relativos a responsabilidades por prémios de antiguidade: custo do serviço corrente (custo do ano); custo dos juros; ganhos e perdas resultantes de desvios atuariais, de alterações de pressupostos ou da alteração das condições dos benefícios. 2.16 Impostos diferidos Os impostos diferidos são registados utilizando o método da dívida de balanço, baseado nas diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos para preparação de demonstrações financeiras e os montantes apurados para tributação. Os impostos diferidos são calculados utilizando a taxa efetiva de imposto sobre os lucros apurada à data de balanço e que é expectável que venha a ser aplicada quando os referidos impostos diferidos ativos sejam realizados ou os impostos diferidos passivos sejam liquidados. São reconhecidos impostos diferidos ativos, se for provável que no futuro existam impostos sobre lucros suficientes para que possam ser utilizados. Os impostos sobre os lucros, baseados na aplicação das taxas legais em cada jurisdição são reconhecidos como custo no período em que os lucros sejam originados. Os efeitos fiscais dos prejuízos fiscais reportáveis são reconhecidos como um ativo quando é provável que os futuros lucros tributáveis sejam suficientes para que os prejuízos fiscais reportáveis sejam utilizados. Os impostos diferidos relacionados com a reavaliação do justo valor de um investimento disponível para venda, que é debitado ou creditado diretamente em capital próprio, também são creditados ou debitados diretamente em capital próprio e subsequentemente são reconhecidos na demonstração de resultados juntamente com os ganhos ou perdas diferidos. 2.17 Passivos financeiros O Banco classifica os seus passivos financeiros nas seguintes categorias: passivos financeiros detidos para negociação, outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados, recursos de bancos centrais, recursos de outras instituições de crédito, recurso de clientes, responsabilidades representadas por títulos e outros passivos subordinados. A gestão determina a classificação dos seus investimentos no reconhecimento inicial. a) Passivos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados Esta rubrica inclui essencialmente depósitos com rendimento indexado a cabazes de ações ou índices e o justo valor negativo dos contratos de derivados. A avaliação destes passivos é efectuada com base no justo valor. O valor de balanço dos depósitos inclui o montante dos juros corridos e não pagos. 72

b) Recursos de bancos centrais, de outras instituições de crédito e de clientes Após o reconhecimento inicial, os depósitos e recursos financeiros de clientes, de bancos centrais e de instituições de crédito são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efetiva. c) Responsabilidades representadas por títulos e outros passivos subordinados Estes passivos são reconhecidos inicialmente ao justo valor, sendo este o seu montante de emissão líquido de custos de transação incorridos. Estes passivos são subsequentemente mensurados ao custo amortizado e qualquer diferença entre o montante líquido recebido na transação e o valor de reembolso é reconhecido na demonstração de resultados durante o período do passivo utilizando o método da taxa de juro efetiva. Se o Banco adquirir a sua própria dívida, esse montante é retirado ao valor do balanço e a diferença entre o valor de balanço do passivo e o montante despendido na aquisição é registado em resultados. 2.18 Ativos não correntes detidos para venda Os ativos não correntes, ou grupos para alienação, são classificados como detidos para venda sempre que se determine que o seu valor de balanço será recuperado através de venda. Esta condição apenas se verifica quando a venda seja altamente provável e o ativo esteja disponível para venda imediata no seu estado atual. A operação de venda deverá verificar-se até um período máximo de um ano após a classificação nesta rubrica. Uma extensão do período durante o qual se exige que a venda seja concluída não exclui que um ativo, ou grupo para alienação, seja classificado como detido para venda se o atraso for causado por acontecimentos ou circunstâncias fora do controlo do Banco e se mantiver o compromisso de venda do ativo. Imediatamente antes da classificação inicial do ativo, ou grupo para alienação, como detido para venda, a mensuração dos ativos não correntes (ou de todos os ativos e passivos do grupo) é efectuada de acordo com os IFRS aplicáveis. Subsequentemente, estes ativos ou grupos para alienação, são remensurados ao menor valor entre o valor de reconhecimento inicial e o justo valor deduzido dos custos de venda. 2.19 Alteração à política contabilística de reconhecimento de desvios atuariais Em 1 de janeiro de 2013, o Banco alterou a sua política contabilística de reconhecimento de desvios actuariais e financeiros de planos de pensões e outros benefícios pós-emprego de benefício definido (ver 2.15 Benefícios a Empregados), de acordo com as disposições da IAS 19 Revised. Os ganhos e perdas actuariais e financeiras passam a ser reconhecidos no período em que ocorrem directamente nos capitais próprios, na Demonstração de Rendimento Integral. O Banco aplicava, anteriormente, o método do corredor, reconhecendo os ganhos e perdas actuariais no balanço do Banco, estabelecendo um corredor para absorver os ganhos e perdas actuariais e financeiros acumulados que não excedessem 10% do valor das responsabilidades com serviços passados ou 10% do valor dos ativos do Fundo de Pensões, dos dois o maior. Os montantes em excesso do corredor definido seriam amortizados em resultados pelo período de tempo médio até à idade esperada de reforma dos trabalhadores abrangidos pelo plano. A aplicação retrospectiva da política contabilística de reconhecimento de desvios actuariais, acordo com a IAS 8, acarretou os seguintes impactos nos capitais próprios: de 73

Capitais Próprios em 01-01-12 Resultado do Exercício de 2012 Capitais Próprios em 31-12-12 Saldo conforme IAS 19 pre-revised 496 327 2 692 647 639 Ganhos/Perdas actuariais acumulados a 1 de Janeiro de 2012 2 931 2 931 Ganhos/Perdas actuariais do exercício de 2012-2 196 Impostos diferidos afectos a desvios actuariais 3 516 3 516 Saldo conforme IAS 19 revised 502 774 2 692 651 890 3. Gestão do risco financeiro 3.1 Estratégia usada em instrumentos financeiros Face à atividade que desenvolve, o Banco capta recursos essencialmente através de depósitos de clientes e de operações de mercado monetário. Para além da atividade de concessão de crédito, o Banco aplica ainda os recursos captados em investimentos financeiros, em particular, num conjunto de instrumentos que compõem a atual carteira de títulos do Banco. A carteira de títulos - incluindo ativos financeiros disponíveis para venda, investimentos até à maturidade, carteira de negociação e outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados - ascendia no final de 2013 a cerca de 1,8 mil milhões de euros, representando cerca de 19,3% do total do ativo líquido do Banco Popular. A tipologia destes ativos apresentava a seguinte composição: 2,1% de dívida pública portuguesa, 67,5% de dívida pública espanhola, 26,1% de instituições financeiras e 4,3% de outros emissores. Para fazer face ao risco de taxa de juro, o Banco efetuou operações de swap de taxa de juro e operações de mercado monetário, procurando assim controlar a variabilidade do risco de taxa de juro e dos fluxos gerados por estes ativos. a) Cobertura do justo valor Os ganhos e perdas resultantes da reavaliação de derivados de cobertura são registados em resultados. Os ganhos e perdas na variação do justo valor de ativos e passivos financeiros cobertos, correspondentes ao risco coberto, são também reconhecidos em resultados, por contrapartida do valor de balanço dos ativos ou passivos cobertos, no caso de operações ao custo amortizado ou por contrapartida da reserva de reavaliação de justo valor, no caso de ativos disponíveis para venda. Os testes de eficácia de cobertura são devidamente documentados numa base regular, assegurandose a existência de comprovativos durante a vida das operações cobertas. Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos pela contabilidade de cobertura, esta deverá ser descontinuada prospectivamente. b) Cobertura de cash flow Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada probabilidade (cash-flow hedge), a parte efetiva das variações de justo valor do derivado de cobertura são reconhecidas em reservas, sendo transferidas para resultados nos períodos em que o respectivo item coberto afectar resultados. Se for previsível que a operação coberta não se efetuará, os 74

montantes ainda registados em capital próprio são imediatamente reconhecidos em resultados e o instrumento de cobertura é transferido para a carteira de negociação. O Banco possui algum risco de cash-flow no que se refere a posições em aberto em moeda estrangeira. No entanto, face à escassa materialidade da posição global normalmente existente, não são efetuadas quaisquer operações de cobertura da mesma. 3.2 Ativos e passivos financeiros mensurados ao justo valor A Administração do Banco considera que à data de 31 de dezembro de 2013, o justo valor dos ativos e passivos financeiros ao custo amortizado não difere significativamente do correspondente valor de balanço. Na determinação do justo valor de um ativo ou passivo financeiro, se existir um mercado ativo, o preço de mercado é aplicado. No caso de não existir um mercado ativo, o que é o caso para alguns dos ativos e passivos financeiros, são utilizadas técnicas de valorização geralmente aceites no mercado, baseadas em pressupostos de mercado. Os resultados financeiros líquidos de ativos e passivos financeiros ao justo valor não qualificados como de cobertura, inclui um valor de 9 517 milhares de euros (2012: 1 125 milhares de euros). Assim, a variação de justo valor reconhecida em resultados no período analisa-se como segue: Ativos financeiros ao justo valor através de resultados 31-12-2013 31-12-2012 Justo Valor Variação Justo Valor Variação Derivados de negociação Sw aps de taxa de juro 25 505 40 114 38 429 39 706 Sw aps de cotações - - - - Futuros 167-154 - Opções 70 1 433 226 1 990 Ativos financeiros disponíveis para venda Instrumentos de dívida emitidos por residentes 92 002-29 950 529 888 - Instrumentos de capital emitidos por residentes 614-611 - Instrumentos de dívida emitidos por não residentes 1 611 456 41 339 574 795-1 192 Instrumentos de capital emitidos por não residentes 63-65 - Passivos financeiros ao justo valor através de resultados Derivados de negociação Sw aps de taxa de juro 29 456-43 240 39 817-39 602 Sw aps de cotações - - - - Futuros 68-138 - Opções 105-179 226 223 9 517 1 125 O quadro seguinte classifica as mensurações do justo valor dos ativos e passivos financeiros do Banco, baseando-se numa hierarquia do justo valor que reflete o significado dos inputs utilizados na mensuração, conforme os seguintes níveis: - Nível 1: preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos; - Nível 2: inputs diferentes dos preços cotados incluídos no Nível 1 que sejam observáveis para o ativo ou passivo, quer diretamente (i.e., como preços), quer indiretamente (i.e., derivados dos preços); 75

- Nível 3: inputs para o ativo ou passivo que não se baseiam em dados de mercado observáveis (inputs não observáveis). Ativos e Passivos mensurados ao justo valor Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total Ativos financeiros detidos para negociação Títulos de rendimento variável 2 879 45 222 48 101 4 953 12 976 17 929 Derivados 25 742 25 742 38 809 38 809 Outros Ativos financeiros ao justo valor através de resultados 31-12-2013 31-12-2012 Títulos de rendimento fixo 24 983 24 983 32 954 32 954 Ativos financeiros disponíveis para venda Títulos de dívida 1 698 580 4 879 1 703 459 1 099 491 5 192 1 104 683 Títulos de capital 677 677 676 676 Derivados de cobertura 103 103 0 Total dos Ativos mensurados ao justo valor 1 726 442 30 724 45 899 1 803 065 1 137 398 44 001 13 652 1 195 051 Passivos financeiros detidos para negociação (Derivados) 29 629 29 629 40 181 40 181 Derivados de cobertura 101 883 101 883 128 563 128 563 Total dos Passivos mensurados ao justo valor 0 131 512 0 131 512 0 168 744 0 168 744 3.3 Risco de crédito O Banco assume exposições de risco de crédito, que é o risco da possível perda causada pelo incumprimento das obrigações contratuais das contrapartes da entidade. No caso dos financiamentos produz-se como consequência da não recuperação do capital, juros e comissões, nos termos da dívida, prazos e demais condições estabelecidas nos contratos. No que se refere a riscos fora de balanço, deriva do incumprimento pela contraparte das suas obrigações perante terceiros, o que implica que a entidade os assuma como próprios em função do compromisso contraído. O Banco estrutura os níveis de risco de crédito que assume através de limites estabelecidos de montantes de risco aceitável em relação ao mutuário ou grupo de mutuários e a segmentos geográficos e industriais. A exposição ao risco de crédito é gerida através de uma análise regular da capacidade de mutuários e potenciais mutuários de satisfazer obrigações de pagamento de capital e juros, e por alterar estes limites de empréstimos quando apropriado. Exposições a risco de crédito são também geridas em parte pela obtenção de colaterais e garantias pessoais ou empresariais. - Colaterais O Banco utiliza uma diversidade de políticas e práticas de forma a mitigar o risco de crédito. A mais tradicional é a obtenção de garantias colaterais aquando do adiantamento de fundos. O Banco implementa orientações em relação à aceitabilidade de classes específicas de colateral ou de mitigação do risco de crédito. Os principais tipos de colateral para créditos e valores a receber são: - Hipotecas sobre imóveis; - Penhores de aplicações efetuadas no Banco; - Penhor de ativos como instalações, inventários e contas a receber; 76

- Penhor sobre instrumentos financeiros, como títulos de dívida e ações. Financiamentos de longo prazo a entidades empresariais e individuais, são geralmente garantidos; créditos individuais de baixo valor e recorrentes geralmente não têm garantia. Adicionalmente, com o intuito de minimizar a perda, no momento em que existem indicadores de imparidade para os créditos e valores a receber, o Banco procura colaterais adicionais das contrapartes relevantes. O colateral detido para ativos financeiros, que não empréstimos e adiantamentos, é determinado pela natureza do instrumento. Instrumentos de dívida, tesouro e outros títulos geralmente não se encontram colaterizados. - Compromissos de concessão de crédito O objectivo principal destes instrumentos é assegurar que os fundos são disponibilizados a um cliente à medida que este os requisite. Compromissos de extensão de crédito representam partes não utilizadas de autorizações para estender o crédito na forma de empréstimos, garantias ou letras de crédito. Relativamente ao risco de crédito em compromissos de extensão de crédito, o Banco está potencialmente exposto a uma perda no montante igual ao total dos seus compromissos não utilizados. Contudo, o montante provável de perda é muito menor que a soma dos compromissos não utilizados em virtude dos compromissos de extensão de crédito serem revogáveis e estarem dependentes dos clientes manterem uma qualidade de crédito específica. O Banco monitoriza o prazo de vencimento de compromissos de crédito pois os compromissos de longo-prazo têm geralmente um maior grau de risco de crédito do que compromissos a curto-prazo. - Exposição máxima ao risco de crédito Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a exposição máxima ao risco de crédito analisa-se como segue: 31-12-2013 31-12-2012 Balanço Disponib. em outras instit. de crédito 174 427 54 743 Ativos financeiros detidos para negociação 25 742 38 809 Outros ativos fin. justo valor através resultados 24 983 32 954 Ativos financeiros disponíveis para venda 1 703 458 1 104 683 Aplicações em instituições de crédito 1 268 822 269 818 Crédito a clientes 5 249 457 5 835 386 Investimentos detidos até à maturidade - 723 879 Outros ativos 247 492 82 343 8 694 381 8 142 615 Fora de Balanço Garantias financeiras 429 755 458 426 Outras garantias 109 716 104 828 Compromissos de concessão de crédito 788 982 694 372 Créditos documentários 39 885 41 453 1 368 338 1 299 079 Total 10 062 719 9 441 694 O quadro acima representa o pior cenário a nível de exposição do Banco a risco de crédito a 31 de dezembro de 2013 e 2012, sem ter em consideração qualquer colateral detido ou outras melhorias de crédito. Para ativos no balanço, a exposição acima é baseada na sua quantia escriturada como reportada na face do Balanço. 77

Tal como se pode verificar no quadro acima, 60,0 % do total da exposição máxima resulta de crédito a clientes (2012: 69,2%). A gestão está confiante na sua capacidade de continuar a controlar e manter uma exposição mínima ao risco de crédito do Banco, que resulta maioritariamente da sua carteira de crédito a clientes, baseando-se no seguinte: - 59% do montante de crédito a clientes têm garantias reais; - 95% do portfólio de crédito a clientes não se encontra vencido. - Concentração por sector de atividade de ativos financeiros com risco de crédito Os quadros abaixo apresentam a exposição do Banco de acordo com os valores de balanço dos ativos (excluindo juros corridos), discriminados por sector de atividade: Instituições Sector Construção Outras Particulares 3 1-12 - 2 0 13 Financeiras Público e Act. Imob. Indústrias Serviços Habitação O.Créditos Disponib. em outras instit. de crédito 174 427 Ativos financ. detidos p/ negociação 48 400 13 862 167 10 224 1 190 Out. ativos fin. justo valor através result. 24 983 Ativos financ. disponíveis para venda 382 761 564 912 756 463 Aplicações em instituições de crédito 1 268 697 Crédito a clientes 4 461 847 068 846 768 2 003 430 1 485 564 314 869 Ativos não correntes detidos p/ venda 20 747 Outros Ativos 132 689 18 221 2 052 704 587 594 860 930 846 935 2 770 117 1 485 564 316 059 Instituições Sector Construção Outras Particulares 3 1-12 - 2 0 12 Financeiras Público e Act. Imob. Indústrias Serviços Habitação O.Créditos Disponib. em outras instit. de crédito 54 743 Ativos financ. detidos p/ negociação 20 972 11 696 6 490 17 355 225 Out. ativos fin. justo valor através result. 25 163 7 791 Ativos financ. disponíveis para venda 655 492 449 867 Aplicações em instituições de crédito 269 525 Crédito a clientes 29 188 1 250 106 777 756 1 959 758 1 487 020 494 625 Investimentos detidos até à maturidade 233 403 483 074 Outros Ativos 1 044 150 087 631 3 815 1 260 342 1 120 007 1 261 802 784 877 1 977 113 1 487 020 498 665 3.4 Segmentação geográfica de ativos, passivos e extra patrimoniais O Banco opera na sua totalidade no mercado nacional, não sendo relevante a apresentação por segmento geográfico, visto que não existe uma componente identificável dentro de um ambiente económico específico e que esteja sujeito a riscos ou benefícios diferenciáveis de outros. 3.5 Risco de mercado O risco de mercado é definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido a movimentos desfavoráveis no preço de mercado dos instrumentos da carteira de negociação, provocados por flutuações em cotações de ações, taxas de juro e taxas de câmbio. 78

Em 31 de dezembro de 2013, a carteira de títulos do Banco ascendia a cerca de 1,8 mil milhões de euros, dos quais apenas cerca de 73 milhões de euros estavam classificados como ativos financeiros detidos para negociação e outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados. O Banco utiliza o Value at Risk (VaR) como instrumento da gestão do risco da carteira de negociação. - Análise de sensibilidade No âmbito do exercício de stress-test o Banco Popular efetua uma análise de sensibilidade a oscilações de 30% dos índices acionistas. Refira-se adicionalmente que, à data de referência, o risco de mercado (instrumentos de dívida) representava cerca de 0,2% dos requisitos de fundos próprios, calculados no âmbito da Instrução 23/2007 do Banco de Portugal. 3.6 Risco de taxa de câmbio O contravalor, em milhares de euros, dos elementos à vista do ativo e do passivo expresso em moeda estrangeira decompõe-se como segue: 31 de Dezembro de 2013 USD GBP CHF JPY CAD AUD NOK Outros Activos Caixa 704 123 136 44 9 63 3 8 Disponib. em O.I.C.'s 87 744 19 902 269 8 9 941 5 452 2 056 210 Ativos financ. dispon. p/ venda 46 - - - - - Aplicações em instit. de crédito - 547 - - - - Crédito a clientes 1 879 22 - - - - 1 - Outros Ativos 987 62 4-5 - - - 91 360 20 656 409 52 9 955 5 515 2 060 218 Passivos Recursos de O.I.C.'s 130 135 12 238-34 - - - 12 Recursos de clientes 93 121 8 219 225-10 039 5 593 2 052 123 Outros passivos 1 147 33 21 5 2 - - 3 224 403 20 490 246 39 10 041 5 593 2 052 138 Cambiais a prazo 134 047 - - - - Posições de balanço líquidas 1 004 166 163 13-86 - 78 8 80 31 de Dezembro de 2012 Total de Ativos 183 294 8 616 540 49 1 308 9 881 3 209 273 Total de passivos 188 061 8 572 355 21 1 314 9 986 3 226 200 Posições de balanço líquidas - 4 767 44 185 28-6 - 105-17 73 - Análise de sensibilidade A atividade do Banco Popular Portugal em moeda estrangeira consiste em efetuar transações tendo por base operações com clientes. Neste quadro, a posição cambial global do Banco é tendencialmente nula. Assim, como se pode constatar, qualquer que seja o impacto em termos cambiais nos preços das moedas, o impacto em termos de resultados para o Banco é financeiramente imaterial, razão pela qual não são efetuadas análises de sensibilidade. 79

3.7 Risco de taxa de juro O risco avalia o impacto na margem financeira e nos fundos próprios como resultado de variações nas taxas de juro do mercado. O risco de taxa de juro do balanço é medido por um modelo de repricing gap sobre os ativos e passivos susceptíveis a variações de taxa de juro, em consonância com a instrução nº 19/2005 do Banco de Portugal. De um modo sucinto, este modelo agrupa os ativos e passivos sensíveis a variações em intervalos de tempo fixos (datas de vencimento ou de primeira revisão de taxa de juro, quando a mesma está indexada), a partir dos quais se calcula um impacto potencial sobre a margem de intermediação. Gap de vencimentos e reapreciações da Actividade do Banco em 31 de Dezembro de 2013 Até 1 mês De 1 a 3 meses De 3 a 12 meses De 1 a 5 anos Insensível Caixa e Disponib. em B.Centrais e OIC's - - - - 54 114 54 114 Mercado monetário 401 153 1 004 891 - - 37 205 1 443 249 Crédito a clientes 1 372 518 2 421 740 1 176 867 226 607 51 724 5 249 456 Mercado de títulos 104 730 152 784 104 075 1 366 852 74 521 1 802 962 Outros ativos - - - - 672 392 672 392 Total do Ativo 1 878 401 3 579 415 1 280 942 1 593 459 889 956 9 222 173 Total Mercado monetário 1 749 335 204 017 252 703 1 013 750 6 770 3 226 575 Mercado de depósitos 853 398 735 845 1 466 020 1 114 255 47 060 4 216 578 Mercado de títulos 558 844 31 045 149 075 124 422 1 869 865 255 Outros passivos - - - - 247 877 247 877 Total do Passivo 3 161 577 970 907 1 867 798 2 252 427 303 576 8 556 285 Gap -1 283 176 2 608 508-586 856-658 968 586 380 Gap Acumulado -1 283 176 1 325 332 738 476 79 508 665 888 Gap de vencimentos e reapreciações em 31 de Dezembro de 2012 Gap -1 107 078 2 557 651 107 694-1 508 625 597 997 Gap Acumulado -1 107 078 1 450 573 1 558 267 49 642 647 639 - Análise de sensibilidade De acordo com o modelo acima referido, o Banco calcula o impacto potencial sobre a margem financeira e sobre a situação líquida. No quadro seguinte, o modelo considera um cenário em que existe um impacto imediato de 1% nas taxas de juro, i.e., na data de revisão das taxas de juro, pelo que, quer das operações ativas quer das operações passivas, as novas taxas passam a incorporar este efeito. 80

Até 1 mês De 1 a 3 meses De 3 a 12 meses Mais de 12 meses Insensível Caixa e Disponib. em B.Centrais e OIC's - - - - 54 114 54 114 Mercado monetário 401 153 1 004 891 - - 37 205 1 443 249 Crédito a clientes 1 372 518 2 421 740 1 176 867 226 607 51 724 5 249 456 Mercado de títulos 104 730 152 784 104 075 1 366 852 74 521 1 802 962 Outros ativos - - - - 672 392 672 392 Total do Ativo 1 878 401 3 579 415 1 280 942 1 593 459 889 956 9 222 173 Mercado monetário 1 749 335 204 017 252 703 1 013 750 6 770 3 226 575 Mercado de depósitos 853 398 735 845 1 466 020 1 114 255 47 060 4 216 578 Mercado de títulos 558 844 31 045 149 075 124 422 1 869 865 255 Outros passivos - - - - 247 877 247 877 Total do Passivo 3 161 577 970 907 1 867 798 2 252 427 303 576 8 556 285 Gap -1 283 176 2 608 508-586 856-658 968 586 380 Gap acumulado -1 283 176 1 325 332 738 476 79 508 665 888 Impacto com Aumento de 1% - 535 220 9 356 Impacto Acumulado - 535-315 9 041 Total Efeito Acumulado 9.041 Margem Financeira 121 248 Gap Acumulado 7,46% 3.8 Risco de liquidez O controlo do risco de liquidez procura assegurar que a instituição disponha de fundos líquidos para fazer face, a cada momento, às suas obrigações de pagamento. O Banco está exposto a pedidos diários de recursos monetários disponíveis de contas correntes, empréstimos e garantias, necessidades de contas margem e outras relacionadas com derivados liquidados em dinheiro. O Banco não detém recursos monetários para satisfazer todas estas necessidades, pois a sua experiência revela que a proporção de fundos que irão ser reinvestidos na maturidade pode ser prevista com um elevado nível de certeza. A Gestão define limites para a proporção mínima de fundos disponíveis para satisfazer os pedidos e para o nível mínimo de facilidades interbancárias e outros empréstimos que devem estar disponíveis para cobrir os levantamentos e níveis inesperados de procura. O processo de gestão de liquidez, como efectuado no Banco, inclui: - As necessidades de funding diárias que são geridas pela monitorização dos fluxos de caixa futuros de modo a garantir que os requisitos são cumpridos. Isto inclui reposição de fundos à medida que maturam ou são emprestados a clientes; - Manutenção de uma carteira de ativos com elevada liquidez que possam ser facilmente liquidados como proteção contra qualquer interrupção imprevista de fluxos de caixa; - Monitorização de rácios de liquidez tendo em conta os requisitos externos e internos; - Gestão da concentração e perfil das maturidades da dívida, recorrendo ao Gap de liquidez. A monitorização e relato assumem a forma de mensuração de fluxos de caixa e projeções para o dia, semana e mês seguinte, uma vez que estes são períodos importantes na gestão de liquidez. O ponto de partida para estas projeções é uma análise da maturidade contratual dos passivos financeiros e da data expectável dos fluxos de caixa dos ativos. A tesouraria também monitoriza o grau de compromissos de concessão de crédito não utilizados, o uso de facilidades de descoberto e o impacto de passivos contingentes como cartas de crédito e garantias. 81

No que diz respeito à análise ao risco de liquidez, para além das obrigações a que está sujeito para com o Banco de Portugal, nos termos da instrução nº 13/2009, o Banco ainda recorre ao conceito de Gap de liquidez, ou seja, a partir do balanço do Banco, em 31 de dezembro de 2013, tendo por base os vencimentos das operações ativas e passivas, obtém-se um diferencial entre os vencimentos referidos (positivo ou negativo) segundo os prazos residuais de vencimento das operações que se denominam GAP s de Liquidez. O quadro seguinte apresenta o balanço do Banco (sem juros corridos), no final do mês de dezembro de 2013, com as principais classes agrupadas por prazos de vencimento: Gap de liquidez do Balanço em 31 de Dezembro de 2013 Até 1 mês De 1 a 3 meses De 3 a 12 meses de 1 a 5 anos Mais de 5 anos Caixa e saldos em bancos centrais 54 114 Disponibilidades em outras I.C.'s 174 427 Ativos financeiros detidos p/ negociação 48 101 Outros ativos fin.ao justo valor 24 983 Ativos financeiros disponíveis para venda 37 098 26 430 698 376 942 233 Aplicações em I.C.'s 1 190 406 73 904 3 239 1 148 Crédito a clientes 652 423 389 178 954 316 1 411 894 1 821 527 Investimentos detidos até à maturidade Outros ativos 355 317 22 459 190 819 214 Total do Ativo 2 108 823 463 399 1 079 528 2 301 089 2 765 122 Recursos de bancos centrais 400 000 895 000 Recursos de outras I.C.'s 1 335 387 202 842 260 026 118 750 Recursos de clientes 1 584 761 746 659 1 402 599 444 559 Responsabilidades represent. por títulos 16 214 29 679 692 143 125 350 Outros passivos 10 228 4 309 8 064 793 7 328 Total do Passivo 3 346 590 983 489 2 362 832 1 465 702 126 078 Gap -1 237 767-520 090-1 283 304 835 387 2 639 044 Gap Acumulado -1 237 767-1 757 857-3 041 161-2 205 774 433 270 Gap de liquidez a 31 de Dezembro de 2012 Gap -2 040 962-413 011-660 713 208 187 3 197 651 Gap Acumulado -2 040 962-2 453 973-3 114 686-2 906 499 291 152 - Exposições fora de Balanço (Risco de liquidez) Com referência a 31 de dezembro de 2013, os prazos dos montantes contratuais dos instrumentos financeiros fora de Balanço do Banco que o comprometem a estender o crédito a clientes e outras facilidades, analisam-se como segue: 31-12-2013 Até 1 mês De 1 a 3 meses De 3 a 12 meses De 1 a 5 anos Mais de 5 anos Sem Prazo Passivos eventuais: Créditos documentários - - - - - 39 885 Garantias e avales 2 760 7 396 16 174 198 679 2 012 312 449 Compromissos: Irrevogáveis - - - - - - Revogáveis 51 652 92 439 285 120 8 990 91 501 259 280 Total 54 412 99 835 301 294 207 669 93 513 611 614 82

3.9 Risco operacional O Banco Popular Portugal, interpreta o Risco Operacional tal como o define o acordo de Basileia II ou seja, o risco de perdas resultantes da aplicação inadequada ou negligente de procedimentos internos, de comportamentos das pessoas e de inadequado funcionamento de sistemas ou de causas externas. O processo de gestão assenta numa análise por área funcional inventariando os riscos inerentes às funções e tarefas específicas de cada órgão da estrutura. Envolvendo toda a organização, o método de gestão é assegurado pelas seguintes estruturas: Comité Executivo (CE) estrutura de alta direção responsável primeiro pelas orientações e políticas de gestão, estabelecimento e acompanhamento dos limites de apetite e tolerância ao risco. Departamento de Gestão de Risco (DGR) integra unidade dedicada exclusivamente à gestão do risco operacional. Tem a responsabilidade da dinamização e coordenação das restantes estruturas na aplicação das metodologias e utilização das ferramentas corporativas de suporte ao modelo. Responsáveis de Risco Operacional (RRO) abrangendo a base da organização, são elementos nomeados pelas hierarquias de cada unidade orgânica aos quais compete o papel de facilitador e dinamizador do modelo de gestão do risco operacional. No processo de gestão do risco operacional, assumem ainda papel relevante as estruturas de auditoria, controlo interno e segurança do Banco. 3.10 Atividades fiduciárias O Banco fornece custódias, garantias, serviços de administração empresarial, gestão de investimentos e serviços de aconselhamento a terceiras partes. Estas atividades exigem a alocação de ativos e transações de compra e venda em relação a uma vasta gama de instrumentos financeiros. Esses ativos, que são mantidos em capacidade fiduciária, não são incluídos nestas demonstrações financeiras. À data de 31 de dezembro de 2013, o Banco mantinha custódia de contas de investimento no montante de 5 214 227 milhares de euros (2012: 5 940 400 milhares de euros) e ativos financeiros administrados, estimados em 121 236 milhares de euros (2012: 134 642 milhares de euros). 3.11 Gestão e divulgações de capital Os principais objectivos da gestão de capital no Banco são cumprir os requisitos mínimos definidos pelas entidades de supervisão em termos de adequação de capital e assegurar o cumprimento dos objectivos estratégicos do Banco em matéria de adequação de capital. A definição da estratégia a adoptar em termos de gestão de capital é da competência do Conselho de Administração do Banco. Em termos prudenciais, o Banco está sujeito à supervisão do Banco de Portugal, que estabelece as regras que a este nível deverão ser observadas pelas diversas instituições sob a sua supervisão. Estas regras determinam um rácio mínimo de fundos próprios totais em relação aos requisitos exigidos pelos riscos assumidos, que as instituições deverão cumprir. 83

O quadro seguinte explicita assim a composição do capital regulamentar e dos rácios de fundos próprios do Banco para os períodos em questão no dia 31 de dezembro. Durante estes dois períodos, o Banco cumpriu com todos os requisitos de capital a que está sujeito. Tier 1 Capital 31-12-13 31-12-12 Acções 476 000 476 000 Prémios de emissão 10 109 10 109 Reserva legal 35 221 34 951 Reservas bancárias gerais 230 421 234 694 Resultado do exercício - 31 720 2 692 Menos: Intangíveis - 1 576-1 573 Diferenças de reavaliação elegíveis - 7 038-12 161 Deduções nos termos da Instrução 28/2011-8 529-22 729 Impostos diferidos activos não aceites - 12 050-6 507 Deduções participações empresas seguros - 2 000-2 000 Deduções nos termos da Instrução 120/96-21 441-19 528 Tier 1 Capital total 667 397 693 948 Tier 2 Capital Reservas de reavaliação de activos tangíveis 2 291 2 348 Deduções participações empresas seguros - 2 000-2 000 Tier 2 Capital total 291 348 Fundos próprios elegíveis 667 688 694 296 Activos ponderados pelo risco 6 037 085 6 571 846 Rácio de requisitos de fundos próprios 11,1% 10,6% Core tier I 11,4% 10,9% Tier I 11,1% 10,6% 4. Estimativas e assunções na aplicação de políticas contabilísticas O Banco efetua estimativas e assunções que têm impacto nos valores reportados de ativos e passivos durante o próximo exercício financeiro. Estas estimativas e julgamentos são avaliados continuadamente e concebidos com base em dados históricos e outros factores, como expectativas de eventos futuros. a) Perdas de imparidade em empréstimos O Banco analisa, numa base mensal, a sua carteira de crédito para avaliar eventuais perdas de imparidade. Na determinação do registo, ou não, de perdas de imparidade em resultados, o Banco analisa dados observáveis que indiquem um decréscimo mensurável nos futuros cash flows estimados quer da carteira de empréstimos, quer individualmente para casos específicos dessa mesma carteira. A análise pode indicar, por exemplo, um evento adverso na capacidade do cliente cumprir o pagamento do empréstimo, ou deterioração das condições e indicadores macroeconómicos correlacionados. A gestão usa estimativas baseadas em dados históricos de ativos com riscos de crédito semelhantes e possíveis perdas de imparidade, nesses mesmos ativos. A metodologia e assunções utilizadas nestas estimativas são revistas regularmente para se reduzir quaisquer diferenças entre perdas estimadas e perdas realizadas. 84

b) Justo valor de derivados e de ativos financeiros não cotados O justo valor dos derivados e ativos financeiros não cotados foi determinado com base em métodos de avaliação e teorias financeiras, cujos resultados dependem dos pressupostos utilizados. c) Imparidade de investimentos em capital na carteira de Ativos financeiros disponíveis para venda O Banco determina que existe imparidade em investimentos em capital de ativos financeiros disponíveis para venda, quando se tenha verificado um decréscimo significativo ou prolongado do justo valor, abaixo do seu custo. A quantificação necessária das expressões, significativa e prolongado, exigem juízo profissional. Na realização deste juízo, o Banco avalia entre outros factores, a volatilidade normal no preço da ação. Em complemento, deve ser considerada imparidade quando se verificarem eventos que evidenciem a deterioração da viabilidade do investimento, a performance da indústria e do sector, alterações tecnológicas e cash flows operacionais e financeiros. d) Pensões de reforma e sobrevivência As responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência são estimadas com base em tábuas atuariais e pressupostos de crescimento das pensões e dos salários. Estes pressupostos são baseados nas expectativas do Banco para o período durante o qual irão ser liquidadas as responsabilidades. e) Impostos diferidos O reconhecimento de impostos diferidos ativos pressupõe a existência de resultados e matéria colectável futura. Os impostos diferidos ativos e passivos foram determinados com base na legislação fiscal atualmente em vigor ou em legislação já publicada para aplicação futura. Alterações na interpretação da legislação fiscal podem influenciar o valor dos impostos diferidos reconhecidos. 5. Reporte por Segmentos O Banco desenvolve a sua atividade essencialmente do sector financeiro e direcionada para as empresas, institucionais e clientes particulares. Os produtos e serviços prestados incluem a captação de depósitos, a concessão de crédito a empresas e particulares, serviços de corretagem e custódia, serviços de banca de investimento e ainda a comercialização de fundos de investimento e de seguros de vida e não vida. Adicionalmente, o Banco realiza investimentos de curto, médio e longo prazo nos mercados financeiro e cambial como forma de tirar vantagens das oscilações de preços ou como meio para rendibilizar os recursos financeiros disponíveis. O Banco Popular apresenta a sua atividade através dos seguintes segmentos operacionais: (1) Banca de Retalho, que inclui os subsegmentos de Particulares, Empresários em Nome Individual, Pequenas e Médias Empresas e Instituições Particulares de Solidariedade Social; 85

(2) Banca Comercial, que engloba as Grandes Empresas, as Instituições Financeiras e o Sector Público Administrativo; (3) Outros Segmentos, que agrupa as operações não incluídas nos outros segmentos, designadamente as operações e a gestão referentes à Carteira Própria de Títulos e às Aplicações em Instituições de Crédito. Em termos geográficos o Banco Popular apenas exerce a sua atividade em Portugal. O reporte por segmentos apresenta-se como segue: 31-12-2013 Banca de Retalho Banca Comercial Outros Segmentos Total Juros e rendimentos similares 131 372 92 861 79 579 303 812 Juros e encargos similares 92 630 28 423 61 511 182 564 Rendimento de instrumentos de capital - - 49 49 Rendimentos de serviços e comissões 27 049 8 814 24 794 60 657 Encargos com serviços e comissões 706 299 7 569 8 574 Resultados de Op.Financeiras (líq.) 1 251-3 8 743 9 991 Resultados alienação outros activos - - - 5 241-5 241 Outros Result. de Exploração (líq.) - - - 6 415-6 415 Ativo líquido 3 396 620 1 949 931 3 875 622 9 222 173 Passivo 3 223 902 1 379 279 3 953 104 8 556 285 31-12-2012 Banca de Retalho Banca Comercial Outros Segmentos Total Juros e rendimentos similares 152 487 132 030 81 267 365 784 Juros e encargos similares 101 229 56 259 59 438 216 926 Rendimento de instrumentos de capital - - 55 55 Rendimentos de serviços e comissões 25 042 20 693 29 665 75 400 Encargos com serviços e comissões 483 380 20 256 21 119 Resultados de Op.Financeiras (líq.) 1 720 116 2 210 4 046 Resultados alienação outros activos - - - 7 347-7 347 Outros Result. de Exploração (líq.) 41 263-6 678-6 374 Ativo líquido 3 346 184 2 580 192 2 939 701 8 866 077 Passivo 2 394 391 1 635 816 4 188 231 8 218 438 86

6. Margem Financeira Esta rubrica decompõe-se como segue: 31-12-13 31-12-12 Juros e rendimentos similares de : Disponibilidades 283 601 Aplicações em IC'S 2 322 1 235 Crédito a clientes 224 091 284 293 Outros ativos fin. ao justo valor 1 265 1 352 Outros ativos fin. disp.para venda 60 711 58 744 Investimentos detidos até à maturidade 14 921 19 335 Outros 219 224 303 812 365 784 Juros e encargos similares de : Recursos de Bancos Centrais 8 510 10 005 Recursos de OIC'S 12 138 27 850 Recursos de clientes 108 599 143 805 Responsabilidades representadas por títulos 31 254 16 349 Derivados de cobertura 22 063 18 894 Outros - 23 182 564 216 926 Margem Financeira 121 248 148 858 7. Rendimento de instrumentos de capital O saldo desta rubrica é composto como segue: 31-12-13 31-12-12 Ativos financeiros disponíveis para venda 49 55 49 55 8. Rendimentos e encargos com serviços e comissões Estas rubricas decompõem-se como segue: 31-12-13 31-12-12 Rendimentos de serviços e Comissões Comissões e serviços relac. c/ crédito 19 575 19 247 Comissões de garantias e avales 6 063 7 269 Comissões de meios de cob. e pagamento 16 816 30 467 Comissões de gestão de activos 3 473 4 620 Comissões de angariação de seguros 2 081 1 436 Comissões de manutenção de contas 5 183 4 836 Comissões de processamento 1 673 1 957 Montagem de operações 2 310 2 357 Outros 3 483 3 211 60 657 75 400 Encargos com serviços e Comissões Comissões de meios de cob. e pagamento 5 331 18 244 Comissões de gestão de activos 2 163 1 998 Comissões a promotores e angariadores 329 390 Outros 751 487 8 574 21 119 87

9. Resultados líquidos em operações financeiras Esta rubrica é analisada como segue: Ativos e passivos financeiros detidos para negociação 31-12-2013 31-12-2012 Ganhos Perdas Ganhos Perdas Títulos de rendimento fixo - - - 327 Títulos de rendimento variável 411 955 350 526 Instrumentos financeiros derivados 41 547 43 419 41 696 39 826 Ativos e passivos financ. ao justo valor através de resultados 41 958 44 374 42 046 40 679 Títulos de rendimento fixo 428 698 3 861 1 407 428 698 3 861 1 407 Derivados de cobertura ao justo valor 140 098 140 098 146 959 146 959 Ativos e passivos financ. disponíveis para venda Títulos de rendimento fixo 41 347 29 958 317 1 509 41 347 29 958 317 1 509 223 831 215 128 193 183 190 554 Em 2013 o Banco recebeu 52,2 milhares de euros de dividendos em ativos financeiros detidos para negociação (2012: 24,4 milhares de euros). Em 2013 e 2012 o Banco não recebeu quaisquer dividendos de ativos financeiros designados ao justo valor através de resultados. O efeito registado na rubrica de Derivados de cobertura ao justo valor resulta da variação do justo valor dos instrumentos de cobertura (swap de taxa de juro) e das variações de justo valor dos ativos cobertos, decorrentes do risco coberto (taxa de juro). Na medida em que o instrumento coberto se encontra contabilizado na carteira de Ativos financeiros disponíveis para venda, essa variação de justo valor é transferida da Reserva de reavaliação de justo valor para resultados. 10. Resultados de reavaliação cambial Estas rubricas decompõem-se como segue: 31-12-13 31-12-12 Ganhos em diferenças cambiais Na posição à vista 93 207 Na posição a prazo 2 953 1 214 3 046 1 421 Perdas em diferenças cambiais Na posição a prazo 1 758 4 1 758 4 Resultados de reavaliação cambial (liq.) 1 288 1 417 88

11. Resultados de alienação de outros ativos Esta rubrica é analisada como segue: 31-12-13 31-12-12 Ganhos na alienação de ativos tangíveis detidos para venda 1 433 1 343 Ganhos em outros ativos tangíveis 3 112 Ganhos em investimentos detidos até à maturidade 5 065 348 6 501 1 803 Perdas na alienação de crédito a clientes 5 456 - Perdas na alienação de ativos tangíveis detidos para venda 6 286 9 150 11 742 9 150-5 241-7 347 12. Outros resultados de exploração Esta rubrica é analisada como segue: 31-12-13 31-12-12 Contribuições para o FGD - 1 033-1 044 Contribuições para o Fundo de Resolução - 1 420 - Outros encargos operacionais - 1 925-1 982 Imposto municipal sobre imóveis - 1 298-1 973 Outros impostos - 911-846 Contribuição sobre o sector bancário - 3 357-3 999 Remunerações por cedência de pessoal 1 472 1 543 Rendimento de imóveis 476 545 Outros rendimentos e receitas operacionais 1 581 1 382-6 415-6 374 13. Custos com pessoal Esta rubrica é analisada como segue: 31-12-13 31-12-12 Remunerações 41 781 41 890 Encargos sociais obrigatórios: - Encargos relativos a remunerações 11 126 11 348 - Fundo de Pensões 2 397 1 137 - Outros encargos sociais obrigatórios 160 300 Outros custos 845 983 56 309 55 658 89

14. Gastos gerais administrativos Esta rubrica é analisada como segue: 31-12-13 31-12-12 Com fornecimentos Água energia e combustíveis 1 773 1 991 Material de consumo corrente 368 546 Licenças de softw are 254 145 Outros fornecimentos de terceiros 347 451 Com serviços Rendas e alugueres 4 392 4 890 Comunicações 4 164 4 174 Deslocações, estadas e representação 1 134 867 Publicidade e edição de publicações 2 700 2 703 Conservação e reparação 4 170 5 362 Transportes 1 137 1 249 Avenças e honorários 6 420 3 993 Judiciais, contencioso e notariado 2 473 2 391 Informática 8 338 6 324 Segurança, vigilância e limpeza 1 159 1 317 Mão-de-obra eventual 4 575 4 656 Consultores e auditores externos 1 148 1 362 SIBS 1 259 1 218 Serviços prestados pela empresa mãe 3 283 3 548 Outros serviços de terceiros 2 379 3 456 51 473 50 643 15. Impostos O cálculo do IRC do exercício de 2013, foi apurado com base numa taxa nominal de imposto de 25% calculada sobre a matéria colectável, a que acresce a taxa da derrama de 1,5%, que incide sobre o lucro tributável e uma taxa de derrama estadual de 3% que também incide sobre o valor do lucro tributável quando situado entre 1,5 e 10 milhões de euros e de 5% sobre o excedente deste último valor. Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o custo com impostos sobre os lucros reconhecidos em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos e o lucro do exercício antes daquela dotação, podem ser resumidos como segue: 31-12-13 31-12-12 Impostos correntes sobre os lucros Do exercício 662 3 834 Correcção de exercícios anteriores - 1 619 298-957 4 132 Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias - 18 847-466 Total do imposto registado em resultados - 19 804 3 666 Resultado antes de impostos - 51 524 6 358 Carga fiscal -38,4% 57,7% A reconciliação entre a taxa nominal de imposto e a carga fiscal registada nos exercícios de 2013 e 2012, bem como a reconciliação entre o custo / proveito de imposto e o produto do lucro contabilístico pela taxa nominal de imposto, após dedução dos impostos diferidos, analisam-se como segue: 90

31-12-13 31-12-12 Taxa de imposto Valor Taxa de imposto Valor Resultado antes de impostos - 51 524 6 358 Imposto calculado à taxa nominal 25,0% 0 25,0% 1 590 Derrama após efeito dos impostos diferidos 0,0% 0 7,2% 457 Tributações autónomas -1,3% 662 5,6% 354 Variações patrimoniais negativas 0,0% 0 0,0% 0 Benefícios Fiscais 0,0% 0-4,2% - 267 Dividendos 0,0% 0 0,0% 0 Efeito das provisões não aceites como custo 17,1% - 8 824-40,2% - 2 555 Mais-valias / Menos valias 0,0% 0-0,4% - 26 Outras correcções líquidas 6,5% - 3 349 22,0% 1 399 Contribuição sobre o sector bancário 0,0% 0 15,7% 1 000 Reporte de prejuízo fiscal 13,0% - 6 674 20,4% 1 294 Impostos de exercícios anteriores 3,1% - 1 619 6,6% 420-38,4% - 19 804 57,7% 3 666 Informação adicional sobre impostos diferidos ativos e passivos é apresentada na nota 28. 16. Ativos e passivos financeiros classificados de acordo com as categorias da IAS 39 A classificação dos ativos e passivos financeiros de acordo com as categorias da IAS 39 apresenta a seguinte estrutura: 31-12-2013 Registados justo valor Créditos Act. Financ. Derivados Activos Negoc. Op. jº valor a receber disp. venda cobertura não financ. Total Activos Caixa e disponi. em bancos centrais 54 114 54 114 Disponib. em outras inst. de crédito 174 427 174 427 Ativos financ. detidos p/ negociação 73 843 73 843 Out. ativos fin. justo valor atr. result. 24 983 24 983 Ativos financ. disponíveis p/ venda 1 704 136 1 704 136 Aplicações em instit. de crédito 1 268 822 1 268 822 Crédito a clientes 5 249 456 5 249 456 Derivados de cobertura 103 103 Ativos não correntes detidos p/ venda 20 747 20 747 Outros activos 214 284 278.964 493 248 73 843 24 983 6 961 103 1 724 883 103 278 964 9 063 879 31-12-2013 Reg. a justo valor Out. Passivos Derivados Passivos Negociação Financeiros cobertura não financ. Total Passivos Recursos de bancos centrais 1 306 839 1 306 839 Recursos de outras inst. crédito 1 919 736 1 919 736 Passivos financ. det. p/ negociação 29 629 29 629 Recursos de clientes 4 216 578 4 216 578 Responsabilidades repres. por títulos 865 255 865 255 Derivados de cobertura 101 883 101 883 Outros passivos 30 725 30 526 61 251 29 629 8 339 133 101 883 30 526 8 501 171 91

31-12-2012 Registados justo valor Créditos Act. Financ. Inv. detidos Activos Negoc. Op. jº valor a receber disp. venda maturidade não financ. Total Activos Caixa e disponi. em bancos centrais 171 349 171 349 Disponib. em outras inst. de crédito 54 743 54 743 Ativos financ. detidos p/ negociação 56 738 56 738 Out. ativos fin. justo valor atr. result. 32 954 32 954 Ativos financ. disponíveis p/ venda 1 105 359 1 105 359 Aplicações em instit. de crédito 269 818 269 818 Crédito a clientes 5 835 386 5 835 386 Invest. detidos até à maturidade 723.879 723 879 Outros ativos 72 178 349.898 422 076 56 738 32 954 6 403 474 1 105 359 723 879 349 898 8 672 302 31-12-2012 Reg. a justo valor Out. Passivos Derivados Passivos Negociação Financeiros cobertura não financ. Total Passivos Recursos de bancos centrais 1 605 143 1 605 143 Recursos de outras inst. crédito 1 423 759 1 423 759 Passivos financ. det. p/ negociação 40 181 40 181 Recursos de clientes 3 906 941 3 906 941 Responsabilidades repres. por títulos 1 011 248 1 011 248 Derivados de cobertura 128 563 128 563 Outros passivos 23 908 9 916 33 824 40 181 7 970 999 128 563 9 916 8 149 659 17. Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais O saldo desta rubrica analisa-se como segue: 31-12-13 31-12-12 Caixa 49 158 48 664 Depósitos à ordem no Banco de Portugal 4 956 122 685 54 114 171 349 Os depósitos à ordem no Banco de Portugal, de carácter obrigatório, têm por objectivo satisfazer os requisitos legais de constituição de disponibilidades mínimas de caixa. 18. Disponibilidades em outras instituições de crédito O saldo desta rubrica é composto como segue: 92

31-12-13 31-12-12 Disponib. sobre instit. de crédito no país Depósitos à ordem 364 349 Cheques a cobrar 9 793 12 199 Outras disponibilidades 1 333 2 323 11 490 14 871 Disponib. sobre instit. de crédito no estrangeiro Depósitos à ordem 160 580 37 583 Cheques a cobrar 2 357 2 289 162 937 39 872 174 427 54 743 Os cheques a cobrar sobre instituições de crédito no País e no estrangeiro foram enviados para cobrança nos primeiros dias úteis subsequentes às datas em referência. 19. Ativos e passivos financeiros detidos para negociação O Banco utiliza, essencialmente, os seguintes instrumentos derivados: Forward cambial ou câmbio a prazo representa um contrato realizado entre duas partes para a compra ou venda de uma moeda contra outra, a uma determinada taxa de câmbio estabelecida no momento de realização do contrato (preço forward) para uma data futura determinada. A sua finalidade é a de cobertura/gestão do risco cambial, através da eliminação da incerteza quanto ao valor futuro de determinada taxa de câmbio, que através do forward é imediatamente fixada. Swap de taxa de juro em termos conceptuais pode ser perspectivado como um acordo pelo qual duas partes se obrigam a trocar um diferencial de taxas de juro, sobre um montante nocional, durante um determinado período de tempo. Envolve uma única moeda e consiste na troca de cash flows fixos por cash flows variáveis ou vice-versa. A sua finalidade é a de cobertura/gestão do risco de taxa de juro, relativamente ao rendimento de uma aplicação financeira ou ao custo de um financiamento que uma determinada entidade pretenda realizar num determinado momento futuro. O justo valor de instrumentos derivados detidos são discriminados como segue: 31-Dez-2013 Valor contrato Justo Valor (Valor nocional) Activos Passivos Derivados de negociação a) Derivados de moedas estrangeiras Forw ards cambiais 145 525 167 68 b) Derivados de taxas de juro Sw aps de taxa de juro 448 362 25 505 29 456 c) Derivados - outros Opções 63 630 70 105 Total derivados negociação (activos/passivos) 25 742 29 629 93

31-Dez-2012 Valor contrato Justo Valor (Valor nocional) Activos Passivos Derivados de negociação a) Derivados de moedas estrangeiras Forw ards cambiais 22 064 154 138 b) Derivados de taxas de juro Sw aps de taxa de juro 476 751 38 429 39 817 c) Derivados - outros Opções 47 449 226 226 Total derivados negociação (activos/passivos) 38 809 40 181 Em 31 de dezembro de 2013, o justo valor dos outros ativos e passivos financeiros detidos para negociação são apresentados como segue: 31-12-13 31-12-12 Outros ativos financeiros Títulos de rendimento variável Unidades de participação 48 101 17 929 48 101 17 929 Total 48 101 17 929 Total ativos financeiros para negociação 73 843 56 738 Total passivos financeiros para negociação 29 629 40 181 20. Ativos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados Estas rubricas têm a seguinte composição: Ativos 31-12-13 31-12-12 Títulos de rendimento fixo Títulos de dívida pública portuguesa - 7 791 Outros títulos de dívida estrangeiros 24 983 25 163 24 983 32 954 A rubrica de outros títulos de dívida estrangeiros refere-se a cédulas hipotecárias emitidas pelo Grupo Popular Español. Os títulos de dívida pública bem como as cédulas hipotecárias, são geridos, e a sua performance é avaliada, tendo em consideração o seu justo valor em conformidade com as estratégias de políticas de risco e, a informação sobre os referidos ativos é reportada à Administração nessas bases. O Banco não possui passivos financeiros designados ao justo valor. 94

21. Ativos financeiros disponíveis para venda Em 31 de dezembro de 2013, o Banco não possuía instrumentos de capital não cotados classificados como ativos financeiros disponíveis para venda que, pelo facto do justo valor não ser mensurado com fiabilidade, estivessem reconhecidos ao custo (2012: 0 milhares de euros). O saldo desta rubrica analisa-se como segue: 31-12-13 31-12-12 Títulos emitidos por residentes Títulos de dívida pública - ao justo valor 37 802 449 866 Títulos de dívida de outras entidades - ao justo valor 54 200 80 022 Títulos de capital - ao justo valor 615 611 Títulos de capital - ao custo histórico - - 92 617 530 499 Títulos emitidos por não residentes Títulos de dívida pública - ao justo valor 527 110 - Títulos de dívida de outras entidades - ao justo valor 1 084 346 574 795 Títulos de dívida de outras entidades - ao custo histórico - - Outros títulos 63 65 1 611 519 574 860 Total 1 704 136 1 105 359 O Banco possui na carteira de ativos financeiros disponíveis para venda um investimento de 2 337 milhares de euros relativo às obrigações subordinadas (Class D Notes) adquiridas em junho de 2002, aquando da realização pelo Banco de uma operação de titularização de crédito à habitação, no valor de 250 milhões de euros, denominada Navigator Mortgage Finance Number 1. No âmbito da referida titularização, os ativos foram adquiridos por um fundo de titularização de créditos, denominado Navigator Mortgage Finance nº 1 Fundo, que, em simultâneo, emitiu unidades de titularização totalmente subscritas pelo Navigator Mortgage Finance Nº 1 Plc, o qual, também emitiu obrigações, cujas características são as seguintes: Valor nominal Rating Taxa de juro mil euros Standard & Poors Moody's (até Maio de 2035) Class A Notes (Senior) 230 000 AAA Aaa Euribor 3 meses+0,21% Class B Notes (Senior) 10 000 AA Aa2 Euribor 3 meses+0,38% Class C Notes (Senior) 10 000 A A2 Euribor 3 meses+0,55% Class D notes (Subordinada) 4 630 n.a. n.a. n.a. O Banco, nos termos dos contratos assinados, não assumiu qualquer compromisso respeitante a disponibilidades de caixa do emitente, assim como linhas de liquidez, financiamentos, garantias, direitos e proveitos residuais ou quaisquer outros riscos, para além das obrigações subordinadas (Class D Notes). Entidades intervenientes: Navigator Mortgage Finance Nº 1 Fundo, fundo de titularização de créditos português que adquiriu os créditos; Navigator, SGFTC, sociedade gestora de fundos de titularização de créditos que gere o fundo; 95

Navigator Mortgage Finance Nº 1 Plc, sociedade que adquiriu as unidades de titularização e que emitiu as obrigações (Notes). Os dados financeiros mais significativos extraídos das demonstrações financeiras não auditadas do Navigator são como segue: 31-12-13 31-12-12 Ativo líquido 59 267 67 256 Passivo 64 607 71 269 Capital próprio -5 340-4 013 Resultado do exercício -1 327-1 161 22. Aplicações em instituições de crédito Quanto à sua natureza, os créditos sobre instituições de crédito analisam-se como segue: 31-12-13 31-12-12 Aplicações em instit. de crédito no país Depósitos a prazo 3 178 3 171 Empréstimos 192 5 000 Outras aplicações 73 895 80 933 Juros a receber 98 95 77 363 89 199 Aplicações em instit. de crédito no estrang. Depósitos a prazo 187 640 180 354 Outras aplicações 1 003 792 67 Juros a receber 27 198 1 191 459 180 619 1 268 822 269 818 O escalonamento destes créditos por prazos de vencimento é o seguinte: 31-12-13 31-12-12 Até 3 meses 1 264 311 124 365 De 3 meses a 1 ano 3 238 144 005 Mais de 5 anos 1 148 1 155 Juros a receber 125 293 1 268 822 269 818 23. Crédito a clientes O crédito é concedido mediante contratos de empréstimo, incluindo descobertos em depósitos à ordem, e através do desconto de efeitos. O total em balanço é composto, quanto à sua natureza, como segue: 96

31-12-13 31-12-12 Crédito interno Empresas e administrações públicas 3 056 881 3 428 400 Particulares 1 851 513 1 879 063 Habitação 1 453 644 1 455 824 Consumo 45 746 54 502 Outras finalidades 352 123 368 737 4 908 394 5 307 463 Crédito ao exterior Empresas e administrações públicas 35 173 138 088 Particulares 18 772 18 418 Habitação 15 247 15 009 Consumo 36 63 Outras finalidades 3 489 3 346 53 945 156 506 Outros créditos (Titulados) 267 000 302 700 Juros e comissões a receber 8 188 22 077 Crédito e juros vencidos Até 90 dias 19 757 22 651 Mais de 90 dias 253 065 209 133 272 822 231 784 Total Bruto 5 510 349 6 020 530 Menos: Provisão para créditos de cob. Duvidosa 80 231 59 221 Provisão para crédito e juros vencidos 180 653 125 922 Provisão para risco país 9 1 260 893 185 144 Total Líquido 5 249 456 5 835 386 Em 31 de dezembro de 2013, o crédito inclui 907 810 milhares de euros de créditos com garantia hipotecária afectos à emissão de obrigações hipotecárias (2012: 896 653 milhares de euros) (nota 33). O escalonamento dos créditos sobre clientes por prazos de vencimento é o seguinte: 31-12-13 31-12-12 Até 3 meses 1 041 601 1 221 161 De 3 meses a 1 ano 954 316 1 031 834 De 1 a 5 anos 1 411 894 1 539 147 Mais de 5 anos 1 821 528 1 974 527 Duração indeterminada (vencidos) 272 822 231 784 Juros e comissões a receber 8 188 22 077 5 510 349 6 020 530 No decorrer do exercício de 2012, Banco realizou quatro cessões de créditos com a empresa Consulteam (subsidiária do BPE e na qual o Banco não possui qualquer participação), no montante bruto global de 129,8 milhões de euros pelo valor total de 99,2 milhões de euros. Nestas operações foi obtido um resultado positivo no montante de 24,2 milhões de euros devido à anulação de provisões já constituídas. 97

No decorrer do exercício de 2013, Banco realizou quatro cessões de créditos com a empresa Consulteam (subsidiária do BPE e na qual o Banco não possui qualquer participação), no montante bruto global de 166,5 milhões de euros pelo valor total de 152,8 milhões de euros. Nestas operações foi obtido um resultado global negativo no montante de 2,6 milhões de euros. Ainda no decorrer do exercício de 2013, Banco realizou mais quatro cessões de créditos com o Banco Popular Español, no montante bruto global de 411,8 milhões de euros pelo valor total de 396,4 milhões de euros. Nestas operações foi obtido um resultado positivo no montante de 0,4 milhões de euros devido à anulação de provisões já constituídas. Provisões para perdas de crédito a clientes Os saldos e movimentos das contas de provisões para riscos específicos de crédito, decompõem-se como segue: 31-12-2013 31-12-2012 Saldo em 1 de Janeiro 185 144 162 610 Dotações 241 368 252 880 Utilizações 16 495 42 423 Anulações 149 124 187 923 Saldo em 31 de Dezembro 260 893 185 144 Dotações para provisões 241 368 252 880 Reposição e anulações - 149 124-187 923 Recuperações de crédito - 2 854-1 880 Provisões líquidas de anulações e recuperações 89 390 63 077 Qualidade do crédito O quadro abaixo foi elaborado com base nos seguintes pressupostos: - Considerou-se como sinal de incumprimento o facto de o cliente apresentar sinais de imparidade ; - Considerou-se o saldo vencido e vincendo das operações que registam incumprimento nos prazos nas datas de referência; Clientes sem incumprimento Clientes com incumprimento 31-12-13 31-12-12 31-12-13 31-12-12 Particulares Habitação 1 487 998 1 478 913 110 724 125 875 Consumo 47 942 55 640 20 353 22 291 Outros 127 642 123 946 42 284 46 126 1 663 582 1 658 499 173 361 194 292 Empresas Empréstimos 1 617 812 1 906 204 485 539 592 120 Conta corrente 660 039 612 890 58 594 72 244 Outros 762 059 851 890 89 362 132 391 3 039 910 3 370 984 633 495 796 755 4 703 492 5 029 483 806 856 991 047 98

Créditos vencidos mas não em imparidade Na elaboração deste quadro considerou-se o saldo vencido e vincendo das operações que registam incumprimento nos prazos indicados. 31-12-13 31-12-12 até 30 dias de 31 a 60 dias de 61 a 90 dias Total Total Particulares Habitação 63 597 17 366 7 824 88 787 109 024 Consumo 2 113 837 577 3 527 5 814 Outros 12 053 2 958 3 429 18 440 18 859 77 763 21 161 11 830 110 754 133 697 Empresas Empréstimos 54 393 15 832 18 716 88 941 131 367 Conta corrente 133 213 16 362 518 Outros 8 546 3 326 2 186 14 058 21 522 63 072 19 371 20 918 103 361 153 407 Total 140 835 40 532 32 748 214 115 287 104 Créditos individualmente considerados em imparidade A divisão do montante bruto de créditos a clientes individualmente considerados em imparidade é o seguinte: 31-12-13 31-12-12 Particulares Habitação 5 513 6 276 Consumo 1 6 Outros 825 870 6 339 7 152 Em presas Empréstimos 264 199 403 799 Conta corrente 29 917 40 620 Outros 45 975 63 036 340 091 507 455 Total 346 430 514 607 Em resultado de alteração ao modelo de imparidade de crédito são considerados como sinais de incumprimento o facto de um cliente possuir uma operação com crédito vencido há mais de 90 dias ou ter sido declarado insolvente ou ter aderido a um Plano Especial de Revitalização (PER). As operações consideradas em imparidade são agora sujeitas a análise individualizada quando o respectivo cliente apresenta uma exposição superior a 750 milhares de euros. 99

24. Investimentos detidos até à maturidade Esta rubrica é analisada como segue: 31-12-13 31-12-12 Instrumentos de dívida - Residentes Títulos cotados Obrigações de dívida pública portuguesa - 122 258 Juros a receber - 1 686 0 123 944 Instrumentos de dívida - Não Residentes Títulos cotados Obrigações de dívida pública estrangeira - 360 816 Obrigações de outros não residentes - 233 403 Juros a receber - 5 716 0 599 935 TOTAL 0 723 879 No mês de junho de 2013, o Banco procedeu à venda de 210 milhões de títulos de dívida espanhola que se encontravam classificados como investimentos detidos até à maturidade. Em virtude desta venda, e de acordo com o disposto na IAS 39, o Banco no final do mês de junho reclassificou a restante carteira a vencimento para disponíveis para venda sem passar pela conta de resultados. Ainda de acordo com o disposto na IAS 39, o Banco só poderá voltar a ter títulos ao vencimento no exercício de 2016. 25. Ativos não correntes detidos para venda Em 31 de dezembro de 2013, o Banco apenas detinha uma participação financeira na empresa associada Eurovida Companhia de Seguros de Vida, S.A., reconhecida por 20 747 milhares de euros (2012: 22 579 milhares de euros). Os dados financeiros mais significativos extraídos das demonstrações financeiras consolidadas da Eurovida, preparadas segundo as normas IFRS, bem como o impacto da aplicação do método da equivalência patrimonial em 31 de dezembro de 2013, apresentam-se como segue: Dados financeiros consolidados Impacto da aplicação do método da Eurovida em 31-12-2013 da equivalência patrimonial Participação Ativo Capital Resultado Em reservas No resultado efectiva (%) líquido próprio líquido de consolidação líquido 15,9348% 864 155 89 127 28 668-11 113 4 568 100

26. Outros ativos tangíveis Esta rubrica é analisada como segue: 31-12-2013 31-12-2012 Património Imóveis Equipam. artístico Total Total Saldo em 01 de Janeiro Custo de aquisição 130 000 51 244 149 181 393 184.577 Amortizações acumuladas - 40 099-46 695-86 794-84.644 Imparidade acumulada - 6 595-6 595-6.595 Aquisições 388 388 6.859 Transferências Custo de aquisição - 1 982-1 982-9 747 Amortizações acumuladas 1 192 1 192 4 114 Alienações / Abates Custo de aquisição - 1 103-1 103-296 Amortizações acumuladas 781 781 296 Amortizações do exercício - 2 675-2 224-4 899-6.560 Saldo em 31 de Dezembro Custo de aquisição 128 018 50 529 149 178 696 181.393 Amortizações acumuladas - 41 582-48 138-89 720-86.794 Imparidade acumulada - 6 595-6 595-6.595 Valor líquido 79 841 2 391 149 82 381 88.004 27. Ativos intangíveis Esta rubrica é analisada como segue: 31-12-2013 31-12-2012 Softw are Diversos Total Total Saldo em 01 de Janeiro Custo de aquisição 18 610 2 097 20 707 20 767 Amortizações acumuladas - 18 465-2 071-20 536-19 950 Aquisições 125 125 496 Transferências Custo de aquisição 0-556 Amortizações acumuladas 0 88 Amortizações do exercício - 113-11 - 124-674 Saldo em 31 de Dezembro Custo de aquisição 18 735 2 097 20 832 20 707 Amortizações acumuladas - 18 578-2 082-20 660-20 536 Valor líquido 157 15 172 171 101

28. Impostos diferidos Os impostos diferidos são calculados sobre todas as diferenças temporais usando uma taxa efetiva de 24,5%, com exceção das relativas ao prejuízo fiscal em que a taxa utilizada foi de 23% (exceção,5%). Os saldos e os movimentos destas rubricas decompõem-se como segue: Saldo em Por Resultados Por Reservas Saldo em 31-12-12 Custos Proveitos Aumentos Diminuições 31-12-13 Impostos diferidos Ativos Títulos disponíveis para venda 45 875 10 481 34 129 22 227 Ativos tangíveis 5 434 2 090 100 3 444 Provisões tributadas 15 915 5 339 8 659 19 235 Comissões 184 21 163 Prémio de antiguidade 1 032 112 74 994 Provisões RGC 6 546 2 715 8 219 12 050 Outros activos/passivos 7 410 32 10 7 388 Prejuízo fiscal 0 3 648 10 322 6 674 82 396 13 957 27 384 10 481 34 129 72 175 Impostos diferidos Passivos Títulos disponíveis para venda 5 077 9 683 8 487 3 881 Reavaliação de imóveis 185 1 7 179 Participações financeiras 5 413 5 413 0 10 675 1 5 420 9 683 8 487 4 060 29. Outros ativos Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-13 31-12-12 Bonificações a receber do Estado 281 720 Impostos a recuperar 17 940 14 368 Contas caução 133 449 1 044 Outros devedores diversos 61 942 55 689 Outros rendimentos a receber 547 1 091 Despesas com encargo diferido 6 063 6 027 Operações activas a regularizar - Diversos 30 517 8 804 Activos recebidos por recuperação de crédito 286 458 369 100 Imóveis desafectados de serviço próprio disponíveis p/ venda 8 716 10 072 Responsabilidades c/ pensões 84 12 835 Outras operações a regularizar 691 586 546 688 480 336 Provisões p/ Imparidade de Activos receb. por recup. de crédito - 48 342-53 598 Provisões para outros activos - 5 098-4 662 493 248 422 076 Os saldos e movimentos das contas de provisões para outros ativos decompõem-se como segue: Provisões para outros ativos 31-12-13 31-12-12 Saldo em 1 de Janeiro 4 662 654 Dotações 1 991 5 537 Utilizações 1 512 1 527 Anulações 43 2 Saldo em 31 de Dezembro 5 098 4 662 102

O movimento ocorrido nos Ativos recebidos por recuperação de crédito durante os anos de 2013 e 2012 foi o seguinte: Imóveis disponíveis para venda 31-12-2013 31-12-2012 Imóveis não disponíveis Equipam. Total Total para venda Saldo em 01 de Janeiro Valor bruto 363 930 3 865 1 305 369 100 444 020 Imparidade acumulada - 53 390 - - 208-53 598-74 143 Valor líquido 310 540 3 865 1 097 315 502 369 877 Adições Aquisições 102 888 2 570 895 106 353 125 301 Outras 1 783 1 783 9 987 Alienações Valor bruto - 189 302-1 422-190 724-210 208 Transferências 2 873-2 927-54 Perdas de imparidade - 15 977-429 - 16 406-20 236 Utilizações 13 550 408 13 958 31 495 Reversões 7 585 119 7 704 9 286 Saldo em 31 de Dezembro Valor bruto 282 172 3 508 778 286 458 369 100 Imparidade acumulada - 48 232 0-110 - 48 342-53 598 Valor líquido 233 940 3 508 668 238 116 315 502 30. Recursos de bancos centrais Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-13 31-12-12 Recursos de bancos centrais Depósitos 1 295 000 1 595 000 Juros a pagar 11 839 10 143 1 306 839 1 605 143 Quanto à sua duração residual estes recursos decompõem-se como segue: 31-12-13 31-12-12 Exigível a prazo Até 3 meses 400 000 400 000 De 1 a 5 anos 895 000 1 195 000 Juros a pagar 11 839 10 143 1 306 839 1 605 143 103

31. Recursos de outras instituições de crédito O saldo desta rubrica, à vista e a prazo, é composto quanto à natureza, como segue: 31-12-13 31-12-12 Recursos de instituições de crédito no país Depósitos 493 782 189 550 Juros a pagar 2 411 904 496 193 190 454 Recursos de instituições de crédito no estrangeiro Empréstimos 118 750 125 000 Depósitos 143 866 699 294 Oper. venda com acordo recompra 1 160 524 407 874 Outros recursos 83 554 Juros a pagar 320 583 1 423 543 1 233 305 1 919 736 1 423 759 A rubrica de Instituições de crédito no estrangeiro Depósitos inclui essencialmente aplicações efetuadas pelo acionista BPE. Quanto à sua duração residual estes recursos decompõem-se como segue: 31-12-13 31-12-12 Exigível à vista 10 859 13 345 Exigível a prazo Até 3 meses 1 527 370 1 200 488 De 3 meses a 1 ano 260 026 53 439 De 1 a 5 anos 118 750 30 000 Mais de 5 anos 125 000 Juros a pagar 2 731 1 487 1 908 877 1 410 414 1 919 736 1 423 759 32. Recursos de clientes O saldo desta rubrica é composto, quanto à sua natureza, como segue: 31-12-13 31-12-12 Recursos de residentes Depósitos à ordem 721 998 626 877 Depósitos a prazo 3 350 764 2 992 500 Depósitos de poupança 4 902 6 304 Cheques e ordens a pagar 14 087 10 919 Outros recursos 40 44 4 091 791 3 636 644 Recursos de não residentes Depósitos à ordem 21 943 18 617 Depósitos a prazo 64 812 211 694 Cheques e ordens a pagar 33 62 86 788 230 373 Juros a pagar 37 999 39 924 4 216 578 3 906 941 Quanto à sua duração residual estes recursos decompõem-se como segue: 104

31-12-13 31-12-12 Exigível à vista 743 941 645 494 Exigível a prazo Até 3 meses 1 587 479 1 445 996 De 3 meses a 1 ano 1 402 599 1 679 341 De 1 a 5 anos 444 560 96 186 Juros a pagar 37 999 39 924 3 472 637 3 261 447 4 216 578 3 906 941 33. Responsabilidades representadas por títulos O saldo desta rubrica decompõe-se como segue: 31-12-13 31-12-12 Obrigações 2 294 - Obrigações hipotecárias 515 000 515 000 Euro Medium Term Note 346 092 493 907 Juros a pagar 1 869 2 341 865 255 1 011 248 Durante o exercício de 2010, o Banco Popular Portugal constituiu um Programa de Emissão de Obrigações Hipotecárias cujo montante máximo é de 1 500 milhões de euros. No âmbito deste programa, o Banco, em 20 de dezembro de 2010, procedeu à emissão da 1ª Série de obrigações hipotecárias no valor de 130 milhões de euros, em 30 de junho de 2011, à emissão da 2ª Série de obrigações hipotecárias no valor de 225 milhões de euros, em 30 de dezembro de 2011, à emissão da 3ª Série de obrigações hipotecárias no valor de 160 milhões de euros, e em 26 de setembro à emissão da 4ª Série de obrigações hipotecárias no valor de 300 milhões de euros. Esta última emissão foi readquirida, na sua totalidade, pelo Banco. Estas obrigações são garantidas por um conjunto de créditos à habitação e outros ativos que se encontram segregados como património autónomo nas contas do Banco, conferindo assim privilégios creditórios especiais aos detentores destes títulos sobre quaisquer outros credores. As condições da referida emissão enquadram-se no Decreto-Lei nº 59/2006, e nos Avisos nºs 5/2006, 6/2006, 7/2006 e 8/2006 e na Instrução nº 13/2006 do Banco de Portugal. Em 31 de dezembro de 2013, as características destas emissões eram as seguintes: D esig nação V alo r N o minal V alo r d e B alanço D at a d e Emissão D at a d e R eemb o lso Perio d icid ad e do pagº de juros Taxa de juro Rat ing Obrgs hipotecárias 20/12/2014 130 000 130 061 20-12-2010 20-12-2014 M ensal Euribor 1M +1,20% BBB Obrgs hipotecárias 30/06/2014 225 000 225 000 30-06-2011 30-06-2014 M ensal Euribor 1M +1,20% BBB Obrgs hipotecárias 30/12/2014 160 000 160 000 30-12-2011 30-12-2014 M ensal Euribor 1M +1,20% BBB Obrgs hipotecárias 26/09/2015 300 000 0 26-09-2012 26-09-2015 M ensal Euribor 1M +1,20% BBB 105

De referir ainda que o Banco exerceu sobre a 1ª emissão de obrigações hipotecárias a opção de extended maturity date tendo prolongado o prazo da emissão por mais um ano, passando a data de maturidade para dezembro de 2014. Em 31 de dezembro de 2013, o património autónomo afecto a estas emissões ascendia a 913 003 milhares de euros (2012: 901 584 milhares de euros) (ver Nota 23). Durante o exercício de 2011, o Banco Popular Portugal constituiu um Programa de Emissão de Euro Medium Terms Notes cujo montante máximo é de 2,5 mil milhões de euros. No âmbito deste programa, o Banco já procedeu a 34 emissões e em 31 de dezembro de 2013 o saldo do mesmo decompõe-se como segue: Data de Emissão Nº de Série Montante Nº de Títulos Valor nominal unitário Data de Reembolso 29-12-2011 1ª 50 000 500 100 000 29-12-2014 20-04-2012 2ª 10 000 100 100 000 20-04-2015 17-09-2012 4ª 4 060 4 060 1 000 17-09-2014 02-10-2012 6ª 27 630 2 763 10 000 02-10-2014 26-10-2012 10ª 20 000 200 100 000 26-10-2015 13-11-2012 8ª 36 725 26 725 1 000 13-05-2014 26-11-2012 12ª 9 319 9 319 1 000 26-02-2014 11-12-2012 11ª 28 792 28 792 1 000 11-06-2014 20-12-2012 15ª 15 000 15 000 1 000 20-01-2014 21-12-2012 13ª 11 715 11 715 1 000 21-03-2014 21-12-2012 14ª 10 985 10 985 1 000 21-06-2014 21-12-2012 16ª 1 214 1 214 1 000 21-01-2014 12-02-2013 17ª 4 585 4 585 1 000 12-02-2014 12-02-2013 20ª 4 060 4 060 1 000 12-02-2014 18-02-2013 19ª 12 492 12 492 1 000 18-05-2014 26-02-2013 18ª 6 728 6 728 1 000 26-02-2016 26-03-2013 21ª 6 628 6 628 1 000 26-03-2016 12-04-2013 22ª 5 093 5 093 1 000 12-07-2014 30-04-2013 23ª 5 142 5 142 1 000 30-04-2016 28-05-2013 24ª 5 695 5 695 1 000 28-05-2016 25-06-2013 25ª 5 785 5 785 1 000 25-06-2016 30-07-2013 26ª 4 586 4 586 1 000 30-07-2016 27-08-2013 27ª 1 834 1 834 1 000 27-08-2016 13-09-2013 29ª 40 000 4 000 10 000 13-09-2015 19-09-2013 28ª 2 275 2 275 1 000 19-09-2015 30-09-2013 30ª 4 475 4 475 1 000 30-09-2013 21-10-2013 32ª 2 664 2 664 1 000 21-10-2015 30-10-2013 31ª 4 650 4 650 1 000 30-10-2017 29-11-2013 33ª 2 660 2 660 1 000 29-11-2017 30-12-2013 34ª 1 300 1 300 1 000 30-06-2017 346 092 34. Derivados de cobertura A rubrica de derivados detidos para cobertura tem a seguinte composição: 31-12-2013 31-12-2012 Valor Valor de Balanço Valor Valor de Balanço nocional Activos Passivos nocional Activos Passivos Contratos de taxas de juro Sw aps 696 250 103 101 883 706 250-128 563 106

Como referido anteriormente, o Banco cobre parte do seu risco de taxa de juro, resultante de qualquer potencial decréscimo no justo valor de ativos de taxa de juro fixa, usando swaps de taxa de juro. Em 31 de dezembro de 2013, o justo valor líquido dos swaps de taxa de juro de cobertura (ver acima) e de negociação (ver Nota 19) era negativo, no montante de -105 730 milhares de euros (2012: -129 951 milhares de euros). As variações de justo valor associadas aos ativos cobertos e aos respectivos derivados de cobertura encontram-se registadas em resultados do exercício na rubrica de Resultados líquidos em operações financeiras (ver Nota 9). 35. Outras Provisões Os saldos e movimentos das contas de provisões, decompõem-se como segue: Outras Provisões (Passivo) - Movimentos 31-12-13 31-12-12 Saldo em 1 de Janeiro 54 588 61 134 Dotações 25 248 1 850 Utilizações 12 097 - Anulações 16 685 8 396 Saldo em 31 de Dezembro 51 054 54 588 Outras Provisões (Passivo) - Saldos 31-12-13 31-12-12 Provisões para risco país 66 114 Provisões para riscos gerais de crédito 49 186 51 355 Outras provisões 1 802 3 119 51 054 54 588 36. Outros passivos Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-13 31-12-12 Credores por fornecimento de bens 5 119 1 276 Retenção de impostos na fonte 5 654 5 743 Encargos a pagar com o pessoal 11 964 11 842 Outros encargos a pagar 7 988 5 047 Outras receitas com rendimento diferido 2 642 2 203 Operações passivas a regularizar 27 102 7 508 Outras contas de regularização 782 205 61 251 33 824 37. Pensões de reforma O Plano de Pensões do Banco Popular Portugal é um plano de benefício definido que contempla os benefícios previstos no ACT que regulamenta a atividade bancária em Portugal. O fundo assume as responsabilidades com serviços passados dos ex-colaboradores, na proporção do tempo em que tenham estado ao serviço do Banco Popular Portugal. Em contrapartida, é abatido, ao valor das responsabilidades, o valor das responsabilidades com serviços passados dos atuais colaboradores, respeitante ao tempo de serviço prestado noutras instituições do sector bancário. 107

Estas responsabilidades por serviços passados são calculadas em conformidade com as disposições da IAS 19 Revised. Constitui objectivo do Plano de Pensões dos Membros Executivos do Conselho de Administração assegurar o pagamento de pensões de velhice, invalidez e sobrevivência para os membros Executivos do Conselho de Administração do Banco. Com a publicação do Decreto-Lei nº. 1-A/2011, de 3 de janeiro, os colaboradores abrangidos pelo ACT que se encontravam em idade ativa em 4 de janeiro de 2011, passaram a estar abrangidos pelo Regime Geral da Segurança Social (RGSS), no que se refere ao benefício de reforma de velhice. Assim, a partir dessa data, o plano de benefícios definido para os colaboradores abrangidos pelo ACT, no que se refere ao benefício de reforma de velhice, passa a ser financiado pelo Fundo de Pensões e pela Segurança Social. No entanto, mantém-se como responsabilidade do Fundo de Pensões após 4 de janeiro de 2011, a cobertura das responsabilidades por morte, invalidez e sobrevivência, bem como o complemento de velhice de modo a equiparar a reforma dos participantes no Fundo de Pensões aos valores do atual plano de pensões. Seguindo a orientação da nota emitida em 26 de janeiro de 2011, pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, o Banco manteve com referência a 31 de dezembro de 2010, a metodologia de mensuração e reconhecimento das responsabilidades por serviços passados dos colaboradores no ativo, relativas às eventualidades transferidas para o RGSS, utilizada nos anos anteriores. De acordo com o disposto no Decreto-Lei nº. 127/2011, de 31 de dezembro, o Banco Popular Portugal transferiu para a Segurança Social as responsabilidades pelas pensões em pagamento à data de 31 de dezembro de 2011, bem como da parte dos ativos do fundo de pensões que cobriam as referidas responsabilidades. As responsabilidades transferidas ascenderam a 6,3 milhões de euros, tendo já sido integralmente pagas (55% em dezembro de 2011 e 45% em março de 2012). Esta transferência originou o registo na conta de resultados do montante de 795 mil euros devido à afectação da parte proporcional dos desvios atuariais acumulados e dos desvios atuariais originados pela diferença de pressupostos atuariais utilizados no cálculo das responsabilidades transferidas. De acordo com o Decreto-Lei nº. 127/2011, de 31 de dezembro, este valor será dedutível para efeitos de apuramento do lucro tributável, em partes iguais, a partir do exercício iniciado em 1 de janeiro de 2012, em função da média do número de anos de esperança de vida dos pensionistas cujas responsabilidades foram transferidas, tendo sido registados os respectivos impostos diferidos sobre o montante da liquidação reconhecido no resultado do exercício. Até dezembro de 2012, o Banco reconhecia o valor acumulado líquido (após 1 de janeiro de 2004) dos ganhos e perdas atuariais resultantes de alterações nos pressupostos atuariais e financeiros e de diferenças entre os pressupostos atuariais e financeiros utilizados e os valores efetivamente verificados, na rubrica Outros ativos ou Outros passivos Desvios atuariais. Eram enquadráveis no corredor os ganhos ou perdas atuariais acumuladas que não excedessem 10% do valor das responsabilidades com serviços passados ou 10% do valor do fundo de pensões, dos dois o maior. Os valores em excesso do corredor eram amortizados em resultados pelo período de tempo médio até à idade esperada de reforma dos trabalhadores abrangidos pelo plano. Em 1 de daneiro de 2013, e conforme referido em 2.19 Alteração na Política Contabilística de Reconhecimento dos Desvios Atuariais, o Banco Popular alterou a sua política contabilística de reconhecimento de desvios atuariais e financeiros de planos de pensões e outros benefícios pósemprego de benefício definido, de acordo com as disposições da IAS 19 Revised. Os ganhos e 108

perdas atuariais e financeiras passam a ser reconhecidos no período em que ocorrem diretamente nos capitais próprios, na Demonstração de Rendimento Integral. Em 31 de dezembro de 2013, o número de participantes no fundo era de 1 141 (2012: 1 158). A esta data existiam 39 reformados e 11 pensionistas, constituindo o restante colaboradores em atividade. Valor atual das Responsabilidades As responsabilidades assumidas por pensões de reforma e de sobrevivência apresentam-se como segue: Serviços Passados 31-12-13 31-12-12 Responsabilidades no início do exercício 108 961 94 708 Custo do serviço corrente: Banco 1 245 655 Trabalhadores 747 739 Custo dos juros 4 975 4 549 Pensões pagas - 901-706 Desvios actuariais 13 384 9 016 Responsabilidades em 31 de Dezembro 128 411 108 961 Valor atual das responsabilidades 31-12-13 31-12-12 Serviços Passados - Velhice 112 235 96 232 - Pensões em pagamento 16 176 12 729 128 411 108 961 Serviços Futuros - Velhice 46 793 46 291 46 793 46 291 O Banco determina anualmente o valor das responsabilidades com serviços passados através de cálculos atuariais pelo método Projected Unit Credit para as responsabilidades com serviços passados por velhice e método de Prémios Únicos Sucessivos para o cálculo dos benefícios de invalidez e sobrevivência. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de baixo risco, de prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades. As responsabilidades de sobrevivência e invalidez, previstas no ACT e seguráveis, estão cobertas através da subscrição de um seguro de vida Multiproteção para o universo populacional, à exceção daqueles cuja premência de invalidez ou sobrevivência seja considerada imprópria para segurar. Trata-se de um contrato temporário anual renovável em que a Seguradora garante ao Fundo de Pensões do Banco Popular Portugal, SA, em caso de morte ou invalidez de grau igual ou superior a 66%, de acordo com a Tabela Nacional de Incapacidade, verificadas em qualquer das pessoas aderentes constantes do grupo seguro, o pagamento dos capitais contratados. O contrato de seguro foi celebrado com a seguradora Eurovida Companhia de Seguros de Vida S.A., que é uma entidade relacionada com o Banco Popular Portugal, SA. 109

Valor Patrimonial do Fundo Os movimentos ocorridos no valor patrimonial do fundo de pensões foram os seguintes: Valor Patrimonial do Fundo 31-12-13 31-12-12 Valor no início do exercício 121 796 113 703 Contribuições entregues: Entidade Patronal 600 - Trabalhadores 747 739 Rendimento do Fundo 7 935 12 271 Pensões pagas - 901-3 574 Outras variações líquidas - 1 682-1 343 Valor do Fundo em 31 de Dezembro 128 495 121 796 Responsabilidades por serviços passados actuais 128 411 108 961 Nível de Cobertura 100,1% 111,8% Evolução do Valor das Responsabilidades e do Valor Patrimonial do Fundo A evolução das responsabilidades e do valor patrimonial do fundo de pensões nos últimos cinco exercícios foi a seguinte: 31-12-13 31-12-12 31-12-11 31-12-10 31-12-09 Valor atual das responsabilidades 128 411 108 961 94 708 102 746 105 838 Valor Patrimonial do Fundo 128 495 121 796 113 703 118 246 110 346 Activos/(Responsabilidades) líquidos 84 12 835 18 995 15 500 4 508 Nível de cobertura 100,1% 111,8% 120,1% 115,1% 104,3% O Banco Popular Portugal avalia, a cada data de reporte, a recuperabilidade do eventual excesso do justo valor dos ativos do fundo de pensões face às responsabilidades com as pensões de reforma, tendo por base a expectativa de redução em futuras contribuições necessárias. Estrutura dos Ativos do Fundo Em 31 de dezembro, a estrutura da carteira do Fundo de Pensões por classe de ativos era a seguinte: Classes de Activos 31-12-2013 31-12-2012 Títulos de Rendimento Fixo 60,49% 68,57% Títulos de Rendimento Variável 33,49% 18,59% Imobiliário 5,04% 7,70% Liquidez 0,98% 5,14% 100,00% 100,00% 110

Exposição ao Risco de Crédito No que se refere ao risco de crédito dos ativos com características de dívida que compõem os ativos do fundo, a exposição por rating apresentava a seguinte estrutura: Notações 31-12-2013 31-12-2012 AAA 5,35% 3,08% AA 10,42% 3,13% A 19,74% 12,01% BBB 24,95% 41,25% Outros (NR) 39,54% 40,53% 100,00% 100,00% Em 31 de dezembro de 2013, o Fundo possuía 50 obrigações Euro Medium Term Notes (1ª série), emitidas em 29 de dezembro de 2011, pelo Banco Popular Portugal, no montante de 5 194 milhares de euros. Durante o ano de 2013, estas obrigações registaram uma variação de justo valor positiva de 184 milhares de euros. Em 31 de dezembro de 2013, o Fundo possuía ainda 100 Euro Medium Term Notes (6ª série), emitidas em 02 de outubro de 2012, pelo Banco Popular Portugal, no montante de 1 006 milhares de euros, adquiridas em 12 de dezembro de 2013. Custos do exercício Os montantes reconhecidos como custos do exercício decompõem-se como segue: Custos do exercício 31-12-13 31-12-12 Custo do serviço corrente 1 992 1 394 Custo dos juros 4 975 4 549 Rendimento esperado do Fundo - 5 552-5 452 Outros 935 604 Total 2 350 1 095 Ganhos e Perdas Atuariais O montante dos ganhos e perdas atuariais durante os exercícios de 2013 e 2012 decompõem-se como segue: Ganhos e Perdas Actuariais 31-12-13 31-12-12 Ganhos / Perdas actuariais a 1 de Janeiro 735 2 931 Perdas actuariais do ano - responsabilidades - 13 384-9 016 Ganhos actuariais do ano - Fundo 2 382 6 820 Ganhos / Perdas actuariais a 31 de Dezembro - 10 267 735 111

Pressupostos Atuariais Os principais pressupostos atuariais e financeiros utilizados apresentam-se como segue: 31-12-13 31-12-12 Pressup. Real Pressup. Real Taxa de desconto 3,63% 3,63% 4,50% 4,50% Taxa de rendimento esperado dos activos do Fundo 3,63% 6,57% 4,50% 11,04% Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,5% 0,0% 2,0% 0,0% Taxa de crescimento das pensões 1,0% 0,0% 1,0% 0,0% Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90 Tábua de invalidez ERC Frankona ERC Frankona Turnover n.a. n.a. n.a. n.a. Os ganhos e perdas decorrentes dos ajustamentos de experiência e alterações nos pressupostos atuariais são reconhecidos em outro rendimento integral, nos Resultados Transitados, no período em que ocorrem. Análise de sensibilidade aos Principais Pressupostos que contribuem para o Valor das responsabilidades Considerando os impactos mais significativos no valor das responsabilidades, procedeu-se a uma análise de sensibilidade, através de uma variação positiva e negativa dos principais pressupostos que contribuem para o valor das responsabilidades, cujo impacto é analisado como segue: Impacto no valor actual das responsabilidades Variação no pressuposto Aumento no pressuposto Diminuição no pressuposto Taxa de desconto 0,25% Diminuição de 6,2% Aumento de 6,7% Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 0,25% Aumento de 5,1% Diminuição de 4,8% Taxa de crescimento das pensões 0,25% Aumento de 2,6% Diminuição de 2,5% Aumento de 1 ano Diminuição de 1 ano Esperança média de vida Aumento de 3,2% Diminuição de 3,3% As análises de sensibilidade acima são baseadas na alteração de um dado pressuposto, mantendo todas as outras variáveis constantes. Na prática, é improvável que isso ocorra, dado a correlação existente entre os diferentes pressupostos. Ao calcular a sensibilidade do valor das responsabilidades para os pressupostos atuariais significativos foram aplicados os mesmos métodos utilizados para o cálculo das posições de balanço. A metodologia aplicada na realização da análise de sensibilidade não foi alterada face ao anterior período. 112

Quantificação dos impactos na carteira do Fundo das oscilações nas taxas de juro e nos mercados acionistas e imobiliário Com data de referência de 31 de dezembro de 2013, quantificou-se o impacto na carteira do fundo de pensões, através da realização de um stress test, que possa refletir os riscos mais significativos que o fundo de pensões se encontra exposto, considerando oscilações nas taxas de juro e nos mercados acionista e imobiliário e comparou-se o valor do fundo resultante desse impacto com o montante do nível mínimo de solvência. Para o efeito, consideramos dois tipos de choques instantâneos: um choque moderado e um choque severo. Os vários choques são caracterizados da seguinte forma: o risco de taxa de juro é medido através da deslocação paralela da estrutura temporal das taxas de juro, o risco de crédito é avaliado com base na utilização do método standart preconizado pelo acordo de Basileia III e risco de mercado pela alteração do valor das ações e dos fundos de investimento imobiliário. No caso do risco de taxa de juro, o fator de risco consiste, no choque moderado, na subida das taxas em 20% da taxa spot a cinco anos e no choque severo, uma subida de 30%. No que se refere ao risco de mercado, considerou-se, no choque moderado uma desvalorização da carteira de ações em 20% e do imobiliário em 15%, e no choque severo, considerou-se uma queda de 35% nas ações e de 25% no imobiliário O impacto na carteira do fundo de pensões, de um choque moderado para os diversos riscos é o que a seguir se apresenta: Choque Moderado Fator de risco Impacto % Risco de Taxa de juro +20% - 361-0,28 Risco de Crédito: (Basileia III) - 2 608-2,03 Risco de Mercado Ações -20% - 7 642-5,95 Imobiliário -15% - 970-0,75 O impacto, no conjunto dos vários riscos, no valor da carteira de ativos é de -9,01%, o que representa -11 581 milhares de euros (tendo em conta o valor do fundo em 31 de dezembro de 2013). Neste sentido o nível de financiamento das responsabilidades, considerando o nível mínimo de solvência do Instituto de Seguros de Portugal, seria de 177,86%. 113

Para um choque severo, o cenário seria: Choque Severo Fator de risco Impacto % Risco de Taxa de juro +30% - 539-0,42 Risco de Crédito: (Basileia III) - 5 162-4,02 Risco de Mercado Ações -35% - 13 373-10,41 Imobiliário -25% - 1 617-1,26 O impacto, no conjunto dos vários riscos, no valor da carteira de ativos é de -16,11%, o que representa -20 691 milhares de euros. Neste sentido, o nível de financiamento das responsabilidades, considerando o nível mínimo de solvência do Instituto de Seguros de Portugal, seria de 163,99%. Relativamente ao ano anterior, assistiu-se para os 2 cenários, a um aumento dos riscos de taxa de juro e de mercado, embora em termos globais, haja a registar uma diminuição do valor global de potenciais perdas, motivado pelo decremento do risco de crédito na carteira. Adequação entre os ativos financeiros e as responsabilidades Com o objetivo de avaliar a adequação entre os ativos financeiros e as responsabilidades, foi efetuado um ALM de fluxos financeiros. Para o efeito projetaram-se as responsabilidades no cenário de financiamento, assumindo-se os pressupostos da avaliação atuarial atual. Assumiu-se que a população atual é um grupo fechado. Com base no valor das responsabilidades a 31/12/2013, nos custos normais esperados para fazer face ao acréscimo de responsabilidade e no valor esperado das pensões a pagar em cada ano, foram estimadas as responsabilidades esperadas futuras para cada um dos grupos populacionais atualmente existentes, para um horizonte temporal de 20 anos. Assumiu-se igualmente que as saídas em termos de pagamento de pensões, ocorrem em média a meio do ano. Projetaram-se de igual modo os ativos do fundo, para cada um dos anos do referido horizonte temporal, tendo-se estimado para o efeito, os valores esperados dos cash-flows, nomeadamente as contribuições, rendimentos, prémios de seguros, valores de pensões pagas e as comissões do fundo em cada ano. Foi assumida uma rentabilidade futura de 3,63%, correspondente ao pressuposto assumido na avaliação. 114

Os resultados obtidos foram os seguintes: A análise dos resultados permite concluir, assumindo os pressupostos indicados, que poderá haver necessidade do Associado efetuar contribuições extraordinárias futuras, por forma a assegurar o financiamento das responsabilidades do fundo de pensões. Fluxos de caixa futuros esperados Os fluxos de caixa futuros não descontados dos benefícios de pensões apresentam-se como segue: Até 1 ano De 1 a 3 anos De 3 a 5 anos Mais de 5 anos Total Benefício (mensal) 94 114 189 5 255 5 652 38. Passivos e compromissos contingentes O quadro seguinte indica o montante contratual dos instrumentos financeiros extrapatrimoniais do Banco, que obriga à concessão de crédito a clientes. 31-12-13 31-12-12 Passivos eventuais Garantias e avales prestados 539 471 563 255 Créditos documentários 39 885 41 453 Compromissos Irrevogáveis 1 130 026 645 792 Revogáveis 788 982 694 344 2 498 364 1 944 844 115

Em 31 de dezembro de 2013, a rubrica de Compromissos irrevogáveis inclui o montante de 5 314 milhares de euros (2012: 5 314 milhares de euros), referente a responsabilidades a prazo para com o Fundo de Garantia de Depósitos em relação à parte das contribuições anuais que, de acordo com as deliberações do Fundo, não foram pagas em numerário. 31-12-13 31-12-12 Activos dados em garantia Créditos - 1 582 816 Títulos 1 743 700 1 652 475 1 743 700 3 235 291 O montante da rubrica de Ativos dados em garantia inclui 1 743,7 milhares de euros de títulos da carteira própria do Banco destinados, na sua quase totalidade a colaterizar uma linha de crédito irrevogável junto do Banco de Portugal, no âmbito do Sistema de Pagamentos de Grandes Transações (SPGT) e do Mercado de Operações de Intervenção (MOI). Adicionalmente existiam em 31 de dezembro de 2013 e 2012 os seguintes saldos relativos a contas extra patrimoniais: 31-12-13 31-12-12 Depósito e guarda de valores 5 214 227 5 940 400 Valores recebidos para cobrança 92 653 88 992 5 306 880 6 029 392 39. Capital social e Prémios de emissão Em 31 de dezembro de 2013, o capital do Banco era representado por 476 000 milhares de ações com o valor nominal de 1 euro cada, integralmente detidas pelo Banco Popular Español, SA, estando totalmente subscrito e realizado. O montante registado na rubrica Prémios de emissão tem origem nos prémios pagos pelos acionistas nos aumentos de capital social efectuado nos exercícios de 2000, 2003 e 2005. 40. Reservas de reavaliação Os movimentos ocorridos na rubrica de reservas de reavaliação foram os seguintes: Reservas de reavaliação e Justo Valor 31-12-13 31-12-12 Investimentos disponíveis p/ venda Saldo líq. em 1 de Janeiro - 113 155-236 775 Reaval. ao justo valor 79 172 168 190 Impostos diferidos - 22 451-44 570 Saldo em 31 de Dezembro - 56 434-113 155 Reservas de reavaliação ( Diplomas legais ) 2 291 2 348 Saldo em 31 de Dezembro - 54 143-110 807 116

A reserva de reavaliação relativa aos títulos disponíveis para venda resulta da adequação ao justo valor dos títulos em carteira. Estes saldos serão movimentados por contrapartida de resultados no momento da alienação dos títulos que lhes deram origem ou caso se verifique imparidade. A reserva de reavaliação referente à adequação ao justo valor de ativos tangíveis de uso próprio está relacionada com o imóvel da Rua Ramalho Ortigão (Nota 26). A reserva de reavaliação do imobilizado corpóreo, apurada de acordo com o Decreto-Lei nº 31/98, apenas poderá ser movimentada quando se considerar realizada, total ou parcialmente, e de acordo com a seguinte ordem de prioridades: (i) Para corrigir qualquer excedente que se verifique, à data da reavaliação, entre o valor líquido contabilístico dos elementos reavaliados e o seu valor real atual; (ii) Para cobrir prejuízos acumulados até à data a que se reporta a reavaliação, inclusive; (iii) Para incorporação no capital social, na parte remanescente. 41. Outras reservas e resultados transitados Os saldos das contas de reservas e resultados transitados, decompõem-se como segue: 31-12-13 31-12-12 Reserva legal 35 221 34 951 Outras reservas 289 026 286 548 Resultados transitados - 58 605-47 603 265 642 273 896 Os movimentos ocorridos nas rubricas de reservas e resultados transitados foram os seguintes: 31-12-13 31-12-12 Reserva legal Saldo em 1 de Janeiro 34 951 33 607 Transf. Resultados Transitados 270 1 344 Saldo em 31 de Dezembro 35 221 34 951 Outras reservas Saldo em 1 de Janeiro 286 548 273 665 Transf. Resultados Transitados 2 422 12 088 Transf. Reservas de Reavaliação 56 795 Saldo em 31 de Dezembro 289 026 286 548 Resultados transitados Saldo em 1 de Janeiro - 47 603-45 407 Resultado líquido ano anterior 2 692 13 432 Ganhos/perdas actuariais Fundo Pensões - 11 002-2 196 Transf. p/ reserva legal - 270-1 344 Transf. p/ outras reservas - 2 422-12 088-58 605-47 603 265 642 273 896 117

- Reserva legal A reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. A legislação portuguesa aplicável ao sector bancário (Artigo 97.º do Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de dezembro) exige que a reserva legal seja anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro líquido anual, até à concorrência do capital social. 42. Pessoal O número de colaboradores ao serviço do Banco, distribuído por grandes categorias profissionais, analisa-se como segue: 31-12-13 31-12-12 Funções directivas 95 95 Funções de enquadramento 451 450 Funções técnicas e específicas 517 494 Funções administrativas e auxiliares 237 270 1 300 1 309 43. Remunerações dos órgãos de administração e fiscalização e dos colaboradores com funções com responsabilidade de assunção de riscos e controlo Os montantes anuais das remunerações auferidas pelos membros dos órgãos de gestão e de fiscalização, encontram-se discriminados, de forma individual e agregada no quadro em seguida transcrito: Conselho de Administração Remun. Rem. Var. Remun. Fixa Pecuniária Total Rui Manuel Morganho Semedo - Presidente 380 100 480 Carlos Manuel Sobral Cid da Costa Álvares 177 0 177 Conselho Fiscal 557 100 657 Rui Manuel Ferreira de Oliveira - Presidente 10 0 10 António José Marques Centúrio Monzelo - Vogal 6 0 6 Telmo Francisco Salvador Vieira - Vogal 6 0 6 22 0 22 As remunerações auferidas e o número de beneficiários dos colaboradores que desempenham funções com responsabilidade na assunção de riscos por conta do Banco ou dos seus clientes e bem assim aqueles que exercem as funções de controlo previstas no Aviso nº 5/2008 do Banco de Portugal apresentam-se como segue: 118

Número Remun. Rem. Var. Remun. Benef. Fixa Pecuniária Total Comité Executivo 6 953 196 1 149 Gestão do Risco 1 71 6 77 Compliance 1 64 4 68 Gestão de Activos 1 90 7 97 Auditoria 1 58 10 68 10 1 236 223 1 459 44. Honorários da sociedade de revisores oficiais de contas Os montantes pagos à sociedade de revisores oficiais de contas, PricewaterhouseCoopers, durante os exercícios de 2013 e 2012, foram os seguintes: 31-12-13 31-12-12 Revisão legal de contas 113 112 Outros serviços de garantia e fiabilidade 242 256 355 368 45. Relações com entidades relacionadas Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o montante dos créditos e débitos e dos resultados do Banco relativos a entidades relacionadas é o seguinte: Em 31 de dezembro de 2013, as Garantias Prestadas pelo Banco a entidades relacionadas ascendia ao montante de 11 273 milhares de euros (2012: 8 066 milhares de euros). Em 31 de dezembro de 2013 o Banco recebeu depósitos do BPE a garantir o risco de crédito de operações concedidas pelo Banco no montante de 106 129 milhares de euros (2012: 157 153 milhares de euros). As operações com entidades relacionadas são efetuadas a condições normais de mercado. Em 31 de dezembro de 2013, os membros do Conselho de Administração do Banco não possuíam aplicações nem créditos no Banco Popular. 119

46. Caixa e equivalentes de caixa Para efeitos de demonstrações de fluxos de caixa, caixa e equivalentes de caixa compreendem os seguintes saldos com menos de 90 dias de maturidade: 31-12-13 31-12-12 Caixa (Nota 17) 49 158 48 664 Disponib. à vista em outros bancos (Nota 18) 174 427 54 743 Aplicações em I.C.'s com prazo inferior a 3 meses 1 264 311 124 365 1 487 896 227 772 47. Reconciliação das contas em NCA com as IAS/IFRS (conforme disposto na alínea d) do nº 2 da Instrução nº 18/2005 do Banco de Portugal) Caso as demonstrações financeiras individuais do Banco fossem elaboradas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) apresentariam as seguintes alterações: 1) Descrição das alterações de políticas contabilísticas Com a aplicação das IFRS as políticas contabilísticas registariam as seguintes alterações: a) Créditos a clientes As políticas contabilísticas para o crédito a clientes, de acordo com as IFRS, correspondem ao descrito no ponto 2.1 do Anexo às Demonstrações Financeiras, com exceção do regime de provisionamento de crédito do Aviso 3/95 do Banco de Portugal, que é substituído por imparidade determinada de acordo com o modelo a seguir descrito. De acordo com o modelo conceptual que serve de base ao cálculo da imparidade, é efectuada mensalmente uma análise da carteira global de crédito segmentada em três grupos principais: carteira em default, carteira com indícios de imparidade e carteira sem indícios de imparidade. No que respeita à segmentação da carteira para posterior análise, a mesma assenta no agrupamento das operações de crédito em seis grupos distintos, consoante a classificação da contraparte: exposições deterioradas significativas (de entidades com responsabilidades globais acima de 750 milhares de euros); exposições deterioradas homogéneas (relativas aos restantes clientes em situação de default); exposições significativas de clientes com indícios de imparidade (de entidades com responsabilidades globais acima de 750 milhares de euros); exposições homogéneas de clientes com indícios de imparidade (relativas aos restantes clientes que apresentem indícios de imparidade); exposições não deterioradas significativas (de entidades com responsabilidades globais acima de 2.500 milhares de euros); e exposições não deterioradas homogéneas. A análise dentro de cada um dos grupos é efectuada como segue: i) Grupos homogéneos No grupo das exposições homogéneas, é efectuada a análise histórica das frequências relativas de incumprimento ou estimativas dos PD s (probabilidade de default), dos PI s (probabilidade da operação apresentar indícios de incumprimento), dos PID s (probabilidade das operações que apresentem indícios de incumprimento evidenciarem efetivamente o incumprimento) e, no universo de 120

operações com evidência de incumprimento, dos LGD s (loss given default). Em cada subsegmento, é ainda construída uma amostra aleatória representativa da carteira de crédito atual da instituição, para análise casuística e validação dos respectivos LGD s históricos. As probabilidades de default e de indício e de indício se converter em default, calculadas tendo por base carteiras com uma frequência mensal, durante 5 anos entre o primeiro mês do histórico e a data de referência (exclusive), resultam do rácio entre as operações não deterioradas num dado momento e as que apresentem sinais de default ou indício no período emergente seguinte, tendo em consideração as observações nos períodos intermédios. Os períodos emergentes são variáveis consoante as características particulares do segmento homogéneo onde se inserem. A obtenção dos LGD s a aplicar em cada segmento homogéneo resulta de uma análise a uma amostra, constituída de forma aleatória, tendo como base de ponderação da carteira à data de análise, com um intervalo de confiança de 95%. Posteriormente, são obtidos todos os cash-flows históricos que essas operações tiveram, considerando-se ainda, para as operações não liquidadas, estimativas de recuperação assentes essencialmente nos colaterais que as garantam e aplicação de haircuts consoante a antiguidade de avaliação dos mesmos. Para as perdas associadas às exposições extrapatrimoniais (compromissos revogáveis, garantias prestadas e créditos documentários) é aplicado ainda um factor de conversão (CCF) tendo em vista o apuramento da percentagem destas exposições que durante o ano subsequente tenham sido convertidas em exposições patrimoniais. Este factor de conversão é revisto anualmente e resulta da análise à execução de garantias prestadas e da utilização de linhas de crédito disponíveis, ii) Grupo dos significativos deteriorados e em situação de indício de imparidade Estas exposições são objecto de análise individual, no que respeita à estimativa de recuperação de cada uma das operações junto do Banco Popular, tendo em conta a situação concreta de cada cliente e as características das operações, nomeadamente os colaterais obtidos. iii) Grupo dos Significativos não deteriorados A análise a este conjunto de clientes assenta essencialmente na situação atual das operações de crédito (cumprimento/incumprimento) e no estado atual dos colaterais associados às mesmas operações. Para todo o universo de clientes sem sinais de deterioração que usufruíssem de crédito num montante superior a 2 500 milhares de euros, é efectuada uma análise individualizada. Sempre que não tenham sido identificadas perdas por imparidade na análise individual, essas operações foram incluídas nos respectivos segmentos homogéneos não deteriorados, aplicando-se os respectivos PDs, PI s, PID s e LGDs. b) Outros ativos tangíveis Em relação aos imóveis de serviço próprio, na data da transição para as IFRS (1 de janeiro de 2006) foi utilizada a opção prevista na IFRS 1 de considerar como custo estimado o respectivo justo valor, obtido através de avaliações de peritos independentes, considerando-se a diferença para o anterior valor de balanço em resultados transitados como ajustamentos de transição, corrigida de impostos diferidos, passando aquele valor a ser o valor de custo nessa data sujeito a depreciação futura. 121

2) Estimativas dos ajustamentos materiais e reconciliação do balanço, da demonstração de resultados e demonstração de variações em capitais próprios As estimativas dos ajustamentos materiais que decorreriam das alterações de políticas contabilísticas, referidas no ponto anterior, e a reconciliação do balanço, da demonstração de resultados e da demonstração de variações nos capitais próprios em base NCA para as que resultam da aplicação das IFRS são apresentadas nos quadros seguintes: Reconciliação do Balanço em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 Activo (milhares de euros) NCA IFRS NCA IFRS Valor liq. Ajust. Valor. Liq. Valor liq. Ajust. Valor. Liq. Caix a e disponibilidades em bancos centrais 54 114 54 114 171 349 171 349 Disponibilidades em outras instituições de crédito 174 427 174 427 54 743 54 743 Activ os financeiros detidos para negociação 73 843 73 843 56 738 56 738 Outros activ os financ. justo v alor atrav és de resultados 24 983 24 983 32 954 32 954 Activ os financeiros disponív eis para v enda 1 704 136 1 704 136 1 105 359 1 105 359 Aplicações em instituições de crédito 1 268 822 1 268 822 269 818 269 818 Crédito a clientes 5 249 456-43 234 5 206 222 5 835 386-46 229 5 789 157 Inv estimentos detidos até à maturidade 0 0 723 879 723 879 Deriv ados de cobertura 103 103 Activ os não correntes detidos para v enda 20 747 20 747 22 579 22 579 Outros activ os tangív eis 82 381 9 791 92 172 88 004 9 791 97 795 Activ os intangív eis 172 172 171 171 Activ os por impostos correntes 3 566 3 566 1 360 1 360 Activ os por impostos diferidos 72 175-951 71 224 82 396-1 067 81 329 Outros activ os 493 248 493 248 422 076 422 076 Passivo Total de Activo 9 222 173-34 394 9 187 779 8 866 812-37 505 8 829 307 Recursos de bancos centrais 1 306 839 1 306 839 1 605 143 1 605 143 Passiv os financeiros detidos para negociação 29 629 29 629 40 181 40 181 Recursos de outras instituições de crédito 1 919 736 1 919 736 1 423 759 1 423 759 Recursos de clientes 4 216 578 4 216 578 3 906 941 3 906 941 Responsabilidades representadas por títulos 865 255 865 255 1 011 248 1 011 248 Deriv ados de cobertura 101 883 101 883 128 563 128 563 Prov isões 51 054-46 787 4 267 54 588-50 254 4 334 Passiv os por impostos diferidos 4 060 2 399 6 459 10 675 2 595 13 270 Outros passiv os 61 251 61 251 33 824 33 824 Capital 31-12-2013 31-12-2012 Total de Passivo 8 556 285-44 388 8 511 897 8 214 922-47 659 8 167 263 Capital 476 000 476 000 476 000 476 000 Prémios de emissão 10 109 10 109 10 109 10 109 Reserv as de reav aliação - 54 143 5 101-49 042-110 807 4 848-105 959 Outras reserv as e resultados transitados 265 642 5 249 270 891 273 896 3 912 277 808 Resultado do ex ercício - 31 720-356 - 32 076 2 692 1 394 4 086 Total de capital 665 888 9 994 675 882 651 890 10 154 662 044 Total de Passivo + Capital 9 222 173-34 394 9 187 779 8 866 812-37 505 8 829 307 122

Reconciliação da Demonstração de Resultados em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 (milhares de euros) 31-12-2013 31-12-2012 NCA Ajust. IFRS NCA Ajust. IFRS Juros e rendimentos similares 303 812 303 812 365 784 365 784 Juros e encargos similares 182 564 182 564 216 926 216 926 Margem financeira 121 248 0 121 248 148 858 0 148 858 Rendimento de instrumentos de capital 49 49 55 55 Rendimentos de serv iços e comissões 60 657 60 657 75 400 75 400 Encargos com serv iços e comissões 8 574 8 574 21 119 21 119 Resultados de activ os e passiv os av aliados ao justo v alor 0 atrav és de resultados (líquido) - 2 686-2 686 3 821 3 821 Resultados de activ os financeiros disponív eis para v enda (líquido) 11 389 11 389-1 192-1 192 Resultados de reav aliação cambial (líquido) 1 288 1 288 1 417 1 417 Resultados de alienação de outros activ os - 5 241-5 241-7 347-7 347 Outros resultados de ex ploração - 6 415-6 415-6 374-6 374 Produto bancário 171 715 0 171 715 193 519 0 193 519 Custos com pessoal 56 309 56 309 55 658 55 658 Gastos gerais administrativ os 51 473 51 473 50 643 50 643 Depreciações e amortizações 5 023 5 023 7 234 7 234 Prov isões líquidas de reposições e anulações 8 563 8 563-6 546-6 546 Correcções de v alor associadas ao crédito a clientes e v alores a receber de outros dev edores (líq. de reposições e anulações) 89 390 472 89 862 63 077-1 896 61 181 Imparidade outros activ os financ. Líq. de rev ersões e recuperações 0 611 611 Imparidades de outros activ os líquida de rev ersões e recuperações 12 481 12 481 16 484 16 484 Resultado antes de impostos - 51 524-472 - 51 996 6 358 1 896 8 254 Impostos - 19 804-116 - 19 920 3 666 502 4 168 Correntes - 957-957 4 132 4 132 Diferidos - 18 847-116 - 18 963-466 502 36 Resultado líquido do exercício - 31 720-356 - 32 076 2 692 1 394 4 086 123

Reconciliação de variações em capitais próprios, em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 Capital Social Prémio de emissão Reservas de justo valor Outras reservas e Resultados transitados Resultado líquido (milhares de euros) Saldos em 31-12-2013 - NCA 476 000 10 109-54 143 265 642-31 720 665 888 Imparidade de crédito - Ajustamento prov isões regulamentares 4 025-472 3 553 - Impostos diferidos - 1 067 116-951 Valorização de imóv eis de serv iço próprio - Aplicação do justo v alor 7 500 2 291 9 791 - Impostos diferidos - 2 399-2 399 Saldos em 31-12-2013 - IFRS 476 000 10 109-49 042 270 891-32 076 675 882 Total Capital Social Prémio de emissão Reservas de justo valor Outras reservas e Resultados transitados Resultado líquido Saldos em 31-12-2012 - NCA 476 000 10 109-110 807 273 896 2 692 651 890 Imparidade de crédito - Ajustamento prov isões regulamentares 2 128 1 896 4 024 - Impostos diferidos - 564-502 - 1 066 Valorização de imóv eis de serv iço próprio - Aplicação do justo v alor 7 443 2 348 9 791 - Impostos diferidos - 2 595-2 595 Saldos em 31-12-2012 - IFRS 476 000 10 109-105 959 277 808 4 086 662 044 Total O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 124

Declaração do Conselho de Administração 125

Certificação Legal de Contas Individuais 126

127 Relatório e Contas

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 128

129 Relatório e Contas

Relatório sobre a Estrutura e as Práticas do Governo Societário (Nos termos da alínea b), do nº 2, do artigo 70º do Código das Sociedades Comerciais) Exercício de 2013 O Banco Popular Portugal, S.A. (também designado por Banco Popular ou BAPOP) é detido, a 100%, por um único acionista, o Banco Popular Español, S.A. com sede em Madrid, Espanha. As ações do Banco Popular, não estão admitidas à negociação em mercado regulamentado situado ou a funcionar em Portugal. Os órgãos que compõem o governo da Sociedade são a Mesa da Assembleia Geral, o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas. I Assembleia Geral I.1 Membros da Mesa Constituição da Mesa da Assembleia Geral Augusto Fernando Correia Aguiar-Branco - Presidente João Carlos de Albuquerque de Moura Navega - Secretário I.2 Mandatos dos membros da Mesa Os atuais membros da Mesa da Assembleia Geral foram eleitos pela primeira vez em 7 de maio de 2007 e reeleitos para o quadriénio de 2011 2014, em 30 de maio de 2011, terminando os seus mandatos em 31 de dezembro de 2014. I.3 Remuneração do Presidente da Mesa O Presidente da Mesa da Assembleia Geral auferiu uma retribuição mensal de 500,00 euros, num total anual de 6.000,00 euros; o Secretário auferiu uma retribuição mensal de 300,00 euros, num total anual de 3.600,00 euros. I.4 Voto A cada 500 ações corresponde um voto. 130

I.5 Acionistas titulares de direitos especiais O Banco Popular não tem acionistas titulares de direitos especiais. I.6 Regras estatutárias sobre o exercício do direito de voto Os Estatutos do Banco Popular, no seu artigo 11º, estipulam que só tem direito a voto os acionistas detentores de 500 ou mais ações, não havendo outras limitações aos direitos de voto nem é estipulado qualquer prazo para o exercício do direito de voto. De acordo com o artigo 14º, as deliberações serão tomadas por maioria absoluta de votos, salvo no caso da dissolução do Banco, em que a deliberação da Assembleia Geral deve ser tomada por uma maioria de três quartas partes do capital social, e naqueles em que a lei exija maioria qualificada. I.7 Voto por correspondência Não existem quaisquer restrições estatutárias nem regras definidas para o exercício do direito de voto por correspondência. I.8 Intervenção da Assembleia Geral sobre a política de remuneração e avaliação do desempenho dos membros do órgão de administração A Assembleia Geral aprova anualmente a declaração sobre a política de remuneração dos órgãos de administrações e fiscalização apresentada pelo Conselho de Administração nos termos do nº 1, do art. 2º, da Lei nº 28/2009, de 19 de junho de 2009. De igual modo, a Assembleia Geral procede anualmente à apreciação geral da Administração com base na avaliação sobre a evolução da atividade do Banco no exercício anterior. II Órgãos de administração e fiscalização II.1 Identificação e composição dos órgãos da Sociedade Os órgãos de administração e fiscalização da Sociedade são o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas ou Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, órgãos estes eleitos para o quadriénio de 2011 2014, em 30 de maio de 2011. À exceção de Carlos Manuel Sobral Cid da Costa Alvares e de José Ramón Alonso Lobo que foram eleitos em 3 de maio de 2013 e em 21 de março de 2013, respetivamente, cujos mandatos terminam também em 31 de dezembro de 2014. Composição: Conselho de Administração Rui Manuel Morganho Semedo - Presidente Carlos Manuel Sobral Cid da Costa Alvares - Vogal Tomás Pereira Pena Vogal José Ramón Alonso Lobo - Vogal 131

Conselho Fiscal Rui Manuel Ferreira de Oliveira Presidente Telmo Francisco Salvador Vieira Vogal António José Marques Centúrio Monzelo Vogal Ana Cristina Freitas Rebelo Gouveia - Suplente Revisor Oficial de Contas PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda. Representada por Aurélio Adriano Rangel Amado ou José Manuel Henriques Bernardo Revisor Oficial de Contas suplente Jorge Manuel Santos Costa II.2 Delegação de poderes e organograma da Sociedade O Conselho de Administração delegou a gestão corrente de todos os negócios do Banco Popular no seu Presidente, Rui Manuel Morganho Semedo, e no Administrador, Carlos Manuel Sobral Cid da Costa Alvares, nos termos e com os poderes para deliberarem e praticarem, com respeito dos limites legais, todos os atos compreendidos no seu objecto social, designadamente os seguintes: a) Aquisição, alienação ou oneração de bens móveis ou imóveis, bem como constituição e alteração da propriedade horizontal de imóveis propriedade do Banco; b) Abertura ou encerramento de estabelecimentos; c) Extensões ou reduções importantes da atividade do Banco; d) Modificações importantes na organização do Banco; e) Estabelecimento ou cessação de cooperação duradoura com outra empresa; f) Gestão de participações do Banco noutras sociedades, nomeadamente designando os representantes do Banco nos respectivos órgãos sociais e definindo orientações para a atuação desses representantes; g) Contratação, celebração, alteração e rescisão de contratos de trabalho e exercício dos correspondentes poderes diretivo e disciplinar; h) Aprovação das nomeações de funcionários e alterações de condições salariais com exceção de nomeações que respeitem ao último nível da tabela do ACTV; l) Contratação, celebração, alteração e rescisão de contratos de seguro, de empreitada e outros de prestação de serviços; j) Contratação, celebração, alteração e rescisão de contratos de arrendamento e locação financeira, imobiliária ou mobiliária; l) Representação do Banco em juízo e em litígios extrajudiciais, apresentando queixas-crime, comprometendo-se em arbitragens, propondo pleitos judiciais ou defendendo-se deles, podendo confessar, desistir ou transigir em quaisquer processos; m) Constituição de mandatários do Banco para a prática de determinados atos, ou categorias de atos definindo a extensão dos respectivos mandatos; n) Aquisição, alienação e oneração de participações noutras sociedades, desde que as operações em causa estejam incluídas nos planos de negócios aprovados; 132

o) Delineação da organização e os métodos de trabalho do Banco, incluindo elaboração de regulamentos e determinação das instruções que julguem convenientes. Os poderes delegados acima referidos devem ser exercidos, pelo Presidente do Conselho de Administração, Rui Manuel Morganho Semedo, conjuntamente com o Administrador Carlos Manuel Sobral Cid da Costa Alvares. Sempre que entenda ou se justifique, durante o ano, o Presidente, Rui Manuel Morganho Semedo, informará o Conselho de Administração das decisões, atos ou contratos estabelecidos ao abrigo da delegação de poderes. A nível do Governo do Banco Popular, foi criado em 1 de janeiro de 2011, o Comité Executivo no quadro do processo de aperfeiçoamento permanente do modelo de gestão do Banco enquanto unidade do Grupo Banco Popular. A criação deste Comité, que reúne semanalmente, visa agilizar o processo de formação das decisões e tornar mais efetiva a sua execução e seguimento, para responder com maior eficácia às muito exigentes circunstâncias em que o Banco atua. Sem prejuízo do papel reservado ao Conselho de Administração como órgão de gestão estatutário, o Comité Executivo, órgão não estatutário, assegurará, enquadrado pelas grandes orientações do Grupo e do Conselho de Administração, a gestão quotidiana do Banco. O Comité Executivo é constituído por Rui Manuel Morganho Semedo, Presidente do Conselho de Administração, que coordena, Carlos Manuel Sobral Cid da Costa Álvares, Administrador e Diretor Geral de Negócio, José António Matos dos Santos Coutinho, Carla Maria da Luz Gouveia, Jorge Miguel Santos Roldão Gomes, Pedro Miguel da Gama Cunha, Carlos Miguel de Paula Martins Roballo e José Luis Castro Cortizo, todos Diretores Centrais. A atual distribuição dos pelouros pelos membros do Comité Executivo é efectuada conforme o Organograma da Sociedade a seguir apresentado: 133