CAIXAGEST SELECÇÃO EMERGENTES 2008

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CAIXAGEST SELECÇÃO EMERGENTES 2008 Fundo Especial de Investimento Fechado RELATÓRIO & CONTAS 1º Semestre 2008 ÍNDICE AMBIENTE MACRO ECONÓMICO E MERCADOS FINANCEIROS 2 A EVOLUÇÃO DO MERCADO DE FIM EM PORTUGAL 5 RELATÓRIO DE GESTÃO 6 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 7 EM ANEXO: RELATÓRIO DO AUDITOR EXTERNO

CAIXAGEST SELECÇÃO EMERGENTES 2008 AMBIENTE MACRO ECONÓMICO E MERCADOS FINANCEIROS A Conjuntura Económica As incertezas provenientes do mercado de crédito, o abrandamento do mercado habitacional nos EUA e o aumento significativo dos preços das matérias primas, em particular do petróleo, tiveram um forte impacto ao longo do primeiro semestre do ano, quer ao nível do crescimento económico, quer ao nível da confiança dos agentes económicos. Nas economias industrializadas, apesar dos sinais notórios de deterioração do consumo, e em alguma medida do investimento, não se produziu ainda um ajustamento que possa ser caracterizado como recessivo. Nas economias emergentes, o abrandamento foi menos notório. Estas economias continuaram a beneficiar dos sólidos influxos de capital, das políticas monetárias expansionistas, e do nível elevado do preço da maioria das matérias-primas, no caso dos países que são exportadores destes bens. Comum a ambos os blocos esteve a aceleração da inflação, resultado do agravamento dos preços dos bens alimentares e, sobretudo, do petróleo. A economia americana voltou a transmitir durante o primeiro semestre do ano sinais de abrandamento económico, com destaque para o aumento da taxa de desemprego e para a contracção da actividade industrial. O aumento do número de casas para venda continuou a alimentar o pessimismo quanto ao comportamento do investimento residencial. Apesar disso, e da forte queda dos indicadores de confiança dos consumidores, a devolução extraordinária de impostos tem permitido que os indicadores mensais de consumo das famílias continuem positivos. Na Zona Euro, após um crescimento positivo da actividade económica durante os primeiros três meses do ano, em parte suportado por factores climatéricos, os indicadores económicos divulgados a partir daí apontaram inequivocamente para um cenário de menor expansão económica. Sublinhe-se, nesse sentido, a descida, uma vez mais, do nível de confiança dos consumidores, os quais passaram a registar o valor mais baixo dos últimos cinco anos. Para tal contribuiu, também, o crescimento homólogo da inflação que encerrou o semestre no nível mais elevado desde 1992, muito acima do objectivo estabelecido pelo banco central. No Japão destacou-se igualmente o comportamento de subida dos preços no consumidor, a par de uma desaceleração da actividade económica. O Banco Central Japonês optou, em função da deterioração das expectativas quanto ao crescimento futuro, por manter inalterada a sua taxa de referência, actualmente nos 0.50%. Ainda relativamente à Ásia, a economia chinesa continuou a apresentar uma expansão sólida, embora inferior à do semestre anterior. Relatórios respeitantes ao consumo, actividade industrial e crescimento das exportações apresentaram, ainda assim, ganhos acima do previsto. O acréscimo das pressões inflacionistas levou o Banco Central Chinês a aumentar ao longo do semestre o valor das reservas legais, com o intuito de obter um crescimento mais sustentado. Em Portugal, o crescimento económico continuou sem mostrar uma retoma significativa. Registou-se inclusive uma contracção trimestral da actividade económica de 0,8%, anualizado, referente ainda ao primeiro trimestre de 2008, devido a uma quebra do investimento residencial e da procura externa. RELATÓRIO&CONTAS 1º SEMESTRE 2008 2

CAIXAGEST SELECÇÃO EMERGENTES 2008 Embora a taxa de desemprego tenha registado uma ligeira melhoria, a descida de 8,0% para 7,6% deixa-a ainda próximo dos níveis mais elevados das últimas duas décadas. A confiança dos consumidores manteve a tendência de descida, atingindo o mínimo desde 2003. A inflação, em termos homólogos, conheceu uma aceleração para 3.4% homólogos no final de Junho, mais 0,5 pontos percentuais do que o verificado em Dezembro último. Mercado Monetário O Banco Central Europeu (BCE) optou por manter inalteradas as respectivas taxas de juro directoras durante o referido período, reconhecendo a intensificação dos riscos negativos para o crescimento económico. As taxas de mercado mantiveram uma trajectória de subida durante os seis primeiros meses de 2008, tendo encerrado o mês de Junho nos níveis mais elevados dos últimos sete anos. Mercado Accionista O mercado accionista apresentou, durante o primeiro semestre do ano, um comportamento negativo, apesar do anúncio de diversas medidas por parte dos bancos centrais com o intuito de aumentar a liquidez e restaurar maior confiança nos mercados. A quebra significativa dos principais índices bolsistas esteve associada aos crescentes receios de recessão da economia americana e posteriores consequências para a economia mundial, ao mesmo tempo que se intensificaram as notícias negativas de perdas que diversas instituições financeiras continuaram a incorrer associadas ao mercado habitacional norte americano. A tendência de depreciação do dólar e a contínua escalada do preço do petróleo a que se assistiu no 1º trimestre, e os seus efeitos sobre a inflação, contribuíram para o pessimismo reinante, agravando o cenário menos positivo para este mercado. As praças europeias encerraram o trimestre nos níveis mais baixos dos últimos dois anos e meio. No período em análise, apenas um sector no mercado accionista europeu registou uma valorização positiva: Recursos Básicos (15.61%). Os sectores com desempenho mais negativo corresponderam a Banca (-32.76%), Automóveis (-29.69%) e Retalho (-29.34%). O mercado europeu caiu cerca de 23.2% no primeiro semestre. Em Portugal, o PSI20, principal índice accionista nacional, registou uma desvalorização ainda mais acentuada: 31.6%. Mercado Taxa de Juro As perspectivas negativas para o crescimento económico, e a incerteza que continuou a caracterizar os mercados de activos de risco (acções e crédito) levaram o mercado obrigacionista a apresentar uma valorização durante a primeira metade do semestre. A tendência de descida de yields foi em grande parte revertida durante o segundo trimestre, consequência do aumento da inflação presente e das expectativas de evolução futura dos níveis de preços. Enquanto o mercado americano encerrou o semestre com uma valorização, o mercado obrigacionista europeu registou, pelo contrário, uma desvalorização, com as respectivas taxas a encerrarem o semestre no nível mais elevado do último ano. RELATÓRIO&CONTAS 1º SEMESTRE 2008 3

CAIXAGEST SELECÇÃO EMERGENTES 2008 Mercado de Credito O mercado de crédito sofreu desvalorizações significativas ao longo deste ano, nunca registadas na história de algumas classes de activos nomeadamente securitizações. A crise no mercado imobiliário nos US com consequências ao nível do crescimento mundial vieram ditar um semestre de forte volatilidade para o mercado de crédito. A forte aversão ao risco associada à contracção na cedência de crédito provocou a aceleração do processo da desalavancagem que se tinha iniciado em 2007, provocando vendas maciças nesta classe de activos. Os problemas no sector financeiro com os bancos a apresentarem perdas elevadas nas suas posições em crédito estruturado vieram pressionar em particular os spreads neste sector. A intervenção dos bancos centrais foi crucial para impedir a falência de um dos maiores bancos de investimento americanos, o Bear Stearns e consequente melhoria das condições de liquidez neste sector. Mercado Cambial A moeda única europeia registou no primeiro semestre uma apreciação de 8.0% face ao dólar, um ganho obtido na totalidade ao longo da primeira metade do referido período. O euro permaneceu perto dos valores máximos face ao dólar, suportado quer pela divulgação de indicadores económicos positivos na Zona Euro em comparação com os EUA, quer pelos indícios crescentes por parte do BCE de que poderia decretar um aumento das suas taxas directoras. Quando comparado com igual período homólogo do ano transacto, a moeda europeia conheceu uma apreciação de cerca de 13.4%. RELATÓRIO&CONTAS 1º SEMESTRE 2008 4

CAIXAGEST SELECÇÃO EMERGENTES 2008 A EVOLUÇÃO DO MERCADO DE FIM EM PORTUGAL O mercado de fundos de investimento mobiliário português registou uma diminuição acentuada dos montantes geridos durante o primeiro semestre de 2008. Em 30 de Junho o valor dos activos geridos pelo conjunto das sociedades gestoras portuguesas situava-se em 20.675 Milhões de Euros (M ), o que correspondeu a uma diminuição de 20% face aos valores de início do ano. A diminuição dos montantes sob gestão foi mais acentuada nalgumas categorias de fundos mobiliários. Desde o início do ano, os Fundos de Acções baixaram 37%, a categoria dos Fundos de Fundos & Mistos perdeu 27% do volume e os Fundos de Obrigações e de Tesouraria que representam cerca de 50% do mercado de Fundos português diminuíram 3104 M (25%). Apenas as categorias dos Fundos Flexíveis e dos Fundos Especiais de Investimento (FEI) registaram variações positivas. MERCADO DE FUNDOS MOBILIÁRIOS PORTUGUÊS 2003 2004 2005 2006 2007 2008 (1ºsem.) 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 Milhões de euros FEI PPA e PPR Capital Garantido Acções Internacion. Acções Nacionais Flexíveis Mistos e F.de Fundos Obrigações Tesouraria Fonte: APFIPP Durante o primeiro semestre de 2008 foram constituídos 14 novos fundos (principalmente Fundos Especiais de Investimento) e liquidados 13 fundos (maioritariamente Fundos de Capital Garantido), elevando para 291 o número de fundos mobiliários portugueses em actividade. No final do Junho de 2008, as cinco maiores sociedades gestoras de fundos mobiliários portuguesas concentravam 87,5% do mercado. A Caixagest registou uma evolução negativa no montante sob gestão de 1.249 M, mantendo a liderança na quota de mercado com 23,2% em Junho de 2008. RELATÓRIO&CONTAS 1º SEMESTRE 2008 5

CAIXAGEST SELECÇÃO EMERGENTES 2008 RELATÓRIO DE GESTÃO Caracterização do Fundo O Fundo CAIXAGEST SELECÇÃO EMERGENTES 2008 iniciou a sua actividade como Fundo Especial de Investimento Fechado em 30 de Dezembro de 2005. Sendo comercializado na CGD, este Fundo destina-se a investidores que pretendem fazer aplicações a longo prazo superiores a 2.000, com capital inicialmente investido assegurado na maturidade por empréstimos obrigaccionistas emitidos pela Caixa Geral de Depósitos. O Fundo adopta uma política de investimento que tem como objectivo proporcionar aos seus participantes, à data do reembolso o capital inicialmente subscrito acrescido de um rendimento que corresponde a 70% da valorização média mensal de um cabaz de 2 fundos de investimento geridos pela a Caixagest. O Fundo é constituído por um período de 3 anos até ao dia 30 de Dezembro de 2008. O Fundo encontra-se estruturado por forma a que na data da sua liquidação, o valor líquido do seu património corresponda ao capital investido inicialmente, acrescido da rentabilidade garantida aos participantes, nos termos do regulamento de gestão. Por outro lado, os títulos em carteira são valorizados diariamente ao valor de mercado fornecido pela CGD e divulgado em página específica da Reuters, o qual, ao longo do prazo de vida do Fundo, pode divergir da rentabilidade garantida ao participante. Os critérios de valorização conduzirão a valores da unidade de participação idênticos na data de liquidação do Fundo. Estratégia de Investimento Com o objectivo de dar cumprimento ao objectivo inerente à política de investimento, o Fundo mantém em carteira cinco obrigações emitidas pela Caixa Geral de Depósitos ao abrigo do seu programa de European Medium Term Notes (EMTN), com maturidade coincidente com a data de liquidação do Fundo e com rendimento associado à rendibilidade do cabaz de referência. Avaliação do desempenho No 1º semestre de 2008, o valor da carteira do Fundo CAIXAGEST SELECÇÃO EMERGENTES 2008 ascendia a 41.051.898, distribuídos por 8.000.000 unidades de participação. Desde 30 de Junho de 2007, o Fundo registou uma rendibilidade líquida anual de - 0,04% e uma volatilidade de 4,52%. Rendibilidade e Risco Históricos Anos Rendibilidade Classe de Risco 2006 0,61% 3 2007 2,30% 3 Junho 07/Junho 08-0,04% 2 As rendibilidades divulgadas representam dados passados, não constituindo garantia de rendibilidade futura, porque o valor das unidades de participação pode aumentar ou diminuir em função do nível de risco que varia entre 1 (risco mínimo) e 6 (risco máximo) Fonte: Apfipp RELATÓRIO&CONTAS 1º SEMESTRE 2008 6

CAIXAGEST SELECÇÃO EMERGENTES 2008 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO&CONTAS 1º SEMESTRE 2008 7

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO FECHADO "CAIXAGEST SELECÇÃO EMERGENTES 2008" BALANÇOS EM 30 DE JUNHO DE 2008 E 2007 (Montantes expressos em Euros) 2008 2007 Activo Mais- Menos- Activo Activo ACTIVO Notas bruto -valias -valias líquido líquido CAPITAL DO FUNDO E PASSIVO Notas 2008 2007 CARTEIRA DE TÍTULOS CAPITAL DO FUNDO Obrigações: Unidades de participação 1 40.000.000 40.000.000 Obrigações diversas 3 40.000.000 1.555.251-41.555.251 41.457.107 Resultados transitados 1 1.172.017 242.956 Resultado líquido do período 1 (120.119) 826.790 41.051.898 41.069.746 TERCEIROS Comissões a pagar 200.330 120.111 Outras contas de credores 9 303.023 267.250 503.353 387.361 Total do Activo 40.000.000 1.555.251-41.555.251 41.457.107 Total do Capital do Fundo e do Passivo 41.555.251 41.457.107 Número total de unidades de participação em circulação 1 8.000.000 8.000.000 Valor unitário da unidade de participação 1 5,1315 5,1337 O anexo faz parte integrante do balanço em 30 de Junho de 2008.

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO FECHADO "CAIXAGEST SELECÇÃO EMERGENTES 2008" DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS PARA OS PERÍODOS DE SEIS MESES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2008 E 2007 (Montantes expressos em Euros) CUSTOS Notas 2008 2007 PROVEITOS Notas 2008 2007 CUSTOS E PERDAS CORRENTES PROVEITOS E GANHOS CORRENTES Comissões: Ganhos em operações financeiras: Outras, de operações correntes 15 39.890 39.672 Na carteira de títulos 15 1.228.190 1.303.387 Perdas em operações financeiras: Na carteira de títulos 1.318.439 210.330 Impostos sobre o rendimento 9 (10.020) 226.595 9 1.348.309 476.597 Resultado líquido do período (120.119) 826.790 1.228.190 1.303.387 1.228.190 1.303.387 O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados para o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2008.

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO FECHADO CAIXAGEST SELECÇÃO EMERGENTES 2008 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2008 (Montantes expressos em Euros) INTRODUÇÃO O Fundo Especial de Investimento Fechado CAIXAGEST SELECÇÃO EMERGENTES 2008 (adiante igualmente designado por Fundo ) foi autorizado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários em 27 de Outubro de 2005. Este Fundo foi constituído por um período de 3 anos, com início em 30 de Dezembro de 2005 e liquidação no dia 30 de Dezembro de 2008. Nos termos do regulamento de gestão do Fundo, este garante ao participante o capital inicialmente investido, acrescido de 70% da valorização média mensal dos seguintes fundos, se for positiva: Fundo Caixagest Acções Emergentes Fundo de Acções 60% Caixagest Obrigações Euro Fundo de Obrigações de Taxa Fixa 40% O património do Fundo é constituído por cinco emissões de obrigações não subordinadas distintas, com maturidade coincidente com a data de liquidação do Fundo, emitidas pela Caixa Geral de Depósitos, S.A. ao abrigo do seu programa de European Medium Term Notes (EMTN). Estas obrigações destinam-se a assegurar a cobertura das responsabilidades do Fundo e apresentam uma rentabilidade idêntica à garantida ao participante. O Fundo é administrado, gerido e representado pela Caixagest - Técnicas de Gestão de Fundos, S.A.. As funções de banco depositário são exercidas pela Caixa Geral de Depósitos, S.A.. BASES DE APRESENTAÇÃO As demonstrações financeiras foram preparadas com base nos registos contabilísticos do Fundo, mantidos de acordo com o Plano de Contas dos Organismos de Investimento Colectivo, estabelecido pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, e regulamentação complementar emitida por esta entidade, na sequência da competência que lhe foi atribuída pelo Decreto-Lei nº 252/03, de 17 de Outubro. As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano de Contas dos Organismos de Investimento Colectivo. As notas cuja numeração se encontra ausente não são exigidas para efeito do anexo às contas semestrais, ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas. 1. CAPITAL DO FUNDO O património do Fundo está formalizado através de oito milhões de unidades de participação, com características iguais, as quais conferem aos seus titulares o direito de propriedade sobre os valores do Fundo, proporcionalmente ao número de unidades que representam. Peso O movimento ocorrido no capital do Fundo, durante o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2008, foi como segue: Resultado Saldo em líquido do Saldo em 31.12.2007 Subscrições Resgates Transferências período 30.06.2008 Valor base 40.000.000 - - - - 40.000.000 Resultados transitados 242.957 - - 929.060-1.172.017 Resultado líquido do período 929.060 - - (929.060) (120.119) (120.119) 41.172.017 - - - (120.119) 41.051.898 Número de unidades de participação em circulação 8.000.000 - - - - 8.000.000 Valor unitário da unidade de participação 5,1465 - - - - 5,1315 1

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO FECHADO CAIXAGEST SELECÇÃO EMERGENTES 2008 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2008 (Montantes expressos em Euros) O valor líquido global do Fundo, o valor de cada unidade de participação e o número de unidades de participação em circulação no último dia de cada mês do período de seis meses findo em 30 de Junho de 2008, foi o seguinte: Valor líquido Valor da Número de unidades de Meses global do fundo unidade de participação participação em circulação Janeiro 40.732.116 5,0915 8.000.000 Fevereiro 41.145.844 5,1432 8.000.000 Março 40.690.504 5,0863 8.000.000 Abril 41.044.583 5,1306 8.000.000 Maio 41.235.632 5,1545 8.000.000 Junho 41.051.898 5,1315 8.000.000 Em 30 de Junho de 2008, o número de participantes em função do Valor líquido global do Fundo, apresenta o seguinte detalhe: Entre 0,5% e 2% 5 Até 0,5% 3.300 -------- Total de participantes 3.305 ==== 3. CARTEIRA DE TÍTULOS Em 30 de Junho de 2008, a carteira de títulos apresenta a seguinte composição: Custo de Mais Menos Valor de aquisição valias valias mercado Valores mobiliários cotados: Mercado de Bolsa de Estados Membros UE Obrigações diversas SEL.EMERGENTE B1/08 8.000.000 311.051-8.311.051 SEL.EMERGENTE B2/08 8.000.000 311.050-8.311.050 SEL.EMERGENTE B3/08 8.000.000 311.050-8.311.050 SEL.EMERGENTE B4/08 8.000.000 311.050-8.311.050 SEL.EMERGENTE B5/08 8.000.000 311.050-8.311.050 40.000.000 1.555.251-41.555.251 Durante o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2008, não ocorreram quaisquer movimentos nas rubricas de disponibilidades do Fundo. 2

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO FECHADO CAIXAGEST SELECÇÃO EMERGENTES 2008 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2008 (Montantes expressos em Euros) 4. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras, foram as seguintes: a) Carteira de títulos As compras de títulos são registadas, na data da transacção, pelo seu valor efectivo de aquisição. Os títulos em carteira são avaliados ao seu valor de mercado, ou presumível de mercado, de acordo com as seguintes regras: i) Os valores mobiliários admitidos à negociação numa bolsa de valores ou transaccionados num mercado regulamentado e com transacções efectuadas nos últimos 15 dias, são valorizados à cotação de fecho fornecida pelas entidades gestoras do mercado onde os valores se encontram admitidos à cotação e captados através da NetBolsa (mercado nacional) e da Reuters ou da Bloomberg (mercados estrangeiros); ii) iii) Os valores mobiliários cotados sem transacções nos últimos 15 dias e os não cotados são ambos valorizados quinzenalmente ao valor das ofertas de compra firmes ou, na impossibilidade da sua obtenção, ao melhor preço médio veiculado pela Bloomberg para uma poule de contribuidores pré-definida pela Sociedade Gestora; Se os valores mobiliários forem cotados em mais de uma bolsa, será considerado o preço praticado no mercado que apresenta maior liquidez, frequência e regularidade de transacções. As mais ou menos-valias líquidas apuradas de acordo com as políticas contabilísticas definidas anteriormente são reconhecidas na demonstração dos resultados do período nas rubricas de Ganhos/Perdas em operações financeiras na carteira de títulos, por contrapartida das rubricas Mais-valias e Menos-valias do activo. b) Valorização das unidades de participação O valor de cada unidade de participação é calculado dividindo o valor líquido do património do Fundo pelo número de unidades de participação em circulação. O valor líquido do património corresponde ao somatório das rubricas do capital do Fundo. c) Comissão de gestão e de depositário A comissão de gestão e a comissão de depositário constituem um encargo do Fundo, a título de remuneração pelos serviços a si prestados. De acordo com o regulamento de gestão do Fundo, estas comissões são calculadas diariamente, por aplicação de uma taxa fixa anual de 0,1% para a comissão de gestão e para a comissão de depositário, sobre o valor inicial do património do Fundo. A comissão de gestão e a comissão de depositário só serão pagas no quarto dia útil subsequente à data de liquidação do Fundo, através da aplicação das percentagens acima definidas, sendo registadas na rubrica Comissões Outras, de operações correntes da demonstração dos resultados, por contrapartida da rubrica Comissões a pagar, do balanço. d) Rentabilidade para o participante Tal como indicado na Introdução do presente anexo, o Fundo encontra-se estruturado por forma a que na data da sua liquidação, o valor líquido do seu património corresponda ao capital investido inicialmente, acrescido da rentabilidade garantida aos participantes, nos termos do regulamento de gestão. Por outro lado, os títulos em carteira são valorizados diariamente ao valor de mercado fornecido pela CGD e divulgado em página específica da Reuters, o qual, ao longo do prazo de vida do Fundo, pode divergir da rentabilidade garantida ao participante. 3

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO FECHADO CAIXAGEST SELECÇÃO EMERGENTES 2008 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2008 (Montantes expressos em Euros) Em 30 de Junho de 2008, esta situação conduziu a uma subavaliação do valor líquido do património do Fundo em 812.686 Euros, face ao que resultaria da valorização do mesmo caso se procedesse ao seu encerramento nesta data, o que representa uma redução do valor unitário da unidade de participação de 5,2331 Euros para 5,1315 Euros. 9. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO Em conformidade com o Artigo 22º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, os rendimentos de títulos de dívida, que não sejam mais valias, obtidos fora do território português por fundos especiais de investimento nacionais são tributados, autonomamente, à taxa de 20%. Em 30 de Junho de 2008, o saldo desta rubrica corresponde ao apuramento da retenção na fonte de imposto decorrente da valorização dos activos do Fundo. Para efeitos deste apuramento, o Fundo procede ao cálculo do imposto a liquidar relativo ao desconto na aquisição das obrigações, de forma linear até à sua maturidade, assumindo que as mesmas permanecem em carteira até à data da sua liquidação. 12. EXPOSIÇÃO AO RISCO TAXA DE JURO Em 30 de Junho de 2008, os prazos residuais até à data de vencimento dos títulos de taxa fixa, apresentam a seguinte composição: Maturidade Valor de mercado Até 1 ano 41.555.251 ========= 15. CUSTOS IMPUTADOS Os custos imputados ao Fundo durante o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2008, apresentam o seguinte detalhe: % Valor líquido Custos Valor global do Fundo Comissão de gestão: Componente fixa 19.945 0,0486% Componente variável - - Comissão de depósito 19.945 0,0486% Taxa de supervisão - - 39.890 Valor médio líquido global do Fundo 41.012.557 Taxa global de custos (TGC) 0,0973% 4