Gerenciamento de Depósitos



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Transcrição:

Gerenciamento de Depósitos

Diferentes modelos e tipos de CD s e armazéns podem auxiliar na busca por soluções logísticas eficientes, para diferentes produtos, com características logísticas diversas. As análises comparativas permitem concluir que a escolha do tipo, da localização e da infraestrutura necessária para um CD é uma decisão estratégica da empresa e o primeiro passo na escolha de sua logística de distribuição.

Os Centros de Distribuição (CDs) são unidades construídas para armazenar produtos acabados ou comprados para revenda, com a finalidade de despachá-los para outras unidades, filiais ou clientes. Conforme Moura (2002), a principal finalidade dos CDs consiste em oferecer melhores níveis de serviço ao cliente, através da redução do lead time (tempo de ressuprimento) pela disponibilidade dos produtos o mais próximo do ponto de venda, na localização geográfica junto ao principal mercado consumidor, oferecendo condições para agilizar o atendimento dos pedidos. Dessa maneira, aumenta-se a frequência de pedidos, reduzindo os volumes e minimizando os custos de inventário, o que acaba contribuindo para a redução dos custos totais de logística. Através desse nível de serviço a empresa pode aumentar sua participação no mercado e também consolidar sua imagem.

A escolha de um CD deve levar em consideração alguns fatores, e é a variação destes fatores que faz com que exista inúmeros tipos de CD (refrigerados, verticalizados, pequeno, médio e grande porte). A quantidade de intermediários existentes e/ou necessários; A diversificação dos canais de distribuição; A dimensão da área a ser atendida e os requisitos mínimos necessários para efetuar um serviço com qualidade e eficiência; As características do produto a ser entregue; A estrutura operacional mínima necessária.

Vantagens: Melhoria nos níveis de serviço em função de Centros de distribuição como vantagem competitiva nas reduções no tempo e no desempenho das entregas ao cliente/usuário; - Redução nos gastos com transporte de distribuição; - Facilita a gestão de materiais; tende a melhorar o nível de serviço e o atendimento de pedidos completos isentos de danos, avarias e não conformidades; - Reduz a burocracia; reduz custos de armazenagem; - Reduz custos de inventários; - Reduz custos de controle; - Reduz custos de comunicação; aumenta a produtividade.

Desvantagens: - Aumento nos custos de manutenção de estoques em função de aumentos nos níveis de estoque de segurança necessários para proteger cada armazém contra incertezas da demanda; - Aumento nos gastos com transporte de suprimento; - Menor segurança física dos materiais; - Menor flexibilidade de rotas; - Diminui a proximidade com o cliente; - Aumenta custos de inventário.

PRINCÍPIOS DA ARMAZENAGEM PLANEJAMENTO O planejamento de um armazém/ CD é primordial para o sucesso das operações da empresa, assim como para o retorno do capital investido. A instalação deverá ser adequada aos tipos de produtos que serão armazenados, bem como suas quantidades. FLEXIBILIDADE OPERACIONAL Um armazém / CD deverá ter um conceito flexível para que na necessidade de mudanças nas suas operações, poucas alterações devam ser feitas. SIMPLIFICAÇÃO DO FLUXO Quanto maior for a simplicidade do fluxo de operações da instalação, maior e mais rápida será a compreensão pelo pessoal que ali opera.

OTIMIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO Os custos de armazenagem são diretamente proporcionais ao seu tamanho, portanto o aproveitamento / otimização do espaço físico, incide diretamente na gestão de custos da instalação. OTIMIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS / MÃO-DE-OBRA Nesse sentido, deve-se repelir as improvisações. Equipamentos inadequados e mão de obra pouco treinada, traz riscos para as operações. CONTROLE Os controles nos Cd s / armazéns são fundamentais para as operações, aliás o que não tem controle, não pode ser gerenciado.

MECANIZAÇÃO Verificação da necessidade de mecanização do CD, como empilhadeiras, esteiras, rampas niveladoras, pontes rolantes etc. AUTOMAÇÃO As automações das operações trazem rapidez e segurança as mesmas. SEGURANÇA Vem de encontro a uso de mão de obra treinada e equipamentos de movimentação e armazenagem adequados.

TIPOS DE TERMINAIS DE ARMAZÉNS Para manuseio, consolidação e desconsolidação: Áreas industriais para recebimento/expedição;crossdocking ; armazéns gerais e depósitos públicos; tradings. Para interfaces multimodais: Pátios de triagem rodoviários e ferroviários, portos e aeroportos. Para cobrança de tributos e liberação aduaneira: Portos e aeroportos, EADI, EA, etc.

FUNÇÕES DA ARMAZENAGEM Balanceamento Oferta X Demanda; Manter estoques reguladores; Gerar escala nas compras, transporte e produção; Finalizar alguns processos de fabricação (frutas antes da distribuição aos atacadistas); Consolidar, marcar e separar cargas; Facilitar roteirização e despacho a Clientes; Proteção contra incertezas; Distância geográfica.

Tipos de Armazéns / CD s e Finalidades Mercadorias congeladas: Paredes forradas com materiais isolantes, sistema de refrigeração, câmaras frigoríficas isoladas e túneis de congelamento. Mercadorias com baixo ponto de fulgor ou deterioráveis no calor (acetato, filmes, farmacos, etc.): Climatizados, com ar condicionado nas áreas de armazenagem e controle de umidade. Mercadorias deterioráveis no frio (plantas ou animais vivos, etc.): Armazéns com sistemas de calefação (estufa).

INSTALAÇÕES DE ARMAZENAGEM DEPÓSITOS Próprios, públicos ou de terceiros, para estocar, controlar e proteger insumos ou bens destinados ao mercado. ARMAZÉM Construção coberta em madeira, metal, alvenaria ou concreto, fechada de todos os lados, com portas para permitir o acesso de pessoas, equipamentos de transporte e/ou movimentação. Pode ter várias características, conforme as diferentes finalidades a que destinam.

PÁTIO Área pavimentada descoberta e demarcada, com vias de acesso para equipamentos. Grandes volumes, de elevado peso unitário (contêineres, siderúrgicos, etc.): Com pontes rolantes e/ou equipamentos similares, fácil acesso para empilhadeiras. Veículos: Áreas demarcadas para parqueamento, descarga/embalagem, vistoria, pistas, lavagem, e ar comprimido. Minério: Torres de transferência, esteiras, balanças por fluxo de batelada, viradores de vagões e/ou basculadores e balanças rodo-ferroviárias, com vias de acesso para equipamentos.

INFLÁVEIS Suprir falta de espaço temporário. Entrega imediata; Poliéster revestido de PVC, com soldas eletrônicas; Medem cerca de 300 m² a 400 m²; Resistentes a raios ultra-violeta e não propagam fogo; Fixados ao solo por estacas metálicas/chumbadores; Vão livre, sem colunas ou tirantes; Permitem acesso de empilhadeiras e caminhões; Em caso de queda de energia elétrica, são automaticamente acionados por motores diesel.

SILO: Construção de metal, aço ou concreto armado, horizontal ou vertical, destinada a armazenar cereais, fertilizantes ou rações animais, com esteiras, moegas, balanças por fluxo de batelada, sistemas de peneiramento ou despoeiramento, balanças rodo-ferroviárias, capaz de armazenar simultânea e separadamente graneis com várias granulometrias, graus de umidade, pesos específicos e teor de gordura.

TANQUE: Construção de metal ou aço, com sistemas de segurança máxima para aquecimento e resfriamento, bombeamento e sucção, dutos, balanças de fluxo contínuo, laboratório de controle de qualidade de amostras, destinada a armazenar diferentes tipos de graneis líquidos com diferentes características físico-químicas, pesos específicos, viscosidade, ponto de fulgor.

Conceito do Cross Docking EAN International (2000), em seu artigo sobre Cross Docking, o define como sendo um sistema de distribuição no qual a mercadoria recebida, em um armazém ou Centro de Distribuição, não é estocada mas sim imediatamente preparada para o carregamento de entrega. De acordo com o mesmo artigo desenvolvido pela EAN International, o Cross Docking é a transferência das mercadorias entregues, do ponto de recebimento, diretamente para o ponto de entrega, com tempo de estocagem limitado ou, se possível, nulo. As instalações que operam com o Cross Docking recebem carretas completas (FTL Full Truck Load) de diversos fornecedores e realizam, dentro das instalações, o processo de separação dos pedidos através da movimentação e combinação das cargas, da área de recebimento para a área de expedição. As carretas partem com a carga completa formada por diversos fornecedores (FTL). O uso do FTL, tanto para o recebimento quanto para a expedição, permitem que os custos de transporte sejam reduzidos.