Honorários de referência de projetos de estrutura



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Transcrição:

ABECE Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural Av. Brigadeiro Faria Lima, 1685, 2º andar, conj. 2d 01451-908 - São Paulo - SP Fone: (11) 3097-8591 - Fax: (11) 3813-5719 E-mail: abece@abece.com.br Honorários de referência de projetos de estrutura Grupo de trabalho de honorários A formação do grupo: Como surgiu o grupo de trabalho? Na reunião plenária da ABECE, de novembro último, os associados se queixaram muito do achatamento de preços e do caminho, a passos largos, para a extinção da categoria se não fosse tomada alguma providência. Concluiu-se, com base nos comentários, que os preços são determinados com base em critérios que nem sempre são compreendidos pelos clientes, fazendo com que nossos contratantes se sintam inseguros quanto aos valores pagos por nossos projetos. Por outro lado, com preços muito baixos, a qualidade do projeto está caindo, gerando descontentamento do contratante. O grupo surgiu com a idéia de que o setor precisa reconquistar a credibilidade junto aos contratantes, através de um melhor entendimento e atendimento das expectativas de seus clientes. O objetivo do trabalho desenvolvido: Qual o objetivo do trabalho desenvolvido? O objetivo de nosso trabalho é estabelecer novos parâmetros para definição de honorários a partir de um valor de referência e de uma nova metodologia de cálculo de honorários, mais adequado à realidade do mercado de projetos estruturais de hoje. Além disso, a fim de regular a atividade, baseará este valor de referência no Escopo de Serviços de Projetos Estruturais, desenvolvido em conjunto com o Sinduscon/Secovi, trabalho este que define claramente os serviços que compõem o projeto estrutural. A lei do mercado: Isto não é uma tentativa de se formar um cartel? E como fica a lei de mercado? Objetivamente, o que se está procurando é encontrar saídas para se recuperar desta situação insustentável. Estamos assistindo nos últimos tempos à desmobilização da estrutura formal das empresas de projeto. Para buscar atender os preços de projeto hoje praticados, empresas tiveram de reduzir sua estrutura de funcionamento, abolindo, por vezes, atividades importantes como a verificação de projetos. Além disso, algumas empresas têm buscado formas alternativas de sobrevivência que, se por um lado reduzem custos operacionais, por outro aumentam de forma perigosa o risco do negócio. E, quando se fala em projeto estrutural, o risco do negócio passa também a ser 1 um risco para a sociedade, já que, como foi dito anteriormente, a qualidade dos projetos vem caindo sistematicamente. Assim, o objetivo da ABECE não é o de formar cartel, e sim o de alertar aos contratantes que preços excessivamente abaixo dos valores de referência podem indicar uma qualidade duvidosa de projeto. De forma similar, outras associações indicam valores de referência para garantir uma qualidade mínima de serviços. Uma nova tabela: Então, na verdade o que se quer é uma nova tabela? Uma nova forma de composição de custos e definição de honorários. O que se busca é reorganizar a atividade produtiva dos escritórios de projeto, para que estes voltem a funcionar como empresas legalmente estabelecidas. Assim, o trabalho foi dividido em duas fases. A primeira fase, que é a que estamos divulgando atualmente, definiu claramente quais são os serviços essenciais a serem desenvolvidos no projeto de estruturas (trabalho de Escopo ). A partir daí, e a partir de 4 tipologias de empreendimentos, foram definidos valores de referência de projeto, que são valores que contemplam os custos básicos de empresas legalmente constituídas. Em uma segunda fase, o grupo irá elaborar um estudo que oriente os projetistas quanto à composição de custos de sua empresa, uma vez que a tabela existente do Instituto de Engenharia não se mostra adequada ao mercado atual. As bases do valor de referência: Quais são as bases do valor de referência? É prática do mercado estabelecer uma ligação dos valores do projeto estrutural à área construída de prefeitura. Apesar de existirem situações onde isto não corresponde ao volume de serviço envolvido, julgou-se mais sensato definir-se os honorários de referência com base neste parâmetro. Este fato irá simplificar o entendimento do contratante quanto ao valor do projeto. Ficou estabelecido também que os valores serão definidos em reais com base na planilha de custos aprovada pelo grupo e convertidos em CUBs, que é o índice básico do Sinduscon. Para contratos longos, será definida uma forma de reajuste anual com base no INCC, que é o índice usual no mercado da construção civil. Valor de referência: CUB por m 2 de área de prefeitura com reajuste anual dos contratos pelo INCC.

Definição das categorias: O valor de referência é único para qualquer situação? O grupo, inicialmente, tentou viabilizar um valor de referência único o que não foi viável pela grande disparidade de custos para confecção de diferentes tipos de projetos. Não consideramos viável a criação de várias categorias, preferindo aglutinar os valores de referência em 4 tipologias: 1. H8-2NP: edifício residencial de 8 pavimentos com apartamentos de baixo padrão sobre pilotis com 2 eixos de simetria. 2. H12-2NSS: edifício residencial de 12 pavimentos com apartamentos de baixo padrão sobre térreo e subsolo com 2 eixos de simetria. 3. MP: edifício residencial com média de 18 pavimentos com apartamentos de médio padrão sobre térreo e 2 subsolos com 1 eixo de simetria. 4. AP: edifício residencial com média de 24 pavimentos com apartamentos de alto padrão sobre térreo e 3 subsolos sem eixo de simetria. Obviamente, os projetos dificilmente se enquadrarão totalmente numa destas categorias. Para isso, o quadro a seguir procura exemplificar o que foi considerado em cada categoria e que servirá de base para o profissional enquadrar o seu projeto no referido valor de referência: Item H8-2NP H12-2NSS MP AP Tipo Refere-se àqueles Mesmo tipo de edifício Edifícios de médio Edifícios de alto padrão. de edifício edifícios simples com que o anterior só que padrão com média de Normalmente altos, com 4 apartamentos de um pouco mais alto e 18 pavimentos e 2 bastante subsolo, sem baixo padrão por sobre térreo e subsolo, subsolos. Já existe um simetria alguma e com pavimento sobre o que pode restringir a tratamento paisagístico trabalhos elaborados de pilotis, sem transição, estrutura e gerar mais e detalhes mais fachada, paisagismo, os chamados pontos de discussão. elaborados de fachada. instalações especiais e, bloquinhos. eventualmente, possibilidade de várias plantas na unidade. Volume Por ser muito, O subsolo dá mais A inclusão de O volume de serviço de serviço simples o volume de trabalho que o paisagismo e detalhes normalmente é muito serviço é pequeno. prédio, existindo ainda de fachada aumentam grande, pois a arquitetura detalhamento extra o volume de serviço, tem liberdade para fazer o de contenções. exigindo diversos que quer e a quantidade detalhes de forma e de revisões durante o armação. Como existem desenvolvimento acaba 2 subsolos, não é difícil gerando ainda mais ocorrer algum tipo de serviço. transição de pilares. Grau de O prédio é Mesmo com subsolo O cálculo e Considerado grau de dificuldade comportado e o vento não é complicado, dimensionamento dificuldade alto, não é determinante pois normalmente exigem cuidados podendo existir diversos no dimensionamento, estes edifícios não especiais. O vento e complicadores o que torna o cálculo comportam grandes empuxos nas relacionados às diversas simples. custos de subsolo, o contenções necessitam especialidades. que tornam simples de processamento e comportados. específico. Grau de dificuldade médio. Número Normalmente não De 2 a 3 reuniões. De 3 a 6 reuniões. Número indeterminado de reuniões há nenhum mistério de reuniões. no projeto do edifício. Todos os conceitos são passados em uma única reunião. Quantidade Normalmente de De 15 a 30 pranchas. De 30 a 60 pranchas Número indeterminado de pranchas 10 a 15 pranchas. (proporcional à área de pranchas. construída). 2

Valores de referência: Afinal, quais são os valores de referência? H8 2NP R$ 5,45 por m 2 de área de prefeitura (0,62% do CUB de referência). H12 2NSS R$ 6,26 por m 2 de área de prefeitura (0,71% do CUB de referência). MP AP Base: CUB de dezembro de 2004. R$ 7,68 por m 2 de área de prefeitura (0,87% do CUB de referência). R$ 9,71 por m 2 de área de prefeitura (1,1% do CUB de referência). Escopo x valor de referência: E para empreendimentos que não se enquadram completamente nas características acima? Ao elaborar o orçamento de um projeto estrutural, o profissional deverá analisar qual das 4 tipologias mais se aproxima do empreendimento em questão. Considerando-se que o valor de referência contempla apenas os serviços essenciais do escopo, o projetista, com base em seus custos e nos adicionais listados no quadro a seguir, definirá o valor final do projeto. Definição de honorário Item Descrição Tipos de serviços Valor de referência Definido como valor mínimo por m 2 Serviços essenciais : produtos que serão de área construída de prefeitura. desenvolvidos em cada etapa do projeto estrutural usualmente contratado sem exigências específicas. Fator K Fatores que influenciariam no valor Serviços específicos do empreendimento : são básico através de um coeficiente de serviços não usuais, adicionais aos serviços aumento deste valor em função de essenciais e que poderão ser desenvolvidos pelo complexidades específicas de cada projetista de estrutura no caso de solicitação empreendimento. expressa e específica do contratante. Sua remuneração não poderá estar incluída nos Serviços Essenciais. Esses serviços foram agrupados, conforme a freqüência de ocorrência em algumas etapas e especialidades. Valor por A serem cobradas nos serviços de horas técnicas pós-entrega que não correspondem ao básico e que deveriam ser repassados pelas construtoras aos seus fornecedores: análise e reforço de estrutura devido às deficiências de concreto, análise e reforços de fundação devido à excentricidades, etc. Valor por Serviços a serem cobrados diretamente Serviços associados : são serviços verificação dos fornecedores através de uma atuação complementares, usualmente desenvolvidos pelo direta da ABECE junto aos fabricantes de projetista de estrutura nos serviços essenciais e forma, telas soldadas, etc. que não geram um produto específico, mas devem ser considerados, pelo projetista e seu contratante, na elaboração da proposta/contrato. Quando relacionado à verificação de fornecedores. Valor global Valor especificado por cada escritório, Serviços opcionais : são serviços que sem nenhum tipo de referência para os normalmente são feitos por outros profissionais, serviços totalmente opcionais. mas, como alguns projetistas de estrutura possuem qualificação para fazê-lo, podem ser contratados diretamente para seu desenvolvimento. A ser acertado Valor relativo às fases A, B e F. caso a caso em função da parceria existente 3

A postura do associado: E se eu não concordar em aplicar estes valores? E meu cliente como fica? O objetivo da ABECE é o de conscientizar os projetistas de que os valores hoje praticados não permitem a elaboração de um projeto estrutural com todos os cuidados, detalhes e profissionalismo exigidos por esta atividade. Se por um lado o cliente poderá questionar valores superiores ao que está acostumado, por outro reconhecerá que é vantajoso pagar um pouco mais por projetos melhor estudados, compatibilizados e detalhados, reduzindo assim o custo final do empreendimento. O preço regionalizado: E projetos realizados fora de São Paulo para São Paulo? E os outros mercados? Os escritórios de engenharia sediados fora de São Paulo têm custos diferentes que aqueles sediados na capital, principalmente os relacionados a aluguéis de imóveis e aos salários pagos a engenheiros e projetistas. Esses escritórios de outros estados não foram considerados no estudo em questão haja vista fazerem parte de uma realidade diversa da vivida no estado. Os mercados do país, agrupados por estado ou por região merecem ter um estudo de referência de valores similar ao que foi realizado aqui. As regionais da ABECE em outros estados estarão ajustando os valores de referência em função das características de sua região. A composição dos valores: Como se chegaram a tais valores? O valor de referência foi obtido a partir dos custos envolvidos na atividade de desenvolvimento de projeto: Custos diretos (projetistas, desenhistas, engenheiros e estagiários), custos indiretos (aluguel, luz, água, funcionários administrativos, etc.), equipamentos (informática, telefonia etc), softwares, capacitação (congressos, seminários, programas de qualidade, etc.) e impostos. Além disso, previu-se uma margem de lucratividade, onde será remunerada a responsabilidade e o risco inerente ao negócio. Serão desenvolvidas e apresentadas quando solicitado às planilhas de custo justificando cada valor, através da composição de todos os custos envolvidos no desenvolvimento do projeto, a saber: - Mão-de-obra - engenharia - projetistas - desenhistas - Encargos de mão de obra - composição dos encargos - Impostos - composição dos impostos - Despesas fixas - composição das despesas fixas - Softwares - porcentagem do valor do projeto - Investimentos - instalações - estações de trabalho - hardware - Marketing - Treinamento/capacitação - Programas de qualidade - BDI A continuidade do trabalho: Este trabalho terá continuidade? Como posso colaborar com sugestões? O grupo de trabalho, em função da complexidade do assunto, está acompanhando a implantação do valor de referência e dando continuidade ao estudo de composição de custos dos escritórios. Qualquer sugestão é muito bem vinda, podendo ser encaminhada à ABECE pelo fax 11 3813-5719 ou pelo e-mail abece@abece.com.br. A ABECE foi constituída em outubro de 1994, a partir do Instituto de Engenharia, surgindo para representar de forma efetiva a área, sendo um canal de comunicação da engenharia estrutural com a sociedade brasileira. Atualmente a ABECE reúne cerca de 250 empresas de projeto e consultoria estrutural, com regionais nas mais variadas localidades do país, representando mais de 80% dos negócios do setor. O principal objetivo da entidade é a valorização do associado, através de publicações, promoção de palestras, seminários e cursos, buscando sempre o aprimoramento profissional dos mesmos. Para maiores informações acesse: www.abece.com.br. 4

ABECE Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural Av. Brigadeiro Faria Lima, 1685, 2º andar, conj. 2d 01451-908 - São Paulo - SP Fone: (11) 3097-8591 - Fax: (11) 3813-5719 E-mail: abece@abece.com.br Honorários de referência de projetos de estrutura 1 Valor de referência Tipo Caracterização da edificação Valor por m 2 (2) 5 % sobre o CUB (3) R$ (3) H8-2NP Edifício residencial de 8 pavimentos com apartamentos de baixo padrão 0,62 5,47 sobre pilotis com 2 eixos de simetria. H12-2NSS Edifício residencial de 12 pavimentos com apartamentos de baixo padrão 0,71 6,26 sobre térreo e 1 subsolo com 2 eixos de simetria. MP Edifício residencial com apartamentos de médio padrão sobre térreo e 0,87 7,68 2 subsolos com 1 eixo de simetria. AP Edifício residencial com apartamentos de alto padrão sobre térreo e 1,10 9,71 3 subsolos sem eixo de simetria. Item Adicional 1. Subsolos adicionais à edificação característica 2,0 % por subsolo 2. Falta de simetria em relação à edificação característica (4) 7,5 % por simetria 3. Pavimentos especiais na torre/tipos (lofts, plantas diferentes, todos pavimentos duplex, etc.) 10,0 % 4.1. Mezanino sobre o pavimento térreo 0,5 % 4.2. Duplex na cobertura 2,0 % 4.3. Penthouse na cobertura 1,0 % 4.4. Pavimento técnico 0,5 % 5.1. Laje plana sem vigas 2,0 % 5.2. Parede diafragma 1,0 % 5.3. Cortina com tirantes definitivos 1,0 % 5.4. Muros de arrimo externos à edificações 1,0 % 5.5. Lajes de subpressão 2,0 % 6.1. Protensão geral: toda a estrutura protendida 15,0 % 6.2. Protensão localizada: protensão em térreos e subsolos 5,0 % 6.3. Protensão específica: protensão no pavimento tipo 3,0 % 7.1. Transição leve: apenas alguns pilares deixam de existir em um pavimento 5,0 % 7.2. Transição normal: metade dos pilares não podem seguir no subsolo 10,0 % 7.3. Transição pesada: pilares mudam de posição no térreo e subsolos 20,0 % 8.1. Sistema construtivo em alvenaria estrutural 15,0 % 8.2. Sistema construtivo com uso de pré-moldados 20,0 % Adicional final Item Adicional A. Entrega de memória de cálculo 25,0 % Notas: (1) Os honorários profissionais podem variar 10% para mais ou para menos deste valor em função dos custos de cada escritório. (2) Área Construída Total de Prefeitura. Em caso de Torres repetidas e idênticas em um empreendimento, aplicar sobre a área das demais Torres (Pav.Tipos, Coberturas e Áticos), o fator de 25%. (3) CUB (Custo Unitário Básico) de dezembro de 2004 (Padrão H8-2N) = R$ 882,36 por m 2. (4) É aplicado o adicional para a perda de um eixo de simetria, em relação à caracterização do edifício. Não aplicar redução no caso de existência de eixo de simetria adicional à edificação característica.

Exemplo 1 Descrição: edifício de 8 pavimentos de baixo padrão com 1 subsolo e com 1 eixo de simetria e transição leve no primeiro pavimento Área total de prefeitura 1 6.000,00 m 2 Caracterização da edificação: H8-2NP Valor de referência 0,62% do CUB por m 2 - transição 5% - subsolo 2 2% - falta de 1 simetria 3 7,5% Total de adicionais 14,5% Valor de referência + adicionais 0,71% do CUB por m 2 Valor do CUB de referência 4 R$ 882,36 por m 2 Valor básico do projeto por m 2 R$ 6,26 por m 2 Área total de prefeitura 6.000,00 m 2 Honorário de referência R$ 37.560,00 Honorário inferior (-10%) R$ 33.804,00 Honorário superior (+10%) R$ 41.316,00 1. Área construída total de prefeitura (computável + não computável). 2. Edificação característica não possui subsolo. 3. Edificação característica possui 2 eixos de simetria. 4. CUB (Custo Unitário Básico) de dezembro de 2004 (Padrão H8-2N) = R$ 882,36 por m 2. Exemplo 2 Descrição: edifício de 16 pavimentos de médio padrão com 4 subsolos e com 1 eixo de simetria e transição normal no pavimento térreo, mezanino sobre o pavimento térreo, apartamento duplex na cobertura e entrega da memória de cálculo. Área total de prefeitura 1 35.000,00 m 2 Caracterização da edificação: MP Valor de referência 0,87% do CUB por m 2 - transição normal 10% - 2 subsolos adicionais 2 (2 x 2%) 4% - mezanino no térreo 0,5% - apartamento duplex na cobertura 2,0% - entrega de memória de cálculo 25,0% Total de adicionais 41,5% Valor de referência + adicionais 1,23% do CUB por m 2 Valor do CUB de referência 3 R$ 882,36 por m 2 Valor básico do projeto por m 2 R$ 10,85 por m 2 Área total de prefeitura 35.000,00 m 2 Honorário de referência R$ 379.750,00 Honorário inferior (-10%) R$ 341.775,00 Honorário superior (+10%) R$ 417.725,00 1. Área construída total de prefeitura (computável + não computável). 2. Edificação característica possui 2 subsolos. 3. CUB (Custo Unitário Básico) de dezembro de 2004 (Padrão H8-2N) = R$ 882,36 por m 2. Exemplo 3 Descrição: 3 torres idênticas com cada edifício de 8 pavimentos de baixo padrão com 1 subsolo e com 1 eixo de simetria e transição leve no primeiro pavimento Área total de prefeitura 1 17.000,00 m 2 Área total de 1 torre + térreo e subsolo 9.000,00 m 2 Redutor por repetição 2 (25%) 2ª torre 1.000,00 m 2 Redutor por repetição 2 (25%) 3ª torre 1.000,00 m 2 Área total a considerar 3 11.000,00 m 2 Caracterização da edificação: H8-2NP Valor de referência 0,62% do CUB por m 2 - subsolo 4 2% - transição 5% - falta de 1 simetria 5 7,5% Total de adicionais 14,5% Valor de referência + adicionais 0,71% do CUB por m 2 Valor do CUB de referência 6 R$ 882,36 por m 2 Valor básico do projeto por m 2 R$ 6,26 por m 2 Área total a considerar 11.000,00 m 2 Honorário de referência R$ 68.860,00 Honorário inferior (-10%) R$ 61.974,00 Honorário superior (+10%) R$ 75.746,00 1. Área construída total de prefeitura (computável + não computável). 2. A área de 1 torre (tipos, coberturas, áticos) é de 4.000,00 m 2. 3. Caso de empreendimento com torres idênticas. 4. Edificação característica não possui subsolo. 5. Edificação característica possui 2 eixos de simetria. 6. CUB (Custo Unitário Básico) de dezembro de 2004 (Padrão H8-2N) = R$ 882,36 por m 2. Valores ABECE 1. Associativismo como elemento de fortalecimento do setor 2. Adesão a um padrão mínimo consensuado de trabalho 3. Adesão a um programa mínimo de evolução e atualização profissional continuada. Linhas Programáticas 1. Promover o associativismo do setor, com abrangência nacional. 2. Estimular o intercâmbio de experiências profissionais (técnicas, administrativas e empresariais). 3. Canalizar as manifestações e articulações do setor perante os agentes institucionais. 4. Criar mecanismos de desenvolvimento e fortalecimento das empresas do setor. 5. Estabelecimento de padrões mínimos reconhecidos de desempenho dos profissionais do setor. 6. Criar condições para elevação dos padrões de desempenho profissional. 7. Estruturação formal da carreira profissional na Engenharia Estrutural. 8. Programa de valorização do pré-aposentando para transformá-lo em auditor. 6