PEDIATRIA INFECÇÕES DE VIAS AÉREAS SUPERIORES

Documentos relacionados
PEDIATRIA INFECÇÕES DE VIAS AÉREAS SUPERIORES

Sinusite Bacteriana Quais São os Critérios para Diagnóstico?

Infecções das Vias Aéreas Superiores ( IVAS ) Qual é o principal agente infeccioso associado ao Resfriado comum? Resfriado comum

O ESTUDO. Sinusite Bacteriana Quais São os Critérios para Diagnóstico?

ESTUDO DIRIGIDO IVAS

MANEJO DAS INFECÇÕES AGUDAS DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES PARA O PEDIATRA GERAL

Compartilhe conhecimento: 2ª parte de nossa análise do mais recente guideline da Academia Americana de Pediatria sobre Sinusite Bacteriana.

INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS (IRAs) NA INFÂNCIA. Enfermagem na Atenção Básica Profa. Maria De La Ó Ramallo Veríssimo

Rinossinusite aguda em crianças e adolescentes

Faringoamigdalites na Criança. Thaís Fontes de Magalhães Monitoria de Pediatria 17/03/2014

DIAS REGINA H. G. MARTINS

ANEXO nº 10 - Infecções Respiratórias Agudas

E-book. Como prevenir as típicas doenças de inverno

Corpo Estranho. Rolha Ceruminosa

Dor de Ouvido e OTITE MÉDIA AGUDA. Angel Mar Roman MFC Universidade Positivo Curitiba (PR)

PEDIATRIA INFECÇÕES DE VIAS AÉREAS INFERIORES PNEUMONIAS

Serviço de Pediatria HU-UFJF. Versão preliminar

PROTOCOLO MÉDICO OTITE MÉDIA AGUDA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Sistema Respiratório. Profª Karin


A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS EM CRIANÇAS DE 0 A 5 ANOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE

INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS (IRAs) NA INFÂNCIA. Enfermagem na Atenção Básica Profa. Maria De La Ó Ramallo Veríssimo

AULA: RINOSSINUSITE AGUDA PROFESSORA: WILMA ANSELMO LIMA

MÓDULO III Clínica Médica Clínica Cirúrgica SUS e Saúde Coletiva Ginecologia Pediatria

Anatomia da orelha media e interna

Otite Media Aguda. Dr. Pedro Machava. Otorrinolaringologista

Objetivos. Rinossinusite. Sinusite (Rinossinusite): o que o pneumologista precisa saber? Esclarecer dúvidas sobre diagnóstico

AULA: RINOSSINUSITES CRÔNICAS E SUAS COMPLICAÇÕES PROFESSORA: WILMA ANSELMO LIMA

Lesões inflamatorias otite media aguda

RINOSSINUSITE AGUDA ACUTE RHINOSINUSITIS

Sinusite Bacteriana Aguda - Protocolo da Academia Americana de Pediatria

AULA: OTITES MÉDIAS AGUDAS PROFESSOR: MIGUEL HYPPOLITO

Otite média aguda em crianças e adolescentes - Diretrizes para o diagnóstico e tratamento

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA INFECÇÃO DAS VIAS AEREAS SUPERIORES

INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS ALTAS EM ADULTOS USUÁRIOS DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ

O RESFRIADO COMUM NA PEDIATRIA

URI: / DOI: / _18

Infecções das vias aéreas superiores

CONHECIMENTOS ESPECIALIZADOS

O INVERNO ESTÁ CHEGANDO Temos que dobrar os cuidados

Celulite orbitária na faixa etária pediátrica e suas complicações: um relato de caso.

AULA: FARINGOTONSILITES AGUDAS E COMPLICAÇÕES PROFESSOR: EDWIN TAMASHIRO

Perfil clínico e epidemiológico de pacientes pediátricos com infecções de vias respiratórias

Atenção Básica. curso de especialização em MÓDULO 6 SAÚDE DA CRIANÇA E A SAÚDE DA FAMÍLIA PRINCIPAIS AGRAVOS NA SAÚDE DA CRIANÇA II

Gripe 4 Sintomas comuns da gripe 5 Tratamento 5 Vacine-se! 6 A quem é direcionada a vacina na rede pública 6

Otite Média Aguda na Infância: Diagnóstico

INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS (IRAs) NA INFÂNCIA classificação na AIDPI

Radiologia do crânio e face

PROCESSO SELETIVO 03/2011 OPERAÇÃO INVERNO MÉDICO CLÍNICA GERAL, MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS

Sistema Respiratório. Clínica Médica Patrícia dupim Universo

Patologias Pediátricas Infeciosas Comuns Tratamento Antimicrobiano nos Cuidados de Saúde Primários

PAXORAL. (lisado bacteriano)

PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE NA INFÂNCIA (PAC)

ASPECTOS CLÍNICOS E RADIOLÓGICOS DE CRIANÇAS COM SINUSOPATIA

Embora as infecções respiratórias altas sejam doenças. Evidências sobre uso de antibacterianos nas infecções respiratórias altas. Resumo.

Universidade Federal do Ceará - UFC Faculdade de Medicina Programa de Ensino Tutorial - PET. Condutas Infecções de Vias Aéreas Superioes

ANTIBIOTICOTERAPIA NA NCIA. Dulce Emilia Moreira

CHEGOU DIA 24 E AGORA?

Protocolo Clínico e de Regulação para Otites

Influenza (gripe) 05/07/2013

Acadêmico: Italo Belini Torres Orientador: Dr. Marcos Cristovam

Hospital Angelina Caron - HAC Prova Geral

OFTALMIA NEONATAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br

CAUSAS DA SINUSITE LOCALIZAÇÃO

1. INTRODUÇÃO 2. OBJETIVOS. Os objetivos deste documento são:

TRATAMENTO AMBULATORIAL DA ASMA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Andréa da Silva Munhoz

Aperfeiçoar o diagnóstico e tratamento das pneumonias adquiridas na comunidade em crianças e adolescentes. Espécie ASSISTENCIAL.

INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS E PRÁTICA DESPORTIVA. Arminda Guilherme Serviço de Imunoalergologia Centro Hospitalar Gaia / Espinho, EPE

URGÊNCIAS EM ORL. 1- OTOLOGIA 2- RINOLOGIA 1.1- Orelha externa Rinossinusite aguda / Complicações

Imagem da Semana: Fotografia

Otimizar o manejo de pacientes com gengivoestomatite herpética..

Apresentação RINO Relato de caso

PREPARATÓRIO RECIFE 2016

BRONCHO VAXOM. Takeda Pharma Ltda. Cápsula. 3,5 e 7,0 mg

RECOLOCAÇÃO DO TUBO DE VENTILAÇÃO DEVIDO A RECIDIVA DE OTITE MÉDIA SEROSA E HIPOACUSIA BILATERAL

PROTOCOLO MÉDICO DIARRÉIA AGUDA. Área: Médica Versão: 1ª

LEUCOGRAMA O que realmente precisamos saber?

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. OUTRAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 5. Profª. Tatiane da Silva Campos

SÍNDROMES DE MONONUCLEOSE

ABORL-CCF. I Campanha sobre uso de antibióticos em infecções de vias aéreas superiores. Órgão Oficial

Últimos 2 anos em polipose nasossinusal Rodrigo de Paula Santos Roberto Eustáquio Guimarães Camila Atallah Pontes

COORDENADORIA DE VIGILÂNCIA ÀS DOENÇAS E AGRAVOS NOTA TÉCNICA 02/2017. Assunto: Orientação sobre conduta diante dos casos ou surto de conjuntivite

C)Os quadros recorrentes acometem principalmente crianças de 2 a 4 anos sem exposição prévia.

Doenças exantemáticas DIP II

SISTEMA RESPIRATÓRIO. Prof. Sérvulo Luiz Borges UFJF

Dra Márcia Holanda, CRM RJ

Maria Barros 8 Novembro 2017 PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE E HOSPITALAR

Síndromes clínicas ou condições que requerem precauções empíricas, associadas às Precauções Padrão.

Doenças Exantemáticas Agudas (DEAS)

Laringites Agudas na Infância

Síndrome de Insuficiência Respiratória Aguda Grave (SARS)

FACTORES DE RISCO PARA REINTERVENÇÃO CIRÚRGICA NO TRATAMENTO DA OTITE MÉDIA EFUSIVA NA CRIANÇA

PAXORAL. (lisado bacteriano)

CIRURGIA DE ADENOAMIGDALECTOMIA. Informações sobre a cirurgia

recomendações Atualização de Condutas em Pediatria

CONJUNTIVITES INFLAMAÇÃO CONJUNTIVAL; CONJUNTIVITE AGUDA; SECREÇÃO OCULAR; HIPEREMIA CONJUNTIVAL.

Transcrição:

PEDIATRIA INFECÇÕES DE VIAS AÉREAS SUPERIORES

ANATOMIA NARIZ Seios da face Ouvido médio FARINGE LARINGE TRAQUEIA BRÔNQUIOS PULMÕES

LOCALIZAR ABORDAGEM DA INFECÇÃO RESPIRATÓRIA NA INFÂNCIA ALTA IVAS MÉDIA BAIXA ESTRIDOR TAQUIPNEIA OTITE MÉDIA AGUDA OMA 5 a 30% RESFRIADO COMUM SINUSITE BACTERIANA 5 a 13%

RESFRIADO COMUM RINOSSINUSITES E RINOFARINGITES ETIOLOGIA: Rinovirus (40%) Coronavirus Metapneumovirus Influenza Parainfluenza VSR TRANSMISSÃO: Aerossóis Gotículas Contato direto (secreção mãos epitélio respiratório) - Principal

CLÍNICA: OBSTRUÇÃO NASAL (Roncos), DOR DE GARGANTA (garganta arranhando) TOSSE (mais à noite) CORIZA (torna-se purulenta com a evolução) FEBRE (crianças) Coriza purulenta não é, necessariamente, infecção secundária. Continue lavando o nariz com soro e observe. O DIAGNÓSTICO É CLÍNICO : TRATAMENTO: Soro nasal, líquidos, antitérmicos (AAS NÃO - SÍNDROME DE REYE) O QUE NÃO FAZER? Não prescrever mucolíticos, antitussígenos,descongestionantes e anti-histamínicos COMPLICAÇÕES: Otite média aguda e Sinusite bacteriana.

OTITE MÉDIA AGUDA - OMA Principal complicação do resfriado comum. 30% dos casos de resfriado comum, complicam com OMA. FATORES DE RISCO: Idade; Sexo; Atopia; Nível socioeconômico; Tabagismo passivo; Anomalias craniofaciais e fatores genéticos

CLÍNICA: Dor, irritabilidade e OTORREIA. DIAGNÓSTICO: HISTÓRIA E EXAME FÍSICO (Otoscopia) Otoscopia normal: Transparente Brilhante (trígono luminoso) Côncava Móvel

MEMBRANA TIMPÂNICA NORMAL Móvel à otoscopia pneumática

MEMBRANA TIMPÂNICA da OMA Hiperemia Opacidade Otorreia Abaulamento

TRATAMENTO: Analgésico e antitérmico ATB? O que fazer? Utilizar 4 parâmetros: certeza diagnóstica idade gravidade uni ou bilateral Certeza diagnóstica: início súbito efusão inflamação Idade: < 6 meses entre 6 meses e 2 anos > dois anos Gravidade: toxemia febre > ou = 39 C otalgia intensa (>48 hs) Estes critérios foram modificados pela AAP em 2013: O diagnóstico deve ser estabelecido em crianças com abaulamento moderado a grave ou otorreia de início agudo. O diagnóstico pode ser estabelecido em crianças com abaulamento leve e início recente de otalgia ou hiperemia.

Atb versus Observação Uptodate: 2 estratégias immediate treatment with antibiotics observation with initiation of antibiotic therapy if the symptoms and signs worsen or fail to improve after 48 to 72 hours.

We suggest that children six months to two years with unilateral or bilateral AOM be treated immediately with an appropriate antibiotic. For children six months to two years with unilateral AOM and mild symptoms (ie, mild ear pain for <48 hours and temperature <102.2 F [39 C]), the American Academy of Pediatrics (AAP) guideline (2013) permits initial observation after shared decision-making with the parent(s)/caregiver We suggest that children 2 years who appear toxic, have persistent otalgia for more than 48 hours, have temperature 102.2 F (39 C) in the past 48 hours, have bilateral AOM or otorrhea, or have uncertain access to follow-up be immediately treated with an appropriate antibiotic. For children 2 years who are normal hosts (eg, immune competent, without craniofacial abnormalities) with mild symptoms and signs and no otorrhea, initial observation may be appropriate if the caretakers understand the risks and benefits of such an approach.

Resumindo idade < 6 meses ENTRE 6 MESES E DOIS ANOS > 2 ANOS Oma com otorreia gravidade T A A T O T B bilateral Sem otorreia D O B ATB ou Observação inicial Unilateral Sem otorreia S ATB ou Observação inicial ATB ou Observação inicial

QUAL ATB? VEJA O AGENTE: Streptococus pneumoniae Haemophilus influenzae Moraxella catarrrhalis AMOXICILINA 10 dias 1ª escolha: AMOXICILINA Br 45 mg/kg/dia EUA 90 mg/kg/dia Usar 90 mg/kg/dia se: < 2 anos creche atb recente FALHA TERAPÊUTICA (48 HS) Se otite + conjuntivite Amoxicilina dose dobrada (90 mg/kg/dia) + clavulanato Amoxicilina dose dobrada (90 mg/kg/dia) + clavulanato

COMPLICAÇÕES: Perfuração timpânica Efusão persistente Mastoidite Perfuração timpânica Evolução benigna - fibrose

Efusão persistente (3 meses)

Mastoidite Aguda Clínica: Dor, hiperemia, edema e desaparecimento do sulco retroauricular Tratamento: internação hospitalar drenagem (miringotomia) Atb parenteral

SINUSITE BACTERIANA O QUE É? Infecção e inflamação da mucosa de um ou mais seios paranasais. Os mesmos agentes da Otite Média Aguda The maxillary sinuses are present at birth and expand rapidly by four years of age. Ciliary activity is necessary for drainage of secretions from the maxillary sinus into the nose because the ostia are located high on the medial walls of the maxillary sinus. The ethmoid sinuses are present at birth; they are made up of a collection of tiny air cells, each with its own opening into the nose. The sphenoid sinuses, which begin to develop during the first two years of life, are typically pneumatized by five years of age and attain their permanent size by 12 years. Development of the frontal sinuses is variable. By six to eight years of age, the frontal sinuses can be distinguished radiographically from the ethmoid sinuses, but they do not complete their development for another 8 to 10 years. Between 1 and 4 percent of adults have agenesis of the frontal sinuses, 80 percent have bilateral frontal sinuses, and the remainder have unilateral frontal sinus hypoplasia.

PATOGÊNESE RN seios etmoidais aerados e seios maxilares rudimentares (aerados aos 4 anos). Seio esfenoidal aparece aos 5 anos. Seio frontal inicia aos 7 anos e termina na adolescência. Daí... < 5 anos só podem ter sinusite etmoidal ou maxilar Patogênese Inflamação edema obstrução - infecção

ETIOLOGIA Streptococus pneumoniae Haemophilus influenzae Moraxella catarrrhalis CLÍNICA RESFRIADO ARRASTADO > 10 dias, com tosse diurna. ou RESFRIADO QUE MELHORA E VOLTA A PIORAR ou QUADRO GRAVE Febre alta (>39 C e coriza purulenta > 3 dias) DIAGNÓSTICO: CLÍNICO Não pedir exame de imagem para crianças < 6 anos

Pediatrics June 2013 From the American Academy of Pediatrics Clinical Practice Guideline Clinical Practice Guideline for the Diagnosis and Management of Acute Bacterial Sinusitis in Children Aged 1 to 18 Years Ellen R. Wald, Kimberly E. Applegate, Clay Bordley, David H. Darrow, Mary P. Glode, S. Michael Marcy, Carrie E. Nelson, Richard M. Rosenfeld, Nader Shaikh, Michael J. Smith, Paul V. Williams, Stuart T. Weinberg The diagnosis of acute bacterial sinusitis is made when a child with an acute upper respiratory tract infection (URI) presents with (1) persistent illness (nasal discharge [of any quality] or daytime cough or both lasting more than 10 days without improvement), (2) a worsening course (worsening or new onset of nasal discharge, daytime cough, or fever after initial improvement), or (3) severe onset (concurrent fever [temperature 39 C/102.2 F] and purulent nasal discharge for at least 3 consecutive days). Clinicians should not obtain imaging studies of any kind to distinguish acute bacterial sinusitis from viral URI, because they do not contribute to the diagnosis.

Opacificação unilateral Nível hidroaéreo

O DIAGNÓSTICO É CLÍNICO RESFRIADO ARRASTADO > 10 dias, com tosse diurna. ou RESFRIADO QUE MELHORA E VOLTA A PIORAR. ou QUADRO GRAVE Febre alta (>39 C e coriza purulenta > 3 dias TRATAMENTO = OMA Amoxicilina 45 mg/kg/dia até 7 dias após melhora clínica

DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: CORPO ESTRANHO RINITE ALÉRGICA SÍFILIS CONGÊNITA Rinorreia fétida, sanguinolenta, unilateral. Prurido, espirros, mucosa nasal pálida, eosinófilos. Secreção serossanguinole nta abundante, primeiros 3 meses.

COMPLICAÇÕES CELULITE PERIORBITÁRIA Inflamação com edema periorbitário. CELULITE ORBITÁRIA Dor à mobilização ocular, edema de conjuntiva e proptose do globo ocular. EMERGÊNCIA INTERNAÇÃO E ATB PARENTERAL DRENAGEM

FARINGOAMIGDALITE BACTERIANA ETIOLOGIA: Streptococus pyogenes (beta hemolítico do grupo A CLÍNICA: 5 15 anos Febre, dor de garganta, exsudato amigdaliano, petéquias no pálato, adenomegalia cervical. Não é complicação de doença viral. Não tem tosse ou coriza. DIAGNÓSTICO: Clínica Teste rápido E S Cultura Hemograma

DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: Herpangina: úlceras e vesículas circundadas por halo eritematoso (coxsakie A) É doença autolimitada e involui em uma semana. O tratamento é sintomático e de suporte.

DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: Adenovirus: febre faringo-conjuntival febre, conjuntivite, faringite, rinite e adenite cervical, com duração de 3 a 5 dias TRATAMENTO: sintomáticos e suporte

DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: Mononucleose infecciosa (vírus Epstein-Barr) Faringite, astenia, e esplenomegalia. A hepatomegalia é menos comum. Atipia linfocitária e rash com amoxicilina Linfadenopatia generalizada Diagnóstico: Clínica e anticorpos heterofilos ou sorologia para EBV. Tratamento: sintomáticos e suporte

DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: PFAPA: Febre, estomatite aftosa, faringite e adenite (aftas, recorrência e cultura negativa. Trata com corticoide) TRATAMENTO DA AMIGDALITE BACTERIANA: Penicilina benzatina ou amoxicilina 10 dias Se alérgicos: macrolídeos

COMPLICAÇÕES Abscesso retrofaríngeo disfagia, sialorreia e torcicolo SUPURATIVAS: Abscesso periamigdaliano amigadalite, disfagia, sialorreia, desvio da úvula e trismo. Tratamento de ambas as complicações supurativas: drenagem e atb parenteral com cobertura para o Streptococus pyogenes (grupo A) e anaeróbios da cavidade oral pois a flora é mista. COMPLICAÇÕES NÃO SUPURATIVAS: Febre reumática e GNDA.