Valor diagnóstico do algorítmo clínico e confirmação bacteriológica da tuberculose em crianças com e sem infecção por HIV, Maputo, 2017 Co-investigadores: Nehaben Ramanlal, Cacilda Massicane, Dulce Bila, Orvalho Augusto, Ester Ribeiro, Sofia Viegas, David Macheque, Leguesse Massawo, Ana Paula Rodrigues, Ana Rosa Araujo, Esmeralda Karajeanes e Paula Vaz
Sumário 1. Introdução 2. Objetivos 3. Metodologia 4. Resultados 5. Discussão 6. Conclusão 7. Limitações 8. Recomendações 9. Agradecimentos 2
Introdução (1) OMS 2016: - 10.4 milhões de pessoas com TB - 1.0 milhão nas crianças (10%) - 1.2 milhões de TB nos HIV+ (11%) Moçambique está entre os países com elevada prevalência da infeção por TB. Nº casos TB reportados (MISAU, 2016): - Geral: 73,470 - Crianças: 9,254 (54%) Estimativa OMS, 2016: - 142,000 em adultos - 17,000 em crianças 3
Introdução (2) O diagnóstico de TB nas crianças é um desafio: - Paucibacilares - Difícil colheita de amostra - Apresentação clínica atípica da TB na co-infecção TB/HIV Diagnóstico de TB infantil = algoritmos clínicos associados a história de contacto com TB e Rx. 4
Introdução (3) A.C.Hesseling & colaboradores fizeram revisão de artigos com diferentes abordagens para diagnóstico de TB Sistema de pontuações, classificação diagnóstica, algoritmos e combinações A.C. Hesseling, et al. A critical review of diagnostic approches used in the diagnosis of childhood tuberculosis. INT J Tuberc Lung Dis 6 (12):1038-1045, 2002 5
Objetivos Avaliar o valor diagnóstico do algorítmo clínico e confirmação bacteriológica da tuberculose em crianças com e sem infecção por HIV 6
Metodologia (1) Local do estudo: HG Machava (CS de Machava II e Ndlavela) Desenho do estudo Transversal descritivo Período de recrutamento: Dezembro 2015 a Maio de 2017 Rastreadas crianças com sinais/sintomas sugestivos de TB e com ou sem história de contacto com TB Em todas as crianças com rastreio clínico positivo para TB submetidas aos exames auxiliares (BK, GX, cultura, LPA, mantoux, QFN e Rx) e teste HIV Pacote estatístico Stata 15 : estatística descritiva e regressão logística 7
Metodologia (2) Critérios de exclusão: Crianças com história de tratamento de TB a menos de 2 anos Crianças que já estavam em tratamento de TB Crianças > de 15 anos Impossibilidade de dar consentimento Recusa em participar 8
Metodologia (3) Definição do caso: TB confirmada: BK ou GX ou cultura positiva para M. tuberculosis Possível TB: diagnóstico clínico de TB sem confirmação bacteriológica, com ou sem história de contacto com TB, Rx sugestivo e resposta ao tratamento de TB Sem TB: Resolução de sintomas sem tratamento de TB ou não melhoria de sinais e sintomas com o tratamento de TB e com bacteriologia e Rx sem confirmação. 9
Resultados 10
Proporção das crianças com TB por faixa etária e estado serológico de HIV (Dez/2015 Mai/2017) 11
Sinais e sintomas prevalentes nas crianças com e sem HIV (Dez/2015 Mai/2017) 12
Comparação entre crianças sem e com confirmação bacteriológica e clínica de TB (Dez/2015 Mai/2017) 13
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Conclusão A avaliação dos sinais/sintomas, separados ou agrupados, não teve uma correlação direta com a confirmação bacteriológica. A confirmação bacteriológica da TB ocorreu em 1/3 dos casos, mas em apenas 9,7% das crianças com co-infeção por TB/HIV Particular realce deve ser dado ás crianças com desnutrição. Observou-se uma associação forte entre a desnutrição e TB. Maior atenção deve ser dada ás crianças com co-infeção por TB/HIV pois o diagnóstico é ainda mais complexo. Prevalece a necessidade de se investigar melhores testes para o diagnóstico da TB nas crianças pois a confirmação bacteriológica ainda é limitada. 15
Limitações Tamanho da amostra reduzida Avaliação pós início e fim do tratamento de TB em curso Algumas crianças diagnosticadas clinicamente como TB e que na realidade não sabemos, daí a necessidade da classificação Limitação na testagem (mantoux e QTF) 16
Recomendações Massificação do uso do algoritmo nacional de diagnóstico da TB para aumento da deteção de casos Capacitação das ESMI na suspeita de TB nas grávidas e recém nascidos e na consulta da criança sadia ou em risco Melhorar a qualidade de rastreio e seguimento de crianças com contacto com TB Incluir nas campanhas de vacinação das crianças o rastreio de TB infantil 17
Agradecimentos Participantes do estudo e os respectivos encarregados Aos técnicos do HG da Machava, CS Machava II e CS Ndlavela Aos técnicos do Laboratório Nacional de Referência de TB 18
Nehaben Ramanlal nramanlal@arielglaser.org.mz