AGREGAÇÃO DO SOLO EM SISTEMAS COM CORTE-E-QUEIMA E CORTE-E- TRITURAÇÃO DA VEGETAÇÃO SUCESSIONAL EM IGARAPÉ-AÇU, PA

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Transcrição:

AGREGAÇÃO DO SOLO EM SISTEMAS COM CORTE-E-QUEIMA E CORTE-E- TRITURAÇÃO DA VEGETAÇÃO SUCESSIONAL EM IGARAPÉ-AÇU, PA Roberto Delmiro Sata Rosa de Paiva¹, Steel Silva Vascocelos², Saime Joaquia Souza de Carvalho Rodrigues³, Osvaldo Ryohei Kato 4 1 Graduado em Egeharia Ambietal, UEPA, bolsista PIBIC/CNPq/Embrapa Amazôia Orietal, robertodelmiro@outlook.com. 2 Pesquisador Dr. em Recursos e Coservação Florestais, Embrapa Amazôia Orietal, steel.vascocelos@embrapa.br. 3 Doutorada em Agroomia, Uiversidade Federal Rural da Amazôia, saime carvalho@yahoo.com.br 4 Pesquisador Dr. em Agricultura Tropical, Embrapa Amazôia Orietal, osvaldo.kato@embrapa.br Resumo: A agricultura de corte-e-queima é praticada de forma tradicioal a Amazôia. Efeitos deletérios sobre os atributos físicos do solo estão associados ao uso do fogo o preparo de áreas para platio, demadado alterativas ao uso da queima. Objetivou-se com esse estudo avaliar o diâmetro médio poderado (DMP), diâmetro médio geométrico (DMG) e ídice de estabilidade de agregados (IEA) em áreas com sistema de corte-equeima, corte-e-trituração e em uma floresta sucessioal de 22 aos. Foram avaliados dois sistemas de maejo com solo caracterizado como Latossolo Amarelo: (a) corte-e-trituração da vegetação seguido pelo platio de culturas alimetares; (b) corte-e-queima da vegetação seguido também pelo platio de culturas alimetares, e uma floresta sucessioal de 22 aos. Após 5 aos de pousio os sistemas de maejo, foram coletados moólitos de solo com volume de 1 dm³, a camada de 0-20 cm para quatificação via seca da porcetagem de massa de agregados. Não houve difereça sigificativa etre os tratametos em relação a DMP, DMG e IEA. A partir dos resultados, ão foi observada ifluêcia dos sistemas de maejo a agregação do solo após 13 aos de cultivo. Coclui-se que sistemas de maejo do solo com queima ou trituração que tem período de pousio ão reduzem a estabilidade de agregados do solo. Palavras-chave: agregados, fogo, maejo do solo. Itrodução A agricultura de corte-e-queima com uso do fogo o preparo de área para platio é tradicioalmete praticada por agricultores familiares a Amazôia. No etato, sabe-se que 267

o uso do fogo o maejo agrícola pode afetar atributos físicos do solo, como a agregação do solo (Ceddia et al., 1999). O sistema de corte-e-trituração é uma alterativa ao uso do fogo, pois promove maior acúmulo de matéria orgâica o solo (Sommer et al, 2004). No etato, o corte-e-trituração mecaizado pode afetar egativamete atributos físicos do solo como desidade e agregação do solo. Neste cotexto é importate verificar o efeito de repetidos ciclos de maejo com corte-e-queima e corte-e-trituração da vegetação secudária a estabilidade de agregados do solo. Objetivou-se com esse estudo avaliar o diâmetro médio poderado, diâmetro médio geométrico e ídice de estabilidade de agregados em áreas com sistema de corte-e-queima, corte-e-trituração e em uma floresta sucessioal de 22 aos. Material e Métodos O estudo foi desevolvido em um experimeto de loga duração, istalado em 2001, localizado a Fazeda Experimetal de Igarapé-Açu (FEIGA) da Uiversidade Federal Rural da Amazôia. Foram avaliados dois sistemas de uso do solo, ocupado 2 ha cada, com solo caracterizado como Latossolo Amarelo: (a) corte-e-trituração da vegetação seguido pelo platio de culturas alimetares; (b) corte-e- queima da vegetação seguido também pelo platio de culturas alimetares, e uma floresta sucessioal de 22 aos. Desde o iício do experimeto, as áreas sofreram 3 ciclos de platio, com pousios de aproximadamete 5 aos. Ao fial do último período de pousio, foram coletados moólitos de solo, com volume de 1 dm 3, a camada de 0-20 cm, para quatificação via seca da porcetagem de massa de agregados. Os moólitos coletados foram peeirados em malha de 8 mm e retidos em malha de 4 mm. Cerca de 100g de solo retido de cada amostra foram submetidos à agitação mecâica em oscilador vertical em série, para separação dos agregados em 7 classes de tamaho (4; 2; 1; 0,250; 0,125; 0,053; <0,053 mm) (Teixeira et al., 2017). Após o peeirameto, as frações de agregados permaeceram em estufa a 105 C por 24 horas para obteção da massa seca de cada classe. Os valores obtidos foram utilizados para calcular o DMP através da equação: DMP = i=1 (xi. wi), em que wi = proporção (%) de cada classe em relação ao total e xi = diâmetro médio das classes, expresso em mm; DMG segudo a equação: DMG = exp i=1 wp.log xi i= wi, em que wp = peso dos agregados de cada classe em gramas e Ídice de Estabilidade de Agregados (IEA) segudo 268

a fórmula: IEA = <0,25mm. Peso da amostra seca wp25 areia Peso da amostra seca areia 100, em que wp25 = peso dos agregados Os dados foram submetidos à aálise de variâcia (p 0,05) para testar o efeito dos sistemas de uso do solo (corte-e-queima, corte-e-trituração) sobre o DMP, DMG e IEA. Para comparação das médias, foi aplicado o teste Tukey (p 0,05). Resultados e Discussão O diâmetro médio poderado (DMP), o diâmetro médio geométrico (DMG) e o ídice de estabilidade de agregados (IEA) ão sofreram ifluêcia sigificativa dos sistemas de uso do solo (p=0,08; p=0,12 e p=0,06; respectivamete) (Tabela 1). Outros estudos com uso do fogo o maejo, como o cultivo da caa-de-açúcar apresetaram dimiuição da estabilidade de agregados e DMP pela ação do fogo a dimiuição da matéria orgâica do solo (Ceddia et al., 1999). No etato, este estudo mostra que o maejo com corte-e-queima ão afetou a agregação do solo, provavelmete pelo período de pousio que acumula material vegetal e há restabelecimeto da vegetação a área, tato que a mesma área em outro estudo ão foi ecotrada redução do teor de C o solo após 13 aos de cultivo com este maejo (Paiva et al., 2017). Tabela 1. Diâmetro médio poderado (DMP), Diâmetro médio geométrico (DMG) e Ídice de Estabilidade de Agregados (IEA) em sistema com corte e queima, corte e trituração e floresta sucessioal em Igarapé-Açu, PA. Sistemas Floresta sucessioal DMP DMG IEA 6,98 ±1,22 a 3,20 ±0,31 a 50,11 ±13,76 a Corte e queima 8,10 ±0,70 a 3,39 ±0,17 a 61,35 ±5,86 a Corte e trituração 7,34 ±0,57 a 3,15 ±0,14 a 50,09 ±5,96 a Médias e desvio-padrão. Médias seguidas de letras iguais a mesma colua ão diferem etre si pelo teste de Tukey 5%. A área com trituração também ão teve ifluêcia a agregação do solo após 13 aos de cultivo, provavelmete por que tem período de pousio com restabelecimeto da 269

vegetação, eriquecimeto do período de pousio com espécies legumiosas arbóreas que geram bastate resíduo orgâico para deposição o solo após a trituração da vegetação após o preparo de área. Também ão foi ecotrada redução do teor de C o solo esta área após 13 aos de cultivo (Paiva et al., 2017). A ifluêcia de óxidos a agregação do solo é cohecida, em solos sob clima tropical a matéria orgâica do solo pode ter papel secudário a formação de agregados (Deef; Six, 2005; Fabrizzi et al., 2009). Nessa situação, atua como pricipal fator de agregação a ligação mieral-mieral por meio de iterações eletrostáticas etre óxidos (pricipalmete de Fe e Al). Assim, este estudo ão foi verificada ifluêcia da ação do fogo e em da passagem de trator a agregação do solo, mesmo após 13 aos de cultivos as áreas, podedo estar associado a ão redução do teor de C e também a ação de óxidos a agregação do solo que provavelmete ão sofreram ifluêcia do maejo. Coclusão Sistemas de maejo do solo com queima ou trituração ão reduzem a estabilidade de agregados do solo. Agradecimetos Ao CNPq pela bolsa de PIBIC, CAPES pela bolsa de doutorado, à Embrapa Amazôia Orietal e aos fucioários do Laboratório de Aálise de Sistemas Sustetáveis (LASS) pelo suporte o desevolvimeto das atividades referetes ao trabalho. Referêcias Bibliográficas CEDDIA, M. B.; ANJOS, L. H. C. dos; LIMA, E.; NETO, A. R.; SILVA, L. A. da. Sistemas de colheita da caa-de-açúcar e alterações as propriedades físicas de um solo Podzólico Amarelo o Estado do Espírito Sato. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 34,. 8, p. 1467-1473, ago. 1999. DENEF, K.; SIX, J. Clay mieralogy determies the importace of biological versus abiotic processes for macroaggregate formatio ad stabilizatio. Europea Joural Soil Sciece, v. 56,. 4, p. 469-479, Aug. 2005. FABRIZZI, K. P.; RICE, C. W.; AMADO, T. J. C.; FIORIN, J.; BARBAGELATA, P.; 270

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