Comunicado de imprensa N 219_5 Produção - Comércio Cautela na indústria latino-americana do aço, queda no consumo e na produção Indicadores da América Latina em janeiro de 219 5,3 milhões de toneladas de aço bruto produzidos; 4,2 milhões de toneladas de aço laminado produzidos; 5,4 milhões de toneladas de consumo aparente de aço; 4% de queda nas importações de aço; 1 de queda nas exportações de aço. Alacero - São Paulo, Brasil, 4 de abril, 219. A atividade econômica na América Latina segue em expansão, mas em um ritmo mais lento do que o previsto anteriormente, comprometendo o avanço da indústria siderúrgica. O mês de março marca um período de estabilidade e expectativas cautelosas para a indústria siderúrgica na região. Em resposta à atitude mais moderada da economia latino-americana, uma vez que grande parte dos países da região revisaram para baixo suas projeções para o PIB do ano (exceto Brasil e Colômbia), a projeção sobre o investimento para o 219 permaneceu relativamente estável, com exceção da Argentina, México e Venezuela. Peru e Venezuela registram uma melhoria, enquanto grandes potências não atingem o nível esperado de produção, comércio e consumo. Em março, a projeção para a produção industrial em 219 cresceu em boa parte da América Latina e Caribe, e a expectativa com relação ao preço final na região também teve alta em grande parte dos países, exceto no México e na Argentina. Embora o mercado siderúrgico da região durante o 219 de janeiro tenha apresentado uma queda de no consumo de aço laminado em relação a janeiro de 218, a produção regional de aço bruto e aço laminado em Janeiro caiu 1% e, respectivamente, versus janeiro de 218, demonstrando incertezas econômicas globais e regionais. Embora a região tenha diminuido 4% de suas importações, a participação das importações no consumo regional também retrocedeu: o consumo regional é representado em 27% por essas importações, contra 3 em janeiro do ano passado. No entanto, a balança comercial, mesmo que permaneça negativa, está mostrando sinais de evolução. O déficit registrado em janeiro de 218 foi 1,2 Mt, com 4 mil toneladas a mais do que no ano anterior (1.176 vs 1.181), no entanto, subiu 11% em relação a dezembro de 218 (-1,1 Mt). MERCADO SIDERÚRGICO LATINO-AMERICANO 218* Milhares de toneladas, variação anual em % Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Acumulado Produção de 5.325 5.187 5.89 5.548 5.26 5.468 5.674 5.46 5.525 5.63 5.275 5.23 65.13 aço bruto 7% - - - Produção de 4.424 4.33 4.889 4.682 4.6 4.55 4.52 4.38 4.51 4.61 4.343 3.988 53.771 laminados 4% 8% - 1% -8% Consumo 5.596 5.134 5.725 5.713 5.437 5.892 5.644 5.889 5.47 5.688 5.385 5.18 66.844 de laminados -7% -1%,4% 1% - -1% indica variação em relação ao mesmo período no ano anterior Atualizado em Mar, 219
A produção de laminados oscila enquanto a de aço bruto permanece estável Apesar das oscilações derivadas da variação de consumo e incertezas do mercado, a produção global de aço permaneceu praticamente estável em janeiro. Aço bruto. América Latina teve uma produção de 5,28 milhões de toneladas (Mt) de aço bruto no mês de janeiro de 219, 1% menor ao registrado no mesmo período de 218 (5,32 Mt). O Brasil é o principal produtor com 5 do total regional (2,9 Mt), crescendo versus janeiro de 218. Aço laminado. A região produziu 4,2 Mt de aço laminado, menos que janeiro de 218. Os principais produtores são o Brasil 1,8 Mt (4 do total latinoamericano) e o México com 1,6 Mt (37% do total latino-americano). GRÁFICO 1 VARIAÇÃO NO CONSUMO DE AÇOS LAMINADOS (JAN 219 VS JAN 218) +/- indica variação em milhares de toneladas indica variação percentual 5 4 3 2 1-1 -2-3 -4-5 -6-7 -8-9 -1 42 1 27% 21% 11% 9% -8% -34% -1-31% -2-1 - -51% -18% - -2 Colômbia 19,1 Guatemala 15 Peru 5,1 Honduras 4,5 Repíblica Dominicana 3,9 Bolívia -1,1 Uruguai -4,8 Venezuela -6,1 Paraguai -11,6 El Salvador -14 Costa Rica -25,8 Equador -38,2 México -38,4 Panamá -42,1 Chile -9 Brasil -16,2 Argentina
Interesse pelo aço diminui Refletindo o déficit de investimento em infraestrutura na América Latina, a aderência das condições financeiras globais e a queda dos preços dos commodities como resultado de tensões comerciais entre os EUA e a China, fez com que a demanda por aço começasse tímida no ano 219. No primeiro mês do ano, a região registrou um consumo de aço laminado de 5,4 Mt, 4% menor que em janeiro de 218 (5,6 Mt). Os principais países que aumentaram seu consumo, tanto em termos absolutos como percentuais foram a Colômbia (42 mil toneladas adicionais e 1), a Guatemala (19 mil toneladas e 27%) e Peru (15 mil toneladas e ). Em comparação com o mesmo período, os países que se destacaram em consumo foram: México com 2,2 Mt (redução de ), Brasil com 1,5 Mt (reduzindo ), Argentina com,3 Mt (baixando 2), Colômbia com,3 Mt (subindo 1) e Peru com,3 Mt (até ). Do total latino-americano, 57% do consumo corresponde a produtos planos (3,1 Mt), 4 a produtos longos (2,2 Mt) e a tubos sem costura (87 mil t). Déficit segue estático O déficit da balança comercial do aço na América Latina retornou ao mesmo nível de 216, com a diferença entre exportações e importações diminuindo 1 em relação ao ano anterior. Em janeiro, a atividade de exportação e importação diminuiu ligeiramente, mesmo com o saldo da balança comercial se mantendo sem mudanças. Importações. Em janeiro de 218, América Latina importou 1,9 Mt de aço laminado, 4% a menos que o importado no mesmo período de 218 (2, Mt). Desse total, 7 correspondem a produtos planos (1,4 Mt), 2 a produtos longos (58 mil t) e a tubos sem costura (61 mil t). Atualmente, as importações de laminados representam 27% do consumo da região, que traz consigo desincentivos para a indústria local, fricções comerciais e coloca em risco fontes de emprego. Exportações. As exportações latinoamericanas de aço laminado foram de 746 mil toneladas, 1 menor que o registrado em janeiro de 218 (825 mil t). Desse total, 4 correspondem a produtos planos (34 mil t), 4 a produtos longos (299 mil t) e 14% a tubos sem costura (17 mil t). Balança deficitária. Em janeiro de 219, a região registrou um déficit comercial de 1,2 mil t de aço laminado. Esse desequilíbrio é o mesmo observado em janeiro de 218. O Brasil é o único país que manteve um superávit em seu comércio de aço laminado (214 mil t). Inversamente, o maior déficit foi registrado no México (-584 mil t). Seguiu-se a Colômbia (-186 mil t), Peru (-158 mil t), Chile (-137 mil t) e Equador (-68 mil t). A evolução dos fluxos comerciais e saldos pode ser vista no Gráfico 2.
GRÁFICO 2 COMÉRCIO SIDERÚRGICO LATINO-AMERICANO Exportação de laminados Importação de laminados Saldo 8 7 827 2. 1.75 1.922 2.6 6 1.5 5 1.25 4 1. 3 2 358 214,4 75 5 746 825 1 189,2 149,4 188 233 147,9 25-1 -2-3 6 74,5 Argentina -1,6 25 3,7 18 Brasil Chile Colômbia México Peru -158,4-137,4-185,8-25 -75-1. Jan 219 Jan 218-1.176-1.181 Milhares de toneladas -4-5 -6-583,5 Milhares de toneladas -1.25-1.75-2. Produção segue em redução em fevereiro Informações antecipadas de fevereiro de 219 indicam que a produção de aço bruto atingiu 5, Mt no mês, menor que em janeiro, e 4% maior que em fevereiro de 218. De forma cumulativa, entre janeiro e fevereiro de 219 a produção alcançou 1,3 Mt, menos do que no período entre janeiro e fevereiro de 218 (1,5 Mt). A produção de laminados fechou em 3,9 Mt, 7% menor do que em janeiro de 219, e 7% menor do que em fevereiro de 218. De forma cumulativa, no período de janeiro a fevereiro de 219, a produção de laminado atingiu 8,1 Mt, 7% menos do que no mesmo período de 218 (8,8 Mt).
Glossário Aço bruto: É o aço em sua apresentação mais básica, após o processo de fundição (placas, tarugos, etc). Para obter as qualidades necessárias para seu uso, este aço tem que passar por processos posteriores (laminação, etc). Aço Laminado: Refere-se ao aço incluído em algum dos três grupos: Produtos longos (aço para concreto, barras, fio-máquina, perfis, carris); Aços planos (folhas e rolos laminadas, revestidas, pré-pintadas, aço inoxidável, de-flandres, zincados, cromados) e tubos sem costura. Mt: Milhões de toneladas. Sobre a Alacero Alacero (Asociación Latinoamericana del Acero) É uma entidade civil sem fins lucrativos que reúne a cadeia de valor do aço da América Latina para fomentar os valores de integração regional, inovação tecnológica, excelência em recursos humanos, responsabilidade empresarial e sustentabilidade. Fundada em 1959, é formada por 4 empresas de 2 países, cuja produção é de aproximadamente 7 milhões anuais e representa 9 do aço fabricado na América Latina. Contato comunicaciones@alacero.org +55 11 3195-583