CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 112/2013 OME DA INSTITUIÇÃO: Solarterra Imp e Com Ltda AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL ATO REGULATÓRIO: (Resolução 176TA2706.pdf) EMENTA (Caso exista):
TEXTO ANEEL TEXTO INSTITUIÇÃO JUSTIFICATIVA INSTITUIÇÃO Art. 3º A estação de medição deve ser posicionada dentro da área do parque solar fotovoltaico, vedado o compartilhamento de estações de medição entre parques vizinhos. 1º A estação de medição deve conter pelo menos: a) 2 (dois) piranômetros de primeira linha, um instalado no plano horizontal e outro no plano do arranjo fotovoltaico; b) 1 (um) medidor de umidade relativa do ar, 1 (um) termômetro, 1 (um) barômetro e 1 (um) sensor pluviométrico; Art. 3º A estação de medição deve ser posicionada dentro da área do parque solar fotovoltaico, vedado o compartilhamento de estações de medição entre parques vizinhos. 1º A estação de medição deve conter pelo menos: a) 1 (um) piranômetro classe Secondary Standard (ISO 9060:1990) instalado no plano horizontal b) 1 (um) piranômetro classe First Class (ISO 9060:1990) instalado no plano horizontal, com disco de sombreamento c) 1 (um) pireliômetro classe First Class (ISO 9060:1990) instalado em rastreador solar d) 1 (um) rastreador solar para instalação dos sensores de radiação solar e) 1 (um) medidor de umidade relativa do ar, 1 (um) termômetro, 1 (um) barômetro e 1 (um) sensor pluviométrico; Para o propósito de medições para usinas solares já outorgadas a minuta original da Aneel que sugere o uso de 2 (dois) piranômetros parece perfeita e adequada, utilizando um deles no plano inclinado (painéis solares) e outro no plano horizontal. Ocorre que antes de uma usina ser outorgada é necessário ao empreendedor que realize uma análise qualitativa de dados sobre radiação solar para avaliação do possível potencial de geração de uma determinada planta fotovoltaica. Neste sentido os dois piranômetros que são adequados para efeito de verificação da potência entregue por uma usina já autorgada, são insuficientes para uma análise de qualidade no que toca à predizer com o grau exigido tanto pela EPE como pelos agentes financeiros (P90 ou mesmo P95) o que seria a geração de uma usina solar. Para aqueles que trabalham no estudo de viabilidade de uma usina solar fotovoltaica é imperativo obter medições de precisão não apenas no plano horizontal (radiação global), mas também da radiação solar direta e também da radiação solar difusa. Estas duas últimas grandezas só são possíveis de obter via utilização de sensores específicos, ambos montados em um dispositivo de rastreamento solar. Para medição da radiação difusa utiliza-se um piranômetro de classe First Class obscurecido por um anteparo circular, e para
medição da radição direta utiliza-se um sensor denominado pireliômetro. Com base nos dados coletados por este conjunto de sensores é que será possível ao projetista determinar a geração de energia de uma dada usina. É bem verdade que o investimento necessário para implantar uma estação solarimétrica como sugerido por nossa instituição é maior que o modelo sugerido pela Aneel, mas também é verdade que tal investimento feito por um empreendedor não será perdido quando sua usina for outorgada pois os sensores necessários para apuração da potência e energia produzidos (2 piranômetros apenas) já estarão disponíveis. O investimento necessário para o modelo de estação solarimétrica proposto por nossa instituição situa-se por volta de R$ 200.000,00, já incluindo o logger e os demais sensores climatológicos. Existem ao menos 4 fabricantes no mundo aptos a fornecer os instrumentos e componentes necessários para tal estação, o que portanto gera concorrência para o mercado consumidor. Vale observar que para os empreendimentos de energia eólica a EPE recomenda aos empreendedores na fase de avaliação de potencial eólico um conjunto de sensores que é rigorosamente igual ao da proposta da Aneel
para as usinas já outorgadas. O mesmo princípio deveria guiar agora o modelo da estação solarimétrica. Como explicado acima existem diferenças, no caso de uma usina solar, entre o que é recomendado para efeito de apuração da energia produzida por uma usina já outorgada e daquele projeto que está em fase de avaliação de viabilidade. Nada nos parece mais correto, que por uma questão de razoabilidade, se solicite que para as usinas já outorgadas exista um conjunto de sensores de radiação solar completos, que permitam avaliar além da radiação global, a difusa e também a direta. Outro detalhe importante diz respeito à correlação de dados de radiação solar obtidos por satélite, que obrigatoriamente devem ser utilizados para análise de viabilidade de um projeto de usina solar por conta de sua validade ao longo do tempo. Tais dados possuem um grau de incerteza da ordem de 5%. Se somadas as incertezas das medições dos instrumentos da estação solarimétrica em solo pode-se chegar a incertezas nos dados finais superiores à 10%. Com o uso de pelo menos um piranômetro de classe Secondary Standard as incertezas finais ficarão abaixo de 5%, o que assegura o grau de confiabilidade de geração da usina a ser construída.
2º A montagem e manutenção das estações, assim como os equipamentos de medição utilizados, devem atender às Normas Técnicas e publicações recomendadas na página da ANEEL na internet. 2º A montagem e manutenção das estações, assim como os equipamentos de medição utilizados, devem atender às Normas Técnicas e publicações recomendadas na página da ANEEL na internet. No caso de estações solarimétricas de precisão é absolutamente crítico o aspecto de manutenção, muito mais severo que em estações anemométricas. Isto decorre do fato que os sensores de radiação solar serem muito afetados pela sujeira que irá se acumular sobre suas cúpulas de vidro/quartzo. A Aneel deve recomendar que a manutenção nestas estações tenha freqüência no mínimo bimestral.