Relatório & Contas Fundo de Pensões dos Colaboradores da Liberty Seguros

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Transcrição:

Relatório & Contas Fundo de Pensões dos Colaboradores da Liberty Seguros

2 Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros

Índice Índice 05 Relatório de Gestão 05 Introdução 06 Enquadramento Macroeconómico 08 Política de Investimento 09 Considerações Finais 11 Demonstração da Posição Financeira 11 Demonstração de Resultados 12 Demonstração de Fluxos de Caixa 13 Notas à Posição Financeira e Demonstração de Resultados 13 Constituição e Actividade 13 Demonstrações Financeiras Apresentadas 13 Princípios contabilísticos 13 a) Geral 13 b) Títulos de crédito 14 c) Contribuições 14 d) Rendimentos 14 e) Pensões 14 f) Comissões 14 g) Regime Fiscal aplicável 14 Títulos de Crédito 14 Numerário e Depósitos 14 Devedores e Credores Gerais 15 Acréscimos e Diferimentos 15 Valor do Fundo 15 Contribuições 16 Rendimentos 16 Mais e Menos Valias 17 Pensões e Capitais Vencidos 17 Objectivos, Princípios e Procedimentos de Gestão de Risco. Origem, Exposição e Gestão dos Riscos 17 Risco de mercado, risco de crédito, risco de concentração e risco de liquidez 17 Risco de Mercado 19 Risco de Crédito 19 Risco de Concentração 19 Risco de Liquidez 20 Transacções com partes relacionadas 20 Acontecimentos após a data do balanço não descritos em pontos anteriores 20 Nota Final 22 Certificação Legal de Contas Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros 3

4 Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros

Relatório de Gestão Relatório de Gestão INTRODUÇÃO O Fundo de Pensões dos colaboradores da Liberty Seguros, criado a 20 de Maio de 1998, é um fundo fechado, constituído por um património autónomo e exclusivamente afecto ao cumprimento das responsabilidades assumidas pela Liberty Seguros, S.A., relativas ao pagamento de prestações diferidas, de acordo com o contrato constitutivo e o Contrato Colectivo de Trabalho em vigor para o setor segurador. No início do ano de 2010, a Liberty Seguros S.A. transferiu para o Fundo de Pensões as responsabilidades com as pensões em pagamento assumidas por 3 apólices de rendas vitalícias Vida Grupo emitidas antes da constituição do Fundo de Pensões. O total de responsabilidades transferidas em 2010 ascendeu a 2.557.420, sendo que o montante da contribuição em activos foi 2.676.353. As pessoas abrangidas pelas apólices eram os reformados e pré-reformados da Liberty Seguros, S.A. com pensões em pagamento que se iniciaram em data anterior à constituição do Fundo de Pensões dos Colaboradores da Liberty Seguros (20 de Maio de 1998). Em 31 de Dezembro de 2011, o património do Fundo totalizava 8.858.229, enquanto as responsabilidades por serviços passados atingiam 8.820.374. No desconto dos cash-flows futuros que integram as responsabilidades do Fundo de Pensões de Benefício Definido são utilizadas taxas de juro de mercado. Esta metodologia assenta no pressuposto de que o valor actual das responsabilidades deve representar, em cada momento, o capital que teria que ser investido para fazer face aos pagamentos futuros. Assim, com base nas taxas de juro nominais de dívida pública da Área do Euro indexadas à inflação, tendo em conta a estrutura temporal das responsabilidades do Fundo de Pensões, apurou-se uma taxa de desconto de 3,44% para Pensionistas e de 3,7% para Participantes (em 2010 apurou-se uma taxa única de 3,9% para Pensionistas e de 4,65 para Participantes), que foi utilizada no cálculo das responsabilidades a 31 de Dezembro de 2011. Em 31 de Dezembro de 2011, o Fundo de Pensões registava um nível de financiamento global de 100,43% (103,62% em 2010). Principais Indicadores do Fundo de Pensões 31/12/2011 31/12/2010 Dados Populacionais Participantes Activos 196 197 Ex-Participantes Activos 139 140 Pensionistas 113 113 Pressupostos Actuariais e Financeiros Taxa de desconto Pensionistas 3,44% 3,96% Taxa de desconto Participantes 3,7% 4,6% Taxa de crescimento das pensões 1,7% 1,6% Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90 Posição Financeira Valor do Fundo 8 858 229 8 851 033 Valor das Responsabilidades 8 820 374 8 542 051 Nível de Financiamento (NF) 100,43% 103,62% Mínimo de solvência (Regulamentação ISP) 136,59% 130,69% Risco Activos (VaR a 1 ano, 99% confiança) 15,95% 13,11% Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros 5

Crescimento do PIB 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% -5,0% -10,0% Fonte: FMI 2011 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Mundo Economias Desenolvidas Zona Euro EUA R. Unido Japão Portugal China India Rússia Brasil Economias Emergentes e em Desenvolvimento ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO Economia Mundial Apesar da crise mundial profunda, decorrente da turbulência nos mercados financeiros, a evolução da economia mundial em 2011 foi bastante positiva. Para esta evolução contribuiu a intervenção pública iniciada em 2009 em muitas economias avançadas e emergentes, que ajudou a suportar a procura, lançando programas de maior estímulo fiscal enquanto suportava as garantias bancárias e as injeções de capital. Em conjunto, estas medidas serviram para reduzir a incerteza e aumentar a confiança, promovendo assim a melhoria das condições financeiras. Foi, igualmente, importante a intervenção dos bancos centrais, que reagiram rapidamente com excecionais reduções nas taxas de juro, bem como com medidas não convencionais, de forma a injetar liquidez e sustentar o crédito. Contudo, foi determinante o bom desempenho dos mercados asiáticos, em especial da China, da Índia e da Rússia, que tiveram performances fundamentais para que o crescimento mundial em 2011 atingisse um valor médio em torno dos 3,8%. Para 2012 e em termos mundiais é de esperar um crescimento em torno dos 3,3%. O forte impulso continuará a ser suportado pelas economias emergentes, e continuarão a existir algumas incertezas financeiras e de crescimento económico sustentado entre as economias avançadas. E, no caso particular da Europa, os casos de crise da dívida soberana ocorridos desde Novembro de 2010 continuarão a obrigar a sucessivas reavaliações das perspetivas de crescimento. Euribor 3 meses 6,0% 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 1,0% 0,0% Jan-07 Mar-07 Mai-07 Jul-07 Set-07 Nov-07 Jan-08 Mar-08 Mai-08 Jul-08 Set-08 Nov-08 Jan-09 Mar-09 Mai-09 Jul-09 Set-09 Nov-09 Jan-10 Mar-10 Mai-10 Jul-10 Set-10 Nov-10 Jan-11 Mar-11 Mai-11 Jul-11 Set-11 Nov-11 Jan-07 Mar-07 Mai-07 Jul-07 Set-07 Nov-07 Fonte: Banco de Portugal Euro / Dólar 1,8% 1,7% 1,6% 1,5% 1,4% 1,3% 1,2% 1,1% 1,0% 0,9% 0,8% 0,7% Jan-99 Mai-99 Set-99 Jan-00 Mai-00 Set-00 Jan-01 Mai-01 Set-01 Jan-02 Mai-02 Set-02 Jan-03 Mai-03 Set-03 Jan-04 Mai-04 Set-04 Jan-05 Mai-05 Set-05 Jan-06 Mai-06 Set-06 Jan-07 Mai-07 Set-07 Jan-08 Mai-08 Set-08 Jan-09 Mai-09 Set-09 Jan-10 Mai-10 Set-10 Jan-11 Mai-11 Set-11 Fonte: Banco de Portugal 6 Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros

Relatório de gestão Economia Nacional Indicadores Macroeconómicos Macroeconomic Indicators 2007 2008 2009 2010 2011 Produto Interno Bruto Real GDP Growth 2,4% 0,0% -2,5% 1,4% -1,6% Consumo Privado Real Private Consumption Expenditure 2,5% 1,3% -1,1% 2,3% -3,7% Consumo Público Real Public Consumption Expenditure 0,5% 0,4% 3,7% 1,3% -4,3% Exportações Exports 7,6% -0,1% -11,6% 8,8% 7,2% Investimento Investment 2,6% -0,3% -11,3% -4,9% -11,0% Taxa de Desemprego Unenployment Rate 8,0% 7,6% 9,5% 10,8% 12,5% Índice de Preços do Consumidor Consumer Prices Index 2,4% 2,7% -0,9% 1,4% 3,5% A economia portuguesa continua a sofrer os efeitos da crise económica e financeira mundial, mas também da falta de reformas estruturais que permitam um crescimento e um desenvolvimento sustentados e, consequentemente, um aumento da competitividade. O plano de ajuda negociado entre o Governo e a Troika, prevê um empréstimo de 78 mil milhões de euros durante três anos e um conjunto de medidas de austeridade com vista à consolidação das contas públicas. Por um lado, pretende-se aumentar as receitas por via de um agravamento de impostos e, por outro, reduzir as despesas reestruturando diversas áreas públicas. A implementação destas medidas tem tido impactos negativos ao nível da taxa de desemprego, no rendimento disponível, nos níveis de consumo, de poupança e de endividamento. Paralelamente, as principais agências de rating mundiais realizaram vários downgrades sucessivos à notação da república portuguesa, agravando a instabilidade financeira. Nos últimos dez anos, a economia portuguesa cresceu em média 0,31%, tendo o Banco de Portugal previsto uma recessão de 3,1% do PIB para 2012 e um crescimento de apenas 0,3% para 2013. Em relação aos restantes indicadores, prevê- -se um decréscimo de 6% e de 2,9% ao nível do consumo privado e público, respetivamente, uma diminuição da procura interna de 6,5% bem como um aumento das exportações de 4,1% e uma diminuição das importações em 6,3%. Produto Interno bruto 6,0% 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 1,0% 0,0% -1,0% -2,0% -3,0% -4,0% 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte: OCDE Taxa de Inflação (%) 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 1,0% 0,0% -1,0% -2,0% 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte: OCDE Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros 7

Taxa de Desemprego (%) 16,0% 14,0% 12,0% 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte: OCDE Depois da volatilidade registada nos últimos anos, com grandes períodos de queda e alguns períodos de recuperação, durante 2011 voltou a verificar-se grande instabilidade nos principais índices mundiais. Deste modo, registaram-se quedas nos índices Euro- -Stoxx, Nasdaq, Dax Xetra, IBEX 35 e NIKKEI 225 de 17,1%, 1,8%, 14,7%, 13,1% e 17,3% respetivamente, e aumento do índice Dow Jones de 5,5%. O índice S&P 500 registou uma variação de 0%; quanto ao PSI 20 diminuiu 27,60% face a 2010. PSI 20 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2-jan-07 6-fev-07 13-mar-07 19-abr-07 25-mai-07 29-jun-07 3-ago-07 7-set-07 12-out-07 16-nov-07 21-dez-07 30-jan-08 5-mar-08 11-abr-08 19-mai-08 23-jun-08 28-jul-08 1-set-08 6-out-08 11-nov-08 15-dez-08 21-jan-09 25-fev-09 1-abr-09 6-mai-09 10-jun-09 15-jul-09 19-ago-09 23-set-09 28-out-07 2-dez-09 8-jan-10 12-fev-10 19-mar-10 27-abr-10 1-jun-10 6-jul-10 10-ago-10 14-set-10 19-out-10 23-nov-10 28-dez-10 1-fev-11 8-mar-11 12-abr-11 19-mai-11 23-jun-11 28-jul-11 1-set-11 6-out-11 10-nov-11 15-dez-11 Fonte: Banco de Portugal POLÍTICA DE INVESTIMENTO A política de investimento do Fundo de Pensões encontra-se em consonância com a Norma 7/2007, emitida pelo Instituto de Seguros de Portugal (ISP), apresentando os seguintes limites prudenciais: Classe de Activos Ponderação Máxima Instrumentos de Capital - Acções 40% Investimentos não cotados 15% Activos do grupo Liberty 10% Imóveis e unidades de participação em fundos de investimento imobiliário 50% Investimentos em moeda estrangeira 30% Durante o exercício de 2011 os limites acima mencionados não foram excedidos. O objectivo da política de investimento consiste na maximização da rendibilidade dos activos sob gestão face ao valor das responsabilidades assumidas, limitando o risco de redução do nível de financiamento. A prossecução deste objectivo fica sujeita à salvaguarda da necessidade de assegurar a todo o momento: A manutenção de um adequado grau de liquidez, que permita fazer face às responsabilidades com o pagamento de pensões e capitais de remição; A limitação dos riscos incidentes sobre o valor dos activos que compõem o património do Fundo, através da adopção de critérios prudenciais de selecção de instrumentos e instituições objecto de investimento; A diversificação e dispersão das aplicações, de modo a evitar a acumulação de riscos, bem como a concentração excessiva em qualquer activo, emitente ou grupo de empresas. 8 Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros

Relatório de gestão A carteira de Investimentos é composta exclusivamente por títulos de rendimento fixo que se repartem por setor de indústria como se segue: Setor de Indústria 31 de Dezembro 2011 31 de Dezembro 2010 Tecnologia e Comunicações 1 352 382 1 367 768 Energia 665 447 671 177 Financeiro 461 567 480 991 Governo 3 602 143 3 769 848 Materiais Básicos 664 665 673 341 Concumo Cíclico e Não Cíclicos 679 362 675 535 Utilidades 857 489 883 010 Total 8 283 055 8 521 671 Como se pode verificar pelo quadro acima, cerca de 44% do total dos investimentos encontra-se em Obrigações de Governos. No que respeita à qualidade creditícia da carteira de investimentos, conclui-se, pelo exposto no quadro abaixo, que cerca de 73,7% da carteira apresenta uma notação de rating igual ou superior a A (77% em 2010). Instrumentos Financeiros 11/12/31 % % Acum 10/12/31 % % Acum AA 0 0,0% 0% 2 669 090 31,3% 31% A 6 105 544 73,7% 74% 3 860 448 45,3% 77% BB 2 177 512 26,3% 100% 1 992 133 23,4% 100% Total 8 283 056 100% 8 521 671 100% A rendibilidade dos activos do fundo nos últimos quatro anos é mostrada no quadro seguinte: 10% 8% 6% 4% 2% 0% -2% 2008 2009 2010 2011 CONSIDERAÇÕES FINAIS Gostaria o Conselho de Administração de manifestar a seu agradecimento a todas as entidades que apoiaram a nossa empresa no desenvolvimento da sua actividade, designadamente o Instituto de Seguros de Portugal, a Associação Portuguesa de Seguradores, os Accionistas e os restantes Órgãos Sociais. Finalmente, gostaríamos de agradecer a todos os nossos colaboradores todo o esforço demonstrado. Lisboa, 5 de Abril de 2011. O Conselho de Administração José António da Graça Duarte de Sousa, Presidente e Administrador Delegado Jonathan Wismer, Vogal Edmund Kenealy, Vogal Luís Bonell Goytisolo, Vogal Marta Sobreira Reis Alarcão Troni, Vogal Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros 9

10 Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros

Posição financeira e Demonstração de Resultados Posição financeira e Demonstração de Resultados Demonstração da Posição Financeira Notas 2011 2010 Ativo Investimentos 5 Títulos de dívida Pública 3 453 910 3 621 557 6 Outros títulos de dívida 4 534 351 4 605 186 Numerário, depósitos em instituições de crédito e aplicações MMI 575 175 218 232 Outros ativos 0 0 Devedores 0 0 7 Entidade gestora 0 30 223 7 Estado e outros entes públicos 0 79 181 7 Depositários 0 1 727 8 Acréscimos e diferimentos 294 794 294 927 Total Ativos 8 858 230 8 851 033 Passivo Credores 7 Associados 1 0 Total Passivo 1 0 Valor do Fundo 8 858 229 8 851 033 Valor da Unidade de Participação - - Demonstração de Resultados Notas 2011 2010 10 Contribuições 614 948 2 676 353 13 Pensões, capitais e prémios únicos vencidos -718 887-778 748 12 Ganhos líquidos dos investimentos -238 482-511 678 11 Rendimentos líquidos dos investimentos 418 677 434 685 Outros rendimentos e ganhos 114 975 Outras despesas -69 174-4 304 Resultado Líquido 7 196 1 817 283 Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros 11

Demonstração de Fluxos de Caixa Notas 2011 2010 Fluxos de caixa das atividades operacionais Contribuições Contribuições dos associados 614 948 2 676 353 Contribuições dos participantes/beneficiários 0 0 Transferências 0 0 Pensões, capitais e prémios únicos vencidos Pensões pagas -717 159-1 159 299 Prémios únicos para aquisição de rendas vitalícias 0 0 Capitais vencidos (Remições/vencimentos) 0 0 Transferências 0 0 Encargos inerentes ao pagamento das pensões e subsídios por morte 0 0 Prémios de seguros de risco de invalidez ou morte 0 0 Indemnizações resultantes de seguros contratados pelo fundo 0 0 Participação nos resultados dos contratos de seguro emitidos em nome do fundo 0 0 Reembolsos fora das situações legalmente previstas 0 0 Devolução por excesso de financiamento 0 0 Remunerações 0 0 Remunerações de gestão 0 0 Remunerações de depósito e guarda de títulos -2 020-2 811 Outros rendimentos e ganhos 114 975 Outras despesas -54 244-1 493 Fluxo de caixa líquido das atividades operacionais -158 360 1 513 725 Fluxos de caixa das atividades de investimento Recebimentos Alienação/reembolso dos investimentos 0 885 000 Rendimentos dos investimentos 528 213 321 294 Pagamentos Aquisição de investimentos 0-2 587 413 Comissões de transação e mediação -12 910 0 Outros gastos com investimentos 0 0 Fluxo de caixa líquido das atividades de investimento 515 303-1 381 119 Variações de caixa e seus equivalentes 356 943 132 606 Efeitos de alterações da taxa de câmbio 0 0 Caixa no início do período de reporte 218 232 85 626 Caixa no fim do período de reporte 575 175 218 232 12 Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros

Posição financeira e Demonstração de Resultados Notas à Posição financeira e Demonstração de Resultados (Os valores são apresentados em Euros) Constituição e Actividade O Fundo de Pensões dos colaboradores da Liberty Seguros S.A. foi constituído em 20 de Maio de 1998. O Fundo de Pensões é representado por um património autónomo, exclusivamente afecto à realização do plano de pensões em vigor, no qual se constitui o direito, por parte dos trabalhadores do Liberty Seguros, S.A., ao recebimento de prestações de reforma e de pré-reforma estabelecidas no plano de pensões de acordo com o contrato constitutivo e o Contrato Colectivo de Trabalho em vigor para o setor segurador. No início do ano de 2010, a Liberty Seguros S.A. transferiu para o Fundo de Pensões a responsabilidade com as pensões em pagamento assumidas por 3 apólices de rendas vitalícias Vida Grupo emitidas antes da constituição do Fundo de Pensões. O total de responsabilidades transferidas em 2010 ascendeu a 2.557.420, sendo que o montante da contribuição em ativos foi de 2.676.353. As pessoas abrangidas pelas apólices eram os reformados e pré-reformados da Liberty Seguros, S.A. com pensões em pagamento que se iniciaram em data anterior à constituição do Fundo de Pensões dos Colaboradores da Liberty Seguros (20 de Maio de 1998). Demonstrações Financeiras Apresentadas As contas anexas foram apresentadas de acordo com os registos contabilísticos existentes. Estas contas sumarizam as transacções e o património líquido do Fundo. Não consideram as responsabilidades referentes a pensões ou outros benefícios a pagar no futuro. A posição atuarial do Fundo, contemplando tais responsabilidades, é expressa no relatório atuarial. A leitura destas demonstrações financeiras deve ser efectuada em conjunto com o referido relatório. Princípios contabilísticos a) Geral As demonstrações financeiras foram preparadas de harmonia com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e em conformidade com as normas emanadas pelo Instituto de Seguros de Portugal (ISP). As contas foram preparadas segundo a convenção dos custos históricos (modificada pela adopção do princípio do valor actual relativamente aos investimentos em terrenos, edifícios e títulos de crédito) e na base da continuidade das operações, em conformidade com os conceitos contabilísticos fundamentais da consistência, prudência e especialização dos exercícios. b) Títulos de crédito Os investimentos financeiros em carteira à data de 31 de Dezembro de 2011 encontram-se valorizados ao justo valor, em conformidade com a Norma nº 9/2007, de 28 de Junho de 2007 do ISP. No cumprimento da referida Norma, para os títulos cotados cuja cotação se afaste de forma significativa do justo valor de realização, é utilizada, para efeitos de valorização, uma metodologia económica ajustada ao tipo de activo financeiro em causa. A diferença entre o justo valor dos títulos e o respectivo custo de aquisição é registado nas rubricas Mais e Menos valias, consoante o caso, da Demonstração de Resultados. A diferença entre o produto da venda dos títulos e o valor pelo qual se encontra contabilizado é também registada nas mesmas rubricas. Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros 13

c) Contribuições As contribuições para o Fundo, efectuadas pela Liberty Seguros S.A., são registadas, quando efectivamente recebidas, na rubrica de Contribuições da Demonstração de Rendimentos e Despesas (ver nota 10). d) Rendimentos Os rendimentos respeitantes a rendimentos de títulos são contabilizados no período a que respeitam, excepto no caso de dividendos de acções, que apenas são reconhecidos quando recebidos. e) Pensões As pensões são pagas aos beneficiários através da Liberty Seguros S.A., que é posteriormente ressarcida pelo Fundo, numa base mensal, do valor global dispendido (ver nota 13). f) Comissões As comissões são contabilizadas na respectiva rubrica da Demonstração de Resultados no período a que se refere, independentemente da data do seu pagamento. As comissões ainda não liquidadas são registadas por contrapartida da rubrica de acréscimos de Custos e as comissões pagas antecipadamente em relação ao período a que se referem são registadas na rubrica de Custos Diferidos. g) Regime Fiscal aplicável Os fundos de pensões estão isentos de pagamento de IRC, de acordo com o Estatuto dos Benefícios Fiscais. Títulos de Crédito Títulos de Crédito 2011 2010 Valor de Mercado Títulos de Rendimento Fixo Obrigações de Dívida Pública 3 453 910 3 621 557 de Outros Emissores 4 534 351 4 605 186 Total de Títulos de Crédito 7 988 261 8 226 743 A variação ocorrida deveu-se às menos valias potenciais do exercício que ascenderam a 238.482 (ver nota 12). Numerário e Depósitos Esta rubrica apresenta o seguinte detalhe: Numerário e Depósitos Bancários 2011 2010 Numerário Depósitos à ordem no estrangeiro 575 175 218 232 Devedores e Credores Gerais Esta rubrica apresenta o seguinte detalhe: Devedores e Credores Gerais 2011 2010 Activos Correntes Impostos 0 79 181 Entidade Gestora 0 30 223 Outros 0 1 727 Total Activos Correntes 0 111 131 Passivos Correntes Outros 1 0 Total Passivos Correntes 1 0 Valor Líquido -1 111 131 14 Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros

Posição financeira e Demonstração de Resultados Acréscimos e Diferimentos Esta rubrica apresenta o seguinte detalhe: Acréscimos e Diferimentos 2011 2010 Juros a Receber Títulos de Crédito de Dívida Pública 148 233 148 291 de Outros Emissores 146 561 146 636 Valor Líquido 294 794 294 927 Valor do Fundo As variações no valor do Fundo apresentam-se como se segue: Valor do Fundo 2011 2010 Valor do Fundo inicial 8 851 034 7 033 751 Acréscimo por contribuições (nota 10) Correntes 614 948 0 Extraordinárias 0 2 675 074 Decréscimo por pensões vencidas (nota 13) -718 887-778 748 Resultado Financeiro 111 134-79 043 Valor do Fundo final 8 858 229 8 851 034 Responsabilidades Por Serviços Passados 8 820 374 8 542 052 Pensões em Pagamento 8 080 479 7 948 841 Participantes e ex-participantes 739 894 593 210 Excesso / (Insuficiência) 37 855 308 983 As responsabilidades por serviços passados evoluiram de 8.542.052 em 2010 para 8.820.374 em 2011, o que representa um aumento de 278.340. O valor actual das pensões em pagamento regista um aumento de 131.638 originado pelo custo normal do ano. As responsabilidades por serviços passados dos participantes do Fundo de Pensões, activos e ex-colaboradores, passaram de 593.210 em 2010 para 739.894 em 2011. Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros 15

Contribuições As contribuições para o Fundo, efetuadas pela Liberty Seguros, S.A., desdobram-se da seguinte forma: Contribuições 2011 2010 Contribuições Correntes 614 948 0 Contribuições Extraordinárias 0 2 676 353 Total Contribuições 614 948 2 676 353 A contribuição prevista para 2012 é de 8.580. Rendimentos Esta rubrica representa os rendimentos obtidos, com a seguinte natureza: Rendimentos 2011 2010 Títulos de Crédito Obrigações 418 677 434 685 de Dívida Pública 194 677 189 383 de Outros Emissores 223 999 245 302 Depósitos à Ordem 114 975 Total Rendimentos 418 791 435 660 Mais e Menos Valias As mais e menos valias registadas no exercício desdobram-se como se segue: Mais e Menos Valias 2011 2010 Mais e Menos Valias Potenciais Títulos de Crédito Mais Valias 47 354 100 604 Menos Valias -285 836-593 115 Total Mais e Menos Valias Potenciais -238 482-492 511 Mais e Menos Valias Realizadas Títulos de Crédito Mais Valias 0 0 Menos Valias 0-19 168 Total Mais e Menos Valias Realizadas 0-19 168 Total Mais Valias 47 354 100 604 Total Menos Valias -285 836-612 283 Total Mais e Menos Valias -238 482-511 678 16 Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros

Posição financeira e Demonstração de Resultados Pensões e Capitais Vencidos São beneficiários das pensões os indivíduos que passaram à situação de reforma por limite de idade, por invalidez ou por antecipação de reforma e os que auferem pensões de sobrevivência. Esta rubrica apresenta o seguinte detalhe: O Fundo de Pensões dos Colaboradores da Liberty Seguros à data de 31 de Dezembro de 2011 apresentava a seguinte estrutura de ativos: Pensões e Capitais Vencidos 2011 2010 Pensões de reforma p/ limite de idade 294 641 296 932 Pensões de reforma p/ invalidez 170 465 174 576 Pensões por antecipação de reforma 246 088 293 443 Encargos inerentes ao pagamento de pensões 7 693 13 797 Total Penões e Capitais Vencidos 718 887 778 748 2011 8% 6% 16% 43% Objectivos, Princípios e Procedimentos de Gestão de Risco. Origem, Exposição e Gestão dos Riscos Risco de mercado, risco de crédito, risco de concentração e risco de liquidez A gestão do risco de mercado, do risco de crédito, do risco de concentração e do risco de liquidez do Fundo de Pensões dos Colaboradores da Liberty Seguros é assegurada pela Liberty Seguros, enquanto entidade gestora e único associado, e encontra- -se integrada no âmbito da política de gestão de investimentos em vigor. Esta tem como objetivo, a maximização da rendibilidade dos ativos sob gestão face ao valor das responsabilidades assumidas, limitando o risco de redução do nível de financiamento e cumprindo com as restrições emanadas pela entidade supervisora. A prossecução deste objetivo fica sujeito à salvaguarda da necessidade de assegurar a todo o momento: A manutenção de um adequado grau de liquidez que permita fazer face às responsabilidades com o pagamento de pensões e capitais de remição; A limitação dos riscos incidentes sobre o valor dos ativos que compõem o património do Fundo, através da adoção de critérios prudenciais de seleção de instrumentos e instituições objeto de investimento; A diversificação e a dispersão das aplicações, de modo a evitar a acumulação de riscos bem como a concentração excessiva em qualquer ativo, do emitente ou de grupo de empresas. Risco de Mercado Risco de movimentos adversos no valor de ativos do fundo de pensões, relacionados com variações dos mercados de capitais, dos mercados cambiais, das taxas de juro, dos mercados imobiliários e do risco de spread. O risco de mercado inclui, ainda, os riscos associados ao uso de instrumentos financeiros com derivados incorporados e produtos estruturados com características idênticas aos derivados. No âmbito da gestão do risco de mercado deve também ser tido em consideração o risco de mismatching entre ativos e responsabilidades A carteira de investimento do Fundo de Pensões dos Colaboradores da Liberty Seguros, em referência 31 de Dezembro de 2011, é composta na sua totalidade por obrigações, não tendo sofrido alterações face ao exercício anterior, em que esta natureza de títulos representava igualmente a totalidade da carteira afeta, conforme se encontra refletido no quadro seguinte: Instrumentos Financeiros 31 de Dezembro 2011 31 de Dezembro 2010 Títulos de Rendimento Fixo 8 283 055 8 521 671 Total 8 283 055 8 521 671 Os valores constantes no quadro acima incluem os juros corridos das obrigações. 10% 8% 8% Tecnologia e comunicações Financeiro Materiais básicos Utilidades Energia Governo Consumo cíclico e não cíclicos Em referência a 31 de Dezembro de 2010, a repartição era: 2010 16% 10% 6% 8% 8% 8% 44% Tecnologia e comunicações Financeiro Materiais básicos Utilidades Energia Governo Consumo cíclico e não cíclicos Durante o exercício de 2011 não se registaram operações de compra e venda de títulos, pelo que não existem alterações na estrutura setorial, sendo que os setores governamentais, tecnologias e comunicações e o de utilidades representam 70% do total de instrumentos financeiros. Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros 17

A distribuição do risco, por país emitente dos ativos financeiros anteriormente indicados, encontra-se, em referência a 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, repartida da seguinte forma: 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0 ES FR IT LU NL PT USA 2011 2010 Da análise por país emitente, verifica-se a existência de alguma diversidade, sendo que Espanha, Holanda e Estados Unidos da América são os países mais representativos, com cerca de 73% em 2011, face a 71% em 2010, resultando a alteração da variação do justo valor dos ativos financeiros. Todos os ativos aqui espelhados são transacionados em Euros, pelo que não existe exposição ao risco de taxa de câmbio. O valor de mercado, a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, dos títulos de dívida pública de Portugal, Espanha e Itália, apresenta-se como segue: Instrumentos de Dívida Pública 31 de Dezembro 2011 31 de Dezembro 2010 Espanha 2 707 618 2 669 090 Itália 699 705 798 471 Portugal 194 820 302 286 Total 3 602 143 3 769 848 No que concerne aos títulos da dívida pública dos países referidos acima, não há incumprimento objetivo, visto não ter ocorrido qualquer suspensão de pagamentos para além da existência da possibilidade de recurso ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira e ao FMI, para Espanha e Itália, e de para Portugal existir uma avaliação positiva relativamente ao cumprimento do programa de ajustamento económico e financeiro, que é contrapartida da ajuda financeira recebida àquelas entidades durante o exercício de 2011. A análise da sensibilidade às taxas de juro utilizando a duração modificada, que mede a sensibilidade do valor de mercado da carteira a alterações da taxa de juro, é de 7,19% em 2011, o que significa que se pressupõe que, se as taxas de juro aumentarem 1% que a carteira acima diminua o seu valor em 7,19%. Em 2010, a duração modificada era de 7,68%, o que significa que o Fundo de Pensões se encontra menos exposto a variações na taxa de juro. O Value at Risk (VaR) é uma medida para análise do risco de mercado, que considera as variações históricas dos preços dos títulos e assumindo que estes terão a mesma distribuição durante o próximo ano, de forma a estimar o impacto do valor de mercado atual, num determinado horizonte temporal. Considerando um horizonte temporal de um ano e um nível de confiança de 99%, obtemos um VaR, a 31 de Dezembro de 2011, para a carteira, acima de 15,95%, o que significa que existe 1% de probabilidade de virmos a ter perdas na nossa carteira superiores a 15,95% do seu valor actual. A mesma análise, em referência a 31 de Dezembro de 2010, apresenta um VaR de 13,11%. Verifica-se neste indicador uma subida, resultante da volatilidade dos preços, representando um aumento do Fundo de Pensões à exposição do risco de mercado. 18 Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros

Posição financeira e Demonstração de Resultados Risco de Crédito Risco de incumprimento ou de alteração na qualidade creditícia dos emitentes de valores mobiliários aos quais o fundo de pensões está exposto, bem como dos devedores, prestatários, participantes, beneficiários que com ele se relacionam. O Fundo de Pensões dos Colaboradores da Liberty Seguros, à data de 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, apresentava a seguinte estrutura de ativos financeiros por setor risco de crédito, de acordo com ratings da Standard & Poor s: 80% 70% 60% 50% 40% 30% Em referência a 31 de Dezembro de 2011, a carteira de ativos com uma cotação igual ou superior a A sofreu um decréscimo de cerca de três pontos percentuais face a 31 de Dezembro de 2010, sendo que estes ativos representam 74% da carteira, comparativamente com 77% no exercício anterior. Os restantes ativos em carteira em 2011 (26%), com notação BBB sofreram um aumento de três pontos percentuais relativamente ao exercício anterior. A variação a nível de ratings resulta exclusivamente do comportamento dos mercados durante o exercício. Risco de Concentração Risco que resulta de uma elevada exposição do fundo de pensões a determinadas fontes de risco, tais como categorias de ativos ou tipos de benefícios, com potencial de perda suficientemente elevado para afetar de forma material a situação financeira ou de solvência do fundo. A entidade Gestora não garante uma taxa de rendimento mínimo dos ativos que compõem o património do Fundo, conforme estabelecido no Artigo 8º do Contrato de Gestão do Fundo Pensões dos Colaboradores da Liberty Seguros. Da análise da carteira de investimentos do Fundo de Pensões, em referência a 31 de Dezembro de 2011, a qual não sofreu alterações relativamente ao exercício anterior, verifica-se a inexistência de títulos que representem mais do que 10% por emitente, com exceção de título do governo, para o qual não existe limite. Em termos de diversificação por setor de indústria, para a mesma carteira e em referência aos mesmos períodos, verifica-se que, à exceção do governo para o qual não existe limite, não existe nenhum setor cujo peso relativo seja superior a 20%. 20% 10% 0 AA A 2011 2010 BBB Risco de Liquidez Risco que advém da possibilidade do fundo de pensões não deter ativos com liquidez suficiente para fazer face aos requisitos de fluxos monetários necessários ao cumprimento das responsabilidades assumidas para com os beneficiários à medida que se vencem. Das análises periódicas de Assets Liability Management (ALM), fazem parte integrantes a análise de taxas de juros, duração modificada, setor de indústria e país emitente, diversificação por tipo de título e ratings, as quais se encontram ligadas com os riscos de mercado e riscos de crédito, mencionados nos pontos anteriores. Os resultados obtidos da análise de ALM em referência a 31 de Dezembro de 2011, demonstram que o matching entre ativos e passivos, em termos totais, é negativo, sendo coberto pelo montante de depósitos. Os quadros seguintes apresentam, em referência a 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a segmentação dos ativos pela sua maturidade: Risco de Liquidez 31 de Dezembro 2011 < 1 ano 1 a 3 anos 3 a 5 anos 5 a 15 anos > 15 anos Sem Maturidade Total Investimentos Títulos de Rendimento Fixo 0 1 522 155 2 275 519 1 077 961 3 407 420 0 8 283 055 Depósitos 575 175 0 0 0 0 0 575 175 Sub Total 575 175 1 522 155 2 275 519 1 077 961 3 407 420 0 8 858 230 Outros Activos Devedores 0 0 0 0 0-1 -1 Sub Total 0 0 0 0 0-1 -1 Total 575 175 1 522 155 2 275 519 1 077 961 3 407 420-1 8 858 229 Risco de Liquidez 31 de Dezembro 2010 < 1 ano 1 a 3 anos 3 a 5 anos 5 a 15 anos > 15 anos Sem Maturidade Total Investimentos Títulos de Rendimento Fixo 0 883 010 1 801 946 2 447 470 3 389 245 0 8 521 671 Depósitos 218 232 0 0 0 0 0 218 232 Sub Total 218 232 883 010 1 801 946 2 447 470 3 389 245 0 8 739 903 Outros Activos Devedores 0 31 950 79 181 0 0 0 111 131 Sub Total 0 31 950 79 181 0 0 0 111 131 Total 218 232 914 960 1 881 127 2 447 470 3 389 245 0 8 851 034 Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros 19

Comparando os exercícios verifica-se a manutenção da política prudente de gestão de liquidez, optando-se, face às condições de mercado, por dar preferência a investimentos de curto e médio prazo. Transacções com partes relacionadas Apresenta-se no quadro abaixo um resumo das operações do exercício de 2011 e 2010, com Liberty Seguros, S.A., única entidade relacionada do Fundo: Transacções com partes relacionadas 2011 2010 Partes relacionadas Activo Passivo Custos Proveitos Activo Passivo Custos Proveitos Liberty Seguros, S.A. 0 1 12 910 614 948 30 223 0 0 2 675 074 Acontecimentos após a data do balanço não descritos em pontos anteriores Decorreram no final de 2011, negociações entre a APS e os sindicatos representantes dos Trabalhadores da Atividade Seguradora com o objetivo de se chegar a uma nova Convenção Coletiva. Estas negociações resultaram na assinatura de um novo CCT, no passado dia 23 de Dezembro de 2011, publicado no BTE nº2/2012, de 15 de Janeiro de 2012. O CCT entra em vigor na data da respetiva publicação, salvo no que respeita à matéria de incidência remuneratória e cláusulas de natureza pecuniária, cujos efeitos retroagem a 1 de Janeiro de 2012. Os eventos decorrentes do novo CCT com maior impacto nas demonstrações financeiras do Fundo de Pensões com referência a 31 de Dezembro de 2011 são apresentados de seguida. Plano Individual de Reforma (PIR) e Seguro de Invalidez Todos os trabalhadores no ativo em efetividade de funções, com contratos de trabalho por tempo indeterminado, passarão a beneficiar de um plano individual de reforma em caso de reforma por velhice ou por invalidez concedida pela segurança social. A introdução desta regalia permitirá a todos os trabalhadores de seguros ir constituindo uma poupança que minimizará a redução de rendimento que terão no dia da passagem à reforma por velhice ou invalidez. Coloca-se, também, por esta via, um ponto final na distinção que o anterior CCT fazia entre os trabalhadores admitidos antes e os admitidos depois de 1995. Este plano individual de reforma será alimentado por contribuições do empregador que vão sendo feitas em percentagem crescente até atingirem, em 2017, 3,25% do ordenado base anual do trabalhador, mantendo-se essa percentagem nos anos seguintes. O valor integralmente financiado das responsabilidades pelos serviços passados no montante de 546.731, calculado a 31 de Dezembro de 2011, relativo às pensões de reforma por velhice devidas aos trabalhadores no ativo admitidos até 22 de Junho de 1995, será convertido em contas individuais desses trabalhadores durante o ano de 2012, nos termos e de acordo com os critérios que estiverem previstos no respetivo fundo de pensões ou seguro de vida, integrando o respetivo plano individual de reforma. As novas contribuições do empregador para o PIR destes trabalhadores apenas terão início em 2015. Relativamente a esta disposição existe uma diminuição efetiva do número de empregados cobertos pelo atual plano de pensões, na medida em que as responsabilidades por serviços passados com ex-colaboradores e responsabilidades com eventuais reformas antecipadas dos ativos, que se encontra atualmente contemplada no cálculo das responsabilidades por serviços passados, não será transferida para o PIR. A redução de responsabilidade por serviços passados por referência a 31 de Dezembro de 2011 relativamente a ex-colaboradores ascende a 103.385 e o montante correspondente à responsabilidade com eventuais reformas antecipadas dos ativos totaliza 36.458. Adicionalmente, com o novo CCT, os benefícios de reforma por invalidez para os trabalhadores no ativo e na situação de pré-reforma passam a estar cobertos pelo seguro de vida referido na cláusula 44ª, deixando de fazer parte do plano de benefícios definidos existente ao abrigo do anterior CCT. Esta situação configura também uma redução efetiva de benefícios cobertos pelo plano, por referência a 31 de Dezembro de 2012, no montante total de 53.321. Nota Final A Norma 7/2010-R, de 4 de Junho, emitida pelo Instituto de Seguros de Portugal, estabelece os elementos que devem ser obrigatoriamente publicados no Relato Financeiro, prevendo a adequada flexibilidade, por forma a adaptar a informação prestada às características específicas de cada entidade. Assim, não foram mencionados os requisitos que não têm aplicação, em função da atividade exercida em 2011 Fundo de Pensões. 20 Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros

Relatório de gestão Certificação Legal de Contas Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros 21

22 Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS Relatório do Fundo de Pensões 2011 Liberty Seguros 23

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