Manual do Acompanhamento das Empresas Sociais dos Assentamentos da Reforma Agrária Grupo Metodologia 19.11.03



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Transcrição:

MAE5.0.1 Grupo Metodologia 19.11.03 5 Atuação da empresa social - índice 5.1 Produção agropecuária 5.1.1 Processo produtivo 5.1.2 Planejamento de produção e de vendas 5.1.3 Instalações, maquinas e ferramentas 5.1.4 Controle de estoques 5.1.5 Segurança de trabalho 5.2 Processamento agroindustrial 5.2.1 Processo produtivo 5.2.2 Planejamento de produção e de vendas 5.2.3 Instalações, maquinas e ferramentas 5.2.4 Controle de estoques 5.2.5 Qualidade do produto 5.2.6 Segurança de trabalho 5.2.7 Higiene no trabalho 5.2.8 Suprimento de matéria-prima 5.3 Comercialização 5.3.1 Vendas 5.3.2 Planejamento 5.3.3 Controle de estoques 5.3.4 Distribuição 5.3.5 Imagem dos produtos 5.3.6 Registros e controles de comercialização 5.4 Prestação de serviços 5.4.1 Processo produtivo 5.4.2 Instalações maquinas e ferramentas 5.4.3 Qualidade dos serviços 5.4.4 Segurança de trabalho 5.4.5 Utilização da capacidade 1

MAE 5.1.1.1 Gilberto Eleodoro 28.10.03 PROCESSO PRODUTIVO Processo é uma seqüência de eventos sucessivos que têm ligação de causa e efeito entre eles. Ou seja, o acontecimento de um evento não pode ou não consegue acontecer sem o acontecimento de outro anterior. Por processo produtivo pode-se entender como a maneira de operar determinadas máquinas e/ou ferramentas utilizando determinados insumos e matérias-primas para se obter determinados produtos e/ou realizar determinados serviços, seguindo determinadas técnicas adequadas. Dentro de um processo produtivo podem ser identificados 4 elementos: Quando são comparados os tempos, produtos e/ou serviços que resultaram do processo, com as matérias-primas e insumos iniciais podemos dizer se o processo produtivo foi eficiente ou não. 1. Entradas - Matéria-Prima - Insumos 2. Processo Produtivo 3. Saídas - Produtos - Serviços 4. Realimentação Eficiência? Na agropecuária consideramos eficiente o processo capaz de produzir a maior quantidade em menor área cultivada e que se consegue mais de uma colheita do mesmo produto na mesma safra. Quando se trata de prestação de serviços consideramos eficiente o processo capaz de gerar o resultado esperado pelo cliente no menor tempo e custos possíveis. Numa agroindustria podemos entender como eficiência na produção a relação existente entre o tempo de fabricação e volume produzidos em determinado processo, quanto maior volume produzido e quanto menor o tempo gasto para isso, maior a eficiência produtiva. Analisando o processo produtivo de cada unidade, podemos classificá-las de diversas maneiras para que possamos identificar as melhores formas de gestão da produção. Nossas unidades, normalmente, pertencem às seguintes classificações: - Produção em grandes séries: produção em altos volumes com tempo de produção baixo por unidade produzida. Apresentam, ainda, grande repetitividade e baixa diversificação de produtos. São normalmente produtos de consumo de massa, como as indústrias de alimentos. - Produção contínua: produzem produtos muito similares, com alto volume de produção e baixa variação no fluxo produtivo. Os produtos seguem, quase sempre, os mesmos passos dentro da fábrica para chegar ao resultado final. - Produção para estoque: o consumidor quer comprar nosso produto quando precisa dele, tendo baixíssima tolerância de espera, caso contrário, compra outro produto similar, portanto precisamos ter estoques. Podemos, então, trabalhar com previsão de demandas, entendendo que a produção deve corresponder à certeza do produto vendido no futuro (diferente de encomenda): - Alta produção: a produção é maior que a demanda, portanto haverá sobra de produto no depósito, por não conseguirmos vendê-lo. O produto encalha. Acarretando altos custos com capital de giro para manutenção do estoque. - Baixa Produção: a produção é menor que a demanda, portanto haverá falta de produto no mercado, por não conseguirmos supri-lo. O consumidor passará a procurar outros produtos. Fonte Principal: Stahlberg Filho, P. Planejamento e Controle da Produção In: Gestão Agroindustrial: GEPAI: Grupos de Estudos e pesquisas Agroindustriais Coord. Otávio Batalha São Paulo: Atlas, 1997 2

MAE 5.1.2.1 Gilberto Eleodoro 24.08.04 Planejamento de produção e vendas Planejamento Processo sistemático de avaliação de alternativas e tomada de decisões antes da ação, para que aumente a probabilidade de alcançar a situação desejada. Pode ser de longoprazo, médio-prazo e curto-prazo. Normalmente o planejamento de produção e vendas é feito no médio-prazo, ou seja, num horizonte de 6 meses a 2 anos, baseando no processo operacional da produção. Analisam-se os produtos a serem produzidos e se escolhe as alternativas de menor custo e prazo. Avaliam-se os recursos necessários para compra de materiais para produção, a carga necessária, os processo e seqüência de produtos a serem fabricados. Planejamento e controle de produção e vendas (obs.: cópia de parte domae5.1.1.1) Devemos levar em conta que nosso sistema de produção é do tipo produção para estoque, pois o consumidor quer comprar nosso produto quando precisa dele, tendo baixíssima tolerância de espera, caso contrário, compra outro produto similar. Podemos, então, trabalhar com previsão de demandas, entendendo que a produção deve corresponder à certeza do produto vendido no futuro (diferente de encomenda): - Alta produção: a produção maior é que a demanda, portanto haverá sobra de produto depósito, por não conseguirmos vendê-lo. O produto encalha. - Baixa Produção: a produção é menor que a demanda, portanto haverá falta de produto no mercado, por não conseguirmos supri-lo. O consumidor passará a procurar outros produtos. Previsão de demandas: Podemos nos basear nas quantidades vendidas em períodos anteriores para planejarmos a produção e, junto a isso, estimarmos aumentos ou quebra de vendas. Assim poderemos enviar o pedido para produção em tempo hábil para formarmos estoque para o período desejado. Esse processo pode ser feito baseado nas informações dos controles de produção e vendas. Fonte Principal: Silva, A.L. e Batalha M.O. Planejamento e Controle da Produção In: Gestão Agroindustrial: GEPAI: Grupos de Estudos e pesquisas Agroindustriais Coord. Otávio Batalha São Paulo: Atlas, 1997 3

MAE5.1.4.1 Adriane 10.11..03 CONTROLE DE ESTOQUE Estoque é quantidade de bens e suprimentos guardados por determinado tempo esperando utilização ou venda. Podem ser de matéria-prima, suprimentos, material em processo e produto acabado. Os estoques servem para: - prevenir contra futuras altas no preço de matéria-prima, suprimentos e suas faltas - tornar as operações independentes - realizar compras econômicas - permitir disponibilidade aos clientes - permitir investimentos em caso de inflação As principais decisões a serem tomadas são quando e quanto comprar, baseados nos controles de estoque, produção e vendas. Em relação aos estoques, existem três principais, sendo eles: estoque de matériaprima in natura (perecível), no qual exige armazenamento adequado, ou seja, em câmaras frias ou ainda de congelamento. Ainda em relação à matéria-prima há a classificação da matéria-prima não perecível, esta poderá ser armazenada em local arejado e livres de insetos e roedores. O segundo estoque esta relacionado com as embalagens, este deverá ser controlado durante todo o período de produção (fabricação), pois é fundamental que não haja uma baixa que venha influenciar o terceiro estoque. Este terceiro é o estoque de produto acabado, é neste momento que ocorre a relação direta com as vendas do produto, pois não havendo produto em estoque a ser comercializado, corre-se o risco de rompimento com o mercado. Segue abaixo exemplos de tabelas para efetuar um bom controle de estoques: Para matéria-prima Matéria-prima Data da chegada Quantidade - kg Fornecedor Produção Resp.: Obs.: Para embalagens Especificação Data de chegada Quantidade(unid.) Tamanho Produção Resp.: Obs.: Para expedição e estoque de produto acabado Para cada partida do lote de produtos acabado que deixam a fábrica, para o estoque de comercialização, deverá haver um controle de entrega, tanto para o controle da fábrica, como para o receptor. Garantindo desta forma o controle de produção e cumprimento de metas. 4

MAE5.1.4.1 Adriane 10.11..03 CONTROLE DE EXPEDIÇÃO DE PRODUTO ACABADO Produto: Peso: Quantidade: Caixa: Lote: Data: Obs.: Ass. Responsável: 5

MAE5.2.5.1 Adriane 10.11..03 CONTROLE DE QUALIDADE Conjunto de características de coisas ou pessoas que permitem distinção e diferenciação entre elas, além de determinar sua natureza. Não podemos ver a qualidade diretamente, mas percebê-la através das características das coisas ou pessoas. Possui 2 dimensões: - subjetiva: as características, que referenciam a qualidade, são escolhidas e analisadas de acordo com a preferência de quem as avalia, no caso de alimentos, pode estar associada à cor, ao sabor, à textura, à saúde, ao status, à diversão, etc.. Portanto depende de quem utiliza o produto, seus gostos, manias, desejos e necessidades. - objetiva: as características, que referenciam a qualidade, são físicas e químicas, independendo da preferência de quem analisa, como acidez, quantidade de açúcar, etc., que geram uma perfeição técnica, são características que influenciam o processo de produção e seu bom andamento. Existem 3 formas de encararmos a qualidade: - satisfação do cliente: o quanto o uso ou o consumo satisfaz as necessidades do cliente, lembrando que cada pessoa tem necessidades diferentes, portanto a qualidade não é absoluta. - adequação às especificações: baseia-se em parâmetros técnicos e de legislação como relação e quantidade dos ingredientes, higiene, propriedades físicas e químicas. Há também o controle de qualidade que esta relacionada com a padronização dos produtos. Pode-se citar por exemplo, a questão dos pesos, embalagens e rótulos. Para estes itens existem regras e legislação municipal, estadual ou ainda federal, que auxiliam estes controles. A qualidade, aqui, está mais voltada para o momento da produção e seus processos. - não qualidade: baseado nas perdas causadas ao cliente devido às variações na função do produto, ou seja, ele deixa de servir ao que se propõe, por exemplo, um alimento que se estraga muito rápido ou perde o cheiro, ou o sabor. Outras perdas podem ocorrer por efeitos colaterais, por exemplo, ressaca da bebida alcoólica. Devido a essas perdas o cliente pode vir a gastar mais dinheiro do que previa, ou deixar de ganha-lo por ter seu processo produtivo atrapalhado. O Controle de Qualidade que abrange a área de produção é amplo, portanto deve ser direcionado para a linha que mais se adequou à realidade. Por exemplo, para a linha de processamento, a qualidade esta ligada desde o momento do processamento até o produto acabado. Para o produto acabado é necessário que se leve em consideração à embalagem e o rótulo, ou seja, a forma de apresentação do produto, por exemplo, o peso final do pão, o que esta presente na embalagem, é obtido após o produto assado; para embalagens de geléias e doces, o peso deverá se referir somente ao produto (geléia). A embalagem não faz parte do peso final; e ainda para produtos que sejam envasados com calda ou salmoura, deve constar peso drenado refere-se a fruta ou vegetal, e o peso do líquido. 6

MAE5.2.7.1 Adriane 10.11..03 HIGIENE NO TRABALHO Para maior parte das pessoas a palavra higiene significa limpeza, na qual sugere um ambiente limpo e organizado, ou seja, de fácil manipulação e fluxo de trabalho. Em geral, todo e qualquer área de trabalho deve apresentar estas características para melhor desempenho dos colaboradores e confiança dos consumidores.para as pessoas que especialmente trabalham com processamento de alimentos, todos os itens que contemplam a fabricação produtos devem ser manipulados com 100% de higiene para que possam ter condições de serem ingeridos pelos consumidores sem o perigo de causarem intoxicação alimentar. A verdadeira definição e função de higiene alimentar são: - A destruição, nos alimentos, de todas e quaisquer bactérias prejudiciais à saúde, por meio de cozimento adequado ou de outros processos; - A proteção dos alimentos contra a contaminação, inclusive aquela causada por bactérias prejudiciais á saúde, por organismos estranhos ou venenos; - A inibição de multiplicação de bactérias prejudiciais á saúde além de um determinado limite no qual ocorre doença no consumidor, assim como a prevenção de apodrecimento do próprio produto. A pessoa que esta envolvida em qualquer tipo de trabalho, deverá ter o cuidado de preservar sua imagem junto à atividade que desempenha, independendo do tipo. Por exemplo, seguindo na linha de processamento de alimentos, cita-se a importância do manipulador de alimentos, pois este é a pessoa chave para a qualidade e apresentação do produto, ele deverá estar seguindo determinadas regra de higiene tanto para o próprio como para a matéria-prima, para que de fato o produto atenda as exigências do consumidor. Na prática, as pessoas deverão sempre estar de aparência limpa, cabelos limpos e presos, a barba aparada, unhas limpas e cortadas, em alguns casos, utilizar roupas especiais para a execução da atividade, se exigido deverão estar com os cabelos cobertos, sem nenhum adorno (brincos, pulseiras, anéis e relógios), e ainda tomar o cuidado para não executar práticas não higiênicas (coçar a cabeça, colocar os dedos nas orelhas e narinas, tossir, espirrar,...).estes últimos cuidados refere-se diretamente àqueles que manipulam com alimentos. Em relação aos suprimentos e equipamentos utilizados para a execução dos trabalhos, estes devem ser organizados de forma eficiente, que facilite o alcance e a limpeza completa e adequada de qualquer tipo de sala, independente de sua função. No caso das fábricas processadoras de alimentos, as áreas deverão dar ênfase especial para a execução da limpeza completa de todas as superfícies e equipamentos, pois é a partir deste momento que se dá à qualidade do produto. 7

MAE5.3.1.1 Julio, Vinicius 11.11.03 COMERCIALIZAÇÃO Esse tema dentro do MST sempre foi visto como um importante instrumento para o desenvolvimento dos assentamentos em todo Brasil, pois entendemos que de nada adiantaria assentar as famílias se também não tivéssemos uma estratégia de produção e conseqüente comercialização dos produtos produzido nos assentamentos. Como forma de tentarmos organizar a produção e comercialização dentro dos assentamentos para o mercado é que se desenvolveu o SCA (SISTEMA COOPERATIVISTA DOS ASSENTADOS), importante instrumento que apresentava um caráter de empresa econômica por visar a organização da produção, a resistência no campo, o crescimento econômico e o desenvolvimento ou melhoria da qualidade de vida dos assentados, alem da lógica do mercado o SCA também leva em consideração o aspecto político, que passou a ser o seu grande dilema, já que é muito difícil separar o político e o econômico. A idéia que temos procurado desenvolver junto aos administradores das nossas empresas sociais é que não adianta concorrer diretamente com a grande empresa, e sim temos que procurar as brechas de mercado, que se apresenta em vários ramos do setor produtivo e da comercialização. As transformações em ritmo acelerado impostas pelas regras de mercado, estabelecem atividades pautadas na produtividade e eficiência o que tem sido um grande desafio nas áreas de assentamentos, onde estamos ainda em muitos casos tentado resolver o problema da fome. Essas diversas transformações, provocadas em muitos casos devido ao avanço tecnológico cada vez mais dinâmico têm possibilitado por um lado, a ampliação de mercados cada vez mais flexíveis e, por outro lado, uma facilidade maior de acesso a informações por parte dos consumidores. A produção familiar apresenta-se como uma grande alternativa de produção, por exemplo, de uma exploração diferenciada e ecologicamente sustentável, através dos produtos orgânicos. As conjunturas favoráveis desse tipo de produção favorecem muitas transformações no padrão de comercialização.dentro das empresas dos assentamentos podemos dizer com uma certa clareza que o tema comercialização sempre foi trabalhado com certo amadorismo, e que hoje não é mais permitido. Na comercialização, o marketing é muito importante, porém, ainda não muito trabalhado dentro das empresas do MST, onde podemos divulgar por exemplo a propaganda da reforma agrária, produção orgânica, o combate a fome, etc. O marketing é constituído das seguintes variáveis: produto, preço, promoção e praça (canais de distribuição ). Quando tratados de forma estratégica, tais variáveis permitem que as organizações se adaptem ao mercado alvo ou se posicionem de maneira a influenciá-lo, possibilitando-se atingir os objetivos propostos neste mercado. O marketing consiste, portanto, em uma ferramenta pela qual tanto pequenos quanto grandes produtores podem se posicionar competitivamente pelo seu direcionamento e comunicação no mercado e inclusive, pelo desenvolvimento de novos produtos com características que os tornem diferenciados ou até mesmo inovadores dentro desse mercado. COMERCIALIZAÇÃO Alguns conceitos importantes A atividade de comercialização envolve a troca de bens e serviços por ativos monetários (geralmente dinheiro). Para Barros (1987) a comercialização agrícola é entendida como uma série de funções ou atividades de transformação e adição de utilidade onde bens e serviços são transferidos dos produtores aos consumidores. PLANEJAMENTO DA COMERCIALIZAÇÃO A comercialização da produção deve se iniciar bem antes de o produto estar pronto, aguardando o comprador. O planejamento deve ter início a partir da decisão de produzir, quando decisões básicas, tais como para quais mercados o produto se dirige, em que forma o produto será comercializado, quais as normas de vendas, qual será o preço do produto etc, devem ser tomadas. 8

MAE5.3.1.1 Julio, Vinicius 11.11.03 MERCADO: O mercado normalmente é entendido como um local onde compradores e vendedores se encontram (centrais gerais de abastecimentos, feiras). Os níveis de mercado são: - Nível do produtor: é aquele onde o produtor oferece sua produção aos intermediários. - Nível de atacado: é aquele onde ocorrem transações mais volumosas e a mercadoria passa para o varejista. Uma característica importante do atacadista é que geralmente ele é especializado em um único produto ou num pequeno número deles, o que lhes permite ter maior controle sobre as informações referentes ao(s) seu (s) produto (s). -Nível de varejo: é aquele que esta em contato mais direto com o consumidor. Esse nível geralmente comercializa uma ampla gama de produtos, que são vendidos em lotes bem menores que os comercializados pelos atacadistas. SATISFAÇÃO DO CLIENTE: Consiste na sensação de prazer ou desapontamento resultante da comparação do desempenho (ou resultado) percebido de um produto em relação às expectativas do comprador. Se o desempenho não alcançar as expectativas, o cliente ficará insatisfeito. Se o desempenho alcançar as expectativas, o cliente ficará satisfeito. Se o desempenho for além das expectativas,o cliente ficará altamente satisfeito ou encantado. CONCEITO DE PRODUTO: é algo que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer uma necessidade ou desejo. DETERMINAÇÃO DO PREÇO: Para determinar o preço alguns pontos devem ser levados em consideração, são eles: Seleção do objetivo da determinação do preço Determinação da demanda Estimativa de custos Análise de custos, preços e ofertas dos concorrentes Seleção de um método de determinação do preço Seleção do preço final AS ORIENTAÇÕES DAS EMPRESAS PARA O MERCADO As organizações podem utilizar algumas orientações para conduzir suas atividades mercadológicas.são elas: - A orientação de produção: afirma que os consumidores dão preferência a produtos fáceis de encontrar e de baixo custo.as pessoas que trabalham com esta orientação acreditam que os consumidores estejam interessados principalmente em disponibilidade de produtos e preços baixos. - A orientação de produto: afirma que os consumidores dão preferência a produtos que ofereçam qualidade e desempenho superiores ou que tenham características inovadoras. As pessoas que trabalham com esta orientação acreditam que os compradores admiram produtos bem-feitos e que podem avaliar qualidade e desempenho. - A orientação de vendas: parte do princípio de que os consumidores e as empresas, por vontade própria, normalmente não compram os produtos da organização em quantidade 9

MAE5.3.1.1 Julio, Vinicius 11.11.03 suficiente. As pessoas que trabalha com esta orientação acreditam que a organização deve empreender um esforço agressivo de vendas e promoção. - A orientação mercadológica: sustenta que a chave para alcançar as metas organizacionais está no fato de a empresa ser mais efetiva que a concorrência na criação, entrega e comunicação de valor para clientes de seus mercados alvo selecionados. As pessoas que trabalham com esta orientação acreditam que tudo começa com a produção, concentra-se nos produtos existentes e exige ênfase em vendas e promoção para gerar vendas lucrativas. - A orientação mercadológica societal: parte do princípio que a tarefa da organização é determinar as necessidades, os desejos e os interesses dos mercados alvo e fornecer satisfações desejadas mais eficaz e eficientemente do que a concorrência, de uma maneira que preserve ou melhore o bem-estar do consumidor e da sociedade. Nesta orientação é necessário incluir considerações sociais e éticas nas suas práticas. 10

MAE 5.3.1.1 Gilberto Eleodoro 05.08.04 Marketing MERCADO Produtor Consumidor Oferta: - Produto - Ponto - Promoção - Preço Troca Demanda: - Desejos - Necessidades - Motivação - Comportamento - Marketing Estratégico: Longo prazo a) análise e pesquisa de mercado b) estratégia de abordagem Desenvolve produto baseado em a e b - Marketing Operacional: Curto prazo Busca manutenção de mercados atuais Mix de Marketing: 4 P s - Produto - Ponto - Promoção - Preço Fonte: Silva, A.L. e Batalha M.O. Planejamento e Controle da Produção In: Gestão Agroindustrial: GEPAI: Grupos de Estudos e pesquisas Agroindustriais Coord. Otávio Batalha São Paulo: Atlas, 1997 11

MAE5.3.3.1 Adriane 01.09.03 CONTROLE DE ESTOQUE E TRANSPORTE Em relação aos estoques, geralmente existem três, sendo estes: estoque da matéria-prima in natura no qual exige um armazenamento adequado, ou seja, em câmaras frias ou ainda de congelamento. Ainda em relação à matéria-prima, tem-se a não perecível na qual poderá ser armazenada em local arejado e livres de insetos e roedores. O segundo estoque, esta relacionado com as embalagens, este deverá ser controlado durante todo o período de produção, pois é fundamental que não ocorra à falta do mesmo, pois desta forma afetará o atraso da entrega do produto acabado, influenciando diretamente no terceiro estoque, que vem a ser o de produto acabado. Portanto, é de suma importância haver um controle especifico para cada estoque, pois um estoque depende do outro para que o processo não seja interrompido. Segue á baixo exemplos de tabela para efetuar os controles de estoque: Estoque: Matéria-prima Data de Fornecedo Mat. prima Quant. (Kg) Destino Resp. Obs.: chegada r Estoque: Embalagens Data Especificação chegada Quantidade (unid.) Tamanho Destino Resp. Obs.: Estoque: Produto acabado/expedição Para cada partida de lote da fábrica para o estoque, deve haver um controle em duas vias, para que cada responsável (fábrica e receptor do produto) tenha o seu controle. CONTROLE DE EXPEDIÇÃO DE PRODUTO ACABADO PRODUTO: PESO: QUANTIDADE (UNID): CAIXA: LOTE: DATA: Obs.: Ass. Responsável 12