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Transcrição:

#70 seu dinheiro a sua revista de finanças pessoais A volta ao mundo nova york dica de roteiro do paulistano Vitor Melo, de 23 anos, confira sem tanto dinheiro assim É possível. Basta saber escolher roteiros econômicos e pesquisar muito antes de viajar Hora de embarcar, Passagens caem 43% Renda extra no fim de ano Fuja do cheque borrachudo Menos imposto, mais emprego oferecimento:

Gastar A volta ao mundo sem tanto dinheiro assim É possível viajar muito de forma econômica. E isso mesmo nos destinos mais badalados. Saiba como Piazza Navona, roma dica de Gabriel Ferreira em sua trip dos quebrados, confira matéria a seguir

Gastar Nunca se gastou tanto em viagens para o exterior. Nos dez primeiros meses do ano, os brasileiros gastaram 18,5 bilhões de dólares em viagens para fora do país, segundo o Banco Central. Com o aumento da renda média do trabalhador, tem muita gente viajando e gastando cada vez mais lá fora. Mas isso não significa que seja preciso ter muito dinheiro para viajar. Quem estiver com a grana curta também pode sair para desbravar o mundo. Basta ter paciência de pesquisar tudo com antecedência e traçar o melhor planejamento. O casal Henry Bugalho e Denise Nappi se tornou especialista em ensinar aos brasileiros a arte de viajar gastando pouco. Tudo começou quando eles criaram um blog para contar a rotina diária em Nova York. O sucesso foi tão grande que virou livro: o Guia de Nova York para Mãos- -de-vaca, com dicas de passeios e atrações gratuitos ou muito baratos na Big Apple. Atualmente morando na Espanha, o casal de escritores mantém um site (maodevaca. com) com dicas que serão compartilhadas abaixo com os leitores do 247. Aproveite, porque viajar como um autêntico mão de vaca não é nenhum demérito, muito pelo contrário. Os escritores acreditam que quem quer gastar pouco em uma viagem deve seguir três passos fundamentais: pesquisar, não comprar pacotes de agências e fugir das armadilhas turísticas. A internet é uma das maiores aliadas do viajante mão de vaca, onde ele pode pesquisar preços de museus, cardápios de restaurantes, valor de transporte público e muito mais. Sem pacotes turísticos, a pessoa tem a liberdade de selecionar suas rotas e hotéis mais em conta. A outra dica é básica: fuja dos lugares tu- rísticos, porque tudo lá vai ser mais caro, explica Henry. O segredo para gastar pouco, segundo os especialistas, é agir em qualquer lugar como se estivesse na própria cidade. O viajante econômico é, acima de tudo, aquele que age no exterior da mesma maneira que age em casa, pesquisando preços e fugindo das furadas, mas este é um traquejo que frequentemente vem com o tempo, com tentativa e erro, afirma o escritor. Geralmente, o mais caro da viagem são as passagens e a hospedagem. E para encontrar os melhores preços é preciso pesquisar bastante. Existem vários sites indexadores de passagens aéreas e hotéis, que fazem simulações de preços com várias empresas e também apresentam descontos. Alguns exemplos: Decolar, Submarino Viagens, Melhores Destinos, Booking e Hostel World. Esses dois últimos são restritos a hospedagem. Sem pacotes turísticos, a pessoa tem a liberdade de selecionar suas rotas e hotéis mais em conta explica O casal Henry Bugalho e Denise Nappi

Gastar Henry tem uma dica que tonará sua pesquisa mais fácil: O valor dos gastos dependerá muito da época da viagem. Há uma grande oscilação no período de alta temporada, seja no verão do hemisfério norte ou durante os grandes feriados do fim de ano. Viajar na primavera ou no outono ajudará bastante a cortar estes gastos. Parque Guell, barcelona (Espanha) encomendado por Eusebi Güell e projetado por Antonio Gaudí Os passeios e a alimentação são as melhores partes para os que estão apertados. Em várias cidades do mundo existem atrações culturais gratuitas tão boas ou melhores que as pagas. Sem falar nas opções de comidas na rua ou em restaurantes bons e baratos. Em Nova York, por exemplo, é possível asssitir de graça a um show de uma banda de jazz e depois comer uma bela comida mexicana por menos de 10 dólares por pessoa. E de quebra comer um cheeskake imperdível por cinco dólares. Não é só em Nova York que se come bem com pouco. Em Paris, comemos muitíssimo bem num restaurante marroquino por 4 euros para um prato super-caprichado. Em Roma, encontramos uma portinha no Gueto Judaico com uma das melhores massas que já provamos e que custou uns 5 euros. A dica é evitar os grandes restaurantes do esquemão turístico e procurar onde frequentam os moradores locais, afirma Henry. E quais seriam as melhores cidades para os mãos de vaca? Denise responde: Nova York certamente é uma delas, pois possui várias atrações gratuitas. Em Madri também existem incontáveis atrações com desconto ou com dias e horários gratuitos. Cusco, no Peru, é muito barata, com atrações incríveis e custos tão baixos, que

Gastar às vezes tínhamos pena de pechinchar. Você roda com um táxi por uma hora e o preço é ridículo. Em Buenos Aires, come-se bem e as passagens aéreas são baratas. Para compras, os destinos que deixam os brasileiros ensandecidos são Miami e Orlando. Parque Guell, barcelona (Espanha) Cuidados Alguns países exigem visto de entrada, reservas de hotéis para apresentar na imigração ou vacinas contra doenças específicas. O viajante precisa saber dessas exigências antes de embarcar, para não acabar se enrolando na entrada no país, explica Denise. Outra exigência comum é um seguro saúde. Várias empresas brasileiras oferecem o serviço em seus seguros viagem, que cobrem gastos médicos e jurídicos, auxilia quem perde documentos e indeniza quem tem bagagens extraviadas. Rosana Techima, diretora da CAIXA SEGUROS, alerta sobre a importância do produto: É muito desagradável ser vítima de imprevistos durante uma viagem e não ter a quem recorrer. Com um seguro viagem, o cliente entra em contato com a seguradora e tem o acompanhamento e a solução do problema, sem ter trabalho algum ou perder tempo. Isso sem falar que ele terá a garantia de receber atendimento médico se precisar. Roteiros especiais A pedido do 247, pessoas que moraram ou passaram muito tempo no exterior prepararam uma programação de um dia em quatro cidades. Em comum, os roteiros têm muita diversão e pouco dinheiro gasto. Acompanhe e anote as dicas para a sua próxima viagem.

RomA O produtor de audiovisual Gabriel Ferreira pode ser considerado um ícone para os mãos de vaca do mundo inteiro. Ele conseguiu a façanha de fazer uma viagem de três semanas pela Europa gastando cerca de 600 euros. Eu estava estudando em Dublin e resolvi fazer a trip dos quebrados com mais dois amigos. Fomos a Madri, Barcelona, Milão, Ibiza e Malta. Por incrível que pareça, a parte mais barata da viagem foram as passagens aéreas. A empresa Ryan Air tem uns preços inacreditáveis. Gastamos bem menos de 100 euros com todo o transporte da viagem, explica Gabriel, que para economizar raramente comeu em restaurantes e dormiu na praia em Malta e em um banheiro público em Ibiza. Apesar de ter gostado muito dessa viagem, Gabriel cita Roma como uma cidade ideal para quem quer curtir muito e gastar pouco. Veja o roteiro que ele preparou: cantinas nas vielas da Piazza Navona são sensacionais. Por uns 10 euros, você come a melhor massa da sua vida e ainda toma uma taça de um vinho delicioso. De sobremesa, nada melhor que o bom gellato italiano. Leblon Romano: Fim da tarde a pedida é a Trastevere, uma espécie de Leblon de Roma, com vários bares e restaurantes. Dá pra ficar tomando cerveja e vinho e gastar uns 15 euros. Quando a fome bater, indico a pizzaria Nuevo Mondo. Nunca comi uma pizza igual. Depois é só voltar para os barzinhos e curtir a noite. Gastar com café pra quê? A minha dica para que está viajando com a grana contada é tomar um belo café da manhã onde estiver hospedado. Qualquer hostel vagabundo tem pelo menos um pão e uns cereais no café. Programa de turista: Geralmente, os maiores pontos turísticos são programas de índio. Em Roma, não. Eu adorava andar pela Piazza Spagna, pela Fontana di Trevi e pela Piazza Navona. É legal ficar passeando por essa região até o meio da tarde. Almoço de rei. Ou melhor, de imperador: Pra quem gosta de comer, como eu, Roma é o paraíso. As

Madri Nem a charmosa Paris, nem as cosmopolitas e multiculturais Londres e Nova York. A melhor cidade do mundo é Madri. Pelo menos para a advogada Jéssica Moura, que conhece quase todos os parques e museus da capital espanhola. Fui a primeira vez a passeio e a segunda para estudar. Fiquei dois meses e me apaixonei pela cidade. A advogada elege a beleza, a cultura e, principalmente, a segurança como as melhores características da cidade. Dá para andar sozinha à noite, pegar metrô a qualquer hora do dia. Em que outra grande cidade dá para se sentir assim?. Como vida de estudante não é fácil, Jéssica garimpou bem os programas gratuitos que a capital oferece. Confira a programação dela para um dia: -Passeio na Puerta del Sol: Este é o coração não só de Madri, mas de toda a Espanha. É lá que ficam as melhores lojas das marcas espanholas como Zara e H&M. Mesmo quem está fazendo uma viagem de mão de vaca pode fazer umas comprinhas. Eu só comprava blusas na Zara por menos de três ou no máximo por cinco euros. As mesmas blusas que chegam ao Brasil meses depois e custando uma fortuna. Impulso das compras controlado, vale a pena continuar passeando pela Puerta del Sol e depois seguir para a Plaza Mayor. Tudo a pé. É muito bom ficar de bobeira na praça, descansando e apreciado a paisagem. Quem quiser ir à Catedral de la Almudena e ao Palácio real tem que andar mais, mas vale a pena. -Liquidação de tapas e cervejas: Perto do Palácio Real, fica o restaurante 100 Montaditos, que oferece 100 tipos de tapas (petiscos) e mais 100 de mini sanduíches. Todo dia é barato, mas na quarta-feira é inacreditável: tudo por um euro. Você pode comer bastante, beber cerveja e vinho e gastará uns 10 euros. Adoro o mini sanduíche de salmão com cream cheese. Para beber, a melhor pedida, principalmente no verão, é o tinto de verano, que é uma sangria bem refrescante. -Passeio cultural: Pegue o metrô e vá até a estação Retiro. É lá que fica o famoso Parque do Retiro. Uma coisa legal é andar pela beira do lago, apreciando a paisagem. A entrada do Museu do Prado, que fica lá perto, é gratuita das 18h às 20h de segunda a sábado. Lá, estão expostas obras famosas de vários artistas. Os meus preferidos são os quadros do Velázquez e do Goya. Esse é meu museu preferido na cidade, apesar de o Reina Sofia ter obras de Picasso e Dalí. Noite madrilenha: Quem ainda tiver disposição pode voltar à Puerta del Sol e salir de marcha, como dizem os espanhóis. Eles geralmente saem andando de bar em bar. É comum as pessoas entregarem na rua panfletos que podem ser trocados por pequenos shots de bebida. De graça mesmo! Para terminar a noite, nada como comer churros. A churreria San Ginés é a melhor. Com cinco euros, vêm vários churros e o chocolate à parte. Não estranhe se o lugar estiver completamente lotado. Comer churros de madrugada é uma mania madrilenha. Em Madri, é possível vinhos, cervejas e petiscos por 1 euro

Puerta del Sol, Madri (Espanha)

Nova York O paulistano Vitor Melo, de 23 anos, passou pelos menos metade da vida pulando de cidade em cidade. Ele já morou em vários estados do Brasil e dos Estados Unidos, além de passar temporadas na Europa. Há um ano e meio, decidiu dar uma pausa nessa jornada e se estabeleceu em Nova York, onde trabalha como barman. Apaixonado pela Big Apple, Vitor preparou um roteiro com as coisas que ele mais gosta de fazer em seus dias de folga, sempre gastando pouco. Confira: -Brunch no Harlen: Uma maneira legal de começar o dia é indo pro Harlen comer um brunch. Gosto muito do restaurante Amy Ruth s. Eles servem vários tipos de waffles. O meu preferido é um com frango frito. Meio pesado, né? Mas é bom, acompanhado de um café com leite simples mesmo. Gasto entre 10 e 15 dólares nesse café da manhã que vale por almoço. -Lanche e happy hour: ir para NY e não comer em uma deli é um erro grave. Minha preferida é a Katz, na Houston St, em Downtown. Eles servem um sanduíche de pastrami muito bom e bem servido. Quem gosta de doce não pode deixar de comer um cheesecake, um dos símbolos gastronômicos da cidade. Toda essa farra sai por uns 15 dólares. À noite, o legal é seguir para a Washington Square, onde ficam localizados dezenas de barzinhos. Até as 21h, quase todos fazem promoções. Dá pra tomar shots de tequila, rum e vodca por 1 dólar, ou uma jarra de cerveja por 3 dólares. O meu bar preferido lá é o Red Lion, que tem música ao vivo. Depois é legal ir pro Meatpacking District, onde tem vários rooftops, que são festas no topo de prédios altos. Não paga pra entrar, mas a bebida é cara. A dica que eu dou é que tomem só um drink e fiquem curtindo o visual. -Caminhada pela cidade: O mais bacana Nova York é poder caminhar bastante. Andar pelas ruas da cidade já é um programão. Um lugar bacana de dar uma volta é no High Line, que era uma antiga linha de trem. Eles fizeram um parque sensacional por cima, indo da Rua 12 às Rua 30. É como se tivesse um parte super legal no Minhocão, em São Paulo. E a melhor parte: é tudo de graça. -Roosevelt Island: É uma pequena ilha entre Manhattan e Queens. Lá tem uma vista muito legal da cidade. É bem tranquilo. Nem parece que fica em Nova York. Para chegar lá, o meio de transporte mais prático é também o mais divertido: um bondinho. Lembra dele do filme do Homem Aranha?

Roosevelt Island nova york

Londres A capital da Inglaterra é uma das cidades mais caras do mundo. Só uma pessoa que conheça todas as ruas e canais de Londres para conseguir gastar pouco. O empresário brasiliense Ricardo Dias conhece. Apegado à cidade, onde morou em três ocasiões, ele sempre dá um jeito de visitar sua antiga cidade, nem sempre com muito dinheiro. Aproveite as dicas desse quase londrino. Hyde Park- Adoro ir de manhã ao Hyde Park. Para quem não conhece, é um Central Park maior e mais interessante. Sempre vai ter alguma coisa legal lá para fazer. Dá para passar o dia todo lá. Depois de lá dá para ir a pé pro Tate Museum, que tem entrada gratuita. Programa imperdível. dela, tem um bar cubano excelente. Bom para fazer um pit stop e tomar uma pint e comer alguma coisa. Candem Town 2: Quem gosta de festa e curtição, o melhor é permanecer em Candem Town. As festas e boates de Londres são excelentes, mas caríssimas. Em Candem Town dá para gastar pouco. Eu gosto de passar nas barraquinhas de comida, comprar alguma coisa e comer na beira dos canais, sentado nos bancos. Tem comida de todo lugar do mundo. Até coxinha de galinha dá pra achar lá. À noite, são dezenas de opções de pubs. Escolha um mais em conta e curta. Almoço na rua: Quando a fome apertar, é só procurar uma barraquinha de kebab. Tem em qualquer esquina de Londres. Almoce em uma delas. São deliciosos. Quem preferir, pode comer fish and chips. Quem não está com muito dinheiro tem que se virar, mas apesar de não ter o glamour dos restaurantes, a comida de rua em Londres é muito boa. Por umas 5 libras você come bem. Candem Town: Não existe lugar nenhum no mundo como Candem Town, minha parte preferida de Londres. Lá é meio que o reduto dos doidões de Londres. Tem lojas de todos os tipos, bares, feiras e pessoas interessantes do mundo inteiro. Lá é um paraíso para que está com pouca grana. Sempre visito a loja Cyberdog, que é gigante e tem de tudo um pouco. Nem precisa comprar nada. A loja vale o passeio. Do lado

Hyde Park, londres

Ganhar Mais de 300 mil vagas estão sendo oferecidas em todo o Brasil no comércio varejista A hora e a vez do emprego temporário

Ganhar Em todo o país, cerca de 300 mil vagas de emprego temporário estão disponíveis no comércio varejista, segundo pesquisa divulgada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), vinculado à Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). De acordo com o estudo, 293,2 mil comerciantes (28% do total) já começaram ou deverão contratar mão de obra para suprir a demanda de fim de ano - 44% das vagas disponíveis deverão ser ocupadas só em novembro. Os salários médios de 85% dos trabalhos temporários em 2012 deverão variar entre um e dois salários mínimos (de R$ 622 a R$ 1,2 mil), mais as comissões por vendas. Apenas 1% dos comerciantes pretende pagar mais de seis salários (R$ 3,7 mil). Dessas contratações, a expectativa é que pelo menos 80% sejam efetivados. A taxa de efetivação é alta. Muitos varejistas aproveitam o período para fazer troca de funcionários, pois nem sempre há 100% de satisfação em relação ao quadro, com pessoas preparadas e comprometidas. Se os temporários se saem muito bem e têm interesse, as chances são grandes. O trabalho temporário é uma oportunidade de buscar novos talentos, informou o economista do SPC, Nelson Barrizzelli. As funções mais procuradas são as de vendedor (71%), caixa (26%) e estoquista (17%), atividades relativamente simples de se exercer, que não requerem treinamento especializado, considerando o tempo limitado. Os setores em que deverá haver a maior quantidade de vagas nessas áreas são o de vestuário, calçados, tecidos, perfumaria e cosméticos. O estudo do SPC aponta que grande parte das empresas contratantes têm até 9 funcionários (55%) e mais de um estabelecimento (46%). A dica do economista do SPC para encontrar uma vaga entre essas oportunidades é procurar diretamente a empresa e levar um currículo, com informações sobre escolaridade, experiências anteriores, justificativas para buscar a função e expectativas para o futuro. Segundo ele, os locais onde há mais facilidade para encontrar estabelecimentos interessados são os shoppings centers. A faixa etária em que há mais perspectivas de contratação temporária é a de 18 a 24 anos (55% dos demandados) seguida pela de 25 a 34 anos (30%). Para Barrizzelli, isso se justifica pela possibilidade de manutenção do trabalhador na empresa, com perspectivas de crescimento, em cargos de supervisão e gerência. Ter ensino médio completo é um dos requisitos mais importantes para os trabalhos temporários: 68% dos empresários querem funcionários com esse nível mínimo de escolaridade. Essa exigência, segundo Barrizzelli, é um indicativo de que o comércio varejista está cada vez mais especializado, o que demanda funcionários com mais conhecimento e quantidade de informações. Outras características identificadas pela pesquisa do SPC como fundamentais para a contratação são o comprometimento, o dinamismo e a pró-atividade. Dos total de comerciantes que não pretendem contar com trabalhadores temporários neste fim de ano, 71% alegaram ao SPC que estão satisfeitos com a mão de obra já existente na empresa. Segundo Barrizzelli, esse é um indicativo de que as políticas de qualificação e capacitação conduzidas pelo empresariado têm surtido efeito. Saiba mais

Brasil está perto do pleno emprego Oferta de empregos temporários ajuda a reduzir as taxas de desocupação no mercado de trabalho O aumento da oferta de vagas temporárias no comércio, neste fim de ano, começa a se refletir na queda da taxa de desemprego. A avaliação é do coordenador da Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo. O índice caiu de 5,4% para 5,3% entre setembro e outubro, o menor nível para o mês desde 2002. Segundo o economista, a queda de 0,1 ponto percentual na passagem de um mês para o outro reflete, principalmente, as novas vagas em São Paulo, região que tem peso de 42% na composição do indicador e funciona como um farol para outras regiões. A tendência, explica, é que o mesmo movimento seja verificado em outras regiões, nas próximas semanas. Em função do trabalho temporário de final de ano, percebe-se aumento do número de pessoa trabalhando em todas as regiões do país [como em São Paulo], disse o economista. Em São Paulo, a taxa de desemprego caiu de 6,5% para 5,9%, enquanto no Recife cresceu de 5,7% para 6,7% - o maior aumento entre as seis regiões pesquisadas. A queda na taxa de desocupação na região metropolitana de São Paulo mostrou um comportamento diferente do que foi observado nas outras regiões, informou.

Brasil está perto do pleno emprego Oferta de empregos temporários ajuda a reduzir as taxas de desocupação no mercado de trabalho Em contraponto, aumenta o número de pessoas que começam a procurar trabalho, informou. Foi o que ocorreu, segundo ele, em relação ao Recife. Mais pessoas procurando emprego no período pressionam ainda mais a taxa de desocupação na região metropolitana, que perdeu 19 mil vagas entre setembro e outubro. Segundo o IBGE, a população ocupada cresceu 0,9% entre setembro e outubro e somou 23,4 milhões de trabalhadores. Em relação a outubro de 2011, o aumento foi 3%, equivalente a 684 mil vagas. Já a população desocupada somou 1,3 milhão em outubro. O pesquisador também chama a atenção para o crescimento menor dos empregos com carteira assinada, que se elevava a uma taxa de 7% ao ano, mas devem fechar 2012 com aumento de 3,2%, equivalente a cerca de 350 mil empregos a mais com carteira, em relação a 2011.nda de fim de ano - 44% das vagas disponíveis deverão ser ocupadas só em novembro. Os salários médios de 85% dos trabalhos temporários em 2012 deverão variar entre um e dois salários mínimos (de R$ 622 a R$ 1,2 mil), mais as comissões por vendas. Apenas 1% dos comerciantes pretende pagar mais de seis salários (R$ 3,7 mil). Dessas contratações, a expectativa é que pelo menos 80% sejam efetivados. A taxa de efetivação é alta.

Multiplicar Consórcio, o queridinho Mais de 10% dos brasileiros já são consorciados, utilizando este investimento para adquirir os mais diversos bens

Multiplicar Os negócios por meio da modalidade consórcio atraem cada vez mais brasileiros. O percentual de consorciados no país cresceu 10,9% este ano em comparação a 2011. Em setembro de ano passado eram 4,57 milhões, passando para 5,07 milhões no mesmo mês de 2012. Os dados foram divulgados hoje (21) pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). De acordo com a entidade, os consórcios participaram de 12,9% das vendas no mercado interno de veículos leves e de 43,6% na comercialização interna de motocicletas, no período de janeiro a setembro de 2012. O volume negociado pelos consórcios no período (janeiro a setembro de 2012) atingiu R$ 59,4 bilhões, 5,3% a mais que os R$ 56,4 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. O levantamento mostra que a quantidade 9% foi o crescimento deste ano, na quantidade de pessoas que utilizaram o consórcio para comprar imóveis de pessoas que usaram consórcio para comprar veículos leves aumentou 20%: passou de 1,5 milhão em setembro de 2011 para 1,8 milhão no mesmo mês de 2012. O volume negociado pelos consórcios na compra de veículos leves saltou de 24,2 bilhões para 27,2 bilhões, uma alta de 12,4%. A quantidade de pessoas que usaram o consórcio para comprar imóveis cresceu 9% em relação a setembro de 2011: passou de 610 mil para 665 mil.

Proteger Fuja do cheque Proporção de borrachudos na economia brasileira está em alta; melhor opção para receber pagamentos é o dinheiro de plástico ou o boleto bancário

Proteger A proporção de cheques devolvidos por falta de fundos aumentou, em outubro, atingindo 1,94% do total compensado ante 1,87%, em setembro, segundo a pesquisa mensal da empresa de consultoria Serasa Experian. Na comparação com o de outubro de 2011 (1,92%), no entanto, o índice ficou praticamente estável. Os economistas da Serasa justificaram que a elevação está relacionada às compras para o Dia da Criança. Eles observaram, porém, que a taxa de devoluções no décimo mês do ano é a terceira mais baixa este ano, atrás apenas das de setembro (1,87%) e janeiro (1,93%). No acumulado do ano, o volume devolvido alcançou 2,02% do total de cheques compensados, acima da taxa registrada em igual período de 2011. Na análise comparativa de janeiro a outubro, o estado de Roraima apresentou a maior taxa (11,8%) e São Pauto registrou a menor (1,47%). Por região, a Norte lidera, com 4,42%, enquanto o Sudeste teve a menor variação (1,59%). No acumulado do ano, o volume devolvido alcançou do total de compensados 2,02%

Ganhar Menos imposto, mais emprego Empresários aprovam desoneração da folha de pagamentos e planejam mais contratações

Ganhar A desoneração da folha de pagamento repercute melhor nas empresas de grande porte. Segundo estudo divulgado hoje (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o percentual de empresários que enxerga a medida como positiva e acredita que ela contribuirá para a retomada do crescimento, é maior no segmento das grandes empresas do que no de pequenas e médias empresas. De acordo com a pesquisa, entre as empresas de grande porte, 59% veem a medida como positiva. Esse patamar cai para 49% entre as empresas de médio porte e para 30% nas pequenas empresas. Já na avaliação sobre a contribuição parcial da medida para retomada do crescimento, 60% das grandes empresas acreditam que ela auxiliará. Entre as médias empresas, o percentual cai para 51%, e entre as pequenas, para 42%. Uma razão [para a diferença na avaliação] é que parte das pequenas empresas podem estar recolhendo pelo Simples [regime tributário diferenciado]. Se estão recolhendo pelo Simples, não há mudança. Uma outra razão é que as grandes empresas em geral são mais exportadoras do que as de menor porte. E a nova sistemática permite deduzir do faturamento as parcelas das vendas de De acordo com essa pesquisa, entre as empresas de grande porte, 59% veem a medida como positiva exportação, avalia Flávio Castelo Branco, gerente executivo de política econômica da CNI. Ele destacou ainda que a medida é melhor vista entre as empresas intensivas em mão de obra do que entre as que são intensivas em capital. Os setores contemplados pela medida deixam de pagar a contribuição de 20% ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e arcam com um percentual sobre o faturamento como forma de compensação. O gerente da CNI acredita que as empresas que avaliaram a desoneração como parcialmente favorávellevaram em conta o fato de a carga tributária não ser o único entrave à competitividade. Temos outras distorções na economia brasileira. Temos custos de insumo, como a energia e custos de capital, como as taxas de juro. Existe ainda a questão da própria logística, infraestrutura, comentou. Além de empresários de ramos diversos, beneficiados ou não pela medida, a pesquisa da CNI ouviu representantes do setor da construção civil, que não faz parte do novo regime. Cerca de 55% das empresas do setor disseram que gostariam de ter sido incluídas na medida. Também no caso da construção, o interesse é maior entre as empresas de maior parte. O percentual das grandes que gostaria de participar do novo regime é 59%. O das médias, 56% e o das pequenas, 51%. Quando perguntado sobre a desoneração da folha [o setor da construção], entende que é fundamental. É um setor intensivo em mão de obra, comentou Luís Fernando Melo, economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Gastar Viajar ficou bem mais barato Nos últimos dez anos, o preço das passagens aéreas caiu 43% no Brasil

Gastar O preço médio da tarifa de passagens aéreas nacionais caiu 43% entre 2002 e 2011, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). No mesmo período, a procura por passagens cresceu quase 200%. Segundo Cristian Vieira, gerente de Análise e Estatísticas e Acompanhamento de Mercado da Anac, o aumento na demanda e a queda de preços devem- -se, em larga medida, à mudança de atuação do Estado nesse mercado. Vieira diz que, até 2002, não existiam assentos por menos de R$ 100, enquanto em 2011 cerca de 16% das passagens aéreas foram comprados nessa faixa de preço e, nesse mesmo ano, 65% das passagens foram compradas por menos de R$ 300. Ele acrescenta que, com a desregulação de preços, 63% dos assentos comercializados em 2011 tiveram valor abaixo do mínimo de quando havia regulação máxima e mínima de preços. Segundo Vieira, hoje as empresas aéreas são livres para estipular o valor das tarifas cobradas, desde que não haja concorrência predatória. Mas nem sempre foi assim. Antes de 1989, o Estado fixava os preços das passagens aéreas. Foi nesse ano que o Estado começou a estipular limites mínimo e máximo do valor das tarifas domésticas. Em 2001, houve a implantação da liberdade tarifária no transporte aéreo em viagens nacionais. Em 2004, depois de uma promoção de passagens por R$ 50, as empresas passaram a ter que registrar valores promocionais com no mínimo cinco dias de antecedência. Desde 2010 não existe a obrigatoriedade, as empresas precisam apenas registrar posteriormente os valores executados no mês. Rafael Scherre, gerente de Regulação Econômica da Anac, diz que os resultados da desregulação de preços foram novas rotas e serviços, a queda dos preços e o aumento do número de passageiros. Marcelo Guaranys, diretor-presidente da Anac, avalia que hoje a população sofre algumas dores do crescimento, mas que o desafio é fazer com que a infraestrutura acompanhe o crescimento da demanda por viagens aéreas. Rogério Coimbra, secretário de Política Regulatória de Aviação Civil, diz que agora a atenção é para o consumidor. Antes a preocupação era proteger as empresas disse. Coimbra explica que hoje a regulação deve se voltar para a infraestrutura aeroportuária. Juliana Pereira, secretária Nacional do Consumidor, acredita que o crescimento deve ser olhado com cautela e que a atenção das empresas aéreas deve estar voltada para os consumidores que não tinham acesso a viagens de avião e agora têm. Essas pessoas precisam de informações básicas, como onde é o banheiro do avião. Nivelar os usuários de transporte aéreo pelo premium é bobagem, diz a secretária. Falta informação básica e isso não é caro para as empresas. Saiba mais

Comprar, comprar, comprar Viajando cada vez mais, brasileiros gastaram US$ 2 bilhões no exterior em outubro Um dos principais fatores que impulsionaram o recorde no rombo das contas externas em outubro, os gastos de turistas brasileiros no exterior dispararam no mês passado. De acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC), as despesas dos brasileiros com viagens internacionais atingiram US$ 2,087 bilhões em outubro. O montante é o maior registrado para o mês e só não é menor que o registrado em julho do ano passado, quando os turistas brasileiros haviam desembolsado US$ 2,234 bilhões em outros países. Por causa do aumento desses gastos, o saldo de viagens internacionais, que mede a diferença entre os gastos de turistas estrangeiros no Brasil e as despesas de turistas brasileiros no exterior, registrou rombo de US$ 1,536 bilhão em outubro. De acordo com o BC, foi o maior déficit registrado para o mês. Com a alta recente do dólar, que nos últimos dias subiu e está alcançando R$ 2,10, o chefe do Departamento Econômico do BC diz que ainda levará algum tempo para que os gastos com viagens internacionais voltem a cair. Os brasileiros que vão para fora do país agora já tinham planejado a viagem. Desta forma, sempre existe uma defasagem entre uma subida do dólar e o enfraquecimento dessa conta [de viagens internacionais], declarou. De acordo com Rocha, os dados preliminares de novembro indicam que os gastos de turistas no exterior devem fechar em níveis menores em relação a outubro. Até o último dia 20, os brasileiros tinham desembolsado US$ 1,178 bilhão em outros países. Para o chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, a estabilidade do câmbio nos últimos meses e o crescimento da renda do brasileiro explicam a retomada dos gastos fora do país. Depois de subir no meio do ano, o dólar ficou estável em torno de R$ 2 nos últimos meses. Isso permitiu que os turistas planejassem melhor as despesas no exterior, o que permitiu que os brasileiros voltassem a viajar. Sem contar que a renda do brasileiro continuou crescendo nesse período, ressaltou.