LEGALE - PÓS GRADUAÇÃO DIREITO DO TRABALHO Razões Finais / Decisões Judiciais / Sentença Coisa Julgada Professor Doutor: Rogério Martir Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais, Advogado especializado em Direito Empresarial e Direito do Trabalho, Professor Universitário, Pós Graduação, MBA e de Cursos Preparatórios Para Carreiras Jurídicas, Sócio da Martir Advogados Associados - Consultoria Jurídica Empresarial e para o Terceiro Setor. www.martir.com.br 1
RAZÕES FINAIS RAZÕES FINAIS
RAZÕES FINAIS As Alegações Finais serão possíveis após o encerramento da instrução processual. O último ato oficial do processo pelas partes antes de ser proferida a Sentença. Por força de lei (Art. 850 da CLT) as Razões Finais serão realizadas em 10 minutos, verbais e em audiência. Porém, em Rito Ordinário poderá ser solicitado prazo para apresentação das mesmas de forma escrita (memoriais).
RAZÕES FINAIS O ideal é que a parte pontue o ônus probatório e decline ao Juiz que a prova produzida é suficiente para a condenação ou ainda absolvição da parte. Importante referenciar os pontos mais importantes e realizar o fechando a tese sustentada. Trata-se da oportunidade de realizar um verdadeiro resumo da instrução processual valorizando os interesses da parte.
RAZÕES FINAIS Por cautela, diante de alguns entendimentos isolados, dada a oportunidade de falar em alegações finais, importante ratificar todos os protestos realizados no decorrer da audiência, além dos demais apontamentos. Existe ainda a figura das Razões Finais REMISSIVAS, ou seja uma simples frase informando que a parte remete suas alegações em tudo que já foi dito no processo.
DECISÕES JUDICIAIS DECISÕES JUDICIAIS
DECISÕES JUDICIAIS AS DECISÕES JUDICIAIS NO PROCESSO DO TRABALHO O Processo do trabalho admite decisões interlocutórias e decisões terminativas. E como já é de nosso conhecimento a aplicabilidade destas decisões obedecem as regras subsidiárias e supletivas do CPC
DECISÕES JUDICIAIS A grande diferença do Processo do Trabalho para o Processo Civil é a irrecorribilidade das decisões interlocutórias. Por força do princípio da concentração dos atos as decisões interlocutórias somente podem ser recorridas após decisão terminativa. O grande efeito é a nulidade dos atos praticados após a decisão interlocutória se mitigada e reformada pelo recurso.
DECISÕES JUDICIAIS Conforme já estudamos a decisão interlocutória deve ser marcada pelos protestos se a intenção for submete-la à recurso futuro. Uma espécie de agravo retido. Fundamento legal art. 817 e 795 da CLT.
DECISÕES JUDICIAIS Tanto a Sentença quanto o Acordão são divididos em apertada síntese nos seguintes moldes: Relatório (dispensado no Rito Sumaríssimo) Causa de Decidir / Fundamentos Decisum / Dispositivo (condenação ou absolvição)
AS DECISÕES JUDICIAIS NO NCPC AS DECISÕES JUDICIAIS NO NCPC
AS DECISÕES JUDICIAIS NO NCPC AS DECISÕES NOS MOLDES DO NCPC Este possível impacto do NCPC no processo do trabalho trará grande discussão e polêmica. Apenas na prática poderá ser equacionado. Para tanto devemos conhecer:
AS DECISÕES JUDICIAIS NO NCPC O contraditório e a ampla defesa antes de qualquer decisão: Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
AS DECISÕES JUDICIAIS NO NCPC Publicidade dos julgamentos: Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público
AS DECISÕES JUDICIAIS NO NCPC Ordem cronológica dos julgamentos e lista pública: Art. 12. Os juízes e os tribunais deverão obedecer à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. 1 o A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição para consulta pública em cartório e na rede mundial de computadores.
AS DECISÕES JUDICIAIS NO NCPC Exceção: 2 o Estão excluídos da regra do caput: I - as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido; II - o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em julgamento de casos repetitivos;
AS DECISÕES JUDICIAIS NO NCPC III - o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas repetitivas; IV - as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932; V - o julgamento de embargos de declaração; VI - o julgamento de agravo interno; VII - as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça;
AS DECISÕES JUDICIAIS NO NCPC VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência penal; IX - a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão fundamentada.
AS DECISÕES JUDICIAIS NO NCPC Elementos essenciais da Sentença: Art. 489. São elementos essenciais da sentença: I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
AS DECISÕES JUDICIAIS NO NCPC III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.
AS DECISÕES JUDICIAIS NO NCPC IMPOPRTANTE CONHECER: 1 o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
AS DECISÕES JUDICIAIS NO NCPC II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
AS DECISÕES JUDICIAIS NO NCPC V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
AS DECISÕES JUDICIAIS NO NCPC COLISÃO ENTRE NORMAS 2 o No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os critérios gerais da ponderação efetuada, enunciando as razões que autorizam a interferência na norma afastada e as premissas fáticas que fundamentam a conclusão.
AS DECISÕES JUDICIAIS NO NCPC INTERPRETAÇÃO 3 o A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé.
TRÂNSITO EM JULGADO TRÂNSITO EM JULGADO
TRÂNSITO EM JULGADO Entende-se por trânsito em julgado o efeito que recai sobre uma decisão que não pode mais ser alterada por recurso (coisa julgada). Após o trânsito em julgado só é possível mudar uma decisão através de Ação Rescisória, dentro das possibilidades previstas em lei (art. 966 / 975 NCPC), trata-se de um rol taxativo. Ainda deve ser obedecido o prazo de 2 anos contados do trânsito em julgado.
TRÂNSITO EM JULGADO O acordo trabalhista, homologado em juízo transita em julgado imediatamente. Só pode ser debatido através de Ação Rescisória como estudamos. Vamos ver como o NCPC trata o tema em seus dispositivos legais:
TRÂNSITO EM JULGADO Art. 502. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso. Art. 503. A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida. Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros.
TRÂNSITO EM JULGADO Art. 507. É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo respeito se operou a preclusão. Art. 508. Transitada em julgado a decisão de mérito, considerar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e as defesas que a parte poderia opor tanto ao acolhimento quanto à rejeição do pedido.