Performance da Renda Fixa em 2013 Material produzido em junho de 2013
Performance da Renda Fixa em 2013 O que tem acontecido com os investimentos em renda fixa? Nos últimos meses temos visto o mercado de renda fixa com uma volatilidade significante, que chega a ser quase metade da do Ibovespa (no caso do IMA-B5+). Essa oscilação se traduziu na carteira dos investidores como rentabilidade negativa nos investimentos em renda fixa em meses fechados. Volatilidade anualizada em 31/05/2013 Índice Vol IMA-B 6,5% IRF-M 1,9% Ibovespa 20,1% IMA-B5+ 9,7% Em um passado não muito distante isso poderia até chegar a passar despercebido pelos cotistas, dado que o investimento em fundos Referenciados DI no Brasil gerava retorno atrativo, alta liquidez e solidez. Para ilustrar em um mesmo quadro, em dez/2005 a Selic estava a 18,00%a.a., enquanto em dez/2012 a 7,25%a.a. um corte de mais da metade da taxa. Paralelamente, a inflação não foi mantida sob controle, o que resultou em uma taxa de juro real muito baixa no fim de 2012, como mostra a tabela abaixo. Variação % ao ano Selic IPCA Juro real Dez/2005 18,00% 5,69% 12,31% Dez/2006 13,25% 3,14% 10,11% Dez/2011 11,00% 6,50% 4,50% Dez/2012 7,25% 5,84% 1,41% Como resultado disso, os investidores, que antes compunham suas carteiras praticamente apenas com fundos DI ou títulos ligados à Selic/CDI, foram levados a procurarem outras opções de investimento em busca de maior retorno, diversificando seus portfólios. 2
Se antes as aplicações focavam em exposição pós-fixada (principalmente através de fundos Referenciados DI), agora passaram a incluir veículos de renda fixa, como reflexo de um retorno atrativo dessa classe nos últimos anos. É o caso do IMA-B, título ligado à inflação IPCA mais um cupom pré-fixado, que rendeu 26,7% no ano passado, contra um CDI de 8,4%. Entretanto, adicionar uma parcela de índices de renda fixa no benchmark inclui adicionar o risco da curva de juros. E se antes havia um investimento rentável e pouco volátil através fundos Referenciados DI, a adição de fundos de RF trouxe perspectivas de maiores ganhos, mas também, consequentemente, maiores oscilações. Foi o que aconteceu com grande parte das carteiras, que ao longo do tempo alterou seu benchmark, antes 100% CDI, para conter uma parcela de outros índices (como IMA-B, IRF-M e outros) e essa parcela continua crescendo. Por que a renda fixa está variando negativamente? É importante ter em mente que a busca de uma maior rentabilidade implica em maior volatilidade (risco). Isso significa que no curto prazo é normal e esperado ter períodos de rentabilidade negativa; é a troca por ter, no médio e longo prazo, perspectiva de maiores retornos. Ainda que alguns índices apresentem forte rentabilidade negativa no acumulado de 2013, ainda assim, no longo prazo, são os índices que apresentam o maior retorno. Rentabilidades índices Índice Maio 2013 2012 36 meses 60 meses CDI 0,6% 2,8% 8,4% 31,9% 61,5% IMA-B -4,5% -5,2% 26,7% 53,7% 102,8% IMA-B5-1,2% 0,1% 17,0% 46,0% 91,8% IMA-B5+ -6,3% -8,0% 34,2% 63,0% 114,4% IRF-M -0,9% 0,7% 14,3% 40,8% 82,1% Selic 0,6% 2,9% 8,5% 32,0% 61,8% Poupança 0,5% 2,5% 6,4% 22,1% 40,6% INPC -1,2% 1,5% 5,9% 17,6% 30,6% Especificamente nos últimos meses, o que tem ocorrido com a renda fixa no Brasil é consequência de um cenário dúbio, que combina baixo crescimento econômico com uma taxa de desemprego muito baixa e inflação pressionada. Entre as constantes revisões do PIB para baixo e os números crescentes de inflação, o Governo priorizou estimular a atividade. Por conta disso, vimos a taxa Selic ser cortada em 525 bps entre 2011 e 2012 (de 12,5% para 7,25%). 3
Porém, com o IPCA superando o teto de 6,5%a.a. da meta de inflação, o Governo reagiu, utilizando, além de desonerações e incentivos à indústria, a taxa Selic para isso. O aumento dos juros, em 29 de maio, foi mais forte do que o consenso esperado pelo mercado (50 bps vs expectativa de 25 bps) e a ata divulgada após a reunião do Copom evidenciou ainda mais o compromisso do Banco Central em combater a inflação. Isso resultou na revisão do mercado para as taxas futuras de juros, fazendo com que toda a curva pré-fixada subisse, ou seja, todos os vencimentos passaram a pagar taxas maiores. Variação da curva pré-fixada Taxa (%) 11 10,5 10 9,5 9 8,5 8 7,5 7 jun-13 jun-14 jun-15 jun-16 jun-17 jun-18 jun-19 jun-20 jun-21 Vencimento 7-jun 31-mai 29-mai Por conta da Marcação a Mercado, quando as taxas pagas pelos títulos aumentam, os títulos comprados no passado, com uma taxa menor, apresentam variação negativa (veja a seguir como funciona a Marcação a Mercado). A gestão ativa, entretanto, estuda e analisa diariamente o mercado, procurando prever os possíveis movimentos da curva de juros, montando posições onde enxerga a assimetria entre um bom potencial de ganho com baixo potencial de perda. Os últimos movimentos da curva de juros, porém, foram abruptos a ponto de que, mesmo que a gestão ativa superasse os índices de renda fixa, dificilmente conseguiria um resultado positivo no fim do mês. A sólida filosofia de investimento da HSBC Global Asset Management acredita que não devemos assumir posições de risco sem convicção, apenas para tentar recuperar perdas recentes; nesses casos, reduzimos as alocações dos nossos fundos de renda fixa de forma a deixá-los com um baixo risco ativo, assumindo posições mais leves, com horizontes mais curtos, como tem ocorrido neste segundo trimestre. Com a mudança do benchmark é primordial ter consciência que as coisas não serão como antes. Como dito anteriormente, a busca de uma maior rentabilidade implica em maior volatilidade. Isso significa que no curto prazo é normal e esperado ter períodos de rentabilidade negativa; é a troca por ter, no médio e longo prazo, perspectiva de maiores retornos. É preciso, agora, ter visão de longo prazo e importar-se menos com os ruídos de curto prazo que possam ocorrer de um mês para outro. 4
Como a renda fixa pode variar negativamente? Por conta de alguns fundos de investimento terem o nome de renda fixa, o investidor pode ter uma ideia errada sobre o que isso significa. Renda Fixa é uma classe de fundos que busca retorno através de ativos de renda fixa, ou seja, não pode utilizar estratégias de câmbio (moedas estrangeiras) nem renda variável (bolsa). As estratégias desse tipo de fundo são feitas através de títulos de renda fixa pré-fixados ou pós-fixados. Apesar do nome dizer que a renda é fixa, existe um mecanismo chamado Marcação a Mercado, que traz a valor presente um investimento feito no passado. Isso faz com que a rentabilidade dos fundos de renda fixa tenham uma volatilidade que pode ser tanto positiva quanto negativa assim como ocorre para qualquer investimento. A Marcação a Mercado é o procedimento adotado pelos gestores dos fundos de investimentos para estabelecer um valor real para cada um de seus títulos (públicos ou privados) ao longo do tempo e, na somatória dos títulos, saber o quanto vale sua carteira no total. Este valor é uma referência do valor em Real, que poderia ser obtido caso os ativos/títulos fossem vendidos naquela data. Como efeito, a Marcação a Mercado pode mostrar uma variação da cota do fundo tanto positiva como negativamente. Para ilustrar com um exemplo, as LTNs (Letras do Tesouro Nacional) são títulos préfixados do governo. Elas têm um valor fixo de R$ 1.000,00 no vencimento o que muda é o valor pelo qual o investidor a compra (valor presente). No dia 30 de maio de 2013, a LTN com vencimento em janeiro de 2015 tinha um preço de 875,463514 à taxa de 8,65%. Ou seja, um investidor que comprou mil desses títulos pagou R$ 875.463,51. Após o Copom, no dia 31 de maio de 2013, a taxa dessa LTN jan/15 subiu dos 8,65% para 9,07% e o preço de mil títulos passou para R$ 870.065,20. Caso o gestor quisesse vender seus títulos nesse momento que a taxa subiu, ele perderia R$ 5.398,31 que é a diferença entre o que ele pagou nos títulos e o que eles valem no momento no mercado. Como exemplo, em fundo com PL de R$ 900.000,00, essa perda representaria uma cota negativa de -0,60%. LTN com vencimento em jan/15 Taxa: 8,65% Preço Unitário: 875,463514 Valor de mil títulos: R$ 875.463,51 LTN com vencimento em jan/15 Taxa: 9,07% Preço Unitário: 870,065200 Valor de mil títulos: R$ 870.065,20 Valor aplicado pelo gestor: -875.463,51 Valor no mercado: +870.065,20 Resultado: R$ -5.398,31 Isso significa que os fundos com títulos pré-fixados ganham com a queda das taxas de juros e vice-versa: perdem com sua alta. 5
LEIA O PROSPECTO E O REGULAMENTO ANTES DE INVESTIR. Administrador: HSBC Bank Brasil S.A. - Banco Múltiplo / Gestor: HSBC Gestão de Recursos Ltda. O conteúdo deste documento não pode ser reproduzido nem distribuído a qualquer pessoa ou entidade, seja no todo ou em parte, para qualquer finalidade. Toda reprodução não autorizada ou utilização deste documento será de responsabilidade do usuário e pode levar a processos judiciais. O material contido neste documento é destinado para fins de informação geral e não constitui um conselho ou uma recomendação de comprar ou vender investimentos. Este documento não tem valor contratual e não deve ser interpretado como uma solicitação, nem uma recomendação para compra ou venda de qualquer instrumento financeiro em qualquer jurisdição na qual tal oferta não seja legal. As visões e opiniões aqui expressas são da HSBC Global Asset Management e se baseiam nas condições de mercado na data mencionada, estando sujeitas a alterações a qualquer momento. 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Geralmente, as economias de mercados emergentes são muito dependentes do comércio internacional e, consequentemente, foram e podem continuar sendo afetadas negativamente por barreiras comerciais, controles de câmbio, ajustes administrados nos valores relativos de suas moedas, bem como outras medidas protecionistas impostas ou negociadas pelos países com os quais mantém relações comerciais. Estas economias também tem sido e podem continuar sendo afetadas adversamente por condições econômicas dos países com que comerciam. As informações obtidas de terceiros foram baseadas em fontes que acreditamos ser confiáveis, mas que não foram verificadas de forma independente, portanto, não aceitamos nenhuma responsabilidade pela sua precisão e/ou integridade. HSBC Global Asset Management é o nome da marca para o negócio de gestão de investimentos do Grupo HSBC. 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