Demonstrações Financeiras e Relatorio da Administração Consolidados



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Transcrição:

Demonstrações Financeiras e Relatorio da Administração Consolidados 01

01 01 Carta do Auditor 06 01 02 Demonstrações Financeiras e Relatorio 08 da Administração Consolidados

01 02 Demonstrações Financeiras e Relatorio da Administração Consolidados Grupo Telefónica Balanços consolidados em 31 de dezembro Milhões de euros Ativo 2005 2004 A) Ativos não circulantes 59.545,00 48.954,47 Intangíveis (Nota 5) 7.877,11 5.674,13 Ágio (Nota 6) 8.910,23 5.949,44 Ativo imobilizado (Nota 7) 27.992,60 23.193,37 Investimentos 34,81 28,37 Participações em empresas coligadas (Nota 9) 1.664,35 1.651,68 Ativos financeiros não circulantes (Nota 8) 4.681,23 3.500,34 Ativo fiscal diferido (Nota 16) 8.384,67 8.957,14 B) Ativo circulante 13.628,77 11.124,39 Estoques 919,51 655,52 Contas a receber de clientes e outros (Nota 10) 7.515,75 5.919,75 Aplicações financeiras circulante (Nota 8) 1.517,76 2.556,61 Impostos a recuperar circulante (Nota 16) 1.448,26 1.069,49 Caixa e equivalentes de caixa 2.213,21 914,35 Ativos não circulantes mantidos para venda 14,28 8,67 TOTAL DO ATIVO (A + B) 73.173,77 60.078,86 Passivo e patrimônio líquido 2005 2004 A) Patrimônio líquido (Nota 11) 16.158,43 12.342,47 Parcela do patrimônio líquido atribuível aos acionistas da controladora 12.733,29 10.439,76 Participações minoritárias 3.425,14 1.902,71 B) Passivos não circulantes 35.126,47 27.742,58 Obrigações financeiras longo prazo (Nota 12) 25.167,58 17.492,23 Credores e outras contas a pagar longo prazo (Nota 13) 1.128,21 1.200,08 Passivo fiscal diferido (Nota 16) 2.477,44 1.642,61 Provisões a longo prazo (Nota 14) 6.353,24 7.407,66 C) Passivo circulante 21.888,87 19.993,81 Obrigações financeiras circulante (Nota 12) 9.235,87 10.210,40 Credores e outras contas a pagar circulante (Nota 13) 9.718,56 7.696,05 Obrigações fiscais circulante (Nota 16) 2.191,62 1.824,94 Provisões circulante 742,82 259,70 Passivos associados com ativos não circulantes mantidos para venda - 2,72 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO (A+B+C) 73.173,77 60.078,86 As Notas 1 a 23 e os Anexos I a VI fazem parte integrante deste balanço consolidado. 8 Telefónica, S.A. Informe Financeiro 2005

Grupo Telefónica Demonstrações de resultados consolidadas para os exercícios encerrados em 31 de dezembro Milhões de euros Demonstração de resultado 2005 2004 Receita de vendas de produtos e serviços (Nota 17) 37.882,16 30.280,92 Outras receitas (Nota 19) 1.418,26 1.133,41 Suprimentos (10.065,05) (7.637,33) Despesas com pessoal (Nota 19) (5.656,34) (5.095,17) Outras despesas (Nota 19) (8.302,60) (6.459,80) I. RESULTADO OPERACIONAL ANTES DA DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO (OIBDA) 15.276,43 12.222,03 Amortização e depreciação (6.717,68) (5.666,03) II. RESULTADO OPERACIONAL 8.558,75 6.556,00 Participações nos resultados de empresas coligadas (Nota 9) (128,21) (50,49) Despesas financeiras líquidas (1.796,37) (1.462,06) Variações cambiais líquidas 162,04 (177,05) Resultado financeiro líquido (Nota 15) (1.634,33) (1.639,11) III. RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS - OPERAÇÕES CONTINUADAS 6.796,21 4.866,40 Imposto sobre a renda (Nota 16) (1.969,15) (1.512,78) IV. RESULTADO DO EXERCÍCIO - OPERAÇÕES CONTINUADAS 4.827,06 3.353,62 Resultado depois de impostos - operações descontinuadas (Nota 18) - 131,97 V. RESULTADO DO EXERCÍCIO 4.827,06 3.485,59 Parcela do resultado atribuída aos acionistas minoritários (Nota 11) (381,21) (309,92) VI. PARCELA DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ATRIBUÍDA À CONTROLADORA 4.445,85 3.175,67 Resultado por ação básico e diluído atribuído aos acionistas da controladora (Nota 19) (euros) 0,913 0,637 As Notas 1 a 23 e os Anexos I a VI fazem parte integrante destas demonstrações de resultado consolidadas. 9

01 02 Demonstrações Financeiras e Relatorio da Administração Consolidados Grupo Telefónica Demonstrações de resultados consolidadas para os exercícios encerrados em 31 de dezembro Milhões de euros 2005 2004 Fluxo de caixa operacional Tarifas de exploração 44.353,14 36.367,10 Pagamentos a fornecedores e despesas de pessoal (30.531,54) (24.674,10) Dividendos recebidos 70,58 71,24 Pagamentos de juros e outras despesas financeiras (1.520,00) (1.307,11) Pagamentos de impostos (1.233,04) (326,00) Fluxo de caixa operacional líquido 11.139,14 10.131,13 Fluxo de caixa das atividades de investimento Recebimentos pela alienação de investimentos tangíveis e intangíveis 113,20 241,27 Pagamentos por investimentos tangíveis e intangíveis (4.423,22) (3.488,15) Recebimentos por alienação de investimentos em empresas, líquidos de caixa e equivalentes alienados 501,59 531,98 Pagamentos por investimentos em empresas, líquidos de caixa e equivalentes adquiridos (6.571,40) (4.201,57) Recebimentos de aplicações financeiras não incluídos em equivalentes de caixa 147,61 31,64 Pagamentos de aplicações financeiras não incluídos em equivalentes de caixa (17,65) (76,35) Recebimentos líquidos procedentes de excedentes de caixa não incluídos em equivalentes de caixa 625,18 1.139,51 Recebimentos por subvenções de capital 32,67 13,51 Fluxo de caixa líquido das atividades de investimento (9.592,02) (5.808,16) Fluxo de caixa das atividades de financiamento Dividendos pagos (Nota 11) (2.768,60) (2.865,81) Transações com acionistas (2.054,12) (1.938,56) Emissões de obrigações e bônus 875,15 572,99 Entrada de empréstimos, créditos e notas 16.533,96 10.135,11 Amortização de obrigações e bônus (3.696,52) (1.790,57) Pagamentos por amortização de empréstimos, créditos e notas (9.324,54) (8.049,77) Fluxo de caixa líquido das atividades de financiamento (434,67) (3.936,61) Efeito das variações cambiais sobre valores recebidos e pagos 165,73 74,18 Efeito das mudanças em métodos de consolidação e outros efeitos não monetários 9,62 (36,76) Variação líquida em caixa e equivalentes no período 1.287,80 423,78 CAIXA E EQUIVALENTES NO INÍCIO DO PERÍODO 914,35 490,57 CAIXA E EQUIVALENTES NO ENCERRAMENTO DO PERÍODO 2.202,15 914,35 CONCILIAÇÃO ENTRE OS FLUXOS LÍQUIDOS DE CAIXA E EQUIVALENTES E OS VALORES DO BALANÇO PATRIMONIA Variação líquida em caixa e equivalentes no período 1.287,80 423,78 DISPONÍVEL NO INÍCIO DO PERÍODO 914,35 490,57 Caixa e bancos 855,02 336,42 Outros equivalentes de caixa 59,33 154,15 DISPONÍVEL NO FIM DO PERÍODO 2.202,15 914,35 Caixa e bancos 1.555,17 855,02 Outros equivalentes de caixa 658,04 59,33 Saldos a descoberto em contas bancárias (1) (11,06) - (1) No balanço patrimonial consolidado, este item está apresentado na conta Obrigações financeiras curto prazo As Notas 1 a 23 e os Anexos I a VI fazem parte integrante desta demonstração de fluxos de caixa consolidada. 10 Telefónica, S.A. Informe Financeiro 2005

Grupo Telefónica Demonstrações de receitas e despesas consolidadas reconhecidas nos exercícios encerrados em 31 de dezembro Milhões de euros 2005 2004 Lucros (prejuízos) na avaliação de aplicações financeiras disponíveis para venda (79,78) 111,08 Lucros (prejuízos) com hedges de fluxos de caixa (125,60) (274,89) Diferenças de conversão de valores expressos em moeda estrangeira 2.577,09 (316,24) Participação em lucros (prejuízos) refletidos diretamente no patrimônio líquido de sociedades coligadas (49,67) (94,72) Efeito tributário dos débitos e créditos ao patrimônio 71,88 90,48 Lucro (prejuízo) líquido reconhecido no patrimônio 2.393,92 (484,27) Resultado líquido do exercício 4.827,06 3.485,59 Total de receitas e despesas reconhecidas no exercício (Nota 11) 7.220,98 3.001,32 Atribuíveis a: Acionistas da controladora 6.397,33 2.699,37 Participações minoritárias 823,65 301,95 7.220,98 3.001,32 As Notas 1 a 23 e os Anexos I a VI fazem parte integrante destas demonstrações de receitas e despesas consolidadas reconhecidas. 11

01 02 Demonstrações Financeiras e Relatorio da Administração Consolidados Telefónica, S.A. e Sociedades que compõem o Grupo Telefónica Notas explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas correspondentes ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 (1) Introdução e informações gerais Composição do Grupo Telefónica A Telefónica, S.A. e suas controladas e investidas fazem parte de um grupo integrado de empresas que operam principalmente em telecomunicações, mídia e entretenimento (doravante, Grupo Telefónica, o Grupo, a Sociedade, sem distinção). A controladora do Grupo é a Telefónica, S.A. (doravante Telefónica ), uma sociedade anônima constituída por prazo indeterminado em 19 de abril de 1924, com sede social na Gran Vía, 28, Madri (Espanha). No Anexo I, são relacionadas as sociedades controladas, coligadas e investidas nas quais o Grupo Telefónica tem participação direta ou indireta, bem como os ramos de atividade, o patrimônio líquido e o resultado do exercício, e sua contribuição às reservas consolidadas do Grupo, o valor contábil bruto, sua sede social e o método de consolidação. Estrutura societária do Grupo De acordo com o artigo 4 de seus Estatutos Sociais, o principal objeto social da Sociedade é a prestação de todos os tipos de serviços públicos e privados de telecomunicações, assim como serviços auxiliares, complementares ou derivados daqueles. As atividades que constituem o seu objeto social da Sociedade podem ser desenvolvidas na Espanha ou em outros países, e podem ser executadas integral ou parcialmente pela Sociedade, seja através de titularidade de ações ou de participações em outras sociedades ou pessoas jurídicas com objeto social idêntico ou similar. Os principais grupos de sociedades controladas através das quais a Telefónica executa as atividades contempladas em seu objeto social e a gestão de suas áreas de negócios ou linhas de atividade básicas são: Negócio de telefonia fixa e seus serviços suplementares prestados em território nacional da Espanha, realizado pelo Grupo Telefónica de España. A atividade de telefonia celular está concentrada no Grupo Telefónica Móviles, tanto no plano internacional como no nacional, com exceção da realizada na República Tcheca. O Grupo Telefónica Internacional desenvolve, principalmente, a efetivação e gestão dos investimentos no setor de telefonia fixa na América. Outros negócios englobados no Grupo Telefónica são os encabeçados pela Telefónica Publicidad e Información, S.A. - TPI (atividade de listas), Atento, N.V. (serviços de contact center ), Telefónica de Contenidos, S.A. (meios de comunicação, entretenimento e conteúdo) e Cesky Telecom (atividade integradora de telefonia fixa e móvel na República Tcheca). As atividades desenvolvidas pela grande maioria das sociedades que compõem o Grupo Telefónica são regulamentadas por diferentes marcos normativos, que exigem, em determinadas circunstâncias, a obtenção de autorizações, concessões ou licenças para a prestação dos diferentes serviços. Da mesma forma, determinados serviços de telefonia fixa e móvel são prestados em regime de tarifas e preços regulamentados. As atividades por segmento desenvolvidas pelo Grupo são detalhadas na Nota 17. (2) Bases de apresentação das demonstrações financeiras consolidadas As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram elaboradas com base nos registros contábeis da Telefónica, S.A. e das sociedades que compõem o Grupo Telefónica, cujas demonstrações financeiras são elaboradas de acordo com os princípios e normas contábeis vigentes nos diferentes países onde se encontram as sociedades que compõem o Grupo Consolidado, e foram elaboradas em conformidade com as Normas Internacionais de Informação Financeira (NIIFs) de forma a representarem fielmente a situação patrimonial e financeira, os resultados e os fluxos de caixa gerados e aplicados durante o exercício de 2005. Os valores constantes nos documentos que compõem estas demonstrações financeiras consolidadas estão expressos em milhões de euros, salvo indicação em contrário, sendo o euro a moeda funcional do Grupo. As demonstrações financeiras anuais consolidadas correspondentes ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004, aprovadas pela Assembléia Geral Ordinária de Acionistas da Telefónica, S.A., realizada em 31 de maio de 2005, foram elaboradas de acordo com os princípios contábeis e as normas de avaliação e apresentação geralmente aceitos na Espanha (PCGAs espanhóis). De acordo com o Regulamento do Parlamento Europeu número 1606/2002, de 19 de julho de 2002, a Telefónica é obrigada a aplicar as Normas Internacionais de Informação Financeira (NIIFs) adotadas pela União Européia para elaborar e apresentar suas informações financeiras consolidadas a partir de 1º de janeiro de 2005. Conseqüentemente, as demonstrações financeiras consolidadas correspondentes ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 foram elaboradas de acordo com as NIIFs, e as informações financeiras consolidadas do exercício anual de 2004, apresentadas para fins comparativos, foram elaboradas de acordo com os mesmos critérios. As demonstrações financeiras consolidadas anexas, correspondentes ao exercício anual encerrado em 31 de dezembro de 2005, foram formuladas pelo Conselho de Administração da Sociedade em reunião realizada em 28 de fevereiro de 2006, para serem submetidas à aprovação da Assembléia Geral dos Acionistas, sendo prevista sua aprovação sem emendas. As políticas contábeis mais significativas aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras correspondentes aos exercícios de 2004 e 2005 (o primeiro unicamente para fins comparativos) são descritas na Nota 4. 12 Telefónica, S.A. Informe Financeiro 2005

Primeira aplicação das Normas Internacionais de Informação Financeira A adaptação das demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Telefónica à normativa contábil internacional foi realizada aplicando a NIIF 1, denominada Adoção pela primeira vez das Normas Internacionais de Informação Financeira, sendo 1º de janeiro de 2004 a data de início do primeiro período apresentado sob a nova normativa contábil. Essa é a data que designamos como data de transição para as NIIFs. Como norma geral, as políticas contábeis estabelecidas em 31 de dezembro de 2005 devem ser aplicadas retroativamente para elaborar o balanço de abertura na data de transição e em todos os períodos seguintes. A NIIF 1 dispõe sobre casos de isenção da adoção retroativa completa das NIIFs no balanço de abertura, sendo os mais relevantes os seguintes: NIIF 3 Combinações O Grupo Telefónica optou por aplicar a NIIF 3, Combinações de negócios, de forma prospectiva desde a data de negócios de transição; portanto, as combinações de negócios ocorridas antes de 1º de janeiro de 2004 não foram reformuladas. NIC 16 Valor justo O Grupo Telefónica optou por continuar reconhecendo seus ativos imobilizados e intangíveis pelos seus respectivos ou reavaliação como valores contábeis anteriores, em conformidade com os PCGAs espanhóis, sem atualizar nenhum desses elementos custo atribuído ao valor justo em 1º de janeiro de 2004. NIC 19 Obrigações O Grupo Telefónica optou por contabilizar todas as perdas e lucros atuariais acumuladas em 1º de janeiro de 2004. sociais NIC 21 Diferenças O Grupo Telefónica adotou a isenção que permite manter em zero todas as diferenças de conversão de valores de conversão de valores expressos em moedas estrangeira acumuladas até a data de transição para as NIIFs. expressos em moeda estrangeira acumuladas NIC 32 e NIC 39 O Grupo Telefónica optou por não adotar a isenção facultada pela NIC 39, Instrumentos financeiros: reconhecimento Instrumentos financeiros e avaliação, e pela NIC 32, Instrumentos financeiros: apresentação e discriminação, a partir de 1º de janeiro de 2005 e aplicou essas Normas desde a transição para as NIIFs, em 1º de janeiro de 2004. NIIF 2 Transações O Grupo Telefónica optou por não aplicar a NIIF 2, Pagamentos com base em ações, aos pagamentos referenciados com pagamento ao valor da ação em transações com liquidação em ações outorgadas antes de 7 de novembro de 2002. referenciado ao valor da ação A aplicação das NIIFs na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas implica em uma série de alterações relacionadas às normas de apresentação e avaliação que vinham sendo aplicadas até 31 de dezembro de 2004, porque determinados princípios e requisitos estabelecidos por essas normas diferem substancialmente dos estabelecidos pelos princípios contábeis geralmente aceitos (PCGAs) na Espanha. A seguir, são detalhados os impactos no valor do patrimônio líquido consolidado em 31 de dezembro e em 1º de janeiro de 2004, e no resultado líquido consolidado do exercício de 2004, assim como uma descrição pormenorizada das principais diferenças entre os dois princípios contábeis. 13

01 02 Demonstrações Financeiras e Relatorio da Administração Consolidados Conciliação entre patrimônio consolidado de acordo com os PCGAs da Espanha e NIIF em 1º de janeiro de 2004 e 31 de dezembro de 2004 Patrimônio líquido Patrimônio líquido consolidado consolidado Milhões de euros em 01/01/04 em 31/12/04 Patrimônio líquido de acordo com os PCGAs da Espanha 16.756,56 16.225,10 Ágio e ajustes ao valor justo em combinações de negócios (3.609,98) (3.341,74) Ações em tesouraria e instrumentos de patrimônio (367,95) (846,76) Reconhecimento de receitas (392,78) (340,52) Imposto sobre a renda (416,76) (403,46) Custos capitalizados (despesas pré-operacionais e de emissão de capital) (265,82) (207,71) Benefícios pós-emprego e por desligamento dos funcionários (168,39) (316,06) Ajuste de inflação (economias hiperinflacionárias) (68,26) (163,34) Instrumentos financeiros e variações cambiais 66,26 (123,35) Coligadas (efeito relevante) 18,80 (17,21) Outros ajustes 52,24 (25,19) Total de ajustes (5.152,64) (5.785,34) Patrimônio líquido atribuível à controladora 11.603,92 10.439,76 Participações minoritárias 2.446,28 1.902,71 Patrimônio líquido consolidado de acordo com a NIIF 14.050,20 12.342,47 Conciliação entre resultado consolidado de acordo com os PCGAs da Espanha e NIIF do exercício de 2004 Resultado líquido consolidado Milhões de euros em 31/12/04 Resultado consolidado de acordo com os PCGA da Espanha 2.877,29 Ágio e ajustes ao valor justo em combinações de negócios 454,93 Reconhecimento de receitas 60,74 Imposto sobre a renda (133,52) Custos capitalizados (despesas pré-operacionais e de emissão de capital) 67,50 Benefícios pós-emprego e por desligamento dos funcionários (88,75) Ajuste de inflação (economias hiperinflacionárias) (75,77) Instrumentos financeiros e variações cambiais (49,57) Outros ajustes 62,82 Total de ajustes 298,38 Resultado consolidado nos termos das NIIFs 3.175,67 Os impactos apresentados nos quadros acima foram calculados depois dos impostos e participações minoritárias. Ágio e ajustes ao valor justo de combinações de negócios De acordo com os PCGAs espanhóis, o ágio e ajustes ao valor justo em combinações de negócios com sociedades estrangeiras podem ser traduzidos para a moeda funcional à taxa de câmbio histórica. De acordo com as NIIFs, esses lançamentos são considerados denominados na moeda da sociedade estrangeira e, portanto, são traduzidos para a moeda funcional mediante aplicação das taxas de câmbio vigentes na data de encerramento do balanço patrimonial. De acordo com as NIIFs, o ágio e os intangíveis de vida útil indefinida deixam de ser amortizados, embora estejam sujeitos a um teste para determinar sua recuperabilidade, pelo menos uma vez ao ano. De acordo com os PCGAs espanhóis, o ágio e todos os ativos intangíveis estão sujeitos a amortização sistemática ao longo de suas vidas úteis estimadas, com períodos máximos. 14 Telefónica, S.A. Informe Financeiro 2005

De acordo com as NIIFs, o custo das concessões administrativas é amortizado pelo método linear durante suas vidas úteis. De acordo com os PCGAs espanhóis, o critério aplicado ao Grupo pela Telefónica consistia em amortizar as concessões de forma sistemática ao longo de suas vidas úteis, aplicando métodos baseados nas receitas geradas ou no número de clientes durante cada período. As alterações mencionadas tiveram um impacto líquido negativo no patrimônio no valor de 3.341,74 e 3.609,98 milhões de euros em 31 de dezembro e 1º de janeiro de 2004, respectivamente. O impacto positivo dessas alterações na demonstração de resultado do exercício de 2004 é de 454,93 milhões de euros. A conversão dessas contas para a moeda funcional à taxa de câmbio do final do exercício resulta em uma redução do saldo de Ágio no valor de 1.114,76 e 992,57 milhões de euros em 31 de dezembro e 1º de janeiro de 2004, respectivamente, e em uma redução do saldo de Concessões administrativas no valor de 2.450,90 e 2.521,73 milhões de euros em 31 de dezembro e 1º de janeiro de 2004, respectivamente. A alteração no método de amortização das licenças de progressivo para linear resulta em uma redução de 215,85 e 166,62 milhões de euros na conta Concessões administrativas no balanço em 31 de dezembro de 2004 e em 1º de janeiro do mesmo ano, respectivamente. Esses efeitos são parcialmente compensados pela reversão das amortizações do ágio no valor de 433,53 milhões de euros correspondentes ao exercício de 2004, na conta Ágio. As amortizações de ágio durante o exercício de 2003 e anteriores não foram objeto de reversão, porque o Grupo Telefónica optou por não aplicar retroativamente as exigências da NIIF 3, Combinações de negócios. Ações em tesouraria e instrumentos de patrimônio De acordo com os PCGAs espanhóis, as ações em tesouraria são classificadas como ativos (exceto se estiverem sujeitas a amortização, em virtude de acordo prévio à sua aquisição aprovado pela Assembléia Geral dos Acionistas) e são demonstradas pelo preço de aquisição, pelo valor de mercado ou pelo valor patrimonial, o que for menor, com o ajuste oportuno. Em conformidade com as NIIFs, as ações em tesouraria são apresentadas como redução do valor do patrimônio líquido e as transações com ações em tesouraria são refletidas no valor do patrimônio líquido e não na demonstração de resultado consolidada. Em conseqüência, o saldo da conta Ações da controladora a curto prazo do balanço patrimonial, em conformidade com os PCGAs em 31 de dezembro e 1º de janeiro de 2004, no valor de 690,18 e 133,46 milhões de euros, respectivamente, foi reclassificado como Instrumentos de patrimônio próprios dentro de patrimônio líquido pelas NIIFs. De acordo com as NIIFs, determinados instrumentos emitidos para cobrir planos de opções sobre ações para funcionários têm a natureza de instrumentos de patrimônio, já que suas condições de liquidação prevêem a troca de um número fixo de ações em tesouraria por um valor monetário fixo. Ao mesmo tempo, as NIIFs determinam o reconhecimento de um passivo no balanço patrimonial, já que o emissor é obrigado a recomprar seus próprios instrumentos de patrimônio. Em conseqüência, foi reconhecido um valor adicional de 157,52 milhões de euros na conta Empréstimos e financiamentos do balanço, em conformidade com as NIIFs, em 31 de dezembro de 2004 e em 1º de janeiro do mesmo ano, com redução do saldo de Instrumentos de patrimônio próprios do patrimônio líquido. Reconhecimento de receitas De acordo com os PCGAs espanhóis, as receitas de tarifas de habilitação geradas quando os clientes se conectam com a nossa rede são reconhecidas no momento da inclusão do cliente, junto com os custos associados. Da mesma forma, as receitas da venda de terminais são reconhecidas no momento da entrega física. Com as NIIFs, as receitas de tarifas de habilitação são lançadas nos resultados junto com as receitas correspondentes de venda de terminais ou outros equipamentos, na medida em que não existam valores contingentes à entrega de outros elementos cuja entrega ao cliente esteja pendente. As receitas de habilitação, que não são reconhecidas junto com as receitas de venda de equipamentos, são diferidas e lançadas nos resultados ao longo do período médio estimado de duração da relação com o cliente. De acordo com as NIIFs, as receitas de vendas de equipamentos e terminais são reconhecidas quando a venda é considerada concluída, o que geralmente coincide com o momento da entrega ao cliente final. As alterações mencionadas tiveram um impacto líquido negativo no patrimônio no valor de 340,52 e 392,78 milhões de euros em 31 de dezembro e 1º de janeiro de 2004, respectivamente. O efeito na demonstração de resultado do exercício de 2004 corresponde a receitas superiores a 60,74 milhões de euros. Essas diferenças na política de reconhecimento de receitas resultam no reconhecimento de uma receita diferida no valor de 489,14 milhões e 561,14 milhões de euros no passivo do balanço preparado de acordo com as NIIFs, no encerramento de 2004 e no início do mesmo ano, respectivamente. O valor é lançado na demonstração de resultado ao longo do período médio estimado restante de duração da relação com os clientes. Imposto sobre a renda De acordo com os PCGAs espanhóis, o tratamento contábil dos impostos diferidos requer a aplicação de uma abordagem baseada na demonstração de resultado, considerando diferenças temporais entre o lucro contábil e o lucro tributável. Por outro lado, as NIIFs determinam o reconhecimento de impostos diferidos com base em uma análise do balanço patrimonial, considerando as diferenças temporárias, que são geradas por diferenças entre os valores fiscais de ativos e passivos e seus respectivos valores contábeis. Em conseqüência, em 31 de dezembro de 2004, foram reconhecidos, de acordo com as NIIFs, ativos e passivos fiscais diferidos adicionais no valor de 407,18 e 786,79 milhões de euros, respectivamente. Em 1º de janeiro de 2004, foram reconhecidos, de acordo com as NIIFs, ativos e passivos fiscais diferidos no valor de 539,80 e 537,61 milhões de euros, respectivamente. Parte desses passivos fiscais diferidos foram gerados em combinações de negócios ocorridas no exercício de 2004. O efeito líquido negativo no patrimônio foi de 403,46 e 416,76 milhões de euros em 31 de dezembro e 1º de janeiro de 2004, respectivamente. O valor negativo na apresentado na demonstração 15

01 02 Demonstrações Financeiras e Relatorio da Administração Consolidados de resultado do exercício anual encerrado em 31 de dezembro de 2004 é de 133,52 milhões de euros. Custos capitalizados De acordo com os PCGAs espanhóis, as despesas de constituição e pré-operacionais podem ser contabilizados como ativos e estão sujeitos a amortização por um prazo que não pode exceder cinco anos. De acordo com as NIIFs, os desembolsos que não cumprirem os requisitos para registro como ativo são lançados como despesas na demonstração de resultado no momento em que são incorridos. Da mesma forma, de acordo com os PCGAs espanhóis, os custos de aumento de capital são capitalizáveis e devem ser amortizados em prazo não superior a cinco anos. Com as NIIFs, esses custos são refletidos no patrimônio líquido, como dedução do valor do aumento de capital correspondente. Como resultado dessas diferenças, o patrimônio líquido foi reduzido em 207,71 e 265,82 milhões de euros em 31 de dezembro e 1º de janeiro de 2004, respectivamente. O impacto positivo dessas diferenças sobre a demonstração de resultado do exercício de 2004 foi de 67,50 milhões de euros. Benefícios pós-emprego e por desligamento Tanto os PCGAs espanhóis como as NIIFs determinam o reconhecimento de provisões por obrigações relativas a planos de aposentadoria, embora nos dois conjuntos normativos existam diferenças quanto à avaliação dessas obrigações. Os PCGAs espanhóis permitem, em certos casos, o diferimento de uma parte das perdas atuariais relacionadas com os planos, enquanto, de acordo com as NIIFs, embora seja permitido um certo diferimento opcional, todas as perdas e lucros atuariais identificados são reconhecidos no exercício, considerando a opção escolhida pelo Grupo Telefónica. Em conseqüência, a provisão foi aumentada em 239,96 milhões de euros no balanço em conformidade com as NIIFs em 31 de dezembro de 2004 (aumento de 108,58 milhões de euros em 1º de janeiro de 2004). O efeito líquido negativo no patrimônio foi de 316,06 e 168,39 milhões de euros em 31 de dezembro e 1º de janeiro de 2004, respectivamente. Participações minoritárias De acordo com os PCGAs espanhóis, as participações minoritárias são apresentadas separadamente em uma conta específica do passivo do balanço. Segundo as NIIFs, as participações minoritárias fazem parte do patrimônio líquido total. Além disso, de acordo com as NIIFs, o valor das ações preferenciais emitidas pela Telefónica Finance, subsidiária da Telefónica, S.A., é reclassificado como passivo financeiro com base na conta de participações minoritárias, porque, apesar de haver direito incondicional de evitar o pagamento em dinheiro do principal, existe obrigação de pagamento de dividendos, sempre que houver lucros a distribuir. Essas alterações nas políticas contábeis aplicadas resultam em um aumento líquido no patrimônio líquido de 1.902,71 milhões de euros em 31 de dezembro de 2004, e em um aumento na conta Obrigações financeiras longo prazo de 1.877,50 milhões de euros. O ajuste resultante dessas alterações no patrimônio líquido em 1º de janeiro de 2004 é de 2.446,28 milhões de euros. Informações financeiras em economias hiperinflacionárias De acordo com os PCGAs espanhóis, o ajuste por correção monetária contabilizado nas demonstrações financeiras de sociedades estrangeiras consolidadas é admitido, em determinadas circunstâncias, quando as normas locais exigem esse ajuste pela inflação. Com as NIIFs, é preciso analisar determinados indicadores de caráter qualitativo e quantitativo para determinar se existe hiperinflação e, portanto, se é necessário reformular as demonstrações financeiras em termos da unidade de moeda corrente na data do encerramento do balanço. Nenhum dos países onde o Grupo Telefónica estava presente na data de encerramento atende requisitos para ser considerado economia hiperinflacionária estabelecidos pelas NIIFs. O impacto negativo da reversão do ajuste por correção monetária no patrimônio com as NIIFs é de 163,34 e 68,26 milhões de euros em 31 de dezembro e 1º de janeiro de 2004, respectivamente. O impacto negativo na demonstração de resultado do exercício anual encerrado em 31 de dezembro de 2004 corresponde a 75,77 milhões de euros. Definição de coligada: influência significativa Em conformidade com os PCGAs espanhóis, presume-se a existência de influência significativa quando um investidor possui 3%, ou mais, dos direitos de voto de uma sociedade negociada em bolsa (20% ou mais no caso de sociedades não negociadas). As NIIF estabelecem a presunção de influência significativa sobre uma sociedade quando um investidor possui 20%, ou mais, dos direitos de voto. Os dois casos admitem prova em contrário, a diferença significa que participações classificadas como coligadas, de acordo com os PCGAs espanhóis, podem ser consideradas ativos financeiros disponíveis para venda segundo as NIIFs. Essa classificação implica na contabilização ao valor de mercado em cada encerramento, com contabilização direta no patrimônio dos lucros ou perdas não realizados por variações no valor de mercado. Essa diferença de critérios resulta em uma redução do patrimônio líquido no valor de 17,21 milhões de euros e em um aumento de 18,80 milhões de euros em 31 de dezembro e 1º de janeiro de 2004, respectivamente. Instrumentos financeiros e variações cambiais De acordo com os PCGA espanhóis, os ativos financeiros, incluindo os derivativos, são avaliados pelo preço de aquisição ou pelo valor de mercado, se este for inferior, enquanto os passivos financeiros são reconhecidos por seu valor de reembolso. Os ativos financeiros são baixados do balanço patrimonial no momento da alienação, transferência ou vencimento. Em conformidade com as NIIF, os ativos e passivos financeiros são classificados em uma série de categorias que determinam sua 16 Telefónica, S.A. Informe Financeiro 2005

avaliação pelo valor justo ou pelo custo amortizado. Parte dos lucros e perdas com instrumentos financeiros deve ser reconhecida diretamente no patrimônio até o momento da baixa do instrumento financeiro correspondente do balanço, ou em caso de saneamento contábil por desvalorização. As NIIF também estabelecem requisitos muito rigorosos para a baixa de ativos financeiros do balanço, com base na avaliação dos riscos e benefícios associados à propriedade do bem transferido. Além disso a aplicação de critérios de contabilidade de hedge de acordo com as NIIF exige o cumprimento de uma série de requisitos muito específicos. Por essa razão, determinadas relações de cobertura reúnem os requisitos para aplicação de contabilidade de coberturas nos termos dos PCGA espanhóis, mas não das NIIF. Por outro lado, de acordo com os PCGA espanhóis, o excesso das diferenças de câmbio positivas não realizadas sobre as diferenças de câmbio negativas contabilizadas nos resultados do período deve ser diferido. Em conformidade com as NIIF, todas as diferenças de câmbio, positivas ou negativas, realizadas ou não, são reconhecidas na demonstração de resultado. Essas alterações na contabilização de ativos e passivos financeiros resultam em uma redução do patrimônio no valor de 123,35 milhões de euros e em um aumento de 66,26 milhões de euros em 31 de dezembro e 1º de janeiro de 2004, respectivamente. A aplicação dos novos critérios contábeis resulta aumento de despesas no valor de 49,57 milhões de euros na demonstração de resultado do exercício de 2004. Por fim, de acordo com os PCGA espanhóis, as diferenças de câmbio geradas por empréstimos intragrupo em moeda estrangeira (principalmente dólares) foram eliminadas da demonstração de resultado no processo de consolidação. Com as NIIF, as diferenças de câmbio derivadas de empréstimos intragrupo são mantidas na demonstração de resultado consolidada, a não ser que o empréstimo possa ser considerado como parte do investimento líquido na organização estrangeira. Esta alteração não tem impacto no valor do patrimônio em 31 de dezembro e em 1º de janeiro de 2004. Outras diferenças Existem outras diferenças de critérios contábeis que não afetam o valor do patrimônio, mas afetam a apresentação das contas no balanço. Entre as reclassificações realizadas, cabe destacar que o ágio originado da aquisição de sociedades coligadas é apresentado no balanço em conformidade com as NIIF na conta Participações em empresas coligadas, com um montante de 1.162,37 e 806,37 milhões de euros no encerramento do exercício de 2004 e no início do mesmo exercício, respectivamente. Comparação das informações relacionadas na consolidação As principais alterações na consolidação para o exercício de 2005 são as seguintes (mais pormenores sobre deste exercício, assim como do exercício de 2004, no Anexo II): Telefónica Em julho, foi efetuada a fusão da Terra Networks, S.A. com a Telefónica, S.A., com efeitos econômicos a partir de 1º de janeiro de 2005, mediante a absorção da primeira organização pela segunda, com dissolução da Terra Networks, S.A. e transferência em bloco, a título universal, de seu patrimônio para a Telefónica, S.A., com entrega das ações em tesouraria da Telefónica, S.A. na proporção de duas ações da Telefónica por cada nove ações da Terra. A sociedade, que era incluída nas demonstrações do Grupo Telefónica pelo método de consolidação integral, foi baixada da consolidação. Durante o exercício de 2005, a Endemol Investment B.V., sociedade com 99,7% de participação da Telefónica, S.A., realizou a oferta pública de venda de ações da Endemol, N.V., sendo o preço de 9 euros por ação e o número final de ações vendidas foi de 31.250.000 ações ordinárias, representativas de 25% do capital social da sociedade. Essa transação representou um lucro de 55,58 milhões de euros, contabilizado na demonstração de resultado do Grupo Telefónica como Lucro na alienação de ativos do item Outras receitas (vide Nota 19). As ações alienadas na oferta são negociadas na bolsa de Amsterdã, no índice AEX Euronet Amsterdam, a partir de 22 de novembro de 2005. Em 21 de dezembro, a Portugal Telecom, S.G.P.S., S.A. amortizou um total de 37.628.550 ações próprias, correspondentes a 3,23% do capital social atual. Após essa operação, a porcentagem de participação efetiva do Grupo Telefónica na sociedade portuguesa passou para 9,84% (9,96% nominais). A sociedade continua sendo apresentada nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Telefónica pelo método da equivalência patrimonial. Em 10 de junho do presente exercício, a Comissão Européia autorizou a operação de tomada de controle sobre a operadora tcheca de telecomunicações Cesky Telecom a.s., mediante aquisição de 51,1% do capital da sociedade. A operação de compra e venda foi concluída em 16 de junho, ao preço de 502 coroas tchecas por ação. A Telefónica apresentou uma oferta pública de aquisição de ações para os 48,9% de ações restantes, em poder dos acionistas minoritários. Em 19 de setembro, a oferta foi encerrada com a aquisição pela Telefónica de 58.985.703 ações, ao preço de 456 coroas tchecas por ação. O preço total desembolsado pela Telefónica na compra da sociedade tcheca foi de 3.662,53 milhões de euros. Com essa compra, a porcentagem de participação da Telefónica no capital da sociedade subiu para 69,41% do capital. A sociedade foi incluída na consolidação do Grupo Telefónica pelo método de consolidação integral. Grupo T.P.I. Em 11 de novembro de 2005, as sociedades Telefónica Publicidad e Información, S.A. (controladora) e Telefónica Publicidad e Información Internacional, S.A.U. adquiriram da Telefónica de Argentina, S.A., 95% e 5%, respectivamente, de 100% dos títulos que compõem o capital da sociedade argentina Telinver, S.A., por um valor total de 57,0 milhões de euros (66,72 milhões de dólares dos Estados Unidos). A operação foi financiada pela Telefónica de Argentina, S.A., mediante financiamento contraído com vencimento no exercício de 2008. A sociedade continua sendo incluída na consolidação do Grupo Telefónica pelo método de consolidação 17

01 02 Demonstrações Financeiras e Relatorio da Administração Consolidados integral e a participação efetiva nessa sociedade atualmente é de 59,90%, em lugar de 99,98%. Grupo Telefónica Móviles Em 7 e 11 de janeiro de 2005, respectivamente, ocorreu a aquisição de 100% das ações das operadoras da BellSouth no Chile e na Argentina, concluindo-se com essas aquisições o processo de compra e venda das operadoras latino-americanas da BellSouth, iniciado no exercício anterior. O custo de aquisição total para a Telefónica Móviles, ajustado pela dívida líquida existente dessas sociedades, foi de 519,39 milhões de euros para a Radiocomunicaciones Móviles, S.A. (Argentina) e 317,56 milhões de euros para a Telefónica Móviles Chile, S.A. Em 8 de outubro de 2004, a Telesp Celular Participações, S.A. aprovou a realização de um aumento de capital de aproximadamente 2.054 milhões de reais. Esse aumento foi realizado em 4 de janeiro de 2005 e a Brasilcel, N.V. subscreveu a parte do aumento não subscrito por outros acionistas. Depois desse aumento e após a operação de capitalização de ativos em julho de 2005, comentada mais adiante, a participação da Brasilcel, N.V. passou de 65,12% para 66,1%. Em julho de 2005, a Brasilcel, N.V. realizou a capitalização de ativos utilizados por Tele Centro Oeste Celular Participações, S.A. (TCO), Celular CRT, S.A. (CRT), Tele Sudeste Celular Participações (TSD), S.A. e Tele Leste Celular Participações, S.A. (TBE). Esta capitalização não representou nenhuma saída de caixa para a Brasilcel, N.V., mas resultou em um aumento da participação nessas sociedades. A participação da Brasilcel, N.V. no capital social dessas controladas aumentou para 91,0% da TSD; 50,7% da TBE; 66,4% da CRT e 34,7% da TCO. Em dezembro de 2005, a Telefónica Móviles, S.A. celebrou um acordo para comprar 8% da Telefónica Móviles México, S.A. de C.V. A aquisição foi estruturada por meio de uma permuta de ações da Telefónica, S.A. Esta operação implicou em um desembolso de 177,27 milhões de euros. Após esta operação, a participação da Telefónica Móviles é de 100%. A sociedade continua sendo incluída na consolidação do Grupo Telefónica pelo método de consolidação integral. A aquisição representou um desembolso de 177 milhões de euros para a Telefónica Móviles e foi estruturada através de uma permuta de ações da Telefónica Móviles México S.A. por 14.135.895 ações da Telefónica S.A. Sociedade atualmente emitidas e em circulação com direito a receber o referido dividendo; e c) destinar o restante dos lucros à reserva voluntária. Milhões de euros Total a distribuir 1.754,39 a: Reserva Legal 64,15 Dividendo (valor máximo a distribuir correspondente a 0,25 euro por ação para a totalidade das ações do capital da sociedade (4.921.130.397 ações). 1.230,28 Reserva voluntária (mínimo) 459,96 Total 1.754,39 O Conselho de Administração da Sociedade, em reunião realizada no dia 28 de fevereiro de 2006, deliberou a distribuição de dividendos correspondentes aos lucros do exercício de 2005, em um valor fixo bruto de 0,25 euro para cada uma das ações existentes e em circulação da Sociedade com direito a receber o dividendo, no montante máximo total de 1.230,28 milhões de euros; sendo proposto o pagamento do dividendo no dia 12 de maio de 2006. Em conseqüência, o valor do dividendo proposto com base no lucro do exercício de 2005 será liquidado com seu pagamento na data prevista (vide acontecimentos subseqüentes a 31 de dezembro de 2005 na Nota 22). (4) Normas de avaliação Conforme indicado na Nota 2, de acordo com o Regulamento do Parlamento Europeu número 1606/2002, de 19 de julho de 2002, a Telefónica é obrigada a aplicar as Normas Internacionais de Informação Financeira (NIIF) adotadas pela União Européia para elaborar e apresentar suas informações financeiras consolidadas a partir de 1º de janeiro de 2005. Em conseqüência, as demonstrações financeiras consolidadas correspondentes ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 foram elaboradas de acordo com as NIIF, e os mesmos critérios foram aplicados para elaborar as informações financeiras consolidadas do exercício de 2004, apresentadas para fins comparativos. As principais normas de avaliação utilizadas na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas dos exercícios de 2004 e 2005 (as primeiras exclusivamente para fins comparativos) foram as seguintes: (3) Proposta de distribuição dos resultados da controladora O lucro líquido obtido pela Telefónica, S.A. no exercício de 2005 foi de 1.754,39 milhões de euros. Esse resultado foi obtido de acordo com os PCGAs espanhóis. A proposta de distribuição desse resultado, formulada pelo Conselho de Administração da Sociedade para ser submetida à aprovação da Assembléia Geral dos Acionistas, consiste em: a) destinar 64,15 milhões de euros do lucro do exercício para a reserva legal, com o que esta alcançaria 20% do valor do capital social; b) pagar um dividendo fixo bruto de 0,25 euro por ação a cada uma das ações da a) Ágio Nas aquisições ocorridas após 1º de janeiro de 2004, data de transição para as NIIFs, o ágio representa o excesso do custo de aquisição sobre os valores justos, na data de aquisição, dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis adquiridos de uma controlada, coligada ou joint venture. Após o reconhecimento inicial, o ágio é contabilizado ao custo, menos eventuais perdas acumuladas por desvalorização. Conforme indicado na Nota 2, na transição para as NIIF, a Telefónica adotou a isenção que permite não reexpressar as combinações de negócios ocorridas antes de 1º de janeiro de 2004. Em conseqüência, 18 Telefónica, S.A. Informe Financeiro 2005

os balanços consolidados anexos incluem ágios de consolidação, líquidos de amortização até 31 de dezembro de 2003, originados antes da data de transição, pela diferença de consolidação positiva entre os valores contabilizados pelas aquisições de ações de sociedades controladas consolidadas e o valor patrimonial acrescido dos montantes que teriam sido refletidos nos elementos patrimoniais e foram refletidos como aumento no valor dos ativos. Em todos os casos, o ágio recebeu o tratamento de ativos denominados na moeda da sociedade adquirida. Todos os ágios são revisados para determinar sua recuperabilidade mínima anual ou, a intervalos menores, são apresentados determinados eventos ou alterações que indiquem que o valor líquido contábil pode não ser integralmente recuperável. A possível perda de valor é determinada mediante análise do valor recuperável da unidade geradora de caixa (ou conjunto delas) à qual o ágio está associado no momento em que se origina. Se esse valor recuperável for inferior ao valor contábil líquido, na demonstração de resultado é reconhecida uma perda irreversível pela desvalorização (vide Nota 4 h). b) Método de conversão de valores em moeda estrangeira Na conversão dos valores em moeda estrangeira das demonstrações financeiras das sociedades estrangeiras do Grupo Telefónica, foram utilizadas as taxas de câmbio de encerramento do exercício, com exceção de: 1. Capital e reservas, que foram traduzidos pelas taxas de câmbio históricas. 2. Demonstrações de resultados, que foram traduzidas à taxa de câmbio média do exercício. O ágio e os ajustes ao valor justo das contas do balanço que surgem no momento da tomada de participação em uma entidade estrangeira são tratados como ativos e passivos da entidade adquirida e, portanto, são convertidos à taxa de câmbio de encerramento. A diferença de conversão criada pela aplicação deste critério é refletida na conta Diferenças de conversão de valores expressos em moeda estrangeira no item Patrimônio líquido atribuído aos acionistas da controladora dos balanços patrimoniais consolidados anexos, sendo deduzida a parte da respectiva diferença correspondente aos acionistas minoritários, a qual está apresentada na conta Patrimônio líquido atribuído a participações minoritárias. No momento da alienação total ou parcial do investimento em uma sociedade estrangeira, as diferenças de conversão de valores expressos em moeda estrangeira acumuladas desde 1º de janeiro de 2004, data de transição para as NIIF, relativas à sociedade e reconhecidas no patrimônio, são contabilizadas proporcionalmente na demonstração de resultado como um componente do lucro ou perda decorrente da alienação. c) Transações em moeda estrangeira A conversão para euros dos valores expressos em moeda estrangeira é realizada pela taxa de câmbio vigente na data da transação e é ajustada no encerramento do exercício às taxas de câmbio vigentes nessa data. Todas as diferenças de câmbio, positivas ou negativas, realizadas ou a realizar, são reconhecidas na demonstração de resultado do exercício, exceto as decorrentes das operações de financiamento de investimentos em entidades investidas expressas em moeda estrangeira, que foram designadas como cobertura do risco cambial nesses investimentos, assim como as diferenças cambiais geradas por lançamentos monetários intragrupo, consideradas parte do investimento em uma subsidiária estrangeira, que são incluídas na conta Diferenças de conversão de valores expressos em moeda estrangeira do balanço patrimonial consolidado (vide Nota 4 v). d) Intangíveis Os ativos intangíveis são contabilizados ao custo de aquisição ou produção, menos amortização acumulada e eventuais perdas acumuladas por desvalorização. Todos os intangíveis são analisados para determinar se a sua vida útil econômica é determinável ou indefinida. Os intangíveis que têm uma vida útil definida são amortizados sistematicamente ao longo de suas vidas úteis estimadas e sua recuperabilidade é analisada quando ocorrem eventos ou alterações que indiquem que o valor líquido contábil pode não ser recuperável. Os intangíveis cuja vida útil é considerada indefinida não são amortizados, mas estão sujeitos a uma análise para determinar sua recuperabilidade anualmente, ou a intervalos mais breves, caso existam indícios de que o seu valor líquido poderia não ser integralmente recuperável (vide Nota 4 h). Em todos os casos, os métodos e períodos de amortização aplicados são reconsiderados no encerramento do exercício e, se necessário, ajustados de forma prospectiva. Gastos com pesquisa e desenvolvimento Os gastos com pesquisa são lançados na demonstração de resultado consolidada no momento em que são incorridos. Os custos incorridos em projetos de desenvolvimento de novos produtos, suscetíveis de comercialização ou de aplicação na própria rede, e cuja recuperabilidade futura está razoavelmente assegurada, são ativados e depreciados pelo método retilinear ao longo do período estimado em que se espera obter rendimentos do projeto mencionado, a partir de sua conclusão. Enquanto os ativos intangíveis desenvolvidos internamente não entram em uso, a recuperabilidade dos custos de desenvolvimento capitalizados é analisada anualmente, no mínimo, ou a intervalos menores, se existirem indícios de que o seu valor líquido poderia não ser integralmente recuperável. Os projetos sem viabilidade de aproveitamento futuro são debitados ao resultado consolidada do exercício em que a circunstância for conhecida. Concessões administrativas Correspondem ao preço de aquisição das licenças obtidas pelo Grupo Telefónica para a prestação de serviços de telefonia outorgadas por diversas administrações públicas, assim como o 19

01 02 Demonstrações Financeiras e Relatorio da Administração Consolidados valor atribuído às licenças de propriedade de determinadas sociedades no momento de sua incorporação ao Grupo Telefónica. A amortização é realizada pelo método retilinear a partir do início da exploração comercial das licenças, no período de vigência das mesmas. Propriedade industrial e programas de computador São contabilizados pelo custo de aquisição e depreciados pelo método retilinear ao longo de sua vida útil, que, em termos gerais, é estimada em três anos. As sociedades do Grupo depreciam o seu imobilizado a partir do momento em que está em condições de uso, distribuindo pelo método retilinear os custos dos ativos entre os anos de vida útil estimada, calculada de acordo com estudos técnicos revisados periodicamente em função dos avanços tecnológicos e do ritmo das substituições, conforme demonstrado a seguir: Anos de Vida Útil Estimada Edifícios e construções 25 40 Instalações técnicas e máquinas 10 15 Instalações telefônicas, redes e equipamentos de assinantes 5 20 Móveis, equipamentos de escritório e outros 2 10 e) Ativo imobilizado Os ativos imobilizados são avaliados ao custo de aquisição, menos depreciação acumulada e possíveis perdas por desvalorização. Os terrenos não são depreciados. O custo de aquisição inclui custos externos e internos, constituídos por materiais utilizados, mão-de-obra direta empregada no trabalho de instalação e uma alocação dos custos indiretos necessários para a conclusão do investimento. Estes dois últimos itens são contabilizados como receitas na conta Imobilizações em andamento do item Outras receitas. O custo de aquisição inclui a estimativa inicial dos custos associados à desmontagem ou retirada do elemento e à reabilitação de sua localização, quando, como conseqüência do uso do elemento, a Sociedade estiver obrigada a realizar essas ações. Os juros e outros encargos financeiros incorridos, atribuíveis diretamente à aquisição ou construção de ativos qualificados, são considerados como parte do custo dos mesmos. Para fins do Grupo Telefónica, são qualificados os ativos que necessariamente precisam de um período mínimo de 18 meses para estar em condições de exploração ou venda. Em particular, o custo financeiro gerado na construção do futuro centro de escritórios do Grupo Telefónica em Madri (Distrito C) foi capitalizado, com o valor de 8,79 milhões de euros no exercício de 2005 (1,7 milhões de euros no exercício de 2004). Os custos com expansão, modernização ou melhorias que levam a um aumento da produtividade, capacidade ou eficiência, ou a um aumento da vida útil dos ativos, são capitalizados como acréscimo ao custo dos mesmos quando cumprem os requisitos de reconhecimento. As despesas com conservação e manutenção são contabilizadas diretamente na demonstração de resultado consolidada do exercício em que forem incorridas. O Grupo Telefónica analisa a conveniência de efetuar, conforme o caso, os ajustes necessários com a finalidade de atribuir a cada elemento do imobilizado o menor valor recuperável ao final de cada exercício, sempre que ocorram circunstâncias ou alterações que indiquem que o valor líquido contábil do imobilizado possa não ser integralmente recuperável pela geração de receitas suficientes para cobrir todos os custos e despesas. Nesse caso, a avaliação inferior pode ser reajustada se as causas que motivaram a sua adoção se tornarem insubsistentes (vide Nota 4 h). Os valores residuais estimados e os métodos e períodos de depreciação aplicados são reavaliados no encerramento de cada exercício e, se necessário, ajustados de forma prospectiva. f) Investimentos (investimentos imobiliários) Os investimentos imobiliários são avaliados pelo custo, menos depreciação acumulada e as possíveis perdas acumuladas por desvalorização. Os terrenos não são depreciados, e os demais investimentos imobiliários incluídos nesta conta são depreciados pelo método retilinear ao longo de sua vida útil estimada. Sua recuperabilidade é analisada quando existem indícios de que o valor líquido contábil poderia não ser recuperável (vide Nota 4 h). O Grupo Telefónica incluiu na conta Investimentos em imóveis, do balanço patrimonial consolidado, o montante correspondente a imóveis não vinculados à exploração e sobre os quais não foi definido um plano de desinvestimento na data da elaboração das demonstrações financeiras consolidadas. g) Arrendamentos A determinação de se um contrato é ou contém um arrendamento baseia-se na análise da natureza do contrato, e requer a avaliação de se o cumprimento do contrato refere-se ao uso de um ativo específico e se o acordo atribui ao Grupo Telefónica o direito de uso do ativo. Os arrendamentos nos quais o arrendador conserva uma parte significativa dos riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo arrendado são considerados arrendamentos operacionais. Os pagamentos realizados nos termos de contratos de arrendamento desta natureza são lançados na demonstração de resultado de forma linear ao longo do período de aluguel. Os contratos de arrendamento que transferem para o Grupo os riscos e benefícios significativos característicos da propriedade dos bens recebem o tratamento de contratos de arrendamento financeiro, e os ativos são contabilizados no início do período de arrendamento, classificados de acordo com sua natureza, e a dívida associada, pelo montante do valor justo do bem arrendado, ou pelo valor presente das parcelas mínimas acordadas, se for inferior. O montante das parcelas pagas é distribuído proporcionalmente entre redução do principal da dívida por arrendamento e custo financeiro, de forma a obter uma Taxa de juros constante no saldo existente do passivo. Os custos financeiros são contabilizados na demonstração de resultado ao longo da vigência do contrato. 20 Telefónica, S.A. Informe Financeiro 2005

h) Desvalorização de ativos não circulantes No encerramento de cada ano, é avaliada a presença ou não de indícios de possível desvalorização dos ativos fixos não circulantes, incluindo ágios e intangíveis. Se forem encontrados esses indícios, ou quando se trata de ativos cuja natureza exija uma análise anual de desvalorização, a Sociedade estima o valor recuperável do ativo, definido como o maior entre o valor justo, após a dedução dos custos de alienação, e o valor em uso. O valor em uso é determinado mediante desconto dos fluxos de caixa futuros estimados, aplicando uma taxa de desconto antes dos impostos que reflete o valor da moeda no tempo e considerando os riscos específicos associados ao ativo. Quando o valor recuperável de um ativo for inferior ao seu valor líquido contábil, considera-se que tenha ocorrido desvalorização. Neste caso, o valor contábil é ajustado para o valor recuperável e a perda é lançada na demonstração de resultado. Os débitos por depreciação de períodos futuros são ajustados ao novo valor contábil durante a vida útil restante. A Sociedade analisa a perda de valor de cada ativo individualmente, exceto quando se trata de ativos que geram fluxos de caixa interdependentes com os gerados por outros ativos (unidades geradoras de caixa). Quando ocorrem novos eventos, ou alterações em circunstâncias já existentes, que evidenciem que uma perda por desvalorização registrada em um período anterior possa ter desaparecido ou ter sido reduzida, é realizada uma nova estimativa do valor recuperável do ativo correspondente. As perdas por desvalorização registradas anteriormente só são revertidas se as hipóteses aplicadas no cálculo do valor recuperável mudaram desde o reconhecimento da perda por desvalorização mais recente. Em tal caso, o valor contábil do ativo é aumentado até seu novo valor recuperável, com o limite do valor líquido contábil que o ativo teria caso não tivessem ocorrido perdas por desvalorização em períodos anteriores. A reversão é refletida na demonstração de resultado e os lançamentos por depreciação de períodos futuros são ajustados ao novo valor contábil. As perdas por desvalorização de ágios não são objeto de reversão em períodos posteriores. i) Participações em empresas coligadas Os investimentos do Grupo Telefónica em sociedades sobre as quais tem uma influência significativa, porém não controla nem administra conjuntamente com terceiros, são contabilizados pelo método de equivalência patrimonial. O valor contábil do investimento na empresa coligada inclui o ágio e a demonstração de resultado consolidada reflete a participação nos resultados das operações da coligada. Se a coligada contabilizar seus resultados diretamente no patrimônio líquido, o Grupo também reconhecerá diretamente em seu patrimônio líquido a sua participação nesses lançamentos. j) Aplicações financeiras Todas as compras e vendas convencionais de aplicações financeiras são reconhecidas no balanço patrimonial na data de negociação, que é a data na qual o compromisso de comprar ou vender o ativo é assumido. No momento de reconhecimento inicial, o Grupo Telefónica classifica seus ativos financeiros em quatro categorias: ativos financeiros ao valor justo com alterações nos resultados, empréstimos e créditos, aplacações mantidas até o vencimento e ativos financeiros disponíveis para venda; e em cada encerramento a classificação é revisada, se necessário. Os ativos financeiros negociáveis, ou seja, os investimentos realizados para obter rendimentos a curto prazo por variações nos preços, são classificados na categoria ao valor justo com efeitos nos resultados e são apresentados como ativos circulantes. Todos os derivativos são classificados nesta categoria, exceto quando reunirem todos os requisitos para serem considerados instrumentos de hedge. Além disso, o Grupo classifica nessa categoria determinados ativos financeiros quando, com isso, consegue eliminar ou atenuar as inconsistências de avaliação ou reconhecimento que resultariam da aplicação de critérios distintos para avaliar ativos e passivos ou para contabilizar lucros e perdas com bases diferentes, obtendo dessa forma informações mais relevantes. Por outro lado, essa categoria é utilizada para os ativos financeiros submetidos a uma estratégia de inversão e desinversão, com base em seu valor justo. Todos os ativos financeiros incluídos nesta categoria são contabilizados ao valor justo, com registro na demonstração de resultado dos lucros ou perdas, realizados ou não, resultantes de variações em seu valor justo em cada encerramento. As aplicações financeiras com vencimento fixo, que a Sociedade tem intenção e capacidade legal e financeira de não liquidar até o momento de seu vencimento, são classificadas como investimentos mantidos até o vencimento e são apresentadas como ativos circulantes ou não circulantes, em função do prazo restante até a liquidação. Os ativos financeiros incluídos nessa categoria são avaliados pelo custo amortizado, aplicando o método de Taxa de juros efetiva, de forma que os lucros ou perdas sejam reconhecidos na demonstração de resultado no momento da liquidação ou correção por desvalorização, e também através do processo de depreciação. As aplicações financeiras detidas pela sociedade com intenção de manter por um prazo indeterminado, suscetíveis de alienação para atender a necessidades pontuais de liquidez ou alterações nas taxas de juros, são classificadas na categoria disponíveis para venda. Esses investimentos são classificados como ativos não circulantes, salvo quando a sua liquidação em um prazo de doze meses estiver prevista e for viável. Os ativos financeiros incluídos nesta categoria são avaliados pelo valor justo. Os lucros ou perdas resultantes de variações nos valores justos em cada encerramento são reconhecidos no patrimônio, acumulando-se até o momento da liquidação ou ajuste por desvalorização, momento em que são lançados na demonstração de resultado. Os dividendos das participações acionárias disponíveis para venda são lançados na demonstração de resultado no momento em que fica estabelecido o direito da Sociedade de receber seu valor. O valor justo é determinado de acordo com os seguintes critérios: 1. Títulos com cotação oficial em um mercado ativo: Como valor justo, é considerado o valor da cotação na data de encerramento. 2. Títulos sem cotação oficial em um mercado ativo: O valor justo é obtido usando técnicas de avaliação, que incluem desconto de fluxos de caixa, modelos de avaliação de opções ou por referência a transações comparáveis. Quando não é possível determinar o valor justo de forma confiável, esses investimentos são contabilizados ao custo. 21

01 02 Demonstrações Financeiras e Relatorio da Administração Consolidados A categoria de empréstimos e créditos abrange os ativos financeiros que não têm cotação em mercados organizados e que não são classificados nas categorias anteriores. As contas dessa natureza são registradas ao custo amortizado pelo método de Taxa de juros efetiva. Os lucros ou perdas são reconhecidos na demonstração de resultado no momento da liquidação ou correção por desvalorização, e também através do processo de depreciação. Em cada encerramento, é avaliada a possível desvalorização dos ativos financeiros com o objetivo de registrar o ajuste oportuno, se for o caso. Se houver evidência objetiva de desvalorização de um ativo financeiro avaliado pelo custo amortizado, o valor da perda refletido na demonstração de resultado é determinado pela diferença entre o valor líquido contábil e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (sem considerar perdas futuras), descontados à Taxa de juros efetiva original do ativo. Em caso de evidência objetiva de desvalorização de um ativo financeiro disponível para venda, a perda registrada no patrimônio é reconhecida na demonstração de resultado, por um montante igual à diferença entre o custo original (líquido de eventuais reembolsos e amortizações de principal realizados) e seu valor justo na data, deduzida qualquer perda lançada nos resultados em períodos anteriores. As baixas de ativos financeiros ocorrem exclusivamente em alguma das circunstâncias a seguir: 1. Os direitos de recebimento de fluxos de caixa associados ao ativo tiverem vencido. 2. A sociedade tiver assumido a obrigação de pagar a um terceiro a totalidade dos fluxos de caixa que receberá do ativo. 3. A sociedade tiver cedido a um terceiro os direitos a receber os fluxos de caixa do ativo, com a transferência de praticamente todos os riscos e benefícios associados ao ativo. k) Estoques Os materiais armazenados para instalação em projetos de investimento, e também os estoques para consumo e reposição, são avaliados ao custo médio ponderado, ou ao valor líquido de realização, o que for menor. Quando os fluxos de caixa relacionados com compras de estoques são objeto de cobertura efetiva, os lucros e perdas correspondentes acumulados no patrimônio passam a fazer parte do custo dos estoques adquiridos. Os estoques obsoletos, defeituosos ou de baixa movimentação foram reduzidos ao seu valor líquido provável de realização. O cálculo do valor recuperável dos estoques é realizado em função de antiguidade e rotatividade. l) Contas a receber clientes As Contas a receber clientes são reconhecidas pelo valor expresso na fatura, com um ajuste caso exista evidência objetiva de risco de inadimplência por parte do devedor. O valor da provisão é calculado pela diferença entre o valor contábil das contas de recebimento duvidoso e seu valor recuperável. De modo geral, as contas comerciais a curto prazo não são descontadas. m) Caixa e equivalentes de caixa O caixa e os equivalentes de caixa reconhecidos no balanço patrimonial consolidado abrangem numerário em caixa e contas bancárias, depósitos à vista e outros investimentos de grande liquidez com vencimentos em prazo inferior a três meses. Esses valores são registradas ao custo histórico, que não difere significativamente de seu valor de realização. Para fins da demonstração de fluxos de caixa consolidada, o saldo de caixa e equivalentes definido no parágrafo anterior é apresentado líquido de eventuais saldos bancários a descoberto. n) Ações em tesouraria As ações em tesouraria são avaliadas ao custo de aquisição e apresentadas como dedução do patrimônio. Os eventuais lucros ou perdas na compra, venda, emissão ou amortização de ações em tesouraria são reconhecidos diretamente no patrimônio. o) Participações preferenciais As participações preferenciais são classificadas como passivo ou como patrimônio segundo as condições da emissão. As emissões de participações preferenciais são classificadas como patrimônio quando não existe uma obrigação de o emissor de entregar numerário ou outro ativo financeiro, seja para resgatar o principal ou para pagamento de dividendos, e como passivo financeiro no balanço patrimonial quando o Grupo Telefónica não tem o direito incondicional de evitar o pagamento em dinheiro. p) Subvenções recebidas O valor das subvenções de capital é reconhecido na conta Receitas diferidas do item Credores e outras contas a pagar do passivo do balanço, quando houver segurança razoável em relação ao recebimento e ao cumprimento das condições de concessão, e é lançado nos resultados pelo método retilinear no prazo da vida útil dos ativos financiados pelas subvenções na conta Subvenções do item Outras receitas. Quando se trata de uma subvenção de exploração, o reconhecimento nos resultados é realizado na mesma medida que os gastos que está destinada a compensar. A maioria das subvenções obtidas correspondem à Telefónica de España, que cumpre os requisitos necessários para sua concessão (vide Nota 13). q) Pensões e outros compromissos com os funcionários O Grupo apresenta no balanço patrimonial consolidado as provisões necessárias para o passivo referente aos compromissos existentes que não tinham sido reconhecidos, com base no método atuarial da unidade de crédito projetada, aplicando uma Taxa de juros equivalente à de títulos com alta qualidade de crédito. Os passivos relativos a Aposentadorias Antecipadas, Seguridade Social e desligamentos foram calculados individualmente e atualizados mediante aplicação de curvas de juros de mercado. 22 Telefónica, S.A. Informe Financeiro 2005

No caso de planos de pensão de contribuição definida, as contribuições incidentes no exercício são lançadas na demonstração de resultado no item Despesas com pessoal (vide Nota 19). Os principais compromissos do Grupo nessa área são discriminados na Nota 14. r) Reservas técnicas Essa conta contempla, principalmente, as reservas matemáticas que representam o excedente do valor presente dos compromissos de seguros de vida, pensões e resseguros, sobre os prêmios líquidos a serem pagos pelos detentores de apólices às sociedades controladas Seguros de Vida y Pensiones Antares, S.A. e Casiopea Reaseguradora, S.A. Essas provisões são baixadas quando os respectivos compromissos são pagos. s) Outras provisões As provisões são reconhecidas quando, como conseqüência de um evento passado, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou tácita), cuja liquidação requer uma saída de recursos que é considerada provável e pode ser estimada com confiabilidade. Caso seja estimado que é praticamente seguro que uma parte, ou a totalidade, de um montante provisionado será reembolsada por um terceiro, por exemplo em virtude de um contrato de seguro, é reconhecido um ativo no balanço e o gasto relacionado com a provisão é apresentado na demonstração de resultado, líquido do reembolso. Se o efeito do valor da moeda no tempo for significativo, o montante da provisão será descontado, e o aumento da provisão por efeito do decorrer do tempo é contabilizado como custo financeiro. t) Sistemas de remuneração referenciados ao valor da ação O Grupo conta com sistemas de remuneração referenciados ao valor da cotação das ações (vide Nota 19), com entrega de direitos de opção de compra de ações. Em determinados casos, a liquidação desses planos pode ser em numerário ou em ações, mediante opção do beneficiário, ou ainda mediante entrega de ações. Conforme descrito na nota 2, a NIIF 2 é aplicada para sistemas de remuneração referenciados à cotação da ação outorgados após 7 de novembro de 2002, que são os destinados a funcionários da Endemol. O tratamento contábil aplicado nesses casos é descrito a seguir: Para os planos de opções com alternativa de liquidação em dinheiro, por diferenças, ou em ações à escolha do funcionário, é determinado, na data da concessão, o valor justo dos componentes de passivo e patrimônio dos instrumentos compostos outorgados. Considerando os termos e condições da concessão, o valor justo dos dois componentes coincide e, portanto, o tratamento contábil dos planos desta natureza é o estabelecido para planos com liquidação em dinheiro. Nesses casos, o custo total dos direitos outorgados é reconhecido como despesa na demonstração de resultado ao longo do período em que serão cumpridas as condições que darão ao beneficiário pleno direito ao exercício da opção (período de aperfeiçoamento). O custo total das opções é determinado inicialmente por referência ao seu valor justo na data de concessão, obtido com a fórmula de Black-Scholes, considerando os termos e condições estabelecidos em cada plano de opções sobre ações. Em cada data de encerramento posterior, a Sociedade revisa as estimativas do valor justo e ao número de opções que estima que poderão ser exercidas, e ajusta na demonstração de resultado do período a avaliação do passivo contabilizado, se necessário. Para os planos de opções com liquidação em ações, o valor justo é determinado na data de concessão aplicando o método binomial e reconhecido como despesa na demonstração de resultado ao longo do período de aperfeiçoamento, com lançamento no patrimônio líquido. Em cada data de encerramento posterior, a sociedade revisa as estimativas quanto ao número de opções que estima que poderão ser exercidas, e ajusta o valor do patrimônio, se necessário. Para o restante dos sistemas de remuneração baseados em ações, outorgados antes de 7 de novembro de 2002, foi mantido o critério de avaliação anterior, que consiste em registrar uma provisão de forma linear no período de duração dos planos pela melhor estimativa dos desembolsos líquidos que deverão ser realizados no futuro para a liquidação dos planos, considerando seus termos e condições. u) Emissões, empréstimos e financiamentos Essas dívidas são registradas inicialmente pelo valor justo da contraprestação recebida, sendo deduzidos os custos atribuíveis diretamente à transação. Em períodos posteriores, os passivos financeiros são avaliados ao custo amortizado com o método de Taxa de juros real. Qualquer diferença entre o valor recebido (líquido de custos de transação) e o valor do reembolso é lançada na demonstração de resultado ao longo do período do contrato. As dívidas financeiras são apresentadas como passivos não circulantes quando seu prazo de vencimento for superior a doze meses ou o Grupo Telefónica tiver o direito incondicional de adiar a liquidação durante ao menos doze meses após a data de encerramento. Os passivos financeiros são baixados do balanço quando a obrigação correspondente vence ou é liquidada ou cancelada. Quando um passivo financeiro é substituído por outro com termos substancialmente distintos, a alteração é tratada como baixa do passivo original e inclusão de um novo passivo, e a diferença dos respectivos valores contábeis é lançada na demonstração de resultado. v) Derivativos e registro de coberturas Os derivativos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo, que normalmente coincide com o custo. Em encerramentos posteriores, o valor contábil é ajustado pelo valor justo, sendo apresentado como ativo financeiro circulante ou como passivo financeiro circulante, conforme o valor justo seja positivo ou negativo. Da mesma forma, os derivativos que cumprirem todos os requisitos para serem tratados como instrumentos de hedge de lançamentos a longo prazo são apresentados como ativos ou passivos não circulantes, conforme sejam positivos ou negativos. 23