OBJETOS DE APRENDIZAGEM: UMA NOVA PROPOSTA PARA O ENSINO DA GEOGRAFIA



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Transcrição:

OBJETOS DE APRENDIZAGEM: UMA NOVA PROPOSTA PARA O ENSINO DA GEOGRAFIA Daniel Fagundes Audino 1 Ana Cláudia Carvalho Giordani 2 Prof a. Dr a. Meri Lourdes Bezzi 3 Prof. Dr. Roberto Cassol. 4 Resumo O presente trabalho, será elaborado para métodos de ensino-aprendizagem, em que os alunos construirão seu conhecimento e o professor atuará como orientador, tendo no objeto de aprendizagem, um facilitador do trabalho escolar. Seguindo esse contexto, o trabalho terá como objetivos: (a) contribuir para o desenvolvimento no método de ensino e aprendizagem da ciência geográfica, objetivando a inclusão de mídias digitais no processo de educação, melhorando a aprendizagem da disciplina de Geografia e a formação cidadã do aluno; (b) por meio do objeto de aprendizagem, despertar o interesse dos alunos, auxiliando-os na construção e interpretação de conceitos; (c) criar uma linguagem comunicativa, apropriando-se de elementos da linguagem do computador; (d) permitir uma maior atenção dos alunos ao conteúdo que está sendo desenvolvido; (e) debater as potencialidades dessa estratégia de ensino/aprendizagem, e apresentar um objeto digital de aprendizagem. Portanto, a proposta pedagógica do objeto de aprendizagem, é fazer uso de uma ferramenta computacional, procurando contribuir para um ensino e aprendizagem da Geografia de forma mais dinâmica, através da interatividade, tornando os alunos mais próximos das constantes transformações que a sociedade têm vivenciado, e em particular no ensino da Geografia. Palavras-chave: Geografia, ensino/aprendizagem, objetos de aprendizagem, animação e simulação interativa. 1 Estudante de graduação em Geografia Licenciatura Plena pela Universidade Federal de Santa Maria UFSM. e- mail: daniel_f_audino@yahoo.com.br 2 Co-autora. 3 Orientador. 4 Orientador.

2 1. Problemática e Justificativa do trabalho A prática de ensinar é uma das tarefas mais remotas da Terra, mantendo-se, em muitas escolas, de maneira tradicional até os dias atuais. As discussões teóricas que envolvem as questões pedagógicas demoraram a chegar nas escolas, embora seja possível observar grandes mudanças no processo ensino/aprendizagem, representando um grande esforço dos professores em superar essa deficiência.infelizmente, devido às dificuldades noensino, a maioria dos professores está desanimado e apresenta baixíssimo rendimento em sala de aula, porque continua reproduzindo maneiras antigas de ensinar, oscilando, entre seguir o livro didático ou os programas oficiais que listam conteúdos para todo o Brasil, desprezando as realidades regionalizadas e a contextualização dos alunos. Nos últimos anos, veio ocorrendo uma gradativa substituição da Geografia Tradicional por uma Geografia renovada e crítica. Essa substituição fez-se extremamente necessária, pois, segundo Castrogiovani, (1990), a Geografia Tradicional é marcada pela descrição, enumeração de dados e pela memorização dos elementos que compõem as paisagens de forma dissociada dos sentimentos dos homens pelo espaço. A geografia tradicional no ensino didático também tinha papel ideológico, servindo para fortalecer o estado e a classe dominante, a exemplo pode-se citar a questão da fome, da pobreza no semi-árido nordestino onde se coloca a seca como o fator determinante, ou muitas vezes servindo para desenvolver programas que fortalecesse a elite, a estrutura agrária reinante, portanto a ideologia se estrutura para sustentar as desigualdades. Em contrapartida, a Geografia Crítica não se preocupa em descrever as paisagens, mas sim em entender a relação da sociedade com o espaço. Nesse sentido, ela estabelece o rompimento da neutralidade no estudo geográfico, com a proposta de aliciação e criticidade junto a toda circunstância social, econômica e política do mundo. Ela estabelece uma leitura crítica frente aos problemas e interesses que envolvem as relações de poder, e a pró-atividade frente às causas sociais, com a defesa da diminuição das disparidades socioeconômicas e diferenças regionais. Porém, para obtermos a atenção dos alunos, não basta, apenas, formularmos conceitos junto a eles e entendermos esse espaço, devemos, sobretudo, fazer com que o aluno interaja com

3 o conteúdo. Assim, como educadores, temos uma difícil tarefa que consiste em prender a atenção dos alunos em sala de aula. No entanto, nos perguntamos: como despertar o interesse dos alunos dentro da sala de aula de um modo inovador e atual? Buscamos, então, um recurso que possa ser utilizado para dar suporte ao aprendizado que está, cada vez mais, presente nas escolas de todo o Brasil: o computador. Nasce, então, uma nova proposta de ensino para a Geografia, a Geografia Escolar Interativa que propõe o uso de computador como meio para o ensino. Assim, justificamos, a importância deste trabalho a fim de apresentar essa nova proposta de ensino/aprendizagem adotada pelas escolas da Rede Pública do Brasil, ressaltando que esta proposta de ensino para a Geografia está diretamente ligada às atuais condições das escolas propostas pelo governo Federal. 2. Objetivos 2.1 Objetivo Geral Contribuir para o desenvolvimento no método de ensino e aprendizagem da ciência geográfica, objetivando a inclusão de mídias digitais no processo de educação, melhorando a aprendizagem da disciplina de Geografia e a formação cidadã do aluno. 2.2 Objetivos Específicos - Por meio do objeto de aprendizagem, despertar o interesse dos alunos, auxiliando-os na construção e interpretação de conceitos; -.Criar uma linguagem comunicativa, apropriando-se de elementos da linguagem do computador; - Permitir uma maior atenção dos alunos ao conteúdo que está sendo desenvolvido; - Debater as potencialidades dessa estratégia de ensino/aprendizagem; - Apresentar um objeto digital de aprendizagem.

4 3. Fundamentação Teórica O ensino da Geografia em sala de aula, assim como a utilização de recursos, atrelada a ferramentas inovadoras, como os objetos de aprendizagem, direciona-se para um maior interesse dos alunos dentro da sala de aula e, conseqüentemente, uma maior compreensão do conteúdo trabalhado. Nesse sentido, define-se objeto de aprendizagem como: um recurso (ou ferramenta cognitiva) autoconsistente do processo ensino aprendizagem, isto é, não depende de outros objetos para fazer sentido. Governos de diversos países estão investindo largas somas de dinheiro para desenvolver grandes repositórios de objetos de aprendizagem. (RENNIE; MASON, 2004). A partir de 2000, caracterizara-se como a fase de modernização e tecnificação do ensino, visto que a maioria das escolas públicas brasileiras estão sendo abastecidas com computadores, aparelhos de DVD s, entre outros recursos didáticos. Essa modernização aliada à tecnologia e a um conjunto de instrumentos de políticas de financiamento permitiram consolidar o processo de modernização do setor educacional brasileiro. Esse processo derivou em amplas alterações na forma de ensinar e nas relações aluno-professor. Nesse contexto, a modernização é compreendida, conforme Tambara (1983, p.15), como:... à absorção, por uma determinada sociedade, de padrões de consumo, de valores, normas, etc., de sociedades mais avançadas. Deste modo, surgem as escolas modernas como uma forma de adequar o modelo de ensino escolar ao padrão em que se encontra o país. No ano de 1999, foi implantado, no Brasil, o projeto RIVED, ou seja, uma Rede Internacional Virtual de Educação, é inserida pelo Ministério da Educação do governo Federal, que apresenta, como objetivo principal, estimular, cada vez mais, as crianças, utilizando-se de recursos computacionais para o ensino dentro de sala de aula. Tendo em vista as considerações acima, a Rede Internacional Virtual de Educação (RIVED): parte de uma ação colaborativa entre países da América Latina e Caribe para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem e tem como propósito o desenvolvimento de módulos educacionais digitais...é uma iniciativa pioneira de criação de material didático com utilização das tecnologias de informação e comunicação - TIC. O programa envolve a elaboração de estratégias de ensino/aprendizagem, a produção dos objetos de aprendizagem que comporão as

5 atividades dos módulos educacionais digitais, a capacitação de pessoal e o desenvolvimento de uma rede de distribuição dos referidos objetos. Os módulos educacionais visam ajudar o professor a transformar as salas de aula em ambientes de aprendizagem com o objetivo de oferecer uma educação contextualizada (reality-on); estimular o raciocínio (minds-on); e proporcionar a experimentação/exploração dos fenômenos (hands-on). ( 2006). A Rede Internacional Virtual de Educação é executado por uma equipe sediada em Brasília responsável por estudar e desenvolver o processo de produção e os padrões de qualidade dos módulos educacionais digitais. Assim, o RIVED objetiva ainda: melhorar o papel do professor como um facilitador e líder do processo de ensino / aprendizagem. Da mesma forma, visa incrementar o papel do aluno como um agente que aprende, raciocina, investiga e resolve problemas. O RIVED consiste no design instrucional de atividades pedagógicas, na produção de material baseado na Web, no treinamento de professores, uma rede de distribuição de objetos, e um programa de avaliação. ( 2006). Portanto, o processo de modernização que as escolas vêm sofrendo molda uma nova realidade para o ensino público brasileiro, tornando-o distinto de seus vizinhos sulamericanos, de certa forma, pois sua educação avança um passo importante para a formação de futuros profissionais. Ressaltamos, também que os objetos de aprendizagem são de grande importância, tanto para o aluno quanto para os professores que dispõe de uma nova forma de entender e trabalhar a geografia em sala de aula. 4. Metodologia do trabalho A metodologia utilizada para a execução da pesquisa será estruturada nas seguintes etapas: A fase inicial constituir-se-á do aprofundamento das discussões teórico-metodológicas através do resgate teórico, buscando, na bibliografia, subsídios para o enriquecimento do trabalho. Conduziremos a investigação teórica no sentido de estabelecer quais os conceitos de interatividade e objetos de aprendizagem. Com esse suporte teórico, poderemos conhecer conceitos, traçar parâmetros e indicadores de investigação.

6 Assim, teremos o entendimento de novos recursos didático-pedagógicos reutilizáveis para a Rede Pública brasileira. Os dados serão coletados no site do Ministério da Educação, referentes às variáveis selecionadas. Pretendemos demonstrar além da nova proposta de ensino/aprendizagem, a utilização correta para o desenvolvimento do conteúdo dentro da sala de aula, através do Guia do Professor e do Roteiro. Isso permitirá verificar que o processo de ensino do modo interativo pode estar aliado às potencialidades dos investimentos tecnológicos realizados pelo Governo Federal Paralelamente, utilizaremos também outras fontes secundárias através de sites que tratem da questão em estudo. Ressaltamos que os conteúdos a serem aplicados serão posteriormente anexados ao software Flash MX. Este possibilitará aos alunos utilizarem o computador para interagir e compreender o conteúdo proposto. Nesse contexto, pretendemos verificar que a utilização de recursos computacionais para o ensino da Geografia em sala de aula corresponde a uma alternativa necessária para uma maior compreensão por parte dos alunos da Rede Pública brasileira. Consideramos, sempre que necessário a preocupação com o grau de entendimento dos alunos em relação ao uso do computador, uma vez que este recurso não está acessível à maior parte dos alunos das escolas da Rede Pública do nosso país. A partir dessa proposta, pretendemos apontar novos meios de ensino/aprendizagem para que os professores utilizem dentro de sala de aula diferentes recursos para o ensino da Geografia, a fim de dinamizar o processo de ensino. Nesse sentido, as atuações dos professores terão um papel preponderante nesse processo de ensino/aprendizagem para a disciplina em questão. 5. Resultados Esperados No término da pesquisa, esperamos: - obter resultados satisfatórios perante os alunos no processo de ensino/aprendizagem aplicado em alguma escola da Rede Pública do Brasil; - elaborar trabalhos que possam servir de fonte e orientação para futuros projetos sobre a temática abordada.

7 Referências Bibliográficas - CASTROGIOVANI, A. C. (et al). Teoria & Educação: Geografia em Sala de Aula Práticas e Reflexões. Porto Alegre: AGB, 1999. - RENNIE, F.; MASON, R. The connection: Learning for the connected generation. USA: Information Age Publishing Co, 2004. - TAMBARA, E. RS: modernização & crise na agricultura. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1983. 95p. (Série Documenta, 16). - REDE INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO. Site. Disponível em: <http://www. rived.proinfo.mec.gov.br/>. Acesso em: 25 ago. 2006.