Informe técnico XXXI Influenza A/H1- NOVO SUBTIPO

Documentos relacionados
MEDIDAS DE PRECAUÇÃO E CONTROLE A SEREM ADOTADAS NA ASSISTÊNCIA

Medidas de precaução

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO DE PACIENTES COM DOENÇA RESPIRATÓRIA AGUDA PARA A REDE DE SAÚDE DE RIO CLARO Versão II 12/08/2009

Informe técnico XXIX Influenza A (H1N1)

Informe Técnico XXXI Influenza A/H1N1

MEDIDAS PREVENTIVAS E DE CONTROLE PARA SERVIÇOS DE SAÚDE INFLUENZA A H1N1-13/08/09

EBOLA COMUNICADO N 1. prefeitura.sp.gov.br/covisa. 01 de setembro de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE TEOFILÂNDIA Fundo Municipal de Saúde de Teofilândia DEPARTAMENTO DE VIGILANCIA EM SAÚDE

NOTA TÉCNICA Nº 07/ GGTES/ANVISA

ALERTA AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

Higienização das Mãos II

INDICAÇÕES PARA USO DO FOSFATO DE OSELTAMIVIR (TAMIFLU )

ESTRATÉGIA DE ASSISTÊNCIA NO HC-FMUSP PARA MANEJO CLÍNICO E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFLUENZA PANDÊMICA H1N1(2009)

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

NOTA TÉCNICA. Coleta, Acondicionamento e Transporte de Material para Diagnóstico de Influenza. ALERTA Recife, 15 de Maio de 2013.

ESTRATÉGIA DE ASSISTÊNCIA E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE SINDROME GRIPAL HC-FMUSP

ORIENTAÇÕES SOBRE AS MEDIDAS DE PRECAUÇÃO, CONTROLE E COLETA DE EXAMES EM PACIENTES COM SUSPEITA DE H1N1

Informe Influenza: julho COVISA - Campinas

GRIPE INFLUENZA TIPO A H1N1. Prefeitura Municipal de Campinas Secretaria Municipal de Saúde Coordenadoria de Vigilância em Saúde

Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Gabinete Permanente de Emergências de Saúde Pública

HC UFPR COMITÊ DE INFLUENZA SUÍNA

PROTOCOLO DE ROTINAS EM ENFERMAGEM

Silvia Viana e Márcia Danieluk Programa Nacional de Imunização Departamento de Vigilância Epidemiológica. -março de

NOTA TÉCNICA. Vigilância da Influenza ALERTA PARA A OCORRÊNCIA DA INFLUENZA E ORIENTAÇÃO PARA INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE CONTROLE E PREVENÇÃO

Vigilância da Influenza A (H1N1)

SECRETARIA SECRET MUNICIP ARIA

ORIENTAÇÕES SOBRE USO DE OSELTAMIVIR (TAMIFLU ) NO MANEJO DE PESSOAS COM SÍNDROME GRIPAL OU PROFILAXIA DE INFLUENZA

Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar. Hospital 9 de Julho 2010

Influenza A (H1N1). João Pedro Monteiro (Colégio de São Bento) Orientador: André Assis Medicina UFRJ

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

ESTRATÉGIA DE ASSISTÊNCIA E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE EBOLA. Versão 1 14 de agosto de 2014

PARANÁ. GOVERNO DO ESTADO Secret4na da Saúde

MANEJO DOS CASOS SUSPEITOS E CONFIRMADOS DE INFLUENZA NO HIAE E UNIDADES

PROTOCOLO MANEJO DE INFLUENZA

GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COMITÊ ESTADUAL DE CRISE PARA INFLUENZA PANDÊMICA

Sistema de Gestão da Qualidade

Conjunto de medidas voltadas para prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino,

Higienização das Mãos

Ministério da Saúde Secretaria de Atenção a Saúde Departamento de Atenção Básica. Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional - ESPII

Atualização Ebola 18/11/15

GRIPE PERGUNTAS E RESPOSTAS

Guia: Auditoria às Precauções Básicas do Controlo de Infeção (PBCI)

SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE SRAG

Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Gabinete Permanente de Emergências de Saúde Pública

Influenza (gripe) 05/07/2013

PROTOCOLO ROTINA DE INTERNAÇÃO PARA SUSPEITA DE TUBERCULOSE BACILÍFERA

Influenza A Novo subtipo viral H1N1, MSP

Informe sobre INFLUENZA A / H1N1

PROTOCOLO DE INDICAÇÕES PARA O USO DO OSELTAMIVIR Atualização em 25/05/10

Equipamentos De Proteção Individual.

JOÃO PAULO BATISTA LOLLOBRIGIDA DE SOUZA. Gorro

Medidas de protecção individual em serviços de saúde *

O QUE O PÚBLICO DEVE SABER SOBRE A GRIPE PANDEMICA H1N1 2009

SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - SCIH

Prefeitura de Belo Horizonte - Secretaria Municipal de Saúde Protocolo para atendimento aos pacientes com síndrome gripal

Látex não estéril. Látex estéril PVC

Influenza A H1N1: Manejo do paciente Vigilância Epidemiológica Biossegurança

MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRA A INFECÇÃO PELO VÍRUS INFLUENZA A (H1N1) Por Amélia Maria Ribeiro de Jesus*

Precauções básicas e equipamento de proteção individual

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA PROF. ALEXANDRE VRANJAC

ROTEIRO DE VISITA PARA UNIDADES HOSPITALARES. Instruções para a utilização do roteiro de visita para unidades hospitalares

CONCEITOS BÁSICOS: CME

C o n c e i t o d e B i o s s e g u r a n ç a

É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde.

Seguem os números da gripe no Estado do Mato Grosso do Sul, considerando os três tipos de vírus de maior circulação (Influenza A, H1N1, Influenza A

ESTRATÉGIA DE ASSISTÊNCIA E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE INFLUENZA

Manejo dos resíduos gerados na assistência ao paciente com suspeita ou confirmação de contaminação pelo vírus Ebola. Enfª Marília Ferraz

Enfª Francielle Toniolo Enf ª Luiza Casaburi

Vigilância de Influenza no Município de São Paulo

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO. Código: ILMD-SLM-POP.011 Revisão/Ano: 00/2018 Classificação SIGDA:

Ministério da Saúde Secretaria de Atenção a Saúde Departamento de Atenção Básica. Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional - ESPII

PROTOCOLO PARA O ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE INFLUENZA PANDÊMICA (H1N1) 2009: AÇÕES DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

MEDIDAS GERAIS DE CONTROLE DE INFECÇÃO.

PROTOCOLO DE ROTINAS EM ENFERMAGEM

SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE POR INFLUENZA Dr. Mauricio F. Favaleça Infectologista CRM/SP

Visita Religiosa com Segurança no Ambiente Hospitalar: Considerações e Orientações. Karina Laquini Lima Enfermeira SCIH / SCMCI

A higienização das mãos é a principal medida de bloqueio da transmissão de germes.

FLUXOGRAMA PARA COLETA DE H1N1 E COQUELUCHE COQUELUCHE. A coleta deverá ser realizada pelo corpo técnico de enfermagem da unidade do HU/UFSC;

2. LOCAL DE APLICAÇÃO

BIOSSEGURANÇA EM CLASSES HOSPITALARES

Posição da Academia Nacional de Medicina frente a epidemia de influenza A(H1N1)

ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA. Parte 5. Profª. Tatiane da Silva Campos

Medidas de Precaução

O Equipamento de proteção individual (EPI) é todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos

bactérias multirresistentes INFORMATIVO FAMILIAR

INFLUENZA: PREPARAÇÃO PARA A TEMPORADA 2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES ASSOCIADAS A CATETER INTRAVASCULAR

DIRETORIA REGIONAL DE SAÚDE DE... NÚCLEO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E IMUNIZAÇÃO DE...

PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE PNEUMONIA ASSOCIADA A ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA - PAV

Exames Periódicos. Admissão do Profissional SMO. Admissão do Profissional Orientações. Integração do Profissional

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO PRIMÁRIA DE CORRENTE SANGUÍNEA - IPCS

5. Quais são as condições e fatores que podem aumentar o risco de evolução desfavorável de um paciente com SG?

CLASSIFICAÇÃO DAS INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO (ISC)¹ MANUAL DA CCIH. POP nº 10. Versão: 01

BIOSSEGURANÇA - SARG RECOMENDAÇÕES PROVISÓRIAS - 12/05/2003 TIPOS DE PRECAUÇÃO A SEREM USADAS PADRÃO, CONTATO E AÉREA

INFORMAÇÕES SOBRE A CAMPANHA DE VACINAÇÃO SESC CONTRA A GRIPE

Conceitos e Organização na CME RDC 15/2012

Influenza A H1N1. Gripe suína. Maria Vicencia Pugliesi Núcleo de Epidemiologia CMS Heitor Beltrão Hospital do Andaraí

Transcrição:

Prefeitura do Município de São Paulo Secretaria Municipal da Saúde Coordenação de Vigilância em Saúde - COVISA Gerência do Gentro de Controle e Prevenção de Doenças - CCD Núcleo Municipal de Controle de Infecção Hospitalar Informe técnico XXXI Influenza A/H1- NOVO SUBTIPO São Paulo, 20 de Julho de 2009 PRÁTICAS DE BIOSSEGURANÇA EM SERVIÇOS DE SAÚDE Atendimento do paciente com DOENÇA RESIRATÓRIA AGÚDA GRAVE DRAG em Unidades Básicas de Saúde, Pronto Atendimentos, Prontos Socorros e demais unidades de assistência à saúde. 1. Atendimento de pacientes com Síndrome Gripal (suspeito da influenza H1N1) Estabelecimento de condições para triagem rápida e eficaz de pacientes com quadro de doença respiratória febril aguda de início súbito. SINALIZAÇÃO À ENTRADA DA UNIDADE APONTANDO PARA O FLUXO DE ATENDI- MENTO DESSES PACIENTES. CARTAZES COM ORIENTAÇÕES AOS PACIENTES SOBRE HIGIENE RESPIRATÓRIA. FORNECIMENTO DE MÁSCARA CIRÚRGICA AO PACIENTE SINTOMATICO E OU IDEN- TIFICADO COMO SUSPEITO DE INFLUENZA A/H1. Observações importantes: Orientar os profissionais do serviço quanto às medidas de precaução a serem adotadas (precaução para gotículas + precaução padrão). Prover lenço descartável para higiene nasal na sala de espera. Prover lixeira, preferencialmente, com acionamento por pedal para o descarte de lenços e lixo. Prover dispensadores com preparações alcoólicas para as mãos (sob as formas gel ou solução) nas salas de espera e estimular a higienização das mãos após contato com secreções respiratórias. Lavar as mãos freqüentemente, principalmente após tossir ou espirrar. Evitar tocar olhos, nariz e boca. Manter os ambientes ventilados. 1

Realizar a limpeza e desinfecção das superfícies do consultório e de outros ambientes utilizados pelo paciente; Evitar tocar em superfícies como maçanetas, mesas, pias e outras superfícies. Não circular dentro do hospital, Unidade Básica de Saúde, AMA usando os EPI; estes devem ser imediatamente removidos após a saída do quarto, enfermaria ou área de isolamento; Restringir a atuação de profissionais de saúde com doença respiratória aguda na assistência ao paciente. Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal. Realizar a limpeza e desinfecção de equipamentos e produtos para saúde que tenha sido utilizado na atenção ao paciente; Se houver necessidade de encaminhamento do paciente para outro serviço de saúde, notificar previamente o serviço referenciado. Notificação do caso à Secretaria Municipal de Saúde (SUVIS da área de abrangência do serviço), para liberação do Oseltamivir. Contato com a central de regulação para transferência do paciente ao hospital de referência. DEFINIÇÃO DE CASO DE DOENÇA RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE Indivíduo de qualquer idade com doença respiratória aguda caracterizada por febre superior a 38ºC, tosse E dispnéia, acompanhada ou não de dor de garganta ou manifestações gastrointestinais. Sinais e sintomas que devem ser observados: Aumento da freqüência respiratória (> 25 irpm) Hipotensão em relação a pressão arterial habitual do paciente Em crianças além dos itens acima, observar também: batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência. O quadro clínico pode ou não ser acompanhado de alterações laboratoriais e radiológicas listadas abaixo: Alterações laboratoriais: leucocitose, leucopenia ou neutrofilia; Radiografia de tórax: infiltrado intersticial localizado ou difuso ou presença de área de condensação. Alerta: deve ser dada atenção especial a essas alterações quando ocorrerem em pacientes que apresentem fatores de risco para a complicação por influenza. 2. Medidas de Precaução e Controle e serem adotadas na assistência a) Informações gerais Com o aumento do número de casos de influenza A(H1N1), o que gerou um maior conhecimento sobre a epidemiologia viral, observou-se a necessidade de revisão das medidas de precaução e controle a serem instituídas nos serviços de saúde. Atualmente, as evidências sugerem que o vírus da influenza A(H1N1) está apresentando uma dinâmica de transmissão semelhante à da influenza sazonal. Sendo assim, recomenda-se que sejam instituídas medidas de precaução para gotícula e precaução padrão na assistência a casos suspeitos e confirmados de infecção pelo vírus da influenza A (H1N1) nos serviços de saúde. Entretanto, para procedimentos com risco de geração de aerossol, enfatiza-se que deve-se incluir as precauções para aerossóis. 2

b) Medidas preventivas É importante destacar que a adoção de medidas de precaução devem estar sempre associadas a outras medidas preventivas, tais como: Máscara cirúrgica: para os profissionais que vão atender o paciente (recepção, triagem, consultório, sala de medicação). Precaução para gotículas. Máscara N95 - para os profissionais que realizarão procedimentos com risco de geração de aerossol (intubação, aspiração nasoorotraqueal, inalação, coleta de exame e outros) precaução para aerossóis. Luvas e avental precaução de contato. Higienização das mãos freqüentemente. c) Quem deve adotar as medidas de precaução? Todos os profissionais de saúde que prestam assistência direta ao paciente (ex.:médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas, equipe de radiologia, entre outros); Toda a equipe de suporte, que necessite entrar no quarto, enfermaria ou área de isolamento, incluindo pessoal de limpeza, nutrição e responsáveis pela retirada de produtos e roupas sujas da unidade de isolamento. Porém recomenda-se que o mínimo de pessoas entre no isolamento; Todos os profissionais de laboratório, durante coleta, transporte e manipulação de amostras de pacientes com infecção por influenza A(H1N1); Familiares e visitantes que tenham contato com pacientes com infecção por influenza A(H1N1); Os profissionais de saúde que executam o procedimento de verificação de óbito. Outros profissionais que entram em contato com pacientes com infecção por influenza A(H1N1). Nota 1: Ressalta-se a necessidade do uso racional de EPI nos serviços de saúde. d) Equipamentos de Proteção Individual EPI 1) Máscara cirúrgica Deve ser utilizada para evitar a contaminação do profissional por gotículas respiratórias, quando o mesmo atuar a uma distancia inferior a 1 metro do paciente suspeito ou confirmado de infecção pelo vírus da influenza. 2) Máscara de proteção respiratória (Respirador Particulado) Quando o profissional atuar em procedimentos com risco de geração de aerossol nos pacientes com infecção por influenza deve utilizar a máscara de proteção respiratória (respirador particulado) com eficácia mínima na filtração de 95% de partículas de até 0,3μ (tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3). São exemplos de procedimentos com risco de geração de aerossóis: Intubação traqueal, Aspiração nasofaríngea e nasotraqueal, Broncoscopia, Autópsia envolvendo tecido pulmonar. Coleta de espécime clínico para diagnóstico etiológico da influenza, dentre outros. A máscara de proteção respiratória deverá estar apropriadamente ajustada à face. A forma de uso, manipulação e armazenamento devem seguir as recomendações do fabricante. Deve ser descartada após o uso. 3

3) Luvas As luvas procedimentos não cirúrgicos devem ser utilizadas quando houver risco de contato das mãos do profissional com sangue, fluidos corporais, secreções, excreções, mucosas, pele não íntegra e artigos ou equipamentos contaminados, de forma a reduzir a possibilidade de transmissão do vírus da influenza para o profissional, assim como, de paciente para paciente por meio das mãos do profissional. Quando o procedimento a ser realizado no paciente exigir técnica asséptica, deve ser utilizada luva estéril (de procedimento cirúrgico). As recomendações quanto ao uso de luvas por profissionais de saúde são: Troque as luvas sempre que entrar em contato com outro paciente; Troque também durante o contato com o paciente se for mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, ou quando esta estiver danificada; Nunca toque desnecessariamente superfícies e materiais (tais como telefones, maçanetas, portas) quando estiver com luvas para evitar a transferência vírus para outros pacientes ou ambientes; Não lavar ou usar novamente o mesmo par de luvas (as luvas não devem ser reutilizadas); O uso de luvas não substitui a higienização das mãos; Proceder à higienização das mãos imediatamente após a retirada das luvas, para evitar a transferência do vírus para outros pacientes ou ambientes; Observe a técnica correta de remoção de luvas para evitar a contaminação das mãos, abaixo descrita: Retire as luvas puxando a primeira pelo lado externo do punho com os dedos da mão oposta; Segure a luva removida com a outra mão enluvada; Toque a parte interna do punho da mão enluvada com o dedo indicador oposto (sem luvas) e retire a outra luva. 4) Protetor Ocular ou Protetor de Face Os óculos de proteção (ou protetor de face) devem ser utilizados quando houver risco de exposição do profissional a respingo de sangue, secreções corporais e excreções. Os óculos devem ser exclusivos de cada profissional responsável pela assistência, devendo, após o uso, sofrer processo de limpeza com água e sabão/detergente e desinfecção. Sugere-se para a desinfecção álcool a 70%, hipoclorito de sódio a 1% ou outro desinfetante recomendado pelo fabricante. 5) Gorro descartável O gorro deve ser utilizado pelo profissional de saúde apenas em situações de risco (Ex:coleta e aspiração de secreções respiratórias, fisioterapia e procedimentos invasivos do aparelho respiratório) de geração de aerossol em pacientes com infecção por influenza A (H1N1). 6) Avental O avental deve ser usado durante procedimentos onde há risco de respingos de sangue, fluidos corpóreos, secreções e excreções, a fim de evitar a contaminação da pele e roupa do profissional. O avental deve ser de mangas longas, punho de malha ou elástico e abertura posterior. Além disso, deve ser confeccionado de material de boa qualidade, não alergênico e resistente; proporcionar barreira antimicrobiana efetiva, permitir a execução de atividades com conforto e estar disponível em vários tamanhos. 4

O avental sujo deve ser removido após a realização do procedimento. Após a remoção do avental deve-se proceder a higienização das mãos para evitar transferência do vírus A (H1N1) para o profissional, pacientes e ambientes. 7) Sapatos fechados: Constitui parte das precauções padrão no atendimento no serviço de saúde. OBS: A equipe de limpeza deve usar os EPIs recomendados na rotina, e ao entrar no quarto ou sala privativa da unidade usar a máscara cirúrgica. e) Higienização das mãos As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas utilizando-se: água e sabão liquido, preparação alcoólica (álcool gel 70%) e anti-séptica degermante, ter disponível papel toalha. Os profissionais de saúde, pacientes e visitantes devem ser devidamente instruídos e monitorados quanto à importância da higienização das mãos. 3. Indicação para a coleta de amostras no indivíduo doente Diante de um caso suspeito de doença respiratória aguda grave (apresentando ou não fator de risco para complicações) poderão ser coletadas amostras clinicas de: Secreção nasofaringeana: para detecção de vírus influenza Sangue para hemocultura: para realização de pesquisa de agentes microbianos e avaliação da resistência antimicrobiana. Outras amostras clínicas: serão utilizadas apenas para monitoramento da evolução clínica do paciente e/ou para realização de diagnóstico diferencial, conforme hipóteses elencadas pelo médico do hospital de referência e as evidências geradas pela investigação epidemiológica. Técnica da coleta: Técnica de swab combinado de nasofaringe e orofaringe, exclusivamente com swab de rayon (este material será disponibilizado pela SUVIS da região do hospital) usar máscara N95. As amostras de secreção respiratória coletadas devem ser mantidas em temperatura adequada de refrigeração (4 a 8ºC) e encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz IAL no mesmo dia da coleta ou conservar em condições adequadas e encaminhar no dia seguinte. Efetuar a coleta de duas amostras de sangue para sorologia, sendo uma na fase aguda e outra na fase convalescente (15 dias após o início dos sintomas). Uma vez obtido o soro, estes devem ser congelados a 20 C e encaminhados ao IAL, onde serão submetidos à análise para outros possíveis agentes etiológicos. 5. Transporte de paciente identificado como caso suspeito: O paciente deve ser transportado em veículo com compartimentos separados entre o motorista e o paciente. O paciente deve usar máscara cirúrgica durante todo o transporte. Os profissionais de saúde que prestarem assistência ao paciente durante o transporte deverão utilizar os EPIs recomendados (como se estivessem na unidade de saúde precaução para gotículas e precaução). Intensificar a higienização das mãos (álcool gela 70%). O veículo utilizado no transporte, deverá sofrer limpeza e desinfecção de todas as suas superfícies, com álcool 70% ou hipoclorito de sódio 1%, antes do próximo uso. Os resíduos gerados deverão ser descartados conforme RDC 306/04. 5

6. Uso e descarte dos EPIs: Máscara N 95: recomendado uso em período médio de 7 dias (uso intenso), acondicionada em local limpo e seco. Descartar a máscara sempre que apresentar sujidade ou umidade visível. Avental: Preferencialmente descartável (uso único). Em caso de avental de tecido, este deve ser re-processado em lavanderia hospitalar. Óculos de proteção: Limpeza com água e sabão e se necessário desinfecção por fricção com álcool 70% após cada uso. O descarte dos EPIs deverá ocorrer como resíduo infectante. 7. Reprocessamento de artigos utilizados pelo paciente: Utilizar sempre que possível artigos descartáveis. Esterilizar ou desinfetar os artigos reprocessáveis, conforme a rotina já estabelecida pela CME. Para os itens compartilhados por demais pacientes (ex: esfigmomanômetro, oxímetro de pulso e outros), realizar a limpeza e desinfecção conforme rotina já estabelecida. 8. Limpeza de superfícies ambientais conforme rotina já estabelecida na Unidade. 6