Panorama, Diretrizes e Reflexões nas Cooperativas Financeiras. Salvador, 17 de outubro de 2018. Godofredo Massarra Desuc
Agenda 1. Supervisão no Banco Central do Brasil. 2. Nova Segmentação do Sistema Financeiro Nacional & Gerenciamento Integrado de Risco. 3. Tópicos de Atenção em Governança. 4. Fintechs
1. Supervisão no Banco Central do Brasil
Supervisão no BCB Baseado no Modelo Twin Peaks Supervisão Prudencial (Governança, Controles, Riscos e Solvência) Supervisão de Conduta (Consumidores/Usuários e Prevenção à Lavagem de Dinheiro/Financiamento ao Terrorismo)
Supervisão no BCB Segmento 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Bancos Múltiplos 132 130 132 133 132 130 Bancos Comerciais 23 22 21 21 21 20 Bancos de Desenvolvimento 4 4 4 4 4 4 Caixa Econômica Federal 1 1 1 1 1 1 Bancos de Investimento 14 14 13 14 13 12 Bancos de Câmbio 3 3 3 3 3 4 Supervisão Bancária (a) 177 174 174 176 174 171 Sociedades Crédito, Financiamento e Investimento 58 55 53 53 56 58 Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários 93 92 87 79 75 73 Corretoras de Câmbio 62 66 63 63 61 61 Soc Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários 116 108 102 101 95 95 Sociedade de Arrendamento Mercantil 29 27 27 25 24 23 Sociedades de Crédito Imobiliário e APEs. 11 9 8 4 3 3 Soc Créd Microempreendedor/Empresa Pequeno Porte 38 40 40 38 38 37 Agências de Fomento 16 16 16 16 16 16 Companhias Hipotecárias 8 7 8 9 7 6 Instituições de Pagamento. 1 6 7 Subtotal (b) 431 420 404 389 381 379 Cooperativas de Crédito (c) 1.209 1.163 1.113 1.078 1.023 992 Administradoras de Consórcio (d) 199 186 172 166 156 154 Supervisão de Cooperativas e Inst. Não Bancárias (b+c+d) 1.839 1.769 1.689 1.633 1.560 1.525 Total Geral (a+b+c+d) 2.016 1.943 1.863 1.809 1.734 1.696
2. BC+, a nova Segmentação do Sistema Financeiro Nacional e Gerenciamento Integrado de Risco - GIR -
Nova Segmentação Base: Resolução n 4.553, de 30 de janeiro de 2017.
Nova Segmentação Principais benefícios esperados Maior eficiência da intermediação financeira. Redução do custo excessivo de observância, mantendo prudência. Aumento da competição. Equilíbrio dos custos e novos entrantes. Reduz incerteza regulatória das instituições menores, mantendo alinhamento com padrões internacionais. Racionaliza o processo regulatório. Agenda BC+. Pilar SFN + Eficiente.
S5 - Cooperativas de Crédito - Crescimento Regulação ATIVOS 1971 1988 2000 2003 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
COOPERATIVAS DE CRÉDITO GOVERNANÇAS E ORGÃOS ESTATUTÁRIOS CLASSE DO ÓRGÃO MANDATOS VIGENTES Administração (Diretoria) 2.745 Conselho de Administração 7.151 Conselho Fiscal 6.074 Total Geral 15.970 Fonte: BCB 9 milhões de associados! 11
Gerenciamento Integrado de Risco
Gerenciamento Integrado de Risco Benefícios: - Consolida regulamentação em vigor. - Maior alinhamento às recomendações internacionais
Gerenciamento Integrado de Risco - GIR
Considerações sobre Mapa de Riscos: Riscos de Compliance, conduta e reputação. Risco de Modelo. Risco do Negócio/Estratégico não desenvolvido. Risco socioambiental.
Considerações sobre Mapa de Riscos: Novos potenciais conceitos de risco (risco de dados ou data risk. Fortalecimento função de Controle/Supervisão dentro de Riscos para assegurar: Visão de cross de todos os riscos. Challenge efetivo.
Gerenciamento Integrado de Riscos: Declaração de Apetite a Riscos RAS avaliação de riscos, capacidade de gestão, estratégias, ambiente competitivo e regulatório. Responsabilidade pela gestão integrada dos riscos, incluindo identificação e avaliação de riscos não inclusos no Pilar. Estrutura de gestão de riscos unificada. Adequada ao perfil de riscos, ao modelo de negócios e à importância sistêmica
Gerenciamento Integrado de Riscos: Capacidade de identificar e avaliar efeitos adversos da interação entre riscos. Postura prospectiva. Reportes: controle e adequação à RAS; informações adequadas ao uso da alta administração. Disseminação a todos os níveis: apetite a risco e conexão com atividades e decisões. Programa de testes de estresse. Integração com o gerenciamento de capital.
Gerenciamento Integrado de Risco
3. Tópicos de Atenção em Governança
Princípios da governança corporativa: Transparência elemento vital para o desenvolvimento de laços de confiança. É o desejo em informar. Equidade tratamento igualitário entre os cooperados. É o não querer ser diferente.
Princípios da governança corporativa: Prestação de Contas os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação aos seus cooperados. É o sempre dever. Responsabilidade Corporativa sustentabilidade. Zelar por essa perspectiva. É a visão do porvir.
Questões Centrais! Novas Questões! Como os cooperados se organizam para decidir os rumos da sua cooperativa (e quais os custos desse processo)? Os cooperados conhecem a atuação da sua cooperativa e influenciam seus objetivos? Como os cooperados acompanham a sua gestão?
Questões Centrais! Novas Questões! Como os cooperados se fazem representar no dia a dia da sua gestão (conselhos e diretoria)? Que mecanismos permitem assegurar a eficiência das operações oferecidas/realizadas? Que estruturas de prestação de contas, transparência, controle interno e externo garantem a efetiva condução dos negócios da cooperativa?
Governança Cooperativa Pontos Positivos Previsão estatutária de mecanismo de participação do cooperado. Existência de normas internas quanto aos regulamentos e comitês eleitorais. Nível aceitável de renovação dos conselhos de administração.
SUCESSÃO Resolução nº 4.538, de 24/11/2016. Dispõe sobre a política de sucessão de administradores das instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
Resolução nº 4.656, de 26.4.2018. 4. Fintechs de Crédito: (pequenas empresas de tecnologia de serviço financeiro que oferecem crédito e contas pela internet) Sociedade de Crédito Direto SCD Sociedade de Empréstimo entre Pessoas - SEP
Aspectos comuns das SCD e SEP
Características: - Pequenas empresas de tecnologia de serviço financeiro Fintechs de Crédito. - Constituídas como Sociedades Anônimas (abertas ou fechadas).
Características: - Capital Social mínimo de R$1 milhão. - Dependem de autorização do BCB. - Fundos de investimentos podem participar do grupo de controle.*
Plataforma Eletrônica: exclusivamente! Conecta credores e devedores por meio de sítio na internet ou de aplicativo.
Objetivos: - Aumentar competição na oferta de crédito. - Reduzir os juros cobrados. - Estimular a inovação e constituição de novas empresas.
Alvo: - Operações de empréstimos - Operações de financiamentos - Aquisição de direitos creditórios
Prestação de Serviços - Análise e Cobrança de crédito para clientes e terceiros. - Representante de seguros. - Emissão de moeda eletrônica. - Não precisa estar vinculada a uma IF.
Sociedade de Crédito Direto SCD
SCD Operações de Empréstimo/Financiamento $ Recursos Próprios Tomador (Cliente)
SCD - Potenciais Clientes - Situação econômico-financeira. - Grau de endividamento. - Capacidade de geração de resultado. - Pontualidade e atrasos nos pagamentos. - Setor de atividade econômica. - Limite de crédito.
SCD - Vedações - Captação de recursos junto ao público (exceto mediante emissão de ações). - Participação no capital de IFs.
Sociedade de Empréstimo entre Pessoas - SEP
Possibilidade de empréstimo direto: pessoas físicas e empresas Estou disposto a emprestar dinheiro Necessito de dinheiro emprestado
SEP Investidor Consumidor A ideia é unir: - Investidor com dinheiro para emprestar X Cliente que deseja empréstimo. - Redução de custos = Taxa mais adequada para ambos.
Procedimentos a serem observados na realização das operações de empréstimos entre pessoas
SEP - Potenciais Credores - Pessoas naturais; - instituições financeiras; - fundos de investimento em direitos creditórios; - companhias securitizadoras que distribuam os ativos securitizados; ou - pessoas jurídicas não financeiras.
- Manifesto inequívoco de vontade dos credores e devedores em plataforma eletrônica; - disponibilização de recursos à SEP pelos credores; - emissão ou celebração com os devedores e credores do instrumento de crédito; - transferência dos recursos aos devedores pela SEP.
SEP - Limites - R$15 mil por credor na mesma SEP; - Outros limites para credores e devedores estabelecidos pela SEP; - Não se aplica aos credores que sejam investidores qualificados (CVM).
Advertências que devem constar sobre as operações Investimento de risco; Sem garantia do Fundo Garantidor de Crédito FGC.
Perspectivas e Desafios
PERSPECTIVAS E DESAFIOS GOVERNANÇA Participação, transparência, equidade e prestação de contas Atuação política x responsabilidade técnica Atuação efetiva dos conselhos INOVAÇÃO Aumento de competitividade e eficiência dos processos Virtualização das cooperativas x Atuação das Fintechs - risco ou oportunidade? SUSTENTABILIDADE Racionalização de estruturas: integração vertical e horizontal Profissionalização/Capacitação de dirigentes e executivos Política de Sucessão Crescimento x essência do Cooperativismo
Desafios Difundir e consolidar a cultura de gerenciamento de riscos Fortalece a responsabilidade individual e coletiva de colaboradores Manter ações do GIR Identificar, Mensurar, Avaliar, Monitorar, Reportar, Controlar e Mitigar Qualificação e atualização técnica da Equipe De maneira eficiente, manter exposição a riscos em níveis aceitáveis.
Evolução Tecnológica & Concorrência? Conhecimento & Administração dos Riscos? Constante evolução normativa? Como crescer de maneira sustentável?
Muito Obrigado! Godofredo Massarra dos Santos Gerente Técnico BCB/Desuc/GTNOR (71) 2109-4600 gtnor.desuc@bcb.gov.br