TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA DIRETORIA DE CONTROLE DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES. UNIDADE GESTORA: Prefeitura Municipal de Botuverá



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Transcrição:

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA DIRETORIA DE CONTROLE DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES Fls 095. PROCESSO Nº: REP-10/00773407 UNIDADE GESTORA: Prefeitura Municipal de Botuverá RESPONSÁVEL: Zenor Francisco Sgrott INTERESSADO: Valmir Betinelli e Rodrigo Ivan Lazzarotti ASSUNTO: Irregularidades em processo licitatório para serviços de auditoria, consultoria técnica/administrativa na área de tributos/contribuições previdenciárias, especialmente no que concerne ao instituto da compensação RELATÓRIO DE DLC - 654/2012 REINSTRUÇÃO: 1. INTRODUÇÃO Tratam os autos de Representação interposta pelos Srs. Valmir José Betinelli e Rodrigo Ivan Lazzarotti,, Vereadores de Botuverá, relatando possíveis irregularidades acerca do processo licitatório Convite nº 009/2009, cujo objeto foi a contratação de serviços de auditoria e consultoria, protocolado neste Tribunal de Contas sob o n 019852/2010 de 18 de novembro de 2010, com fulcro no art. 66 da Lei Complementar nº 202/00 e no Regimento Interno (Resolução nº TC- 06/2001) art. 100 e seguintes. Remetida a esta Diretoria de Controle de Licitações e Contratações DLC, cuja análise resultou no Relatório n. 303/2011 (fls. 67-74), que consignou em sua conclusão o que segue: 3. CONCLUSÃO Considerando a Representação, interposta pelos Srs. Valmir José Betinelli, Anizete Lamin Mariani, Geramir Vicentini, Edson Vanelli e Valmor Costa, Vereadores de Botuverá, relatando possíveis irregularidades acerca do processo licitatório Convite nº 009/2009, cujo objeto foi a contratação de serviços de auditoria e consultoria; Considerando que os fatos aduzidos não induzem a irregularidades no Convite nº 09/2011; Considerando, entretanto, que apesar do contrato já ter terminado seu prazo de execução, evidenciou-se que o mesmo estabeleceu a vinculação do pagamento aos valores arrecadados (êxito da demanda), caracterizando contrato de risco; Diante do exposto, a Diretoria de Controle de Licitações e Contratações sugere ao Exmo. Sr. Relator: 1

3.1 Conhecer da Representação por preencher os requisitos dos arts. 66 c/c 65, 1º, da Lei Complementar nº 202, de 15 de dezembro de 2000, bem como do art. 100 e seguintes do Regimento Interno (Resolução nº TC 06, de 28 de dezembro de 2001), alterado pela Resolução nº TC-05, de 29 de agosto de 2005. 3.2 Quanto ao mérito, julgar improcedentes os fatos representados pelos Representantes, em razão da análise expendida no item 2.2; 3.3 Recomendar à Prefeitura Municipal de Botuverá que se abstenha de estabelecer em futuros contratos, a vinculação do pagamento aos valores arrecadados, caracterizando contrato de risco, nos termos dos Prejulgados nºs 1199 e 1579. 3.4 Determinar o Arquivamento dos presentes autos face à improcedência das razões expendidas na presente Representação. 3.5 Dar ciência da Decisão, do Relatório e Voto do Relator, do Relatório Técnico e do acórdão, ao Sr. Valmir Betinelli, ao Sr. Zenor Francisco Sgrott e à Prefeitura Municipal de Botuverá. Prosseguindo em seu trâmite, foram os autos ao Ministério Público junto ao Tribunal de Contas de Santa Catarina, que exarou o Parecer n MPTC 3667/2011 (fls 75-80), manifestando-se pelo Conhecimento da Representação e pela adoção de medidas para elucidação dos fatos. Ato contínuo, foram os autos remetidos ao Gabinete do Exmo. Relator (fls.81-82 dos autos), o qual proferiu a Decisão Singular GAC/HJN 52/2012, cujos termos seguem: Trata-se de Representação encaminhada por Valmir Betinelli, Presidente da Câmara de Vereadores de Botuverá, a qual relata a ocorrência de supostas irregularidades no processo licitatório para serviços de auditoria, consultoria técnica/administrativa na área de tributos/contribuições previdenciárias, especialmente no que concerne ao instituto da compensação, no âmbito da Prefeitura Municipal de Botuverá. Foram os autos à Diretoria de Controle de Licitações e Contratações (DLC) que verificou o atendimento dos requisitos de admissibilidade (Relatórios n. 303/2011 - fls. 67-74), onde se conclui pelo conhecimento da Representação, e, no mérito, pela improcedência. O Ministério Público de Contas (Parecer n. 3667/2011 -- fl. 75-80) discordou da área técnica, manifestando-se pelo conhecimento da representação e conseqüente adoção de medidas para elucidação dos fatos. Compartilho do entendimento do Ministério Público Especial, tendo em consideração, especialmente, o fato de que o art. 65, 1 da Lei Orgânica desta Corte de Contas (LC n. 20212000) não exige prova cabal da irregularidade para admissibilidade da Representação e sim apenas indicio de prova, tendo condições os documentos juntados na Representação (fls. 02-66) de serem considerados como tal. Diante do exposto, DECIDO: 1. Conhecer da Representação formulada por Vaimir Betinelli, Presidente da Câmara de Vereadores de Botuverá, a qual relata a ocorrência de supostas irregularidades no processo licitatório para serviços de auditoria, consultoria técnica/administrativa na área de tributos/contribuições previdenciárias, no âmbito da Prefeitura Municipal de Botuverá, por preencher os requisitos dos arts. 66 c/c 65, 1, da Lei Complementar n 202, de 15 de dezembro de 2000, bem como do art. 100 e seguintes do Regimento Interno (Resolução n TC 06, de 28 de 2

096 Fls. dezembro de 2001), alterado pela Resolução n TC-05, de 29 de agosto de 2005. 2. Determinar Audiência do Responsável, Sr. Zenor Francisco Sgrott, Prefeito Municipal de Botuverá, com fulcro no art. 7 da Resolução n. TC- 07/2002, para se manifestar acerca dos fatos levantados pelo Ministério Público de Contas (Parecer n. 3667/2011 - fl. 75-80) e a seguir especificados: 2.1. Contratação de empresa para prestação de serviço típico da Administração Pública (recuperação de créditos tributários); 2.2. Contrato vinculando o pagamento de valores arrecadados, caracterizando contrato de risco; 2.3. Procedimento licitatório para contratação de empresa mediante convite a pessoas físicas, sem atendimento dos requisitos previstos no edital. 3. Determinar à Secretaria Geral, nos termos do art. 36 da Resolução n TC09, de 11 de setembro de 2002, com a redação dada pelo art. 7, da Resolução n TC-05, de 29 de agosto de 2005, que dê ciência da presente Decisão aos Senhores Conselheiros e Auditores deste Tribunal de Contas e encaminhe ao Responsável cópia do Parecer do Ministério Público de Contas e da inicial da Representação, nos termos do artigo 70, caput, da Resolução n. TC-0712002. Publique-se. HERNEUS DE NADAL Conselheiro Relator Atendendo à determinação, foi encaminhado o Ofício nº 16.712 de 27/08/2012, da DLC (fl. 84) ao Prefeito Municipal de Botuverá, efetuando Audiência para que apresentasse justificativas acerca das restrições apontadas na Conclusão do Relatório DLC 303/2011, (fls. 67/74), Despacho nº 52/2012 (fl. 81/82), para providências, tendo o mesmo se pronunciado (fls. 86-89) cuja análise realizada se apurou o que segue: 2. ANÁLISE A audiência teve como cerne a requisição de justificativas tangentes à elucidação dos itens 2.1, 2.2 e 2.3, tais sejam: 2.1. Contratação de empresa para prestação de serviço típico da Administração Pública (recuperação de créditos tributários); 2.2. Contrato vinculando o pagamento de valores arrecadados, caracterizando contrato de risco; 2.3. Procedimento licitatório para contratação de empresa mediante convite a pessoas físicas, sem atendimento dos requisitos previstos no edital. Instado para esclarecer os fatos, apresentando provas acerca da inobservância questionada, o Responsável assim aduziu às fls. 86-89 dos autos, em síntese: [...] DOS FATOS 3

VI - O Município de Botuverá é um pequeno município de característica interiorana, e no ano de 2009 não possuía nenhum escritório de advocacia em seu limite territorial. VII - Hoje no ano de 2012, existem dois escritórios de advocacia no município, sendo que um deles não faz 10 dias que foi instalado. VIII -- No ano de 2009, ao recém assumir a administração municipal, havia grande déficit de servidores na área administrativa do município; IX - De outro modo, o município também apresentava uma série de problemas de cargos e salários, números de horas-extras excessivas e sem necessidades de outros; X - Assim, os esforços iniciais foram no sentido de identificar pontos de atuação a serem sanados, e dentre eles havia a tese da possibilidade de recuperação das contribuições previdenciárias em virtude da contribuição dos agentes políticos; XI - Diante do pouco tempo que havia, optou-se pela contratação de pessoal especializado na área para por em prática a tese da compensação de tais tributos. XlI - Ressalta-se que a cada mês que passava, ocorria a prescrição de um mês a que a municipalidade teria direito, o que representava prejuízos financeiros para a municipalidade, portanto a medida deveria ser realizada o mais rápido possível. XIII - Assim, foi lançado procedimento licitatório para contratação de serviços especializados para tal fim. XIV - Pela estimativa de valores, pode-se optar pela modalidade de carta convite, conforme aconteceu no caso em tela, sendo que foram convidados no mínimo três participantes, sendo que não há qualquer tipo de irregularidade no processo licitatório, cumprindo os requisitos da Lei Federai 8.666/93; XV - Como não havia escritórios de advocacia no município, somente poderiam ser convidadas pessoas de fora do município, o que ocorreu no caso em tela no município de Blumenau, para facilitar o ndamento do processo licitatório; XVI - Quanto ao tipo de contrato, ficou estabelecido que os valores somente seriam pagos em caso de sucesso da demanda, o que também é vantajoso para o município, não havendo ilegalidade na conduta do Representado. XVII - Os Requisitos previstos no Edital foram devidamente cumprido, sendo que o Representado não age de qualquer forma fora dos limites a legalidade. XVIII - Não há nada no processo licitatório que demonstre qualquer tipo de irregularidade. XIX - Portanto, em seu mérito, deve a presente representação ser julgada totalmente improcedente. XX - De modo contrário ao que tenta induzir o Representante, os resultados do presente processo licitatário foram excelentes ao município, que obteve uma vantagem expressiva de mais de R$ 380.000,00 (trezentos e oitenta mil reais) com o trabalho realizado. XXI - Deveria o administrador público ser representado, caso deixasse de agir na providência de recuperar tal importância financeira. XXII - Por todo o exposto, conclui-se que em nenhum momento os Representados agiram contra Lei ou contra os princípios constitucionais apresentados pelo Representante, não agindo os mesmo com improbidade administrativa. Diante do exposto requer: O recebimento da presente manifestação para que produza seus jurídicos e legais efeitos; Seja acolhida a preliminar levantada, não conhecendo da presente representação, determinando o arquivaiento da mesma; Caso o entendimento de Vossa Excelência seja diverso, requer que no mérito seja a mesma julgada improcedente determinado o arquivamento administrativo da presente representação na forma da lei; 4

097 Fls. observar: Da análise das justificativas apresentadas pelo Responsável, cabe 2.1. No que concerne à Contratação de empresa para prestação de serviço típico da Administração Pública (recuperação de créditos tributários), extrai-se das alegações apresentadas que: VII - Hoje no ano de 2012, existem dois escritórios de advocacia no município, sendo que um deles não faz 10 dias que foi instalado. VIII -- No ano de 2009, ao recém assumir a administração municipal, havia grande déficit de servidores na área administrativa do município; IX - De outro modo, o município também apresentava uma série de problemas de cargos e salários, números de horas-extras excessivas e sem necessidades de outros; Foi questionado tanto pelo MPTC quanto pelo Conselheiro Relator, o fato da legalidade na contratação de advogado, alheio aos quadros da Procuradoria do Município de Botuverá. Entretanto, da resposta apresentada pelo responsável não ficou evidenciado que o município tivesse advogado nos seus quadros para realizasse os serviços contratados, limitando-se a alegar que havia grande déficit de servidores na área administrativa do município (...) O TRIBUNAL PLENO, diante das razões apresentadas pelo Relator e com fulcro no art. 59 c/c o art. 113 da Constituição do Estado e no art. 1, XV, da Lei Complementar n. 202/2000, decide: 6.1. Conhecer da presente Consulta por preencher os requisitos e formalidades preconizados no Regimento Interno deste Tribunal. 6.2. Responder à Consulta nos seguintes termos: 6.2.1. A verificação dos devedores e dos valores devidos ao município, inerentes ao ISS, deve ser realizada pela Secretaria de Finanças da municipalidade, ou por órgão municipal equivalente, cabendo ao advogado do município, ocupante de cargo efetivo ou em comissão, promover as medidas extrajudiciais e judiciais para cobrança, dado que não se trata de matéria complexa, que pode ser tratada por qualquer profissional regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil; 6.2.2. Excepcionalmente, ainda que existente o cargo de advogado, o ente poderá contratar outro advogado temporariamente, nos termos do art. 37, IX, da Constituição Federal, para suprir a falta momentânea de titular do cargo, ou pela necessidade de ampliação do número de advogados do município até que haja o devido e regular provimento; 6.2.3. Quando não houver cargo de advogado ou equivalente na estrutura administrativa do Município, a contratação mediante licitação para atender aos serviços jurídicos gerais (inclui a cobrança de ISS) é admissível até a criação do cargo e respectivo provimento, podendo a 5 que Contudo, este Tribunal de Contas considera irregularidade o fato de contratar advogados para cobrança de tributos. É o que se depreende da seguinte Decisão n. 2762/2003, exarada no Processo n. CON - 03/03065230:

contratação temporária do profissional se realizar mediante autorização por lei municipal específica, nos termos do art. 37, IX, da Constituição Federal, por excepcional interesse público; 6.2.4. Quando a municipalidade realizar contratação de advogados mediante licitação, não poderá limitar somente à sociedade de advogados, devendo possibilitar a contratação do profissional autônomo, sob pena de estar limitando o universo de participantes, o que é vedado pelo art. 3º, 1º, I, da Lei Federal n. 8.666/93; 6.2.5. O contrato a ser firmado com o profissional do Direito deverá ter valor fixo, não podendo se prever percentual sobre as receitas auferidas pelo ente com as ações administrativas ou judiciais exitosas pelo contratado, salvo se a Administração firmar contrato de risco puro, onde não despenda nenhum valor com a contratação, sendo a remuneração do contratado exclusivamente proveniente dos honorários de sucumbência devidos pela parte vencida, nos montantes determinados pelo juízo na sentença condenatória; 6.3. Reformar o Prejulgado n. 902 (Processo n. CON-9626907/92 - Interessada: Prefeitura Municipal de Mafra), revogando a segunda parte do referido decisum. 6.4. Dar ciência desta Decisão, do Relatório e Voto do Relator que a fundamentam, bem como do Parecer COG n. 415/2003, às Prefeitura Municipais de Presidente Getúlio e de Mafra. 6.5. Determinar o arquivamento dos autos. Desta forma, permanece a irregularidade acerca da contratação de escritório de advogado para prestação de serviços de recuperação de créditos tributários, tendo em vista que a recuperação de créditos deveria ter sido realizada por advogado vinculado ao quadro de pessoal do órgão, considerando a natureza do trabalho prestado pelo profissional contratado. 2.2. Contrato vinculando o pagamento de valores arrecadados, caracterizando contrato de risco Eis que o Contrato Administrativo nº 26/2009 (fls. 16-22), assim estabelecia em sua Cláusula Terceira: O valor total da contratação dos serviços prestados é de R$ 76.180,54 (setenta e seis mil cento e oitenta reais e cinquenta centavos) pela prestação dos serviços constantes do ITEM 01 do Processo Licitatório nº 011/2009, modalidade Convite nº 09/2009, na forma de contrato de risco, de modo que os valores somente serão pagos no caso de êxito da demanda, limitados ao percentual de 20% (vinte) por cento sobre os benefícios financeiros alcançados através do presente contrato, não cabendo à contratada qualquer indenização pelos saldos financeiros provenientes pela paralisação e/ou cancelamento das compensações posteriores. Em resposta a este item, verifica-se das alegações do responsável (fls. 88/89), a confirmação da existência de contrato de risco, ao afirma que: XVI - Quanto ao tipo de contrato, ficou estabelecido que os valores somente seriam pagos em caso de sucesso da demanda, o que também é vantajoso para o município, não havendo ilegalidade na conduta do Representado. [...] 6

098 Fls. XX - De modo contrário ao que tenta induzir o Representante, os resultados do presente processo licitatário foram excelentes ao município, que obteve uma vantagem expressiva de mais de R$ 380.000,00 (trezentos e oitenta mil reais) com o trabalho realizado. Apesar do contrato já ter terminado seu prazo de execução, cabe salientar que, como se infere da cláusula transcrita, a mesma estabeleceu a vinculação do pagamento aos valores arrecadados (êxito da demanda), caracterizando contrato de risco, o que é vedado pelo art. 55, inciso III, da Lei nº 8.666/93, que assim dispõe: Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam: (...) III o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento; (...) XX - De modo contrário ao que tenta induzir o Representante, os resultados do presente processo licitatário foram excelentes ao município, que obteve uma vantagem expressiva de mais de R$ 380.000,00 (trezentos e oitenta mil reais) com o trabalho realizado. Ainda no que pertine a este assunto, ou seja, contrato de risco, transcrevemos o entendimento desta Corte de Contas: Prejulgado 1199 7

1. Somente é admissível o contrato de risco (ad exitum) na Administração Pública quando o Poder Público não despender qualquer valor, sendo a remuneração do contratado exclusivamente os honorários pela sucumbência devidos pela parte vencida, nos montantes determinados pelo juízo na sentença condenatória. 2. Não é admissível a celebração de contrato pela Administração Pública onde esteja previsto que o contratado perceberá, a título de remuneração, um percentual sobre as receitas auferidas pelo ente com as ações administrativas ou judiciais exitosas promovidas pelo contratado, pois neste caso seria imperiosa a inclusão de cláusula contendo o valor do contrato e observância das normas orçamentárias e financeiras, que exigem previsão de receitas e despesas. 3. O contrato de risco (ad exitum) não exonera a administração da realização do processo licitatório, salvo os casos de dispensa de licitação e inexigibilidade previstos em lei. Da mesma forma, o Prejulgado 1579 estabelece: (...) 6. O contrato a ser firmado com o profissional do Direito deverá estabelecer valor fixo, não podendo prever percentual sobre as receitas auferidas pelo ente com as ações administrativas ou judiciais exitosas pelo contratado, salvo se a Administração firmar contrato de risco puro, onde não haja qualquer dispêndio de valor com a contratação, sendo a remuneração do contratado exclusivamente proveniente dos honorários de sucumbência devidos pela parte vencida, nos montantes determinados pelo Juízo na sentença condenatória. Portanto, o Tribunal de Contas de Santa Catarina não permite que o Município celebre contrato que preveja pagamento condicionado ao êxito, ao argumento de que o valor já deveria estar incluso no contrato, bem como deveria haver previsão orçamentária. Desta forma, fica mantida a restrição. 2.3. No que concerne ao ato convocatório, o responsável foi questionado, com referência ao desatendimento dos seus requisitos, tais sejam: 2.3. Procedimento licitatório para contratação de empresa mediante convite a pessoas físicas, sem atendimento dos requisitos previstos no edital. Instado a se pronunciar, salienta o responsável que: XVII - Os Requisitos previstos no Edital foram devidamente cumpridos, sendo que o Representado não age de qualquer forma fora dos limites da legalidade. XVIII - Não há nada no processo licitatório que demonstre qualquer tipo de irregularidade. 8

099 Fls. XIX - Portanto, em seu mérito, deve a presente representação ser julgada totalmente improcedente. XX - De modo contrário ao que tenta induzir o Representante, os resultados do presente processo licitatário foram excelentes ao município, que obteve uma vantagem expressiva de mais de R$ 380.000,00 (trezentos e oitenta mil reais) com o trabalho realizado. XXI - Deveria o administrador público ser representado, caso deixasse de agir na providência de recuperar tal importância financeira. XXII - Por todo o exposto, conclui-se que em nenhum momento os Representados agiram contra Lei ou contra os princípios constitucionais apresentados pelo Representante, não agindo os mesmo com improbidade administrativa. Pelo que se denota da folha 41 dos autos, Edital de Licitação 09//2009, o objeto a ser licitado consistia na contratação de empresa para prestar serviços administrativos/jurídicos especializados no setor tributário. Por sua vez, o Anexo II do referido ato convocatório, fl. 57, dispõe que o objeto é a contratação de pessoa jurídica especializada para prestação de serviços especializados de auditoria, consultoria na área de tributos e contribuições previdenciárias. Como houve três convidados, logo fora cumprido o requisito previsto no art. 22, III, 3º, da Lei 8666/93, não fosse o fato de terem sido entregues convites a pessoas físicas, em vez de terem sido todas pessoas jurídicas, como estabelecia o próprio Edital. Não obstante os argumentos do representante de que os requisitos previstos no Edital foram devidamente cumpridos, o que se extrai é que, embora a vencedora do certame tenha sido pessoa jurídica, (Pública Consultoria e Desenv. Profissional Ltda.) foram também convidados Lúcio Emílio da Cruz Colares, inscrito na OAB/SC sob o nº 14184 e, Luiz Sérgio Galkowski, OAB/SC nº 7040. Desse forma foi descumprido o art. 41, caput, da Lei 8666/93, razão pela qual fica mantida a restrição. 3. CONCLUSÃO Considerando a Representação, interposta pelos Srs. Valmir José Betinelli e Rodrigo Ivan Lazzarotti, Vereadores de Botuverá, relatando possíveis 9

irregularidades acerca do processo licitatório Convite nº 009/2009, cujo objeto foi a contratação de serviços de auditoria e consultoria; Considerando o relatório 303/2011 que, apesar de ter evidenciado irregularidade no contrato oriundo do Convite 09/2009, o qual estabelecia a vinculação do pagamento aos valores arrecadados (êxito da demanda), caracterizando contrato de risco, optou por recomendar à Prefeitura Municipal de Botuverá que se abstivesse de estabelecer em contratos futuros a vinculação do pagamento aos valores arrecadados, caracterizando contrato de risco; Considerando o Parecer n MPTC 3667/2011 (fls 75-80), exarado pelo Ministério Público junto ao Tribunal de Contas de Santa Catarina, que se manifestou pelo Conhecimento da Representação e pela elucidação dos fatos. Considerando a Decisão Singular GAC/HJN 52/2012, proferida pelo Relator (fls.81-82 dos autos), acompanhando o MPTC acerca do Conhecimento da Representação, tendo determinado a Audiência do Responsável Sr. Zenor Francisco Sgrott, para se manifestar acerca das restrições; Considerando que as alegações produzidas foram insuficientes para elidir as irregularidades apontadas, constantes do presente Relatório. Diante do exposto, a Diretoria de Controle de Licitações e Contratações sugere ao Exmo. Sr. Relator: 3.1. Aplicar multa ao Sr. Zenor Francisco Sgrott, CPF 3324150906, com endereço na Rua João Morelli, 66 - Centro, 88370-000 - Botuverá SC, Prefeito Municipal de Botuverá, com fundamento no art. 70, II, da Lei Complementar nº 202, de 15 de dezembro de 2000, c/c o art. 109, II, do Regimento Interno (Resolução nº TC-06, de 28 de dezembro de 2001), fixandolhe o prazo de 30 dias, a contar da publicação do Acórdão no Diário Oficial Eletrônico - DOTC-e, para comprovar ao Tribunal de Contas o recolhimento ao Tesouro do Estado da multa cominada, sem o que, fica desde logo autorizado o encaminhamento da dívida para cobrança judicial, observado o disposto nos arts. 43, II, e 71 da citada Lei Complementar, em face de: 3.2. Contratação de empresa para prestação de serviço típico da Administração Pública tal seja, recuperação de créditos tributários, constituindo irregularidade, conforme Decisão n. 2762/2003 deste TCE/SC. a qual considera 10

100 Fls. que a recuperação de créditos deve ser realizada por advogado vinculado ao quadro de pessoal do órgão, (item 2.1 deste Relatório); 3.3. Contrato vinculando o pagamento de valores arrecadados, caracterizando contrato de risco, em afronta ao art. 55, inciso III, da Lei nº 8.666/93 e Prejulgados 1579 e 1199 deste TCE/SC (item 2.2 deste Relatório); 3.4. Inobservância dos requisitos previstos no edital, sendo descumprido o art. 41, caput, da Lei 8666/93, (item 2.3 deste Relatório). 4. Dar ciência da Decisão, do Relatório e Voto do Relator, do Relatório Técnico e do Parecer do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina ao Sr. Valmir Betinelli, ao Sr. Zenor Francisco Sgrott e à Prefeitura Municipal de Botuverá SC. de 2012. É o Relatório. Diretoria de Controle de Licitações e Contratações, em 01 de outubro MARIA LUCILIA FREITAS DE MELO AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO De acordo: CARLOS EDUARDO DA SILVA CHEFE DA DIVISÃO FLAVIA LETICIA FERNANDES BAESSO MARTINS COORDENADORA 11

Encaminhem-se os Autos à elevada consideração do Exmo. Sr. Relator Herneus De Nadal, ouvido preliminarmente o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas. MARCELO BROGNOLI DA COSTA DIRETOR 12