www.geronetservices.com BOLSA de VALORES Conheça mais sobre o mercado de ações e saiba como negociar na Bolsa de Valores.



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Transcrição:

BOLSA de VALORES Conheça mais sobre o mercado de ações e saiba como negociar na Bolsa de Valores. Bolsa de valores 1

BOLSA DE VALORES Bolsas de Valores Associações civis sem fins lucrativos. Seus principais objetivos são manter local adequado para a realização dos negócios, fazer ampla divulgação das operações efetuadas em seu "pregão". No Brasil existem 9 Bolsas, das quais apenas a Bovespa - www.bovespa.com.br, em São Paulo, possui pregões regulares e com volumes significativos. A BVRJ - www.bvrj.com.br, no Rio de Janeiro, negocia hoje, apenas com títulos públicos. Em 1997, a Sociedade Operadora do Mercado de Ativos (SOMA) - www.somativos.com.br, começou a atuar no mercado, apenas com o pregão eletrônico, negociando ações não listadas nas Bolsas de Valores. O pregão da Bolsa é um sistema de negociação que pode ser desenvolvido de duas formas: -viva voz - quando o operador apregoa sua intenção de negociar, especificando o nome da empresa, o tipo de ação e a quantidade e preço de compra ou de venda. No pregão de viva voz são negociadas apenas as ações de maior liquidez; -meio eletrônico - o fechamento dos negócios é realizado automaticamente pelos computadores da bolsa de valores, sendo as ofertas inseridas por meio de terminais de computador das corretoras ou, através do HomeBroker, disponibilizado pela BOVESPA desde março de 1999, meio pelo qual investidores podem registrar suas ofertas através da Internet. Os dois tipos de pregão interagem entre si. Sociedades Corretoras - Instituições financeiras que têm como principal função promover a unificação do mercado, aproximando compradores e vendedores por meio das operações realizadas nas Bolsas de Valores e Mercado de Balcão Organizado (SOMA). Sociedades Distribuidoras - O funcionamento dessas instituições é autorizado e regulamentado pelo Banco Central. As funções básicas que elas desenvolvem no mercado de ações são: participar do mercado primário, encarregar-se da compra e venda de títulos e valores mobiliários por conta de terceiros, administrar carteiras de valores e custódia de títulos, operar no mercado aberto e administrar fundos e clubes de investimento. Bancos de Investimento - O funcionamento dessas instituições é autorizado e regulamentado pelo Banco Central. As funções básicas que elas desenvolvem no mercado de ações são: I - praticar operações de compra e venda, por conta própria ou de terceiros, de metais preciosos, no mercado físico, e de quaisquer títulos e valores mobiliários, nos mercados financeiros e de capitais; II - operar em bolsas de mercadorias e de futuros, bem como em mercados de balcão organizados, por conta própria e de terceiros; III - operar em todas as modalidades de concessão de credito para financiamento de capital fixo e de giro; IV - participar do processo de emissão, subscrição para revenda e distribuição de títulos e valores mobiliários; V - operar em câmbio, mediante autorização específica do Banco Central do Brasil; VI - coordenar processos de reorganização e reestruturação de sociedades e conglomerados, financeiros ou não, mediante prestação de serviços de consultoria, participação societária e/ou concessão de financiamentos ou empréstimos; Ações As ações são títulos de renda variável que representam a menor parcela do capital social de uma empresa. Emitidas por Sociedades Anônimas, as ações dividem-se em: Ordinárias - Têm direito a voto. Preferenciais - Têm preferência na distribuição de resultados. Quanto à forma de emissão, as ações podem ser: Bolsa de valores 2

Escriturais - Dispensam a emissão de títulos de propriedade. Circulam e são transferidas mediante extratos dos Bancos Depositários; Cautelas - São títulos de propriedade unitários ou múltiplos. Na cautela tem-se a identificação do nome da companhia, o nome do proprietário, o tipo de ação, a forma de emissão e os direitos já exercidos. A cautela não caracteriza a propriedade, esta só se define após a averbação no Livro de Registro de Ações Nominativas. Quanto à forma de negociação: Ações "Com" (cheias) - são ações que conferem a seu titular o direito aos proventos distribuídos pelas empresas. Ações "Ex" (vazias) - são ações cujo direito já foi exercido pelo titular Somente podem ser negociadas, em pregão da bolsa, as ações que não possuam proventos anteriores a receber. Desta forma, quando a Assembléia de um empresa aprova a distribuição de um provento, as ações passam a ser negociadas "ex". Sobre as ações podem ocorrer os seguintes eventos: Bonificação - Distribuição gratuita, aos acionistas, de novas ações decorrentes de aumento de capital por incorporação de reservas, lucros em suspenso ou reavaliação do ativo. É um direito que não prescreve. Dividendo - Distribuição de parte do lucro, proporcionalmente à quantidade de ações possuídas pelo acionista. O dividendo mínimo é de 25% do lucro líquido do exercício. É um direito que prescreve após 3 anos do início de seu pagamento pela empresa. Juro sobre Capital Próprio - Remuneração sobre o capital investido na empresa, paga ao acionista, substituindo total ou parcialmente o dividendo. Subscrição - Direito que o acionista tem de adquirir novas ações por aumento de capital com preço e prazo predeterminados. Grupamento (inplit) - É a redução da quantidade de ações em circulação, sem alterar o Capital Social da Empresa, elevando o valor unitário da ação. Desdobramento (split) - Ocorre quando a empresa aumenta a quantidade de ações em circulação, sem alterar o Capital Social da Empresa, reduzindo o valor unitário para aumentar a liquidez da ação no mercado. Bônus de Subscrição - São títulos negociáveis emitidos pelas empresas, dentro do limite de aumento do capital. Os bônus de subscrição conferirão aos seus titulares direito de subscrever ações do capital social, nas condições constantes do certificado, mediante apresentação do título. Entenda o Mercado de Ações Ações são títulos de renda variável que oferecem resultados (ganhos ou perdas) ao investidor, de acordo com o comportamento de seus preços de mercado, as condições do setor em que se insere a empresa e a conjuntura econômica nacional e internacional. O investidor que adquire ações obtém ganhos ao receber dividendos/bonificações/direitos de subscrição e também pela valorização do preço das ações na Bolsa. Estes fatores, por sua vez, dependerão do desempenho da empresa e de suas perspectivas futuras.o investidor que vende ações deseja obter liquidez, ou seja, convertê-las em dinheiro. Uma, em geral, é vendida quando o investidor avalia que suas perspectivas a médio e longo prazo são desfavoráveis em relação a outras ações ou outros tipos de investimentos. Embora se destaquem casos de investidores que auferiram grandes ganhos de curto prazo na Bolsa, não deve ser esta a expectativa de quem decide investir em ações. Bolsa de valores 3

Recomendamos, em especial para os clientes que estão iniciando seus investimentos em ações, a leitura do Guia de Orientação e Defesa do Investidor, disponível no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em Sites Afins. O investidor pode participar do mercado acionário individualmente comprando e vendendo diretamente ações nas bolsas onde o próprio investidor administra sua carteira de títulos ou coletivamente adquirindo cotas de clubes de investimentos ou fundos mútuos de ações. No segundo caso é importante que se conheça e acompanhe as estratégias de investimentos do administrador da carteira. Todo investidor busca a otimização de três aspectos básicos: retorno, prazo e proteção, ou seja, ao avaliar um investimento deve-se estimar sua rentabilidade, liquidez e grau de risco. A rentabilidade está sempre relacionada ao risco. Ao investidor cabe definir o nível de risco que está disposto a correr, em função de obter uma maior ou menor lucratividade. O investimento em ações exige do investidor a definição de seu Perfil do Investidor. Existem dois grandes tipos de risco no investimento em ações: Risco da Empresa Emitente e Risco do Mercado. 1 - O Risco da Empresa depende da sua capacidade financeira e da atratividade econômica do seu negócio. Esse risco pode ser identificado por: -Risco Econômico - está diretamente ligado à atividade da empresa e às características do mercado no qual atua. Relaciona-se à possibilidade da empresa não atingir os resultados esperados. Ex: concorrência, evolução tecnológica, qualidade, etc.; -Risco Financeiro - refere-se ao endividamento da empresa, ou seja, à sua capacidade de honrar compromissos financeiros. Empresas com reduzido nível de endividamento apresentam baixo nível de risco financeiro e vice-versa. 2 - O Risco de Mercado - diz respeito às variações imprevistas no comportamento do mercado, determinadas, principalmente, por mudanças ocorridas na economia. Pode ser identificado por: -Risco de liquidez - decorrente da falta de contraparte para negociar a quantidade desejada de uma posição, ou falta de interesse do mercado em negociá-la, afetando de forma anormal o valor das ações; -Risco de preço da ação. Na hora de investir em ações, você precisa conhecer as duas escolas que estudam detalhadamente o mercado e orientam a tomada de decisão: - Análise Fundamentalista - Análise Técnica Dependendo do seu objetivo de investimento, você poderá dar maior ou menor enfoque aos indicadores de uma ou de outra escola. No caso de investimentos a longo prazo, os princípios da Análise Fundamentalista são privilegiados, pois o investimento está sendo feito na empresa, aposta-se em seu crescimento e prosperidade. As flutuações diárias nos preços não são a tônica desta escola. Quando se trata de investimentos de curto prazo, em geral valoriza-se a Análise Gráfica. Os adeptos desta linha de análise têm interesse pelas altas e baixas do mercado e as tendências de preços das ações, procurando ganhar nas flutuações. Se você seguir continuamente as recomendações das duas escolas, aliado a uma boa dose de bom senso, suas chances de sucesso serão certamente maiores. Embora nenhum método de escolha de ações seja infalível, historicamente o retorno de aplicações em renda variável, a médio/longo prazo, supera o dos investimentos em renda fixa. Bolsa de valores 4

Não se esqueça que tão importante quanto o momento da compra ou da venda é o acompanhamento constante de sua carteira de ações. Para tanto, é recomendável que você siga algumas orientações básicas: disciplina; atenção às conjunturas nacionais e internacionais; tomadas de decisão conscientes e não por impulso ou ao sabor de "dicas"; investir com regularidade, se possível, todo mês; reinvestir lucros e rendimentos; comprar ações de empresas com perspectivas de crescimento; investir em empresas e setores diversificados Como atuar no mercado O que é uma ordem? Ela pode ser dada verbalmente? Como se dá a liquidação de uma operação? Veja aqui as respostas para estas e outras dúvidas e fique sabendo como atuar no mercado de ações. Para comprar ou vender ações, é preciso ser cadastrado em alguma corretora, distribuidora ou banco de investimento? Sim, quando se quer efetivar a negociação em Bolsa de Valores ou Mercado de Balcão Organizado. Negociações fora das Bolsas também podem ser feitas, mas não é a forma mais segura de se comprar ou vender ações. O que é uma ordem? É o ato pelo qual o investidor determina ao intermediário (corretora/distribuidora) que compre ou venda ações em seu nome, nas condições que especificar. A ordem pode ser dada verbalmente? Sim. Isso fica a critério do cliente e do intermediário. O cliente, ao preencher a ficha cadastral, declara se suas ordens podem ser aceitas verbalmente. O intermediário se reserva o direito de, quando achar necessário, exigir que a ordem seja dada por escrito. Qualquer ordem pode ser cancelada? Sim. Toda ordem, enquanto não for executada, poderá ser cancelada pela pessoa que a tiver determinado. Como uma ordem é processada? O primeiro passo é o registro da ordem. No momento em que a recebe, o intermediário registra automaticamente todos os dados importantes para sua execução. Esses dados ficam arquivados com o intermediário, à disposição do investidor e dos órgãos fiscalizadores, aos quais compete verificar a correta execução e distribuição dos negócios. E que dados são esses? Os principais são: nome completo ou código do investidor; data e horário da recepção e número da ordem; características e quantidades das ações a serem negociadas; natureza da operação, especificando se é de compra ou venda; tipo de ordem; prazo de validade da ordem; Bolsa de valores 5

O que acontece depois que o investidor dá uma ordem de compra ou de venda? De maneira resumida, ocorrem as seguintes etapas (que podem ser totalmente automatizadas, por meio de sistemas especializados): as ordens dos diversos clientes são recebidas e registradas; as ordens são encaminhadas ao pregão de viva voz ou ao Sistema eletrônico de negociação para serem executadas nas condições especificadas pelos clientes; os negócios são fechados no melhor preço possível, dentro das demais condições determinadas pelos clientes e pelo mercado; os negócios efetuados são confirmados pelas Bolsas junto aos intermediários. Como se procede a Distribuição dos Negócios? Podem ser necessários diversos negócios para atender a uma única ordem. Ocorre, também, a situação inversa, quando diversas ordens são atendidas em um único negócio. Os negócios efetivamente fechados são distribuídos pelo intermediário aos diversos clientes, conforme a seqüência cronológica de recepção das ordens. Em que consiste a liquidação de uma operação? Consiste em fazer os títulos chegarem às mãos do comprador (liquidação física) e o dinheiro às mãos do vendedor (liquidação financeira). A liquidação das operações realizadas na BOVESPA e na SOMA é efetuada pela CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia). Todo o processo de transferência de propriedade dos títulos e pagamento/recebimento do montante financeiro é intermediado pela CBLC, que inclusive determina os prazos para a liquidação, bem como seu controle e penalidades no caso de atrasos. Posso negociar qualquer quantidade de ações? Sim. No entanto, as negociações de quantidade inferiores ao lote padrão serão executadas no Mercado Fracionário, que segue padrão de cotação e liquidez próprio. Posso colocar qualquer limite de preço para a ação a ser negociada? Sim, mas se o preço estiver fora de mercado a ordem provavelmente não será executada por falta de contraparte (comprador ou vendedor disposto a fazer negócio ao preço estipulado). Bolsa de valores 6

Introdução Se você está interessado em investir em ações então você tem duas alternativas, diretamente através da compra de ações, ou através compra de cotas em fundos de investimento de ações. Qual a alternativa mais adequada a você? Isso depende que tipo de investidor você é! Investimento direto em ações é mais popular entre investidores mais experientes, que estão constantemente se informando sobre o mercado, e que gostam de administrar seu próprio dinheiro. Fundos de Investimento é mais popular entre investidores que não tem tanto tempo (ou vontade) de administrar a sua carteira, ou prefere minimizar risco investindo pequenas quantidades em uma carteira diversificada do que em uma única ação. A proposta deste curso é colocar você em pé de igualdade com os profissionais de mercado. Nós acreditamos que para se tornar um investidor bem informado basta que você tenha acesso a um conteúdo completo. Bolsa de valores 7

Como funciona o Mercado de Ações www.geronetservices.com O que é uma Ação? Você já deve ter lido em algum lugar que uma ação é um título de renda variável emitido por uma sociedade anônima que representa a menor fração do capital da empresa emitente. Vamos traduzir esta definição aos poucos: primeiro é importante entender o que é uma sociedade anônima (S.A.) Sociedade anônima é uma empresa que tem ações em bolsa (capital aberto), ao contrário, por exemplo, de uma limitada (Ltda), onde o capital não é listado em bolsas (capital fechado). A maior parte das grandes empresas são S.A s, enquanto a maioria das pequenas empresas são Ltda. Empresas de Capital Fechado Se você resolver abrir uma nova empresa, possivelmente o fará como uma Ltda (ou empresa de capital fechado). Vamos supor que a nova empresa tenha cinco sócios, com a mesma participação (20% do total de R$ 100.000,00). Neste caso, cada sócio subscreveu R$ 20.000 do capital da empresa. A empresa então utiliza o capital subscrito para iniciar suas atividades (comprar matéria prima, pagar instalações e funcionários, etc.). Vamos supor agora que um sócio decida sair da empresa e os outros decidam comprar sua parte. Neste caso, após decidir o quanto vale esta parcela do capital da empresa (para facilitar vamos supor que valha R$ 20.000) cada um dos sócios restantes pagará R$ 5.000,00, mantendo o capital total em R$ 100.000,00, agora com 25% cada um. Empresas de Capital Aberto Uma empresa de capital aberto funciona basicamente da mesma forma. Usando o exemplo acima (os valores serão mantidos somente para facilitar a análise, já que para lançar ações em bolsa os valores devam ser muito mais altos) fica fácil entender o que é uma ação. Vamos supor agora que os quatro sócios não tenham recursos para comprar a fatia do sócio que resolveu sair. Eles podem optar por abrir o capital da empresa, ou seja, lançar ações. Neste caso eles decidem vender R$ 20.000 do capital da empresa, lançando 20.000 ações a R$ 1,00 cada. Ao comprar uma ação, você passa a ser sócio de uma empresa, comprando uma participação no capital da mesma. Se a empresa for bem, o preço da ação possivelmente subirá, se as coisas não forem tão bem assim, o preço possivelmente cairá. Desta forma, através do lançamento de ações, uma empresa aumenta substancialmente o número de acionistas (sócios), obtendo recursos que talvez não estivessem disponíveis de outra forma para investir na empresa. Do ponto de vista do investidor, comprar ações dá a possibilidade dele se tornar um "sócio" da empresa, investindo um valor de acordo com as suas disponibilidades. Como você não aceitaria ser sócio de qualquer pessoa (ou Empresa), é analisar o desempenho da empresa. Tipos de Ações Existem dois tipos básicos de ações: preferenciais (PN) e ordinárias (ON). Ações Preferenciais São assim chamadas porque dão preferência aos acionistas no pagamento de dividendos e também em caso de liquidação da empresa em relação às ações ordinárias. Isto significa que, no caso de falência ou outro evento que leve a empresa a ser liquidada, os possuidores de ações preferenciais Bolsa de valores 8

tem maiores chances de recuperar parte de seus investimentos do que os possuidores de ações ordinárias. Ações Ordinárias São aquelas que dão direito de voto ao acionista, algo que não ocorre no caso das ações preferenciais. É importante ressaltar que, apesar de ser um acionista e ter direito a voto, o possuidor de ações ordinárias não é responsável pelas dívidas da empresa (algo que normalmente ocorre em empresas de capital fechado). Além destas duas categorias básicas, empresas podem emitir outras classes de ações. Se você analisar com cuidado as ações listadas na Bovespa você encontrará não somente as classes ON e PN, mas também PNA, PNB, PNC, etc. Isto ocorre porque além da distinção básica entre ON e PN, as empresas podem diferenciar as classes de ações de acordo com critérios de distribuição de dividendos, restrição quanto à posse de ações, etc. Rentabilidade do Investimento em Ações Para ganhar dinheiro em ações você precisa "comprar ações antes que outros investidores queiram comprá-la e vendê-la antes que outros investidores resolvam vendê-la". Pode não parecer, mas é mais fácil do que parece! Para isso você precisa entender os fatores determinantes da rentabilidade de uma ação e se antecipar ao mercado. Como foi visto na seção anterior, o principal determinante da rentabilidade das ações é o comportamento do preço do papel. O preço das ações é influenciado por uma série de variáveis, que podem ser agrupadas em quatro grupos básicos: Macroeconômicas Setoriais Mercado Desempenho da empresa. Variáveis Macroeconômicas Abaixo listamos alguns exemplos de variáveis macroeconômicas o impacto que elas têm no mercado de ações: Taxa de crescimento da economia - Maior crescimento de forma geral leva a maior lucro e alta no preço das ações. Taxa de juros - Em geral juros maiores aumentam a rentabilidade da renda fixa, que "concorre" com as ações como alternativa de investimento, além do efeito sobre o balanço das empresas. Mercado Externo - Além dos efeitos diretos sobre a economia brasileira, qualquer alteração no mercado externo afeta diretamente o mercado de ações brasileiro já que parte dos compradores de ações brasileiras são estrangeiros, quanto mais compradores maior pressão de alta no preço dos ativos e vice-versa. Variáveis setoriais Definem eventos que afetam especificamente o setor de atividades em que a empresa atua. Para facilita o entendimento usamos o setor de papel e celulose como exemplo. Um aumento no preço internacional da celulose do papel afeta positivamente as ações do setor (aumento de receitas e lucro potencial). Outras variáveis são possíveis inovações tecnológicas (por exemplo, um processo produtivo mais eficiente), mudanças nos preços de matérias primas, mudança no perfil dos concorrentes internacionais, mudanças na legislação, etc. Variáveis de Mercado Bolsa de valores 9

Outros fatores que influenciam o preço das ações são alterações específicas nas condições de compra e venda de ações. Dentre os principais fatores podemos citar: a) Impostos (ex. maiores impostos sobre aplicações em ações podem desencorajar esta forma de investimento, consequentemente afetando os preços) e b) Mudanças nas regras de investimento dos investidores institucionais (ex. fundos de investimento, fundos de pensão, companhias de seguro). Desempenho da Empresa Além dos elementos que influenciam a situação financeira da empresa (mudanças de preços dos produtos produzidos e de matérias primas, aumento ou redução no endividamento, etc.), é importante observar mudanças na perspectiva de novo negócios (tais como novos contratos, aquisições de outras empresas, busca de parceiros, etc.) e alterações na estrutura acionária. Outras Variáveis que Afetam Rentabilidade Além do preço da ação, a rentabilidade de um investimento no mercado acionário também depende de outras variáveis, sobretudo do nível de dividendos, bonificações, tributação e corretagem. Dividendos Quando uma empresa paga dividendos, ela está distribuindo aos acionistas parte do seu lucro no período. Se a empresa anuncia um dividendo de R$ 2 reais por ações e você tiver 1.000 ações, você receberá R$ 2.000 em dinheiro, que será enviado a sua conta ou estará disponível para pagamento ao acionista no banco depositário ou na empresa, caso as ações não se encontrem em custódia. Em geral o valor do dividendo é variável, dependendo do resultado da empresa no período e da política interna de dividendos de cada empresa. Algumas empresas (em geral as maiores e mais estabelecidas no mercado) preferem pagar dividendos mais altos; enquanto outras decidem reinvestir na empresa a maior parte dos lucros gerados. A periodicidade de pagamento dos dividendos também não é definida e pode ser trimestral, semestral ou anual. Bonificação Quando uma empresa faz um aumento de capital, mediante a incorporação de reservas e lucros, algumas ações são distribuídas gratuitamente para os seus acionistas, em número proporcional às já possuídas. Isso não implica em alteração patrimonial, pois o preço em bolsa é reajustado proporcionalmente. Subscrição Em geral, quando uma empresa faz um aumento de capital, os acionistas têm direito de preferência na aquisição de um novo lote de ações - em quantidade proporcional às possuídas. Os acionistas podem transferir o direito de subscrição a terceiros, através de venda desse direito na Bolsa. Tributação: O nível atual de tributação no mercado de ações é composto de: 20% sobre os ganhos de capital (diferença entre o que você pagou pela ação e o que você recebeu pela venda), Bolsa de valores 10

A Dinâmica do Mercado de Ações O mercado de ações funciona exatamente igual a uma feira livre. Você pergunta quanto custa à mercadoria, e o vendedor te responde quanto ele quer. O preço que ele te dá é o que chamamos de Oferta de Venda. Se você já tiver visitado todo o mercado e esse é na verdade o menor preço então se trata da Melhor Oferta de Venda. Agora é sua vez! Você faz uma oferta, ou uma Oferta de Compra, caso essa seja a melhor oferta que ele recebeu no dia podemos chamá-la de Melhor Oferta de Compra. A diferença entre o preço sugerido pelo vendedor e aquele que você ofertou é chamado de spread. Caso vocês entrem em um acordo então isso significa que houve um negócio. O mesmo acontece no mercado de ações. Tomando uma decisão de investimento Executando um negócio Executando um Negócio Para negociar ações, títulos de renda fixa e fundos de investimento você precisa ter uma conta com uma corretora. Corretoras Corretoras são entidades financeiras credenciadas na Bolsa de Valores que executam suas transações financeiras. As corretoras podem ser parte de conglomerados financeiros (principalmente ligados aos grandes bancos comerciais) ou independentes. Como Escolher uma Corretora Uma vez que você tenha decidido qual ação comprar (o que será visto em detalhes na seção como analisar o mercado de ações) deverá contatar uma corretora para dar uma ordem (que pode ser de compra ou de venda). O tipo de corretora que você vai escolher depende inteiramente do tipo de serviços que você precisa. A primeira coisa a fazer é definir quais são as suas necessidades. Que tipo de investimentos você estará fazendo? Quantas vezes você deve investir em um mês, ou se já você é um investidor ativo? Você precisa de ajuda na hora de tomar uma decisão de investimento? Que tipo de serviços você gostaria que a corretora disponibilizasse para você (ex. relatórios de pesquisa, dicas etc.)? Você executaria suas transações pelo telefone ou pela Internet? Uma vez que você tenha uma idéia mais precisa do que você precisa e espera de uma Corretora, você deve pesquisar para tomar a sua decisão. Bolsa de valores 11

Tipos de Corretora Corretora On-Line Nesse caso se você for cadastrado, as informações de oferta de compra e venda estarão disponíveis em sua tela e você será capaz de negociar através da Internet. Basta colocar sua ordem diretamente, especificar por quanto tempo a ordem é válida e o sistema automaticamente envia a ordem para a Bolsa de Valores. Corretora Tradicional Nesse caso você deverá contatar a corretora para obter estas informações. O processo de compra e venda é semelhante ao das corretoras on-line, porém inclui uma série de passos adicionais para sua ordem chegar até a bolsa, já que a ordem pode ser executada diretamente pelo operador de sua corretora em seu terminal ou passada ao operador de pregão (que fica dentro da Bolsa de Valores). Em ambos os casos a liquidação (ou seja, o pagamento no caso de compra ou recebimento no caso de venda) é executada em três dias úteis. O jargão de mercado para este prazo é "D+3", ou seja, dia da execução da ordem mais três dias úteis. Formas de Execução de Negócios As corretoras executam a sua transação de duas formas: Viva Voz e Sistema Eletrônico de Negociação. No entanto, agora os investidores também podem operar no After-market, através do pregão eletrônico. Bolsa de valores 12

A Importância do Mercado de Ações para o desenvolvimento da economia Torna-se mais evidente a cada dia a contribuição positiva do mercado de capitais e, especificamente, o destacado papel do mercado acionário para o desenvolvimento econômico. A idéia de que o mercado acionário, notadamente nos países em desenvolvimento, envolveria apenas negociações na esfera financeira desprovidas de qualquer impacto sobre o setor real da economia, mostrou-se definitivamente superada. De acordo com estudos divulgados pelo Banco Mundial, foi encontrado um alto grau de correlação entre os indicadores dos mercados acionários e o crescimento médio verificado no período 1976-96. A conclusão foi de que o mercado acionário não apenas seguiu o crescimento econômico, mas proporcionou os meios para prognosticar as taxas futuras de crescimento do capital, da produtividade e da renda per capita. São inúmeras as contribuições a serem citadas: - Ao carrear recursos dos poupadores e disponibilizá-los para o uso dos investidores, o mercado de ações incentiva não apenas a formação da poupança interna, mas, particularmente, a geração de poupança de longo prazo. É inegável a relação intrínseca entre a formação de poupança com os processos de crescimento auto-sustentado e manutenção do desenvolvimento econômico. - O mercado de ações, ao premiar, via maximização dos retornos, o uso eficiente dos recursos e o momento correto da tomada de decisão, torna o próprio mercado cada vez mais eficiente e este efeito é transmitido aos demais setores da economia. - Por sua vez, um mercado eficiente proporciona uma ampla gama de alternativas de financiamento, isoladamente ou pela combinação entre as diversas opções, reduzindo custos financeiros, o que contribui decisivamente para a saúde financeira das empresas, com conseqüente valorização do capital investido pelos acionistas. - Um mercado acionário desenvolvido, com bom volume, liquidez e adequada regulamentação, facilita os negócios de mudança de controle/propriedade e privatização, o que tem contribuído para o aumento da produtividade econômica nos últimos anos, em nível global. - A demanda por informações e demonstrações financeiras de qualidade, por parte do mercado acionário, é um fator que estimula a cultura empresarial e do público geral, com frutos para toda a atividade econômica. - O mercado acionário reflete a opinião dos principais agentes acerca da conjuntura econômica doméstica e internacional e suas perspectivas, constituindo-se também em importante formador de opinião. Assim, os diagnósticos e recomendações originadas deste mercado são elementos que os condutores da política econômica costumam considerar na tomada de decisões. - Finalmente, cabe destacar o papel fundamental de um mercado de ações eficiente e desenvolvido para atrair, maximizar e consolidar a presença e permanência do capital externo. A questão da volatilidade implícita nestes fluxos mostra-se tão mais controlável quanto maior o grau de credibilidade e regulação adequada dos mercados locais, além da estabilidade político-econômica dos mesmos. Bolsa de valores 13

Quais são as opções de investimento disponíveis? Existem muitas opções de investimentos disponíveis no mercado financeiro. Entre os diversos tipos aplicações de aplicações, podemos destacar duas modalidades: renda fixa e renda variável. Renda Fixa É o tipo de investimento onde os riscos são menores e o retorno é relativamente certo, geralmente baseado no recebimento de juros. Esta modalidade de investimento pode estar atrelada a taxas de juros pré-fixadas ou pós-fixadas. As taxas pré-fixadas são previamente definidas (por exemplo, juros de 12% ao ano), enquanto as pós-fixadas são determinadas pelas taxas de juro praticadas no mercado (geralmente seguem as taxas praticadas nas operações interbancárias - DI). Renda Variável É o tipo de investimento cuja rentabilidade não pode ser determinada na data da realização do investimento. Uma aplicação é considerada renda variável quando o rendimento desta aplicação é pouco previsível, pois está sujeito a grandes variações de acordo com o mercado. Os investidores muitas vezes optam por aplicações desta natureza buscando rentabilidades mais altas, o que so é possível obter assumindo maiores riscos. Investimentos em Renda Fixa: - Caderneta de Poupança: Aplicação tradicional e conservadora de investimento, cuja rentabilidade é definida pela variação da Taxa Referencial de Juros (TR) mais juros de 6% ao ano. A Caderneta de Poupança tem proporcionado a menor rentabilidade histórica entre todas as opções de investimento em renda fixa. O dinheiro aplicado na poupança é utilizado no financiamento de imóveis, cujos empréstimos rendem juros relativamente baixos. A Caderneta de Poupança é isenta de imposto de renda. - CDBs (Certificados de Depósito Bancário): São títulos de crédito emitidos pelos bancos, que pagam ao investidor uma taxa de juros prefixada ou pós-fixada, por um prazo determinado, que pode variar de 30 dias a 2 anos. Os bancos utilizam estes recursos para conceder empréstimos. As taxas de juros pagas por estes papéis variam de banco para banco, conforme a percepção de risco em relação ao banco emissor. Bancos com problemas financeiros certamente são obrigados a paga taxas mais elevadas para compensar o risco da aplicação. - Títulos Públicos: São papéis geralmente emitidos pelo Governo Federal, de risco extremamente baixo, e rendimentos diferenciados. A melhor forma de investir nestes títulos é através de Fundos de Investimento em Renda Fixa, já que estes títulos são emitidos através de ofertas públicas das quais participam somente instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central. - Debêntures: São títulos privados, emitidos por empresas que buscam recursos no mercado, ao invés de recorrer a empréstimos bancários. São papéis de longo prazo e pagam juros aos investidores, embora não tenham nenhum tipo de garantia. Os juros pagos por estes papéis dependem, basicamente, da percepção de risco em relação empresas emissoras. Empresas em dificuldades financeiras tendem a pagar taxas mais altas pela emissão de debêntures. As debêntures podem ser simples ou conversíveis em ações. As debêntures simples são papéis de renda fixa tradicionais, que os juros estabelecidos e são resgatados na data do vencimento. Bolsa de valores 14

As debêntures conversíveis em ações podem funcionar como debêntures simples, caso sejam resgatadas ao final do prazo estabelecido, ou ainda como um título de renda fixa e variável. Neste caso, funcionaria como um título de renda fixa, pagando juros até a data de vencimento, podendo ser convertidas em ações da empresa, após o vencimento, quando se tornaria um título de renda variável. - Fundos de Renda Fixa: Fundos são uma espécie de "consórcio" entre investidores para alocação de recursos no mercado financeiro. Estes Fundos de Investimento Financeiro (FIFs) são administrados por um gestor ligado a uma instituição financeira, que por sua vez, é responsável pela alocação dos recursos dos cotistas, ou melhor, dos investidores que adquiriram cotas do fundo. Os Fundos de Renda Fixa, sejam eles pré ou pós fixados, alocam os recursos dos cotistas, fundamentalmente, em aplicações de renda fixa variadas (CDBs, debêntures, títulos públicos, etc.). Os Fundos de Renda Fixa pós-fixados são atualmente as aplicações mais populares e seguras de investimento. Bolsa de valores 15

Investimentos em Renda variável www.geronetservices.com - Ações: São títulos nominativos negociáveis, que representam uma fração do capital social de uma empresa. As empresas emitem ações visando captar recursos para seus investimentos. O investidor não tem nenhuma garantia ou retorno garantido sobre seus investimentos em ações. O preço de uma ação sobe ou desce em função da percepção do mercado em relação às perspectivas futuras da empresa. Trata-se de uma aplicação de risco. - Derivativos: São operações relativamente sofisticadas, que "derivam" dos ativos negociados no mercado à vista. Contratos futuros e opções de ativos como ações, dólar, juros e commodities agrícolas são exemplos de operações com opções. Este tipo de investimento está acessível ao investidor individual através de Fundos de Investimento. - Opções: Opções são contratos negociados em Bolsa de Valores, que concedem a seu titular o direito de negociar algo em certa data por determinado preço. Vale salientar que o titular de uma opção tem o direito de comprar ou vender; esse direito, porém, não precisa ser exercido. Uma Opção de Compra garante ao seu titular o direito de comprar um ativo até determinada data por certo preço. Uma Opção de Venda garante ao seu titular o direito de vender um ativo em determinada data por certo preço. - Fundos de Ações: São fundos cuja carteira seja composta por mais de 51% em ações. Existem vários tipos de Fundos de Ações como os indexados ao Índice Bovespa, ou ainda os setoriais. - Fundos Multicarteira: carteiras administradas compostas por aplicações de renda fixa e variável. Conforme a proporção dos ativos alocados em seu portifólio, podem ser mais conservadores ou agressivos. - Fundos de Derivativos: São fundos que operam em diversos mercados e têm contratos futuros e opções em sua carteira. Geralmente, são fundos bastante agressivos, e de alto risco. Também conhecidos como Hedge Funds. - Dólar: Opção de investimento geralmente utilizada como proteção do capital contra desvalorizações da moeda, embora possa apresentar rentabilidade negativa em períodos onde haja queda nas cotações da moeda americana em relação ao real. Os Fundo Cambiais são as opções mais acessíveis para investir em dólar. - Ouro: Sinônimo de reserva de valor, o ativo tem despertado cada vez menos interesse dos investidores, principalmente na última década. Bolsa de valores 16

Como funcionam os fundos de Investimento O que é um fundo de investimento Os fundos de investimento funcionam como um condomínio de investidores, isso porque como no caso do condomínio de um apartamento os condôminos (ou investidores) centralizam a administração do prédio (ou carteira do fundo) na figura do síndico (ou gestor do fundo). Em um fundo de investimento, o gestor (administrador) do fundo aplica os recursos dos investidores (patrimônio do fundo) de forma a maximizar o retorno e minimizar o risco da carteira do fundo. Valor da Cota Assim como no caso de ações, onde o capital da empresa está dividido em várias parcelas (as ações), nos fundos o capital do fundo também está dividido em parcelas: as cotas. Os investidores (ou cotistas) são proprietários de partes da carteira (número de cotas) proporcionais ao dinheiro que investiram no fundo. O valor das cotas é atualizado diariamente, de forma que para saber quanto está valendo o dinheiro que você investiu em fundo específico, você só precisa multiplicar o número de cotas que possui pelo valor da cota no dia. Composição da Carteira A composição da carteira de investimentos deve refletir o tipo de fundo (ações, renda fixa, mistos, cambiais etc.) e a estratégia de investimento do gestor. No regulamento do fundo você vai saber mais sobre os objetivos de investimento, rentabilidade, risco, e regras de entrada e saída do fundo de investimento. Nunca deixe de analisar com detalhe os regulamentos do fundo em que está pensando em investir, para evitar surpresas no futuro. Para escolher o fundo mais adequado é importante que você conheça o seu perfil de investimento (veja nossa seção de Perfil de Investimento para entender qual é o seu). Muitas vezes nos concentramos tanto na rentabilidade que nos esquecemos que retorno e risco andam de mãos dadas, ou seja, em geral os fundos com maior rentabilidade são aqueles de perfil de investimento mais agressivo. O segredo é descobrir qual é o fundo com maior rentabilidade, dentre aqueles que possuem uma estratégia de investimento em linha com o seu perfil como investidor. O investimento em fundos é indicado para você que não tem certeza qual o melhor ativo para o seu perfil de investidor. Isso porque todos os fundos de investimento refletem uma estratégia específica. Por exemplo, fundos agressivos (indicados para investidores com esse perfil) são fundos que contém na sua carteira investimentos de maior risco, mas também com maior expectativa de retorno. Bolsa de valores 17

Entendendo os vários tipos de Fundos de Investimento Categorias de Fundos de Investimento Os fundos de investimentos podem ser agrupados em duas categorias distintas: renda fixa e renda variável. Os fundos de renda fixa e ações podem também ser classificados como FIFs (Fundos de Investimento Financeiro) e FACs (Fundo de Aplicação em Cotas), sendo que os FIFs investem os recursos do fundo diretamente na compra de ativos financeiros, enquanto os FACs investem em cotas de outros fundos de investimentos. Renda Fixa: esses fundos devem aplicar no mínimo 51% de seu patrimônio em títulos de renda fixa (CDBs, debêntures, títulos públicos ou federais) e portanto podem ser pré ou pós-fixados. No máximo 10% do patrimônio do fundo pode estar investido em um único título emitido por uma mesma instituição, ou sociedades a ela coligadas. Além disso, no máximo 20% dos recursos podem ser aplicados em papéis (vários títulos) de uma única instituição, ou sociedades coligadas a elas. Títulos de renda fixa pré-fixados: são títulos cuja remuneração é fixada no momento da aplicação. Títulos de renda fica pós fixados: o rendimento desses títulos está ligado ao desempenho de um determinado indicador, portanto você só sabe quanto irá receber no final da aplicação. Fundos de Renda Fixa De acordo com a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (ANBID), os fundos de renda fixa podem ser agrupados em três categorias: os referenciados, os não referenciados e os mistos. Essa classificação surgiu para ajudar o investidor a distinguir as diferenças entre o perfil de risco dos títulos de renda fixa. Referenciados: nesse grupo estão incluídos os fundos cuja estratégia de administração da carteira é passiva, isto é o gestor tenta replicar o retorno de um índice de referência, ou benchmark (CDI, dólar, Ibovespa). No mínimo 95% do patrimônio desses fundos deve estar aplicado em títulos de renda fixa que seguem o desempenho do benchmark, pelo menos 80% do patrimônio deve estar aplicado em títulos federais ou de empresas com baixo risco de crédito, assim como não podem investir em futuros ou derivativos. Dentre os fundos referenciados podemos citar: Fundos DI: cujo retorno está atrelado à variação do CDI, sendo que a indexação é feita por meio de derivativos financeiros como swaps. Esses fundos têm um perfil bastante conservador e são recomendados em cenários de alta de taxa de juros. Fundos Cambiais: esses fundos são recomendados para pessoas que querem manter o valor do seu patrimônio constante em dólar, pois em geral aplicam seus recursos em títulos de renda-fixa indexados ao dólar como por exemplo as export notes. Esses fundos são recomendados para pessoas que têm dívidas em dólar, ou que acreditam em um cenário de desvalorização do real. Não Referenciados: os fundos incluídos nesse grupo não precisam seguir o desempenho de um benchmark específico, e por isso podem aplicar seus recursos em títulos de renda fixa pré ou pósfixados. Dentre os fundos não referenciados estão incluídos os fundos de renda fixa tradicionais, cujo retorno deve variar em função da estratégia adotada pelo gestor do fundo. Genéricos: em geral são fundos com um perfil de investimento um pouco mais agressivo do que o dos referenciados e não referenciados, pois têm liberdade para decidir como investir seus recursos. Até 49% do patrimônio do fundo pode estar investido em ações, e as aplicações em derivativos também são permitidas. Vale lembrar, que os derivativos nem sempre tem como objetivo maximizar o retorno; em alguns casos os derivativos são usados apenas para fazer um hedge na carteira do fundo, Bolsa de valores 18

nesses casos o risco da carteira acaba se reduzindo com o uso de derivativos. Dado o perfil de risco desses fundos, recomenda-se uma análise ainda mais detalhada do estatuto do fundo. Fundos Derivativos: esses fundos aplicam em ativos de renda fixa pré ou pós-fixados e tendem a investir de forma agressiva em mercados mais sofisticados como futuros, opções e swaps de forma a maximizar o retorno. Fundos multicarteira: esses fundos investem parte do seu patrimônio em renda fixa e parte em ações, podendo incluir também derivativos. Fundos FIEX: esses fundos investem seu patrimônio em ativos externos, no mínimo 80% do patrimônio investido em títulos da dívida externa brasileira, e até 20% em qualquer título de crédito negociado no mercado internacional, com um limite de concentração máximo de 10% em títulos de um mesmo emitente. Fundos de Renda Variável Esses fundos são mais conhecidos como fundos de ações, e precisam ter pelo menos 51% do seu patrimônio aplicado em títulos de renda variável como ações e não existem restrições quanto ao uso de derivativos. Em geral são recomendados para investidores com um perfil mais agressivo, pois apesar da rentabilidade mais alta, possuem alto risco, possibilidade de altos retornos e também de eventuais perdas. Existem três categorias de fundos de ações: fundos passivos, fundos ativos e setoriais. Fundos passivos: nesse grupo estão incluídos os fundos cuja estratégia de administração da carteira é passiva, isto é o gestor tenta replicar o retorno de um dos índices de ações, como por exemplo: Ibovespa, IBA, IEE. Fundos ativos: têm como objetivo atingir uma rentabilidade superior ao de um indexador de referência, e por isso têm uma estratégia de investimento mais agressiva. Fundos setoriais: esses fundos investem apenas em ações de um setor específico, que pode ser energia, bancos, tecnologia etc. Outros tipos de fundos Fundos mútuos de privatização: são fundos que aplicam os recursos provenientes do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Até o momento esses fundos são compostos por ações de uma única empresa, a Petrobrás. Cerca de 90% do patrimônio desses fundos está investido em ações da Petrobrás e o restante está aplicado em títulos públicos federais de baixo risco. Esses fundos surgiram em meados de 2000, quando o Governo promoveu a distribuição do excedente de ações da Petrobrás que tinha em carteira. O governo tem planos de criar novos FMPs para investimento em outras empresas. Fundos de previdência privada: esse grupo inclui os famosos FAPIs e PGBLs, que são fundos desenhados para aposentadoria. Esses fundos foram desenvolvidos para substituir os antigos planos de retorno garantido que caíram em desuso com a redução nas taxas de juros, pois ficou cada vez mais difícil garantir um retorno de IGPM+6% ao ano. Alocação de carteira: varia de acordo com a estratégia adotada pelo gestor, sendo que existem três categorias de risco para fundos de previdência: fundos soberanos (investem primordialmente em títulos federais), fundos de renda fixa (além dos títulos federais também investem em DI e títulos préfixados) e fundos compostos (permitem a inclusão de ações na composição da carteira). Bolsa de valores 19

Tributação: os FAPIs têm um tratamento fiscal menos favorável e por isso perderam participação de mercado em relação aos PGBLs. Em ambos as aplicações são dedutíveis da declaração de imposto de renda até um máximo de 12% da renda bruta anual. A principal diferença refere-se ao pagamento de IOF, já que aplicações em PGBLs são isentas enquanto aplicações em FAPIs só são isentas depois do prazo de carência de um ano, antes disso o investidor paga 5% de IOF. Bolsa de valores 20