GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO EXPERIMENTAL DAS CIÊNCIAS

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Transcrição:

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO EXPERIMENTAL DAS CIÊNCIAS RELATÓRIO Agrupamento de Escolas N.º 1 de Beja Distrito de Beja Concelho de Beja Data da intervenção: de 23-05-2017 a 30-05-2017 Área Territorial de Inspeção Sul

ENQUADRAMENTO DA AÇÃO De acordo com os resultados do PISA (Programme for International StudentAssessment) de 2009, Portugal foi o segundo país que mais progrediu em ciências, passando de 474 pontos de literacia científica (em 2006) para 493, em 2009. Contudo, em 2012, observa-se que os resultados médios no domínio das ciências representam uma desaceleração da tendência ascendente de resultados, que se consubstancia quer na redução das pontuações absolutas obtidas, quer na sua comparação com a média da Organização para a Cooperação e desenvolvimento Económico (OCDE). No estudo mais recente de 2015 verifica-se, pela primeira vez, um desempenho dos alunos portugueses acima da média da OCDE, atingindo 501 pontos. No entanto, é de notar ainda que, da análise dos relatórios da atividade Avaliação Externa de Escolas, conclui-se que a promoção de trabalho prático no ensino das ciências emerge frequentemente como área de melhoria nos agrupamentos e escolas não agrupadas. Acresce, ainda, que os resultados de Portugal em ciências na edição de 2015 do Trends in International Mathematics and Science Study (TIMSS) revelam uma tendência contrária à do contexto internacional, já que, enquanto a maioria dos países participantes evidencia aumentos significativos naquela área, entre os ciclos de 2011 e 2015, os alunos portugueses do 4.º ano passam de uma pontuação global de 522 (edição de 2012) para 508 em 2015. A literatura específica sobre o ensino das ciências enfatiza a importância da promoção de atividades práticas, essencial para a construção de uma cultura científica das crianças e dos alunos. Acresce que, quer as orientações curriculares para a educação pré-escolar, quer os distintos programas de ciências do ensino básico e ainda as metas já definidas destacam a necessidade de se potenciar atividades de indagação e pequenas investigações, incluindo preferencialmente, a utilização de atividades laboratoriais e de campo, que favoreçam a explicitação das conceções prévias dos alunos, a formulação e confrontação de hipóteses, a eventual planificação e realização de atividades laboratoriais e respetivo registo de dados. Atribuem uma especial ênfase à introdução de novos conceitos e à sua integração e estruturação nas representações mentais dos alunos e ainda ao desenvolvimento de uma atitude científica perante os problemas. Neste sentido, resulta inequívoco que educação científica de base assume um papel fundamental na promoção da literacia científica, potenciando o desenvolvimento de competências necessárias ao exercício de uma cidadania interveniente e informada e à inserção numa vida profissional qualificada. O acesso aos conhecimentos científicos não só surge como um direito que todas as crianças e alunos têm, como também um dever dos responsáveis e decisores para com as gerações vindouras. A este propósito é de recordar a Declaração final da Conferência Mundial sobre Ciência para o século XXI: um novo compromisso, realizada pela UNESCO (1999) onde se refere que o acesso ao conhecimento científico, a partir de uma idade muito precoce, faz parte do direito à educação de todos os homens e mulheres, e que a educação científica é de importância essencial para o desenvolvimento humano, para a criação de capacidade científica endógena e para que tenhamos cidadãos participantes e informados. (In UNESCO Brasil, 2003, p.29). 2

Com esta atividade a IGEC não só procura, mediante o diagnóstico existente, estar alinhada com as principais tendências relativamente ao ensino das ciências como também conhecer e acompanhar o desenvolvimento do ensino das ciências de base experimental, em contexto de sala de aula e em trabalho de campo, promovendo a melhoria das práticas educativas e, consequentemente, os níveis de literacia científica. Tem como objetivos operacionais: Conhecer as práticas de ensino de base laboratorial, experimental e de campo existentes na educação pré-escolar e nos1.º e 2.º ciclos do ensino básico. Analisar e refletir sobre o planeamento, a implementação e avaliação de atividades práticas, laboratoriais, experimentais e de campo no ensino das ciências. Fomentar metodologias ativas, investigativas e experimentais. Contribuir para uma gestão do currículo mais eficaz ao nível do ensino das ciências, com impacto positivo nos resultados dos alunos. O presente relatório apresenta os aspetos mais positivos e os aspetos a melhorar relativamente à gestão curricular do ensino das ciências naturais, nomeadamente ao nível do planeamento pedagógico, da implementação de práticas de ensino com base experimental, em sala de aula, e da avaliação das aprendizagens, bem como na monitorização e avaliação dos resultados. As considerações finais decorrem da análise documental, da observação dos contextos educativos/aulas e da realização de entrevistas. Espera-se que este relatório constitua um instrumento de reflexão e debate para a comunidade educativa e contribua para a melhoria e desenvolvimento da literacia científica dos jovens. A equipa regista a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da intervenção. Decorrente da metodologia utilizada a equipa de inspetores formula as seguintes considerações: MÓDULO A - CARACTERIZAÇÃO DOS RECURSOS A.1. Material e equipamento - Diversidade de equipamentos e de materiais afetos ao ensino das ciências, nas Escolas Básicas de Santa Maria e de Santiago Maior e na escola-sede. 3

- Promover a partilha e uma maior utilização dos recursos existentes, visando a rentabilização de materiais e de equipamentos entre as diferentes escolas do Agrupamento. - Diligenciar para que todas as turmas do 2.º ciclo de ensino básico tenham acesso às salas específicas, no âmbito da disciplina de Ciências Naturais, de forma a promover a realização de trabalho prático, nomeadamente laboratorial e experimental. - Refletir sobre a adequação da carga curricular atribuída à disciplina de Ciências Naturais dos 5.º e 6º anos de escolaridade, no sentido de aferir o seu impacto na qualidade das aprendizagens e no desenvolvimento da literacia científica. Providenciar material e equipamento de segurança, assim como a afixação de instruções claras e precisas para a sua utilização, na totalidade das salas específicas/adaptadas afetas à lecionação das disciplinas de ciências experimentais. A.2. Formação contínua no âmbito do ensino experimental das ciências - Participação de alguns docentes na ação de formação Ensino por investigação na aprendizagem das ciências no século XXI, dinamizado pelo Instituto para a Investigação Interdisciplinar da Universidade de Lisboa, bem como em Sábados Pedagógicos, promovidos pelo Movimento da Escola Moderna. - Promover formação para os docentes da educação pré-escolar e do ensino básico, na didática das ciências, de forma a incrementar a realização de trabalho prático, nomeadamente de base laboratorial, experimental e de campo e fomentar, assim, a construção do conhecimento científico nas crianças e nos alunos. - Impulsionar a realização, internamente, de sessões de trabalho, com recurso aos docentes que participaram na formação atrás mencionadas, e a outros que tenham formação específica na área das ciências experimentais, de forma a disseminarem os conhecimentos adquiridos e a contribuírem para o processo crítico e reflexivo das práticas pedagógicas. MÓDULO B - PLANEAMENTO CURRICULAR NO ÂMBITO DAS CIÊNCIAS B.1. Documentos orientadores 4

- Inserção de atividades, no plano anual, que visam o desenvolvimento do gosto pela exploração e investigação dos fenómenos naturais, tais como as visitas de estudo ao Centro de Ciência Viva de Lousal, ao Vaivém do Oceanário, em Ferreira do Alentejo, ao Fluviário de Mora, ao Museu de História Natural e ao Jardim Botânico, bem como as atividades de Educação Ambiental. - Desenvolvimento de projetos Ciência na Escola, nos últimos anos letivos, que envolveram crianças da educação pré-escolar e alunos dos 1.º e 2.º ciclos de que são exemplos, Da semente ao pão com energia solar, As ervas aromáticas do Alentejo Conheça, Prove e En(cante) e Opuntia-Ficus-Indica. - Implementação de hortas pedagógicas, em algumas das escolas do Agrupamento, que proporcionam a observação dos fenómenos naturais e momentos de aprendizagem ao ar livre. - Definir, nos documentos estruturantes, objetivos, metas e estratégias, referentes ao desenvolvimento da literacia científica, em todos os níveis de educação e ensino. B.2. Planeamento pedagógico - Consideração, nas planificações dos diferentes níveis de educação e ensino, da implementação de atividades práticas no âmbito das ciências. - Ponderar no planeamento uma articulação coerente do processo de ensino e de aprendizagem, em termos de sequencialidade, ao longo dos níveis e ciclos que permita o desenvolvimento das potencialidades das crianças e dos alunos e crie condições para uma transição com sucesso, numa perspetiva de continuidade e de complexidade crescente das aprendizagens anteriormente realizadas. - Incluir nos documentos de planeamento pedagógico, para todos os níveis de educação e ensino, as estratégias que promovam a apropriação da metodologia científica, envolvam as diferentes modalidades de trabalho prático, sobretudo as de base experimental, de base laboratorial e de campo, assim como os correspondentes instrumentos de avaliação das aprendizagens. - Promover em todos os níveis de educação e ensino, a interligação dos conteúdos com o quotidiano/meio numa abordagem integradora e globalizante da organização e da aquisição dos saberes científicos, contextualizada em Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente - CTSA. - Contemplar nos planos de trabalho de turma, a articulação interdisciplinar, valorizando, na vertente das atividades práticas, nomeadamente nas de trabalho experimental, os saberes das diversas áreas/disciplinas. 5

- Fomentar o trabalho colaborativo entre docentes, com vista a uma melhor interligação entre planeamento, implementação e avaliação, numa perspetiva de articulação horizontal e vertical, em consonância com o previsto no plano plurianual de melhoria. MÓDULO C PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM CIÊNCIAS - Realização regular de atividades práticas, por parte de alguns docentes, nos diversos níveis de educação e ensino. - Existência de área das ciências em algumas salas de jardim de infância que estimulam a curiosidade e a descoberta das crianças. - Generalizar, em todos os níveis de educação e ensino, a realização sistemática de trabalho prático no ensino das ciências, designadamente nas vertentes de base laboratorial e experimental, bem como na de campo, recorrendo, de forma intencional, aos materiais e equipamentos de laboratórios e/ou afins. - Assegurar que as práticas pedagógicas, nos diversos níveis de educação e ensino, mobilizem nas crianças e nos alunos conhecimentos, capacidades e atitudes científicas, estabelecendo uma progressão, ao nível da complexidade, que seja desafiante. - Abordar os conteúdos numa perspetiva integrada, globalizante e contextualizada em CTSA - Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente -proporcionando a crianças e a alunos formas holísticas de aprendizagem. - Explicitar, no início de cada atividade/aula ou unidade didática, os objetivos e, nos 1.º e 2.º ciclos, os critérios de avaliação para os conhecimentos científicos a desenvolver (saber), as capacidades (saber-fazer) e as atitudes (saber-estar) e envolver ativamente as crianças e os alunos na manipulação de materiais e de equipamentos de laboratório e/ou afins. - Desenvolver o pensamento crítico e a autonomia das crianças e dos alunos incentivandoos, por exemplo, a observar, medir, formular problemas e hipóteses, planear investigações, controlar variáveis, prever, recolher e tratar dados, registar, identificar evidências, discutir resultados, interpretar e fazer descobertas. - Estimular a autonomia das crianças e dos alunos envolvendo-os, sempre que possível, na elaboração de protocolos laboratoriais/experimentais e de roteiros/guiões nas atividades de campo. - Explicitar, nos sumários, o tipo de trabalho prático realizado, em coerência com o currículo planeado. 6

MÓDULO D AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DAS CIÊNCIAS - Elaboração de matrizes e de algumas fichas de avaliação comuns no 1.º e no 2.ºciclos de ensino básico. - Recurso, em algumas salas de jardim de infância, a instrumentos de pilotagem como o diário de turma, promovendo a reflexão crítica e a recolha de sugestões das crianças. - Alargar a definição de descritores de desempenho no ensino básico, a conhecimentos e a atitudes científicas, bem como a capacidades investigativas, com vista a uma avaliação mais criteriosa dos progressos na apropriação da metodologia científica. - Garantir que a avaliação das aprendizagens contemple as adquiridas em contexto de trabalho prático, nas suas diferentes tipologias, incluindo o de base laboratorial, experimental e de campo. - Promover a aferição dos critérios de avaliação, no que respeita aos progressos dos alunos dos 1.º e 2.º ciclos, tendo em conta as aprendizagens adquiridas nas diferentes tipologias de trabalho prático. - Fomentar, na educação pré-escolar, a diversificação de formas de observação e registo dos progressos de aprendizagem de cada criança. - Diversificar técnicas e instrumentos de avaliação e assegurar que os mesmos permitem avaliar os processos científicos de maior complexidade, construindo-se itens que combinem passagens de textos, gráficos, esquemas e apelem à análise e à síntese, evitando-se a prevalência dos que envolvem a simples memorização e compreensão. MÓDULO E SUPERVISÃO DA PRÁTICA LETIVA E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS EM CIÊNCIAS - Identificação, no plano plurianual de melhoria, de áreas de intervenção que visam o incentivo à reflexão, ao nível da supervisão pedagógica, nas estruturas intermédias, sobre as práticas em sala de aula. - Existência de um número significativo de docentes com formação em supervisão pedagógica. 7

- Dar continuidade e aprofundar o processo de supervisão da prática letiva em sala de atividades/aula, enquanto estratégia de identificação e de disseminação de boas práticas, em particular, no ensino experimental das ciências, orientada para a qualidade das aprendizagens e para o desenvolvimento profissional. - Identificar fatores de sucesso e de insucesso no âmbito da literacia científica, no sentido de melhorar o processo de ensino e de aprendizagem, através de ações específicas a considerar no plano plurianual de melhoria. - Estabelecer mecanismos que permitam avaliar o impacto da formação profissional dos docentes nas respetivas práticas pedagógicas, para melhorar a ação educativa. Data: 30-05-2017 A Equipa Inspetiva: Fernanda Lota Silvina Pimentel Concordo. À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação. Homologo O Subinspetor-Geral da Educação e Ciência A Chefe de Equipa Multidisciplinar de Acompanhamento, Controlo e Avaliação - Sul Maria Teresa de Jesus 2017-07-13 Por subdelegação de competências do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência nos termos do Despacho n.º 5942/2016, de 26 de abril, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 86, de 4 de maio de 2016 8