ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA

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1 PROGRAMA ACOMPANHAMENTO ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA Relatório Agrupamento de Escolas de Moura JULHO 2017

2 Introdução A Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC), no âmbito das atividades que desenvolve, tem vindo a implementar metodologias de trabalho que fomentam a intervenção dos elementos da comunidade escolar na conceção e implementação de medidas que visam a melhoria do desempenho da escola e o consequente sucesso educativo das crianças e jovens que a frequentam. A atividade Acompanhamento da Ação Educativa, inscrita nos sucessivos Planos de Atividades da IGEC, desde 2013, decorre das suas atribuições, especialmente as consignadas na alínea c) do n.º 2 do artigo 2.º do Decreto Regulamentar n.º 15/2012 de 27 de janeiro e desenvolve-se no respeito pela autonomia das escolas consignada no n.º 1 do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril. Tem como objetivo promover nas escolas uma atuação estratégica para a resolução das suas dificuldades, a reflexão sobre as práticas pedagógicas e o trabalho colaborativo entre os docentes, tendo em vista o alcance de soluções pedagógicas e didáticas que contribuam para a qualidade das aprendizagens. A atividade toma por referência algumas das ações/medidas de melhoria concebidas pelas escolas na sequência da avaliação externa e dos seus processos de autoavaliação (planos de melhoria), bem como as medidas contempladas noutros documentos orientadores, tais como os planos de ação estratégica, concebidos no âmbito do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, ou os planos plurianuais de melhoria, no caso das escolas que integram o Programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária. Consagra, como metodologia de trabalho com as escolas, um acompanhamento regular, em momentos diferentes, ao longo do ano letivo, relativamente às estratégias por estas implementadas, com especial enfoque nos mecanismos internos de coordenação e supervisão pedagógica do trabalho docente. Com esta atividade pretende-se: 1) Conhecer as áreas de intervenção que a escola elegeu como prioritárias; 2) Acompanhar e aprofundar ações/medidas de melhoria identificadas pela escola e explicitadas nos seus documentos orientadores, tendo em vista a superação das fragilidades diagnosticadas; 3) Suscitar a reflexão sobre o rigor objetividade, pertinência, adequação, credibilidade, exequibilidade e a eficácia das ações/medidas de melhoria privilegiadas; 4) Induzir a monitorização da execução e dos resultados das ações/medidas de melhoria implementadas; 5) Conhecer e questionar as práticas de coordenação e supervisão implementadas, promovendo o trabalho colaborativo, no âmbito da gestão do currículo; 1

3 6) Incentivar a implementação de estratégias sustentadas na regular supervisão do trabalho dos docentes por parte dos coordenadores de departamento. Este relatório deve ser objeto de debate por toda a comunidade escolar. Código DGAE: Identificação das escolas/agrupamentos ATI: Designação: Escola-Sede: Localidade: Concelho: SUL AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MOURA Escola Básica N.º 1 de Moura MOURA MOURA Telefone: institucional: Eb23mouradireccao@gmail.com Intervenções Início Fim 1.ª ª ª

4 1 Identificação das principais fragilidades da escola: Absentismo e abandono escolar; Práticas de gestão articulada do currículo pouco estruturadas; Trabalho colaborativo entre docentes com pouco impacto nas práticas pedagógicas; Práticas de diferenciação pedagógica não generalizadas em contexto de sala de aula; Validade e fiabilidade dos instrumentos de avaliação pouco consistente; Fatores explicativos do sucesso e insucesso extrínsecos ao processo de ensino e aprendizagem. 2 Áreas de intervenção objeto de acompanhamento por parte da IGEC, conforme estipulado no Programa de Acompanhamento: Planeamento do ensino e das aprendizagens (ação n.º1); Realização do ensino e das aprendizagens (ação n.º2). A APRECIAÇÃO FINAL DAS AÇÕES Área de intervenção: Planeamento do ensino e das aprendizagens Ação n.º1 Melhorias conseguidas: Reforço do trabalho colaborativo e da partilha de experiências pedagógicas com impacto na melhoria das aprendizagens e do sucesso dos alunos; Reconhecimento da importância da gestão articulada do currículo (Plano de Articulação Vertical) como fator determinante para a sequencialidade das aprendizagens; Utilização de metodologias e estratégias de diferenciação pedagógica (Guia de boas práticas Metodologias facilitadoras das aprendizagens) potenciadoras das aprendizagens e do sucesso escolar; Assunção da monitorização como mecanismo imprescindível à melhoria dos processos, pelos respetivos impactos na eficácia das medidas de promoção do sucesso escolar, do trabalho colaborativo desenvolvido e da diferenciação pedagógica implementada. Oportunidades de melhoria: Reforço das dinâmicas do trabalho colaborativo com aposta na gestão articulada do currículo e em práticas de diferenciação pedagógica, perspetivando a contínua melhoria das aprendizagens. Constrangimentos ao desenvolvimento da atividade: Dificuldade, por parte dos docentes, em conjugar horários, de modo a encontrar 3

5 tempos comuns para a realização de trabalho conjunto, dada a dispersão das escolas do Agrupamento. Área de intervenção: Realização do ensino e das aprendizagens Ação n.º 2 Melhorias conseguidas: Mobilização de todos os docentes para a observação da prática letiva como estratégia privilegiada de desenvolvimento profissional; Assunção da observação de aulas entre pares como ação necessária e dinamizadora de trabalho colaborativo; Apropriação de formas e metodologias de trabalho diversificadas, decorrentes de práticas letivas observadas, que se revelaram eficazes na sequência da reflexão desenvolvida entre os pares no momento pós-observação, e partilhadas em conselho de ano/grupo de recrutamento/departamento curricular. Oportunidades de melhoria: Focalizar a observação de aulas no impacto que as práticas pedagógicas têm ao nível do envolvimento dos alunos nas tarefas de aprendizagem; Aumentar o número de aulas a observar por docente, promovendo sempre a reflexão sobre a eficácia das estratégias pedagógicas observadas e a respetiva partilha/divulgação, de forma a melhorar os processos de aprendizagem de crianças e alunos. Constrangimentos ao desenvolvimento da atividade: Dificuldade em conjugar os horários dos docentes, de modo a encontrar tempos comuns para a realização de observação de aulas, dada a dispersão das escolas do Agrupamento. B- APRECIAÇÃO GLOBAL DO PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO 1. Grau de consecução das ações: Ao nível da ação n.º 1, as metas estabelecidas foram globalmente atingidas. Todavia, a atividade 4 requer uma operacionalização mais consistente, de forma a garantir a efetiva gestão articulada do currículo e a sequencialidade das aprendizagens. As metas da ação n.º 2 foram, na globalidade, cumpridas. Carece, no entanto, de consolidação, o trabalho colaborativo iniciado, designadamente na sequência das aulas observadas entre pares, de forma a potenciar a diferenciação pedagógica e o desenvolvimento profissional dos docentes. 4

6 2. Ganhos ao nível das áreas de intervenção objeto de acompanhamento: Envolvimento e recetividade dos docentes na consecução das ações e atividades previstas no Programa de Acompanhamento, evidenciando progressos ao nível do planeamento, da construção de materiais didáticos diversificados e de instrumentos de avaliação, designadamente, ao nível das modalidades diagnóstica e formativa. Reconhecimento da importância da observação da prática letiva como forma de fomentar análises e reflexões potenciadoras do desenvolvimento profissional docente. Expansão do trabalho colaborativo, reconhecendo-se a sua mais-valia na gestão e realização dos processos de ensino e de aprendizagem, designadamente no desenvolvimento de práticas de diferenciação pedagógica geradoras de melhores aprendizagens. Reconhecimento da importância da implementação de procedimentos de monitorização das ações desenvolvidas no âmbito do Programa de Acompanhamento, com vista à melhoria das aprendizagens, designadamente o planeamento pedagógico e o efetivo trabalho articulado entre docentes, integrando, igualmente, os processos de avaliação interna e externa dos resultados académicos e de concretização das metas TEIP. 3. Práticas pedagógicas inovadoras, em contexto de sala de aula, com impacto nas aprendizagens: Identificam-se como práticas inovadoras as decorrentes de aprendizagens integradoras. Destaca-se o desenvolvimento do projeto Cá na Escola Somos, com a elaboração de um livro por parte de uma turma do 3.º ano de escolaridade, a partir de um trabalho de articulação curricular entre várias disciplinas e propiciador de aprendizagens significativas. Esta atividade e trabalho estão divulgados no blogue da Escola Básica do Sete e Meio. 4. Compromisso da escola para dar continuidade e/ou aprofundar o trabalho já realizado: Após uma reflexão conjunta entre a direção, os docentes envolvidos no Programa de Acompanhamento e o conselho pedagógico, e considerando as áreas passíveis de aprofundamento e melhoria, o Agrupamento compromete-se a dar continuidade e a consolidar as ações e as atividades desenvolvidas, tendo em vista a melhoria das aprendizagens dos alunos. 5

7 Data: A Equipa Inspetiva: Ana Paula Baltazar e Paulo J. Oliveira Cruz Concordo. À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação. A Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área Territorial de Inspeção do Sul Maria Filomena Aldeias Homologo. O Inspetor-Geral da Educação e Ciência Por delegação de competências do Senhor Ministro da Educação nos termos do Despacho n.º 5477/2016, publicado no D.R. n.º 79, Série II, de 22 de abril de