Re vis t Brs i e ir Agroe co ogi Re v. Brs. Agroe co ogi. 2(3):63-68 (2007) ISSN: 19 80-9 735 Produção orgânic ce bo com gricu tore s fm i ire s O rgnic onion production w ith s m frm e rs GO NÇALVES, Pu o Antonio Souz 1;W AM SER, Ge rs on H e nriq ue 2. 1Epgri, Es tção Expe rim e nt Ituporng, Ituporng, SC, Brs i, ps g@ e pgri.s c.gov.br; 2Epgri, Es critório Loc Auror, Auror, SC, Brs i, gw m s e r@ e pgri.s c.gov.br RESUM O O bje tivou-s e s e nvo ve r m ne ir prticiptiv um s is te m produção orgânic ce bo junto gricu tore s fm i ire s d re gião do A to V e do Itjí, SC. Ins t ou-s e dus unid s produção e m dus proprie d s ruris, s e ndo um unid e m um proprie d no m unicípio Auror e outr e m Rio do Su, SC. O trb h o foi conduz ido nos nos 2004, 2005 e 2006. O s técnicos e nvo vidos tuvm com poio técnico e s s e s s ori, m odo q ue o s be r do gricu tor e r re s pe itdo pr q ue o s is te m s e s e nvo ve s s e num form ge rção conh e cim e nto h oriz ont, on h á inte rção e co borção e ntre os s uje itos e nvo vidos. A produtivid ce bo vriou 11 té 15 t/h, s im i re s m édi re gion gricu tor fm i ir té 2 h (15 t/h ), com bixo us o ins um os e xte rnos e m re ção os s is te m s com to us o groq uím icos. O cus to d ce bo orgânic foi m e nor com ins um os e xte rnos, m s m nd m is m ão- -obr com cpins m nuis. Em bor produtivid não te nh s ido m áxim, produção orgânic uti iz m e nos ins um os e xte rnos à proprie d, com re dução im pctos n s ú h um n, m e io m bie nte e cus tos finnce iros. O s gricu tore s com e rci iz rm ce bo no m e rcdo oce e m São Pu o, e form ce rtificdos pe o m étodo uditge m e e s tão e m proce s s o ce rtificção prticiptiv. O s gricu tore s pontm com o m iore s e ntrve s do s is te m bix dis ponibi id m ão- -obr n proprie d, ne ce s s id ce rtificção e orgniz ção d com e rci iz ção e m grupos. O trb h o fci itou inte rção e ntre o s e rviço púb ico gríco, os gricu tore s fm i ire s e nvo vidos ns unid s e dos grupos q ue prticipm. PALAVRAS-CH AVE: ce bo orgânic, A ium ce p, pe s q uis prticiptiv, groe co ogi, gricu tur orgânic. ABSTRACT Th e obje ctive w s to ve op of prticiptive m nne r n orgnic onion production s ys te m w ith s m frm e rs of A to V e do Itjí re gion, Snt Ctrin Stte, Brz i. Tw o p ots of th e production w s crrie d out in tw o s m frm e rs in th e countie s of Auror nd Rio do Su. Th e re s e rch w s crrie d out during 2004, 2005 nd 2006. Th e gronom is ts of th e gricu ture xte ns ion nd re s e rch pub ic s e rvice provi to te ch nicdvice nd s upport of m nne r th t th e k now e dge of frm e r w s cons i re d to ge ne rte th e s ys te m of m nne r h oriz ontw ith inte rction nd co bortion be tw e e n s ubje cts. Th e yie d te rnte d be tw e e n 11 t.h -1 nd 15 t.h -1, s im i r re gionv ue s to th e s m frm e rs by th e 2 h (15 t.h -1), w ith ow e xte rninput frm ing gins t s ys te m w ith h igh us e in groch e m ic s. Th e cos t of orgnic onion w s ow e r in e xte rninputs, but m nd m ore frm bor pow e r w ith h nd w e e ding. A th ough th e m xim um yie d h s not ye t re ch e d, th e orgnic production us e ow e xte rninputs nd re duce im pcts to th e h um n h e th, e nvironm e nt nd e conom ic cos ts. Th e frm e rs th e onion in ocm rk e t nd in São Pu o City w ith ce rtifiction by udit nd in prticiptive proce s s in ve oping. Th e frm e rs indicte th e ow frm fm i y s bor pow e r vi bi ity, th e re q uire m e nt of ce rtifiction nd orgniz tion of th e com m e rci iz tion in groups, th e fe tte rs of th e s ys te m. Th is w ork ow e d th e inte rction be tw e e n th e gricu ture xte ns ion nd re s e rch pub ic s e rvice, th e s m frm e rs nd yours groups. K EY W O RDS: orgnic onion, A ium ce p, prticiptive re s e rch, groe co ogy, orgnic gricu ture.. Corre s pondêncis pr: Pu o Gonç ve s - Es trd Ge rlge do/àgus Ne grs, 453 - Ituporng, SC, Brs i- Cx.P. 121 - CEP 88400-000 Ace ito pr pub icção e m 16/10/2007
P.Gonç ve s & G. W m s e r Introdução Snt Ctrin é o principprodutor ncion ce bo com 18000 fm í is e nvo vids com tivid (BO EING, 2002). N s fr 2006/2007 produção nutingiu 436500 t, e m um áre p ntd 21000 h e produtivid m édi 20,7 t/h (BO EING, 2007). O m ne jo d cu tur é trdicion m e nte re iz do no s is te m conve ncion com o us o inte ns ivo groq uím icos. No no 2001, o núm e ro produtore s ctrine ns e s ce bo orgânic e r 19 8, com um vo um e produção 153,7 t e v or bruto produção R$ 113.400,50 (O LTRAM ARI e t., 2005). A produção d ce bo conve ncionpre s e nt um to cus to produção vido o us o groq uím icos, e com os cons e q üe nte s ris cos à s ú dos gricu tore s e contm inção m bie nt. Se gundo M UNIZ (2003) pe ns 1,22% dos gricu tore s q ue produz im ce bo s e dicvm o s is te m produção te rntivo ou orgânico. Portnto, o s is te m orgânico produção ce bo pos s ui um to pote nci e xpns ão. A im p ntção do s is te m produção orgânic ce bo e m um rg e s c pos s ibi itri o um e nto d in pe ndênci finnce ir dos gricu tore s pe não uti iz ção groq uím icos, re duz iri o im pcto no m e io m bie nte, os prob e m s s ú dos gricu tore s e pos s ibi itri um im e nto m is s udáve os cons um idore s. A e xpns ão do s is te m orgânico é dificu td pe o um e nto m ão- -obr no m ne jo e rvs e s pontâne s, pe ne ce s s id do s e nvo vim e nto do s is te m com gricu tore s m ne ir prticiptiv e m s s iv, ido ne ce s s id orgniz r com e rci iz ção. Pois, com o é um produto dife re ncido, porq ue e xigi ce rtificção, pre s e nt pre ço m is e e vdo pe m ão- -obr q ue m nd, e m proce s s o e xpns ão cons um o pe s re s dis tribuidors, ind não é bs orvido m ne ir m s s iv pe os com prdore s ocis ce bo. 64 A Epgri/Es tção Expe rim e nt Ituporng iniciou e m 19 9 6 o trb h o com produção orgânic ce bo e m prce ri com Unive rs id Fe r Snt Ctrin (UFSC) e gricu tore s d re gião (DAL SO GLIO e t., 19 9 6). Porém, vido dificu d s com e rci iz ção e m ão- -obr m ndd, ido ne ce s s id um m p o trb h o pe s q uis e e xte ns ão m ne ir prticiptiv, poucos gricu tore s s e dicm produção orgânic ce bo. Se gundo M UNIZ (2003) o s is te m produção ce bo orgânic continu não s e ndo m uito uti iz do, princip m e nte por f t inform ção, vido f s idéi q ue o s is te m produz m e nos, por f t trdição, e pe m e nor prticid pe o m ior vo um e m ão -obr q ue m nd. A uti iz ção dive rs os proce s s os cons trução conh e cim e nto, tis com o pe s q uis prticiptiv em proprie d s ruris, com pnh m e nto, poio técnico e troc e xpe riênci junto com gricu tore s, é úti pr um ciênci m u tidis cip inr e trns dis cip inr com o groe co ogi. Ne s t inh Epgri s e nvo ve com com unid s ruris o proje to Sis te m P ntio Dire to H ort içs (EPAGRI, 2004). A pe s q uis prticiptiv no proje to M icrobcis 2, q ue i orgniz ção com unitári e s e nvo vim e nto s us te ntáve ds com unid s ruris (PINH EIRO & DE BO EF, 2006). De ntro do proje to De s e nvo vim e nto Sis te m s Agroe co ógicos pr Agricu tur Fm i ir do Es tdo Snt Ctrin, s e nvo ve -s e tm bém form prticiptiv, s unid s produtivs e co ógics com gricu tore s. O s fio é trb h r com gricu tore s, re s pe itndo o s be r popu r, re iz r trns form ção m bie nte s ócio-e conôm ic ds com unid s e prom ove r s e re s utônom os e s uje itos s u própri h is tóri (FREIRE, 2005). O obje tivo do pre s e nte trb h o foi im p ntr unid s produção orgânic ce bo form prticiptiv, com gricu tore s fm i ire s do Re v. Brs. Agroe co ogi. 2(3):63-68 (2007)
Produção orgânic ce bo com gricu tore s fm i ire s A to V e do Itjí, pr m p ição s te s is te m. As áre s ds unid s form e m torno 2000 m 2, e m Auror e 10000 m 2 e m Rio do Su. M te riis e m étodos O e s pçm e nto no trns p nte foi 40 50 cm O trb h o foi inicido no no 2004 trvés e ntre inh s e 10 18 cm e ntre p nts. O do contto e ntre profis s ionis do Es critório Loc e s pçm e nto m is be rto foi s uge rido pr s e d Epgri Auror e d Pre fe itur M unicip e vitr doe nçs (BO FF e t., 19 9 8) e fci itr Rio do Su q ue com pnh vm gricu tore s cpin. O p ntio foi re iz do durnte três nos, prticnte s do s is te m orgânico nos s e us 2004, 2005 e 2006. No prim e iro no, e m Rio do m unicípios tução. O s gricu tore s com Sup ntou-s e s obre s o o vrdo, e no s e gundo e inte re s s e n produção ce bo orgânic form o te rce iro nos, dotou-s e e m prte d áre o Sr. Re in do Roe m ig, e m Auror, com unid p ntio s obre p h d nbo forrge iro. Em Fundos Auror, m e m bro do grupo AESTA Auror p ntou-s e nos dois prim e iros dire tm e nte (As s ocição Agricu tore s Eco ógicos Snt s obre p h d m ucun e no te rce iro no s obre Te re z ) e Sr. O r ndo H e ibe r, e m Rio do Su, no ve i. Adubou-s e com fos fto ntur, bs e do Birro Cnt G o, q ue prticip do grupo Ntur no te or s o úve, cordo com CO M ISSÃO DE d Te rr. As unid s produção ce bo FERTILIDADE DO SO LO RS/SC (19 9 4). Es t orgânic form ins t ds ns proprie d s te rm inv pr ce bo níve is dubção s te s gricu tore s, com o um tivid fos ftd infe riore s re com e ndção m is re ce nte incorpord no s e u cotidino, pr q ue juntos (CO M ISSÃO DE QUÍM ICA E FERTILIDADE DO com os técnicos dis cutis s e m vibi id SO LO RS/SC, 2004). O m ne jo fitos s nitário foi im p ntção do s is te m. Não foi um tivid re iz do com c ds trvés d indução técnicos n cs do gricu tor, m s um s is te m re s is tênci (um e nto d to e rânci d p nt s e nvo vido por m bos ns s e guinte s e tps : incidênci doe nçs e prgs ) com e xtrto produção, ce rtificção, com e rci iz ção, nbo forrge iro 10% (1 k g p nts picds inte rcâm bio produtos e inform çõe s. Portnto, curtids e m águ por 24 h ors ) e te rr não h vi ve rtic id n re ção e ntre os ditom áce s, pó oriundo gs fós s e is tore s, m s coope rção, co borção e re s pe ito ditom áce s, obtido m ine rdor Criciúm, o conh e cim e nto todos. SC, 0,5 1%. A pe s q uis com e s ts te rntivs As cu tivre s uti iz ds form Epgri 362 - e s tá e m ndm e nto n Epgri/EEIt no s e ntido Criou A to V e, Epgri 352 - Bo Pre coce e se e cionr dos e s m is e ficie nte s e m ne irs m is Epgri 363 - Supe rpre coce com s e m e nte e ficz e s pre prção ds c ds. As cpins produz id pe Epgri/Es tção Expe rim e nt form m nuis, com e nxd, re iz ds e m torno Ituporng (EEIt) e m conjunto com gricu tore s. A três q utro ve z e s, tivid q ue é dubção no cnte iro s e m e dur foi re iz d cons i rd um dificu d pr e xpns ão do com e s te rcos be m curtidos ve s (1 k g/m 2, s is te m pe t m ão- -obr m ndd. obtido e xte rno proprie d ) e bovinos (5 k g/m 2). A ns id s e m e dur foi 2 g/m 2, Re s u tdos e dis cus s ão s e m e io m e nos ns o obje tivndo propicir um A produtivid vriou e ntre 11 15 t/h, m bie nte m is re jdo e e vitr o s e nvo vim e nto tingindo níve is do cu tivo trdicion(bixo us o doe nçs cus ds por fungos (BO FF & ins um os : groq uím icos e irrigção), q ue é DEBARBA, 19 9 9 ). Pr o m ne jo doe nçs re pre s e nttivo d re gião pr áre gricu táve form s uge rids c d bord e s 0,3% e cinz s té 2 h (BO EING, 2002). Por outro do, é n dos e 50 g/m 2 (BO FF e t., 19 9 9 ). infe rior os s is te m s com to níve ins um os, Re v. Brs. Agroe co ogi. 2(3):63-68 (2007) 65
P.Gonç ve s & G. W m s e r q ue po m tingir e m m édi té 35 t/h (BO EING, 2002). No início d trns ição do s is te m conve ncionpr orgânico re dução n produtivid é norm, porém h á re cupe rção m édio prz o m e did q ue biodive rs id s e re s tbe e ce (ALTIERI & RO SSET, 19 9 6). O pre ço com e rci iz ção pr o Sr. O r ndo H e ibe r vriou nos dois nos trb ho R$1,00 R$1,30 pr ce bo grne e e m rés ti, re s pe ctivm e nte. A ce bo foi ve ndid pr um s upe rm e rcdo e m Rio do Su, em re s turnte s, pr cons um idore s ocis dire to n proprie d. A ém fe irs e ojs F orinópo is trvés inte rcâm bio com o gricu tor Afons o K oppe (AECIT, As s ocição dos Agricu tore s Eco ogis ts Ituporng). O Sr. Re in do Roe m ig tm bém re iz ou inte rcâm bio com o Sr. Afons o K oppe. N s fr 2005/06, 2006/2007 re iz ou e xpe riênci d ve nd pr dis tribuidors São Pu o, re s pe ctivm e nte pe coope rtiv Ecos s e rr e e m pre s Cu tivr, obte ndo um pre ço e s tim do re s pe ctivm e nte R$ 1,35 e R$ 1,30 cordo com c s s ificção por tm nh o e s crte não com e rci iz áve is, com s conto do cus to do fre te e d ce rtificção. O pre ço obtido pe os gricu tore s é s upe rior o do produto conve ncion, com e rci iz do e ntre R$ 0,25 R$ 0,50 ns s frs gríco s 2005 2007 (BO EING, 2007 e 2007b). A ce bo orgânic pre s e nt um vntge m e conôm ic e m re ção conve ncion, pois h á e conom i pe não uti iz ção dubos m ine ris e grotóxicos, q ue s e gundo M UNIZ (2003) re pre s e ntrm 68,8% dos cus tos vriáve is do s is te m conve ncion produção e ntre 19 9 5 e 2001. Se gundo BO EING (2002) os grotóxicos e fe rti iz nte s m ine ris s ão um dos principis re s pons áve is pe o e ncre cim e nto do s is te m produção ce bo no s udo Brs ie m re ção pís e s do M e rcos u. Em bor no s is te m orgânico h j o um e nto d m ão- -obr com cpins, pois e m s is te m conve ncion s e us h e rbicids, o pe rfi do gricu tor fm i ir pe rm ite convive r com e s t 66 re id, pois uti iz re curs os h um nos próprios e não h á contrtção e xte rn à proprie d. Em bor, q undo o gricu tor trb h s oz inh o, com o pontdo pe o Sr. O r ndo H e ibe r, é principdificu d pr e xpns ão do s is te m pe pe q ue n dis ponibi id m ão- -obr. As s im s e ndo, m e s m o q undo ocorre, pe rd n produtivid, e s t é com pe ns d pe re dução ds s pe s s com o us o groq uím icos e o m ior pre ço cnçdo pe o produto orgânico, vido e m e s pe cipe m nd do m e rcdo por im e ntos s dios. Em bor o cus to produção s e j infe rior, o um e nto do us o re curs os h um nos dis poníve is n proprie d, ido o cus to d ce rtificção por uditge m, e ofe rt e s cs s ce bo orgânic, fvore ce o um e nto do pre ço do produto. O pre ço trtivo te m s ido um dos ftore s q ue fvore ce m e ntrd dos gricu tore s n tivid, ido re dução d pe ndênci e conôm ic ins um os e xte rnos à proprie d. A te rm inção q u s te s ftore s e conôm icos te m m ior inf uênci s obre cis ão do gricu tor dotr o s is te m pe n rá princip m e nte do p ne jm e nto proprie d dotdo pe fm í i. Convém re s s tr, q ue ém d q ue s tão e conôm ic, q u id vid pe re dução dos grotóxicos, e me h or d uto-e s tim por e s tr produz indo um produto s dio pr fm í i e s ocie d, prticipção grupos dis cus s ão e m groe co ogi q ue fvore ce ciddni, co borm pr m nute nção dos gricu tore s n tivid. De s t form, não h á com o s e nvo ve r o s is te m pe o prdigm d m áxim produtivid, pois ts produtivid s m ndm inve s tim e ntos e m ins um os q ue ne m s e m pre ge rm s ignifictivo re torno e conôm ico, s e ndo m is viáve pe o níve ótim o produção, ou s e j, com produção bu bos com e rci iz áve is e com s us te ntbi id e conôm ic pr pe q ue n proprie d. A q u id d ce bo obtid foi bo, pre s e ntndo cor, tm nh o e form to ntro ds e xigêncis do Re v. Brs. Agroe co ogi. 2(3):63-68 (2007)
Produção orgânic ce bo com gricu tore s fm i ire s m e rcdo cons um idor, com s pe cto s im i r e té s upe rior ce bo conve ncion(figurs 1 e 2). O Sr. Re in do Roe m ig foi pre m ido no concurs o pr ce bo orgânic ns XIII (s e gundo ugr) e XIV (te rce iro ugr) Fe s t Nciond Ce bo, re iz d e m Ituporng, SC. A ce rtificção d produção do Sr. O r ndo H e ibe r foi re iz d pe ECO CERT. O grupo e m q ue o Sr. Re in do Roe m ig é ce rtificdo pe o IBD e é m e m bro d Re Ecovid e gurd o proce s s o ce rtificção prticiptiv. Re in do Roe m ig prticipou junto com gricu tore s d re gião d com pos ição um grupo pr com e rci iz ção vi coope rtiv Ecos s e rr, Lge s, SC, com ce rtificção pe o se o M ok iti O k d. O cus to d ce rtificção foi pontdo pe os gricu tore s com o re tivm e nte to pe o vo um e produção q ue pos s ue m, pois vriou R$ 300,00 R$430,00 por gricu tor. O Sr. Re in do Roe m ig cons i r ne ce s s id d ce rtificção e e s truturção d com e rci iz ção pr bs orção m iore s vo um e s ce bo os principis prob e m s pr e xpns ão d áre cu tivd. Ne s te cs o, o prob e m é grvdo porq ue ve nd é re iz d e m São Pu o, ocorre m or no pgm e nto, e h á s crte e e vdo produto. Durnte o proce s s o prticiptivo s e nvo vim e nto do s is te m ocorre rm conttos dos gricu tore s q ue trb h vm s unid s com outros grupos e co ógicos pr inte rcâm bio m is produtos e inform çõe s d produção. O inte rcâm bio e ntre grupos gricu tore s s ão ne ce s s ários pr m p ir produção ce bo n re gião, s obre tudo e ntre gricu tore s q ue pos s ue m té 2 h. O s inte rcâm bios ve m s e r prom ovidos pe s ins tituiçõe s púb ics e não gove rnm e ntis do A to V e do Itjí e Se rr Ctrine ns e. O s gricu tore s dotrm Re v. Brs. Agroe co ogi. 2(3):63-68 (2007) 67
P.Gonç ve s & G. W m s e r produção orgânic ce bo e m s us tivid s n proprie d, e m bor e m pe q ue ns áre s (té 2 h ). Porém, ce bo não é o único produto orgânico trb h do por e s te s gricu tore s. N groe co ogi ve -s e procurr dive rs ificção d produção, pois ge r m ior s e gurnç im e ntr pr fm í i, re duz o ris co e conôm ico e tm bém porq ue o m e rcdo m nd dive rs id im e ntos. Conc us õe s As unid s produção ce bo orgânic m ne ir prticiptiv fvore ce rm proxim ção e ntre técnicos ds ins tituiçõe s púb ics com os gricu tore s e co ógicos e s e us grupos, fvore ce ndo troc inform çõe s e o proce s s o form tivo. A produção ce bo orgânic tinge níve is produtivid s im i re s o conve ncioncom bixo us o ins um os, com m e nor cus to produção, porém com m ior m nd m ão- obr com cpins, s s im re com e nd-s e pe s q uis s q ue obje tive m re duz ir ne ce s s id m ão- -obr com o m ne jo ve ge tção e s pontâne. Pr re duz ir os cus tos com ce rtificção por uditori e xte rn, ve s e bus cr s e nvo ve r e rticu r re gion m e nte ce rtificção prticiptiv, o q ue ém re duz ir os cus tos produção irá tm bém fort e ce r s e ntid s e nvo vids. Re fe rêncis Bib iográfics ALTIERI, M. A.;RO SSET, P. Agroe co ogy nd th e conve rs ion of rge -s c e conve ntions ys te m s to s us tinb e m nge m e nt. Inte rn. J. Environm e ntstudie s, 50:165-185, 19 9 6. BO EING, G. Ftore s q ue fe tm q u id d ce bo n gricu tur fm i ir ctrine ns e. F orinópo is : Ins tituto Ce p/sc, 2002. 88p. BO EING, G. Inform e conjuntur. Ce bo Pre ços Re ce bidos não re m une rm tivid 09 /02/07. Cpturdo em 05/03/2007. Dis poníve em: h ttp://ce p.e pgri.s c.gov.br/ BO EING, G. Inform e conjuntur. Ce bo - 68 Pre ços re gis trm forte re cupe rção v or - 09 /03/07. Cpturdo e m 23/03/2007b. Dis poníve e m : h ttp://ce p.e pgri.s c.gov.br/ BO FF, P.; DEBARBA, J. F. Tom bm e nto e vigor m uds ce bo e m função dife re nte s profundid s e ns id s s e m e dur. H orticu tur Brs i e ir, Brs í i, 17:15-19, 19 9 9. BO FF, P. e t. Efe ito pre prdos cs e iros no contro e d q ue im -cinz e ntd n cu tur d ce bo. H orticu tur Brs i e ir, Brs í i, v.17, n.2, p.81-85, ju h o 19 9 9. BO FF, P. e t. Inf uênci d ns id p nts ce bo n ocorrênci doe nçs fo ire s e produção bu bos ce bo. Fitopto ogi Brs i e ir, 23:448-452, 19 9 8. CO M ISSÃO DE FERTILIDADE DO SO LO RS/SC. Re com e ndçõe s dubção e c ge m pr os e s tdos do Rio Grn do Sue Snt Ctrin. 3 e d. Ps s o Fundo: SBCS - Núc e o Re gionsu, 19 9 4. 224p. CO M ISSÃO DE QUÍM ICA E FERTILIDADE DO SO LO RS/SC. M nu dubção e c ge m pr os Es tdos do Rio Grn do Sue Snt Ctrin. 10 e d. Porto A e gre : Socie d Brs i e ir Ciênci do So o, 2004. 400p. DAL SO GLIO, F. K. e t. M ne jo groe co ógico d ce bo no A to V e do Itjí, Snt Ctrin. In: REUNIÃO DE PESQUISA DE CEBO LA NO M ERCO SUL, 1., 19 9 6, Ituporng. Re s um os... Ituporng, 19 9 6. 74p. p. 44. EPAGRI. Sis te m P ntio Dire to H ort içs : o cu tivo do tom te iro no V e do Rio do Pe ixe, SC, e m 101 re s pos ts dos gricu tore s. F orinópo is : EPAGRI, 2004. 53p. (Epgri. Bo e tim Didático, 57). FREIRE, P. Pe dgogi do oprim ido. 40 e d. Rio Jne iro: Pz e Te rr, 2005. 213 p. M UNIZ, A. W. Crcte riz ção e Aná is e C is Produtivs : O cs o d c i d ce bo do e s tdo Snt Ctrin. 2003. 9 2f. Dis s e rtção (M e s trdo e m Enge nh ri Produção), Unive rs id Fe r Snt Ctrin, F orinópo is, SC. O LTRAM ARI, A. C. e t. Agricu tur orgânic e m Snt Ctrin. 2. e d. F orinópo is : Ins tituto Ce p/sc, 2005. 55p. PINH EIRO, S. L. G.; DE BO EF, W. S. Pe s q uis s prticiptivs : cm inh os dife re nte s pr cons trução s oci conh e cim e ntos. Agrope cuári Ctrine ns e, F orinópo is, v.19, n.1, p. 22-25, m rço 2006. Re v. Brs. Agroe co ogi. 2(3):63-68 (2007)