Indústria apóia proposta para mudanças na energia



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Transcrição:

Indústria apóia proposta para mudanças na energia Krepel: indústria e País contra o monopólio NOTA Com a unificação, no segundo semestre de 2005, das Procuradorias da Fazenda Nacional e da Autárquica do INSS, os efeitos da greve dos procuradores, iniciada em 13 de fevereiro, são ainda mais extensos. A paralisação prejudica não só a obtenção de certidões negativas ou positivas com efeito de negativas de débitos inscritos na dívida ativa da União, como de débitos inscritos na dívida ativa do INSS. A energia está na pauta do dia. No momento em que o petróleo alcança elevada cotação no mercado externo, gás e álcool tornam-se mais atraentes pelo custo e menor impacto ambiental. A decisão da Bolívia de nacionalizar a produção de gás deflagrou uma crise que está gerando apreensão nas indústrias brasileiras dependentes desse insumo. Há dois anos, o Ciesp vem estudando o uso do gás natural e propondo medidas que tornem o País menos vulnerável. A entidade defende a aprovação de uma legislação moderna que permita a concorrência no setor. Para o diretoradjunto-titular do Departamento de Infra-Estrutura do Ciesp, Pedro Andrea Krepel, o Brasil necessita de uma Lei do Gás, que garanta segurança institucional e incentive investimentos privados no segmento. De acordo com Krepel, o monopólio só atende aos interesses da Petrobrás, mas não aos da indústria ou do Brasil, que devem ser prioritários. As indústrias defendem a concorrência na oferta de gás e de outras alternativas energéticas para poder otimizar seus custos, manter-se internacionalmente competitivas e agregar valor a seus produtos e serviços, diz Krepel. Para o País, interessa mais viabilizar produtos de maior valor agregado do que aumentar as margens em insumos básicos. 57 32 Energia elétrica 11 Energia chega a representar 1/4 do custo final de alguns produtos A energia é fundamental para toda a atividade industrial. Estudo realizado pelo Ciesp revelou que o peso da energia no custo final do produto é inferior a 2% para 30% das indústrias, mas ultrapassa os 25% para 5% das empresas. São as pequenas que mais sofrem: destas 5%, 73% têm até 99 funcionários e 27% têm entre 100 e 499 funcionários. Para Krepel, o País precisa estimular a concorrência nos setores de exploração e produção e de comercialização de gás. Na sua opinião, as áreas de transporte e distribuição podem continuar sob responsabilidade de uma única empresa. Não vale a pena, por exemplo, haver dois gasodutos São Paulo- Rio, exemplifica. Ele defende forte fiscalização por agências reguladoras, para evitar abusos. Hoje, há três projetos de lei sobre gás em tramitação. As conclusões do Ciesp são semelhantes às defendidas na proposta do senador Rodolpho Tourinho (Projeto de lei 226, atual Emenda 25, que está no Senado), a favor da concorrência. O projeto de Tourinho seguirá para a Câmara. Naquela casa, há outras duas propostas, uma do deputado Luciano Zica e outra do Ministério das Minas e Energia, ambos no sentido oposto, reforçando a concentração. Para Krepel, o conflito com a Bolívia só demonstra a urgência da tramitação. A partir de 2008, o desenvolvimento do País corre sério risco de ficar comprometido. Por isso, é preciso tomar uma atitude agora, defende o diretor. Produção industrial x energia 41 37 (Por porte das empresas - %) 22 Derivados de petróleo 36 42 Gás natural 22 28 36 36 35 Fontes próprias 35 Outras 30 Nº de funcionários: até 99 de 100 a 499 acima de 500 2 Fonte: Ciesp

Participação de trabalhadores no lucro pode ser boa idéia Finimundi: PLR deve ser resolvida em negociação A participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados (PLR) está na moda. Apesar de a legislação ter mais de cinco anos (Lei nº 10.101 de 2000), só nos últimos tempos o tema saiu do papel e começou a ser oferecido ou reivindicado pelos empregados. Não há na lei nada que obrigue uma empresa a adotar o sistema, mas a idéia é bem-vinda e deve ser considerada pelo empresário, na opinião do advogado Rodolpho de Macedo Finimundi, do escritório Braga Nascimento e Zilio Antunes. Os ganhos são vários, como aumento de produtividade. Já acompanhamos uma empresa que foi questionada pelo sindicato para adotar a participação e ela conseguiu demonstrar que não tinha condição para fazer isso, por estar atravessando uma fase só de prejuízo, cita. No caso, a companhia se comprometeu a reavaliar o assunto depois de um determinado período. A recomendação, no geral, é a de que se adote o programa, diz Finimundi. O principal propósito da legislação é integrar o capital e o trabalho, com ganhos para empregador e empregados. Muitos não se arriscam a oferecer o programa por total falta de conhecimento. A lei é clara em alguns aspectos, como a possibilidade de partilhar lucros, resultados ou ambos. Em outros, deixa em aberto e privilegia a negociação, como quando trata das condições da participação, em que estabelece apenas alguns princípios básicos e possibilita que tudo seja definido pelas partes no acordo. A negociação pode ocorrer de duas formas: com a formação de uma comissão ou por convenção coletiva. Segundo o advogado, o acordo ou convenção costuma ser feito de forma geral, às vezes O que diz a lei PLR tem de ser feita através de comissão ou de acordo ou negociação coletiva Programa tem de estabelecer o que será distribuído: lucro, resultado ou ambos Não se aplica a empregador pessoa física e a determinadas entidades sem fi ns lucrativos. O melhor é tomar a iniciativa e chamar trabalhador para explicar o PLR Pressupostos básicos do acordo até para abranger outras empresas, com atuação mais forte do sindicato, mesmo quando se trata de apenas um empregador. Nessa opção, é o sindicato que procura a empresa para exigir a PLR, com o programa já pronto, alerta. Essa postura intimida grande número de empresários, que acaba assinando o acordo na forma proposta pelo sindicato. Isso não pode ser aceito. Não há dúvida de que a participação deve ser resolvida em uma negociação, diz Finimundi. A melhor opção para a empresa que quer adotar a PLR é tomar a iniciativa: formular um acordo, explicá-lo para os funcionários e pedir que elejam representantes. É importante que a empresa saiba que o valor dado como participação é desvinculado do salário, sem encargo trabalhista e sem reflexo sobre o 13º, férias. A tributação é feita na fonte, separadamente dos demais rendimentos, e não há incidência de contribuição previdenciária. O programa pode ser instituído sobre o lucro ou sobre os resultados. Haverá a distribuição se a empresa obtiver lucro ou se atingir determinada meta. Uma empresa pode estar com consumo alto de energia e estabelecer como meta reduzir a conta em R$ 1.000, por exemplo. Deve estar claro quanto cada empregado receberá. Também existe a possibilidade de a participação ser mista - a organização tem de distribuir quando tiver lucro ou atingir a meta. Se atingir os dois, está obrigada a dar participação nos dois. Na participação nos lucros, a sociedade é obrigada a abrir sua contabilidade. Muitos não gostam de fazer isso e podem se sentir mais confortáveis optando pela participação nos resultados. Conselhos de especialistas Estabeleça exatamente quem tem direito: se funcionário afastado com auxílio-doença, estagiário, aprendiz. Coloque isso no acordo, porque a lei não dispõe; Inclua a forma de distribuição: se será linear, igual para todos, se proporcional ao salário, quando será paga; Especifi que o quanto será distribuído do lucro, como se dará o acompanhamento pela comissão, quais os resultados que darão direito à participação NOTA O estagiário não pode ser contratado como empregado da Administração Pública Indireta quando a Justiça reconhece que o contrato de estágio é só de fachada, para encobrir verdadeira relação de emprego, ao contrário do que ocorre na iniciativa privada. Assim decidiu o Superior Tribunal do Trabalho, que declarou nulo um contrato, sem efeitos, exceto o pagamento do serviço prestado e o direito aos depósitos do FGTS. 3

Lei deverá melhorar a vida dos pequenos empresários NOTA 4 Tavares Leite: alvará provisório ajuda setor Quem tinha no exterior, em 31 de dezembro de 2005, valor de qualquer natureza acima de US$ 100 mil, tem até 31 de maio para declará-lo ao Banco Central, a partir do site www.bcb.gov.br. A não declaração sujeita às multas fixadas na resolução do CMN nº 2.911. Quem perder o prazo, mas conseguir declarar até 31 de julho, será multado só por atraso nas informações. A tão esperada Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que pode melhorar significativamente o dia-a-dia desse tipo de organização, pode ser votada a qualquer momento. De acordo com o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, a expectativa é a de que isso ocorra até junho. Para o assessor-jurídico do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi), Marcos Tavares Leite, o substitutivo apresentado pelo relator do projeto, deputado Luis Carlos Hauly, traz uma série de benefícios importantes para o segmento. Um dos principais é a possibilidade de obtenção de um alvará provisório de funcionamento. Hoje, uma das maiores dificuldades de quem abre uma empresa é justamente conseguir o alvará. Segundo o advogado, o prazo para obtê-lo pode ultrapassar um ano. O projeto prevê a emissão do alvará imediatamente após a obtenção do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e do registro do contrato social. Ele permite que a empresa comece suas atividades, regularmente, nesse primeiro momento. Com isso, a organização não precisa esperar a visita de todos os órgãos fiscalizadores, como Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros, Cetesb, entre outros, para começar a operar. Existe uma presunção de que está tudo correto, o que permite que ela comece a funcionar. A empresa permanece à disposição para visitas dos fiscais dos órgãos responsáveis. A vistoria pode resultar na cassação do alvará provisório ou na concessão do definitivo. O ganho é enorme, porque o empresário que investiu para iniciar o negócio não tem de ficar parado ou sujeito a multas por estar em situação irregular, explica Leite. Contra a informalidade - Uma das inovações mais importantes, segundo o assessor-jurídico do sindicato, é a contribuição do projeto para tirar empresas da informalidade. A obrigação de apresentar os documentos uma única vez no agente operacional respectivo, que pode ser a Secretaria Nova lei contribui para tirar empresas da informalidade da Fazenda Estadual, a Junta Comercial, a Receita Federal, e não ter de apresentar para todos, integra esse conceito e ainda reduz custos. Outra disposição do projeto determina que os créditos tributários apurados depois da baixa da inscrição da pessoa jurídica sejam exigidos dos sócios no limite da participação no capital social. Maior segurança - A inovação do substitutivo é importante, porque o projeto original previa que o patrimônio dos sócios, sem limitação de valor, podia ser alcançado para quitar as dívidas da empresa - a chamada desconstituição da personalidade jurídica -, sumariamente. O projeto atual prevê essa possibilidade só em hipóteses graves, como fraude ou dolo do administrador. Para o advogado, isso dá maior segurança ao empresário. Outra vantagem é o aumento do número de atividades que podem optar pelo Simples. A mudança abrange inclusive os prestadores de serviço, que teriam um tratamento diferenciado. Mas é preciso analisar caso a caso, porque, com o aumento das alíquotas, a carga tributária pode subir em até 60%. Faturamento - A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa prevê ainda o aumento do limite de faturamento para enquadramento no Simples, de R$ 240 mil para R$ 480 mil, no caso das microempresas, e de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões, para as empresas de pequeno porte (EPP), ampliando um pouco mais a abrangência do sistema simplificado. O registro e a inscrição também são facilitados na nova legislação, com procedimentos menos burocráticos. Fica mais fácil abrir empresa e conseguir o CNPJ, diz o representante do sindicato. Mas o projeto também merece críticas e precisa tornar mais claros alguns pontos. Ele prevê que os dados cadastrais sejam disponibilizados pela internet. Não se sabe o que será disponibilizado e para quem, o que pode dar margem a uso indevido, adverte o advogado. É um item que precisa ser detalhado, seja na própria lei ou na regulamentação, entende Tavares Leite. O projeto anuncia a unificação de tributos, mas traz muitas exceções, como o Imposto sobre Exportação, Imposto sobre Importação, Imposto de Renda na venda de bens do ativo permanente.

Com isso, há situações em que o contribuinte paga mais do que se não estivesse no Simples. Isso pode surpreender muitos empresários, já que o Simples é anunciado como um pacote em que deve ser feito o pagamento mensal de tributos, e nada mais. Outra questão que merece ressalvas é a omissão quanto à relação de trabalho. Para o advogado, não houve qualquer inovação nessa área. A matéria trabalhista é repetição do Estatuto da Micro e Pequena Empresa, da década de 80 (Lei nº 7.256 de 1984), e continua vinculada à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), inspirada na Itália fascista, que há muito merece reforma, observa. Para o especialista, a relação entre o microempresário e seu funcionário não pode ser vista como a que existe nas grandes companhias. Nas pequenas, muitas vezes, o dono trabalha na máquina ao lado do funcionário. Há meses em que não consegue ganhar nada para si, só o suficiente para pagar seu trabalhador. A lei deveria permitir uma relação negocial, privilegiar o acordo, que pode ser melhor para ambos, defende. Um exemplo é a questão das férias. Muitas vezes, o empregado quer dividir os dias durante o ano, ou tirar dez em uma época, dez em outra e vender os outros dez, mas a legislação não permite. Outro ponto que poderia ser negociado é a compensação de horas na jornada de trabalho. Regras para licitações - Há um capítulo específico que trata do acesso às licitações públicas. Se, por um lado, deve ser aplaudida a iniciativa de se facilitar o acesso, por outro há pequenas armadilhas que merecem reparo, alerta o assessor do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo. Uma delas é a determinação de que haja Alíquotas e base de cálculo Receita Bruta em doze meses (em R$) Alíquotas Até 5.000,00 3% - De 5.000,01 a 10.000,00 4% 50,00 De 10.000,01 a 150.000,00 5% 150,00 De 15.000,01 a 20.000,00 6% 300,00 De 20.000,01 a 30.000,00 7% 500,00 De 30.000,01 a 50.000,00 8% 800,00 De 50.000,01 a 75.000,00 9% 1.300,00 De 75.000,01 a 100.000,00 10% 2.050,00 De 100.000,01 a 150.000,00 12% 4.050,00 De 150.000,01 a 200.000,00 14% 7.050,00 De 200.000,01 a 250.000,00 16% 11.050,00 Mais de 250.000,00 18% 16.050,00 comprovação da regularidade fiscal e administrativa para permitir a participação. Mas o texto não trata em que condições ela se dá. Se a empresa tiver uma ação trabalhista em curso, estará irregular?, questiona. Outra é a previsão da arbitragem para resolução de conflitos. A iniciativa só merece elogios, mas a forma como é prevista contraria a natureza da arbitragem. Isso porque prevê a possibilidade de a administração impor regras e condições à arbitragem. Outro problema é a determinação de que o custo da arbitragem seja pago pela empresa contratada. Por que não dividir essa despesa, ou haver previsão de casos em que o custo deve correr por conta da administração?, pergunta o advogado do sindicato. Nota Fiscal Eletrônica: todos ganham Redução do volume de papel impresso, diminuição do tempo em que os caminhões ficam parados nos postos de fiscalização, menor custo com impressão de formulários de segurança: essas são apenas algumas das muitas vantagens apontadas pelo diretor contábil do Grupo Gerdau, Geraldo Toffanello, uma das poucas empresas que integram o projeto piloto da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), proposto pelo governo. Documento digital que substituiu a nota de venda impressa, o mecanismo deverá fazer parte do dia-a-dia das indústrias em poucos meses - segundo o presidente do Ciesp, Claudio Vaz, a previsão é de que todas as empresas Parcela a deduzir paulistas que declaram pelo lucro real estejam incluídas até 2008. O Grupo Gerdau prevê, para o segundo semestre, a adoção do modelo eletrônico em 100% de suas notas nas três unidades que participam do piloto. Outra pioneira, a Telefônica, aponta como benefícios da utilização da nota fiscal eletrônica a contribuição ecológica, pela redução do consumo de papel, a simplificação de procedimentos fiscais e o estímulo à certificação digital no País. Encerrado o piloto, o que deve ocorrer no segundo semestre, os consumidores da Telefônica poderão optar entre continuar a receber a fatura impressa ou aderir ao modelo eletrônico. A previsão da empresa é a de que esta seja a opção de cerca de três milhões de clientes até 2008. NOTA Vítimas de acidente de avião podem ser consideradas consumidores e recorrer ao Código de Defesa do Consumidor (CDC) para receber indenização por danos materiais e morais. Essa foi a decisão do Superior Tribunal de Justiça, a favor de uma família que teve a casa destruída por uma aeronave. O fundamento para o entendimento foi o de que o avião prestava serviço a um banco, transportando malotes, e havia relação de consumo entre a empresa e seus consumidores, a quem as vítimas poderiam ser equiparadas. Com isso, a família pôde receber reparação e ser beneficiada com as condições mais favoráveis para a defesa do consumidor dadas pelo CDC: obteve a inversão do ônus da prova, em que as despesas com a perícia para avaliação dos danos psicológicos ficaram com a outra parte. 5

NOTA O Superior Tribunal de Justiça acaba de decidir contra a pretensão de um trabalhador que moveu ação de danos morais contra o ex-empregador, depois de quase dez anos do fim do contrato. Para os ministros da Quinta Turma, o prazo para entrar com ação por danos decorrentes da relação de trabalho é de dois anos. Mas esse entendimento não é unânime no tribunal. Outra corrente defende a aplicação da lei civil a qualquer dano moral, que prevê o prazo de 20 anos se o dano ocorreu na vigência do antigo Código Civil, e de dez anos se foi na vigência do atual, ou seja, a partir de 2002. Conheça os pontos negativos e positivos do Simples Paulista Antes de decidir pelo regime tributário simplificado da microempresa e da empresa de pequeno porte, mais conhecido como Simples Paulista, é preciso analisar os prós e os contras do mecanismo. O sistema traz benefícios, como redução da burocracia no cumprimento das obrigações fiscais e alíquota menor no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), além de outras medidas contidas na Lei nº 12.186, de janeiro deste ano. O Simples Paulista tem mais vantagens do que desvantagens. Mas há pontos negativos que devem ser considerados. O mais importante deles, capaz de restringir mercado, é a impossibilidade de transferência do crédito do ICMS. Quem compra de uma empresa cadastrada no Simples Paulista não pode se creditar do ICMS nas transações seguintes. É o caso de negociação entre duas empresas que não estão no sistema. Se A vende insumos no valor de R$ 100 mil para B, o comprador está pagando, na verdade, R$ 82 mil pela matériaprima. Os R$ 18 mil restantes são relativos ao ICMS (considerando uma alíquota de 18%). Quando B for vender o que produziu para a empresa C por R$ 150 mil, por exemplo, terá de recolher R$ 27 mil de tributo (18% sobre o valor). Mas, como já pagou R$ 18 mil, tem direito a abater esse valor do total recolhe somente a diferença, de R$ 9 mil. A compensação não ocorre quando a empresa compra de uma cadastrada. Não seria possível abater nada da operação anterior. A empresa B, então, teria de pagar os R$ 27 mil. Por esse motivo, muitas pessoas jurídicas se recusam a comprar de indústria que está no Simples Paulista. Elas querem se creditar do ICMS, diz o professor de pós-graduação em Planejamento Fiscal e Tributário e mestre em Contabilidade, José Donizete Valentina. O raciocínio do industrial que compra insumo é o de que se ele não puder abater os 18% e, portanto, tiver de arcar com esse valor a mais em seu produto final, terá de comprar a matéria-prima por um preço que compense, ou seja, pelo menos 18% a menos do que o cobrado por concorrentes não enquadrados no Simples. Professor Donizete Então, mesmo com todas as vantagens, para quem é interessante optar pelo regime, se a opção restringe mercado? Para o consultor, a quem vende para o consumidor final (pessoa física ou jurídica). Esse agente não irá vender o que adquiriu e, portanto, não exigirá transferência de crédito. O regime simplificado foi criado para esse tipo de empresa, pequena, que faz venda direta ao consumidor, diz. Se alguém compra móveis de escritório para uso próprio, por exemplo, não fará restrição sobre o regime a que está submetido o vendedor, porque não precisará se creditar do ICMS. A lei impôs uma limitação quanto ao públicoalvo de quem está no regime. Permite que a empresa negocie com outra cadastrada no Simples Paulista ou com o consumidor final, mas exige preponderância de vendas ao consumidor final (mais de 50%). A restrição não existe para a indústria e para o produtor rural, que podem vender para qualquer um deles, sempre respeitando o limite de faturamento da micro e da pequena empresa, de R$ 240 mil e R$ 2,4 milhões, respectivamente. A Lei 12.186 e o Decreto nº 50.588, de 2006, mantiveram outras restrições da Lei 10.086, de 1998. Continuam impedidas de entrar no Simples Paulista as empresas que constituírem filiais e aquelas em que o sócio tenha participação em outra sociedade. Fica claro que o regime focou a pequena empresa e criou impedimentos, por questões arrecadatórias, para aquelas que caminham para serem grandes, explica o professor. Também não podem fazer a opção pelo regime simplificado as sociedades constituídas como sociedades por ações e as que tiverem sócio no exterior. Quem escolher o Simples deve renovar a opção todo ano, até o dia 31 de março, mediante a Declaração do Simples Paulista. O Fisco tem de aprovar para que seja feito o enquadramento. Receita bruta mensal Tributação Dedução Até R$ 60.000,00 2,1526% R$ 430,53 De R$ 60.000,00 até R$ 100.000,00 3,1008% R$ 999,44 Acima de R$ 100.000,01 4,0307% R$ 1.929,34 (Incidência sobre o faturamento mensal) Simples paulista (Faixas estabelecidas a partir de 1º de janeiro) 6

Responsabilidade social qualifica as ações empresariais A responsabilidade social já faz parte da realidade de milhares de empresas, que perceberam os benefícios que ela proporciona, como ganho de produtividade, preferência pelo produto, melhora da imagem, da relação com a vizinhança e da aceitação pela comunidade. É difícil saber quantas empresas adotam essa idéia, mas é crescente a adesão ao conceito o número de associadas brasileiras ao Instituto Ethos saltou de 11, em 1998, para os atuais 1,5 mil. Quem pratica sabe que não é um ato de bondade, mas um compromisso. A sociedade brasileira tem de se conscientizar de que agir com responsabilidade social é uma obrigação de todo cidadão, defende o advogado Marcelo Braga Nascimento, presidente do centro educacional Marco, no bairro do Butantã, em São Paulo (SP), que atende a 240 crianças e jovens carentes. Para Braga Nascimento, a adoção dessa cultura começa em casa. As pessoas se conscientizam e começam a se juntar, e podem integrar ONGs, porque encontram metas em comum. Depois, levam esse conceito para implantar no local de trabalho. As formas de colocar essas idéias em prática são as mais diversas. Dentro da empresa, diz Braga Nascimento, a responsabilidade social pode significar registrar os funcionários, incentivá-los a fazer cursos, verificar o nível de vida de seus familiares, disponibilizar médicos no ambiente da companhia para a prevenção e detecção precoce de doenças, criar creches - para isso, a empresa pode se unir a outras e, assim, possibilitar que a mulher trabalhadora possa estar próxima a seu bebê e amamentá-lo, por exemplo. Há várias possibilidades, como projetos de proteção ao ambiente, busca de matérias-primas não poluentes, incentivo à educação, criação de oficinas de teatro, música e dança para pessoas carentes, manutenção de programas de geração de renda e reciclagem, explica o advogado. Muitas empresas que adotam a responsabilidade social como filosofia passam a fazer negócios somente com outras que têm a mesma postura, criando uma cadeia virtuosa. O consumidor também já entende a relevância de apoiar essas empresas que atuam com ética e transparência. Segundo a última versão (2005) do estudo anual feito pelo instituto Market Analysis, em parceria com os institutos Ethos e Akatu, 88% da população espera das empresas a adoção de posições Há empresas que só fazem negócios com quem adota o conceito ativas na resolução de problemas locais. Ainda segundo o levantamento, 30,2% deixaram ou pensaram em deixar de comprar produtos de companhias que tiveram conduta inadequada. Além disso, 80,1% entendem que a conduta adequada deve começar dentro da empresa. E as iniciativas não ficam restritas às grandes empresas. De acordo com Braga Nascimento, as pequenas também podem agir dentro dos preceitos da responsabilidade social e não é difícil começar. É possível adotar iniciativas como coleta seletiva de lixo, criação de mural para a comunidade, anúncio de cursos, estímulo ao voluntariado, aquisição de insumos de empresas responsáveis. Ele lembra ainda que a legislação determina a contratação de deficientes em empresas com mais de 100 funcionários. Segundo o presidente da Marco, mesmo as menores podem ter um significativo ganho de imagem se promoverem a acessibilidade e a contratação de pessoas nessas condições. O pequeno pode fazer muito, diz. A exemplo do que ocorre nos Estados Unidos, deveria haver uma espécie de selo para quem atuasse com responsabili dade social. Isso mostraria a consumidores, parceiros, fornecedores que aquela empresa merece preferência, diz. Alguns órgãos já fornecem um certificado. Para o advogado, a responsabilidade e o civismo são as questões mais importantes para o País. É preciso amar o Brasil, a criança, o idoso, e vestir a camisa verde-amarela sempre, não só no futebol, afirma. Na sua visão, quem ama seu país não joga pneu no rio, não atira papel no chão, não polui, preserva sua cidade e seu patrimônio. Se não tivermos responsabilidade social nesse momento, comprometeremos o futuro, entende. A empresa que não adotar esse conceito tende a desaparecer, ser punida pela própria sociedade - o que varia é o tempo, afirma. Por outro lado, a que incorporá-la será valorizada e ganhará melhores condições para competir. Braga Nascimento: é preciso zelar pelas gerações futuras CARTA Coleção do Conselheiro, útil e interessante Somos associados e não recebemos os números 1 e 3 do. Trata-se de uma publicação muito útil e interessante e por, este motivo, gostaríamos de possuir a coleção completa. Seria possível obter os números atrasados? Obrigado, Mario Ferrari Filho EPP 7

NOTA Se um motoboy presta serviço a uma única empresa, ele tem vínculo empregatício com ela. Esse é o entendimento da 1ª. Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª. Região (TRT-SP), que reconheceu o vínculo empregatício entre um entregador e uma loja de material elétrico do interior paulista. Para os juízes, todos os requisitos determinados na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para a relação de emprego estavam presentes no caso apreciado: pessoalidade, remuneração, subordinação e habitualidade. Com isso, garantiu ao motoboy todos os direitos trabalhistas. 8 Vitória do Ciesp na Justiça beneficia indústria de São Paulo O Ciesp conseguiu nova vitória na Justiça que beneficia seus associados. Uma liminar, obtida por meio do escritório Braga Nascimento e Zilio Antunes, garante a continuidade do atendimento da indústria durante a greve da Procuradoria da Fazenda Nacional. A decisão assegura a emissão de certidões negativas (atestam que o contribuinte não tem débito) e positivas com efeito de negativas (há débito, mas sua exigibilidade está suspensa por algum motivo - por ação judicial, por exemplo), para as indústrias do Estado. Outra liminar está sendo esperada para os próximos dias. Ela visa assegurar à indústria a prestação de serviços da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), prejudicados por causa da greve dos servidores. Já foram obtidas algumas decisões obrigando a agência governamental a fiscalizar e a liberar matérias-primas. Entre os setores beneficiados estão o farmacêutico e o alimentício. A liminar esperada se refere ao atendimento no mais importante aeroporto do País, o de Guarulhos. O Ciesp programou para o fim de maio e para o mês de junho uma série de cursos que vão contribuir para a capacitação de profissionais de todos os departamentos das empresas. Para quem trabalha com gestão de pessoas, os cursos Administração de cargos e salários e Sinergia: como trabalhar em equipe? irão contribuir para tornar o ambiente de trabalho mais organizado, produtivo e agradável. Para empreendedores e pessoas envolvidas em marketing, os temas mais indicados são Marketing de relacionamento e vendas complexas e Cursos Maio/Junho Como conduzir e participar de reuniões eficazes De 29 de maio a 2 de junho - das 19 às 22 horas CEP - Controle estatístico do processo De 29 de maio a 2 de junho - das 19 às 22 horas Logística integrada no comércio exterior De 29 de maio a 2 de junho - das 18 às 22 horas Introdução à logística Dia 1º de junho das 9 às 18 horas Gerenciamento fiscal e financeiro De 5 a 9 de junho das 19 às 22 horas Comunicação redacional e atualização gramatical De 5 a 9 de junho das 19 às 22 horas Marketing de relacionamento e vendas complexas De 5 a 9 de junho das 19 às 22 horas Sinergia: como trabalhar em equipe Dias 12 e 13 de junho das 9 às 17h30 Gerência logística de materiais Dias 19, 20, 21 e 23 de junho das 18 às 22 horas Administração de cargos e salários Básico Dias 19, 20, 21 e 23 de junho das 18 às 22 horas Comunicação e resolução de conflitos Dias 19, 20, 21 e 23 de junho das 18 às 22 horas Técnicas avançadas em vendas De 26 a 30 de junho das 19 às 22 horas Tributos federais (CSLL, IRPJ, PIS e Cofins) De 26 a 30 de junho das 19 às 22 horas A medida permitirá ao Ciesp obter garantia de atendimento para a indústria nos mais importantes pólos de entrada e saída de matérias-primas e produtos do Estado. Com isso, a indústria fica abastecida com insumos e as mercadorias podem ser escoadas tanto para o mercado interno quanto para o externo. Sem as liminares, como a obtida no caso da greve da procuradoria, as empresas que não estão amparadas ficam sem poder tirar certidões necessárias ao desenvolvimento do trabalho, como a participação em licitações. Ficam, portanto, fora do mercado. Em sua decisão a favor do Ciesp, a juíza federal Mônica Autran Machado Nobre, da 4ª. Vara Cível, argumentou que o contribuinte não deve arcar com prejuízo em decorrência da greve. Ela citou o entendimento do Superior Tribunal de Justiça em um caso semelhante, em que os ministros julgaram que a paralisação não poderia impor danos ao particular, embora considerassem legítimo o direito à greve. Ampla programação respeita torcedor brasileiro Gestão estratégica do marketing. Quem já está pensando na Copa do Mundo pode se inscrever sem preocupação: no dia 22, dia de jogo do Brasil, não haverá atividade. O investimento para os cursos com duração de 15 ou 16 horas é de R$ 300 (associados ao Ciesp e ao Sescon pagam só R$ 200). Os de 20 horas custam R$ 360 (R$ 240 para os associados). Para saber mais, é só acessar o site www. ciesp.org.br ou entrar em contato com o Departamento da Micro e Pequena Indústria (Dempi) pelo telefone 3549-3200, ramais 3388 e 3288.

CONSELHEIRO LEGAL PUBLICAÇÃO DO DEPARTAMENTO JURÍDICO DO CENTRO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO Ano 1 - NÀ 9 Maio de 2006 ACSP quer mudar a relação entre o Fisco e o contribuinte CONSELHEIRO LEGAL Publicação do Departamento Jurídico do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) Av. Paulista, 1.313, 13º andar, São Paulo, SP Tel.: (11) 3549-3255 e-mail: dejur@ciesp.org.br www.ciesp.org.br TPT Comunicações Rua Tabapuã, 422, 5º andar, São Paulo, SP CEP: 04533-001 Tel: 3077-2790 Fax: 3077-2762 tpt@tpt.com.br Colaboração: Braga Nascimento e Zilio Antunes Advogados Associados Tel: 3086-3900 braga@braganascimento.com.br Jornalista responsável: Antonio Gaspar Reportagem: Adriana Gordon Edição de arte: Marcos Magno Fotos: Juan Guerra Tiragem: 10.000 exemplares Acabou a monarquia, mas se manteve a corte, lamenta o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, ao criticar a relação entre o Fisco e o contribuinte. Para Afif, o poder público continua a ser temido pelos cidadãos. A ACSP defende uma mudança nessa relação. Queremos que a administração seja obrigada a cumprir prazos no atendimento ao contribuinte e deixe, definitivamente, de usar medidas provisórias para criar ou aumentar tributos, afirma Afif. A inexistência de uma rápida resposta do poder público vem prejudicando empresários. Eles ficam impedidos, por exemplo, de abrir e fechar empresas e de participar de concorrências. A associação integra o movimento pela mobilização e conscientização da sociedade, que defende a adoção do Código de Defesa do Contribuinte - projeto do senador Jorge Bornhausen. Lei Geral pode melhorar a vida do pequeno empresário Afif Domingos, da Associação Comercial: o verdadeiro contribuinte neste País é o cidadão Responsabilidade social é obrigação do ser humano, diz Braga A ACSP defende ainda que o imposto pago na compra de um produto ou incorporado no pagamento de um serviço conste da nota fiscal. A entidade quer obter, até o dia 31 de maio, as 600 mil assinaturas - já tem 900 mil - que faltam para apresentar um projeto de lei no Congresso. Queremos mostrar quem é o verdadeiro contribuinte: o cidadão, diz Afif. Não é a empresa que paga o tributo, ela recolhe, e isso quando apura. Todo o sistema é feito para o contribuinte errar e ter de pagar multa, afirma. Mais informações: www.deolhonoimposto.com.br. Participação nos lucros eleva produtividade As únicas respostas interessantes são aquelas que destroem as perguntas Susan Sontag