Enxerto. odontologia na vida de Déborah Ascenção IMPRESSO. Reintervenção endodôntica fragmentos metálicos. iatrogenia em Ortodontia como evitar?



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Transcrição:

iatrogenia em Ortodontia como evitar? Reintervenção endodôntica fragmentos metálicos Enxerto banco de ossos www.apcd-saude.org.br Rua Rondinha, 54 - C. Inglesa São Paulo - SP - CEP 04140-010 Janeiro Fevereiro Março 2010 nº 27 odontologia na vida de Déborah Ascenção ENXERTO ÓSSEO 2010 Cursos APCD Saúde Vagas limitadas. Façam já suas inscrições. 1º semestre IMPRESSO Pode ser aberto pela ECT

APCD SAÚDE jan fev mar 2010

Foto capa: Arquivo pessoal expediente Rua Rondinha, 54 - Chácara Inglesa São Paulo - SP - CEP 04140-010 Fone (11) 5078-7960 www.apcd-saude.org.br contato@apcd-saude.org.br apcd.reg.saude@gmail.com Atendimento: 2ª a 6ª das 9h às 18h Presidente Gilberto Machado Coimbra 1º Vice-Presidente Takashi Yagui 2º Vice-Presidente Wagner Nascimento Moreno Assessor da Presidência Admar Kfouri Secretária Geral Arne Aued Guirar Ventura 1º Secretário Durval Paupério Sério Tesoureiro Geral Ossamu Massaoka 1º Tesoureiro Kunio Shimabukuro Depto. Assessor de Benefícios Auro Massatake Minei Depto. Assessores Científico Cheng Te Hua Cidney Hiroaki Cato Jum Kasawara Luci Z. Finotti Depto. Assessor de Comunicações Luis Ide Depto. Assessor de Congressos e Feiras Luis Afonso de Souza Lima Depto. Assessores Cultural Sonia Maria Moraes Ceccone Valsuir José Vezzoni Depto. Assessores de Defesa de Classe Elizabeth Aparecida Braga Helenice Formentin Ikegami Depto. Assessores E.A.P Hiroshi Miasiro Milton de Souza Teixeira Samuel Cecconi Depto. Assessores de Esportes Carlos Teruo Itabashi Mauricio Fazzura Depto. Assessores de Patrimônio Moacyr Nunes Leite Jr. Paulo Yoshiteru Nagamine Depto. Assessor de Prevenção Luiz Carlos Serrano Lima Nicola Felipe L. Bempensante Depto. Assessor de Rel. Internacionais Arnaldo Baptista F. Júnior Depto. Assessores da Revista e Informática Sérgio Yunes Depto. Assessores Social Julia Uchida Marta Tashiro Mauricio Nishimura Depto. Assessores de Turismo Ricardo Ugayama Shindi Nakajima Jornalista Responsável Israel Correia de Lima (Mtb 14.204) - Tel. 3477-4156 Edição de Arte Guilherme Gonçalves Impressão Input Comunicação Visual Ltda. Editorial Capa especial e confraternização diferentes A atriz Déborah Ascenção é filha do cirurgião-dentista Dr. Luiz Carlos Serrano Lima (Charles) e afilhada do doutor Wagner Nascimento Moreno. Já atuou no cinema, teatro, vídeos institucionais e faz sucesso, agora, no elenco de Uma Escolinha Muito Louca, humorístico da Band, que tem Sidney Magal no papel de professor. Ela é a capa da edição desta revista. Parabéns e muito sucesso Déborah! Recebemos vários artigos científicos e casos clínicos para publicação. Respeitando a ordem de chegada, informamos que publicaremos todos. Como evitar iatrogenia em Ortodontia, de autoria dos professores doutores José Alberto Martelli Filho e Gilberto Cortese relata as mudanças na metodologia de diagnóstico das deformidades dento-esqueletais. Tratamento de maxilas atróficas com técnicas sem enxerto ósseo, com vasta ilustração é o caso clínico enviado pelo ilustre especialista e mestre em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, doutor Cristian Corrêa. Também contamos com a colaboração dos professores Dr. José Eduardo de Mello Jr. Índice Como evitar iatrogenia em Ortodontia... 4 Tratamento de maxilas atróficas com técnicas sem enxerto ósseo...6 Reintervenção endodôntica: remoção de fragmentos metálicos do interior do canal radicular... 10 Enxerto banco de ossos... 12 Defesa profissional... 14 6 Implantodontia 20 social Dr. Sérgio Yunes - Editor e Dr. Daniel Kherlakian, com o esclarecedor artigo Reintervenção endodôntica: remoção de fragmentos metálicos do interior do canal radicular. Outros artigos de renomados profissionais constam nas páginas de O Sorriso. Além da festa de confraternização de final de ano em nossa Regional, diretores e associados passaram um natal diferente, em um hotel localizado na Mata Atlântica, onde puderam desfrutar de muita beleza e tranqüilidade, recarregando as baterias para enfrentar o ano de 2010! Consultoria odontológica... 14 Odontologia: Déborah Ascenção... 16 Cursos APCD Saúde - 1º Semestre 2010.. 18 Festa de Confraternização... 20 Natal diferente na APCD Saúde... 22 Poesia... 23 Aniversariantes... 24 Indicador Profissional... 26 22 social APCD SAÚDE jan fev mar 2010

Ortodontia Como evitar iatrogenia em Ortodontia Fig. 1 - Análise Facial mostrando o KPF (campo do perfil) de Schwars e o KPFm (campo do perfil modificado) de Perseo. A análise do perfil mostra uma mandíbula bem posicionada no plano sagital. O erro esquelético está na maxila Durante a última década, alguns professores da área ortodôntica têm chamado a atenção para a necessidade de mudanças na metodologia de diagnóstico das deformidades dento-esqueletais. Em concordância com esse movimento, temos orientado nossos alunos do curso de especialização em Ortodontia da nossa regional a abandonarem a cefalometria numérica como ferramenta de diagnóstico na fase inicial dos tratamentos ortodônticos. Desta maneira, temos conseguido que o diagnóstico e planejamento ortodônticos tenham como objetivo harmonizar os traços faciais, além da correção da má oclusão. O caso clínico que estamos mostrando serve para enfatizar a necessidade do exposto. A paciente C.R.P.S. de 15 anos de idade, que havia começado um tratamento com outro profissional há mais de um ano, procurou nossa clínica. No exame inicial, percebemos o erro de diagnóstico e planejamento. Foram extraídos os dentes 15, 25, 34 e 44, em um padrão III de face com deficiência maxilar. Utilizando a análise facial de perfil de Schwars/Perseo foi possível visualizar claramente a deficiência de crescimento horizontal da maxila, mostrando uma displasia a um nível só corrigível com ortodontia e complementação cirúrgica. Fig. 2 - Fotos intra-bucais evidenciando a inadequação do plano de tratamento pelas extrações indevidas do 15, 25 e 34 e 44, numa tentativa frustrada de compensar com extrações dentais uma discrepância esquelética maxilo-mandibular tratável apenas com ortodontia e cirurgia ortognática. Cruzamento anterior agravado pela mecânica ortodôntica APCD SAÚDE jan fev mar 2010

Fig. 3 - Fotos antes a após cirurgia ortognática de maxila e mandíbula Fig. 5 - Fotos intra-bucais iniciais e após cirurgia ortognática. O preparo ortodôntico pré-cirúrgico incluiu o fechamento dos espaços das extrações do 15 e 25 e manutenção dos espaços das extrações do 34 e 44 para instalação de implantes ósseo-integrados. Fig. 4 - Perfil antes e após cirurgia de maxila e mandíbula Dr. José Alberto Martelli Filho Especialista em Radiologia; Mestre e Especialista em Ortodontia; Prof. Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia da APCD Jardim Paulista Fig. 6 - Radiografia panorâmica após cirurgia ortognática e implantes ósseo-integrados nos espaços das extrações do 34 e 44 Dr. Gilberto Cortese Especialista em Ortodontia; Prof. Ministrador do Curso de Especialização em Ortodontia da APCD Jardim Paulista APCD SAÚDE jan fev mar 2010

Implantodontia Tratamento de maxilas atróficas com técnicas sem enxerto ósseo Figura 1a - Fotos de frente e perfil pré-operatória Figura 1b - Fotos intra-orais pré-operatória A reabilitação de pacientes com reabsorção severa dos maxilares é um desafio ao cirurgião buco-maxilo-facial e ao implantodontista. Com a evolução da implantodontia nos últimos 10 anos a procura pelo tratamento com implantes dentários por estes pacientes se tornou cada vez mais freqüentes, assim como a evolução das técnicas cirúrgicas de reconstruções ósseas dos maxilares. Até alguns anos atrás os pacientes que se apresentavam com maxilas atróficas possuíam apenas uma alternativa de tratamento que exigia grandes reconstruções ósseas com enxertos removidos de áreas doadoras extra-bucais como a crista ilíaca e a calota craniana. Além de serem tratamentos realizados sob anestesia geral, apresentam Figura 1c - Posicionamento final que os implantes ocuparão na técnica All-on-4 APCD SAÚDE jan fev mar 2010

Figura 1d - Telerradiografia frontal e perfil e radiografia panorâmica pós-operatória na técnica Allon-4 Figura 2a - Foto frontal, perfil e intra-oral pré-operatória Figura 2b - Radiografia panorâmica e telerradiografia frontal e perfil pré-operatória Figura 1e - Fotos de frente e perfil pósoperatória. foto intraoral das próteses fixas definitivas superior e inferior APCD SAÚDE jan fev mar 2010

Implantodontia uma alta taxa de morbidade, tempo de tratamento de no mínimo nove meses e custo elevado. Neste contexto diversas técnicas foram desenvolvidas com o objetivo de reabilitar estes pacientes com implantes dentários sem a necessidade de enxertos ósseos de maneira rápida, previsível, indolor e de custos reduzidos. Dentre estas técnicas as mais utilizadas são os implantes curtos, os implantes inclinados, a técnica All-on-4 e as fixações zigomáticas. Implantes curtos São implantes que possuem medidas inferiores a 10mm de comprimento. De acordo com a literatura a utilização de implantes curtos com comprimentos de 8,5mm, 7mm e 5,5mm possuem índices de sucesso semelhantes aos implantes com 10mm ou mais, variando de 97% à 100% (4,7). Esta forma de tratamento pode ser realizada em casos unitários, próteses fixas múltiplas e protocolos. As próteses confeccionadas sobre implantes curtos devem ser unidas sempre que possível, a oclusão deve ser balanceada e devem possuir cúspides baixas (4,7). Figura 2c - Foto da distribuição dos 4 implantes convencionais anteriores e das 2 fixações zigomáticas posteriores. foto da gengiva sutura com os transferentes de moldagem em posição Implantes inclinados No caso de pneumatização do seio maxilar nos quais temos perdas localizadas de tecido ósseo em altura, podemos inclinar implantes com intuito de fugir destas estruturas anatômicas evitando assim enxertos ósseos e demora na finalização do tratamento. Apesar de inclinados, estes implantes devem estar posicionados de forma que após a correção com abutments angulados sua emergência propicie a reabilitação com próteses estética e funcionalmente corretas. Além da região do seio maxilar, os implantes inclinados são utilizados com freqüência na região do tuber da maxila e placa pterigóide, auxiliando na diminuição do cantlever em próteses tipo protocolo (6,10). Técnica All-on-4 Descrita primeiramente por Maló et al 2005, esta técnica é versátil e apresenta índices de sucesso semelhantes às técnicas convencionais (8,9). Utilizada nos casos de pacientes desdentados totais e que possuem tecido ósseo localizado somente até a região do primeiro ou segundo pré-molares superiores. Esta técnica é realizada através da colocação de dois implantes anteriores instalados na região dos incivos laterais ou centrais e dois implantes distais inclinados em 45 graus com emergência na distal do segundo pré-molar ou mesial do primeiro molar (figura 1a, 1b, 1c, 1d, 1e). O intuito principal da técnica é diminuir o cantlever causado pela reabsorção da parede medial do seio maxilar, e que fatalmente levaria o paciente a necessitar de enxerto ósseo para a colocação de seis implantes perpendiculares de primeiro molar a primeiro molar. Com esta técnica é possível reabilitar o paciente com prótese fixas tipo protocolo sem enxerto e com apenas Figura 2d - Telerradiografia perfil e frontal pós-operatória e fotos de perfil e frontal com 15 dias de pós-operatório APCD SAÚDE jan fev mar 2010

Conclusão As técnicas de reabilitação de maxilas atróficas sem enxertos ósseos são previsíveis, possuem índices de sucesso semelhantes às técnicas convencionais, mas devem ser realizadas por profissionais que dominem estes procedimentos. Figura 2e - Fotos intraorais da prótese fixa definitiva superior em vista panorâmica e oclusal quatro implantes o que diminui o custo final do tratamento, além de poder ser realizada em sistema de carga imediata. A cirurgia de instalação dos implantes pode ser feita com incisão ou sem incisão e cirurgia guiada. Esta última opção torna o procedimento rápido, com pós-operatório praticamente imperceptível e o paciente é reabilitado com prótese fixa em no máximo 12 horas após o procedimento cirúrgico e sem edema facial (8,9). Fixações Zigomáticas Naqueles casos onde o paciente possua osso somente entre a região dos caninos, uma alternativa a reconstrução maxilar posterior com enxertos é a fixação zigomática. Esta técnica se utiliza de implantes que possuem comprimentos que variam de 30 à 52,5mm, buscando ancoragem óssea posterior na região do osso zigomático (1, 11, 12). A posição deste implantes é na região do segundo pré-molar ou primeiro molares superiores bilateralmente e a correção protética de sua inclinação ocorre através de um ângulo de 45 graus que a plataforma oclusal deste implante faz com seu longo eixo. Quando associado com mais dois ou quatro implantes convencionais anteriores entre os pilares caninos se presta para reabilitar os pacientes com próteses fixas tipo protocolo sem a necessidade de grandes enxertos (1, 11, 12) (figura 2a, 2b, 2c, 2d, 2e). Esta técnica pode ser realizada em sistema de carga imediata, com os mesmos índices de sucesso apresentados na literatura para os implantes convencionais, mas somente deve ser executada por cirurgiões experientes pois existe a necessidade de curva de aprendizado para correta realização deste procedimento (2, 3, 5). BIBLIOGRAFIA 1 Branemark PI, Svensson B, Van Steenberghe D. Ten year survivak rates of fuxed prosthesis on four or six implants as modum Branemark in full edentulismo. Clin Oral Implants Res 1995;6:227. 2 Chow J, Hui E, Lee PK, Li W. Zygomatic implants-protocolfor imeddiate oclusal loading: a preliminary study. J Oral Maxillofac Surg 2006 may; 64(5):804-11. 3 Correa C, Joly JC, Violatto AS, Borges MG, Duque I. All-on-4 na mandíbula e fixações zigomáticas na maxila em função imediata: relato de dois casos clínicos. Revista Implant News 2008; 5(1):35-41. 4 Corrente G, Abundo R, Des Ambrois AB, Savio L, Perlli M. Shorty pororus implants in the maxilla: a 3 year report of a prospective study. Restorative Dent 2009 feb: 29(1):23-9. 5 Duarte LR, Peredo LG, Filho HN, Francischone CE, Branemark PI. Reabilitação de maxila atrófica utilizando quatro fixações zigomáticas em sistema de carga imediata. Impklant News 2004 jan-fev; 1(1):45-50. 6 Krekmaov L et al. tilting of posterior mandibular and maxilary implants for improved prothesis support. Int J Oral Maxillofac Implants 2000; 15: 405-414. 7 Ktsovilis S, FourmousisI, Karouisi IK, BamisC. A systematic review and meta-analysis on the effect of implant length on the survival of rought-surface dental implants. J Periodntol 2009, nov; 80(11):1700-18. 8 Malo P, Nobre MA, Lopes A. The use of computer-guided flapless implant surgery and foour implans placed in imeddiate function to support a fixed denture: Preliminary results after a mean follow-up period of thirtheen months> J Prosthetic Dentistry 2007: 95(6): S26-34. 9 Malo P, Rangert B, Nobre M. Branemark system implants for completely edentulous maxillae: a 1 year retrospective clinical study. Clin Implant Dent Relat Res 2005; 7 suppl 1: S88-94. 10 Matson T et al. Implant treatment without bone grafting in severly resorbed edentulous maxillae. J Oral Maxillofac Surg 1999; 57:281-287. 11 Parel SM, Branemark PI, Ohrnell L-O, Svensson B. Remote implant anchorage for the rehabilitation of maxillary defects. J Prosthet Dent 2001;86:377-81. 12 Rigollizzo MB, Camili JA, Francischone CE, Padovani CR, Branemark PI. Zygomatic Bone: Anatomic bases for osseointegrated implant anchorage. Int J Oral Maxillofac Implant 2005;20:441-7. Dr. Cristian Corrêa Especialista e Mestre em Cirurgia Buco- Maxilo-Facial; Doutor em Implantodontia; Responsável pelo Credenciamento de Fixações Zigomáticas da Nobel Biocare; Coordenador do Curso de Especialização em Implantodontia da Uningá - Cefos- Belo Horizonte; Pós Graduado em Implantodontia pelo Branemark Osseointegration Center de Barcelona Espanha; Diretor do StudioOralCare drcristiancorrea@terra.com.br APCD SAÚDE jan fev mar 2010

procedimentos Reintervenção endodôntica: remoção de fragmentos metálicos do interior do canal radicular Durante os procedimentos de reintervenção endodôntica, vários materiais podem ser encontrados no interior dos canais radiculares, como: limas, cones de prata, brocas de Gates glidden, lentulo, condensadores digitais, clipes ou pinos utilizados para a cimentação de coroas provisórias. Independente do tipo de material, a presença de um objeto metálico sempre será um obstáculo à ser transposto para que o retratamento possa ser realizado de forma adequada. Avaliando-se a literatura endodôntica várias técnicas e aparelhos foram propostos com o objetivo de remover essas interferências do interior de canais com resultados variáveis e algumas vezes pouco previsíveis. A utilização do microscópio clínico operatório aliado a insertos de ultrassom com designs específicos para essa finalidade, atualmente se constituem em importantes ferramentas para se alcançar o sucesso na remoção dos mais variados materiais. A combinação destas tecnologias tem permitido ainda ao clínico realizar procedimentos com mais segurança e previsibilidade. O grau de dificuldade encontrado pelo operador para a remoção de fragmentos metálicos do interior de canais esbarra no tipo de material a ser desalojado. Instrumentos de aço inox, limas de níquel titânio e cones de prata possuem diferentes níveis de dureza, portanto respondem de forma variada a vibração aplicada pelo inserto de ultrassom. Outros fatores como o design do instrumento, tamanho e a posição do fragmento no interior do canal radicular, aliada a anatomia também são dados relevantes e devem ser considerados. De uma maneira geral instrumentos de maior tamanho (comprimento), com menor massa (diâmetro), posicionados antes da curvatura do canal, possuem maior possibilidade de remoção. O protocolo para a retirada de objetos metálicos deve seguir os seguintes passos: a) acesso coronário, b) acesso radicular - ampliação da entrada do canal até a visualização do fragmento, c) desgaste de dentina ao redor deste expondo de 2 a 3mm da extensão do fragmento e d) deslocamento do objeto - aplicação de inserto de ultrassom sobre a porção do fragmento exposta em movimentos circulares no sentido anti-horário à fim de promover a sua remoção (Técnica Endogroup: Modificada de Ruddle 2004) 1. Apresentaremos à seguir dois casos clínicos em que uma lima manual de aço inox e um cone de prata foram removidos utilizando-se esse protocolo de trabalho. Figura 1: caso 1 - RX inicial: presença lima fraturada Figura 2: caso 1 - RX: lima removida REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Zuolo ML, Kherlakian D, Mello Jr JE, Carvalho MCC, Fagundes MIRC. Reintervenção em endodontia. Livraria Santos Editora 2009. Figura 3: caso 1 - foto da lima removida 10 APCD SAÚDE jan fev mar 2010

Figura 4: caso 1 - RX final: canal obturado Figura 7: caso 2 - foto cone removido Figura 5: caso 2 - RX inicial: presença cone de prata Figura 8: caso 2 - RX canal obturado Dr. José Eduardo de Mello Jr. Professor do Curso de Especialização em Endodontia da APCD Jardim Paulista e UNINOVE. Figura 6: caso 2 - RX: cone removido Dr. Daniel Kherlakian Professor do Curso de Especialização em Endodontia da APCD Jardim Paulista e UNINOVE. APCD SAÚDE jan fev mar 2010 11

Caso clínico Enxerto banco de ossos O sucesso das reabilitações utilizando implantes osseointegrados está diretamente relacionado com a quantidade e qualidade óssea (ESPOSITO et al 1998 e TRUHLAR et al 1997). Existem várias técnicas cirúrgicas e vários biomateriais que possibilitam essa reabilitação. O enxerto ósseo autógeno constitui o padrão ouro em comparação com outras técnicas utilizadas nas reconstruções de defeitos esqueléticos. No entanto, questões como morbidade na sua remoção, maior tempo de cirurgia, possibilidade de reabsorção do enxerto, quantidade, e ainda, a necessidade em casos extremos de leito hospitalar para se completar uma cirurgia oral, como nos casos de remoção de blocos ósseos oriundos da tíbia, do ilíaco, ou da calota craniana, induzem a receios para a sua utilização (LOGEART-AVRAMOGLOU et al., 2005, JORGE et al 2006). Portanto, na existência de desvantagens para a utilização do osso autógeno, o osso proveniente de banco de tecidos surge como uma alternativa. (FONSECA; DAVIES, 1995). RELATO DE CASO Paciente normotenso PVC 75 anos compareceu ao serviço do curso de atualização em implantodontia da APCD Saúde portando prótese fixa superior com problemas (infiltrações, fraturas radiculares, mobilidade causada por DP, lesões periapicais e cárie) optou-se por realizar exodontia total, que foi realizada juntamente com a confecção de uma prótese total imediata. Após período de 3 meses a atresia era composta de perda óssea horizontal e vertical. Em virtude da extensa reabsorção óssea optou-se pela reconstrução através da utilização do banco de tecidos músculoesquelético proveniente do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Procedimento este, realizado sob anestesia local e sedação consciente. O grau de reabsorção óssea foi avaliado com a utilização de tomografia computadorizada. Após a cirurgia reconstrutiva o paciente permaneceu sem a prótese total num período de 30 dias. Após este período, uma nova prótese total foi confeccionada e após 5 meses de latência uma nova tomografia foi realizada para o planejamento cirúrgico para a instalação de 12 implantes osseointegrados. Foi realizada prótese implantosuportada após 3 meses da instalação dos implantes. Os implantes utilizados foram os implantes Osseotite NT da Biomet 3i. Figura 01 Figura 02 CONCLUSÃO O correto planejamento é o segredo para se obter uma alta performace de resultados. A utilização de material (tecido ósseo) proveniente do banco de tecidos músculo-esquelético é uma ferramenta importante e que deve ser colocado como opção ao paciente. Devido a pouca literatura atual sobre o tema banco de tecidos com procedência exclusivamente nacional nos procedimentos odontológicos, se torna evidente que mais estudos são necessários para melhor avaliar sua aplicação clínica. Figura 03 12 APCD SAÚDE jan fev mar 2010

Figura 04 BIBLIOGRAFIA 1. Esposito M, Hirsch J-M, Lekholm U, Thomsen P. Biological factors contributing to failures in osseointegrated oral implants (II). Etiopathogenesis. Eur J Oral Sci 1998;106:721 764. 2. Jorge RS,Jorge JJ.Luz JGC. Reconstruction of a mandibular critical-sezed defect using iliac graft in rats. Implant dent 2006; 15(3):282-9 3. Truhlar RS, Orenstein IH, Morris HF, Ochi S. Distribution of bone quality in patients receiving endosseous dental implants. J Oral Maxillofac Surg 1997;55:38 45. 4. Adell R, Lekholm U, Grondahl K, Brånemark P-I, Lindstrom J, Jacobsson M. Reconstruction of severely resorbed edentulous maxillae using osseointegrated fixtures in immediate autogenous bone grafts. Int J Oral Maxillofac Surg 1990;5:233 246. 5. Triplett RG, Schow SR. Autologous bone grafts and endosseous implants: Complementary techniques. J Oral Maxillofac Surg 1996;54:486 534. 6. Chen YB, Chen HC,Hahn LH.Major mandibular reconstruction with vascularized bone grafts: indications and selection of donor tissue. Microsurg ry 1994;15:227-37. 7. LOGEART-AVRAMOGLOU, D. et al. Engineering bone: challenges and obstacles. Journal of Cellular and Molecular Medicine, v. 9, n. 1, p. 72-84, Jan./Mar. 2005. 8. FONSECA, R. J.; DAVIES, W. H. Bone Induction and the Biology of Grafting; In: Reconstructive preprosthetic oral and maxillofacial surgery. 2.ed. New York: Sanders Company, 1995. cap. 3, p.41-48. 9 Malo P, Rangert B, Nobre M. Branemark system implants for completely edentulous maxillae: a 1 year retrospective clinical study. Clin Implant Dent Relat Res 2005; 7 suppl 1: S88-94. 10 Matson T et al. Implant treatment without bone grafting in severly resorbed edentulous maxillae. J Oral Maxillofac Surg 1999; 57:281-287. 11 Parel SM, Branemark PI, Ohrnell L-O, Svensson B. Remote implant anchorage for the rehabilitation of maxillary defects. J Prosthet Dent 2001;86:377-81. 12 Rigollizzo MB, Camili JA, Francischone CE, Padovani CR, Branemark PI. Zygomatic Bone: Anatomic bases for osseointegrated implant anchorage. Int J Oral Maxillofac Implant 2005;20:441-7. Figura 03 Figura 03 APCD SAÚDE jan fev mar 2010 13

Opinião / Atendimento Defesa profissional Participando das festas de aniversário do sogro do amigo, Dr. Luiz Carlos Serrano Lima, Cirurgião-Dentista, na sede Regional Saúde da APCD, fiquei encantado com as instalações, a organização e programa de atendimento aos associados dessa Associação e à população carente do bairro. Estão situados na Rua Rondinha, 54, no Bairro da Chácara Inglesa, num terreno de 580 m 2. É um prédio de três pavimentos. No piso térreo instalaram o salão de festas/reuniões, cozinha e depósito. No piso inferior I instalaram a clínica odontológica, sala de aula, sala de esterilização, sala de RX, almoxarifado e toaletes. No piso inferior II tem mais um salão de festas/aula, reuniões sociais, churrasqueira, forno para pizza, cozinha, toaletes e sauna úmida. Essa Regional tem 827 sócios, mas só 10% freqüentam. Realizam, em média, seis cursos teóricos e práticos por ano aos associados para atenderem aos clientes cadastrados da comunidade, que somam 200 por mês. Mantêm uma revista informativa excelente, trimestral, de quatro mil exemplares. Além dos habituais cargos de Diretoria, agregam também: Depto. Assessor de Relações Internacionais, Depto. Assessor de Benefício, Depto. Assessor de Comunicações; Depto. Assessor de Congressos e Feiras; Depto. Assessores de Esportes; Depto. Assessores de Turismo; Depto. Assessores Cultural; Depto. Assessores de Prevenção; Assessor de Previdência; Diagramação; Jornalista Responsável. Seu site: www.apcd-saude.org.br. Como vimos senhores, trata-se de uma Associação bem estruturada, forte, oferecendo aos seus associados cursos, atendimentos a pessoas carentes ou menos favorecidas, com honorários módicos. É certo que exercem a medicina circunscrita à área bucal, de grande importância, que protege substancialmente à saúde de todo o organismo humano, além, de oferecerem suas importantes investigações das patologias bucais e respectivos tratamentos. E os médicos, em geral, usufruem muito dos mesmos. Essa centralização da área de ação, embora com diversificação de inúmeras especialidades nobres, consegue mais facilmente agregar associados e objetivar o plano de ação da Sociedade. Entendo que, somando tudo isso, a criatividade deles e espírito de união dando um exemplo invejável, torna-se difícil imita-los. Será que as Associações dos médicos, em particular a SBACV-SP, não consegue tirar algum ensinamento dessa Sociedade dos cirurgiõesdentistas? Seria sensacional, não acham? Penso que é querer demais com tantos compromissos e responsabilidades que nosso Presidentes enfrentam, com a atenção sempre voltada para o bem estar dos associados. Confesso que fiquei com inveja, no bom sentido. Só vendo para crer na pujança dessa Regional dos Cirurgiões-Dentistas, dos seus programas de trabalho, na disciplina, no respeito à hierarquia que reina entre associados e diretoria. Dr. Rubem Rino Diretor do Departamento de Defesa Profissional da SBACV-SP - Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular - Regional São Paulo Consultoria odontológica: será que está na hora? A pergunta que faço é: sabemos o que queremos? Qual injeção de renovação estamos precisando? Será que estamos preparados para mudar? As vezes as respostas para nossa renovação está no espelho. Olhe para frente e verifique, quem é a pessoa que iniciou a carreira e qual é a que você vê no espelho. Por que houve tantas mudanças? Tudo bem: crises, família, filhos, convênios, decepções. Mas por que encontramos colegas que não desanimam. Alguns falam muito e estão na mesma situação nossa. Mas existem profissionais que GOSTAM de ser dentistas. Você era uma pessoa assim. Eu digo que podemos estar em crise com nosso casamento com a odontologia. Mas será que a profissão do lado é mais legal, mesmo? Quantos anos você se dedicou a esse casamento? Temos que pesar isso e tentar abraçar a causa novamente. Renove a maneira de atender. Tenha calma e lembre como você atendia no passado. Este é o seu negócio, você nunca vai ser demitido como muito amigos seus em outras áreas. Seu cadastro de pacientes é um tesouro a ser explorado. Valorize tudo que você conquistou até agora e motive-se. Você pode voltar a cuidar bem do seu consultório e dos seus pacientes como era sua proposta lá no início da sua carreira. Caso não souber como, aí sim, motivado pense em ajuda profissional. Vários tipos de serviços podem ser solicitados. Normalmente os consultores passarão um período analisando seu consultório (atendimento, instalações, equipe etc.) Em cima disto podem oferecer treinamento, supervisão de atendimento e administrativa, controle e gestão de qualidade melhorando seu desempenho. Melhorando seu desempenho e dos seus funcionários na venda do seu produto. Promovendo a socialização do seu consultório no relacionamento com outros colegas. A área de comunicação é muito utilizada quando queremos mudar ou redimensionar nossa imagem. Mudando toda a papelaria do consultório como criação da logomarca, renovação do cartão de visitas, receituário e todos papéis ligados à clínica. A criação de um site tem se mostrado muito eficiente na conquista de novos pacientes. Seu site pode ser localizado no Google através de palavras chave que pode ser seu bairro, sua rua ou serviços como clareamento dental e emergência por exemplo. Experimente entrar no Google usando algumas palavras associadas. Como disse antes, muitas destas idéias você pode fazer por conta própria, porém as outras terá que procurar profissionais competentes. Dra. Maria Teresa Ratto Cirurgiã-dentista; Doutoranda da Faculdade de Medicina Unicamp; Especialista em Dentística Restauradora; Auditora de Odontologia; Montou seu consultório há 23 anos. www.clinicamteresaratto.com.br mtratto@yahoo.com.br 14 APCD SAÚDE jan fev mar 2010