ANO XXII - 2011-2ª SEMANA DE JUNHO DE 2011 BOLETIM INFORMARE Nº 24/2011 ASSUNTOS DIVERSOS ICMS - PA



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Transcrição:

ANO XXII - 2011-2ª SEMANA DE JUNHO DE 2011 BOLETIM INFORMARE Nº 24/2011 ASSUNTOS DIVERSOS SISTEMA EAN - IMPLANTAÇÃO Introdução - Conceitos Básicos - Utilização do Código de Barras no Brasil - Objetivo da Utilização do Sistema EAN - Regulamentação do Uso do Código de Barras - Quais São os Benefícios da Codificação EAN - Procedimentos Para Filiação - Documentação - Código de Barras/EAN - Código EAN-13 - Código EAN-8 - Outras Informações... ICMS - PA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - CONCEITOS E EXEMPLOS Introdução - Conceitos - Substituição Tributária Nas Operações Subsequentes - Substituto - Substituído - Convênio ou Protocolo - Mercadorias Sujeitas à Substituição - Não-Aplicabilidade do Regime - Cálculo do Imposto - Substituto Sujeito ao Regime Normal de Apuração do ICMS - Operação Interestadual - Forma de Recolhimento - Crédito - Restituição do Imposto - Ressarcimento do Imposto... Pág. 149 Pág. 151

JUNHO - Nº 24/2011 ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - PARÁ ASSUNTOS DIVERSOS Sumário SISTEMA EAN Implantação 1. Introdução 2. Conceitos Básicos 3. Utilização do Código de Barras no Brasil 3.1 - Objetivo da Utilização do Sistema EAN 3.2 - Regulamentação do Uso do Código de Barras 3.3 - Quais São os Benefícios da Codificação EAN 4. Procedimentos Para Filiação 4.1 - Documentação 5. Código de Barras - EAN 5.1 - Código EAN-13 5.2 - Código EAN-8 6. Outras Informações 1. INTRODUÇÃO Com a globalização da economia, a adoção do Código de Barras nos produtos e serviços tem sido quase que uma norma geral por parte das empresas. Este trabalho tem como objetivo informar os procedimentos para a implantação do Sistema do Código de Barras, inclusive em âmbito universal, uma vez que a entidade a seguir mencionada está filiada aos demais países. 2. CONCEITOS BÁSICOS Código de barras é uma representação de informação lida por máquinas (geralmente por um scanner), num formato visual. Originalmente, os códigos de barras guardavam informação em linhas paralelas, mas hoje em dia também são guardadas em pontos e outros padrões. O código de barras é uma identificação de determinado produto, contendo 13 (treze) dígitos; nele sendo possível ler o país de origem, a empresa, o tipo de produto e o controle da própria empresa. Não é qualquer scanner que consegue ler qualquer tipo de código de barras; os leitores ópticos devem estar habilitados para leitura a fim de poderem interpretar um código de barras. Desta forma, o Sistema EAN.UCC indica os tipos de simbologias, que podem ser reconhecidas nos diferentes ambientes, conforme segue: a) EAN/UPC Símbolos EAN/UPC - Código de barras linear numérico, representa os 13 (treze) dígitos do GTIN EAN/UCC-13; os 12 (doze) dígitos do GTIN UCC-12 e os 8 (oito) dígitos do GTIN EAN/UCC-8. Pode ser interpretado por toda cadeia de suprimentos, sendo a simbologia mais utilizada para captura de dados na frente de loja do varejo. b) RSS - Reduced Space Symbology e Simbologia Composta RSS - Reduced Space Symbology e Simbologia Composta - Estas duas simbologias foram especialmente desenvolvidas para aplicações em que o código de barras linear EAN.UCC existente não possa ser aplicado em virtude da restrição de espaço físico na embalagem, o que é mais comum em produtos do setor farmacêutico e hospitalar. O RSS é composto por um conjunto de modelos de códigos de barras muito pequenos, capazes de representar o GTIN (Número Global de Item Comercial) e informações complementares, como, por exemplo, o número de lote e data de validade. A Simbologia Composta é formada pela composição de código de barras linear do Sistema EAN.UCC (EAN/UPC, ITF, UCC/EAN-128 ou RSS) acrescido de uma estrutura bidimensional (derivado do micro PDF 417) acima do código linear. Esta estrutura bidimensional pode representar diversas informações variáveis para rastreabilidade, como por exemplo: nº de lote, data de validade, nº de série, entre outras. c) Símbolos ITF-14 Símbolos ITF-14 - Código de barras linear numérico, representa os 14 (quatorze) dígitos do GTIN EAN/UCC-14. Pode ser interpretado por toda cadeia de suprimentos com exceção da maioria da frente de loja do varejo. d) Símbolos UCC/EAN-128 Símbolos UCC/EAN-128 - Código de barras linear alfanumérico, representa em cada bloco de barras até 48 (quarenta e oito) caracteres desde que não ultrapasse 165mm de largura. Sua estrutura de dados é baseada nos Identificadores de Aplicação EAN.UCC, que anunciam o conteúdo do dado e seu formato. Esta simbologia pode ser interpretada por toda cadeia de suprimentos, com exceção da frente de loja do varejo. Uma das principais funções do UCC/EAN-128 é representar dados referentes à rastreabilidade de itens comerciais. O SSCC - Identificador de Aplicação (00) deve ser representado em código de barras, através desta simbologia. 3. UTILIZAÇÃO DO CÓDIGO DE BARRAS NO BRASIL O Ministério da Indústria e do Comércio conferiu ao EAN Brasil a responsabilidade de implementar e administrar o Código Nacional de Produtos, em âmbito nacional, por meio da Portaria nº 143, de 12.12.1984, inclusive conferindo ao mesmo a representação perante o EAN Internacional. As empresas que desejarem adotar o código de barras 149

ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - PARÁ deverão filiar-se à EAN Brasil através do seguinte endereço: GS1 Brasil - Associação Brasileira de Automação Rua Dr. Renato Paes de Barros, 1.017-14º andar 04530-001 - São Paulo - SP São Paulo: 3068 6229 Demais localidades: 0800 11 0789 http://www.gs1brasil.org.br 3.1 - Objetivo da Utilização do Sistema EAN O objetivo da adoção ao código EAN é proporcionar uma linguagem comum entre parceiros comerciais. Cada produto terá um único código de identificação e pode ser utilizado por todos os estabelecimentos comerciais e dentro da própria indústria, contribuindo para a eficácia no processo de comercialização dos produtos, inclusive melhor gerenciamento para tomada de decisão. 3.2 - Regulamentação do Uso do Código de Barras O Decreto nº 90.595, de 29.11.1984, instituiu no Brasil o Sistema Nacional de Codificação, também conhecido como Código de Barras EAN. A partir desta data, todos os produtos e bens de consumo fabricados no País podem ter seu respectivo Código Nacional de Produto, indispensável no processo de padronização e informatização de estabelecimentos comerciais, bem como nas transações entre indústria e comércio. O Código Nacional de Produtos segue o padrão EAN (International Article Numbering Association), entidade de âmbito internacional. Universalmente, existem 2 (dois) sistemas de padronização reconhecidos oficialmente, ou seja, o sistema EAN e o UPC (Universal Product Code), este último somente adotado nos Estados Unidos e no Canadá. No Brasil foi adotado o sistema EAN ; caso haja interesse em consultar sobre o sistema UPC, deverá ser feito através do EAN Brasil, que os representa no Brasil. 3.3 - Quais São os Benefícios da Codificação EAN São exclusivos: um número exclusivo é alocado para cada unidade. São não-significativos: o número EAN em si mesmo é a chave para acessar uma base de dados que contém informações precisas sobre a unidade. São multissetoriais e internacionais: sua nãosignificação permite seu uso e sua exclusividade permite seu uso através das fronteiras. São seguros: os números EAN incluem um dígito de controle que garante a captura segura dos dados. 4. PROCEDIMENTOS PARA FILIAÇÃO JUNHO - Nº 24/2011 As empresas interessadas em utilizar o Código de Barras poderão filiar-se mediante inscrição e pagamento de uma taxa semestral que será calculada de acordo com o faturamento global anual da empresa. Neste caso, existem 4 (quatro) categorias de contribuições e seus respectivos valores. 4.1 - Documentação Para filiar-se, as empresas deverão solicitar à EAN Brasil, através de carta, telefone ou fax, a Ficha Cadastral de Filiação, que será enviada, juntamente com o Instrumento Particular de Contrato de Licenciamento, a serem preenchidos pelos interessados. Além da ficha e do contrato preenchidos, seguirão os seguintes documentos: a) para as microempresas - o demonstrativo de resultado (receita bruta anual ou o formulário II do IR); b) para as empresas no Regime de Lucro Presumido, o formulário III do IR; c) para as empresas no Regime de Lucro Real, o Balanço; d) contrato social e/ou consolidado da empresa como objeto social e o valor do capital da última alteração, se for o caso; e) comprovante de endereço do estabelecimento (conta de luz ou telefone), na qual deverá constar o mesmo endereço da ficha e do contrato preenchido; f) tratando-se de representante legal ou procurador, juntar a via original da procuração com firma reconhecida e cópia do documento de identidade do procurador. 5. CÓDIGO DE BARRAS - EAN O Código EAN possui 2 (duas) estruturas de codificação: as versões EAN-13 e a EAN-8. 5.1 - Código EAN-13 O código EAN-13 identifica o país de origem do produto, a empresa e o produto por ela produzido. O último dígito serve para o controle da composição total do código e é obtido através de cálculo algoritmo. 5.2 - Código EAN-8 A versão EAN-8 é utilizada somente em embalagens que não têm espaço útil suficiente para a aplicação do EAN-13. Esse código indica o país, o produto e tem um dígito de controle, dispensando o número da empresa. O licenciamento deste código é controlado integralmente 150

JUNHO - Nº 24/2011 pela EAN Brasil e feito somente após avaliação e aprovação da Assessoria Técnica da entidade. 6. OUTRAS INFORMAÇÕES A Associação Brasileira de Automação enviará, desde que solicitado, a Guia de Referência nº 1: Código Nacional de Produtos Simbolização EAN, no qual contém informações sobre: a) Código Nacional de Produtos - Padrão EAN ou UPC; b) a importância da utilização do Sistema de Codificação EAN; c) representação gráfica do Código; ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - PARÁ d) como obter o Código EAN; e) como elaborar os Dígitos de Produtos; f) como calcular o Dígito de Controle; g) qual o fluxo ideal para a implantação do símbolo EAN nas embalagens; h) o que é Filme Master e como adquiri-lo; i) como efetuar o controle de qualidade do símbolo EAN; j) a especificação do Código de Barras EAN. Fundamentos Legais: Os citados no texto. ICMS - PA Sumário SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Conceitos e Exemplos 1. Introdução 2. Conceitos 2.1 - Substituição Tributária Nas Operações Subsequentes 2.2 - Substituto 2.3 - Substituído 2.4 - Convênio ou Protocolo 3. Mercadorias Sujeitas à Substituição 4. Não-Aplicabilidade do Regime 5. Cálculo do Imposto 5.1 - Substituto Sujeito ao Regime Normal de Apuração do ICMS 5.2 - Operação Interestadual 6. Forma de Recolhimento 7. Crédito 8. Restituição do Imposto 9. Ressarcimento do Imposto 1. INTRODUÇÃO Considerando as recentes alterações promovidas no regime de substituição tributária, em razão da publicação de vários protocolos que incluíram muitos produtos no regime, o que tem gerado uma grande quantidade de dúvidas entre os Assinantes, a INFORMARE dá início a uma série de publicações que tratarão desde os aspectos gerais até os específicos para cada Estado a respeito da substituição. Neste sentido, a presente matéria tem por fim esclarecer de forma didática os pontos essenciais da substituição tributária em nível nacional e acerca das especificidades estaduais. 2. CONCEITOS Oportuno torna-se para um bom entendimento do regime a definição de cada parte e de cada conceito que compõe a substituição tributária. 2.1 - Substituição Tributária Nas Operações Subsequentes Trata-se de modalidade de responsabilidade tributária em que a Legislação atribui a terceiro (substituto tributário), diverso do contribuinte (substituído), a responsabilidade de recolher o imposto relativo às operações subsequentes, até o consumidor final. 2.2 - Substituto Substituto é o sujeito passivo, diverso do contribuinte, a quem a lei atribui o dever de recolher o imposto relativo às operações subsequentes àquela por ele praticada. 2.3 - Substituído É quem promove a operação de circulação de mercadorias (contribuinte) cujo recolhimento a Legislação atribuiu ao substituto. No recebimento de mercadorias ou na utilização de serviços sujeitos à substituição tributária, o estabelecimento recebedor fica solidariamente responsável pelo imposto devido nas operações e prestações seguintes. O substituído é responsável pelo recolhimento do imposto devido nas operações subsequentes, quando recebe mercadoria de outra unidade da Federação, sujeita ao regime de substituição tributária, na hipótese do remetente não estar obrigado à retenção do imposto. É o caso, por exemplo, de mercadoria recebida de Estado não signatário de convênio ou protocolo. 2.4 - Convênio ou Protocolo São acordos firmados com outros Estados, devidamente publicados no Diário Oficial da União, que têm por finalidade atribuir efeito extraterritorial à Legislação Estadual, o que permite ao Estado exigir imposto de contribuinte localizado em outro Estado (signatário do convênio ou protocolo). Tem o Estado, a partir do acordo, legitimidade para exigir imposto a título de substituição tributária de contribuinte localizado 151

ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - PARÁ em Estado signatário do acordo que tenha por destino contribuinte catarinense. Por convenção, o acordo denomina-se convênio quando assinado com todas as unidades federativas do Brasil, e protocolo quando o acordo é celebrado com apenas algumas unidades federadas. 3. MERCADORIAS SUJEITAS À SUBSTITUIÇÃO As mercadorias sujeitas à substituição tributária deverão obrigatoriamente estar relacionadas nos Regulamentos Estaduais, na parte onde tratam exclusivamente sobre o regime e trazem aspectos específicos em seus territórios, os quais serão objeto de publicações futuras. 4. NÃO-APLICABILIDADE DO REGIME O Regime de Substituição Tributária não se aplica às operações realizadas pelo estabelecimento substituto para uso ou consumo ou para integração ao ativo permanente do destinatário, contribuinte ou não do ICMS, exceto quando se tratar: a) de operações que destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição da mesma mercadoria; b) de transferências para outro estabelecimento, exceto varejista, do sujeito passivo por substituição, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto recairá sobre o estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino a empresa diversa; c) de operação interestadual com mercadoria sujeita à substituição destinada ao uso ou consumo ou ao ativo permanente do destinatário, hipótese em que a substituição recairá somente sobre o diferencial de alíquota. 5. CÁLCULO DO IMPOSTO Vejamos a seguir exemplos de cálculo de recolhimentos da substituição tributária, nas situações previstas na Legislação. A fórmula para o cálculo via de regra é: ICMS ST = (Al x BC ST) - ICMS operação própria onde: a) ICMS ST = imposto a recolher por substituição tributária; b) Al = alíquota interna aplicável ao produto; c) BC ST = base de cálculo da substituição tributária apurada conforme regra aplicável ao produto; d) ICMS operação própria = ICMS incidente sobre a operação praticada pelo próprio remetente. 5.1 - Substituto Sujeito ao Regime Normal de Apuração do ICMS Exemplo: Operação Interna 5.2 - Operação Interestadual 6. FORMA DE RECOLHIMENTO JUNHO - Nº 24/2011 Base de cálculo da operação própria R$ 1.000,00 - Base de cálculo da substituição R$ 1.400,00 - Alíquota interna X% - ICMS operação própria 1.000 x X% R$ Y ICMS-ST 1.400 x X% - Y Base de cálculo da operação própria R$ 1.000,00 - Base de cálculo da substituição R$ 1.400,00 - Alíquota interna X% - Alíquota interestadual N% - ICMS operação própria (1.000 x N%) R$ Z ICMS-ST (1.400 x X%) - z O imposto retido pelo sujeito passivo por substituição deverá ser recolhido por meio da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais - GNRE, em agência do banco oficial da unidade federada destinatária, e nas operações internas, por meio de Guia de Arrecadação local. 7. CRÉDITO A Legislação veda o aproveitamento de créditos fiscais para compensação com o imposto devido por substituição tributária. Na hipótese de devolução ou retorno de mercadoria não entregue, poderá o substituto se creditar do imposto retido por substituição em favor do Estado. Demais hipóteses de crédito serão objeto de futuras publicações. 8. RESTITUIÇÃO DO IMPOSTO O substituído tem direito à restituição do imposto recolhido a título de substituição tributária somente na hipótese do fato gerador presumido não se realizar. Nessa hipótese, a restituição deverá ser requerida a Órgão Específico da Secretaria da Fazenda, mediante um processo. 9. RESSARCIMENTO DO IMPOSTO VALOR A SER RECOLHIDO POR ST O contribuinte que, tendo recebido mercadoria com imposto retido por substituição tributária a favor de seu Estado, a destinar a outra unidade da Federação (signatária do mesmo convênio ou protocolo): a) deverá efetuar nova retenção em favor do destinatário; b) solicitará o ressarcimento do imposto retido na operação anterior por intermédio de requerimento endereçado a Órgão Específico da Secretaria da Fazenda, mediante um processo. Fundamentos Legais: Convênio ICMS nº 81/1993. VALOR A SER RECOLHIDO POR ST 152