Os empreendimentos de Infraestrutura de Transportes e a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho OIT

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Transcrição:

Os empreendimentos de Infraestrutura de Transportes e a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho OIT Aline Figueiredo Freitas Pimenta Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil

Infra Estrutura de Transportes Infraestrutura consiste em um conjunto de elementos estruturais que impulsiona o desenvolvimento socioeconômico de um pais. A infraestrutura de transportes é definida como a rede física disponível para o transporte de pessoas e bens; A infraestrutura de transportes é composta pelos modos rodoviário, ferroviário, aquaviário, aeroviário, e dutoviário.

Infra Estrutura de Transportes A infraestrutura está no cerne do desenvolvimento e crescimento econômico do Brasil, dada sua importância para o aumento da produtividade, para a redução da pobreza e para o desenvolvimento regional Infraestrutura Econômica no Brasil: Livro 6 Volume 1 diagnósticos e perspectivas para 2025 A infraestrutura cumpre uma função ímpar no desenvolvimento de qualquer nação. Ministério das Relações Exteriores- Política Nacional de Transportes: Livro de Estado/ Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil/, Brasília: MTPA, 2018

Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho OIT A OIT é agência integrante da Organização das Nações Unidas ONU, especializada em questões trabalhistas; A OIT elabora, adota, aplica e promove Normas Internacionais de Trabalho, sob a forma de convenções, protocolos, recomendações, resoluções e declarações; A Convenção 169 da OIT é um Tratado Internacional de Direitos Humanos que, observando as normas internacionais, prevê diversas formas de proteção aos povos indígenas e tribais.

Convenção OIT 169 e a Infraestrutura de Transportes Convenção OIT 169 Art 6º e Art 16º Infraestrutura de Transportes Consulta livre, prévia e informada!

Cenários: Cenário da oitiva livre, prévia e informada Cenário da infraestrutura de transportes

Cenário da Oitiva Convenção n 169 da OIT firmada em 1989, em Genebra, é o normativo internacional que regula a relação entre os Estados nacionais e povos indígenas e tribais; No Brasil foi aprovada pelo Decreto Legislativo nº 143/2002, ratificada em julho de 2002 e teve sua promulgação pelo Decreto nº 5.051/2004.

Cenário da Oitiva Art 6º da OIT 169 Estabeleceu o direito dos povos indígenas e tribais à consulta prévia, livre e informada cada vez que sejam previstas medidas administrativas e legislativas suscetíveis de afetá-los diretamente. As consultas tem por objetivo chegar a um acordo acerca das medidas propostas.

Cenário da Oitiva Art 16º da OIT 169 Os povos interessados não deverão ser transladados das terras que ocupam. E, quando, excepcionalmente, o translado e os reassentamentos desses povos sejam considerados necessários, só poderão ser efetuados com o consentimento dos mesmos, concedido livremente e com pleno conhecimento de causa.

Cenário da Oitiva Art 16º da OIT 169 Quando não for possível obter o seu consentimento, o translado e os reassentamentos só poderão ser realizados após a conclusão de procedimentos adequados estabelecidos pela legislação nacional, inclusive enquetes públicas.

Cenário da Infraestrutura de Transportes - Atual

Cenário da infraestrutura de Transportes - Gargalos Carteira de Estudos PNL 2025 RODOVIAS FERROVIAS HIDROVIAS 8.829,3 km 2.359,5 km 2.732,5 km

Direito de consulta no campo burocrático administrativo brasileiro No Brasil, o processo de consulta não foi regulamentado, o que gera discussões e judicializações sobre seu modo de aplicação. A seguir alguns exemplos na área de transportes: Ação Civil Pública e Decisão Judicial de 24 de outubro da 9ª Vara da Justiça em Belém. RECOMENDAÇÃO Nº 12/2017 à ANTT que anule a realização das audiências públicas no contexto da concessão da FR-170 e que respeite e garanta o exercício do direito à Consulta e Consentimento Livre, Prévio e Informado dos povos interessados, nos termos da legislação interna e internacional e dos protocolos de consulta já editados, como condição prévia e inafastável para qualquer ato administrativo tendente a tratar da implantação da ferrovia na etapa anterior de envio do projeto de concessão ao TCU.

Direito de consulta no campo burocrático administrativo brasileiro No Brasil, o processo de consulta não foi regulamentado, o que gera discussões e judicializações sobre seu modo de aplicação. RECOMENDAÇÃO Nº 10/2018 MPF/RR de 08 de junho de 2018, ao DNIT que realize oitiva prévia, livre e informada previamente à conclusão do EVTEA da BR 210 RR e previamente ao estabelecimento de qualquer politica, estratégia, ou diretriz que possa impactar comunidades indígenas.

Diagnóstico Terras Indígenas e Território Quilombolas e Infraestrutura de Transportes Rodoviário e Ferroviário Atualmente 39 TI são interceptadas diretamente por rodovias federais numa extensão aproximada de 1.603,83 km:

Diagnóstico Terras Indígenas e Território Quilombolas e Infraestrutura de Transportes Rodoviário e Ferroviário Atualmente 39 TI são interceptadas diretamente por rodovias federais numa extensão aproximada de 1.603,83 km:

Diagnóstico Terras Indígenas e Território Quilombolas e Infraestrutura de Transportes Rodoviário e Ferroviário

Diagnóstico Terras Indígenas e Território Quilombolas e Infraestrutura de Transportes Rodoviário e Ferroviário

Diagnóstico Terras Indígenas e Território Quilombolas e Infraestrutura de Transportes Rodoviário e Ferroviário Existem 13 terras indígenas interceptadas diretamente por ferrovias, numa extensão aproximada de 126,04 km:

Diagnóstico Terras Indígenas e Território Quilombolas e Infraestrutura de Transportes Rodoviário e Ferroviário Existem 22 territórios quilombola interceptados diretamente por rodovias, numa extensão aproximada de 100,36 km: Território Quilombola Comunidade Município BR UF Rodovias 1 Rosa Macapá 156 AP 3,36 2 Fazenda Porteiras Entre Rios 101 BA 2,68 3 Tijuaçu Senhor Bonfim 407 BA 7,10 4 Velame Vitória Conquista 116 BA 2,88 5 Curral de Pedra Abara 116 BA 5,24 6 Boqueirão da Arara Caucaia 222 CE 2,02 7 São Domingos Conceição Barra 101 ES 9,68 8 São Jorge São Mateus 101 ES 9,42 9 Cariongo Santa Rita 135 MA 1,41 10 Lago Grande Peritoro 316 MA 6,17 Extensão (km) Pavim Dupl Não Pav 11 Jenipapo Caxias 226 MA 1,06 12 Santa Rosa dos Pretos Itapecuru-mirim 135 MA 7,57 13 Machadinho Paracatu 040 MG 5,65 14 Bailique Beira/Centro/Pocao Oeiras do Pará 422 PA 6,71 15 Boa Vista Oriximina 163 PA 1,60 16 Igarape Preto, Teofilo Oeiras do Pará 422 PA 14,84 17 Lagoas São Raimundo Nonato 020 PI 20,22 18 Sabonete Isaias Coelho 020 PI 1,07 19 Campinho da Independência Parati 101 RJ 1,36 20 Morro Alto Maquine/Osório 101 RS 12,77 2,67 21 Arvinha Sertão 153 RS 1,20 22 Cambara Cachoeira do Sul 153 RS 2,83 Extensão aproximada (km) 100,36 2,67 26,48

Extensão aproximada (km) 31,99 Diagnóstico Terras Indígenas e Territórios e Infraestrutura de Transportes Rodoviário e Ferroviário Existem 11 territórios quilombola interceptados diretamente por ferrovias, numa extensão aproximada de 31,99km: Território Quilombola Município Ferrovia EF UF Extensão (km) 1 Mel da Pedreira Macapá Estrada de Ferro Amapá - EFA 401 AP 1,50 2 Rosa Macapá Estrada de Ferro Amapá - EFA 401 AP 5,18 3 Fazenda Porteiras Entre Rios Ferrovia Centro-Atlântica S.A. 101 BA 1,10 4 Boqueirão da Arara Caucaia Transnordestina Logística 405 CE 1,79 5 Monge Belo Itapecuru Mirim Estrada de Ferro Carajás 496 MA 8,72 6 Santa Rita do Vale Santa Rita Transnordestina Logística 225 MA 1,11 7 Queluz Anajatuba Estrada de Ferro Carajás 496 MA 1,51 8 Santa Rosa dos Pretos Itapecuru-mirim Estrada de Ferro Carajás 496 MA 1,05 9 Santa Rosa dos Pretos Itapecuru-mirim Transnordestina Logística 225 MA 6,14 10 Alto da Serra Rio Claro Ferrovia Centro-Atlântica 045 RJ 2,43 11 Alto da Serra do Mar Angra dos Reis Ferrovia Centro-Atlântica 045 RJ 1,46

Diagnóstico Terras Indígenas e Territórios Quilombolas e Infraestrutura de Transportes Rodoviário e Ferroviário 1603,83 km de Rodovias Federais (535,81km pavimentadas e 1068,02km não pavimentadas) interceptando Terras Indígenas; 129,51 km de Rodovias Federais interceptando Território Quilombola 126,04 km de Ferrovias Federais interceptando Terras indígenas 31,99 km de Ferrovias Federais interceptando Território Quilombola

Diagnóstico Terras Indígenas e Territórios Quilombolas e Infraestrutura de Transportes Rodoviário e Ferroviário 39 Terras Indígenas interceptadas por Rodovias Federais 22 Territórios Quilombola interceptados por Rodovias Federais 13 Terras Indígenas interceptadas por Ferrovias Federais 11 Territórios Quilombolas interceptados por Ferrovias Federais

Dificuldades para a operacionalização do direito livre, prévio e informado Quem são os agentes sujeitos de direito da consulta livre, prévia e informada, considerados em sua autodeterminação? Quais e quem são os povos tribais? Quais instituições poderiam ser consideradas como entidades representativas, por exemplo, dos povos indígenas, tomados como um coletivo? Quais medidas administrativas são suscetíveis de afetarem os coletivos sujeitos do direito de consulta? O que é afetação direta? é impacto ambiental direto? Em que momento dos diversos atos gerenciais na prática administrativa, deve se realizar a consulta? Cabe consulta na regularização de empreendimentos que já estão dentro de território quilombola ou terra indígena? Qual medida administrativa deve ser objeto de oitiva? Já que empreendimentos de transporte comportam várias medidas administrativas, antecedidas à construção, durante e depois do empreendimento pronto.

Conclusões Não existem respostas prontas acerca dos diversos aspectos da oitiva prévia, livre e informada. Nesse sentido que os temas das palestras e painéis propostos no Seminário Via Viva 2018 foram construídos na expectativa de que com a experiência e expertise de cada participante aqui presente se possa aprofundar o debate e buscar caminhos para superar um dos desafios existente para o investimento em infraestrutura. Muitos dos empreendimentos de infraestrutura propostos vão ao encontro dos ensejos das populações indígenas e tribais. Por esse motivo é tão importante oportunizar a fala e a escuta dos mesmos.

Conclusões É necessário o diálogo para se encontrar a melhor forma de relacionamento entre os diversos atores desse processo de forma justa e equilibrada conferindo a segurança a este processo de transformação. Permitindo assim a superação de gargalos com a implantação e manutenção de infraestrutura de qualidade que desempenhe seu papel crucial para o desenvolvimento do Brasil. Dessa forma, espera-se colher os reflexos tanto na área de transporte de bens e pessoas, como também na saúde, na educação e na melhoria da qualidade de vida de todos os brasileiros.

Obrigada Aline Figueiredo Freitas Pimenta Diretora do Departamento de Gestão Ambiental e Desapropriação Secretaria Nacional de Transportes Terrestre e Aquaviário Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil aline.pimenta@transportes.gov.br (61) 2029-7803