INFORMAÇÕES DE ÚLTIMA MILHA PARA ALAVANCAGEM DO NEGÓCIO DE TELEFONIA MÓVEL

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Transcrição:

ISSN 1984-9354 INFORMAÇÕES DE ÚLTIMA MILHA PARA ALAVANCAGEM DO NEGÓCIO DE TELEFONIA MÓVEL Flávio Luis de Mello Paulo Fernando Peixoto Da Costa Fazzioni Edilberto Strauss Resumo: Este trabalho apresenta um sistema de apoio a decisão focado em um estudo de viabilidade técnica através dos procedimentos de um site survey, tornando possível melhorar o negócio de telefonia celular. a arquitetura proposta é baseada em um modelo de negócios conhecido como mobile virtual network operator (mvno). o modelo operacional full mvno é adotado de modo a atender os requisitos da agência nacional de telecomunicações (anatel) e a metodologia desenvolvida emprega smartphones atuando como instrumentos de medida dos sistemas de telefonia móvel. assinantes mvno com um perfil específico podem realizar medidas de campo passivas, ou ativas, em tempo real, gerando uma base de dados consistente que descreve o comportamento da rede móvel provendo informações para as áreas de agregação de valor da empresa. a solução de sistema de apoio a decisão proposta pode ser usada por operadores de serviços de telecomunicações, instaladores de serviços de última milha, integradores de sistemas, consultores de soluções tecnológicas e forças de venda de serviços de telecomunicações. Palavras-chaves: sistemas de apoio a decisão, site survey, mobile virtual network operator, location based services, universal mobile telecommunication system, serviços móveis.

1. INTRODUÇÃO Uma vez que o aprovisionamento de serviços é o processo que envolve a ativação de um cliente na rede de comunicações, tem-se que são desejáveis procedimentos automáticos de forma a estabelecer uma conectividade fácil e uma rápida para a ativação do usuário. Contudo, esta tarefa não é trivial a ser executada pelo Sistema de Suporte Operacional das operadoras de telefonia. O estudo de aprovisionamento deve levar em conta um equilíbrio entre a análise técnica e a econômica. A primeira é limitada pelas tecnologias existentes e a segunda pelo incremento de produtividade e redução de custos (peopleware e hardware). Quando se implementa um serviço de comunicação de dados, é importante analisar todas as características técnicas relacionadas com a instalação física, características estas que são obtidas através dos procedimentos de site survey. O objetivo do site survey é assegurar que a quantidade dos nós de rede, suas localizações e configurações assegurem as funcionalidades necessárias e garantam um desempenho compatível com o investimento proposto no projeto da rede. Os procedimentos descritos nesta metodologia permitem decidir qual localidade é adequada a receber os equipamentos/cabeamentos de redes estruturadas, ou pontos de acesso no caso de redes sem fio, provendo para todas estações conexões de qualidade e acesso integral às aplicações disponíveis na rede. A rede de cobertura celular móvel depende não só de fatores naturais, tais como aspectos geográficos e condições de propagação, mas também das condições de uso do terreno (rural e urbano), do comportamento humano, do grau de familiaridade do usuário com os serviços das operadoras, etc. Como a qualidade da cobertura de rede de telefonia celular é medida tradicionalmente através do que se chama de probabilidade de localização, tem-se que é desejável uma predição confiável e precisa da posição do assinante. Os dados coletados, através da metodologia proposta, fornecem subsídios para a tomada de decisão e indicadores de desempenho para criar novos negócios neste nicho de aplicações móveis. Além disto, estas informações são convertidas em vantagens estratégicas para avaliar o comportamento da rede móvel. Adicionalmente, ferramentas de pós-processamento suportam a exportação dos dados para outros sistemas e permitem a geração de relatórios direcionados a profissionais especializados. Desta forma, este trabalho apresenta um Sistema de Apoio a Decisão (SAD) associado a um estudo de viabilidade técnica através dos procedimentos de site survey de modo a incrementar os serviços VAS (Value Added Services Serviços de Valor Agregado) do negócio. A característica que é explorada é o uso dos usuários MVNO (Mobile Virtual Network Operator) como instrumentos de 2

coleta de dados para realizar a avaliação dos serviços que são oferecidos pela operadora. Esta avaliação de última milha oferece vantagens significativas no monitoramento da rede e em eventuais otimizações, permitindo uma constante manutenção em tempo real e fornecendo benefícios aos clientes da operadora de telefonia. O SAD proposto pode ser empregado por operadoras de serviços de telecomunicações, provedores de instalações de serviços de última milha, integradores de sistemas, consultores de soluções tecnológicas e forças de vendas de serviços de telecomunicações. 2. TRABALHOS RELACIONADOS Um MVNO é um operador de telefonia móvel que não possui sua própria licença de uso do espectro de freqüências e que não necessariamente possui uma infra-estrutura de rede. Os MVNOs normalmente possuem acordos comerciais com os operadores tradicionais de telefonia móvel (MNO Mobile Network Operator) os quais dispõe de licença de exploração do espectro de radiofreqüências. Estes acordos fornecem minutos de uso (MOU - Minutes of Usage) para serem revendidos aos usuários finais da própria MVNO. Neste sentido, Dewenter e Haucap [1] estudaram o relacionamento entre MVNOs e MNOs. Cricelli et al. [2] apresentam um modelo para a análise das conseqüências da competição oriunda de uma diversidade de MNOs e MVNOs. Pattanavichai e Premchaiswadi [3] propuseram um modelo de precificação para o investimento em redes 3G UMTS de MNO e MVNO, enquanto que Shin [4] valida um modelo de compreensão do grau de aceitação do usuário de serviços MVNO. As aplicações de site survey e a qualidade de serviços são assuntos amplamente estudados na literatura. Camp et al. [5] apresentam alguns modelos de mobilidade de forma a oferecer aos pesquisadores opções adequadas aos estudos de avaliação de desempenho. Chalmers e Sloman [6] escrevem um artigo antigo, porém interessante, sobre a especificação e a gerência da qualidade dos serviços, particularmente para prover suporte a aplicações multimídia cujos conceitos podem ser aproveitados em serviços de telefonia celular. Bedhiaf et al. [7] apresentam aplicações de downstream que possibilitam ao MVNO entregar seus componentes de software mais rapidamente com menor custo. Varoutas et al. [8] descrevem as condições e a dinâmica do mercado, arquiteturas e diferentes abordagens para o desenvolvimento de MVNOs 3G como uma tentativa de chamar a atenção para as vantagens e os óbices do negócio. O presente trabalho é influenciado pelo crescimento significativo da demanda por comunicação celular móvel observado no Brasil desde que este ganhou o direito de sediar eventos de larga escala tal como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. A 3

Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) define dois modelos autorizados de exploração de MVNO [9] e também regula as condições para a exploração das freqüências de 800 MHz, 900 MHz, 1.800 MHz, 1.900 MHz e 2.100 MHz [10]. Um grande volume de literatura está disponível sobre sistemas de apoio a decisão para o mercado de telefonia móvel, mas muito poucos atentam para a operação das redes móveis. De fato, foi difícil encontrar estudos sobre este tema uma vez que os trabalhos tendem a dar atenção preferencialmente às especificidades do negócio de telefonia móvel. Hafez e ElDahshan [4] abordam os sistemas de apoio a decisão de companhias de telecomunicações e as razões pelas quais estas necessitam plataformas avançadas de data warehouse, demandando sempre novas tecnologias. Hong et al. [12] buscam entender empiricamente os fatores motivadores da aceitação de serviços móveis de dados por parte dos consumidores. Qi et al. [13] propõe que cada modulo do Sistema de Suporte Operacional seja equipado com gerenciadores de conhecimento. Por sua vez, Qi et al. [14] analisam as estratégias de competição das portadoras móveis usando balanced scorecards e sistemas dinâmicos de modelagem. Finalmente, Peppard e Rylander [15] introduzem o conceito de redes de agregação de valor aplicado ao aprovisionamento de serviços móveis que são explorados a fim de identificar potenciais implicações estratégicas para os operadores móveis. 3. A PROPOSTA Este trabalho é baseado no uso de telefones celulares de clientes com tecnologia móvel 3G como instrumentos de aquisição de dados em um SAD para potencializar os serviços de valor agregado de um MVNO. A aquisição de dados de campo é obtida utilizando um software desenvolvido para sistema operacional Symbian e instalado em smartphones 3G. Este software realiza diversas medidas de voz e dados 3G da área de cobertura dos serviços dos nós de rede, independente do deslocamento do usuário. Através do monitoramento do serviço de cobertura por nível de sinal, pelas coordenadas geodésicas e pelo correto funcionamento da comunicação móvel 3G, torna-se possível definir uma metodologia de diagnóstico e otimização da rede. Os dados obtidos fornecem suporte para a modelagem de cenários de desenvolvimento de negócios para o MVNO. A opção pelo emprego de um software embarcado em smartphones deve-se ao baixo custo deste tipo de equipamento e a alta portabilidade dos mesmos quando utilizados como dispositivos de coleta de dados em campo. Estas características são muito desejáveis uma vez que os tradicionais site surveys normalmente usam equipamentos de difícil transporte, geralmente muito caros, e operados por indivíduos altamente 4

treinados. Este trabalho analisa quarto operadores de serviços móveis 3G brasileiros, identificados como EmpresaT, EmpresaO, EmpresaC e EmpresaV, com o objetivo de validar a metodologia. Os dados são obtidos simultaneamente, empregados quarto smartphones distintos, cada qual registrado em uma destas operadoras de forma a determinar o provedor de serviço 3G móvel mais adequado naquele instante. Para a estratégia de negócios da MVNO é essencial avaliar os operadores celular, pois esta ação provê indicadores sobre o parceiro mais apropriado. Apesar de esta pesquisa ter sido realizada no contexto brasileiro, as mesmas técnicas e metodologias podem ser usadas em qualquer serviço de comunicação móvel 3G que esteja disponível. Em seguida, uma arquitetura de Sistema de Apoio a Decisão é descrita tomando por base a experiência do usuário sobre os serviços de telecomunicações de voz e dados, bem como utilizando medidas qualitativas. Esta arquitetura permite que os dados sejam transformados em conhecimento estratégico, criando uma cadeia de valor de informação importante para as esferas executivas e operacionais da empresa, e também para todas outras esferas de tomadores de decisões. Aquisição de Dados e Avaliação A aquisição de dados utiliza um notebook, um roteador de banda larga, e quarto smartphone 3G com plataforma Symbian para medir os serviços de quatro operadoras móveis. Os dados relacionados com a área de interesse são obtidos empregando um software embarcado que é executado em cada um dos quatro smartphones (Nokia N8, N97, N82, C6) simultaneamente, cada qual registrado exclusivamente em uma operadora distinta. A região na qual o site survey foi realizado possui diversos acidentes geográficos tais como uma grande baía, serras, montanhas, uma ocupação urbana densa, florestas, etc. A segmentação do mercado controlado pelas operadoras de redes móveis no primeiro trimestre de 2012 era [16]: EmpresaV 24.3%, EmpresaC 37.0%, EmpresaT 20.7% e EmpresaO 18.0%. Neste mesmo período havia cerca de 144 telefones celulares por 100 habitantes. As variáveis do sinal de celular observadas são: data, hora, identificação da célula (CELL ID), código de localização de área (LAC), país, código de país do móvel (MMC), código de rede do móvel (MNC), latitude, longitude, intensidade de sinal recebida em percentual e dbm, nome da célula, e informação da célula. Este protótipo utiliza o CellTrack [17] para adquirir as informações da rede de telefonia móvel. A localização do smartphone pode ser obtida tanto pelo GPS e A-GPS, mas também usando a informação do CELL ID, garantindo a georeferenciação das medidas amostradas. Diversas avaliações podem ser realizadas utilizando estas informações: comparação direta entre operadoras, identificação do melhor serviço oferecido de acordo com condições previamente definidas, 5

verificação de estabilidade dos serviços 3G e 2G, detecção de variáveis com picos de máximo e mínimo. Esta informação sobre a identificação de picos é particularmente relevante já que valoreslimites de máximo e mínimo são associados à qualidade do serviço. Teste de Campo da Área de Cobertura Neste estágio do trabalho realiza-se a avaliação da qualidade dos serviços de telecomunicações, em uma rede GSM/UMTS, de acordo com a perspectiva do usuário/cliente, e usando medidas automáticas ponto-a-ponto. Estas medidas são obtidas através de testes em deslocamento, o que significa que áreas com cobertura deficiente, ou mesmo sem qualquer cobertura, são consideradas durante a análise. Além disto, o uso de um sistema de medição simultâneo e único para avaliação dos serviços permite um elevado grau de comparabilidade dos resultados, para ambas as dimensões de tempo e espaço. Desta forma, a metodologia proposta possui três características fundamentais: (1) medidas ponto-a-ponto, que refletem características técnicas relacionadas com a qualidade dos serviços; (2) imparcialidade, já que as medidas são realizadas em condições de igualdade para todas as MNOs; (3) objetividade, pois as decisões e intervenções subjetivas e humanas são eliminadas pela amostragem automática. A medida das coberturas de redes utiliza o nível de sinal de downlink, isto é, o RxLev (Received Signal Level) para GSM e o CPICH RSCP (Common Pilot Channel Received Signal Code Power) para WCDMA ao longo dos trajetos observados. Os terminais celulares 3G/GSM ficaram exclusivamente dedicados à tarefa de medição do nível de sinal efetivo, e estes terminais são plenamente capazes de realizar a amostragem dos canais de GSM e WCDMA de todas as MVOs. O protótipo de medição é baseado nas especificações técnicas ETSI [21, 22, 23]. A avaliação foi realizada em dois cenários: urbano e rural. O primeiro, o cenário urbano, se inicia na cidade de Niterói, atravessa o Rio de Janeiro e termina em Petrópolis. Este percurso levou 2,1 horas de medições contínuas e automáticas, cobrindo 110 Km, e visitando o centro comercial de cada cidade. O segundo cenário, o rural, se inicia na cidade de Petrópolis, passa por Araras, Paty do Alferes, Miguel Pereira, Japeri, Seropédica, Queimados, Nova Iguaçu, São João do Meriti, Rio de Janeiro e termina em Niterói. Este percurso levou 4,5 horas de medidas contínuas e automáticas, cobrindo 196 Km. A Figura 1 ilustra o nível de sinal da rede GSM/WCDMA de uma das operadoras no cenário urbano, obtido pela metodologia descrita. Os quatro picos que atingem 100 dbm, uma forma do software empregado indicar quatro perdas de sinal durante o percurso. 6

Fig. 1. Medida do nível de sinal de uma das operadoras em cenário urbano. A Figura 2 apresenta a distribuição de probabilidade do nível de sinal, também obtida pela metodologia proposta. Os valores de borda da distribuição estão entre [-75dBm,-85dBM], para o cenário urbano, tal como preconizado pela ETSI. Por outro lado, no cenário rural, esta operadora entrega um nível de sinal melhor no período de medição. Fig. 2. Distribuição de probabilidade do nível de sinal nos cenários urbano e rural de uma operadora. Uma MVNO hipotética pode utilizar esta metodologia para produzir informações sobre o melhor parceiro a ser contratado, de acordo com características previamente definidas, e a expectativa de experiência que se deseja disponibilizar ao usuário. Observe que o teste em movimento aqui proposto oferece informações sobre a disponibilidade dos serviços do MNO em determinadas localizações, bem como sobre a qualidade de serviço do ponto de vista do usuário. Deve-se ter em mente que os procedimentos descritos criam uma fotografia da provisão de serviços de telefonia celular de uma 7

operadadora em um dado instante. Existe a possibilidade de que, em um dado momento e em uma localização específica, devido a algum mau funcionamento atípico do sistema da MNO, o teste ofereça medidas alteradas sobre a qualidade do sinal do operador. Contudo, os autores sustentam que estas condições de exceção não são relevantes, uma vez que essas situações possuem baixa probabilidade de ocorrência, e que pode ser corrigida com múltiplos testes. Além disto, o mau funcionamento atípico de sistemas também afeta a experiência do usuário sobre os serviços de telecomunicações e por isso não deve ser ignorada. Arquitetura Integrada do Negócio de Comunicação Celular Sistemas de informação devem criar um ambiente empresarial com informações confiáveis fluindo por toda a estrutura organizacional. A arquitetura a seguir, apresentada na Figura 3, descreve sistema de apoio a decisão baseado em full MVNO que integra os benefícios de um sistema de informação com ferramentas de assistência aos tomadores de decisão, tal como será explicado adiante. Fig. 3. Arquitetura do Sistema de Apoio a Decisão proposto. 8

A arquitetura proposta emprega smartphones como instrumentos de medição do sistema de telefonia celular móvel. Estes smartphones são equipados tal como descrito anteriormente neste artigo na subseção de aquisição de dados. Os dados de funcionamento da rede móvel são armazenados em arquivos de tracelog, localizados nos smartphones. Em seguida, os arquivos de tracelog são enviados ao MVNO através do Multimedia Messaging Service (MMS). O arquivo é recebido já dentro da estrutura interna do operador e encaminhado para as áreas de agregação de valor, de forma a serem processados por diversos departamentos da MVNO, formatados em planilhas, gráficos, ferramentas de georeferenciação, relatórios e indicadores de desempenho. No que diz respeito aos clientes da MVNO, pode-se realizar duas opções de modelos de colaboração e fidelização: (1) uma colaboração ativa, disparada pelo cliente; (2) uma colaboração passiva, ativada pela MVNO. A colaboração ativa envolve uma cooperação consciente do usuário. Um teste de campo ativo é efetuado pelos assinantes dos serviços do MVNO através de execução de uma aplicação pré-instalada em seus smartphones. Esta aplicação fornece em tempo real, dados de posição e medição de sinais dos serviços de voz e dados do sistema de telefonia celular móvel ao qual o usuário está conectado. A informação é depositada no arquivo de tracelog e enviada à operadora usando um cliente MMS nativo do smartphone, direcionando a mensagem para um número reservado exclusivamente para a coleta deste tipo de dado. Por exemplo, o operador pode fornecer a seguinte instrução: anexe o arquivo de tracelog e envie para o número 48500 com a palavra TRACELOG no corpo da mensagem. Neste caso, é conveniente que o operador forneça condições promocionais para cliente que realize o upload destes arquivos de tracelog. As promoções podem compreender créditos de uso para voz e dados, pontos para algum programa de fidelização de clientes, descontos especiais em eventos sociais ou outras atividades, milhas em programas de milhagem, etc. A colaboração passiva, por sua vez, emprega a mesma aplicação pré-instalada no smartphone do usuário, e o mesmo cliente MMS para realizar desta vez o teste passivo, porém com uma diferença sutil. Observe que um smartphone oferecido ao usuário a custos módicos é subsidiado pela operadora, e é legal que esta mesma operadora de serviços personalize o sistema operacional do aparelho. Este sistema operacional customizado é um ambiente favorável a criação de automações de software. Sob esta ótica, scripts e ferramentas integradas podem disparar a aquisição de dados automática e enviar os arquivos de tracelog através do MMS sem interferência do usuário. O tempo de uso do sistema e a periodicidade de ativação do script podem ser definidos favoravelmente ao atendimento da necessidades de medição da operadora. Neste caso, o bônus oferecido ao usuário deve ser maior que 9

aquele oferecido pelo usuário de cooperação ativa uma vez que o consumo de dados e a quantidade de informações sobre o estado da rede do operador devem ser maiores. Entretanto, a colaboração passiva possui um aspecto legal relacionado com a violação de privacidade que deve ser mais bem estudado por vias competentes. Os dados de sinal e a exposição da localização do usuário fornecem informações sobre o nível de serviços de voz e dados, mas também fornece uma prospecção do comportamento do usuário. Por exemplo, se o software passivo de aquisição de dados encontra-se ativado quando o usuário realiza compras em um shopping, é possível criar um perfil de comportamento de compras do mesmo e criar um modelo de estilo de navegação dentro de uma loja. Vendedores podem fazer uso deste perfil e deste modelo para se beneficiarem tentando moldar o comportamento de compra do assinante/cliente. Assim, a aceitação deste modelo de negócio deve ser estudada com cuidado, e possivelmente deve-se realizar uma avaliação com um grupo pequeno de assinantes antes de empregar em larga escala esta modalidade de cooperação. Estas duas colaborações suportam modelos de negócios interessantes e a arquitetura proposta minimiza os custos operacionais diminuindo as janelas de manutenção e o envio de equipes técnicas para controlar em tempo real o comportamento da rede móvel. A aquisição de dados, o processamento da informação, a compilação de resultados, e os indicadores de desempenho do operador possibilitam novas oportunidades para criar novas soluções e serviços, planejar decisões estratégicas e tomar decisões executivas. Os departamentos da operadora que podem se beneficiar deste tipo de SAD são: - Aquisição de Sites: este departamento pode escolher melhor a localização para a implementação de novos sites, a manutenção e a otimização de rede; - Centro de Operações de Rede/Segurança (NOC/SOC - Network/Security Operations Center): o departamento pode executar melhor a identificação de falhas de rede e intervir melhor nas políticas de segurança de dados da mesma; - Serviço de Atendimento ao Cliente: ele pode responder melhor às demandas de uso do cliente, oferecer produtos, e direcionar chamadas técnicas; - Marketing: o departamento pode combinar a informação da rede móvel com censo demográficos e identificar novos produtos a serem oferecidos pelo operador para grupos potenciais de clientes; - Financeiro: esta área pode aperfeiçoar o sistema de tarifação e ajustar mais precisamente o retorno do investimento; - Executivo: ele pode obter indicadores de desempenho do mercado de telecomunicações para produzir um alinhamento melhor com as estratégias da MVNO. 10

4. PROVA DE CONCEITO Para avaliar esta proposta, será considerado um modelo de colaboração ativo para um cliente de uma full MVNO. Neste sentido, é descrita uma prova de conceito, começando pelo envio dos dados pelos smartphone para o processo de compilação da informação pela área de Serviços de Valor Agregado (VAS) da MVNO. Como foi descrito na subseção anterior (III.A), quarto smartphones enviam, usando o software de MMS, os arquivos de tracelog contendo dados de medidas de nível de sinal e posicionamento para um servidor de emails, que no nosso caso faz o papel de MMS Server/Relay. Na Figura 4 é apresentada a visualização gráfica das medições. Neste exemplo, foi utilizado o Google Earth [21] como plataforma de mapas (falta rigor cartográfico no software da Google para chamar as imagens de mapas, mas não há impedimento de uso para este tipo de aplicação) e os scripts foram desenvolvidos em linguagem KML [22]. Fig. 4. Coordenadas de um script KML representado no Google Earth. A Figura 5 apresenta um cliente MVNO chamado USER-POC, o especialista responsável por processar os dados na área de VAS do MVNO (SME-VAS), o conteúdo dos dados (DATA-POC), e as planilhas (PLAN-POC) que fornecem a entrada de dados para os sistemas de georeferenciamento, sistemas de inteligência de negócios, e sistemas de otimização e planejamento de rede móvel. O USER-POC ativa o software embarcado em seu smartphone iniciando o processo de medição. Algumas horas depois, por exemplo, o USER-POC encerra esse processo e ativa o software MMSLocation [23] responsável por enviar o arquivo de tracelog para a operadora. O arquivo de tracelog, em formato texto é recebido pelo servidor de mensagens que faz o papel de MMS Relay/Server. Em seguida, o arquivo tracelog é processado pelo especialista de área (SME-VAS) de modo a produzir uma planilha (PLAN-POC). 11

Fig. 5. Esquemático da prova de conceito. A prova de conceito deste trabalho utiliza um software de inteligência computacional [24] para construir os dashboards. Estes dashboards permitem uma visão imediata dos indicadores chave de desempenho que sejam relevantes a um dado objetivo ou processo de negócio. A Figura 6 ilustra tal visão personalizada do PLAN-POC. Fig. 6. Ilustração do dashboard de um PLAN-POC. A otimização da rede de telefonia móvel lida com sites fixos e com antenas já em funcionamento, atendendo a uma demanda de cliente móveis em constante evolução. Neste sentido, com o passar do tempo, a tarefa de otimização torna-se cada vez mais difícil de ser realizada. Uma vez que a rede se torna operativa, seu desempenho é monitorado por indicadores chave de desempenho. Depois da análise de dados, um ajuste fino é executado produzindo novos parâmetros que são aplicados à rede. O ajuste fino consiste em estudar características tais como o controle de potência, 12

qualidade do sinal, handovers, tráfego do cliente, disponibilidade de recursos e disponibilidade de acesso. Este trabalho utilizou um software de escritório em tempo real [25] desenvolvido especificamente para a otimização de rede, uma ferramenta independente de tecnologia, seja ela 2G ou 3G. O PLAN-POC foi importado para a aplicação e as ferramentas de otimização oferecem funcionalidades tais como: auditoria de rede, visualização de rede, otimização, investigação georeferenciada, e representação georeferenciada. Uma vez finalizada a análise de otimização, os resultados são exportados para uma plataforma cartográfica [21]. A Figura 7, por exemplo, ilustra as áreas de abrangência das antenas que ofereciam serviços 3G durante os procedimentos de medição efetuados neste trabalho. Fig. 7. Ilustração das regiões de direcionamento de antenas. 5. CONCLUSÃO Este artigo propôs uma arquitetura de sistema de apoio a decisão com gerenciamento de informações georeferenciadas e medidas de cobertura do nível de sinal dos serviços de dados 3G, que compila o trabalho de pesquisa de Fazzioni [26]. Os dados obtidos foram submetidos a uma análise qualitativa e gráfica de modo a avaliar a qualidade dos serviços de cobertura 3G disponíveis, e prover informação para a implementação de um negócio MVNO. Em seguida, a arquitetura proposta considerou os componentes dos serviços de agregação de valor, extrapolando a tradicional representação gráfica dos sinais medidos usado no suporte aos site surveys. A carga das medidas de nível de sinal em tempo real, usando smartphones de clientes juntamente com uma estrutura computacional, reduz a carga de trabalho e os custos operacionais das equipes de manutenção das 13

operadoras. Como observado na prova de conceito apresentada, este trabalho oferece uma arquitetura que possibilita a integração de informações heterogêneas, visualização de informação e serviços de agregação de valor em um único sistema. Desta forma, é possível utilizar esta arquitetura para dar suporte à MVNO no planejamento e na tomada de decisão sobre o gerenciamento dos serviços de telecomunicações. No futuro, este trabalho vai investigar modelos alternativos de negócios que devem surgir, com a implementação da quarta geração de tecnologia (LTE) e os novos requisitos técnicos correspondentes. Além disto, é interessante explorar experimentos da plataforma proposta em maior escala de forma a atingir um melhor entendimento sobre a evolução do sistema de telefonia móvel, desempenho de indicadores, qualidade, escalabilidade e retorno de investimentos. Por fim, novos protótipos embarcados de smartphones podem ser desenvolvidos para outros sistemas operacionais tais como Android (Google), ios (Apple) e FirefoxOS (Mozilla). 6. REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS [1] Dewenter, Ralf and Haucap, Justus. Incentives to Licence Virtual Mobile Network Operators (MVNOs), Telecommunications Policy Research Conference (TPRC) 2006, August 15, 2006 [2] Livio Cricelli, Michele Grimaldi, Nathan Levialdi Ghiron. The competition among mobile network operators in the telecommunication supply chain, International Journal of Production Economics, Volume 131, Issue 1,, pp. 22-29, May 2011. [3] Pattanavichai, S.; Jongsawat, N.; Premchaiswadi, W. "A Pricing Model and Sensitivity Analysis for MNO's Investment Decision Making in 3G UMTS Networks," Third International Symposium on Electronic Commerce and Security (ISECS), 2010, vol., no., pp.274,279, 29-31 July 2010. [4] Dong-Hee Shin. MVNO services: Policy implications for promoting MVNO diffusion, Telecommunications Policy, Volume 34, Issue 10,pp. 616-632, November 2010. [5] Camp, T., Boleng, J. and Davies, V. A survey of mobility models for ad hoc network research. Wireless Communication Mobile Computing, 2: pp.483 502, 2002. [6] Chalmers, D.; Sloman, M., "A survey of quality of service in mobile computing environments," Communications Surveys & Tutorials, IEEE, vol.2, no.2, pp.2,10, Second Quarter 1999. 14

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