Doenças Endêmicas Amazônicas no contexto da transmissão vetorial



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Transcrição:

Doenças Endêmicas Amazônicas no contexto da transmissão vetorial Rosemary Costa Pinto Assessora Técnica/ASTEC/FVS rosemary.pinto@gmail.com Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas

Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas DENGUE

ALERTA!! Nos nove primeiros meses deste ano, foram registrados cerca de 279 mil casos de pessoas doentes no País - contra aproximadamente 248 mil de todo o ano passado. Quase a metade (113,6 mil), neste ano, está concentrada na região Sudeste. O Estado com o maior número de casos é São Paulo (43,3 mil.

DENGUE: sorotipos circulantes por Estados Brasil / 2005

Por que se preocupar? Estado de São Paulo volta a enfrentar surto de dengue Número de casos cresceu 1.380% entre 2004 e este ano; no país, aumento foi de 138,6% São José do Rio Preto é o município com o maior número de doentes, seguido por Ribeirão Preto e Praia Grande e Catanduva Os casos de dengue explodiram neste ano no Estado de São Paulo e já foi registrada pelo menos uma morte em razão da doença. Fonte: Folha de São Paulo, 27/11/06

Por que se preocupar? Embora ainda não tenha terminado, 2006 já é o ano com o segundo maior número de mortos por dengue na história do Brasil. Entre janeiro e setembro, o Ministério da Saúde registrou 61 mortes no País. No ano passado inteiro, foram 45. O número de 2006 - ainda parcial - só não é maior que o de 2002, quando houve a pior epidemia de todos os tempos. Naquele ano, 150 pessoas morreram depois de terem sido picadas pelo mosquito A. aegypti. A maior parte das vítimas morava na cidade do Rio.

Por que se preocupar? O Ceará foi o segundo Estado com o maior número de doentes, atrás de São Paulo. São 34,2 mil infectados pelo tipo 3 da dengue, a maioria deles na capital, Fortaleza; Logo em seguida, aparecem o Rio (29,3 mil casos), Goiás (26,8 mil) e Minas Gerais (26,6 mil). No Brasil, somente Santa Catarina e o Rio Grande do Sul estão livres da dengue.

Por que se preocupar? Uma das preocupações das autoridades de saúde é que o tipo 4 pode chegar ao território nacional a qualquer momento. Países vizinhos, como a Venezuela, a Guiana Francesa e o Peru, já tiveram epidemias provocadas por esse sorotipo. Uma epidemia no Brasil seria inevitável, já que ninguém tem imunidade contra o tipo 4.

CASOS DE DENGUE NOTIFICADOS NO AMAZONAS, SEGUNDO MUNICÍPIO - JAN-NOV 2006 ITACOATIARA 11 2% BORBA 23 5% TABATINGA 7 IRANDUBA 4 1% OUTROS 13 3% 2% n = 446 MANAUS 388 87%

Resultado do LIRAa Julho 2006

Resultado do LIRAa Julho 2006

Casos de Dengue 2001

Casos de Dengue 2006 n = 388

Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas MALÁRIA

Casos de malária Amazônia Legal, jan a set 2005 e 2006 UF 2005 Total de casos 2006 % Variação de casos % de Participação por UF 2006 AM 178.692 136.939-23,4 33,9 PA 95.808 75.677-21,0 18,7 RO 87.471 73.626-15,8 18,2 AC 29.352 72.604 147,4 18,0 AP 19.806 18.333-7,4 4,5 RR 25.075 14.074-43,9 3,5 MA 9.728 7.953-18,2 2,0 MT 6.834 4.684-31,5 1,2 TO 582 287-50,7 0,1 AMAZÔNIA 453.348 404.177-10,8 100,0 Fonte: SVS/MS atualizado em 22.10.2006. Dados sujeito a revisão

Mapa do risco de transmissão da malária. Municípios do Amazonas, 2006. Fonte: SIVEP MALÁRIA Atualizado em 23.07.2006. Dados sujeitos a revisão.

Estratificação da malária por % de participação no número de casos, janeiro a novembro de 2006. MANAUS 21,8% CAREIRO LABREA 48,6% 5,2% 4,7% GUAJARA RIO PRETO DA EVA MANACAPURU PRESIDENTE FIGUEIREDO BORBA OUTROS MUNICÍPIOS 4,1% 4,3% 3,7% 3,8% 3,9% Fonte de dados: SIVEP-malária, 2006.

Estratificação da malária por ocupação territorial, Amazonas, janeiro a novembro 2006. 6,9% 1,8% 0,0% Área Rural 8,0% Área Urbana Área indigena Assentamento Acampamento 11,6% Garimpo 71,7% Fonte de dados: SIVEP-malária, 2006.

MUNICÍPIOS COM TRANSMISSÃO DE MALÁRIA URBANA NO AMAZONAS

Proporção de malária por P. falciparum Amazônia Legal, jan a set 2005 e 2006 2005 2006 Região 40 37,1 35 30 31,9 29,2 32,2 31,0 29,2 31,4 % 25 20 25,6 24,1 20,2 24,8 23,8 23,3 24,0 20,9 25,5 21,7 26,9 15 13,8 10 5 0 AM AC PA RO AP RR MA MT TO Fonte: SVS/MS atualizado em 22.10.2006. Dados sujeito a revisão * até agosto

Proporção de internação Amazônia Legal, jan a ago 2003 e 2006 35 30 25 20 % 15 10 5 0 A C A M A P M A M T P A R O R R T O R egião 2003 8,4 1,0 2,5 3,7 9,3 2,0 2,9 1,7 19,3 2,2 2006 2,8 0,6 1,4 2,3 3,3 1,5 1,7 2,4 34,1 1,5 Fonte: SVS/MS atualizado em 22.10.2006. Dados sujeito a revisão

Demonstrativo mensal de casos autóctones de Malária Amazonas - 2004 / 2005 / 2006 35.000 30.000 2004 2005 2006 25.000 N.º DE CASOS 20.000 15.000 10.000 5.000 0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 2004 11.913 11.772 15.406 10.791 11.725 12.572 15.618 13.925 13.089 11.797 12.794 11.041 2005 17.808 17.199 17.424 16.108 17.780 20.983 29.151 26.061 19.759 14.799 16.228 16.030 2006 15.243 10.512 12.972 13.062 17.447 16.487 21.119 24.075 16.846 Fonte de dados: SIVEP-malária, 2006.

Demonstrativo Mensal da Malária em MANAUS Casos Autóctones - 2004 / 2005 / 2006 8.000 7.000 2004 2005 2006 6.000 5.000 N.º DE CASOS 4.000 3.000 2.000 1.000 0 2004 5213 5222 6788 4438 4880 4486 5615 4040 3579 3731 4476 3465 2005 6768 5755 4878 4700 4044 4835 7306 6187 5874 4787 4824 4426 2006 3731 2451 3147 2718 3399 2625 4275 4962 3947 2708 2057 Fonte de dados: SIVEP-malária, 2006. JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Incidência de Malária em Manaus

Áreas de invasão em Manaus

Invasão da Carbrás em Manaus

Desmatamentos e interrupções/ assoreamentos de igarapés, ocasionados pela ocupação desordenada e irregular do espaço das Zonas Leste, Oeste e Norte e consolidando-se em mais de 54 invasões,

São registrados mais de 300 tanques na periferia de Manaus, que se tornaram criadouros permanentes, alterando a comportamento sazonal da endemia;

Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas Febre Amarela

Áreas de Risco para Febre Amarela Silvestre. Brasil, 1997 a 2006 2006 1997 2001 Fonte: MS/SVS/DEVEP/CGDT/COVEV Áreas de risco: Endêmica Transição Indene de Risco Potencial Indene

FAS A febre amarela silvestre (FAS) tem se apresentado endemicamente nos últimos três anos (2004 a 2006), com a ocorrência de casos esporádicos restritos às áreas endêmicas (regiões norte e centro oeste), afetando indivíduos não vacinados. Em 2004 ocorreram cinco casos, sendo três no estado do Amazonas (municípios de Iranduba, Itacoatiara e Barcelos) e dois no Pará (município de Parauapebas). Em 2005 foram registrados três casos, dois no Amazonas (municípios de Coari e Codajás) e um caso em Roraima (município de Mucajaí). Em 2006, até a semana epidemiológica 28/2006, foram confirmados dois casos nos municípios de Iranduba/AM e Nova Ubiratã/MT.

CASOS CONFIRMADOS DE FEBRE AMARELA NO AMAZONAS - 1996 A 2006 18 16 14 16 13 caso óbito TOTAL C=36 O=28 Lt=78% 12 10 8 6 4 2 0 6 5 4 4 3 3 3 2 2 2 2 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Vigilância sindrômica Neste sentido, pode-se destacar a recente recomendação da vigilância sindrômica, na qual, por características clínicas, faz-se a abordagem do paciente, fortalecendo a suspeita principal com outras etiologias diferenciais (hepatites virais, malária grave, dengue hemorragica, leptospirose, meningites, etc., que passam a ser pesquisadas em esquema paralelo e não por etapas subseqüentes, através da avaliação de diagnóstico diferencial laboratorial dos agravos a pesquisar.

Leishmaniose Tegumentar Americana Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas

Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas Doença de Chagas

Histórico do certificação da interrupção da transmissão Na década de 70 se identificou uma área com risco de transmissão vetorial abrangendo: 36% do território do país, 2.000 municípios em 18 Estados, com uma soroprevalência de 4,2%. A rigor, apenas a Amazônia e o estado de Santa Catarina eram considerados indenes para transmissão vetorial da doença de Chagas. No ano de 1991, os ministros de Saúde dos países do Cone Sul, em reunião realizada em Brasília, propuseram uma iniciativa regional de trabalho compartido, tendo como meta a eliminação do T. infestans - além do corte da transmissão transfusional de T. cruzi - o que implicaria um importante impacto na transmissão vetorial da infecção chagásica.

Histórico do certificação da interrupção da transmissão Com a intensificação das ações de controle nos últimos anos pelo Ministério da Saúde e em uma ação articulada e integrada entre as três esferas de governo que conformam o Sistema Único de Saúde, gradativamente a transmissão vetorial pelo T. infestans foi interrompida em todos os estados. A partir do ano de 1998 iniciaram-se as avaliações por estados por meio de comissões nacionais, seguindo-se de avaliações internacionais em 1999, coordenadas pela Organização Pan-Americana da Saúde. Na reunião intergovernamental de 2000 no Rio de Janeiro, foi homologada a certificação da interrupção da transmissão de seis estados (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo).

Histórico do certificação da interrupção da transmissão Portanto, esta etapa proposta pela iniciativa dos países do Cone Sul foi cumprida e temos que seguir adiante, na medida em que a doença não acabou e não acabará, desde que é primitivamente uma enzootia, e que casos humanos, mesmo que de forma acidental, poderão seguir ocorrendo. É necessário seguir consolidando a vigilância epidemiológica, enfrentando os novos desafios como: desenvolvimento de estratégias adequadas para o controle doença na região amazônica, onde tem características de transmissão diferentes do que até então vinha sendo verificada na área endêmica;

Histórico do certificação da interrupção da transmissão Oferecimento de atenção médica e social àqueles que no passado foram infectados, adoção de estratégias para emergência de novas espécies potencialmente vetoras, como é o caso de Triatoma rubrovaria no Sul e de Panstrongylus lutzi no Nordeste; e aumento de nossa capacidade de detectar e responder à ocorrência de surtos episódicos de transmissão oral, como verificado não somente na Amazônia, mas destacado em 2005, com o importante surto relacionado ao consumo do caldo de cana no estado de Santa Catarina

CASOS CONFIRMADOS DE DOENÇA DE CHAGAS AGUDO AMAZONAS 2005/2006 MUNICÍPIO 2005 2006 Apui 1 Manacapuru 1 1 Manaus 1

OBRIGADA! Foto: Romeo Fialho S.G.da Cachoeira/AM