ASTRONOMIA NOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS NO ESTADO DO PARANÁ

Documentos relacionados
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS PARA O ENSINO DE ASTRONOMIA NO ESTADO DO PARANÁ

Plano de Ensino. Curso. Identificação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO. Câmpus de Bauru. 1604L/1605L Física.

Plano de Ensino. Curso. Identificação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO. Câmpus de Bauru. 1604L Física.

Plano de Ensino. Curso. Identificação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO. Câmpus de Bauru. 1604L/1605L Física.

A COSMOLOGIA EM TESES E DISSERTAÇÕES SOBRE ENSINO DE ASTRONOMIA NO BRASIL

O CURSO DE PEDAGOGIA COMO LÓCUS DA FORMAÇÃO MUSICAL INICIAL DE PROFESSORES Alexandra Silva dos Santos Furquim UFSM Cláudia Ribeiro Bellochio UFSM

Apresentação. Roberto Nardi

Venâncio Bonfim-Silva 1 Edinaldo Medeiros Carmo 2 INTRODUÇÃO

Eixo Temático: Eixo 01: Formação inicial de professores da educação básica. 1. Introdução

Ensino de Astronomia e Formação em Astronomia, um recorte dos últimos três anos.

AULA Nº 7 METODOLOGIA CIENTÍFICA ALGUNS TIPOS DE PESQUISAS E SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS. Prof. MSc. Fernando Soares da Rocha Júnior

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

ASTRONOMIA NOS LIVROS DIDÁTICOS DE CIÊNCIAS DO ENSINO FUNDAMENTAL I

Formação de professores para área de Ciências da Natureza. Teacher education for Natural Sciences area

OBJETOS DIDÁTICOS PARA ENSINO DE ASTRONOMIA COM ALUNOS CEGOS

CONCEPÇÕES PRÉVIAS DE FÍSICA MODERNA DE ALUNOS INGRESSANTES NO ENSINO SUPERIOR EM FARMÁCIA

O ENSINO DE ASTRONOMIA: CONTRIBUIÇÕES DO PIBID NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DE FÍSICA

Aula 5 OFÍCINA TEMÁTICA NO ENSINO DE QUÍMICA

O PROGRAMA DE APERFEIÇOAMENTO DO ENSINO PAE E A FORMAÇÃO DOS FORMADORES DO ENSINO SUPERIOR

PIBID SUBPROJETO DE FÍSICA

A PESQUISA COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NO CURSO DE FISIOTERAPIA

AVALIAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS PROFOP - PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UMA PROPOSTA DE MUDANÇA CURRICULAR.

PANORAMA DAS TESES E DISSERTAÇÕES BRASILEIRAS E PORTUGUESAS SOBRE EDUCAÇÃO CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Licenciatura em Educação Física no ano de

NÚCLEO TEMÁTICO I CONCEPÇÃO E METODOLOGIA DE ESTUDOS EM EaD

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

ASTRONOMIA NO ENSINO DE FÍSICA: O EPISÓDIO DO METEORITO SERRA DO MAGÉ

TEMAS E CONTEÚDOS ABORDADOS EM TESES E DISSERTAÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO EM ASTRONOMIA NO BRASIL

Educação em Química no Brasil: conquistas e perspectivas da pesquisa. Ensino de Química III 2011 Profª Tathiane Milaré.

As práticas de ensino-aprendizagem musical nos cursos técnicos integrados dos Institutos Federais: um breve panorama

APRENDER A ENSINAR COM TECNOLOGIA EM CURSOS DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

O PAPEL DE GRUPOS COLABORATIVOS EM COMUNIDADES DE PROFESSORES QUE ENSINAM MATEMÁTICA

ANÁLISE DOS CONCEITOS ASTRONÔMICOS APRESENTADOS POR PROFESSORES DE ALGUMAS ESCOLAS ESTADUAIS BRASILEIRAS

A PERCEPÇÃO DE FUTUROS PROFESSORES ACERCA DA LIBRAS NA EDUCAÇÃO DE SURDOS 1

Formação docente interdisciplinar como espaço de reflexão coletiva acerca da prática docente

EXPANSÃO E PRIVATIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR DE HISTÓRIA: MAPEAMENTO DO MERCADO DE FORMAÇÃO DE HISTORIADORES

Três décadas de pesquisa sobre a formação de professores de alemão no Brasil

Evento: XXV SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Aula 9 Pesquisa em ensino de Biologia: panorama e recorte da ênfase em Zoologia

O ENSINO DE MATEMÁTICA NAS SÉRIES INICIAIS: DESAFIOS E NECESSIDADES DOCENTES

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE: A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

ANÁLISE DE CONTEÚDO DAS EMENTAS DAS DISCIPLINAS RELACIONADAS AO ENSINO DE CIÊNCIAS PRESENTES NAS MATRIZES CURRICULARES DO CURSO DE PEDAGOGIA

PROGRAMA DE ENSINO. CÓDIGO DISCIPLINA OU ESTÁGIO SERIAÇÃO IDEAL/PERÍODO 1107 Pesquisa em Educação Científica II 4ª série

INTRODUÇÃO. Paulo Vidal Guanabara de Azevedo¹ Universidade Estadual da Paraíba

Representações de conteúdo inseridas no plano de ensino de professores em formação continuada

O ENSINO DE SOCIOLOGIA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) NAS ESCOLSA ESTADUAIS DE DOURADOS/MS RESUMO INTRODUÇÃO

LIBRAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: CURRÍCULO, APRENDIZAGEM E EDUCAÇÃO DE SURDOS

ANÁLISE DAS TENDÊNCIAS DE PESQUISAS EM ENSINO DE QUÍMICA NO BRASIL NOS ÚLTIMOS 10 ANOS A PARTIR DOS ENCONTROS NACIONAIS DE ENSINO DE QUÍMICA.

FORMAÇÃO CONTINUADA: CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁTICA DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA DA EDUCAÇÃO BÁSICA

1.1 Os temas e as questões de pesquisa. Introdução

UMA ANÁLISE DA HISTÓRIA DA TRIGONOMETRIA EM ALGUNS LIVROS DIDÁTICOS DE MATEMÁTICA DO 9º ANO AVALIADOS PELO PNLD

CONTRIBUIÇÕES PARA A ATUAÇÃO DOCENTE EM SALA DE AULA: AS CIÊNCIAS NATURAIS NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES

ASTROBIOLOGIA: UMA CIÊNCIA EMERGENTE NO CONTEXTO DO ENSINO FUNDAMENTAL.

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DE INTEGRAÇÃO DOCENTE: PERSPECTIVAS CONCEITUAIS INOVADORAS RESUMO

A FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR ALFABETIZADOR QUE ENSINA MATEMÁTICA NOS MATERIAIS CURRICULARES EDUCATIVOS DO PACTO/ PNAIC

CURRÍCULO DE BIOLOGIA PARA EJA: AVALIANDO QUALITATIVAMENTE E QUANTITATIVAMENTE

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso 1605L - Licenciatura em Física. Ênfase

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso 1605L - Licenciatura em Física. Ênfase

DIDÁTICA DA FÍSICA NO ENSINO SUPERIOR: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A prática como componente curricular na licenciatura em física da Universidade Estadual de Ponta Grossa

Universidade Federal do ABC Pró-Reitoria de Graduação. Criação ( x ) Alteração ( ) Extinção ( )

PESQUISAS ATUAIS EM ENSINO DE BIOLOGIA: TEMÁTICAS DISCUTIDAS NO CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Instituto de Educação

AVALIAÇÃO DE UM JOGO LÚDICO COMO RECURSO DIDÁTICO AUXILIAR PARA A COMPREENSÃO DE CONCEITOS DE QUÍMICA ORGÂNICA COM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO.

NOVAS METODOLOGIAS DE ENSINO: UMA PESQUISA SOBRE O USO DO SOFTWARE GEOGEBRA NO PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA

PLANEJAMENTO DE ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA

. Palavras chave: formação docente, estágio supervisionado, disciplinas pedagógicas.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: O PENSAR E O FAZER NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES

O REFORÇO NAS AULAS DE LÍNGUA ESPANHOLA

Antônia Pereira da Silva Graduanda em Letras-Português pelo PARFOR da Universidade Federal do Piauí

AS ANALOGIAS NAS AULAS DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA: CONTRIBUIÇÃO PARA A SOCIALIZAÇÃO E ENTENDIMENTO DE CONTEÚDOS

Instituto de Educação Universidade de Lisboa

AGA 210 Introdução à Astronomia

FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL DE TREMEDAL BAHIA

A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO CIENTÍFICO NO ÂMBITO DO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIOESTE: RESULTADOS PRELIMINARES

EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS NAS LICENCIATURAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DA PARAÍBA

Câmpus de Bauru. Plano de Ensino. Disciplina A - Estágio Supervisionado III: Projetos Interdisciplinares de Ensino de Ciências e Física

XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências XI ENPEC Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC 3 a 6 de julho de 2017

Plano de Ensino. Qualificação/link para o Currículo Lattes: Teoria Exercício Laboratório

OS LIVROS DIDÁTICOS APROVADOS NO PNLEM: UM OLHAR A PARTIR DOS EXERCÍCIOS DE MECÂNICA

MÉTODOS FACILITADORES DE APRENDIZAGEM: USO DE ANIMAIS NO ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA

CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I: ANALISANDO AS DIFICULDADES DOS ALUNOS DE UM CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

Professores do PED criam Mestrado Profissional em Educação: Formação de Formadores. Marli Eliza Dalmazo Afonso de André

AUTORES. Julia de Cassia Pereira do Nascimento, UCS, Edda Curi, UCS,

Mestrado Profissional em Ensino de Física. Instituto de Física UFRJ

ANÁLISE DO BANCO DE DADOS DE TESES E DISSERTAÇÕES DO DME/UFSCAR SOBRE EDUCAÇÃO EM ASTRONOMIA

Sérgio Camargo Setor de Educação/Departamento de Teoria e Prática de Ensino Universidade Federal do Paraná (UFPR) Resumo

METODOLOGIA TIPOS DE PESQUISA

XV Encontro de Iniciação à Docência Universidade de Fortaleza 19 a 23 de outubro de 2015

Estrutura Curricular. Grupo A [Saberes Docentes]

Apresentação da Proposta Político-Pedagógica do Curso e Grade de Disciplinas

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

TÍTULO: ENSINO E CONTABILIDADE: A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DO DOCENTE DE CONTABILIDADE E SEUS REFLEXOS NO ENSINO/APRENDIZAGEM DOS DISCENTES.

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS: DESAFIOS E POSSSIBILIDADES NO ENSINO DE MATEMÁTICA NAS SÉRIES INICIAIS

Considerando o disposto na Resolução CNE/CES nº 9, de 11 de março de 2002 que institui as Diretrizes Nacionais Curriculares para o Curso de Física;

Ficha de Recomendação - APCN

DIAGNÓSTICO DO ENSINO E APRENDIZADO DA CARTOGRAFIA NOS DIFERENTES NÍVEIS DE FORMAÇÃO

Transcrição:

ASTRONOMIA NOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS NO ESTADO DO PARANÁ ASTRONOMY IN THE CURRICULUMS OF BIOLOGICAL SCIENCES COURSES IN THE STATE OF PARANÁ ASTRONOMÍA EN LOS CURRICULOS DE LOS CURSOS DE CIENCIAS BIOLÓGICAS EN EL ESTADO DEL PARANÁ Aline Alves de Oliveira* alline_alvesuem@hotmail.com PoloniaAltoé Fusinato* altoepoly@gmail.com Michel Corci Batista* michel@utfpr.edu.br * Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática, Universidade Estadual de Maringá Resumo Este trabalho objetivou investigar o conteúdo de Astronomia nos currículos dos cursos de Ciências Biológicas, fazendo um recorte neste momento apenas do estado do Paraná. A metodologia adotada tem um enfoque qualitativo. Para a coleta de dados escolhemos as cinco maiores Universidades públicas do estado e duas particulares por possuírem campi em todas as regiões do Paraná. Para análise dos dados, utilizamos alguns pressupostos teóricos da Análise de Conteúdo de Bardin (1977). A partir dos nossos resultados, nota-se uma discrepância entre o que propõe as diretrizes de Ciências para o Ensino Fundamental no estado do Paraná e o que tem sido ofertado pelas instituições de ensino para o preparo dos professores que se dedicarão à educação básica, notadamente em relação ao ensino da Astronomia. Palavras-chave: Conteúdo de Astronomia, Formação Inicial, Ciências Biológicas. Abstract This work aimed to investigate the content of Astronomy in the curricula of the Biological Sciences courses, making a cut at this moment only in the state of Paraná. The methodology adopted has a qualitative approach. For the collection of data we chose the five largest public universities in the state and two individuals for having campuses in all regions of Paraná. To analyze the data, we used some theoretical assumptions of the Content Analysis of Bardin (1977). From our results, there is a discrepancy between what proposes the Science guidelines for Elementary Education in the state of Paraná and what has been offered by educational institutions for the preparation of teachers who will dedicate themselves to basic education, notably in relation to the teaching of Astronomy. Keywords: Astronomy Content, Initial Formation, Biological Sciences. Resumen Este trabajo objetivó investigar el contenido de Astronomía en los currículos de los cursos de Ciencias Biológicas, haciendo un recorte en este momento apenas del estado de Paraná. La metodología adoptada tiene un enfoque cualitativo. Para la recolección de datos elegimos las cinco mayores Universidades públicas del estado y dos privadas por poseer campi en todas las regiones del Paraná. Para el análisis de los datos, utilizamos algunos presupuestos teóricos del Análisis de Contenido de Bardin (1977). A partir de nuestros resultados, se nota una discrepancia entre lo que propone las directrices de Ciencias para la Enseñanza Fundamental en el estado de Paraná y lo que ha sido ofrecido por las instituciones de enseñanza para la preparación de los profesores que se dedicarán a la educación básica, en relación a la enseñanza de la Astronomía. Palabras clave: Contenido de Astronomía, Formación Inicial, Ciencias Biológicas.

INTRODUÇÃO De acordo com Batista (2016), nos últimos anos o ensino de Astronomia tem sido objeto de diversas pesquisas na área de Educação em Ciências, dentre alguns, destacamos: Leite (2002), Mees (2004), Pedrochi & Neves (2005), Langhi & Nardi (2005), Batista et al. (2018). De um modo geral, todas essas pesquisas demonstram que, o ensino de Astronomia apresenta diversos problemas e que necessitam ser estudados visando à melhoria da qualidade dos docentes que a ministram. O presente trabalho insere-se nas reflexões sobre a má formação do professor de Ciências (biólogo) para o ensino de Astronomia. De acordo com Magalhães Junior e Pietrocola (2005), o ensino de Ciências no Ensino Fundamental é muito recente no Brasil e, até hoje, a formação de professores desse nível de ensino é relegada pelas universidades. Assim, a disciplina Ciências só foi inserida obrigatoriamente, na educação brasileira, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) em 1961, pela lei nº 4.024/61, mas a formação de professores foi postergada para a década de 1970. Somente a partir da promulgação da nova LDB, lei nº 9.394/96 é que se torna obrigatória a formação de nível Superior de cursos plenos para profissionais da educação, incluindo os da área de Ciências. Apesar disso, a maioria das universidades preferiu continuar formando professores em áreas específicas, e não em Ciências, de forma generalista. Segundo Razuck e Razuck (2011), a falta de um programa de formação específica para a Licenciatura em Ciências vem sendo suplantada, sobretudo, pelos cursos de Licenciatura em diversas áreas do conhecimento, como, por exemplo, Ciências Biológicas, Química e Física, os quais costumam atender, parcialmente, as demandas escolares. E, ainda mais alarmante, em nosso país, é cotidiano encontrarmos profissionais com formação diversa ministrando aulas de Ciências para os anos finais do Ensino Fundamental. É frequente encontrarmos biólogos, químicos, físicos, matemáticos, médicos, dentistas, agrônomos, engenheiros e veterinários, entre outras formações, atuando como professores de Ciências, o que pode ser comprometedor para o processo de ensino e aprendizagem. Nesse sentido, a temática desse trabalho versou sobre a questão da formação de um profissional habilitado para ministrar aulas nos anos finais do Ensino Fundamental, com um olhar específico para o ensino de Astronomia. Dentro deste cenário, tornou-se necessário verificar de que forma os cursos de formação inicial em Ciências Biológicas do estado do Paraná discutem em suas componentes curriculares a temática Astronomia e seu ensino. Segundo Stanzani et al. (2012, p. 01), os cursos de licenciatura, em sua maioria, seguem um modelo tradicional de formação, caracterizado pela dicotomia teoria-prática e Revista Valore, Volta Redonda, 3 (Edição Especial): 334-342., 2018 335

pela falta de integração disciplinar que, pautado na ideia da transmissão/recepção, confere uma visão simplista à atividade docente, tornando esse processo pouco eficiente em sua função formativa. PERCURSO METODOLÓGICO Trata-se de uma pesquisa qualitativa. Para Oliveira (2002), as pesquisas que utilizam da abordagem qualitativa possuem a facilidade de poder descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por grupos sociais, apresentar contribuições no processo de mudança, criação ou formação de opiniões de determinado grupo e permitir, em maior grau de profundidade, a interpretação das particularidades dos comportamentos ou atitudes dos indivíduos. A presente pesquisa foi realizada em dois momentos. Em um primeiro momento, uma pesquisa exploratória nos sites das Universidades e Faculdades do Estado do Paraná (UEM, UEL, UEPG, UNIOESTE, UFPR, UNICESUMAR e UNIPAR) em relação aos cursos de Ciências Biológicas, a fim de verificarmos quais as disciplinas contidas no curso poderiam abordar a temática Astronomia. Em um segundo momento, baixamos dos sites as ementas das disciplinas que de alguma forma se relacionava ao ensino de Ciências, Física ou Astronomia, e seguimos as etapas propostas por Bardin (1977), para à análise dos conteúdos de Astronomia nos currículos dos cursos de Ciências Biológicas no estado do Paraná. A pesquisa exploratória tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas envolve: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que estimulem a compreensão (GIL, 2007). Essas pesquisas podem ser classificadas como: pesquisa bibliográfica e estudo de caso (GIL, 2007). Como qualquer exploração, a pesquisa exploratória depende da intuição do explorador (neste caso, da intuição do pesquisador). Por ser um tipo de pesquisa muito específica, quase sempre ela assume a forma de um estudo de caso (GIL, 2008). Como qualquer pesquisa, ela depende também de uma pesquisa bibliográfica, pois mesmo que existem poucas referências sobre o assunto pesquisado, nenhuma pesquisa hoje começa totalmente do zero. Haverá sempre alguma obra, ou entrevista com pessoas que tiveram experiências práticas com problemas semelhantes ou análise de exemplos análogos que podem estimular a compreensão. Revista Valore, Volta Redonda, 3 (Edição Especial): 334-342., 2018 336

A análise dos dados foi feita com base no método de análise de conteúdo (BARDIN, 1977), em que a partir de leitura e releitura dos dados recolhidos, foram identificados os sentidos e significados dos resultados obtidos e, posteriormente, discussões e conclusões foram elaboradas. Para Bardin (1977), a análise de conteúdo, enquanto método torna-se um conjunto de técnicas de análise das comunicações que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens. RESULTADOS E DISCUSSÕES Nosso trabalho buscou alguns elementos para a discussão sobre formação de professores de Ciências que ministram aulas nos anos finais do Ensino Fundamental (que quase na totalidade possui formação em Ciências Biológicas), com um olhar específico voltado para o ensino de Astronomia. Nessa perspectiva buscamos compreender como os cursos de Licenciatura em Ciências Biológicas têm colaborado para a formação de um professor, que seja capaz de lecionar conteúdos de Astronomia. Neste trabalho fizemos um recorte apenas do estado do Paraná, investigando o conteúdo de Astronomia nos currículos dos cursos de Ciências Biológicas de sete instituições de ensino espalhadas por todo o território paranaense (UEM, UEL, UEPG, UNIOESTE, UFPR, UNICESUMAR e UNIPAR). As informações sobre as instituições pesquisadas estão dispostas no quadro 1. Nesse aparece ainda as séries que são oferecidas as disciplinas, nome da disciplina, carga horária e se a disciplina é obrigatória ou optativa. Faculdade / Universidade Quadro 1: Curso de licenciatura em ciências biológicas, 2018 Disciplina com conteúdo de Astronomia Série em que a disciplina é oferecida / semestre UEM NÃO UEL SIM 1ª Série/ 2º semestre UEPG SIM 2ª Série UNIOESTE NÃO 3ª Série Nome e Carga horária da disciplina FÍSICA APLICADA A BIOLOGIA 68 Horas ASTRONOMIA PARA BIOLOGIA/ 51 horas E ASTROBIOLOGIA/ 68 horas Disciplina obrigatória / Optativa Obrigatória Obrigatória Optativa Revista Valore, Volta Redonda, 3 (Edição Especial): 334-342., 2018 337

UFPR SIM N/C UNICESUMAR UNIPAR NÃO NÃO 8º Período Fonte: Autores (2018) Introdução à Astronomia I/ 60 horas e Instrumentação para o ensino de Astronomia/ 45 horas Optativa Optativa Percebemos por meio do quadro 1 que apenas duas instituições formadoras apresentam disciplinas envolvendo conteúdos de Astronomia, o que consideramos um número irrelevante se considerarmos o número de profissionais que trabalham com o Ensino de Ciências no anos finais do Ensino Fundamental no estado do Paraná. As ementas das disciplinas que envolvem a temática Astronomia estão apresentadas no quadro 2. Faculdade / Universidade UEM UEL UEPG UNIOESTE UFPR Quadro 2: Ementa das disciplinas Ementas Não consta disciplina de astronomia. Física Aplicada a Biologia: Física da radiação; Desintegração Nuclear; Estrutura da Matéria; Efeitos Biológicos da Radiação; Aplicação das Leis da Mecânica; Energia Mecânica, Química e Biológica; Fluídos: Conceito Hidrostático e Hidrodinâmico, Óptica aplicada à Biologia; Introdução à Astronomia e Cosmologia; Sistema Solar: constituição e movimento. Astronomia para Biologia: Escalas no Universo; Estações do Ano; Fases da Lua; Eclipses; Nascer e pôr do Sol; Movimentos da Terra.; Movimento aparente do Sol e estrelas; História da Astronomia; Sistema Solar; Estrelas; Galáxias e Cosmologia. Astrobiologia: A natureza da Vida; A ciência da vida no universo; A História Geológica da Vida na Terra; A origem e evolução da vida na Terra; Condições para a vida no nosso sistema solar; Exoplanetas; Zona de Habitalidade; Equação de Drake; Origem dos elementos químicos. Não consta disciplina de astronomia. Introdução à Astronomia I: Observáveis em Astronomia e suas medidas; O sistema solar e suas características; Estrelas e suas características; A galáxia e as Galáxias; Grandes estruturas e o Universo; Observáveis em Astronomia e suas medidas: conceitos do que medir, como medir e para que medir; Sistemas de referência; Processos físicos de medida em Astronomia; O sistema solar e suas características: determinação de tamanhos, massa e distâncias. Estruturas das estrelas e suas influências no meio. Evolução estelar. Formação estelar. A galáxia e as Galáxias: a nossa galáxia: estrutura dinâmica. Outras galáxias. Grandes estruturas e o Universo: distribuição de galáxias no Universo. Implicações sobre a origem do Universo. Objetivo (competência do aluno): Capacitar o aluno ao ensino de Astronomia e sua relevância na formação da ciência atual enfatizando os conceitos básicos simples visando à preparação de docentes do Ensino Básico (Fundamental e Médio). Instrumentação para o ensino de Astronomia: Objetivos do ensino de Ciências; Representação do conhecimento; Função da Linguagem; Planejamento, execução e Revista Valore, Volta Redonda, 3 (Edição Especial): 334-342., 2018 338

UNICESUMAR UNIPAR avaliação; Avaliação e elaboração de currículos e programas; Conteúdos para o ensino de Astronomia; Fontes de informação; Contribuição da pesquisa em ensino de Ciências; A organização e o uso de experiências demonstrativas. Programa, contendo os itens de cada unidade didática: Objetivos do ensino de Ciências; Representação do conhecimento; Função da Linguagem; Planejamento, execução e avaliação; Avaliação e elaboração de currículos e programas; Conteúdos para o ensino de Astronomia; Fontes de informação; contribuição da pesquisa em ensino de Ciências; A organização e o uso de experiências demonstrativas. Objetivo (competência do aluno): A disciplina tem como objetivo principal introduzir o estudante na reflexão crítica sobre o ensino de Astronomia (e de ciências) no Ensino Básico, identificando problemas de ensino e aprendizagem, as tendências atuais do ensino de ciências, analisando e propondo iniciativas para o trabalho docente. Não consta disciplina de astronomia. Não consta disciplina de astronomia. Fonte: Autores (2018) A análise dos cursos de formação inicial de Licenciatura Ciências Biológicas do Estado do Paraná, se concentrou nos componentes curriculares relacionados aos conteúdos de Astronomia. Utilizamos como referência os títulos das disciplinas que apresentavam familiaridade com Astronomia e suas respectivas ementas para uma análise mais detalhada. Assim como Batista (2016), ao pesquisarmos os currículos nos sites das Instituições de Ensino Superior, nos deparamos com as seguintes distinções na disponibilização: instituições que disponibilizam somente a "grade curricular" e instituições que disponibilizam, além do fluxo curricular, as ementas e os programas detalhados das disciplinas oferecidas ao longo de todo o curso, e instituições que não disponibilizam ou não atualizam suas páginas. Ao analisarmos o quadro 1, percebemos que a Universidade Estadual de Maringá UEM, Universidade do Oeste do Paraná UNIOESTE, Centro Universitário de Maringá UNICESUMAR e Universidade Paranaense UNIPAR não apresentam nenhuma disciplina envolvendo o conteúdo de Astronomia em suas componentes curriculares. Das sete Instituições pesquisadas, apenas 3 apresentam disciplinas que em suas ementas (quadro 2) discutem a Astronomia. Analisando as ementas, apresentadas no quadro 2, podemos identificar que os conteúdos programados perpassam noções conceituais de Astronomia, o que consideramos positivo visto que a maior parte dos professores de Ciências apresentam concepções alternativas para uma série de assuntos ligados à Astronomia, essas concepções de acordo com Langhi e Nardi (2008) e Batista (2016) estão ligadas à suas relações familiares ou à sua trajetória escolar. Das três Instituições que apresentam disciplinas voltadas a Astronomia, duas apresentam a disciplina em formato obrigatório e uma em formato optativo, o que já consideramos um avanço visto que essa é uma problemática deste o início da década de 90 e só recentemente em suas reformulações Revista Valore, Volta Redonda, 3 (Edição Especial): 334-342., 2018 339

de curso algumas instituições vem se preocupando em atender os resultados evidenciados por pesquisas sérias na área de Educação em Astronomia nesses últimos quase 30 anos. Entretanto, se considerarmos que essas instituições estão espalhadas pelas diferentes regiões do estado do Paraná, com mais de um campi e que algumas ainda oferecem o curso de Ciências Biológicas na modalidades EAD temos um cenário no estado do Paraná em que pouco mais de 10% dos cursos ofertados oferecem algum tipo de informação/formação sobre noções básicas de Astronomia, o que ainda se constitui como um resultado irrelevante visto que a Astronomia é considerada um conteúdo estruturante pelas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, e agora aparecem fortemente na BNCC para o Ensino Fundamental. Ainda de acordo com o quadro 1, percebemos que a carga horária das disciplinas obrigatórias é de 68h no curso todo, levando-se em consideração que os cursos de licenciatura em Ciências Biológicas possuem em média 4000 horas essa disciplina corresponde à apenas 1,7% do curso, e se considerarmos que em uma dessas disciplinas a Astronomia aparece apenas como um tópico dentro de uma extensa ementa de Física temos que esse percentual é ainda menor. A partir da leitura desses dados é possível inferir que a forma como essas instituições têm organizado a formação para o ensino de ciências dos futuros professores dos anos finais, no que tange à carga horária, parece insuficiente, no entanto é um início. Segundo Iachel (2013), por meio de análise de pesquisas sobre o ensino de Astronomia e de consultas a pesquisadores da área, indicou-se alguns pontos em relação à formação de professores em Astronomia: a importância da inclusão da disciplina Astronomia na formação inicial, mas cuja concretização ainda parece distante, o que evidenciamos na tabela 1; a percepção da formação continuada falha no país; o papel desempenhado pelos centros de referência, como por exemplo, Polos Astronômicos, para o ensino de Astronomia na formação de professores. Por meio desta pesquisa, fica visível a importância de incluir a disciplina de Ensino de Astronomia nas grades curriculares dos cursos de Ciências Biológicas do Estado do Paraná. De acordo com Oliveira & Fusinato & Batista (2018), o ensino de Astronomia encontra-se respaldo nas Diretrizes Curriculares da Educação, no entanto raramente é ensinada adequadamente na educação básica. CONSIDERAÇÕES FINAIS Revista Valore, Volta Redonda, 3 (Edição Especial): 334-342., 2018 340

Nossos dados permitem considerar que a atuação do professor de Ciências dos anos finais do Ensino Fundamental, é cerceada de limites, quando identificamos menos de 10% dos cursos de Ciências Biológicas ofertados no estado do Paraná que trazem disciplinas que discutem noções básicas de Astronomia. E para os cursos que apresentam verificamos uma carga horária muito pequena para noções de Astronomia/Física e com pouca ênfase nos conteúdos. Nossa pesquisa aponta que por um lado, a formação inicial de professores dos anos finais no estado do Paraná, tem contribuído para que o futuro professor supere concepções tradicionais em ensino de Ciências, no entanto ainda persistem deficiências formativas de conteúdos envolvendo Astronomia durante a formação inicial. A partir dos nossos resultados, nota-se uma discrepância entre o que propõe as diretrizes de ciências para o Ensino Fundamental no estado do Paraná e o que tem sido ofertado pelas instituições de ensino para o preparo dos professores que se dedicarão à educação básica, notadamente em relação ao ensino da Astronomia. Uma possibilidade para se gerar um impacto positivo a curto prazo sobre a formação dos docentes para o ensino de Astronomia é a oferta de cursos, seminários, oficinas e outras atividades por meio de parcerias entre Universidades e Secretarias de Educação. No entanto a longo prazo, deve-se (re)pensar os objetivos da formação inicial de professores, afim de estabelecer uma consonância entre o currículo dos cursos de formação inicial e os documentos oficiais que regem a educação básica. Referências BARDIN, L. Análise de conteúdo. Trad. Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. São Paulo: Martins Fontes, 1977. BATISTA, M. C.; Um estudo sobre o ensino de astronomia na formação inicial de professores dos anos iniciais, 2016. Tese (Doutorado) Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2016. BATISTA M. C., FUSINATO P. A., OLIVEIRA A. A. Astronomia nos livros didáticos de ciências do ensino fundamental I, Ensino & Pesquisa: Revista multidisciplinar de licenciatura e formação docente, v.16, n.03, jul/set 2018, p. 46. BRASIL. Lei 9394/96 de 20.12.96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília (DF): Diário Oficial da União, nº 248 de 23.12.96. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008. IACHEL, Gustavo. Os caminhos da formação de professores e da pesquisa em ensino de Astronomia. 2013. 203 f. Tese (Doutorado em Educação para a Ciência) Universidade Estadual Paulista, Bauru, Revista Valore, Volta Redonda, 3 (Edição Especial): 334-342., 2018 341

2013. LANGHI, R.; NARDI, R. Dificuldades interpretadas nos discursos de professores dos anos iniciais do Ensino fundamental em relação ao ensino da Astronomia. Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia - RELEA, Limeira, n.2, p.75-92, 2005.. À procura de um programa de Educação continuada em Astronomia adequado para professores dos anos iniciais do ensino fundamental, In: ENCONTRO DE PESQUISA EM ENSINO DE FÍSICA, XI, Curitiba/PR, 2008, Atas..., São Paulo: SBF, 2008. <disponível em: http://www.sbf1.sbfisica.org.br/ eventos/epef/xi acessado em 01/10/2018>. LEITE. C. Os Professores de Ciências e suas Formas de Pensar Astronomia. 2002. Dissertação Mestrado. Universidade de São Paulo (USP), São Paulo. MAGALHÃES JÚNIOR, C. A.; PIETROCOLA, M. A formação dos professores de ciências para o ensino fundamental. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA, 16., 2005, Rio de Janeiro. Resumos... Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Física, 2005. p. 1-4. Disponível em: <http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xvi/cd/re sumos/t0602-1.pdf >. Acesso em: 01. Outubro. 2018. MEES, A. A. Astronomia: Motivação para o Ensino de Física na 8ª Série. 2004. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre. OLIVEIRA, A. A.; FUSINATO, P. A.; BATISTA, M. C. A astronomia nos livros didáticos dos anos finais do ensino fundamental. V Snea, 2018. OLIVEIRA, S. L. Tratado de Metodologia Científica: projetos de pesquisas, TGI, TCC monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2002. PEDROCHI, F.; NEVES, M. C. D. Concepções Astronômicas de estudantes no ensino superior. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciências, v. 4, n. 2, 2005. RAZUCK, R. C. S. R.; RAZUCK, F. B. O enfoque CTS na formação de professores em ciências - um estudo de caso da Universidade de Brasília. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE TECNOLOGIA E SOCIEDADE, 4., 2011, Curitiba. Anais. Disponível em: <http://www.esocite.org.br/eventos/tecsoc2011/cdanais/arquivos/pdfs/artigos/gt003-aeducacao.pdf>. Acesso em: 03. Maio. 2017. STANZANI, E. L; BROIETTI, F. C. D; PASSOS, M. M. As Contribuições do PIBID ao Processo de Formação Inicial de Professores de Química. Revista Química Nova na Escola, v. 34, n. 4, 2012. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/prelo/pibid-68-12.pdf. Acesso em: 13 de Set. 2018. Recebido em: 26/10/2018 Aceito em: 01/11/2018 Endereço para correspondência: Nome: Aline Alves de Oliveira Email: alline_alvesuem@hotmail.com Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. Revista Valore, Volta Redonda, 3 (Edição Especial): 334-342., 2018 342