BRASILEIRO Brazilian Agribusiness Cepea Report

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JULHO/18. PIB do Agronegócio ESTADO DE MINAS GERAIS

PIB do Agronegócio ESTADO DE SÃO PAULO

DEZEMBRO/18. PIB do Agronegócio ESTADO DE MINAS GERAIS

PIB do Agronegócio ESTADO DE JULHO/2018 SÃO PAULO

AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

EQUIPE MACROECONOMIA -CEPEA/Esalq/USP

AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

MERCADO DE TRABALHO DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

CEPEA CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA ESALQ/USP

MERCADO DE TRABALHO DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO ASPECTOS METODOLÓGICOS

MERCADO DE TRABALHO DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

BRASILEIRO Brazilian Agribusiness Cepea Report

BRASILEIRO Brazilian Agribusiness Cepea Report

PIB do Agronegócio BRASIL MAIO/2017. GDP Agribusiness Brazil Outlook

A VULNERABILIDADE DO AGRONEGÓCIO ÀS INFLUÊNCIAS DO TABELAMENTO DOS FRETES

PIB do Agronegócio BRASIL SETEMBRO/2017. GDP Agribusiness Brazil Outlook

PIB do Agronegócio. 1º trimestre (março/2017) BRASIL. GDP Agribusiness Brazil Outlook

PIB do Agronegócio BRASIL MARÇO/2018. GDP Agribusiness Brazil Outlook

PIB DO AGRONEGÓCIO APRESENTA ALTA DE 0,38% EM JULHO/2018

PIB do Agronegócio BRASIL ABRIL/2017. GDP Agribusiness Brazil Outlook

PIB do Agronegócio BRASIL ABRIL/2018. GDP Agribusiness Brazil Outlook

ENCARECIMENTO DE INSUMOS E QUEDA DOS PREÇOS DOS PRODUTOS AGROPECUÁRIOS PRESSIONAM O PIB DO AGRONEGÓCIO EM AGOSTO/2018

PIB do Agronegócio BRASIL MAIO/2018. GDP Agribusiness Brazil Outlook

PIB do Agronegócio BRASIL JUNHO/2018. GDP Agribusiness Brazil Outlook

PIB do Agronegócio BRASIL JULHO/2017. GDP Agribusiness Brazil Outlook

PIB do Agronegócio BRASIL. Julho/2016. GDP Agribusiness Brazil Outlook

PIB do Agronegócio BRASIL JULHO/2018. GDP Agribusiness Brazil Outlook

PIB do Agronegócio BRASIL NOVEMBRO/2017. GDP Agribusiness Brazil Outlook

PIB do Agronegócio do Estado de São Paulo

PRESSIONADO PELO RAMO PECUÁRIO, PIB DO AGRONEGÓCIO RECUA 0,16% EM OUTUBRO

PIB do Agronegócio do Estado de São Paulo Estimativa com base em informações até outubro/16. Base: agosto/15

AGRONEGÓCIO RIO DE JANEIRO. Coordenação Cepea: Ph.D Geraldo Barros Dr. Arlei Luiz Fachinello Dra. Adriana Ferreira Silva

PIB DO AGRONEGÓCIO INICIA 2019 COM LEVE QUEDA

CRESCIMENTO DO PIB DO AGRONEGÓCIO EM JUNHO AMENIZA RETRAÇÃO NO 1º SEMESTRE/2018

PIB do Agronegócio BRASIL. Outubro/2016. GDP Agribusiness Brazil Outlook

PIB DO AGRONEGÓCIO TEM ALTA EM MARÇO, MAS ACUMULA QUEDA NO 1º TRIMESTRE DE 2019

PIB do Agronegócio BRASIL. Novembro/2016. GDP Agribusiness Brazil Outlook

PIB do Agronegócio BRASIL FEVEREIRO/2018. GDP Agribusiness Brazil Outlook

PIB do Agronegócio BRASIL. Setembro/2016. GDP Agribusiness Brazil Outlook

PIB do Agronegócio BRASIL AGOSTO/2017. GDP Agribusiness Brazil Outlook

RAMO PECUÁRIO SEGUE PRESSIONANDO QUEDA DO PIB DO AGRONEGÓCIO EM OUTUBRO

PIB Cadeias do AGRONEGÓCIO. 3º trimestre GDP Supply Chains Brazilian Agribusiness

PIB do Agronegócio BRASIL. Agosto/2016. GDP Agribusiness Brazil Outlook

PIB do Agronegócio do Estado de São Paulo

AGRONEGÓCIO PRODUZ MAIS A PREÇOS MENORES EM 2017

EXPORTAÇÃO DO AGRONEGÓCIO

PIB DO AGRONEGÓCIO FICA PRATICAMENTE ESTÁVEL EM NOVEMBRO

PIB Cadeias do AGRONEGÓCIO. 4º trimestre GDP Supply Chains Brazilian Agribusiness

PIB DO AGRONEGÓCIO RECUA 0,22% EM SETEMBRO/18, PRESSIONADO PELO RAMO PECUÁRIO

PIB do agronegócio cresceu 4,28% de janeiro a outubro de 2016

Balanço 2016 Perspectivas 2017

EXPORTAÇÃO DO AGRONEGÓCIO

PIB do agronegócio teve crescimento de 2,71% nos primeiros sete meses do ano

MULHERES NO AGRONEGÓCIO

EXPORTAÇÃO DO AGRONEGÓCIO

PIB DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA DEVE AUMENTAR 2,99% EM 2018

EXPORTAÇÃO DO AGRONEGÓCIO

PREÇOS BAIXOS PRESSIONAM GERAÇÃO DE RENDA NO AGRONEGÓCIO

DAS CADEIAS PRODUTIVAS EDIÇÃO ESPECIAL

Boletim de Agropecuária da FACE Nº 50, Outubro de 2015

PIB do Agronegócio BRASIL. Dezembro/2016. GDP Agribusiness Brazil Outlook

Boletim de Agropecuária da FACE Nº 43, Março de 2015

EXPORTAÇÃO DO AGRONEGÓCIO

PIB DO AGRONEGÓCIO FECHOU 2018 COM RESULTADO ESTÁVEL

Principais Resultados:

Boletim de Agropecuária da FACE Nº 76, Dezembro de 2017

PRODUTO INTERNO BRUTO DO AGRONEGÓCIO CRESCEU 3,43% ATÉ AGOSTO

ATIVIDADES PRIMÁRIAS FAVORECEM DESEMPENHO DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

PIB DO AGRONEGÓCIO TERMINA 2018 ESTÁVEL

PIB do agronegócio cresce 4% até setembro

Balanço 2016 Perspectivas PIB e Performance do Agronegócio

ÍNDICES EXPORTAÇÃO DO AGRONEGÓCIO

Agronegócio acumula alta de 1,09% no primeiro bimestre do ano

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADEDE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E CIÊNCIAS ECONÔMICAS

Produto Interno Bruto do agronegócio recua pela primeira vez no ano

Com queda no ramo pecuário, alta no PIB se limita a 0,05% em novembro de 2016

Boletim de Agropecuária da FACE Nº 32, Abril de 2014

RELATÓRIO PIBAGRO- BRASIL

Brasília, 27 de julho de Nota: Projeções de longo prazo para a agricultura

EXPORTAÇÃO DO AGRONEGÓCIO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADEDE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E CIÊNCIASECONÔMICAS CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

EXPORTAÇÃO DO AGRONEGÓCIO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS. Pesquisa, acompanhamento e avaliação de safras.

MERCADO DE TRABALHO DO SETEMBRO/2017 AGRONEGÓCIO

MULHERES NO AGRONEGÓCIO

MINAS GERAIS ANÁLISE ELABORADA COM DADOS DISPONÍVEIS ATÉ NOVEMBRO/16

Transcrição:

BOLETIM PIB do agronegócio Fevereiro/18 BRASILEIRO Brazilian Agribusiness Cepea Report

Notas Metodológicas - BOLETIM CEPEA do Agronegócio Brasileiro BRAZILIAN AGRIBUSINESS CEPEA REPORT O Boletim PIB do Agronegócio Brasileiro é uma publicação mensal, elaborada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), que aborda aspectos da conjuntura e da estrutura do agronegócio brasileiro sob diferentes óticas, oferecendo um panorama completo a respeito do desempenho do setor. Em todas as suas edições mensais são apresentadas as mais recentes perspectivas e análises a respeito do PIB do agronegócio brasileiro. Complementarmente, volumes trimestrais mais completos abordam também aspectos sobre o mercado de trabalho e o comércio internacional do setor. A cada semestre, há ainda textos de opinião, elaborados por analistas envolvidos no setor, visando tratar de problemas específicos relacionados ao agronegócio brasileiro. O agronegócio, setor foco deste boletim, é entendido como a soma de quatro segmentos: insumos para a agropecuária, produção agropecuária básica, ou primária, agroindústria (processamento) e agrosserviços. A análise desse conjunto de segmentos é feita também para o ramo agrícola e para o pecuário. Especificamente em relação ao PIB do Agronegócio Brasileiro, trata-se de resultado de pesquisa realizada em parceria entre o CEPEA e a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Pelo critério metodológico do Cepea, o PIB do agronegócio é medido pela ótica do produto, ou seja, pelo Valor Adicionado total deste setor na economia, a preços de mercado. O PIB do agronegócio brasileiro refere-se, portanto, ao produto gerado de forma sistêmica na produção de insumos para a agropecuária, na produção primária e se estendendo a todas as demais atividades que processam e distribuem o produto ao destino final. Para a análise do PIB do setor, o Cepea calcula e analisa diferentes indicadores, que retratam o comportamento do setor por diferentes óticas: o PIB-volume Agronegócio, que é produto medido pelo critério de preços constantes; o Deflator do PIB do Agronegócio, ou índice de inflação do setor; o PIB-renda Agronegócio, que reflete a renda real do setor, sendo consideradas no cálculo variações de volume e de preços reais; e os Preços relativos, que relacionam os deflatores do agronegócio e seus segmentos com o deflator do PIB nacional. Destaca-se que as taxas calculadas para cada período consideram o mesmo momento do ano anterior como base, exceto para as quantidades referentes às safras agrícolas, para as quais computa-se a previsão de safra para o ano (frente ao ano anterior). Importante também destacar que cada relatório considera os dados disponíveis preços e produções observadas e estimativas anuais de produção até o seu fechamento. Em edições futuras, ao serem agregadas informações mais atualizadas, é possível, portanto, que os resultados sejam alterados. Para detalhamento metodológico, acessar material completo: http://www.cepea.esalq.usp.br/br/metodologia.aspx. CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEA). BOLETIM CEPEA DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO. PIRACICABA, V. 2, N.8, 2018. EQUIPE RESPONSÁVEL: Coordenação Geral: Geraldo Sant Ana de Camargo Barros, Ph.D, Pesquisador Chefe/Coordenador Científico do Cepea/ Esalq/USP; Equipe técnica: MSc. Nicole Rennó Castro, MSc. Leandro Gilio, Dra. Adriana Ferreira Silva, Dr. Arlei Luiz Fachinello, Bel. Ana Carolina de Paula Morais e Msc. Gustavo Ferrarezi Giachini, Bel. Marcello Luiz de Souza.

PIB DO AGRONEGÓCIO AGROINDÚSTRIA SE RECUPERA E IMPULSIONA PIB DO AGRONEGÓCIO EM 2018 D epois do já expressivo crescimento registrado em 2017 de 7,6%, com importante impulso ao PIB nacional, novamente, o agronegócio brasileiro deve crescer em 2018. As primeiras estimativas para o PIB-volume do agronegócio em 2018 apontam alta de 5,5% no ano. Diferentemente do cenário de 2017, em 2018, o impulso ao setor vem dos elos industriais, diante de estabilidade prevista para o PIB-volume do segmento primário. Desde meados de 2017, a agroindústria brasileira vem reagindo aos sinais de recuperação da economia brasileira, ainda que modestos, e recuperado sua produção e nível de empregos (Confira relatório Mercado de Trabalho do agronegócio brasileiro: https://www.cepea.esalq.usp. br/br/mercado-de-trabalho-do-agronegocio.aspx). Como se observa na Tabela 1, para o segmento de insumos, estima-se crescimento de 2,9% no ano e, para a agroindústria, de 9%. Entre as agroindústrias acompanhadas no PIB do agronegócio, destacam-se crescimento da produção a de produtos e móveis de madeira, papel e celulose, café, conservas de frutas e legumes, óleos e gorduras vegetais e bebidas, para as de base agrícolas, e do abate de boi, aves e suínos, para as de base pecuária. Vale lembrar que o patamar de comparação, ou o primeiro bimestre de 2017, é bastante baixo. A expansão agroindustrial impulsionou ainda o segmento de agrosserviços, para o qual estima-se expansão de 6,6% em 2018, refletindo a grande quantidade de serviços necessários para o transporte e comercialização da elevada produção (Tabela 1). 3

Tabela 1 - PIB do Agronegócio: variação anual 2018/2017 Fonte: Cepea/Esalq-USP e CNA. *Relação entre os deflatores do agronegócio e de seus segmentos e o deflator do PIB Nacional. 4 Ramos Segmentos PIB-volume Preços Relativos PIB-renda Insumos 3,3% 4,5% 7,9% Primário -1,0% -26,9% -27,7% Ramo agrícola Indústria 9,9% 3,1% 13,3% Agro-serviços 7,4% -2,2% 5,0% Ramo agrícola total 6,0% -5,7% 0,0% Insumos 2,2% -9,2% -7,2% Primário 2,4% -7,8% -5,6% Ramo pecuário Indústria 5,9% -7,2% -1,7% Agro-serviços 5,2% -9,0% -4,2% Ramo pecuário total 4,4% -8,3% -4,2% Insumos 2,9% -0,3% 2,6% Primário 0,1% -20,2% -20,1% AGRONEGÓCIO Indústria 9,0% 0,9% 9,9% Agrosserviços 6,6% -4,5% 1,9% Agronegócio 5,5% -6,5% -1,3% Ainda, quanto ao relativamente modesto desempenho do segmento primário do setor, destaca-se que a variação leva em conta o patamar recorde de produção de 2017. Segundo a Conab, mesmo com a safra brasileira de grãos diminuindo 2,1% em 2018 frente ao ano anterior, ainda será a segunda maior da história. Ressalta-se ainda o bom desempenho em produção de produtos importantes para a geração de valor do agronegócio, como a soja, o algodão e o café. Quantos aos preços, as estimativas atuais apontam para perda de 6,5% nos preços relativos do agronegócio, indicando que os produtos do setor estão se desvalorizando frente à média da economia. Assim como observado em 2017, a pressão baixista da média de preços reais de produtos do agronegócio acabou suprimindo a evolução significativa em volume de produção e, com isso, estima- -se queda de 1,3% no PIB-renda do setor. Entre os segmentos, a redução do PIB-renda é pressionada unicamente pelo primário, para o qual o recuo é estimado em 20,1%. Para os demais segmentos, impulsionado pelo bom volume de produção, o PIB-renda deve crescer. Um aspecto importante acerca de variação de preços estimada deve ser ressaltado. Como a variação é calculada a partir da comparação entre os preços do primeiro bimestre de 2018 frente aos do primeiro bimestre do ano passado, a expressiva queda atrela-se, também, ao fato de que o bimestre de 2017 foi o de preços mais altos. Então, à medida que a comparação anual passe a incluir mais meses (nas próximas estimativas do PIB), avalia-se que a taxa negativa terá sua magnitude amenizada ou mesmo levemente revertida. Essa avaliação

é ainda reforçada pela perspectiva de aumento de preços de alguns produtos do agronegócio nos próximos meses, como o algodão, o milho, a soja, o trigo e alguns hortifrutícolas. Ressalta-se, ainda, que os efeitos da greve de caminhoneiros, que afetam sobretudo o setor agronegócio, ainda não são avaliados nesta estimativa do PIB. Mas, essas questões provavelmente terão reflexos nos resultados do setor (ainda não sendo possível avaliar em que magnitude) e poderão ser verificados nas próximas estimativas do PIB. A princípio, de acordo com informações do Cepea (https://bit.ly/2sq3z7v), os setores de aves, suínos e leite, que já passavam por dificuldades antes da paralisação, parecem ser os mais fragilizados diante da atual greve. 5