DIREITO ADMINISTRATIVO Controle da Administração Pública Prof. Gladstone Felippo
Evolução - Surgimento do estado democrático de direito como garantidor dos direitos fundamentais e a tripartição das funções em blocos orgânicos. - Receio de um bloco se sobrepor ao outro e a criação de mecanismos de controle para evitar isso, como o conselho de estado e a Declaração dos direitos do homem e do cidadão art. 15: a sociedade tem direito de pedir conta a todo agente publico de sua administração.
Conceito Poder de fiscalização e correção que sobre a função administrativa exercem todos os poderes, com o objetivo de garantir a conformidade da atuação aos princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico. Exemplo de controle reforma do Judiciário (EC n. 45/2004) criação do CNJ e do CNMP, com funções de fiscalizar as atividades administrativas e financeira do Judiciário e a zelar pela observância dos princípios do art. 37 (art. 103-B, 4º, da CRFB/88).
Espécies Controle político exercido entre os poderes do Estado. Tem por base a necessidade de equilíbrio dos poderes estruturais da república freios e contrapesos (checks and balances), estabelecendo normas que inibem o crescimento e compensem a fraqueza. Concebido por Montesquieu (teoria da separação dos poderes). O objetivo é a preservação e o equilíbrio das instituições democráticas do Pais. É matéria de dir. constitucional.
Espécies Controle político na CF executivo vetando projetos oriundos do legislativo (art. 66, 1º). Legislativo rejeita o veto do chefe do executivo (art. 66, 4º). Judiciário controla ambos por meio da legalidade e constitucionalidade dos atos. É o chefe do executivo que, no exercício do controle político do Judiciário, nomeia os integrantes das mais altas Cortes de Justiça do pais (art. 101, ú; art. 104, ú; art. 107). Legislativo controla judiciário nos aspectos financeiros e orçamentários (art. 70).
Espécies Controle administrativo tem em mira os órgãos incumbidos da função administrativa. Fiscalização financeira das pessoas da adm. direta e indireta, verificação da legalidade dos atos administrativos.
Elementos Os sujeitos (controlador e controlado - salvo no controle interno de autocontrole); O objeto (verificação da conformidade da atuação a certos parâmetros previamente estabelecidos) e; A medida (atitude a ser tomada positiva ou negativa). No sentido amplo, o controle independe de medida a ser tomada pelo controlador que afete no ponto de vista jurídico, a decisão ou o agente (exemplo é o controle social).
Natureza jurídica do controle Possui natureza jurídica de princípio da Administração Pública, primeiramente a nível da União, por força do disposto no art. 6º, I a IV do DL 200/67 (planejamento, coordenação, descentralização, delegação de competência e controle), atualmente com observância aos demais entes federados pois a gestão de interesses alheios implica controle da atuação por meio da prestação de contas e ações dos resultados aos titulares dos mesmos interesses, a coletividade.
1. Quanto a natureza do controlador pode ser legislativo, judicial ou administrativo. a. Legislativo executado pelo legislativo sobre os atos da administração pública. Ex. Tribunal de Contas (controle financeiro). b. Judicial feito pelo poder judiciário. Decisão sobre a legalidade dos atos administrativos, principalmente quando houver conflitos de interesses. Ex. ações judiciais nas quais se discute a legalidade de atos administrativos.
1. Quanto a natureza do controlador pode ser legislativo, judicial ou administrativo. c. Administrativo executado pela própria administração por meio de suas controladorias e suas assessorias jurídicas. Autotutela (verbete n. 473). Ex. revogação de ato administrativo.
2. Quanto à extensão do controle ou posição do órgão controlador pode ser interno ou externo a. Interno feito por um órgão de um poder sobre condutas administrativas produzidas dentro se sua esfera. Ex. no Judiciário, Corregedoria sobre atos de serventuários da justiça. Previsão (art. 74 da CF).
2. Quanto à extensão do controle ou posição do órgão controlador pode ser interno ou externo b. Externo órgão fiscalizador se situa em administração diversa de onde o ato se originou. Dá a medida da harmonia entre os poderes. Deve estar previsto na CF, pois interfere na independência dos poderes. Ex. tribunais de contas sobre atos do executivo e judiciário.
3. Quanto a natureza do controle pode ser de legalidade ou de mérito a. Controle de legalidade pode ser interno ou externo. Judiciário controla legalidade dos atos administrativos por meio do Mandado de segurança. O legislativo, pelo Tribunal de Contas, examina a legalidade na admissão de pessoal (art. 71, III).
3. Quanto a natureza do controle pode ser de legalidade ou de mérito b. controle de mérito verificação da conveniência (faz ou não faz) e da oportunidade (em que momento) da conduta administrativa.
4. Quanto ao âmbito da administração pode ser por subordinação ou por vinculação. a. controle por subordinação pressupõe relação de hierarquia. Tipicamente interno (os órgãos controlador e controlado pertencem a mesma pessoa. Órgão de hierarquia superior orienta, fiscaliza e revê atos de órgão de menos hierarquia. Ex. departamento administrativo municipal sobre suas divisões.
b. controle por vinculação fiscalização e revisão feita por pessoa diversa. Tem caráter externo. Comum entre pessoas que integram a adm. indireta em relação a adm. direta. Ex. banco do Brasil (SEM), sofre controle por vinculação da União, através do MF. PREVIRIO autarquia, sofre controle por vinculação pela SMA.
5. Quanto a oportunidade momento em que é exercido pode ser prévio, concomitante ou posterior. a. Controle prévio ou a priori natureza preventiva. Executado antes de consumar-se a conduta administrativa. Ex. ato de engenharia que dependa de aprovação de órgão técnico superior.
b. controle concomitante tem natureza preventiva e repressiva. Executado à medida que vai sendo desenvolvida a conduta adm.. ex. fiscalização dos agentes públicos no curso de execução de obras públicas. c. controle posterior confirma ou corrige os atos. Ex. ações judiciais e tribunal de contas sobre licitação
6. Quanto à iniciativa origem do controle pode ser de ofício ou provocado. a. controle de ofício executado pela própria adm. no exercício regular de suas funções. Caracteriza o poder de autotutela da adm. b. controle provocado deflagrado por terceiros. Ex. recursos administrativos. Se deparar com ato ilegal ou inconveniente.
Controle social Direito humano fundamental de primeira geração direito subjetivo publico. o cidadão é o executor do controle ideia de participação e transparência. Controle exógeno ou extraorgânico.